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O objetivo é que os clientes possam contar histórias sobre o seu próprio

desenvolvimento profissional e entender não apenas o que gostam, mas também o


motivo pelo qual gostam, o que auxiliaria o autoconhecimento, com reflexões que
podem estimular respostas das questões já apresentadas por Savickas (2005): O que eu
quero ser? Por que eu quero ser? Como eu tomo a decisão?

Tal procedimento deve ser realizado em uma sessão, após as avaliações, por

meio de duas etapas. Basicamente, o profissional que conduz o processo de OPC

apresenta ao orientando o instrumento que será respondido para envolver o indivíduo

nas avaliações feitas. A primeira etapa é caracterizada pela apresentação de um

instrumento ao cliente, onde ele será encorajado a responder com seriedade de forma

confortável e segura, enquanto, a segunda etapa tem o objetivo de apresentar os

resultados dos testes e posteriormente discuti-los.

Os orientadores devem conhecer quatro etapas que envolvem a resposta de um

item, que segundo Tourangeau & Rasinski (1988) e Krosnick (1999), seriam:

representação mental do conteúdo do item, recuperação de memórias, comparação de

representações e memórias, mapeamento das classificações para resposta e esteja ciente

de quaisquer reações que o indivíduo pode ter durante a aplicação do instrumento. Na

primeira etapa, quando o orientando terminar de responder o instrumento, o orientador o

questiona sobre a sua experiência ao realizar a atividade, observando sinais de

pensamentos e emoções quanto as histórias das suas respostas. Então, será pedido ao

orientando que escolha alguns itens do inventário e responda “por que hoje você gosta

ou não desta atividade?”, “desde quando você gosta ou não desta atividade?” Estes

questionamentos objetivam acessar as experiências profissionais, educacionais ou de

outras áreas que tenham significado em sua vida. Então, narrativas em relação a

atividades serem agradáveis ou desagradáveis podem ser informativas quanto a tomada

de decisões, maneira que enfrenta obstáculos em sua vida e percebe seus padrões

(Ambiel, 2020).
Na segunda etapa do TTTS, que tem por objetivo apresentar os resultados dos

testes e posteriormente discuti-los, verbalmente ou por relatórios impressos. Então,

depois de ouvir ou ler essas informações, é perguntado ao cliente qual a opinião dele

quanto aos resultados. Por fim, o orientador escolhe um inventário de interesses

adequado e padronizado para começar ou continuar estimulando o diálogo e reflexões,

para complementar o vocabulário do orientando quanto a si mesmo.

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