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Apesar de envolver diversas apurações e cálculos, saber qual o valor que deve ser
recolhido pode ser muito fácil. Existem ferramentas especializadas em auxiliar nesta
tarefa, tornando tudo muito mais simples, como a Calculadora de IR do portal Bússola
do Investidor, que faz todas as apurações gratuitamente.
No entanto, sempre é importante saber como os cálculos funcionam, até mesmo para
evitar algumas operações que podem acarretar na cobrança de mais impostos. Vamos
detalhar como deve ser calculado e como deve ser recolhido o seu IR em ações.
2. Se houver lucro, o investidor deverá pagar 20% dele para a Receita Federal,
descontadas as taxas e corretagem pagas. No dia da operação, a corretora já
retém 1% do lucro, como forma de sinalizar para a Receita Federal que você
deve recolher os outros19%;
3. Se houver prejuízo, guarde este valor para descontá-lo nos meses seguintes,
quando houver lucro;
4. Atenção: o prejuízo acumulado em operações daytrade somente servirá para
abater lucros neste mesmo tipo de operação.
Bonificação de Ações no IR
As Bonificações de Ações devem ser incluídas em seu estoque, utilizando o custo de
aquisição zero.
Exemplo: um investidor que tinha em seu estoque 100 ações compradas por R$
10,00 e recebeu uma bonificação de 10 ações, terá um novo estoque de 110 ações com
um preço médio de R$ 9,09. Em outras palavras, o custo de aquisição das ações (R$
1.000), dividido pela nova quantidade de ações em estoque (110).
Desdobramentos de Ações no IR
Os desdobramentos devem ser tratados exatamente como as bonificações de ações.
Desta forma, seu preço médio sempre será multiplicado pelo fator inverso do
desdobramento ocorrido.
Exemplo: Se uma ação desdobrou de 1 para 4 ações, seu preço médio será dividido por
4.
Dividendos no IR
Neste caso, o Imposto de Renda não precisa ser pago. Isso porque o valor já representa
o lucro líquido de impostos da empresa pagadora, não fazendo sentido você pagar
novamente o imposto. No caso de Juros sobre Capital Próprio, o IR já é retido na fonte,
portanto você não precisará pagar o imposto novamente.
Uma vez calculados os valores, o investidor deve emitir sua DARF e pagá-la em algum
Esta é mais uma facilidade de recorrer a ferramentas que auxiliam neste processo. Além
do cálculo, a Calculadora de IR do Bússola do Investidor já faz a emissão da DARF,
preenchendo todos os campos necessários. Experimente, a ferramenta pode ser útil para
você. Até a próxima.
Escrevo esse artigo para auxiliar as pessoas que investem ou operam em ações e no ano
seguinte precisam fazer suas declarações de IR, bem como o pagamento mensal de IR
quando há lucro. A declaração em si tem complexidade média pois há vários detalhes a
serem considerados, tanto no cálculo do IR mensal e também na da declaração anual.
Meu objetivo é mostrar todos os detalhes que fui aprendendo ao longo dos anos,
buscando informações para que pudesse fazer corretamente os cálculos e a declaração.
Há muitos sites e artigos na Internet que mostram em detalhes essa questão do IR,
porém há vários pontos mais específicos que é difícil encontrar e portanto achei
interessante reunir todos esses detalhes em um lugar só.
Mas um aviso. Não me responsabilizo pela informações colocadas nesse artigo nem
com a validade e atualização das normais e leis da Receita Federal com o passar dos
anos. As informações são de caráter educacional. Recomendo consultar as regras
oficiais diretamente no site da Receita Federal e também com um contador
especializado em mercado financeiro.
4) Código da ação
5) Data de compra
6) Quantidade de ações compradas
7) Preço médio da compra
8) Corretagem
9) Taxas B3
10) Data da venda
11) Quantidade de ações vendidas
12) Preço médio da compra
13) Corretagem
14) Taxas B3
15) Proventos (dividendos, juros sobre capital próprio e bonificações)
16) Eventos corporativos (desdobramentos e grupamentos de ações)
A quantidade de ações vendidas é importante ter pois pode ser diferente da compra se
houve subscrição (incorporação de novas ações), desdobramento (dividir 1 ação em X)
ou grupamento (juntas N ações em 1).
Todas essas informações estão disponíveis nas notas de corretagem da corretora, com
exceção dos proventos, que são mostrados em uma área diferente e também podem ser
vistos nos extratos de conta. Nessa planilha os proventos tem a finalidade somente de
calcular o rendimento total de uma operação realizada, pois eles não entram no cálculo
do IR mensal.
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Esse trecho mostra a parte superior da nota de corretagem e contém as seguintes
informações:
Mais informações sobre as tarifas cobradas pela B3 podem ser encontradas no site:
http://www.b3.com.br/pt_br/produtos-e-servicos/tarifas/listados-a-vista-e-
derivativos/renda-variavel/tarifas-de-acoes-e-fundos-de-investimento/a-vista/
Estou anexando uma planilha Excel de exemplo, que pode e deve ser alterarada para
deixar do modo da preferência, o importante é ter uma. As operações que coloquei
como exemplo são fictícias, não foram feitas por mim, bem como os preços e datas
foram aleatórios e não refletem o real. Não garanto a exatidão dos cálculos,
principalmente para fonte de IR, fica a critério de cada um revisar as fórmulas e corrigi-
las se necessário.
Exemplo_Controle_Ações.xlsx
a) Período de apuração
Caso haja IR a pagar, este deve ser pago até o último dia útil do mês subsequente.
Exemplo: o mês de março finalizou, deve-se fazer a apuração do lucro obtido no mês de
março e o IR deve ser pago até 30 de abril.
d) Alíquota de IR
A alíquota é de 15% para operações comuns e 20% para day trade. A mesma alíquota é
para operações à termo e vendas a descoberto.
As operações de day trade devem ser anotadas separado das operações comuns (position
trade e swing trade) de forma que sejam feitos dois cálculos separados, um com todas
operações day trade e outro com todas operações comuns, e aplicada a respectiva
alíquota em cada um.
Corretagem
Taxas B3
Taxa termo
Taxa BTC (aluguel de ações)
No caso da taxa de termo, normalmente ela já vem embutida no preço da ação, portanto
nesse caso não entraria como custo. Por exemplo um termo feito em uma ação a
R$10,00 com taxa de juros a 2% pelo período acordado, o preço de compra na nota de
corretagem virá a R$10,20.
Plataformas
Softwares
Serviços de assessoria
Relatórios
outros
f) Isenção de IR
Para operações comuns, há isenção de IR caso o total das vendas do mês seja inferior a
R$20.000,00.
Exemplo:
Durante o mês de apuração realizei somente 2 vendas (encerramento de operação):
Vendi 300 ações AAAA4 por R$20,00, totalizando R$6,000. Lucro foi de R$500.
Vendi 200 ações BBBB4 por R$40,00, totalizando R$8,000. Lucro foi de R$1.200.
Para day trade não há isenção, deve-se pagar IR sobre qualquer lucro, independente do
total do valor operado.
Essa soma das vendas para isenção pode ficar mais complicada se o trader faz operações
de venda a descoberto em ações, ou seja, aluga ações para vender e apostar numa queda.
A Receita Federal não diferencia operações compradas e vendidas, ela só informa que
há isenção quando o total de vendas for inferior a R$20 mil. Portanto caso haja uma
mistura de operações compradas com vendidas, a regra que permanece para isenção de
IR é o total de vendas do mês, seja para encerrar uma operação comprada ou para iniciar
uma operação vendida.
Exemplo: Comprei ação AAAA4 num mês anterior e vendi esse mês no total de R$ 15
mil e tive lucro. Fiz uma venda a descoberta da ação BBBB4 esse mês totalizando R$
10 mil, e ainda não encerrei a operação. Nesse caso o total de vendas seria a soma dos
15 mil com os 10 mil, totalizando 25 mil reais, portanto não haveria isenção de IR! O IR
deverá ser pago referente ao lucro obtido na ação AAAA4.
Há controvérsias sobre esse tema porém essa é a forma mais segura que vejo para evitar
cair na malha fina.
g) Valores baixos de IR
Caso o IR a pagar seja inferior a R$10, pode ser acumulado para os próximos meses. O
mínimo a pagar é R$10.
Ex: Em janeiro foi apurado IR a pagar de R$8,00. Não precisa ser pago por enquanto.
Em fevereiro foi apurado IR a pagar de R$24,00. Então até dia 31 de março deverá ser
pago R$32,00, referente aos R$24 de fevereiro somados aos R$8 pendentes.
Se nos próximos meses houver mais prejuízos, esses valores devem ser somados e
acumulados, não havendo prazo para compensação, mesmo que demore anos.
Exemplo:
Em janeiro tive prejuizo de R$300. Não pago IR. Prejuízo total acumulado = R$300.
Em fevereiro tive prejuizo de R$400. Não pago IR. Prejuízo total acumulado = R$700.
Em março tive lucro de R$1100. Primeiro desconto o prejuízo acumulado para calcular
o lucro remanescente: R$1100-R$700 = R$400.
Portanto pagarei 15% de IR sobre um lucro de R$400, que dará R$60.
Prejuízos em day trade só podem ser abatidos de lucros futuros em day trade, e
prejuízos em operações comuns só podem ser abatidos de lucros em operações comuns.
Prejuízo em day trade não pode ser abatido de lucro em operações comuns e vice-versa.
Exemplo:
Em janeiro tive prejuizo de R$300 e em fevereiro tive prejuizo de R$400. Prejuízo total
acumulado = R$700.
Em março tive lucro de R$1100 porém meu total de vendas do mês foi R$12.000.
Nesse caso não pagarei IR referente ao mês de março pois será isento e o prejuízo
acumulado a compensar continuará de R$700.
i) IR retido na fonte
Esses valores deverão ser somados de todas as notas de corretagem e poderão ser
subtraidos do IR a pagar do mês.
Para esse valor não importa se o IR retido é de operações comuns ou day trade, pode ser
somado o IR retido em um valor total único.
Se foi retido IR em um mês porém não houve lucro neste mesmo mês, portanto não
haverá IR a ser pago, o IR retido pode ser acumulado para ser compensado em
pagamentos de próximos meses. Porém esse IR retido acumulado só poderá ser
compensado no mesmo ano. Quando muda o ano, o IR retido a compensar zera. Caso o
ano finalize com saldo de IR retido na fonte a compensar, é possível solicitar restituição
desse valor como mostrarei na seção de declaração anual de IR.
j) Método de cálculo do IR
Caso o trader tenha feito operações em day trade também, deverá fazer o cálculo da
mesma forma separado, e aplicado a alíquota de 20% de IR. Caso em ambos haja IR a
pagar, esses valores devem ser somados e pagos de uma só vez. Nesse caso o IR retido
na fonte deverá ser subtraido do IR total calculado somente após a soma dos IR day
trade e operações comuns.
Importante: Os proventos como dividendos e juros sobre capital próprio não entram no
cálculo do imposto de renda, portanto não devem estar inclusos na apuração dos lucros
de cada operação. Pode até ter uma somatória incluindo esses valores porém em um
campo separado, para ter a visão do lucro total da operação, já que os proventos fazem
parte. Mas o lucro para cálculo do IR não deve somar esses valores pois dividendos são
isentos de IR e juros sobre capital próprio já são tributados na fonte.
É normal montar várias posições em uma mesma ação, isto é, fazendo algumas compras
em datas diferentes à medida que uma ação está subindo e continuando a tendência ou à
medida que está caindo se a pessoa tem perfil mais investidor.
É importante mencionar que para a Receita Federal não existe esse conceito de posição.
Então se por exemplo eu comprei 1000 ações CCCC4 a R$10, abrindo minha primeira
posição, depois comprei mais 600 ações a R$15, abrindo minha segunda posição.
Algum tempo depois se eu encerrar somente a segunda posição a R$14, seja porque
estava com stop mais curto que a primeira ou por qualquer outro motivo, o cálculo do
IR não será em cima do resultado dessa minha segunda posição somente, ou seja, não
poderei assumir que houve prejuízo de R$1 por ação na segunda posição.
Para a Receita Federal quando há múltiplas compras na mesma ação, o que a legislação
diz é que deve ser calculado o preço médio das compras. Portanto a cada nova compra,
deve ser calculado o novo preço médio e quando houver vendas, seja parcial ou da
quantidade total, o lucro para finalidade de IR deve ser calculado entre o preço de venda
e o preço médio até aquele ponto. Nesse caso os custos da operação podem ser somados
no cálculo do preço médio.
Essa é a forma de calcular o preço médio a cada nova compra. Calculando o total
financeiro de cada compra, somado com as taxas, depois somando com o total
financeiro das posições anteriores e por fim dividindo pelo total de ações atuais. Caso só
seja feita somente uma compra em uma determinada ação, não será necessário fazer
esses cálculos.
Agora quando houver uma venda, supondo que seja parcial de 200 ações, o lucro dessa
operação é calculado da seguinte forma:
22/09:
Venda de 200 ações por R$ 13,70, totalizando R$2.740,00
Corretagem e taxas B3: R$11,80, totalizando R$2.728,20
Preço médio de compra das ações = R$6,9077
Valor compra das 200 ações com preço médio = 6,9077×200 = R$1.381,54
Lucro da operação = 2.728,20-1.381,54 = R$1.343,66
Saldo = 2100 ações
Preço médio do restante das ações = R$6,9077
A medida que for vendendo as demais ações, o mesmo cálculo deve ser feito para
determinar o lucro. Caso haja mais compras depois dessa venda parcial, deve ser
calculado o novo preço médio novamente.
l) Pagamento do IR
Para pagar o IR, deve ser gerado um DARF e pago em qualquer banco. O DARF pode
ser preenchido e gerado diretamente no site ou aplicativo dos bancos ou também pode
ser gerado no site Sicalcweb da Receita Federal.
m) Atraso no pagamento
Se você não pagar o IR mensal quando houver lucro até a data de vencimento, terá que
pagar multa diária de 0,33%, até o limite de 20% do valor devido, acrescidos de juro
mensal, proporcional à taxa Selic.
Caso nunca pague, há grande risco de cair na malha fina da Receita Federal, uma vez
que existe o “dedo-duro”, aquele IR retido na fonte que é proporcional ao seu lucro, e
portanto já informa à Receita quanto de lucro obteve.
Para gerar o DARF de um mês atrasado, o melhor é usar o site do Sicalcweb conforme
explicado no item anterior, e informando os meses passados e os valores do IR de cada
mês.
Hoje em dia há diversos sistemas para auxiliar a apuração de IR, onde você deve fazer o
envio das notas de corretagem e o sistema calcula mensalmente o quanto deve pagar.
Sencon
my capital
IRTrade
Bússola do Investidor
Ricalc
IRPFBolsa
Quase todas as informações necessárias são fornecidas pela corretora. Normalmente tem
disponível o “Informe Rendimentos”, que é o documento oficial que as instituições
financeiras devem fornecer, e também os “Relatórios Auxiliares”, onde contém
informações de proventos recebidos no ano, ações em custódia no dia 31/12, imposto
retido na fonte e outros.
Nas telas de exemplo que mostrarei estou utilizando o programa da Receita IRPF 2020,
ou seja, declarão dos rendimentos e posição de 31/12/2019, porém a lógica é igual para
os demais anos.
a) Ações em custódia
Essa informação é obtida nos relatórios auxiliares de IR no site da corretora ou na seção
de relatórios de patrimônio histórico.
Todas ações que estava em custódia no dia 31/12 devem ser declaradas na seção “Bens
e Direitos”.
No campo CNPJ, preencher com os dados da empresa referente a ação que está sendo
declarada.
As informações dos dividendos normalmente são enviadas por carta para a nossa
residência pelos bancos que escrituram as ações da empresa, porém infelizmente
somente os bancos que temos conta que enviam essas cartas. Para os demais bancos,
eles não nos enviam. É uma falha grave do sistema da bolsa pois não podemos garantir
a fidelidade das informações preenchidas na declaração do IR. A informação oficial é
que deveríamos entrar em contato com o RI de todas empresas que recebemos
dividendos e outros proventos e solicitar o envio para nós, porém isso gera um mega
trabalho.
Preencher o CNPJ e nome da empresa, da forma que está no site da B3, e o valor total
recebido.
Exemplo:
c) Juros sobre capital próprio
As informações dos juros sobre capital próprio (JCP) são obtidas da mesma forma que
os dividendos.
Preencher o CNPJ e nome da empresa, da forma que está no site da B3, e o valor total
recebido.
Exemplo:
d) Proventos creditados e não pagos
No campo discriminação deve ser informado que são créditos a receber, o tipo do
provento, o nome da empresa e o CNPJ.
No campo Situação em 31/12/2019 deve ser informado o valor dos créditos a receber.
Exemplo:
e) Lucros mensais
Essa informação deve estar contida no controle de cada um, conforme planilha de
exemplo de lucro mensal. Infelizmente as corretoras não fornecem esses dados. A
alternativa é utilizar algum sistema para calcular através das notas de corretagem.
Esses lucros devem ser declarados no menu “Renda Variável”, na seção “Operações
Comuns / Day-Trade”.
Nessa seção deve ser informado o lucro e outros dados mês a mês, nas 12 abas à
esquerda.
Há várias categorias de ativos que deve ser declarado caso o trader tenha feito
operações: ações, opções, futuros (índice, dólar, juros, commodities) e termo. Para todas
elas tem a coluna de operações comuns e day trade separado. Aqui vou comentar
somente de operações comuns em ações e termo.
Começando por janeiro, preencher o lucro obtido nas ações na subseção “Mercado à
Vista”, no campo “Mercado à Vista – ações”, na coluna “Operações Comuns”. Se for
prejuízo colocar o número com sinal de “-” na frente.
Caso tenha encerrado operações à termo nesse mês, preencher o valor na subseção
“Mercado a Termo”, no campo “Mercado a termo – ações/ouro”, na coluna “Operações
Comuns”, ou seja, o lucro de operações em ações à termo deve ser declarado separado
do lucro em ações à vista.
IMPORTANTE: caso tenha tido lucro no mês porém com isenção de IR devido ao total
de vendas ter sido inferior a R$20 mil, não colocar o lucro do respectivo mês nessa
seção de “Renda Variável – Operações Comuns / Day-Trade” pois eles serão declarados
em outra seção. Nesse caso deixar com valor zero. Porém se houve IR retido nesse mês
ele deve ser declarado, conforme mostrado abaixo.
Exemplo:
Antes de passar para o mês de fevereiro, descer a tela para os demais campos.
Preencha o campo “IR fonte de Day-Trade no mês” caso tenha feito day trade e teve
retenção de IR. As informações de retenção de IR estão normalmente disponíveis nos
relatórios auxiliares das corretoras.
Preencha o campo “IR fonte (Lei nº 11.033/2004) no mês” caso tenha tido retenção de
IR em operações comuns.
Preencha o campo “Imposto pago” caso tenha tido lucro no mês e foi pago IR referente
a esse valor.
Exemplo:
Nesse exemplo de janeiro, houve prejuízo e também vinha de prejuízo do ano anterior.
Houve retenção de IR na fonte e não houve pagamento de IR.
Concluído o mês de janeiro, passamos para o mês de fevereiro. Repita a mesma lógica
de preenchimento de janeiro, com a diferença que não será necessário mais preencher
nenhum campo da subseção “Resultados”. Repare como tudo é calculado
automaticamente, com os mesmos dados que deveria ter na nossa planilha de controle:
Todos os meses devem ser preenchidos com todas essas informações. Ao final, no mês
de dezembro, observar se ficou algum valor no campo “IR fonte (Lei nº 11.033/2004) a
compensar”. Esse valor poderá ser restituido conforme mostrado mais a frente, uma vez
que o IR retido de um ano não pode ser compensado no ano seguinte.
Exemplo:
f) Lucros de meses com vendas abaixo de R$20 mil
Essa informação deve estar contida no controle de cada um, conforme planilha de
exemplo de lucro mensal.
Para os meses que houve lucro e as vendas totais do mês foram abaixo de R$20 mil, há
isenção de IR. Para todos os meses que apresentaram essa condição, os valores dos
lucros devem ser somados para obter um total do ano.
Quando as ações forem vendidas e for apurado o lucro/prejuízo da operação, basta fazer
o cálculo utilizando a quantidade e valor de compra ajustados.
h) Bonificações
Uma bonificação de 10% significa que para cada 100 ações que o acionista tiver, irá
receber mais 10, portanto ficará com 110.
Preencher o CNPJ e nome da empresa, da forma que está no site da B3, e o valor total
recebido, que é a multiplicação da quantidade recebida pelo valor por ação divulgado
pela empresa.
Exemplo:
Caso o investidor vire o ano com essas ações em carteira, deve-se ajustar a quantidade
de ações em custódia e o preço médio de compra de acordo com a bonificação. O ajuste
deve ser feito na seção “Bens e Direitos” nas ações em custódia descrito no item “a”.
Por exemplo se tinha comprado 1000 ações ABCD4 por R$ 25,00 cada, totalizando R$
25.000,00, e recebeu uma bonificação de 10%, portanto 100 ações com preço definido
em R$19,50, totalizando R$ 1.950,00. Nesse caso o novo preço médio será
(25000+1950)/1100 = R$ 24,50 e a nova quantidade será 1100 ações.
Quando as ações forem vendidas e for apurado o lucro/prejuízo da operação, basta fazer
o cálculo utilizando a quantidade e valor de compra ajustados.
Esse valor recebido em dinheiro deve preenchido na seção “Rendimentos Isentos e Não
Tributáveis” e no tipo de rendimento utilizar o código “26 – Outros”. Na descrição
informar que é um ganho referente à venda de resíduos de ações bonificadas.
i) Saldo em conta na corretora
Por não ser conta corrente nem conta poupança, mas sim conta investimento, deve ser
utilizado o código “69 – Outros depósitos à vista e numerário”.
No campo discriminação deve ser informado que é saldo em conta, o nome da corretora,
o número da agência e o número da conta.
Exemplo:
Esse imposto retido e não compensado deve ser declarado na seção “Imposto
Pago/Retido”.
Preencher o valor do saldo do IR retido no final do ano no campo “03. Imposto sobre a
renda na fonte (Lei nº 11.033/2004)”.
Esse valor precisa ser o mesmo do valor do campo “IR fonte (Lei nº 11.033/2004) a
compensar” do mês de dezembro na seção “Renda Variável – Operações Comuns /
Day-Trade”, conforme mostrado anteriormente.
Exemplo:
k) Operações a termo
Essa informação é obtida nos relatórios auxiliares de IR no site corretora ou na seção de
relatórios de patrimônio histórico.
Todos os termos em andamento no dia 31/12 devem ser declarados. Como o termo é um
tipo de empréstimo, deverá ser declarado em 2 seções.
Exemplo:
Depois é necessário declarar o empréstimo da corretora para você comprar as ações.
Essa informação é preenchida na seção “Dívidas e Ônus Reais”.
Exemplo:
Todas as ações que ainda estiverem alugadas no dia 31/12 devem ser declaradas. Como
envolve empréstimo, deverá ser declarado em 2 seções.
Primeiro deve ser declarada a custódia das ações na seção “Bens e Direitos”.
No campo CNPJ, preencher com os dados da empresa referente a ação que está sendo
declarada.
Exemplo:
Depois é necessário declarar o empréstimo das ações na seção “Dívidas e Ônus Reais”.
Exemplo:
Esse conteúdo cobre boa parte da informação relacionada a ações. Qualquer dúvida ou
correções mande nos comentários.
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
I - 22,5% (vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento), em aplicações com prazo de
até 180 (cento e oitenta) dias;
II - 20% (vinte por cento), em aplicações com prazo de 181 (cento e oitenta e um) dias
até 360 (trezentos e sessenta) dias;
III - 17,5% (dezessete inteiros e cinco décimos por cento), em aplicações com prazo de
361 (trezentos e sessenta e um) dias até 720 (setecentos e vinte) dias;
IV - 15% (quinze por cento), em aplicações com prazo acima de 720 (setecentos e vinte)
dias.
I - os rendimentos produzidos até essa data serão tributados nos termos da legislação
então vigente;
III - por ocasião do resgate das quotas, será aplicada alíquota complementar de acordo
com o previsto nos incisos I a IV do caput deste artigo.
Art. 2º O disposto no art. 1º desta Lei não se aplica aos ganhos líquidos auferidos em
operações realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros, e assemelhadas,
inclusive day trade, que permanecem sujeitos à legislação vigente e serão tributados às
seguintes alíquotas: (Produção de efeito)
I - nos mercados futuros, a soma algébrica dos ajustes diários, se positiva, apurada por
ocasião do encerramento da posição, antecipadamente ou no seu vencimento;
IV - nos mercados à vista, o valor da alienação, nas operações com ações, ouro ativo
financeiro e outros valores mobiliários neles negociados.
§ 4º Fica dispensada a retenção do imposto de que trata o § 1º deste artigo cujo valor
seja igual ou inferior a R$ 1,00 (um real).
§ 5º Ocorrendo mais de uma operação no mesmo mês, realizada por uma mesma
pessoa, física ou jurídica, deverá ser efetuada a soma dos valores de imposto incidente sobre
todas as operações realizadas no mês, para efeito de cálculo do limite de retenção previsto no
§ 4º deste artigo.
§ 7º O valor do imposto retido na fonte a que se refere o § 1º deste artigo poderá ser:
II - compensado com o imposto incidente sobre ganhos líquidos apurados nos meses
subseqüentes;
III - compensado na declaração de ajuste se, após a dedução de que tratam os incisos I
e II deste parágrafo, houver saldo de imposto retido;
Parágrafo único. O benefício disposto no inciso III do caput deste artigo: (Incluído pela
Lei nº 11.196, de 2005)
II - não será concedido ao quotista pessoa física titular de quotas que representem 10%
(dez por cento) ou mais da totalidade das quotas emitidas pelo Fundo de Investimento
Imobiliário ou cujas quotas lhe derem direito ao recebimento de rendimento superior a 10%
(dez por cento) do total de rendimentos auferidos pelo fundo. (Incluído pela Lei nº 11.196, de
2005)
Art. 4º Não se aplica o disposto nos arts. 1º e 2º desta Lei às pessoas jurídicas de que
trata o art. 77, inciso I, da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, aos investidores estrangeiros
referidos no art. 16 da Medida Provisória nº 2.189-49, de 23 de agosto de 2001, e às entidades
ou fundos optantes pelo regime especial de que trata o art. 2º da Medida Provisória nº 2.222,
de 4 de setembro de 2001, que permanecem sujeitos às normas previstas na legislação
vigente. (Produção de efeito)
"Art. 8º ......................................................
.................................................................
§ 12. .........................................................
.................................................................
..............................................................." (NR)
..................................................................
..................................................................." (NR)
Art. 7º As pessoas jurídicas que aufiram as receitas de que trata o inciso XXIII do art. 10
da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, ficam obrigadas a instalar equipamento emissor
de cupom fiscal em seus estabelecimentos, na forma disciplinada pela Secretaria da Receita
Federal. (Vigência)
Art. 7º As pessoas jurídicas que aufiram as receitas de que trata o inciso XXIII do art. 10
da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003 , são obrigadas a instalar equipamento emissor
de cupom fiscal em seus estabelecimentos, ou outro sistema equivalente para controle de
receitas, na forma disciplinada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. (Redação dada
pela Lei nº 12.546, de 2011)
"Art. 1º ......................................................
..................................................................." (NR)
..................................................................
c) ...............................................................
1. em relação aos fatos geradores que ocorrerem no período de 1º de janeiro de 2004 até
30 de setembro de 2004: até o último dia útil do decêndio subseqüente à quinzena de
ocorrência dos fatos geradores; e
2. em relação aos fatos geradores que ocorrerem a partir de 1º de outubro de 2004: até o
último dia útil da quinzena subseqüente ao mês de ocorrência dos fatos geradores;
................................................................." (NR)
Art. 11. Sem prejuízo do disposto no inciso I do § 10 do art. 8º e no inciso I do caput do
art. 16 da Lei nº 9.311, de 24 de outubro de 1996, será facultado o lançamento a débito em
conta corrente de depósito para investimento para a realização de operações com os valores
mobiliários de que tratam os referidos incisos, desde que seja mantido controle, em separado,
pela instituição interveniente, dos valores mobiliários adquiridos por intermédio das contas
correntes de depósito à vista e de investimento. (Produção de efeito)
Art. 12. Será dada ciência ao sujeito passivo do ato que o excluir do parcelamento de
débitos com a Secretaria da Receita Federal, com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e
com o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, de que tratam os arts. 1º e 5º da Lei nº
10.684, de 30 de maio de 2003, mediante publicação no Diário Oficial da União.
Parágrafo único. Fica dispensada a publicação de que trata o caput deste artigo nos
casos em que for dada ciência ao sujeito passivo pessoalmente ou por via postal, com aviso de
recebimento.
Art. 13. Fica instituído o Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação
da Estrutura Portuária - REPORTO, nos termos desta Lei.
Art. 14. Serão efetuadas com suspensão do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI,
da Contribuição para o PIS/Pasep, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
- COFINS e, quando for o caso, do Imposto de Importação - II, as vendas e as importações de
máquinas, equipamentos, peças de reposição e outros bens, no mercado interno, quando
adquiridos ou importados diretamente pelos beneficiários do Reporto e destinados ao seu ativo
imobilizado para utilização exclusiva na execução de serviços de: (Redação dada pela Lei nº
12.715, de 2012)
§8º O disposto no caput deste artigo aplica-se também aos bens utilizados na execução
de serviços de transporte de mercadorias em ferrovias, classificados nas posições 86.01, 86.02
e 86.06 da Nomenclatura Comum do Mercosul, e aos trilhos e demais elementos de vias
férreas, classificados na posição 73.02 da Nomenclatura Comum do Mercosul, relacionados
pelo Poder Executivo. (Redação dada pela Lei nº 11.774, de 2008)
§ 9º As peças de reposição citadas no caput deste artigo deverão ter seu valor aduaneiro
igual ou superior a 20% (vinte por cento) do valor aduaneiro da máquina ou equipamento ao
qual se destinam, de acordo com a Declaração de Importação - DI respectiva. (Incluído pela Lei
nº 11.726, de 2008)
§ 12. A aplicação da multa prevista no § 11 deste artigo não prejudica a exigência dos
tributos suspensos, de outras penalidades cabíveis, bem como dos acréscimos legais. (Incluído
pela Lei nº 11.726, de 2008)
Art. 16. Os beneficiários do Reporto descritos no art. 15 desta Lei ficam acrescidos das
empresas de dragagem, definidas na Lei nº 11.610, de 12 de dezembro de 2007, dos recintos
alfandegados de zona secundária e dos centros de treinamento profissional de que trata o art.
32 da Lei nº 8.630, de 25 de fevereiro de 1993 (Lei dos Portos), e poderão efetuar aquisições e
importações amparadas pelo Reporto até 31 de dezembro de 2015. (Redação dada pela Lei nº
12.688, de 2012) (Vigência)
Art. 16. Os beneficiários do Reporto descritos no art. 15 desta Lei ficam acrescidos das
empresas de dragagem definidas na Lei nº 12.815, de 5 de junho de 2013 - Lei dos Portos, dos
recintos alfandegados de zona secundária e dos centros de formação profissional e
treinamento multifuncional de que trata o art. 33 da Lei nº 12.815, de 5 de junho de 2013, e
poderão efetuar aquisições e importações amparadas pelo Reporto até 31 de dezembro de
2020. (Redação dada pela Lei nº 13.169, de 2015)
Art. 17. As vendas efetuadas com suspensão, isenção, alíquota 0 (zero) ou não
incidência da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS não impedem a manutenção, pelo
vendedor, dos créditos vinculados a essas operações.
Art. 18. Por um prazo de 10 (dez) anos a contar da vigência da Lei nº 9.432, de 8 de
janeiro de 1997, não incidirá o Adicional de Frete para a Renovação da Marinha Mercante –
AFRMM sobre as mercadorias cuja origem ou cujo destino seja porto localizado na Região
Norte e Nordeste do país, exceto para as embarcações de casco com fundo duplo, destinadas
ao transporte de combustíveis, cujo prazo será de 25 (vinte e cinco) anos.
Art. 21. Os arts. 13, 19 e 20 da Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002, passam a vigorar
com a seguinte redação:
....................................................................................
§ 1º Nas matérias de que trata este artigo, o Procurador da Fazenda Nacional que atuar
no feito deverá, expressamente, reconhecer a procedência do pedido, quando citado para
apresentar resposta, hipótese em que não haverá condenação em honorários, ou manifestar o
seu desinteresse em recorrer, quando intimado da decisão judicial.
....................................................................................
....................................................................................
....................................................................................
§ 4º No caso de reunião de processos contra o mesmo devedor, na forma do art. 28 da Lei
nº 6.830, de 22 de setembro de 1980, para os fins de que trata o limite indicado no caput deste
artigo, será considerada a soma dos débitos consolidados das inscrições reunidas." (NR)
Art. 22. O art. 17 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a
seguinte redação:
Art. 23. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos:
Art. 24. Ficam revogados o art. 63 da Lei nº 8.383, de 30 de dezembro de 1991, a partir
de 1º de janeiro de 2005, e o § 2º do art. 10 da Lei nº 10.925, de 23 de julho de 2004.