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Proposta de Prestação de Serviços

Destinatário: Luiz Paulo Horita

Descrição dos Cálculo Mensal do Imposto de Renda da Pessoa Física incidente


Serviços: sobre os ganhos provenientes de alienação de ações Day-trade e/ou
normal (art 2º. da Lei 11.033/2004)
Abrangência dos  Registros das operações de compra e venda de ações
Serviços:
 Controle mensal dos lucros e/ou prejuízos nas operações

 Apuração mensal do IR a pagar

 Demonstrativo do calculo dos rendimentos, saldos de


prejuízos a compensar e imposto a pagar

 Geração do DARF para pagamento, quando houver

 Planilha demonstrativa para o preenchimento das Fichas do


Demonstrativo de Renda Variável na DIRPF do ano
calendário referente.
Recursos 1) Nota de Negociação emitida pela Corretora, que conterá os
utilizáveis/ itens:
requeridos:
 Código da ação
 Data de compra
 Quantidade de ações compradas
 Preço médio da compra
 Corretagem
 Taxas B3
 Data da venda
 Quantidade de ações vendidas
 Preço médio da compra
 Corretagem
 Taxas B3
 Proventos (dividendos, juros sobre capital próprio e
bonificações)
 Eventos corporativos (desdobramentos e grupamentos de
ações)
2) Planilha Excel

3) Outras informações pertinentes


Remuneração R$ 150,00 (Cento e cinqüenta reais) mensalmente, até 3 (três) NCs
pretendida: - Notas de Corretagem processadas no mês

R$ 50,00 (Cinquenta reais para cada NC a partir da terceira


Responsável Enock Freire Souza – Contador CRCSP 133.536/0 – T/AM; e-
Técnico: mail: efreiresouza@yahoo.com.br; Celular (27) 99628-6323
Referências: Heber Anequino Barbosa (92) 99137-943; Luiz Eduardo Moreira
(92) 99409-0444; Francisco de Almeida Maués (92) 99112-1286

Como fazer o cálculo mensal do meu IR


em Ações?
Saiba como fazer o cálculo mensal do Imposto de
Renda (IR) em ações, bolsa de valores e renda variável.
Conheça calculadora de IR e o passo a passo das contas
para sua declaração.
Como se não bastasse ter que pagar o Imposto de Renda (IR), cabe ainda ao
investidor fazer sua apuração e pagamento mensal do que deve ser recolhido. É
necessária muita atenção no processo para evitar futuros problemas com a Receita
Federal. Aprenda aqui como fazê-lo e fique mais tranquilo na hora de declarar!

Apesar de envolver diversas apurações e cálculos, saber qual o valor que deve ser
recolhido pode ser muito fácil. Existem ferramentas especializadas em auxiliar nesta
tarefa, tornando tudo muito mais simples, como a Calculadora de IR do portal Bússola
do Investidor, que faz todas as apurações gratuitamente.

No entanto, sempre é importante saber como os cálculos funcionam, até mesmo para
evitar algumas operações que podem acarretar na cobrança de mais impostos. Vamos
detalhar como deve ser calculado e como deve ser recolhido o seu IR em ações.

Imposto de Renda em Operações Daytrade


Operações daytrade ocorrem quando a compra e a venda são executadas no mesmo dia.
Para a cobrança de imposto de renda, também são consideradas daytrade as operações
em que uma venda é executada depois de uma compra. Preste atenção no passo a passo:

1. Verifique se houve lucro ou prejuízo na operação;

2. Se houver lucro, o investidor deverá pagar 20% dele para a Receita Federal,
descontadas as taxas e corretagem pagas. No dia da operação, a corretora já
retém 1% do lucro, como forma de sinalizar para a Receita Federal que você
deve recolher os outros19%;
3. Se houver prejuízo, guarde este valor para descontá-lo nos meses seguintes,
quando houver lucro;
4. Atenção: o prejuízo acumulado em operações daytrade somente servirá para
abater lucros neste mesmo tipo de operação.

Imposto de Renda em Operações Normais


Operações normais ocorrem quando a compra e a venda são executadas em dias
diferentes. Neste caso, o investidor conta com um incentivo: existe a isenção do
pagamento de IR nos meses em que o valor total das vendas for abaixo de R$
20.000,00. Desse modo, em alguns meses deve-se tomar cuidado para não ultrapassar
este limite e ter que recolher imposto. Veja o passo a passo:

1. Calcule o valor total das ações vendidas no mês;


2. Caso seja menos que R$ 20 mil, você não precisa recolher impostos;
3. Caso haja lucro e as vendas totais fiquem acima de R$ 20 mil, o pagamento será
de 15% do lucro, descontadas as taxas e corretagens pagas à corretora. Esta já
retêm 0,005% do valor das vendas, como forma de sinalizar para a Receita
Federal que você deve pagar o imposto;
4. Caso haja prejuízo, guarde o valor para abater de seu lucro nos meses seguintes,
exatamente como feito nas operações daytrade. Lembrando-se que este só
poderá ser abatido de outras operações normais.

Bonificação de Ações no IR
As Bonificações de Ações devem ser incluídas em seu estoque, utilizando o custo de
aquisição zero.

Exemplo: um investidor que tinha em seu estoque 100 ações compradas por R$
10,00 e recebeu uma bonificação de 10 ações, terá um novo estoque de 110 ações com
um preço médio de R$ 9,09. Em outras palavras, o custo de aquisição das ações (R$
1.000), dividido pela nova quantidade de ações em estoque (110).

Desdobramentos de Ações no IR
Os desdobramentos devem ser tratados exatamente como as bonificações de ações.
Desta forma, seu preço médio sempre será multiplicado pelo fator inverso do
desdobramento ocorrido.

Exemplo: Se uma ação desdobrou de 1 para 4 ações, seu preço médio será dividido por
4.

Dividendos no IR
Neste caso, o Imposto de Renda não precisa ser pago. Isso porque o valor já representa
o lucro líquido de impostos da empresa pagadora, não fazendo sentido você pagar
novamente o imposto. No caso de Juros sobre Capital Próprio, o IR já é retido na fonte,
portanto você não precisará pagar o imposto novamente.

Como recolher meu Imposto de Renda?


Todos estes cálculos e apurações devem ser feitos mensalmente e o imposto pago
sempre até o último dia útil do mês seguinte à sua apuração. Dessa maneira, o imposto
das operações em janeiro deve ser pago até o último dia de fevereiro, e assim por diante.

Uma vez calculados os valores, o investidor deve emitir sua DARF e pagá-la em algum

banco ou Internet. Lembre-se de que os impostos de operações normais e daytrade


devem ser somados e pagos na mesma DARF.

Esta é mais uma facilidade de recorrer a ferramentas que auxiliam neste processo. Além
do cálculo, a Calculadora de IR do Bússola do Investidor já faz a emissão da DARF,
preenchendo todos os campos necessários. Experimente, a ferramenta pode ser útil para
você. Até a próxima.

Como calcular e declarar o IR de ações


29 de março de 2020 Rodrigo Sibin Lichti Deixe um comentário Go to comments

Escrevo esse artigo para auxiliar as pessoas que investem ou operam em ações e no ano
seguinte precisam fazer suas declarações de IR, bem como o pagamento mensal de IR
quando há lucro. A declaração em si tem complexidade média pois há vários detalhes a
serem considerados, tanto no cálculo do IR mensal e também na da declaração anual.

Meu objetivo é mostrar todos os detalhes que fui aprendendo ao longo dos anos,
buscando informações para que pudesse fazer corretamente os cálculos e a declaração.
Há muitos sites e artigos na Internet que mostram em detalhes essa questão do IR,
porém há vários pontos mais específicos que é difícil encontrar e portanto achei
interessante reunir todos esses detalhes em um lugar só.

Todas informações de investimentos e renda variável deve ser declarada, porém o


escopo desse artigo é somente ações.

Mas um aviso. Não me responsabilizo pela informações colocadas nesse artigo nem
com a validade e atualização das normais e leis da Receita Federal com o passar dos
anos. As informações são de caráter educacional. Recomendo consultar as regras
oficiais diretamente no site da Receita Federal e também com um contador
especializado em mercado financeiro.

Informações para anotar em cada operação


Tanto para o cálculo do IR mensal quanto para a declaração anual, é necessário que
sejam anotadas várias informações para o cálculo e preenchimento correto. A melhor
forma é criar uma planilha ou procurar uma pronta na Internet para ajudar a guardar
essas informações.

Deve haver as seguintes informações na planilha:

4) Código da ação
5) Data de compra
6) Quantidade de ações compradas
7) Preço médio da compra
8) Corretagem
9) Taxas B3
10) Data da venda
11) Quantidade de ações vendidas
12) Preço médio da compra
13) Corretagem
14) Taxas B3
15) Proventos (dividendos, juros sobre capital próprio e bonificações)
16) Eventos corporativos (desdobramentos e grupamentos de ações)

A quantidade de ações vendidas é importante ter pois pode ser diferente da compra se
houve subscrição (incorporação de novas ações), desdobramento (dividir 1 ação em X)
ou grupamento (juntas N ações em 1).

Todas essas informações estão disponíveis nas notas de corretagem da corretora, com
exceção dos proventos, que são mostrados em uma área diferente e também podem ser
vistos nos extratos de conta. Nessa planilha os proventos tem a finalidade somente de
calcular o rendimento total de uma operação realizada, pois eles não entram no cálculo
do IR mensal.

Veja um exemplo de nota de corretagem:

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Esse trecho mostra a parte superior da nota de corretagem e contém as seguintes
informações:

 Data da operação na parte superior direita: 06/09/2011


 A operação realizada, “C/V”, que nesse caso é “C”, de compra
 A ação comprada, “B2W VAREJO ON NM”, que o código é BTOW3
 A quantidade comprada: 200
 O preço médio da compra: 15,78

Esse trecho mostra a parte inferior da nota de corretagem e contém as seguintes


informações:

 Corretagem = R$10,91. A corretagem é o valor total da soma de Taxa


Operacional, Impostos (normalmente ISS) e Outros.
 Taxas B3 = R$1,08. As taxas B3 são compostas pela Taxa de liquidação, Taxa
de registro e emolumentos.
 I.R.R.F. s/ operações: esse é o imposto de renda retido na fonte pela corretora, é
importante guardar essa informação para descontar no IR a ser pago mensal

Mais informações sobre as tarifas cobradas pela B3 podem ser encontradas no site:
http://www.b3.com.br/pt_br/produtos-e-servicos/tarifas/listados-a-vista-e-
derivativos/renda-variavel/tarifas-de-acoes-e-fundos-de-investimento/a-vista/

Estou anexando uma planilha Excel de exemplo, que pode e deve ser alterarada para
deixar do modo da preferência, o importante é ter uma. As operações que coloquei
como exemplo são fictícias, não foram feitas por mim, bem como os preços e datas
foram aleatórios e não refletem o real. Não garanto a exatidão dos cálculos,
principalmente para fonte de IR, fica a critério de cada um revisar as fórmulas e corrigi-
las se necessário.

Exemplo_Controle_Ações.xlsx

A planilha tem 3 abas, a aba do controle de operaçõe é a “OperaçõesAções”. As demais


explicarei mais abaixo.

Cálculo do imposto de renda mensal


Assim como a maioria das operações financeiras no país, temos que pagar imposto de
renda sobre o lucro obtido em operações em ações na bolsa de valores. Aqui eu
descrevo as informações relevantes para ações.

a) Período de apuração

A apuração deve ser realizada mensalmente, após o encerramento de cada mês.

b) Prazo para pagamento

Caso haja IR a pagar, este deve ser pago até o último dia útil do mês subsequente.

Exemplo: o mês de março finalizou, deve-se fazer a apuração do lucro obtido no mês de
março e o IR deve ser pago até 30 de abril.

c) Quais ações/operações fazem parte do cálculo

Fazem parte do cálculo todas as operações encerradas no mês de apuração, estando


aptas a calcular o lucro ou prejuízo.

d) Alíquota de IR

A alíquota é de 15% para operações comuns e 20% para day trade. A mesma alíquota é
para operações à termo e vendas a descoberto.

As operações de day trade devem ser anotadas separado das operações comuns (position
trade e swing trade) de forma que sejam feitos dois cálculos separados, um com todas
operações day trade e outro com todas operações comuns, e aplicada a respectiva
alíquota em cada um.

e) Custos que podem serem abatidos do lucro

Os seguintes custos e taxas podem ser abatidos do lucro de cada operação:

 Corretagem
 Taxas B3
 Taxa termo
 Taxa BTC (aluguel de ações)
No caso da taxa de termo, normalmente ela já vem embutida no preço da ação, portanto
nesse caso não entraria como custo. Por exemplo um termo feito em uma ação a
R$10,00 com taxa de juros a 2% pelo período acordado, o preço de compra na nota de
corretagem virá a R$10,20.

As seguintes despesas não podem ser abatidas do lucro do mês:

 Plataformas
 Softwares
 Serviços de assessoria
 Relatórios
 outros

f) Isenção de IR

Para operações comuns, há isenção de IR caso o total das vendas do mês seja inferior a
R$20.000,00.

Exemplo:
Durante o mês de apuração realizei somente 2 vendas (encerramento de operação):
Vendi 300 ações AAAA4 por R$20,00, totalizando R$6,000. Lucro foi de R$500.
Vendi 200 ações BBBB4 por R$40,00, totalizando R$8,000. Lucro foi de R$1.200.

O lucro total do mês foi de R$1.700.


O total de vendas do mês foi de R$14.000.
Eu obtive lucro mas como o total de vendas foi inferior a R$20 mil, eu terei isenção e
não precisarei pagar IR. Mesmo assim a informação deve ser guardada pois deverá ser
declarada no ano seguinte.

Para day trade não há isenção, deve-se pagar IR sobre qualquer lucro, independente do
total do valor operado.

Essa soma das vendas para isenção pode ficar mais complicada se o trader faz operações
de venda a descoberto em ações, ou seja, aluga ações para vender e apostar numa queda.
A Receita Federal não diferencia operações compradas e vendidas, ela só informa que
há isenção quando o total de vendas for inferior a R$20 mil. Portanto caso haja uma
mistura de operações compradas com vendidas, a regra que permanece para isenção de
IR é o total de vendas do mês, seja para encerrar uma operação comprada ou para iniciar
uma operação vendida.

Exemplo: Comprei ação AAAA4 num mês anterior e vendi esse mês no total de R$ 15
mil e tive lucro. Fiz uma venda a descoberta da ação BBBB4 esse mês totalizando R$
10 mil, e ainda não encerrei a operação. Nesse caso o total de vendas seria a soma dos
15 mil com os 10 mil, totalizando 25 mil reais, portanto não haveria isenção de IR! O IR
deverá ser pago referente ao lucro obtido na ação AAAA4.

Há controvérsias sobre esse tema porém essa é a forma mais segura que vejo para evitar
cair na malha fina.
g) Valores baixos de IR

Caso o IR a pagar seja inferior a R$10, pode ser acumulado para os próximos meses. O
mínimo a pagar é R$10.

Ex: Em janeiro foi apurado IR a pagar de R$8,00. Não precisa ser pago por enquanto.
Em fevereiro foi apurado IR a pagar de R$24,00. Então até dia 31 de março deverá ser
pago R$32,00, referente aos R$24 de fevereiro somados aos R$8 pendentes.

h) Meses com prejuízos

Caso haja prejuizo em um determinado mês, não é necessário pagar IR mesmo se


algumas operações tiverem dado lucro, o que importa é a soma dos resultados de todas
as operações. Além disso este prejuízo pode ser abatido de lucros futuros.

Se nos próximos meses houver mais prejuízos, esses valores devem ser somados e
acumulados, não havendo prazo para compensação, mesmo que demore anos.

Exemplo:
Em janeiro tive prejuizo de R$300. Não pago IR. Prejuízo total acumulado = R$300.
Em fevereiro tive prejuizo de R$400. Não pago IR. Prejuízo total acumulado = R$700.
Em março tive lucro de R$1100. Primeiro desconto o prejuízo acumulado para calcular
o lucro remanescente: R$1100-R$700 = R$400.
Portanto pagarei 15% de IR sobre um lucro de R$400, que dará R$60.

Prejuízos em day trade só podem ser abatidos de lucros futuros em day trade, e
prejuízos em operações comuns só podem ser abatidos de lucros em operações comuns.
Prejuízo em day trade não pode ser abatido de lucro em operações comuns e vice-versa.

Um detalhe importante a comentar é que se existe prejuizo a compensar e num


determinado mês haja lucro porém com total de vendas abaixo de R$ 20 mil, o que entra
na regra da isenção de IR, o prejuízo a compensar não reduz com esse lucro, ele fica
com o mesmo valor de antes.

Exemplo:
Em janeiro tive prejuizo de R$300 e em fevereiro tive prejuizo de R$400. Prejuízo total
acumulado = R$700.
Em março tive lucro de R$1100 porém meu total de vendas do mês foi R$12.000.
Nesse caso não pagarei IR referente ao mês de março pois será isento e o prejuízo
acumulado a compensar continuará de R$700.

i) IR retido na fonte

Nas operações de lucro, há retenção de imposto de renda na fonte. Para operações


comuns a alíquota é de 0,005% e para operações day trade a alíquota é de 1%.

Esses valores deverão ser somados de todas as notas de corretagem e poderão ser
subtraidos do IR a pagar do mês.
Para esse valor não importa se o IR retido é de operações comuns ou day trade, pode ser
somado o IR retido em um valor total único.

Se foi retido IR em um mês porém não houve lucro neste mesmo mês, portanto não
haverá IR a ser pago, o IR retido pode ser acumulado para ser compensado em
pagamentos de próximos meses. Porém esse IR retido acumulado só poderá ser
compensado no mesmo ano. Quando muda o ano, o IR retido a compensar zera. Caso o
ano finalize com saldo de IR retido na fonte a compensar, é possível solicitar restituição
desse valor como mostrarei na seção de declaração anual de IR.

j) Método de cálculo do IR

O cálculo de IR para operações comuns deve ser feito da seguinte forma:

 Selecionar todas operações encerradas (vendidas) no mês da apuração.


 Calcular o lucro/prejuízo de cada operação, descontando corretagem e taxas B3.
 Fazer a soma total do resultado do mês, somando o lucro/prejuízo de cada
operação.
 Subtrair prejuízo acumulado, se houver, obtendo o lucro final.
 Aplicar a alíquota de 15% para obter o valor do IR do mês.
 Subtrair do valor do IR do mês, a soma de IR retido na fonte acumulada,
obtendo então o valor do IR a pagar.

Caso o trader tenha feito operações em day trade também, deverá fazer o cálculo da
mesma forma separado, e aplicado a alíquota de 20% de IR. Caso em ambos haja IR a
pagar, esses valores devem ser somados e pagos de uma só vez. Nesse caso o IR retido
na fonte deverá ser subtraido do IR total calculado somente após a soma dos IR day
trade e operações comuns.

Importante: Os proventos como dividendos e juros sobre capital próprio não entram no
cálculo do imposto de renda, portanto não devem estar inclusos na apuração dos lucros
de cada operação. Pode até ter uma somatória incluindo esses valores porém em um
campo separado, para ter a visão do lucro total da operação, já que os proventos fazem
parte. Mas o lucro para cálculo do IR não deve somar esses valores pois dividendos são
isentos de IR e juros sobre capital próprio já são tributados na fonte.

Na planilha dispobinilizada no início do artigo, a aba “IR” mostra um exemplo de


controle dos meses. Os valores do Lucro e Total Vendas está colocado manualmente. O
melhor seria criar uma macro para pegar automaticamente os valores somados das
outras abas de operações.

k) Compras e vendas piramidadas

É normal montar várias posições em uma mesma ação, isto é, fazendo algumas compras
em datas diferentes à medida que uma ação está subindo e continuando a tendência ou à
medida que está caindo se a pessoa tem perfil mais investidor.
É importante mencionar que para a Receita Federal não existe esse conceito de posição.

Então se por exemplo eu comprei 1000 ações CCCC4 a R$10, abrindo minha primeira
posição, depois comprei mais 600 ações a R$15, abrindo minha segunda posição.
Algum tempo depois se eu encerrar somente a segunda posição a R$14, seja porque
estava com stop mais curto que a primeira ou por qualquer outro motivo, o cálculo do
IR não será em cima do resultado dessa minha segunda posição somente, ou seja, não
poderei assumir que houve prejuízo de R$1 por ação na segunda posição.

Para a Receita Federal quando há múltiplas compras na mesma ação, o que a legislação
diz é que deve ser calculado o preço médio das compras. Portanto a cada nova compra,
deve ser calculado o novo preço médio e quando houver vendas, seja parcial ou da
quantidade total, o lucro para finalidade de IR deve ser calculado entre o preço de venda
e o preço médio até aquele ponto. Nesse caso os custos da operação podem ser somados
no cálculo do preço médio.

Vamos ver um exemplo de como isso funciona:

01/02 (primeira compra):


Compra de 1000 ações por R$ 5,00, totalizando R$5.000,00
Corretagem e taxas B3: R$12,50, totalizando R$5.012,50
Saldo = 1000 ações
Preço médio = 5.012,50/1000 = R$5,0125

10/04 (segunda compra):


Compra de 800 ações por R$ 6,50, totalizando R$5.200,00
Corretagem e taxas B3: R$12,60, totalizando R$5.212,60
Valor posição anterior = R$5.012,50
Novo valor posição total = 5.012,50 + 5.212,60 = R$10.225,10
Saldo = 1800 ações
Preço médio = 10.225,10/1800 = R$5,6806

15/07 (terceira compra):


Compra de 500 ações por R$ 11,30, totalizando R$5.650,00
Corretagem e taxas B3: R$12,75, totalizando R$5.662,75
Valor posição anterior = R$10.225,10
Novo valor posição total = 10.225,10 + 5.662,75 = R$15.887,85
Saldo = 2300 ações
Preço médio = 15.887,85/2300 = R$6,9077

Essa é a forma de calcular o preço médio a cada nova compra. Calculando o total
financeiro de cada compra, somado com as taxas, depois somando com o total
financeiro das posições anteriores e por fim dividindo pelo total de ações atuais. Caso só
seja feita somente uma compra em uma determinada ação, não será necessário fazer
esses cálculos.

Agora quando houver uma venda, supondo que seja parcial de 200 ações, o lucro dessa
operação é calculado da seguinte forma:
22/09:
Venda de 200 ações por R$ 13,70, totalizando R$2.740,00
Corretagem e taxas B3: R$11,80, totalizando R$2.728,20
Preço médio de compra das ações = R$6,9077
Valor compra das 200 ações com preço médio = 6,9077×200 = R$1.381,54
Lucro da operação = 2.728,20-1.381,54 = R$1.343,66
Saldo = 2100 ações
Preço médio do restante das ações = R$6,9077

Calcula-se o total financeiro da operação de venda, subtrai a corretagem e taxas B3,


calcula-se o total financeiro com o valor da compra pelo último preço médio até então, e
então calcula-se o lucro da operação. Após a venda o saldo das ações diminui porém o
preço médio do restante das ações em carteira continua inalterado, somente as compras
alteram o preço médio.

A medida que for vendendo as demais ações, o mesmo cálculo deve ser feito para
determinar o lucro. Caso haja mais compras depois dessa venda parcial, deve ser
calculado o novo preço médio novamente.

Na planilha dispobinilizada no início do artigo, a aba “PreçosMédiosAções” mostra um


exemplo de controle desses cálculos.

l) Pagamento do IR

Para pagar o IR, deve ser gerado um DARF e pago em qualquer banco. O DARF pode
ser preenchido e gerado diretamente no site ou aplicativo dos bancos ou também pode
ser gerado no site Sicalcweb da Receita Federal.

Veja passo a passo como preencher o DARF no site do banco:

O DARF normalmente está dentro do menu “Pagamentos” e depois “Impostos e


Tributos”. Preencha da seguinte forma:

 Campo 01: Nome e Telefone. Preencha seu nome completo e telefone de


contato.
 Campo 02: Período de apuração. Informe o último dia do mês de apuração, ex:
31/03/2020, se o pagamento for referente a março de 2020.
 Campo 03: CPF ou CNPJ. Informe seu CPF se for pessoa física ou CNPJ se for
pessoa jurídica.
 Campo 04: Código da receita. Preencha com o número 6015, que corresponde ao
IR sobre renda variável para pessoa física.
 Campo 05: Número de referência. Deixe o campo em branco, não é necessário.
 Campo 06: Data de vencimento. Informe o último dia útil do mês seguinte ao
mês de apuração. Se o mês de apuração for março de 2020, a data de vencimento
será 30/04/2020.
 Campo 07: Valor principal. Informe o valor do IR a pagar.
 Campo 08: Valor da multa. Deixe em branco se estiver pagando antes do
vencimento.
 Campo 09: Valor dos juros e/ou encargos. Deixe em branco se estiver pagando
antes do vencimento.
 Campo 10: Valor total. É a soma dos campos 07, 08 e 09. Se estiver pagando
antes do vencimento o valor será igual ao do campo 07.

Basta finalizar a geração do DARF e já fazer o pagamento.

Para gerar o DARF através do Sicalcweb:

 Acesse o site do Sicalcweb


 Clique em Sicalcweb para Pessoa Física
 Clique em “Pagamento”
 Selecione seu Estado e clique em Continuar
 Selecione seu Município e clique em Continuar
 No campo “Código da Receita” preencha com 6015 para pessoa física e clique
em Continuar
 No campo “Período” preencha o mês da apuração, exemplo “03/2020” para
março de 2020. Se não couber o último número, preencha sem a barra, ex:
“032020”
 No campo “Valor Principal” preencha o valor do IR a pagar, calculado das
operações em ações e clique em Continuar
 Deixe o campo “Referência” em branco e clique em Continuar
 Se o pagamento estiver sendo feito com atraso, já será calculado o valor da
multa e juros automaticamente
 No campo “CPF” preencha seu CPF e clique em Continuar
 O DARF será gerado, basta imprimir e fazer o pagamento em qualquer banco

m) Atraso no pagamento

Se você não pagar o IR mensal quando houver lucro até a data de vencimento, terá que
pagar multa diária de 0,33%, até o limite de 20% do valor devido, acrescidos de juro
mensal, proporcional à taxa Selic.

Caso nunca pague, há grande risco de cair na malha fina da Receita Federal, uma vez
que existe o “dedo-duro”, aquele IR retido na fonte que é proporcional ao seu lucro, e
portanto já informa à Receita quanto de lucro obteve.
Para gerar o DARF de um mês atrasado, o melhor é usar o site do Sicalcweb conforme
explicado no item anterior, e informando os meses passados e os valores do IR de cada
mês.

n) Sites e sistemas para auxiliar a apuração do IR

Hoje em dia há diversos sistemas para auxiliar a apuração de IR, onde você deve fazer o
envio das notas de corretagem e o sistema calcula mensalmente o quanto deve pagar.

Aqui cito alguns:

 Sencon
 my capital
 IRTrade
 Bússola do Investidor
 Ricalc
 IRPFBolsa

Algumas corretoras também oferecem esse serviço.

Declaração anual do imposto de renda


Agora vou mostrar como declarar as diversas informações provenientes do mercado de
ações.

Quase todas as informações necessárias são fornecidas pela corretora. Normalmente tem
disponível o “Informe Rendimentos”, que é o documento oficial que as instituições
financeiras devem fornecer, e também os “Relatórios Auxiliares”, onde contém
informações de proventos recebidos no ano, ações em custódia no dia 31/12, imposto
retido na fonte e outros.

Tenha o máximo de informações da corretora em mãos para fazer a declaração. Abaixo


mostro as informações mais comuns de quem opera ou investe em ações.

Em algumas seções será necerrário preencher o campo CNPJ da empresa. Infelizmente


as corretoras não disponibilizam essa informação, portanto a forma mais fácil e
confiável é obter do site da bolsa de valores acessando o link de Empresas Listadas.
Basta procurar pela empresa e ao clicar no nome dela na lista já aparecerá os dados da
empresa junto com o CNPJ.

Nas telas de exemplo que mostrarei estou utilizando o programa da Receita IRPF 2020,
ou seja, declarão dos rendimentos e posição de 31/12/2019, porém a lógica é igual para
os demais anos.

a) Ações em custódia
Essa informação é obtida nos relatórios auxiliares de IR no site da corretora ou na seção
de relatórios de patrimônio histórico.

Todas ações que estava em custódia no dia 31/12 devem ser declaradas na seção “Bens
e Direitos”.

No campo código utilizar “31 – Ações (inclusive as provenientes de linha telefônica)”.

No campo CNPJ, preencher com os dados da empresa referente a ação que está sendo
declarada.

No campo discriminação deve ser informado a quantidade de ações, o código da ação,


se quiser colocar o nome da empresa e o tipo da ação (ON, PN) pode ser colocado
também, o preço médio da compra e a corretora onde está custodiada.

No campo Situação em 31/12/2019 deve ser informado o valor da multiplicação da


quantidade de ações pelo preço médio declarados. Aqui não deve ser informado o valor
atual ou de mercado da ação. Caso passe mais de 1 ano com a ação e mesma
quantidade, basta repetir os valores da situação de 31/12/2018.

Veja exemplo de preenchimento:


b) Dividendos

As informações dos dividendos normalmente são enviadas por carta para a nossa
residência pelos bancos que escrituram as ações da empresa, porém infelizmente
somente os bancos que temos conta que enviam essas cartas. Para os demais bancos,
eles não nos enviam. É uma falha grave do sistema da bolsa pois não podemos garantir
a fidelidade das informações preenchidas na declaração do IR. A informação oficial é
que deveríamos entrar em contato com o RI de todas empresas que recebemos
dividendos e outros proventos e solicitar o envio para nós, porém isso gera um mega
trabalho.

Normalmente as corretoras disponibilizam nos relatórios auxiliares a relação de todos


proventos recebidos, então o mais fácil é utilizar essa relação, apesar de não ser a forma
oficial e garantida de se fazer.

Os dividendos devem ser declarados na seção “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis”.

No tipo de rendimento utilizar o código “09 – Lucros e dividendos recebidos”.

Preencher o CNPJ e nome da empresa, da forma que está no site da B3, e o valor total
recebido.

Exemplo:
c) Juros sobre capital próprio

As informações dos juros sobre capital próprio (JCP) são obtidas da mesma forma que
os dividendos.

Os JCP devem ser declarados na seção “Rendimentos Sujeitos à Tributação


Exclusiva/Definitiva”.

No tipo de rendimento utilizar o código “10 – Juros sobre capital próprio”.

Preencher o CNPJ e nome da empresa, da forma que está no site da B3, e o valor total
recebido.

Exemplo:
d) Proventos creditados e não pagos

No caso de nos informes de rendimentos contiverem informações sobre dividendos ou


juros sobre capital próprio creditados e não pagos, esses valores devem ser declarados
na seção “Bens e Direitos”.

No campo código utilizar “99 – Outros bens e direitos”.

No campo discriminação deve ser informado que são créditos a receber, o tipo do
provento, o nome da empresa e o CNPJ.

No campo Situação em 31/12/2019 deve ser informado o valor dos créditos a receber.

Exemplo:
e) Lucros mensais

Essa informação deve estar contida no controle de cada um, conforme planilha de
exemplo de lucro mensal. Infelizmente as corretoras não fornecem esses dados. A
alternativa é utilizar algum sistema para calcular através das notas de corretagem.

Esses lucros devem ser declarados no menu “Renda Variável”, na seção “Operações
Comuns / Day-Trade”.

Nessa seção deve ser informado o lucro e outros dados mês a mês, nas 12 abas à
esquerda.

Há várias categorias de ativos que deve ser declarado caso o trader tenha feito
operações: ações, opções, futuros (índice, dólar, juros, commodities) e termo. Para todas
elas tem a coluna de operações comuns e day trade separado. Aqui vou comentar
somente de operações comuns em ações e termo.

Começando por janeiro, preencher o lucro obtido nas ações na subseção “Mercado à
Vista”, no campo “Mercado à Vista – ações”, na coluna “Operações Comuns”. Se for
prejuízo colocar o número com sinal de “-” na frente.
Caso tenha encerrado operações à termo nesse mês, preencher o valor na subseção
“Mercado a Termo”, no campo “Mercado a termo – ações/ouro”, na coluna “Operações
Comuns”, ou seja, o lucro de operações em ações à termo deve ser declarado separado
do lucro em ações à vista.

IMPORTANTE: caso tenha tido lucro no mês porém com isenção de IR devido ao total
de vendas ter sido inferior a R$20 mil, não colocar o lucro do respectivo mês nessa
seção de “Renda Variável – Operações Comuns / Day-Trade” pois eles serão declarados
em outra seção. Nesse caso deixar com valor zero. Porém se houve IR retido nesse mês
ele deve ser declarado, conforme mostrado abaixo.

Exemplo:

Antes de passar para o mês de fevereiro, descer a tela para os demais campos.

Especificamente em janeiro, é necessário preencher o campo “Resultado negativo até o


mês anterior” na subseção “Resultados”. Preencha esse campo caso haja prejuízo a
compensar no fim do ano anterior, nesse caso seria ao fim de dezembro de 2018. Nesse
campo não coloque o sinal de “-“, coloque só o número e repare que será somado ao
valor do resultado do mês atual no campo abaixo “Prejuízo a compensar”. Esse valor
digitado deve ser o mesmo do campo “Prejuízo a compensar” da declaração de IR do
ano anterior para manter a consistência das informações, sendo uma forma de
continuidade.

Na subseção “Consolidação do Mês” é necessário preencher 3 valores.

Preencha o campo “IR fonte de Day-Trade no mês” caso tenha feito day trade e teve
retenção de IR. As informações de retenção de IR estão normalmente disponíveis nos
relatórios auxiliares das corretoras.

Preencha o campo “IR fonte (Lei nº 11.033/2004) no mês” caso tenha tido retenção de
IR em operações comuns.

Preencha o campo “Imposto pago” caso tenha tido lucro no mês e foi pago IR referente
a esse valor.

Exemplo:
Nesse exemplo de janeiro, houve prejuízo e também vinha de prejuízo do ano anterior.
Houve retenção de IR na fonte e não houve pagamento de IR.

Concluído o mês de janeiro, passamos para o mês de fevereiro. Repita a mesma lógica
de preenchimento de janeiro, com a diferença que não será necessário mais preencher
nenhum campo da subseção “Resultados”. Repare como tudo é calculado
automaticamente, com os mesmos dados que deveria ter na nossa planilha de controle:

Na subseção “Consolidação do Mês” após preenchido o IR retido, foi calculado o IR a


pagar referente a fevereiro, que é o valor que deveria já ter sido pago em março do ano
anterior (2019), pois a declaração que está fazendo no ano atual (2020) é realizada
somente em caráter informativo. Por isso a importância da planilha de controle para que
os valores sejam calculados corretamente e no momento da declaração os dados batam
com os cálculos da Receita.
Nesse exemplo de fevereiro, houve lucro que foi minimizado pelo prejuízo a compensar
anterior. Houve retenção de IR na fonte e houve pagamento de IR.

Todos os meses devem ser preenchidos com todas essas informações. Ao final, no mês
de dezembro, observar se ficou algum valor no campo “IR fonte (Lei nº 11.033/2004) a
compensar”. Esse valor poderá ser restituido conforme mostrado mais a frente, uma vez
que o IR retido de um ano não pode ser compensado no ano seguinte.

Exemplo:
f) Lucros de meses com vendas abaixo de R$20 mil

Essa informação deve estar contida no controle de cada um, conforme planilha de
exemplo de lucro mensal.

Para os meses que houve lucro e as vendas totais do mês foram abaixo de R$20 mil, há
isenção de IR. Para todos os meses que apresentaram essa condição, os valores dos
lucros devem ser somados para obter um total do ano.

Esses rendimentos devem ser declarados na seção “Rendimentos Isentos e Não


Tributáveis”.

No tipo de rendimento utilizar o código “20 – Ganhos líquidos em operações no


mercado à vista de ações negociadas em bolsa de valores nas alienações realizadas até
R$20.000,00 em cada mês, para o conjunto de ações”.

No campo valor preencher com o soma dos lucros isentos calculado.


g) Desdobramentos e grupamentos

Essa informação é obtida nos relatórios auxiliares de IR no site da corretora.

Desdobramentos e grupamentos são eventos corporativos onde se altera a quantidade


total de ações em circulação porém sem alterar o valor do capital da empresa, portanto o
preço das ações é alterado na mesma proporção da quantidade.

Desdobramento é quando 1 ação vira N ações, normalmente quando a empresa


considera que o preço da ação está muito cara. Um desdobramento de 1 para 4 por
exemplo significa que para cada ação que o acionista tiver, irá se transformar em 4,
portanto cada 100 ações virarão 400. Na mesma proporção, o preço da ação é dividido
por 4, portanto se estava valendo R$80 ela passa a valer R$20.

Grupamento é quando N ações viram 1, o contrário do desdobramento, normalmente


quando os preços das ações estão muito baratos. Um grupamento de 10 para 1 por
exemplo significa que para cada 10 ações que o acionista tiver, irá se transformar em 1,
portanto cada 100 ações virarão 10. Na mesma proporção, o preço da ação é
multiplicado por 10, portanto se estava valendo R$1 ela passa a valer R$10.
Como esses eventos não alteram o volume investido nem o lucro da operação, não é
necessário declarar em nenhuma seção especial. A única coisa que se deve fazer é
ajustar a quantidade de ações em custódia e o preço médio de compra de acordo com o
evento ocorrido na ação. O ajuste deve ser feito na seção “Bens e Direitos” nas ações
em custódia descrito no item “a”.

Quando as ações forem vendidas e for apurado o lucro/prejuízo da operação, basta fazer
o cálculo utilizando a quantidade e valor de compra ajustados.

h) Bonificações

Essa informação é obtida nos relatórios auxiliares de IR no site da corretora.

A bonificação é um recebimento de mais ações pela empresa devido a incorporação de


lucros, portanto aumentando o capital da empresa. A quantidade de ações recebidas é
proporcional à quantidade que o acionista tinha em custódia até a data-ex.

Uma bonificação de 10% significa que para cada 100 ações que o acionista tiver, irá
receber mais 10, portanto ficará com 110.

As bonificações devem ser declaradas em mais de uma seção.

A primeira informação deverá ser preenchida na seção “Rendimentos Isentos e Não


Tributáveis”.

No tipo de rendimento utilizar o código “18 – Incorporação de reservas ao capital /


Bonificações em ações”.

Preencher o CNPJ e nome da empresa, da forma que está no site da B3, e o valor total
recebido, que é a multiplicação da quantidade recebida pelo valor por ação divulgado
pela empresa.

Exemplo:
Caso o investidor vire o ano com essas ações em carteira, deve-se ajustar a quantidade
de ações em custódia e o preço médio de compra de acordo com a bonificação. O ajuste
deve ser feito na seção “Bens e Direitos” nas ações em custódia descrito no item “a”.

Por exemplo se tinha comprado 1000 ações ABCD4 por R$ 25,00 cada, totalizando R$
25.000,00, e recebeu uma bonificação de 10%, portanto 100 ações com preço definido
em R$19,50, totalizando R$ 1.950,00. Nesse caso o novo preço médio será
(25000+1950)/1100 = R$ 24,50 e a nova quantidade será 1100 ações.

Quando as ações forem vendidas e for apurado o lucro/prejuízo da operação, basta fazer
o cálculo utilizando a quantidade e valor de compra ajustados.

Um acontecimento comum em bonificações é o investidor receber uma quantidade


“quebrada” de ações, ou seja, menos que 1 ação, por exemplo 25,7 ações. Nesse caso
ele receberá 25 ações e a parte fracionada (0,7) ação será depositada em dinheiro na
conta do investidor.

Esse valor recebido em dinheiro deve preenchido na seção “Rendimentos Isentos e Não
Tributáveis” e no tipo de rendimento utilizar o código “26 – Outros”. Na descrição
informar que é um ganho referente à venda de resíduos de ações bonificadas.
i) Saldo em conta na corretora

Essa informação está contida no Informe Rendimentos.

O saldo em conta na corretora deve ser declarado na seção “Bens e Direitos”.

Por não ser conta corrente nem conta poupança, mas sim conta investimento, deve ser
utilizado o código “69 – Outros depósitos à vista e numerário”.

Preencher o CNPJ da corretora, que vem informado no Informe Rendimentos.

No campo discriminação deve ser informado que é saldo em conta, o nome da corretora,
o número da agência e o número da conta.

Prencher o campo valor com o informado no Informe Rendimentos.

Exemplo:

j) Imposto retido na fonte e não compensado


Nas operações de lucro, há retenção de imposto de renda na fonte. Para operações
comuns a alíquota é de 0,005% e para operações day trade a alíquota é de 1%. Esses
valores deverão ser subtraidos do IR a pagar do mês, porém só poderá ser compensado
no mesmo ano. Em janeiro do ano seguinte esse IR retido acumulado deve ser zerado.
Caso o ano finalize com saldo de IR retido na fonte a compensar, é possível solicitar
restituição desse valor.

Esse imposto retido e não compensado deve ser declarado na seção “Imposto
Pago/Retido”.

Preencher o valor do saldo do IR retido no final do ano no campo “03. Imposto sobre a
renda na fonte (Lei nº 11.033/2004)”.

Esse valor precisa ser o mesmo do valor do campo “IR fonte (Lei nº 11.033/2004) a
compensar” do mês de dezembro na seção “Renda Variável – Operações Comuns /
Day-Trade”, conforme mostrado anteriormente.

Exemplo:

k) Operações a termo
Essa informação é obtida nos relatórios auxiliares de IR no site corretora ou na seção de
relatórios de patrimônio histórico.

Todos os termos em andamento no dia 31/12 devem ser declarados. Como o termo é um
tipo de empréstimo, deverá ser declarado em 2 seções.

Primeiro deve ser declarada a custódia do termo na seção “Bens e Direitos”.

No campo código utilizar “47 – Mercados futuros, de opções e a termo”.

No campo discriminação deve ser informado a quantidade de ações, o código da ação,


se quiser colocar o nome da empresa e o tipo da ação (ON, PN) pode ser colocado
também, o preço médio da compra, a corretora onde está custodiada e a data de
vencimento do termo. O preço médio deve ser o informado pela corretora ao realizar o
termo, onde já está com a taxa de juros embutida.

No campo Situação em 31/12/2019 deve ser informado o valor da multiplicação da


quantidade de ações pelo preço médio declarados. Aqui não deve ser informado o valor
atual ou de mercado da ação.

Exemplo:
Depois é necessário declarar o empréstimo da corretora para você comprar as ações.
Essa informação é preenchida na seção “Dívidas e Ônus Reais”.

No campo código utilizar “12 – Sociedades de crédito, financiamento e investimento”.

No campo discriminação deve ser informado o objetivo do empréstimo, que são as


operações à termo, e a corretora em qual foi feito.

No campo Situação em 31/12/2019 deve ser informado o valor da soma de todos os


termos feitos nessa corretora declarados na seção “Bens e Direitos”.

Exemplo:

l) Ações alugadas (BTC) para operações de venda à descoberto

Essa informação é obtida nos relatórios auxiliares de IR no site corretora ou na seção de


relatórios de patrimônio histórico.

Todas as ações que ainda estiverem alugadas no dia 31/12 devem ser declaradas. Como
envolve empréstimo, deverá ser declarado em 2 seções.
Primeiro deve ser declarada a custódia das ações na seção “Bens e Direitos”.

No campo código utilizar “31 – Ações (inclusive as provenientes de linha telefônica)”.

No campo CNPJ, preencher com os dados da empresa referente a ação que está sendo
declarada.

No campo discriminação deve ser informado a quantidade de ações, o código da ação,


se quiser colocar o nome da empresa e o tipo da ação (ON, PN) pode ser colocado
também, a corretora onde está custodiada e informar que as ações são oriundas de
aluguel. Não é necessário colocar preço de compra ou preço médio.

No campo Situação em 31/12/2019 deve ser informado o valor total da multiplicação da


quantidade de ações pelo preço de fechamento da ação em 31/12 ou último dia útil do
ano.

Exemplo:

Depois é necessário declarar o empréstimo das ações na seção “Dívidas e Ônus Reais”.

No campo código utilizar “16 – Outras dívidas e ônus reais”.


No campo discriminação deve ser informado o objetivo do empréstimo, o nome da
ação, a quantidade, o CNPJ da empresa e a corretora em qual foi feito.

No campo Situação em 31/12/2019 deve ser informado o mesmo valor informado na


seção “Bens e Direitos”.

Exemplo:

Esse conteúdo cobre boa parte da informação relacionada a ações. Qualquer dúvida ou
correções mande nos comentários.

Abraços e bons trades!

Rodrigo Sibin Lichti

Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 11.033, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2004.

Altera a tributação do mercado financeiro


e de capitais; institui o Regime Tributário para
Incentivo à Modernização e à Ampliação da
Estrutura Portuária – REPORTO; altera as
Texto compilado Leis nºs 10.865, de 30 de abril de 2004, 8.850,
Conversão da MPv nº 206, de 2004 de 28 de janeiro de 1994, 8.383, de 30 de
dezembro de 1991, 10.522, de 19 de julho de
2002, 9.430, de 27 de dezembro de 1996, e
10.925, de 23 de julho de 2004; e dá outras
providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Os rendimentos de que trata o art. 5º da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de


1999, relativamente às aplicações e operações realizadas a partir de 1º de janeiro de 2005,
sujeitam-se à incidência do imposto de renda na fonte, às seguintes alíquotas: (Produção de
efeito)

I - 22,5% (vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento), em aplicações com prazo de
até 180 (cento e oitenta) dias;

II - 20% (vinte por cento), em aplicações com prazo de 181 (cento e oitenta e um) dias
até 360 (trezentos e sessenta) dias;

III - 17,5% (dezessete inteiros e cinco décimos por cento), em aplicações com prazo de
361 (trezentos e sessenta e um) dias até 720 (setecentos e vinte) dias;

IV - 15% (quinze por cento), em aplicações com prazo acima de 720 (setecentos e vinte)
dias.

§ 1º No caso de aplicações existentes em 31 de dezembro de 2004:

I - os rendimentos produzidos até essa data serão tributados nos termos da legislação
então vigente;

II - em relação aos rendimentos produzidos em 2005, os prazos a que se referem os


incisos I a IV do caput deste artigo serão contados a partir:

a) de 1º de julho de 2004, no caso de aplicação efetuada até a data da publicação desta


Lei; e

b) da data da aplicação, no caso de aplicação efetuada após a data da publicação desta


Lei.

§ 2º No caso dos fundos de investimentos, será observado o seguinte:

I - os rendimentos serão tributados semestralmente, com base no art. 3º da Lei nº


10.892, de 13 de julho de 2004, à alíquota de 15% (quinze por cento), sem prejuízo do disposto
no inciso III deste parágrafo;
II - na hipótese de fundos de investimentos com prazo de carência de até 90 (noventa)
dias para resgate de quotas com rendimento, a incidência do imposto de renda na fonte a que
se refere o inciso I deste parágrafo ocorrerá na data em que se completar cada período de
carência para resgate de quotas com rendimento, sem prejuízo do disposto no inciso III deste
parágrafo;

III - por ocasião do resgate das quotas, será aplicada alíquota complementar de acordo
com o previsto nos incisos I a IV do caput deste artigo.

§ 3º O disposto neste artigo não se aplica:

I - aos fundos e clubes de investimento em ações cujos rendimentos serão tributados


exclusivamente no resgate das quotas, à alíquota de 15% (quinze por cento);

II - aos títulos de capitalização, no caso de resgate sem ocorrência de sorteio, cujos


rendimentos serão tributados à alíquota de 20% (vinte por cento).

§ 4º Ao fundo ou clube de investimento em ações cuja carteira deixar de observar a


proporção referida no art. 2º da Medida Provisória nº 2.189-49, de 23 de agosto de
2001, aplicar-se-á o disposto no caput e nos §§ 1º e 2º deste artigo, a partir do momento do
desenquadramento da carteira, salvo no caso de, cumulativamente, a referida proporção não
ultrapassar o limite de 50% (cinqüenta por cento) do total da carteira, a situação for
regularizada no prazo máximo de 30 (trinta) dias e o fundo ou clube não incorrer em nova
hipótese de desenquadramento no período de 12 (doze) meses subseqüentes.

§ 5º Consideram-se incluídos entre os rendimentos referidos pelo art. 5º da Lei nº 9.779,


de 19 de janeiro de 1999, os predeterminados obtidos em operações conjugadas, realizadas
nos mercados de opções de compra e de venda em bolsas de valores, de mercadorias e de
futuros (box), no mercado a termo nas bolsas de valores, de mercadorias e de futuros, em
operações de venda coberta e sem ajustes diários, e no mercado de balcão.

§ 6º As operações descritas no § 5º deste artigo, realizadas por fundo ou clube de


investimento em ações, não integrarão a parcela da carteira aplicada em ações, para efeito da
proporção referida no § 4º deste artigo.

§ 7º O Ministro da Fazenda poderá elevar e restabelecer o percentual a que se refere


o art. 2º da Medida Provisória nº 2.189-49, de 23 de agosto de 2001.

Art. 2º O disposto no art. 1º desta Lei não se aplica aos ganhos líquidos auferidos em
operações realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros, e assemelhadas,
inclusive day trade, que permanecem sujeitos à legislação vigente e serão tributados às
seguintes alíquotas: (Produção de efeito)

I - 20% (vinte por cento), no caso de operação day trade ;

II - 15% (quinze por cento), nas demais hipóteses.

§ 1º As operações a que se refere o caput deste artigo, exceto day trade, sujeitam-se à


incidência do imposto de renda na fonte, à alíquota de 0,005% (cinco milésimos por cento)
sobre os seguintes valores:

I - nos mercados futuros, a soma algébrica dos ajustes diários, se positiva, apurada por
ocasião do encerramento da posição, antecipadamente ou no seu vencimento;

II - nos mercados de opções, o resultado, se positivo, da soma algébrica dos prêmios


pagos e recebidos no mesmo dia;
III - nos contratos a termo:

a) quando houver a previsão de entrega do ativo objeto na data do seu vencimento, a


diferença, se positiva, entre o preço a termo e o preço à vista na data da liquidação;

b) com liquidação exclusivamente financeira, o valor da liquidação financeira previsto no


contrato;

IV - nos mercados à vista, o valor da alienação, nas operações com ações, ouro ativo
financeiro e outros valores mobiliários neles negociados.

§ 2º O disposto no § 1º deste artigo:

I - não se aplica às operações de exercício de opção;

II - aplica-se às operações realizadas no mercado de balcão, com intermediação, tendo


por objeto os valores mobiliários e ativos referidos no inciso IV do § 1º deste artigo, bem como
às operações realizadas em mercados de liquidação futura fora de bolsa.

§ 3º As operações day trade permanecem tributadas, na fonte, nos termos da legislação


vigente.

§ 4º Fica dispensada a retenção do imposto de que trata o § 1º deste artigo cujo valor
seja igual ou inferior a R$ 1,00 (um real).

§ 5º Ocorrendo mais de uma operação no mesmo mês, realizada por uma mesma
pessoa, física ou jurídica, deverá ser efetuada a soma dos valores de imposto incidente sobre
todas as operações realizadas no mês, para efeito de cálculo do limite de retenção previsto no
§ 4º deste artigo.

§ 6º Fica responsável pela retenção do imposto de que tratam o § 1º e o inciso II do § 2º


deste artigo a instituição intermediadora que receber diretamente a ordem do cliente, a bolsa
que registrou as operações ou entidade responsável pela liquidação e compensação das
operações, na forma regulamentada pela Secretaria da Receita Federal do Ministério da
Fazenda.

§ 7º O valor do imposto retido na fonte a que se refere o § 1º deste artigo poderá ser:

I - deduzido do imposto sobre ganhos líquidos apurados no mês;

II - compensado com o imposto incidente sobre ganhos líquidos apurados nos meses
subseqüentes;

III - compensado na declaração de ajuste se, após a dedução de que tratam os incisos I
e II deste parágrafo, houver saldo de imposto retido;

IV - compensado com o imposto devido sobre o ganho de capital na alienação de ações.

§ 8º O imposto de renda retido na forma do § 1º deste artigo deverá ser recolhido ao


Tesouro Nacional até o 3º (terceiro) dia útil da semana subseqüente à data da retenção.

Art. 3º Ficam isentos do imposto de renda: (Produção de efeito)

I - os ganhos líquidos auferidos por pessoa física em operações no mercado à vista de


ações nas bolsas de valores e em operações com ouro ativo financeiro cujo valor das
alienações, realizadas em cada mês, seja igual ou inferior a R$ 20.000,00 (vinte mil reais), para
o conjunto de ações e para o ouro ativo financeiro respectivamente;

II - na fonte e na declaração de ajuste anual das pessoas físicas, a remuneração


produzida por letras hipotecárias, certificados de recebíveis imobiliários e letras de crédito
imobiliário.

III - na fonte e na declaração de ajuste anual das pessoas físicas, os rendimentos


distribuídos pelos Fundos de Investimento Imobiliários cujas quotas sejam admitidas à
negociação exclusivamente em bolsas de valores ou no mercado de balcão
organizado. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

IV - na fonte e na declaração de ajuste anual das pessoas físicas, a remuneração


produzida por Certificado de Depósito Agropecuário - CDA, Warrant Agropecuário - WA,
Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio - CDCA, Letra de Crédito do Agronegócio -
LCA e Certificado de Recebíveis do Agronegócio - CRA, instituídos pelos arts. 1º e 23 da Lei nº
11.076, de 30 de dezembro de 2004 ; (Incluído pela Lei nº 11.311, de 2006)

V - na fonte e na declaração de ajuste anual das pessoas físicas, a remuneração


produzida pela Cédula de Produto Rural - CPR, com liquidação financeira, instituída pela Lei nº
8.929, de 22 de agosto de 1994, alterada pela Lei nº 10.200, de 14 de fevereiro de 2001, desde
que negociada no mercado financeiro. (Incluído pela Lei nº 11.311, de 2006)

Parágrafo único. O benefício disposto no inciso III do caput deste artigo: (Incluído pela
Lei nº 11.196, de 2005)

I - será concedido somente nos casos em que o Fundo de Investimento Imobiliário


possua, no mínimo, 50 (cinqüenta) quotistas; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

II - não será concedido ao quotista pessoa física titular de quotas que representem 10%
(dez por cento) ou mais da totalidade das quotas emitidas pelo Fundo de Investimento
Imobiliário ou cujas quotas lhe derem direito ao recebimento de rendimento superior a 10%
(dez por cento) do total de rendimentos auferidos pelo fundo. (Incluído pela Lei nº 11.196, de
2005)

Art. 4º Não se aplica o disposto nos arts. 1º e 2º desta Lei às pessoas jurídicas de que
trata o art. 77, inciso I, da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995,  aos investidores estrangeiros
referidos no art. 16 da Medida Provisória nº 2.189-49, de 23 de agosto de 2001,  e às entidades
ou fundos optantes pelo regime especial de que trata o art. 2º da Medida Provisória nº 2.222,
de 4 de setembro de 2001, que permanecem sujeitos às normas previstas na legislação
vigente. (Produção de efeito)

Art. 5º Na transferência de titularidade de ações negociadas fora de bolsa, sem


intermediação, a entidade encarregada de seu registro deverá exigir o documento de
arrecadação de receitas federais que comprove o pagamento do imposto de renda sobre o
ganho de capital incidente na alienação ou declaração do alienante sobre a inexistência de
imposto devido, observadas as normas estabelecidas pela Secretaria da Receita
Federal. (Produção de efeito)

§ 1º Quando a transferência for efetuada antes do vencimento do prazo legal para


pagamento do imposto devido, a comprovação de que trata o caput deste artigo deverá ocorrer
em até 15 (quinze) dias após o vencimento do referido prazo, ao final do qual, caso não tenha
sido realizada, a entidade deverá comunicar o fato à Secretaria da Receita Federal na forma e
prazo por ela regulamentados.

§ 2º O descumprimento do disposto neste artigo sujeita a entidade à multa de 30% (trinta


por cento) do valor do imposto devido.
Art. 6º Os arts. 8º e 28 da Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004, passam a vigorar com a
seguinte redação:

"Art. 8º ......................................................

.................................................................

§ 12. .........................................................

.................................................................

XII - livros, conforme definido no art. 2º da Lei nº 10.753, de 30 de outubro de 2003.

..............................................................." (NR)

"Art. 28. ......................................................

..................................................................

VI - livros, conforme definido no art. 2º da Lei nº 10.753, de 30 de outubro de 2003;

..................................................................." (NR)

Art. 7º As pessoas jurídicas que aufiram as receitas de que trata o inciso XXIII do art. 10
da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, ficam obrigadas a instalar equipamento emissor
de cupom fiscal em seus estabelecimentos, na forma disciplinada pela Secretaria da Receita
Federal. (Vigência)

Art. 7º As pessoas jurídicas que aufiram as receitas de que trata o inciso XXIII do art. 10
da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003 , são obrigadas a instalar equipamento emissor
de cupom fiscal em seus estabelecimentos, ou outro sistema equivalente para controle de
receitas, na forma disciplinada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. (Redação dada
pela Lei nº 12.546, de 2011)

Art. 8º A pessoa jurídica submetida ao lucro presumido poderá, excepcionalmente, em


relação ao 3º (terceiro) e 4º (quarto) trimestres-calendário de 2004, apurar o Imposto de Renda
com base no lucro real trimestral, sendo definitiva a tributação pelo lucro presumido relativa aos
2 (dois) primeiros trimestres, observadas as normas estabelecidas pela Secretaria da Receita
Federal.

Art. 9º Os incisos I e II do art. 1º da Lei nº 8.850, de 28 de janeiro de 1994,  passam a


vigorar com a seguinte redação:

"Art. 1º ......................................................

I - de 1º de janeiro de 2004 a 30 de setembro de 2004: quinzenal; e

II - a partir de 1º de outubro de 2004: mensal.

..................................................................." (NR)

Art. 10. Os itens 1 e 2 da alínea c  do inciso I do art. 52 da Lei nº 8.383, de 30 de


dezembro de 1991, passam a vigorar com a seguinte redação: (Revogado pela Medida
Provisória nº 447, de 2008) (Produção de efeitos) (Revogado pela Lei nº 11.933, de 2009).

" Art. 52. ......................................................


I - ...............................................................

..................................................................

c) ...............................................................

1. em relação aos fatos geradores que ocorrerem no período de 1º de janeiro de 2004 até
30 de setembro de 2004: até o último dia útil do decêndio subseqüente à quinzena de
ocorrência dos fatos geradores; e

2. em relação aos fatos geradores que ocorrerem a partir de 1º de outubro de 2004: até o
último dia útil da quinzena subseqüente ao mês de ocorrência dos fatos geradores;

................................................................." (NR)

Art. 11. Sem prejuízo do disposto no inciso I do § 10 do art. 8º e no inciso I do caput do
art. 16 da Lei nº 9.311, de 24 de outubro de 1996,  será facultado o lançamento a débito em
conta corrente de depósito para investimento para a realização de operações com os valores
mobiliários de que tratam os referidos incisos, desde que seja mantido controle, em separado,
pela instituição interveniente, dos valores mobiliários adquiridos por intermédio das contas
correntes de depósito à vista e de investimento. (Produção de efeito)

§ 1º Os valores referentes à liquidação das operações com os valores mobiliários de que


trata o caput deste artigo, adquiridos por intermédio de lançamento a débito em conta corrente
de depósito para investimento, serão creditados ou debitados a essa mesma conta.

§ 2º As instituições intervenientes deverão manter controles em contas segregadas que


permitam identificar a origem dos recursos que serão investidos em ações e produtos
derivados provenientes da conta corrente e da conta para investimento.

Art. 12. Será dada ciência ao sujeito passivo do ato que o excluir do parcelamento de
débitos com a Secretaria da Receita Federal, com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e
com o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, de que tratam os arts. 1º e 5º da Lei nº
10.684, de 30 de maio de 2003, mediante publicação no Diário Oficial da União.

Parágrafo único. Fica dispensada a publicação de que trata o caput deste artigo nos
casos em que for dada ciência ao sujeito passivo pessoalmente ou por via postal, com aviso de
recebimento.

Art. 13. Fica instituído o Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação
da Estrutura Portuária - REPORTO, nos termos desta Lei.

Art. 14. As vendas de máquinas, equipamentos e outros bens, no mercado interno, ou a


sua importação, quando adquiridos ou importados diretamente pelos beneficiários do
REPORTO e destinados ao seu ativo imobilizado para utilização exclusiva em portos na
execução de serviços de carga, descarga e movimentação de mercadorias, serão efetuadas
com suspensão do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, da Contribuição para o
PIS/PASEP, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS e, quando
for o caso, do Imposto de Importação.
Art. 14. As vendas de máquinas, equipamentos, peças de reposição e outros bens, no
mercado interno ou a sua importação, quando adquiridos ou importados diretamente pelos
beneficiários do Reporto e destinados ao seu ativo imobilizado para utilização exclusiva em
portos na execução de serviços de carga, descarga e movimentação de mercadorias, na
execução dos serviços de dragagem, e nos Centros de Treinamento Profissional, na execução
do treinamento e formação de trabalhadores, serão efetuadas com suspensão do Imposto
sobre Produtos Industrializados - IPI, da Contribuição para o PIS/Pasep, da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social - Cofins e, quando for o caso, do Imposto de
Importação. (Redação dada pela Lei nº 11.726, de 2008)
Art. 14. Serão efetuadas com suspensão do Imposto sobre Produtos Industrializados -
IPI, da Contribuição para o PIS/PASEP, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social - COFINS e, quando for o caso, do Imposto de Importação - II, as vendas e as
importações de máquinas, equipamentos, peças de reposição e outros bens, no mercado
interno, quando adquiridos ou importados diretamente pelos beneficiários do REPORTO e
destinados ao seu ativo imobilizado para utilização exclusiva na execução de serviços
de: (Redação dada pela Medida Provisória nº 563, de 2012)
I - carga, descarga, armazenagem e movimentação de mercadorias e produtos; (Incluído
pela Medida Provisória nº 563, de 2012)
II - sistemas suplementares de apoio operacional; (Incluído pela Medida Provisória nº
563, de 2012)
III - proteção ambiental; (Incluído pela Medida Provisória nº 563, de 2012)
IV - sistemas de segurança e de monitoramento de fluxo de pessoas, mercadorias,
produtos, veículos e embarcações; (Incluído pela Medida Provisória nº 563, de 2012)
V - dragagens; e (Incluído pela Medida Provisória nº 563, de 2012)
VI - treinamento e formação de trabalhadores, inclusive na implantação de Centros de
Treinamento Profissional. (Incluído pela Medida Provisória nº 563, de 2012)

Art. 14. Serão efetuadas com suspensão do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI,
da Contribuição para o PIS/Pasep, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
- COFINS e, quando for o caso, do Imposto de Importação - II, as vendas e as importações de
máquinas, equipamentos, peças de reposição e outros bens, no mercado interno, quando
adquiridos ou importados diretamente pelos beneficiários do Reporto e destinados ao seu ativo
imobilizado para utilização exclusiva na execução de serviços de: (Redação dada pela Lei nº
12.715, de 2012)

I - carga, descarga, armazenagem e movimentação de mercadorias e produtos; (Incluído


pela Lei nº 12.715, de 2012)

II - sistemas suplementares de apoio operacional; (Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012)

III - proteção ambiental; (Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012)

IV - sistemas de segurança e de monitoramento de fluxo de pessoas, mercadorias,


produtos, veículos e embarcações; (Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012)

V - dragagens; e (Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012)

VI - treinamento e formação de trabalhadores, inclusive na implantação de Centros de


Treinamento Profissional. (Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012)

§ 1º A suspensão do Imposto de Importação e do IPI converte-se em isenção após o


decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contado da data da ocorrência do respectivo fato gerador.

§ 2º A suspensão da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS converte-se em


operação, inclusive de importação, sujeita a alíquota 0 (zero) após o decurso do prazo de 5
(cinco) anos, contado da data da ocorrência do respectivo fato gerador.

§ 3º A aplicação dos benefícios fiscais, relativos ao IPI e ao Imposto de Importação, fica


condicionada à comprovação, pelo beneficiário, da quitação de tributos e contribuições federais
e, no caso do IPI vinculado à importação e do Imposto de Importação, à formalização de termo
de responsabilidade em relação ao crédito tributário suspenso.

§ 4º A suspensão do Imposto de Importação somente será aplicada a máquinas,


equipamentos e outros bens que não possuam similar nacional.

§ 5º A transferência, a qualquer título, de propriedade dos bens adquiridos no mercado


interno ou importados mediante aplicação do REPORTO, dentro do prazo fixado nos §§ 1º e 2º
deste artigo, deverá ser precedida de autorização da Secretaria da Receita Federal e do
recolhimento dos tributos suspensos, acrescidos de juros e de multa de mora estabelecidos na
legislação aplicável.

§ 6º A transferência a que se refere o § 5º deste artigo, previamente autorizada pela


Secretaria da Receita Federal, a adquirente também enquadrado no REPORTO será efetivada
com dispensa da cobrança dos tributos suspensos desde que, cumulativamente:

I - o adquirente formalize novo termo de responsabilidade a que se refere o § 3º deste


artigo;

II - assuma perante a Secretaria da Receita Federal a responsabilidade pelos tributos e


contribuições suspensos, desde o momento de ocorrência dos respectivos fatos geradores.

§ 7º O Poder Executivo relacionará as máquinas, equipamentos e bens objetos da


suspensão referida no caput deste artigo.

§ 8º O disposto no caput aplica-se também aos bens utilizados na execução de serviços


de transporte de mercadorias em ferrovias, classificados nas posições 86.01, 86.02 e 86.06 da
Nomenclatura Comum do Mercosul, e aos trilhos e demais elementos de vias férreas,
classificados na posição 73.02 da Nomenclatura Comum do Mercosul, relacionados pe lo Poder
Executivo. (Incluído pela Medida Provisória nº 428, de 2008)

§8º O disposto no caput deste artigo aplica-se também aos bens utilizados na execução
de serviços de transporte de mercadorias em ferrovias, classificados nas posições 86.01, 86.02
e 86.06 da Nomenclatura Comum do Mercosul, e aos trilhos e demais elementos de vias
férreas, classificados na posição 73.02 da Nomenclatura Comum do Mercosul, relacionados
pelo Poder Executivo. (Redação dada pela Lei nº 11.774, de 2008)

§ 9º As peças de reposição citadas no caput deste artigo deverão ter seu valor aduaneiro
igual ou superior a 20% (vinte por cento) do valor aduaneiro da máquina ou equipamento ao
qual se destinam, de acordo com a Declaração de Importação - DI respectiva. (Incluído pela Lei
nº 11.726, de 2008)

§ 10. Os veículos adquiridos com o benefício do Reporto deverão receber identificação


visual externa a ser definida pela Secretaria Especial de Portos. (Incluído pela Lei nº 11.726, de
2008)
§ 10. Os veículos adquiridos com o benefício do REPORTO deverão receber
identificação visual externa a ser definida pelo órgão competente do Poder
Executivo. (Redação dada pela Medida Provisória nº 563, de 2012)

§ 10. Os veículos adquiridos com o benefício do Reporto deverão receber identificação


visual externa a ser definida pelo órgão competente do Poder Executivo. (Redação dada pela
Lei nº 12.715, de 2012)

§ 11. Na hipótese de utilização do bem em finalidade diversa da que motivou a


suspensão de que trata o caput deste artigo, a sua não incorporação ao ativo imobilizado ou a
ausência da identificação citada no § 10 deste artigo, o beneficiário fica sujeito à multa de 50%
(cinqüenta por cento) sobre o valor de aquisição do bem no mercado interno ou do respectivo
valor aduaneiro. (Incluído pela Lei nº 11.726, de 2008)

§ 12. A aplicação da multa prevista no § 11 deste artigo não prejudica a exigência dos
tributos suspensos, de outras penalidades cabíveis, bem como dos acréscimos legais. (Incluído
pela Lei nº 11.726, de 2008)

Art. 15. São beneficiários do REPORTO o operador portuário, o concessionário de porto


organizado, o arrendatário de instalação portuária de uso público e a empresa autorizada a
explorar instalação portuária de uso privativo misto.
Art. 15. São beneficiários do REPORTO o operador portuário, o concessionário de porto
organizado, o arrendatário de instalação portuária de uso público e a empresa autorizada a
explorar instalação portuária de uso privativo misto ou exclusivo, inclusive aquelas que operam
com embarcações de offshore. (Redação dada pela Medida Provisória nº 563, de 2012)

Art. 15. São beneficiários do Reporto o operador portuário, o concessionário de porto


organizado, o arrendatário de instalação portuária de uso público e a empresa autorizada a
explorar instalação portuária de uso privativo misto ou exclusivo, inclusive aquelas que operam
com embarcações de offshore . (Redação dada pela Lei nº 12.715, de 2012)

Parágrafo único. A Secretaria da Receita Federal estabelecerá os requisitos e os


procedimentos para habilitação dos beneficiários ao REPORTO.
§ 1º Pode ainda ser beneficiário do REPORTO o concessionário de transporte
ferroviário. (Incluído pela Medida Provisória nº 428, de 2008)
§ 2º A Secretaria da Receita Federal do Brasil estabelecerá os requisitos e os procedimentos para
habilitação dos beneficiários ao REPORTO. (Renumerado do parágrafo único pela Medida Provisória nº
428, de 2008)

§ 1º Pode ainda ser beneficiário do Reporto o concessionário de transporte


ferroviário. (Redação dada pela Lei nº 11.774, de 2008)

§ 2º A Secretaria da Receita Federal do Brasil estabelecerá os requisitos e os


procedimentos para habilitação dos beneficiários ao Reporto. (Redação dada pela Lei nº
11.774, de 2008)

§ 2º A Secretaria da Receita Federal do Brasil estabelecerá os requisitos e os


procedimentos para habilitação dos beneficiários ao Reporto, bem como para coabilitação dos
fabricantes dos bens listados no § 8º do art. 14 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 12.688, de
2012) (Vigência)

Art. 16. O REPORTO aplica-se às aquisições e importações efetuadas até 31 de


dezembro de 2007.
Art. 16. O REPORTO aplica-se às aquisições e importações efetuadas até 31 de
dezembro de 2010. (Redação dada pela Medida Provisória nº 412, de 2007).
Art. 16. Os beneficiários do Reporto, descritos no art. 15 desta Lei, ficam acrescidos das
empresas de dragagem, definidas na Lei nº 11.610, de 12 de dezembro de 2007 , dos recintos
alfandegados de zona secundária e dos Centros de Treinamento Profissional, conceituados
no art. 32 da Lei nº 8.630, de 25 de fevereiro de 1993  , e terão o Regime Tributário para
Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura Portuária - Reporto para aquisições e
importações efetuadas até 31 de dezembro de 2011. (Redação dada pela Lei nº 11.726, de
2008)
Art. 16. Os beneficiários do REPORTO, descritos no art. 15 desta Lei, ficam acrescidos
das empresas de dragagem, definidas na Lei nº 11.610, de 12 de dezembro de 2007 , dos
recintos alfandegados de zona secundária e dos centros de treinamento profissional, de que
trata o art. 32 da Lei nº 8.630, de 25 de fevereiro de 1993  , e poderão efetuar aquisições e
importações amparadas pelo REPORTO até 31 de dezembro de 2015. (Redação dada pela
Medida Provisória nº 556, de 2011) (Produção de efeito) Sem eficácia
Art. 16. Os beneficiários do Reporto, descritos no art. 15 desta Lei, ficam acrescidos das
empresas de dragagem, definidas na Lei nº 11.610, de 12 de dezembro de 2007 , dos recintos
alfandegados de zona secundária e dos Centros de Treinamento Profissional, conceituados
no art. 32 da Lei nº 8.630, de 25 de fevereiro de 1993,  e terão o Regime Tributário para
Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura Portuária - Reporto para aquisições e
importações efetuadas até 31 de dezembro de 2011. (Redação dada pela Lei nº 11.726, de
2008) (Vide Medida Provisória nº 556, de 2011)

Art. 16. Os beneficiários do Reporto descritos no art. 15 desta Lei ficam acrescidos das
empresas de dragagem, definidas na Lei nº 11.610, de 12 de dezembro de 2007, dos recintos
alfandegados de zona secundária e dos centros de treinamento profissional de que trata o art.
32 da Lei nº 8.630, de 25 de fevereiro de 1993 (Lei dos Portos),  e poderão efetuar aquisições e
importações amparadas pelo Reporto até 31 de dezembro de 2015. (Redação dada pela Lei nº
12.688, de 2012) (Vigência)

Art. 16. Os beneficiários do Reporto descritos no art. 15 desta Lei ficam acrescidos das
empresas de dragagem definidas na Lei nº 12.815, de 5 de junho de 2013 - Lei dos Portos,  dos
recintos alfandegados de zona secundária e dos centros de formação profissional e
treinamento multifuncional de que trata o art. 33 da Lei nº 12.815, de 5 de junho de 2013,  e
poderão efetuar aquisições e importações amparadas pelo Reporto até 31 de dezembro de
2020. (Redação dada pela Lei nº 13.169, de 2015)

Art. 17. As vendas efetuadas com suspensão, isenção, alíquota 0 (zero) ou não
incidência da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS não impedem a manutenção, pelo
vendedor, dos créditos vinculados a essas operações.

Art. 18. Por um prazo de 10 (dez) anos a contar da vigência da Lei nº 9.432, de 8 de
janeiro de 1997, não incidirá o Adicional de Frete para a Renovação da Marinha Mercante –
AFRMM sobre as mercadorias cuja origem ou cujo destino seja porto localizado na Região
Norte e Nordeste do país, exceto para as embarcações de casco com fundo duplo, destinadas
ao transporte de combustíveis, cujo prazo será de 25 (vinte e cinco) anos.

Art. 19. O levantamento ou a autorização para depósito em conta bancária de valores


decorrentes de precatório judicial somente poderá ocorrer mediante a apresentação ao juízo de
certidão negativa de tributos federais, estaduais, municipais, bem como certidão de
regularidade para com a Seguridade Social, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS
e a Dívida Ativa da União, depois de ouvida a Fazenda Pública. (Vide ADIN 3.453-7)

Parágrafo único. Não se aplica o disposto no caput deste artigo:

I - aos créditos de natureza alimentar, inclusive honorários advocatícios;

II - aos créditos de valor igual ou inferior ao disposto no art. 3º da Lei nº 10.259, de 12 de


julho de 2001, que dispõe sobre a instituição dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais no
âmbito da Justiça Federal.

Art. 20. As intimações e notificações de que tratam os arts. 36 a 38 da Lei Complementar


nº 73, de 10 de fevereiro de 1993, inclusive aquelas pertinentes a processos administrativos,
quando dirigidas a Procuradores da Fazenda Nacional, dar-se-ão pessoalmente mediante a
entrega dos autos com vista.

Art. 21. Os arts. 13, 19 e 20 da Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002, passam a vigorar
com a seguinte redação:

"Art. 13. ........................................................................

§ 1º A falta de pagamento de 2 (duas) prestações implicará a imediata rescisão do


parcelamento e, conforme o caso, a remessa do débito para a inscrição em Dívida Ativa da
União ou o prosseguimento da execução, vedado o reparcelamento, com exceção do previsto
no § 2º deste artigo.

§ 2º Salvo o disposto no art. 11 da Lei nº 10.684, de 30 de maio de 2003, "que trata de


parcelamento de débitos junto à Secretaria da Receita Federal, à Procuradoria-Geral da
Fazenda Nacional e ao Instituto Nacional do Seguro Social – INSS e dá outras providências",
será admitido o reparcelamento dos débitos inscritos em Dívida Ativa da União, observado o
seguinte:

I - ao formular o pedido de reparcelamento, o devedor deverá comprovar o recolhimento


de valor correspondente a 20% (vinte por cento) do débito consolidado;
II - rescindido o reparcelamento, novas concessões somente serão aceitas no caso de o
pedido vir acompanhado de comprovação do recolhimento do valor correspondente a 50%
(cinqüenta por cento) do débito consolidado;

III - aplicam-se subsidiariamente aos pedidos de reparcelamento, naquilo que não o


contrariar, as demais disposições relativas ao parcelamento previstas nesta Lei." (NR)

" Art. 19. Fica a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional autorizada a não contestar, a


não interpor recurso ou a desistir do que tenha sido interposto, desde que inexista outro
fundamento relevante, na hipótese de a decisão versar sobre:

....................................................................................

§ 1º Nas matérias de que trata este artigo, o Procurador da Fazenda Nacional que atuar
no feito deverá, expressamente, reconhecer a procedência do pedido, quando citado para
apresentar resposta, hipótese em que não haverá condenação em honorários, ou manifestar o
seu desinteresse em recorrer, quando intimado da decisão judicial.

....................................................................................

§ 4º A Secretaria da Receita Federal não constituirá os créditos tributários relativos às


matérias de que trata o inciso II do caput deste artigo.

§ 5º Na hipótese de créditos tributários já constituídos, a autoridade lançadora deverá


rever de ofício o lançamento, para efeito de alterar total ou parcialmente o crédito tributário,
conforme o caso." (NR)

" Art. 20. Serão arquivados, sem baixa na distribuição, mediante requerimento do


Procurador da Fazenda Nacional, os autos das execuções fiscais de débitos inscritos como
Dívida Ativa da União pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional ou por ela cobrados, de
valor consolidado igual ou inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais).

....................................................................................

§ 2º Serão extintas, mediante requerimento do Procurador da Fazenda Nacional, as


execuções que versem exclusivamente sobre honorários devidos à Fazenda Nacional de valor
igual ou inferior a R$ 1.000,00 (mil reais).

....................................................................................

§ 4º No caso de reunião de processos contra o mesmo devedor, na forma do art. 28 da Lei
nº 6.830, de 22 de setembro de 1980, para os fins de que trata o limite indicado no caput deste
artigo, será considerada a soma dos débitos consolidados das inscrições reunidas." (NR)

Art. 22. O art. 17 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a
seguinte redação:

"Art. 17. ........................................................................

Parágrafo único. A Secretaria da Receita Federal e o Banco Central do Brasil expedirão


instruções para a apuração do resultado líquido, sobre a movimentação de divisas relacionadas
com essas operações, e outras que se fizerem necessárias à execução do disposto neste
artigo." (NR)

Art. 23. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos:

I - na hipótese dos arts. 1º a 5º e 7º , a partir de 1º de janeiro de 2005;


II - na hipótese do art. 11, a partir de 1º de outubro de 2004;

III - na data de sua publicação, nas demais hipóteses.

Art. 24. Ficam revogados o art. 63 da Lei nº 8.383, de 30 de dezembro de 1991,  a partir
de 1º de janeiro de 2005, e o § 2º do art. 10 da Lei nº 10.925, de 23 de julho de 2004.

Brasília, 21 de dezembro de 2004; 183º da Independência e 116º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA


Antonio Palocci Filho

Este texto não substitui o publicado no DOU de 22.12.2004

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