Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA
Agradecimentos
Este trabalho de conclusão de curso merece agradecimento aos meus pais,
Aristeu Gomes Chaves Junior e Magnólia de Melo Rodrigues Chaves, por serem as
pessoas que me tornaram naquilo que sou hoje.
Agradeço também a minha irmã Ana Carolina Rodrigues Chaves pela força e
incentivo fornecido para a realização de todo o curso de Engenharia Mecânica.
Aos meus avos, Manoel Rodrigues dos Reis e Teresinha de Melo Rodrigues,
por darem todo o suporte durante minha vida acadêmica.
A todo o corpo docente do Departamento de Engenharia Mecânica da UFRN
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte), em especial ao Prof. Ms. Igor Lopes
de Andrade, meu orientador.
A empresa Industrial Elevadores, em especial ao diretor técnico Francisco de
Assis Dantas, por ter aberto as portas da empresa para o desenvolvimento desse
trabalho e por ter me ensinado grande parte das coisas que aprendi nessa área. Aos
amigos que conquistei dentro da empresa, pelo apoio e contribuição neste trabalho,
em especial aos técnicos Jobson Arnóbio da Silva e Sueldo Sammy Dantas. Sem eles
nada disso seria possível.
Chaves, A.R. Efeitos da implementação de manutenções preventivas em uma
ii
Resumo
Desde o inicio dos anos dois mil o Brasil vem passando por uma fase de
adaptação de seus prédios públicos e privados para que eles venham a ser acessíveis
para portadores de deficiência ou com mobilidade reduzida seguindo as diretrizes da Lei
Nº 10.098. Através desse panorama, existe uma grande necessidade de se instalar
elevadores e plataformas de acessibilidade em locais com desníveis que não pudessem
corrigidos por rampas. As plataformas elevatórias de acessibilidade são maquinas de
transporte vertical de passageiros normativamente mais simples, porem para aqueles
que realmente necessitam da sua utilização, são vitais. Quando relacionamos os
processos de manutenção em plataformas elevatórias, a manutenção do tipo preventiva
se torna vital para não apenas o bom funcionamento do sistema de elevação, mas
também para o dia a dia daquelas pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, as
quais são as que mais necessitam do seu uso. Nesse trabalho foi empregada o
levantamento e a análise de dados técnicos referentes a implantação do plano de
manutenção preventiva em uma plataforma elevatória de acessibilidade, com
manutenção pela Industrial Elevadores, com capacidade para 03 (três) pessoas, ou
250kg, comparando alguns indicadores de desempenho de manutenção, sendo eles o
Tempo Médio Entre Falhas, Tempo Médio Para Reparo, Tempo Médio Entre Incidentes
de Serviço e Número de Chamados. Por conseguinte, chegar ao objetivo final, de
realizar uma comparação dos dados antes e depois do plano de manutenção preventiva
entrar em execução. Lembrando sempre que plataformas elevatórias de acessibilidade
não possuem por norma a obrigatoriedade de contratos de manutenção preventiva.
Essa comparação dos indicadores comprova uma grande melhora quanto ao
funcionamento da máquina.
iii
Chaves, A.R. Effects of the implementation of preventive maintenances in an
acessibility lifts - Industrial Lifts. 2019. Graduation in Mechanical Engineering - Federal
University of Rio Grande do Norte, Natal-RN, 2018.
Abstract
Since the beginning of the 2000’s years, Brazil has been undergoing a phase of
adaptation of its public and private buildings so that they become accessible for people
with disabilities or with reduced mobility, in according with the guidelines of Law Nº
10.098. Through this panorama, there was an imperative need to install lifts and
accessibility lifts in places with gaps that could not be corrected by ramps. Accessibility
lifts are normatively simpler passenger transport machines, but for those who really need
to use them, they are vital. When we relate maintenance processes to accessibility lifts,
preventive maintenance type is the most important not only for the proper functioning of
the lifting system, but also for the daily life of those with disabilities or reduced mobility,
they are people that most need its use. In this work, the data analyze method was applied
in order to compare the effects of the implantation of preventive maintenances in
accessibility lifts, with maintenance by Industrial Elevators, with capacity for 03 (three)
people, or 250kg. We compared some indicators of MTB, Failure rate and number of
calls. Therefore, for the research to reach a comparison of this data before and after the
preventive maintenance plan goes into effect. Always remembering that accessibility
platforms do not have, as a rule, mandatory preventive maintenance contracts. This
comparison of the indicators proves a great improvement in the functioning of the
machine.
iv
Tabela 1 – Dados de OS’s de chamados coletadas antes da implantação do plano de
manutenção................................................................................................................25
Tabela 2 – Dados de OS’s de chamados coletadas depois da implantação do plano
de manutenção ..........................................................................................................25
Tabela 3 – Dados referentes ao calculo do Tempo Médio Entre Falhas dos períodos
pré e pós implantação das
manutenções..............................................................................................................31
Tabela 4 – Dados Tempo Médio Para Reparo dos períodos pré e pós implantação das
manutenções........................................................................................................................32
Tabela 5 – Dados Tempo Médio Entre Incidentes de Serviço dos períodos pré e pós
implantação das
manutenções..............................................................................................................33
Tabela 6 – Número de chamados nos períodos de agosto de 2018 e janeiro de 2019
e entre fevereiro e junho de
2019............................................................................................................................34
v
Figura 1 - Máquina de tração, WEG/CESTARI SERIE MAGMA M08. ...................... 23
Figura 2 - Placa de especificações do motor elétrico da máquina de tração do elevador,
modelo WEG W22 ..................................................................................................... 24
Figura 3 - Placa de especificações do redutor de velocidades da máquina de tração
da plataforma elevatória. ........................................................................................... 24
Figura 4 - Tempo Médio Para Reparo em horas pré e pós implantação do plano de
manutenções..............................................................................................................29
Figura 4 - Plano de manutenção desenvolvido pela Industrial Elevadores
Figura 5 - Tempo Médio Para Reparo em horas pré e pós implantação do plano de
manutenções..............................................................................................................30
Figura 6 - Tempo Médio Entre Incidentes de Serviço em horas pré e pós implantação
do plano de manutenções.........31
Figura 7 - Número de Chamados em horas pré e pós implantação do plano de
manutenções..............................................................................................................32
vi
Sumário
Agradecimentos ................................................................................................ i
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 8
2.6.3 O Tempo Médio Para Entre Incidentes do Serviço (TMEIS) ........ 19
8
1 INTRODUÇÃO
Uma das maiores dificuldades que as empresas de manutenção de elevadores e
plataformas elevatórias enfrentam é a de aumentar a produtividade e melhorar a
qualidade de seus setores de manutenção preventiva e preditiva. Aliado a isso há o
fato das empresas estarem sofrendo pressão do mercado no sentido de baixar os
preços dos serviços oferecidos, forçando-as a reduzir os custos na mesma proporção
ou de forma mais acentuada (MEDEIROS, 2018).
Desse modo, as empresas buscam agilidade e redução dos custos operacionais,
e nesse contexto, planos de manutenção preventiva e preditiva que visam diminuir o
numero de manutenções corretivas tem desempenhado um papel de extrema
importância, uma vez que, por meio dela são realizados os reparos e evitados futuros
imprevistos.
Neste cenário, é preciso que a atividade de manutenção se integre de maneira
eficaz ao processo produtivo, contribuindo para que a empresa caminhe rumo à
excelência em seus serviços. Essa intersecção entre manutenção e produção
influenciam diretamente na qualidade e produtividade, desempenhando assim um
papel estratégico fundamental na melhoria dos resultados operacionais e financeiros
dos negócios (XENOS, 1998).
Portanto, a manutenção deve se configurar como agente proativo dentro da
organização. Para isso, a gestão da empresa deve ser sustentada por uma visão de
futuro e os processos gerenciais devem focar na satisfação plena dos clientes,
através da qualidade intrínseca de seus produtos e serviços, tendo como balizadores
a qualidade total dos processos produtivos (KARDEC & NASCIF, 2009).
As informações foram coletadas a partir do setor de manutenção preventiva da
empresa Industrial Elevadores, localizada no município de Natal/RN. Foram feitas
observações diretas e levantamento de dados que possibilitassem a confecção dos
indicadores de performance e qualidade. Trata-se assim, de uma pesquisa ação de
natureza qualitativa, que utiliza o estudo de caso em uma empresa de grande porte
(GIL, 2002).
9
1.1 OBJETIVOS
Avaliar a implantação de um plano de manutenção preventiva no aumento da
produtividade e qualidade do serviço em uma plataforma elevatória de acessibilidade
durante um período de 05 (cinco) meses. Para isso, serão utilizados índices de
medição de performance e qualidade, como por exemplo, os índices de
disponibilidade, confiabilidade e taxa de falhas, a partir de uma visão do controle da
qualidade total. Desse modo, poderemos realizar um comparativo dos dois cenários:
anterior e após o plano de manutenção preventiva, determinando o aumento da
produtividade.
10
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Segundo Dal Monte (2000), há muito tempo a história registra os esforços da
humanidade para transportar verticalmente cargas e pessoas. Porém, somente em
1853, ano em que a história confere ao americano Elisha Graves Otis a invenção do
elevador de segurança, o uso de elevadores como meio de transporte de passageiros
começou a se popularizar. Em 1880, na feira da indústria em Mannheim na Alemanha,
é apresentado o primeiro elevador movido a motor elétrico, construído por Werner
Von.
Até metade do século XX, o controle da operação do elevador (coleta de
chamadas, partida, parada, nivelamento) era realizado pelo ser humano (ou seja, um
ascensorista). Em 1950, usando dispositivos eletromecânicos (relés), foi instalado o
primeiro elevador com portas automáticas, sistema de coleta de chamadas e sinais
sonoros que dispensavam o ascensorista. No final da década de 60, os circuitos
integrados (CI) permitiram o desenvolvimento de minicomputadores que foram
utilizados nos controladores lógicos dos novos elevadores.
A partir da metade da década de 70, os novos controladores multiplicaram suas
funções com a introdução dos microprocessadores. Os microprocessadores hoje
substituem os complexos comandos com relés, necessitando de apenas alguns
dispositivos eletrônicos auxiliares que possibilitam facilmente várias reprogramações,
inclusive em tempo real. Dessa forma foi possível criar o conceito de “elevador
inteligente”, onde o comando se adapta buscando aperfeiçoar os processos de
funcionamento do equipamento.
Contudo, desde a criação do sistema de relés e principalmente após o
desenvolvimento de placas micro processadas os elevadores e plataformas
começaram a apresentar uma grande dificuldade quanto à manutenção preventiva e
corretiva desses, devido a complexidade dos sistemas.
11
De acordo com Kardec e Nascif (2002), a partir dos anos 30, a evolução da
manutenção pode ser dividida em três grandes gerações. A Primeira Geração
compreende o período que antecede a segunda guerra mundial, a Segunda Geração
tem seu início na segunda guerra mundial e término nos anos 60 e a Terceira Geração
inicia a partir da década de 70.
Assim, na Primeira Geração, o sistema produtivo das empresas era pouco
mecanizado, os equipamentos eram simples e em grande parte,
superdimensionados. Nesse período a produtividade não era prioritária, por essa
razão, não era necessário um sistema de manutenção, sendo realizados apenas
operações de limpeza, lubrificação e reparos após a quebra, caracterizando o método
de manutenção corretiva (KARDEC E NASCIF, 2002).
Na Segunda Geração, que compreende o advento da Segunda Guerra Mundial,
viu-se a necessidade do aumento da produtividade, assim sendo, as organizações
passaram a se preocupar em não apenas fazer a correção de falhas, mas tentar evita-
las. Nesse momento, começa a se desenvolver o processo de Prevenção de avarias
que, acompanhado da correção cria o sistema geral de manutenção (TAVARES,
1999).
A Terceira Geração passa a se caracteriza pelo acelerado processo de
mudança nas indústrias. Com a paralisação da produção que, por consequência
afetava a capacidade e a qualidade produtiva e aumentava custos, gerou grande
preocupação. O crescimento da automação junto com a mecanização mostrou que
confiabilidade e disponibilidade tornavam-se pontos essenciais em diferentes setores
da indústria. O aumento da automação significava maior frequência de falhas, em
vista disso, se tornava mais difícil manter os padrões de qualidade estabelecidos
(KARDEC;; NASCIF, 2002).
No entanto, Tavares (1999), corrobora dizendo que houve um fortalecimento dos
sistemas criados no período anterior, junto com a difusão dos computadores e a
melhoria nos 16 instrumentos de proteção e medição. A engenharia da manutenção
12
passou a criar métodos de predição e previsão de falhas, para que assim, fosse
possível a execução da manutenção por equipes. Juntamente com os métodos
criados, foram associados artifícios de planejamento e controle de manutenção
automatizado.
Na Terceira Geração reforçou-se o conceito de uma manutenção preditiva. A
interação entre as fases de implantação de um sistema (projeto, fabricação,
instalação e manutenção) e a Disponibilidade/Confiabilidade torna-se mais evidente.
(KARDEC E NASCIF, 2002)
2.3 Definições
2.4.1Manutenção Corretiva
Entretanto, o mais importante, segundo ALMEIDA (2000), é que ao adotar esse
modelo de filosofia, as máquinas e equipamentos da planta não são revisados e não
passam por grandes reparos até a falha. Esse tipo de gerência de manutenção,
apesar de simples, pode requerer custos altíssimos, associados a: estoque de peças
sobressalentes, trabalho extra, custo ociosidade de máquina e baixa disponibilidade
de produção (ALMEIDA, 2000). E os custos tendem a aumentar ainda mais caso o
tempo de reação se prolongue, seja por falha da equipe de manutenção, seja por falta
de peça de reposição. Segundo ALMEIDA (2000) “(...) O resultado líquido deste tipo
reativo de gerência de manutenção é o maior custo de manutenção e menor
disponibilidade de maquinaria de processo. A análise dos custos de manutenção
indica que um reparo realizado no modo corretivo-reativo terá em média um custo
cerca de 3 vezes maior que quando o mesmo reparo for feito dentro de um modo
programado ou preventivo.
2.4.2 Manutenção Preventiva:
É a manutenção voltada para evitar que a falha ocorra, através de
manutenções em intervalos de tempo pré-definidos. Segundo SLACK (2002), “visa
eliminar ou reduzir a probabilidade de falhas por manutenção (limpeza, lubrificação,
substituição e verificação) das instalações em intervalos de tempo pré-planejados”.
De acordo com ALMEIDA (2000) “todos os programas de gerência de manutenção
preventiva assumem que as máquinas degradarão com um quadro típico de sua
classificação em particular”. Ou seja, os reparos e recondicionamentos de máquinas,
na maioria das empresas, são planejados a partir de estatísticas, sendo a mais
largamente usada a curva do tempo médio para falha – CTMF (ALMEIDA, 2000). O
grande problema deste tipo de abordagem, no entanto, é basear-se em estatísticas
para programação de paradas sem, no entanto, avaliar as variáveis específicas da
planta que afetam diretamente a vida operacional normal da maquinaria. ALMEIDA
(2000) cita como exemplo que “o tempo médio entre as falhas (TMF) não será o
mesmo para uma bomba que esteja trabalhando com água e bombeando polpas
abrasivas de minério”. Tais generalizações são as principais responsáveis pelos dois
problemas mais comuns ao se adotar a manutenção preventiva: reparos
desnecessários ou bastante antecipados e falhas inesperadas (ALMEIDA, 2000). No
primeiro caso, adota-se um horizonte temporal conservador, sendo o reparo realizado
16
muito antes do necessário, desperdiçando peças e trabalho. Já no segundo caso, o
mais crítico, apesar dos esforços para prevenir a falha, esta acabou acontecendo,
associando gastos preventivos aos corretivos que, conforme mostrado anteriormente,
são bem maiores.
2.4.3 Manutenção Preditiva:
É a manutenção que realiza acompanhamento de variáveis e parâmetros de
desempenho de máquinas e equipamentos, visando definir o instante correto da
intervenção, com o máximo de aproveitamento do ativo (OTANI & MACHADO, 2008).
Segundo ALMEIDA (2000): “(...) trata-se de um meio de se melhorar a
produtividade, a qualidade do produto, o lucro, e a efetividade global de nossas
plantas industriais de manufatura e de produção”. Isso porque tal abordagem se utiliza
de ferramentas mais efetivas para obter a condição operativa real dos sistemas
produtivos, ou seja, consegue fornecer dados sobre a condição mecânica de cada
máquina, determinando o tempo médio real para falha. Portanto, todas as atividades
de manutenção são programadas em uma base “conforme necessário”. ALMEIDA
(2000) ainda destaca a diferença mais substancial entre a manutenção corretiva e a
preditiva: “(...). Talvez a diferença mais importante entre manutenção reativa e
preditiva seja a capacidade de se programar o reparo quando ele terá o menor
impacto sobre a produção. O tempo de produção perdido como resultado de
manutenção reativa é substancial e raramente pode ser recuperado. A maioria das
plantas industriais, durante períodos de produção de pico, operam 24 horas por dia.
Portanto, o tempo perdido de produção não pode ser recuperado.”.
2.4.4 Manutenção Detectiva:
O termo manutenção detectiva vem da palavra “detectar” e começou a ser
referenciado a partir da década de 90. O objetivo da prática desta política é aumentar
a confiabilidade dos equipamentos, haja vista, é caracterizada pela intervenção em
sistemas de proteção para detectar falhas ocultas e não perceptíveis ao pessoal da
operação (SOUZA, 2008). FERREIRA (2008) cita um exemplo de aplicação da
manutenção detectiva, de maneira a aumentar a confiabilidade do processo: “Um
17
exemplo clássico é o circuito que comanda a entrada de um gerador em um hospital.
Se houver falta de energia e o circuito tiver uma falha, o gerador não entra. Por isso,
este circuito é testado/acionado de tempos em tempos, para verificar sua
funcionalidade”. Portanto, a manutenção detectiva é especialmente importante
quando o nível de automação dentro das indústrias aumenta ou o processo é crítico
e não suporta falhas.
2.4.5 Engenharia de Manutenção:
Após o advento da manutenção preditiva, a prática da Engenharia de
Manutenção pode ser considerada como uma quebra de paradigma, principalmente
em virtude das mudanças na rotina da atividade e da consolidação de uma política
de melhoria contínua para a área de manutenção. De acordo com KARDEC &
NASCIF (2009) a Engenharia de Manutenção significa “perseguir benchmarks, aplicar
técnicas modernas, estar nivelado com a manutenção do Primeiro Mundo”. Para
tanto, visa, dentre outros fatores, aumentar a confiabilidade, disponibilidade,
segurança e manutenibilidade;; eliminar problemas crônicos e solucionar problemas
tecnológicos;; melhorar gestão de pessoal, materiais e sobressalentes;; participar de
novos projetos e dar suporte à execução;; fazer análise de falhas e estudos;; elaborar
planos de manutenção, fazer análise crítica e acompanhar indicadores, zelando
sempre pela documentação técnica (KARDEC & NASCIF, 2009). A empresa que
pratica a Engenharia de Manutenção não está apenas realizando acompanhamento
preditivo de seus equipamentos e máquinas, ela está alimentando sua estrutura de
dados e informações sobre manutenção que irão lhe permitir realizar análises e
estudos para proposição de melhorias no futuro. Em face das grandes mudanças
ocorridas nos setores tecnológico e de produção nos últimos anos, com complexidade
cada vez maior dos equipamentos e, ao mesmo tempo, grande exigência de
produtividade e qualidade, a função manutenção tem assumido grandes
responsabilidades no sentido de garantir confiabilidade e disponibilidade, fatores
refletidos diretamente no desempenho operacional da organização (NUNES &
VALLADARES, 2008). De acordo com NUNES & VALLADARES (2008), a função
manutenção deve garantir atendimento a três clientes, sendo eles:
1) Os proprietários dos ativos físicos, ou seja, os empresários, que esperam que estes
gerem o retorno financeiro do investimento;;
18
2) Os usuários dos ativos, que esperam que eles mantenham um padrão esperado
de desempenho;;
3) A sociedade, que demanda por padrões de qualidade dos produtos, ao mesmo
tempo, em que espera que os ativos não falhem, garantindo segurança e um cenário
de riscos reduzidos para o meio ambiente.
Conforme Filho (2008), “a Ordem de Serviço é onde se descrevem as tarefas
que devem ser executadas pelo pessoal de manutenção, sejam elas oriundas de
programas de manutenção preventiva ou de solicitações de usuários para
manutenções corretivas ou modificações”.
Já para Viana (2014), ”a Ordem de Serviço é a instrução escrita, enviada via
documento eletrônico ou em papel, que define um trabalho a ser executado pela
manutenção. Em outras palavras, a O.S. consiste na autorização de trabalho de
manutenção a ser executado”.
Através da O.S., o engenheiro de manutenção consegue ter controle sobre sua
equipe. Esse documento possui as informações de onde e por quem será realizado o
trabalho e quando e o que deverá ser feito. Outras informações necessárias para uma
19
ordem de serviço são: número de identificação, data que foi emitida e de realização
do serviço, assinatura de quem emitiu o documento.
O TMEF, ou MTBF é o tempo médio em que um serviço fica disponível sem
interrupção. É medido a partir do momento em que o serviço começa a funcionar, até
sua próxima falha.
2.6.2.2 Relação do TMPR com a sustentabilidade do serviço e o Tempo Médio
Para Restaurar o Serviço (TMPRS)
3 METODOLOGIA
Terminando a coleta de todos os dados foi possível realizar sua organização,
para que assim pudéssemos comparar os indicadores de desempenho da
manutenção (Tempo Médio Entre Falhas (TMEF), Tempo Médio para Reparo
(TMPR), Tempo Médio Entre Incidentes do Serviço (TMEIS), e número de paradas
pré e pós implantação do plano de manutenções preventivas) entre os 06 (seis)
meses pré-implantação e 05 (cinco) meses pós implantação das manutenções
preventivas.
Por final, são tiradas conclusões acerca dos resultados obtidos com suas
devidas justificativas e explicações, com intuito de mostrar as melhorias geradas pelo
plano de manutenção preventiva do equipamento.
Fonte – Elaborado pelo Autor.
A figura 2 corresponde a placa de especificações do motor da máquina de
tração da plataforma, modelo WEG W22.
24
Figura 2 - Placa de especificações do motor elétrico da máquina de tração do elevador,
modelo WEG W22.
Fonte – Elaborado pelo Autor.
A figura 3 representa a placa de especificações do redutor de velocidades da
máquina de tração da plataforma elevatória.
Figura 3 - Placa de especificações do redutor de velocidades da máquina de tração da
plataforma elevatória.
4 RESULTADOS
Para a realização do trabalho foram analisados os dados informados pelo o
cliente sobre a situação do equipamento antes da chegada da empresa, entre os
períodos de 01 de agosto de 2018 até 31 de janeiro de 2019, momento em que se
encerrou o contrato de manutenção do cliente com a antiga empresa, a qual realizava
a manutenção preventiva do equipamento. A partir do dia 1 de fevereiro de 2019,
quando o elevador começou a ser manutenido pela Industrial Elevadores. Nesse
momento a empresa começou a realizar os serviços destinados à sua manutenção e
colocando em pratica o plano de manutenção preventiva da empresa, além de
começar a coletar dados para construir o histórico da máquina.
A empresa possui um sistema próprio para armazenamento de dados
referentes às ordens de serviço. Para facilitar o controle e organização desse estudo
de caso, foram desenvolvidas duas tabelas (uma com os dados pré-implantação da
manutenção preventiva e outra com os dados pós-implantação da manutenção
preventiva), a partir de um software computacional, com os dados pertinentes para o
desenvolvimento desse estudo, ou seja, dados referentes às ordens de serviço
abertas por chamados. As manutenções preventivas foram realizadas mensalmente,
sempre no período próximo ao dia 15 (quinze) de cada mês.
Para melhor visualização as tabelas são mostradas a seguir, onde, no campo
situação, o P significa parado e F funcionando. A primeira letra indica a situação do
equipamento na chegada do técnico e a segunda, após a saída do técnico do local.
Os nomes dos técnicos que realizaram o serviço não serão divulgados.
Tabela 1 - Dados de OS’s de chamados coletadas antes da implantação do plano de
manutenção.
Tabela 2 - Dados de OS’s de chamados coletadas depois da implantação da manutenção
preventiva.
Tabela
de
ordens
de
serviço
pós
inicio
do
plano
de
manutenção
Tempo
Nº
Nº
OS
Data
Início
Término
Entrada
Saída
atd
1
30560
10/02/2019
13:30
14:10
00:40
P
F
2
32120
09/03/2019
20:10
21:30
01:20
F
F
Fonte – Elaborado pelo Autor.
As tabelas 1 e 2 mostram as ordens de serviço que foram provenientes a partir
de contatos do cliente com a empresa, onde são informadas a data de realização do
serviço, horas de início e fim da atividade, tempo de duração, qual foi o colaborador
que efetuou a manutenção e qual era o estado do equipamento antes e depois do
atendimento. A partir das informações dessas duas tabelas é possível calcular os
indicadores de desempenho e realizar a análise de comparação entre os dois
momentos, antes e depois da implantação das manutenções preventivas.
quando a atividade tiver sido realizada. Os afazeres de cada mês são divididos nas
cores amarela e branca, sendo a cor amarela indica que a manutenção daquela parte
do equipamento deve ser realizada naquele mês, e a cor branca indicando que aquela
parte não precisa ser inspecionada no mês. Na parte inferior do plano há os espaços
de datas e o nome do técnico que realizou a manutenção no determinado mês, bem
como, o espaço para observações do técnico. Essas observações podem ser ate
avisos de melhor uso para os clientes ou a indicação de troca de uma peça. E, por
fim, do lado direito do documento, encontra-se um espaço para a assinatura e
aprovação de quem realiza as inspeções periodicamente, garantindo a qualidade da
manutenção.
Algumas das atividades que devem ser realizadas e dos itens que devem ser
inspecionados em cada área são:
• Performance de Qualidade: – Verificar e corrigir (se necessário):
nivelamento;; botoeiras e sinalizações;; contatos ADS;; irregularidades
na rampa de nível;; reabertura, alinhamento e funcionamento da porta
da cabine;; ruídos anormais;; alarmes;; performance de corrida e
trepidações.
• Casa de máquinas: Limpeza do piso, máquina de tração e quadro de
comando, analisar a instalação em questão de infiltração, iluminação
adequada e de emergência, reapertar parafusos e checar elementos
do quadro de comando, observar se tem vazamento, vibração e ruído
na máquina de tração, checar escovas do motor, checar limitador de
velocidade e seus componentes, checar polia da máquina, etc.
• Corrediça: Checar corrediças do carro e do contrapeso, folgas,
limitadores de percurso, analisar cabos de tração, operadores e
contatos de todas as portas de pavimento, checar rampa fixa e móvel,
testar caixa de inspeção, botões, e mais alguns.
• Poço e estrutura externa do equipamento: Limpeza do piso, coletores
de óleo e contatos elétrico, inspecionar amortecedores, chaves de
abertura, polia tensora.
28
Fonte – Elaborado pelo Autor.
Inicialmente realizou-se o calculo do TMEF, para que isso ocorra, utilizam-se
dados de horas do equipamento em funcionamento e números de intervenções
realizadas nesse mesmo período. Isso significa que se somam todas as horas em
que o equipamento esteve em funcionamento (no caso, o período entre manutenções
29
Tabela 3 - Dados referentes ao calculo do TMEF dos períodos pré e pós implantação das
manutenções.
Pré
implantação
Pós
implantação
Horas
de
funcionamento
4302,33
3598
Número
de
intervenções
10
2
TMEF
(horas)
430
1799
TMEF
(dias)
18
75
Fonte – Elaborado pelo Autor.
Figura 5 - TMEF em horas pré e pós implantação do plano de manutenções.
30
TMEF
(horas)
2000
1800
1600
1400
1200
1000
800
600
400
200
0
Pré
implantação Pós
implantação
Fonte – Elaborado pelo Autor.
Após a analise do tempo em que a plataforma já estava sendo manutenida
pela Industrial Elevadores, foi calculado um somatório de horas do equipamento em
manutenção corretiva de 02 horas, sendo um total de 2 ordens de serviço realizadas
corretivamente. Dessa forma, têm-se um valor de TMPR de 60 minutos.
31
Tabela 4 - Dados TMPR dos períodos pré e pós implantação das manutenções.
Pré-‐implantação
Pós
implantação
Horas
manutenção
17,33
2
corretiva
Número
de
intervenções
10
2
TMPR
(minutos)
104
60
Fonte – Elaborado pelo Autor.
Figura 6 - TMPR em horas pré e pós implantação do plano de manutenções.
TMPR
(minutos)
120
100
80
60
40
20
0
Pré-‐implantação Pós
implantação
Fonte – Elaborado pelo Autor.
formula pudemos ver que ambos os fatores falados inicialmente precisam ter evoluído
para que esse fator possa mostrar que ocorreu uma melhora do serviço.
Tabela 5 - Dados TMEIS dos períodos pré e pós implantação das manutenções.
Pré-‐implantação
Pós
implantação
TMEF
(horas)
430
1799
TMPR
(horas)
1,73
1
TMEIS
(horas)
431,73
1800
Fonte – Elaborado pelo Autor.
Figura 7 - TMEIS em horas pré e pós implantação do plano de manutenções.
TMEIS
(horas)
2000
1800
1600
1400
1200
1000
800
600
400
200
0
Pré-‐implantação Pós
implantação
Como antes falado, um chamado é qualquer defeito ou falha reclamado pelo
cliente, diretamente a um meio de comunicação da empresa, que gere uma visita
técnica ao local para verificar o problema.
Depois de realizada a análise dos números de chamados efetuados nos dois
períodos em estudo de manutenção (tabela 1 e 2), pudemos notar uma grande
redução no numero de chamados após o inicio do contrato com a Industrial
33
Na tabela 5 é mostrado os dados pertinentes ao numero de chamados dos 2
períodos analisados.
Tabela 5 - Número de chamados nos períodos de agosto de 2018 e janeiro de 2019 e entre
fevereiro e junho de 2019.
Período
Nº
de
chamados
Set
2018
-‐
Jan
2019
10
Fev
2019
-‐
Jun
2019
2
Fonte – Elaborado pelo Autor.
Figura 8 - Número de chamados pré e pós implantação do plano de manutenções.
Nº
de
chamados
12
10
0
Set
2018
-‐ Jan
2019 Fev
2019
-‐ Jun
2019
Fonte – Elaborado pelo Autor.
34
5 CONCLUSÕES
Este trabalho de conclusão de curso foi realizado com o intuito de analisar os
efeitos da implantação de manutenções preventivas de uma plataforma elevatória de
acessibilidade modelo de contrapeso para passageiros da marca Industrial
Elevadores, modelo Industrial com Inversor. Tendo como objetivo principal, promover
uma comparação entre períodos diferentes do equipamento, um pré-plano de
manutenção preventiva da empresa Industrial Elevadores, um após a implantação do
plano da empresa.
Para atingir o objetivo principal, foram utilizados objetivos específicos como
comparar indicadores de desempenho da manutenção (Tempo Médio Entre Falhas
(TMEF), Tempo Médio para Reparo (TMPR), Tempo Médio Entre Incidentes do Serviço
(TMEIS), e número de chamados). Essa comparação dos indicadores realizada (tabelas
3, 4, 5 E 6) comprova uma melhora grande quanto se trata do funcionamento da
máquina. Após a implantação das manutenções, houve aumentos de mais 400% no
MTEF (tabela 3) e no TMEIS (tabela 5) e reduções de 73.3% do MTPR (tabela 4), e
80% do Número de Chamados (tabela 6). Ficou claro após a analise dos dados da
importância de um plano de manutenção preventiva, uma vez que ele sendo realizado
com excelência, aumenta a segura do usuário e seu numero de horas funcionando,
por outro lado, diminui seu tempo parado e o numero de chamadas do equipamento
para reparo.
A partir dos resultados analisados, pode ser comprovado que o plano de
manutenção preventiva da empresa Industrial Elevadores funciona, de modo que, a
melhoria dos índices de qualidade de manutenção referente a plataforma em questão
traz inúmeros benefícios para os clientes, uma vez que, o equipamento fica por pouco
tempo parado. Além disso, o trabalho pode mostrar que um plano de manutenção
preventiva bem executado resolve diversos problemas de um equipamento.
A pesquisa, de modo geral, mostrou que as manutenções realizadas não só
foram satisfatórias, como superaram as expectativas, trazendo resultados
surpreendentes. Em poucos meses foram mostrados grandes resultados, o que prova
que uma revisão geral bem executada, aliada a um plano eficiente, aumenta a
35
6 REFERÊNCIAS
ARCURI-FILHO, R.;; CARVALHO, N. C. Medicina de Sistemas: o futuro conceito
de Manutenção. Revista de Ensino de Engenharia, Rio de Janeiro Brasil, n.12 p.11-
17, julho/2005.
CONTADOR J. C et al. Gestão de Operações: a engenharia de produção a serviço
da modernização da empresa. 2. ed. São Paulo: Edgard Blucher LTDA, 1998. 593
p.
KARDEC, A.;; NASCIF, J. Manutenção: Função estratégica. 3. ed. Rio de Janeiro:
Qualitymark, 2009. 384 p.
LOGANATHAN, K., FAISAL K., MAHMOUD H. Desenvolvimento de uma estratégia
de manutenção baseada em riscos (RBM) para uma usina de geração de
energia. Jornal de Prevenção de Perdas [Indústrias de Processos]. v. 18, p.69-81,
2005.
MORAES, P.H.A. Manutenção Produtiva Total: estudo de caso em uma empresa
automobilística. 2004. 90 f. Dissertação (Mestrado em Gestão e Desenvolvimento
Regional) – Departamento de Economia, Contabilidade e Administração,
Universidade de Taubaté, Taubaté. Disponível em: Acesso em 11.fev. 2018.
PASCOLI, J.A.;; SILVA, R.P. Gerenciamento do setor de manutenção. Trabalho de
conclusão do curso para obtenção do certificado de especialização em gestão
Industrial do departamento de economia, contabilidade, Administração da
Universidade de Taubaté, 2004.
TAVARES, L. A. Administração Moderna e Manutenção. 1 edição. Rio de Janeiro:
Novo Pólo,2000.
VIANA, H. R. G. PCM, Planejamento e Controle da Manutenção. Rio de Janeiro:
Qualitymark Editora, 2014. 192 p.
39
UNIVERSIDADE F E D E R A L DO RIO GRANDE DO NORTE
C E N T R O DE TECNOLOGIA
COORDENAÇÃO DO C U R S O DE ENGENHARIA MECÂNICA
Ao(s) vinte e seis dia(s) do mês de junho do ano de dois mil e dezenove, às
quatorze horas e trinta minutos, no Laboratório de Metrologia, neste Campus
Universitário, instalou-se a banca examinadora do Trabalho de Conclusão de Curso
do(a) aluno(a) ANDRÉ RODRIGUES C H A V E S , matrícula 20180009117, do curso de
Engenharia Mecânica. A banca examinadora foi composta pelos seguintes membros:
IGOR L O P E S DE ANDRADE, orientador; JOÃO B O S C O DA SILVA, examinador
interno; SANDIITAMAR S C H A F E R DE SOUZA, examinador interno. Deu-se início à
abertura dos trabalhos pelo IGOR L O P E S DE ANDRADE, que após apresentar os
membros da banca examinadora, solicitou a (o) candidato (a) que iniciasse a
apresentação do trabalho de conclusão de curso, intitulado " E F E I T O S DA
IMPLANTAÇÃO DE MANUTENÇÕES PREVENTIVAS EM UMA PLATAFORMA
ELEVATÓRIA DE ACESSIBILIDADE", marcando um tempo de trinta minutos para a
apresentação. Concluída a exposição, IGOR L O P E S DE ANDRADE, orientador,
passou a palavra aos examinadores para arguirem o(a) candidato(a); após o que fez
suas considerações sobre o trabalho em julgamento; tendo sido
â~f>C'OV'3. ( T : ^ , o(a) candidato(a), conforme a s normas vigentes na
Universidade Federal do Rio Grande do Norte. A versão final do trabalho deverá ser
entregue à Coordenação do Curso de Engenharia Mecânica, no prazo de dias;
contendo as modificações sugeridas pela banca examinadora e constante na folha de
correção anexa. Conforme o que rege o Projeto Político Pedagógico do Curso de
Engenharia Mecânica da U F R N , o(a) candidato(a) não será o aprovado(a) se não
cumprir as exigências acima.
IGOR L O P E S DE ANDRADE
Orientac
. JOÃO B O S C O DA SILVA
- '' Examinador interno