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Resenha Sofía Naranjo BUCKLEY,

P.J. & CASSON, M.C. (2009) Programa de Mestrado e


Doutorado em Gestão Internacional (PMDGI) Disciplina: Fundamentos
teóricos em gestão internacional Professor: Mário
Henrique Ogasavara, Ph.D.

BUCKLEY, P.J. & CASSON, M.C. (2009) The internalisation theory of the multinational enterprise: A review of
the progress of a research agenda after 30 years. Journal of International Business Studies, 40: 1563-1580.

Este trabalho analisa o progresso da investigação no livro "O futuro das empresas
multinacionais" (Buckley & Casson, 1976, 2003). O artigo centra-se inicialmente em explicar a
existência de empresas multinacionais, sua entrada em mercados estrangeiros, o papel das parcerias
entre empresas internacionais, o impacto da inovação no crescimento dos negócios e o papel da
cultura em negócios internacionais. A teoria internalização é abordada pelo artigo, confirmando que
é uma teoria que permanece válida desde várias décadas atrás e hoje é considerada na investigação
de negócios internacionais.

Os autores afirmam que a teoria de internalização deve considerar os benefícios gerados


respeito aos custos. Recomenda-se que a empresa deve procurar o local que oferece o menor custo
para cada uma de suas atividades. Concordo que as empresas devem estudar muito o ambiente e
implicações para iniciar processos em outro país, de acordo com outros autores, as empresas devem
tomar em conta muitas implicações do processo de internalização, como menciona Buckley (2015):
coordenação de cada uma das etapas e tempos requeridos, considerar a redução de custos por
processos internos que são normalmente mais baratos que os processos de importação, problemas
políticos, disponibilidade de recursos e capacidade da força de trabalho.

Também é mencionado no articulo que o crescimento da empresa baseia-se num processo


contínuo de inovação proveniente do departamento de pesquisa e desenvolvimento (R&D). A
integração de departamentos tem muita importância, considerando pesquisa e desenvolvimento,
marketing e produção. Concordo com os pontos mencionados pelos autores, outras pesquisas
demostram que a inovação e geração de novos produtos ajudam a gerar lucros nas empresas.
Embora, devem-se considerar vários pontos na inovação. Um fator muito importante para o sucesso
de um produto é entregar ao consumidor um produto com maior valor agregado possível atendendo
suas necessidades ou, de preferência, antecipando-se a estas necessidades. Considero que ter
presença com um novo produto no mercado faz que a marca seja reconhecida como inovadora e
ajuda conquistar clientes. Enquanto outros produtos semelhantes serão considerados como cópias
(SIEGRIST et al. 2015).
Resenha Sofía Naranjo BUCKLEY,
P.J. & CASSON, M.C. (2009) Programa de Mestrado e
Doutorado em Gestão Internacional (PMDGI) Disciplina: Fundamentos
teóricos em gestão internacional Professor: Mário
Henrique Ogasavara, Ph.D.

Além disso, o papel do departamento de R&D, também inclui procurar redução de custos e
manutenção da marca, não só a inovação. Uma recomendação é gerar sessões para criação de
alternativas de melhoria técnica e inovação com os departamentos involucrados na empresa, assim,
considerar as opiniões de todas as partes para tomar decisões. Às vezes, marketing quer
comercializar um novo produto, mas não leva em conta as implicações da investigação e
desenvolvimento e produção, o que poderia significar custos mais elevados, por exemplo. Ter uma
boa interação entre esses departamentos pode ajudar a responder mais rapidamente às necessidades
dos clientes e gerar maiores lucros (SIDONIO et al. 2013).

De acordo com Sidonio et al. 2013, o departamento de R&D desempenha um papel


fundamental na transferência de informações para entrar em um novo país no processo de
internalização, ele conhece o produto na escala de laboratório e sua expansão a escala industrial. No
entanto, as empresas ao entrar em um novo país não tem conhecimento suficiente em termos de
políticas e procedimentos locais.

Uma opção que indicam os autores para entrar no mercado estrangeiro é a criação de
licenças ou participação com terceiros. O artigo menciona que esta pode ser uma solução rápida,
mas no final do processo pode significar custos mais elevados e dependência de outra entidade.
Concordo com esta posição, além de dependência com um terceiro pode comprometer a
confidencialidade dos processos e produtos da empresa, que no final são o seu recurso mais valioso
(BUCKLEY, 2015). No entanto, sem a ajuda de um terceiro, qual é a melhor opção para conhecer
os processos de um novo país, a empresa deve contratar mão de obra qualificada para isso e torná-lo
parte do seu negócio? Esta poderia ser uma alternativa, sem contar com terceiros.

Depois de completar a leitura, eu acredito que as empresas devem ter o cuidado de todos os
detalhes e fazer uma análise minuciosa das implicações de entrar em um novo país, considerando
equipes interdisciplinares da empresa com anos de experiência.
Resenha Sofía Naranjo BUCKLEY,
P.J. & CASSON, M.C. (2009) Programa de Mestrado e
Doutorado em Gestão Internacional (PMDGI) Disciplina: Fundamentos
teóricos em gestão internacional Professor: Mário
Henrique Ogasavara, Ph.D.

Referência

BUCKLEY, P. Alan Rugman and internalisation theory. International Business Review, 2015.
Article in press.

SIDONIO, L.; CAPANEMA, L.; DUQUE G.; CARNEIRO, J.; AMARAL, V. Inovação na
indústria de alimentos: importância e dinâmica no complexo agroindustrial brasileiro.
Agroindústria BNDES Setorial. v37, n9, p. 333-370, 2013.

SIEGRIST, M; SHI, J.; GIUSTO, A.; HARTMANN, C. Worlds apart. Consumer acceptance of
functional foods and beverages in Germany and China. Appetite, Estados Unidos,v 92, n13, p. 87-
93, 2015.

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