Você está na página 1de 12

1

CADERNO CULTURAL
Coaraci-Bahia, Dezembro de 2010
Volume 1, edição 1

Interesses especiais:
 HISTÓRIAS

 SAÚDE

 REALIDADE
Terra do Sol
 GENTE

 OPINIÃO CRÍTICA

 CULTURA E ARTES

 LAZER E ESPORTES

 EDUCAÇÃO

 FATOS

 ESPAÇO COMERCIAL

Nesta edição: Pg

Evolução do
Impresso em Coaraci 2

Hospital de Coaraci 2

CAPS
Atendimento
humanizado 3
EDITORIAL
A crise do cacau ! 4
PRIMEIRO CADERNO CULTURAL DE COARACI
Lixo e 5
Sustentabilidade Finalmente, após um tempo necessário de maturação, estamos
Energia e 5 apresentando aos leitores o primeiro número do nosso Caderno Cultural,
Ambiente cuja publicação, de agora em diante, será mensal.
Rio Almada Este trabalho reflete a preocupação de todos os envolvidos em
6
oferecer à nossa população um espaço aberto propositivo e, sobretudo,
Cinema :
Imagem em democrático, onde as mais variadas manifestações da nossa gente possa
movimento 7
aqui encontrar abrigo.
Bonsai, arte milenar 7 É, também, uma prova de que devemos sempre acreditar nos
Maria Anita e o 8 nossos sonhos e projetos e de que as boas idéias, quando devidamente
Vasco e
Joaquinzinho compartilhadas, sempre produzirão os frutos necessários para uma
Evolução de melhor existência de nossas vidas. Neste sentido , esperamos poder
9
Educação Física contribuir afirmativamente nos caminhos que sejam importantes para
9 uma solidaria convivência da nossa comunidade.
FestCoaS 2010
Portanto, queremos, com bastante alegria, festejar este momento
Educação 10 e agradecer profundamente a todos aqueles que acreditaram, apoiaram,
“Adultização e 11 incentivaram este empreendimento , sobretudo , aos colaboradores e
confundida com
Evolução” patrocinadores, sem os quais não teria sido possível esta realização.
Comercial 12 Autor: Luiz Cunha
2

CONSELHO EDITORIAL
FATO HISTÓRICO Página 2

Luiz Cunha
Sociólogo A história e evolução do impresso em Coaraci
Professor
Universitário O jornalismo impresso em Coaraci, como em outras cidades da região
cacaueira, passou, e ainda passa, por diversos tipos de discriminações e pressões
externas. Dados precisos em relação ao impresso na povoação não são facilmente
encontrados, mas, informações com fundadores e colaboradores faz a história do
Gildásio Brandão impresso na cidade.
Veterinário Fazendo uma cronologia, o primeiro jornal segundo Enock Dias em seu
ADAB—Coaraci livro Coaraci: o ùltimo sopro, foi o jornal Era Nova que surgiu por volta de 1954 a
1955. Pessoas como Italício Ramos e José Sobrinho tiveram uma parcela
significativa dessa manifestação cultural na comunidade. Na lembrança dos
residentes da cidade e fundadores dos posteriores periódicos, o próximo jornal foi
O arauto, mas não se tem qualquer registro deste, a única coisa sabida é que o
Lucilene Soares mesmo foi fundado entre o final da década de 1960 a 1970.
Graduanda em A Centelha, 3º jornal coaraciense foi criada na década de 1980. O Jornal
Jornalismo foi pensado por um grupo de amigos, militantes de movimentos de esquerda em
Salvador. O periódico a princípio surgia como um instrumento cuja finalidade
era preencher um espaço vazio onde não tivesse um órgão de imprensa
independente, livre, e que mostrasse a situação real do que estava acontecendo
Paulo SN Santana na cidade, e até na região, que pudesse ajudar na transformação da sociedade
Prof.Educação local. A Centelha teve apenas cinco edições lançadas sem sucesso posterior por
dificuldade de apoio financeiro já que a mesma fazia parte de um partido oposto ao
Física. governo da época que era o do prefeito da cidade Antônio Lima de Oliveira.
Coordenador SMED Em seguida, no início da década de 1994, surge o Jornal Vivo
pertencente a José Roberto Marfuz, o mesmo possuía peridiocidade mensal e
DIAGRAMAÇÃO sobreviveu durante dois anos. O propósito do jornal, segundo uns de seus
Paulo Sergio Novaes Santana colaboradores, Carlos Maia, era ser um meio de comunicação independente para
REVISÃO DE TEXTO divulgar os assuntos da população coaraciense e por falta de apoio financeiro o
jornal não seguiu a diante.
Lucilene Soares
Em 1996 surge A Folha do Almada, que pertencia Carlos Maia, antigo
EDIÇÃO DE IMAGENS colaborador do Jornal Vivo surgiu também na época da gestão do prefeito Joaquim
Paulo Sergio Novaes Santana Miguel Gally Galvão (Gima) e durou até o final do governo.
Houve também jornais realizados pela área da educação, o primeiro
COLABORADORES DESTE NÚMERO: deles foi no ano de 1997, a Folha Estudantil e pertencia ao Colégio Municipal de
Lucilene Soares Coaraci (CMC). O diretor de imprensa, na época LEITE, lembra que o jornal muitas
Marcelo Silva vezes era manuscrito em matriz para que as cópias fossem feitas através do
mimeógrafo para então ser distribuídas.
Edelbrando Pires
O Jornal Colegial foi fundado no ano de 1998 e durou até 2000, os
Carlos Bastos alunos do Colégio Educandário Pestalozzi (CEP) eram os responsáveis pelo
Glauco Bastos periódico, liderados pelo presidente do grêmio estudantil, Rodrigo Leite o também
Roney Moreira responsável pela Folha Estudantil do CMC. Com o amadurecimento do periódico e
Luiz Cunha a candidatura do professor de matemática do CEP, Elivaldo Henrique dos Santos
Paulo SN Santana Reis, os alunos resolveram utilizar o seu meio para apoiar a campanha do seu
mestre.
Joana Cunha
Em março do ano 2000 mais um jornal aparece na cidade, o Tribuna
Lin Kan Regional pertencente a Evandro Lima Alves, com tiragem de 3.000 exemplares e
Gildásio Brandão circulava por toda região cacaueira. As principais dificuldades foram decorrentes
Lilian Cavalcante da falta de apoio do executivo na cidade, Evandro foi obrigado a abandonar o
Barbara Oliveira projeto.
Ercio Araújo Em 2001 com vitória da eleição para prefeito por Elivaldo, surge a Folha
Maria Angélica Cerqueira da Cruz da cidade, fundado por Rodrigo Leite. Mesmo sendo apoiado pela prefeitura o
periódico passou por dificuldades e deixou de ser veiculado de maio de 2003 até
agosto de 2006.
NOSSO ENDEREÇO: No retorno, a Folha da cidade voltou à ativa com a mesma identificação
informativocultural162@gmail.com comercial, mas com outro nome, Folha Mix, nesse momento, o jornal ainda passava
(73) 3241—1268 por crises, mas desta vez não possuía mais nenhum financiamento da prefeitura.
Cidade de Coaraci A Folha Mix recentemente mudou novamente de nome, agora, foi para fazer uma
Estado da Bahia analogia ao site do grupo, o Portal Mix, agora A Folha recebeu o nome Folha do
Portal Mix.
Há ainda uma perseguição em relação à imprensa em Coaraci, não
respeitam ou não aceitam a política de liberdade na cidade. As notícias que
OS ARQUIVOS possam prejudicar alguém ou alguma instituição são altamente criticadas pelos
“coronéis” da comunidade.
PUBLICADOS NÃO E agora, com o intuito de proporcionar a cidade uma nova
REFLETEM oportunidade, surge o Caderno Cultural de Coaraci, um jornal com o conteúdo de
NECESSARIAMENTE A caráter cultural que trará para nossa comunidade informações sobre as
OPINIÃO DO CADERNO manifestações culturais refletidas na realidade coaraciense.
CULTURAL
Lucilene Soares de Souza, graduanda de Comunicação Social com
Habilitação em Jornalismo pela UNIME—ITABUNA.
3

SAÚDE
“ HOSPITAL DE NOSSA COARACI”
Com tristeza recebí a notícia que o Hospital da nossa Coaraci foi a leilão.
Reflexo e consequencia, sem dúvida, da crise que assola a nossa região e em
particular à nossa cidade. É a falência, infelizmente, da região cacaueira; e
falta de VERDADEIROS líderes políticos na região, o que sempre ocorreu,
infelizmente. Também não deixa de ser o preço alto que pagamos pela
monocultura do cacau, e a falta de incentivos do Governo Federal e Estadual
para outras atividades na agricultura, no agronegócio, pequenas e
médias industrias, mesmo as de fundo de quintal. Tudo isso por falta de
uma atitude mais forte e determinada dos políticos (ou politiqueiros?)
da nossa cidade. Não estou acompanhando a administração de
Josefina, (minha colega de primário na escola da saudosa professora Nair
Gomes e depois no Ginásio de Coaraci) pois estou em Teixeira de Freitas e
pouco tempo me sobra para ir à Coaraci, não somente pela distância -
aliás esta não considero - mas pelos afazeres da profissão.
Contudo, conhecendo a têmpera da nossa Prefeita, o perfil dos seus antepassados, aposto que fará (ou já está fazendo)
uma administração grandiosa, voltada sobre tudo para o bem estar daqueles menos favorecidos (creio ser a maioria
absoluta, infelizmente). Dentro das minhas limitações, coloco-me a disposição da alcaide para ajudá-la a resolver não
somente este problema do hospital, mas tanto outros. Ressalto que agora temos um filho da TERRA Deputado Estadual,
Cel. Gilberto Santana Filho, e sou testemunha do quanto ele ama Coaraci. Bom lembrar também que no Poder Judiciário
da Bahia contamos com a prestimosa Desembargadora Socorro Santiago. Na Justiça Federal o mestre Palo Pimenta (filho
do Mestre maior Dr. Fernando Pimenta. Na área de médicos Mitermayer, Antonio Carlos Moreira Lemos, Catulo, Valquiria
e tantos outros de igual importancia, como Antonio Carlos Nascimento, Mário Tavares, Luiz Carlos Moreira Lemos, Eli
Gomes, José Quito de Souza, Walter "Surubim", Manoel Humberto Moreira, e o próprio José Sérgio Gabrille, Preesidente
da Petrobrás, que é filho de Coaraci, e tantos, tantos outros que me fogem´`a memória nesta
instante. Por conseguinte, sugiro à nossa Prefeita que entre em contato com estes filhos de Coaraci e juntos, com
outras personalidades, inclusive a sociedade civil organizada de Coaraci, a Câmara de Vereadores, para,
JUNTOS, solucionarmos o problema. Lembro-me, que ainda no colégio primário em Dona Nair, um certo dia fomos assitir
ao lançamento da pedra fundamental para a construção do hospital, sim, este que está moribundo, e também
participaram alunos da escola da saudosa professora Efandil e também da professora Aline Reis; era um dia com chuva
fina; o acesso era mato e barro vermelho; subida íngrime e escorregadia, mas todos orgulhosos daquele momento, e nós,
estudantes primários talvez não soubéssemos vislumbrar, ainda, a importancia de tão grandiosa obra. Recordo-me, como
se estivesse neste instante voltando ao passado, e estou, com lágrimas nos olhos quando digito ou escrevo este
depoimento, que lá estavam, na linha de frente, homens com a visão futurista como Gilberto Lyrio, Temístocles, Joaquim
Barreto, meu avô Joaquim Moreira, Pastor Gessé, o grande Antonio Ribeiro Santiago, Vanderlino Clodoaldo de Almeida,
Walmiro de Jesus, Dr. Silvio Brito e muitos outros que a memória neste momento falha, e naquele dia, diante daquele
evento foi cantado o Hino
Nacional e logo em seguida, por iniciativa do formidável Santiago foi aberta uma Bandeira do Brasil e alí mesmo começu-
se a recolher dinheiro, numa forma simbólica mais de grande imaginação, para iniciar a construção do HOSPITAL DE
COARACI, que por vários dias guardou o meu pai, de saudosa memória, Colombo, em um dos seus leitos, como disse
a minha mana Tânia, como acolheu também vários outros parentes e amigos,aliás sempre socorreu a população de
Coaraci nos primeiros momentos, pelo menos.

Abraços, Roney Jorge Cunha Moreira <roneymoreira@tdf.com.br>.

CAPS/ COARACI – ATENDIMENTO HUMANIZADO

CAPS Centro de Atenção A equipe multidisciplinar é intensivos e 55 pacientes não-intensivos.


Psicossocial - É um serviço comprometida e capacitada para No ano de 2010 foram realizados 800 atendimentos, através
comunitário que tem a desenvolver o trabalho com o de atividades individuais e grupais. Oferecendo
responsabilidade de cuidar de ―doente mental‖. Composta por acompanhamento psiquiátrico e psicológico, realização de
pessoas que sofrem com psiquiatra Dr. Nelson Nunes oficinas (atividade física e grupo de convivência),
transtornos mentais severos e Pereira, psicóloga e atendimento psicopedagógico, visitas domiciliares, ações
persistentes ―Doente Mental‖. coordenadora Dra. Iracema comunitárias e orientação aos familiares.
O CAPS funciona mantido Cruz, preparadora física prof.ª Para ser atendido pelo CAPS/ Coaraci é necessário que a
pela Prefeitura Municipal de Monica Andrade Oliveira, pessoa sofra de transtorno mental severo e persistente, o
Coaraci, e futuramente será psicopedagoga prof.ª Maria cadastro é feito através de atendimento a uma demanda
credenciado pelo Governo Clara Amorim da Silveira, espontânea ou que seja encaminhado pelo sistema de saúde
Federal, atua com o novo técnico de enfermagem Wilson municipal.
modelo de assistência Jorge Ferreira, recepcionista e ―Mais do que máquinas, precisamos de humanidade. Mais do
psiquiátrica. Objetivando a secretária Márcia Sales Oliveira, que inteligência precisamos de afeição e doçura.‖ (Charles
reinserção social, a promoção auxiliar de serviço geral Claudia Chaplin)
da saúde e da qualidade de vida dos Santos Silva e guarda
dos seus usuários e familiares. municipal Emerson Limeira da
No CAPS, cada usuário tem seu Silva.
projeto terapêutico individual, O CAPS / COARACI atende as
construído por uma equipe pessoas com transtornos
multidisciplinar, considerando mentais, tendo hoje cadastrado
as competências e interesses de 130 pessoas, sendo 25 pacientes
cada paciente. intensivos, 50 pacientes semi-
4

REALIDADE
A CRISE DO CACAU

Texto de Luiz Cunha ( lcunha.ssa@gmail.com )


Em primeiro lugar, gostaria de questionar esse conceito “crise do cacau”. Normalmente, quando nos referimos a
crise, entendemos que seja um episódio pontual, momentâneo, circunstancial e que, portanto, num curto período de
tempo serão sanados seus efeitos e as coisas voltarão à sua relativa normalidade.
Entretanto, o que temos observado na nossa cacauicultura é um processo de mais de vinte anos de dificuldades
e que se agrava a cada ano, uma vez que os principais fatores causadores do problema, como a questão climática e a
doença vassoura de bruxa, continuam produzindo seus efeitos, ou seus estragos, na produção, sem que até o
momento possamos dispor de recursos tecnológicos para fazer frente a esta situação. Seria, portanto, mais
apropriado classificarmos essa realidade de falência ou semi-falência, ou ainda, quem sabe, de ocaso de grande parte
dessa atividade agrícola fundadora da “civilização do cacau” como bem disse o escritor Adonias Filho.
Com relação à vassoura de bruxa, embarcamos nos programas de combate a esta doença sobe a orientação
técnica da CEPLAC com o financiamento dos Bancos do Brasil e Bando do Nordeste, além dos recursos próprios.
Lamentavelmente, foi, no geral, mais uma grande frustração, sendo que a clonagem que acenava com plantas
resistentes à doença e aumento da produtividade ficou bastante a desejar em ambos os casos.
A questão climática tem a ver com o fenômeno do aquecimento global, e, na nossa região, a principal consequência
tem sido o aumento médio da nossa temperatura e a diminuição significativa dos índices de chuva, levando ao
extermínio grande parte das plantações de cacau e a diminuição da produtividade ainda existente.
Vale salientar que praticamos na nossa região um sistema agro-florestal denominado de “cacau cabruca”, herança
dos nossos antepassados, o que possibilitou a preservação de boa parte da mata atlântica original contribuindo
assim com a absorção do dióxido de carbono, gás principal causador do aumento da temperatura da terra, o
chamado efeito estufa.
O produtor tem ficado, portanto, a mercê de condições adversas, longe das suas reais possibilidades de superação, e
se não bastasse tudo isso, acumulando ao longo desses anos uma enorme dívida rural, a qual não tem tido ao menos
a capacidade de amortizar, ficando exposto, consequentemente, à execução, ou ameaças de execução, por parte dos
agentes financeiros.
Concretamente, hoje o principal patrimônio da cacauicultura é a preservação da flora nativa e das suas plantações, o
que, através dum estudo aprofundado, poderia ser convertido em moeda de troca, via crédito de carbono, que
permitisse saldar, pelo menos, parte das suas dívidas, haja vista que a preservação ambiental adquire cada vez mais
valor num mundo onde ainda são praticadas várias formas de agressão contra a natureza.
A propósito, em um artigo do deputado federal Jorge Khoury publicado no jornal A Tarde de 07/12/2010, ele
comenta que o Projeto de Lei PL.792 do deputado Anselmo de Jesus, que se encontra em tramitação final na
comissão de meio ambiente e desenvolvimento sustentável da câmera, defende uma remuneração para aqueles que
conservarem a biodiversidade, além das determinações legais em vigor.
5

Volume 1, edição 1
MEIO AMBIENTE Página 5

LIXO & SUSTENTABILIDADE NOS PEQUENOS MUNICÍPIOS

Lin Kan, Professor de Eng. Química, na saúde da população, exacerba os sociedade para contribuir no
Instituto Federal de Educação, problemas já existentes da drenagem gerenciamento e institui a seguinte
Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA urbana, contribui negativamente para ordem de prioridade no gerenciamento
-Salvador) a estética visual do município, criando do resíduo sólido: não geração; redução,
A melhoria do poder de compra dos um quadro de abandono e reutilização, reciclagem, tratamento de
brasileiros nos últimos anos induziu enfermidade crônica que suga a resíduos sólidos e por último a
paralelamente o crescimento da vitalidade dos residentes e das pessoas disposição final ambientalmente
geração de lixo. O Estado de São que visitam o município. adequado dos rejeitos.
Paulo (26/05/2010) divulgou que o A sociedade amadureceu e mudou
brasileiro produz tanto lixo quanto o durante os 20 anos que a nova lei Ao setor público municipal, a lei pede
europeu. A realidade refletida da tramitou no congresso. Hoje uma que o município desenvolva o Plano
questão do lixo é desoladora. Nas grande parcela da sociedade já Municipal de Gestão Integrada de
grandes metrópoles os problemas reconhece que fazemos parte do meio Resíduos Sólidos (PMGIRS) que deve
são agravados pela falta de gestão ambiente e que o meio ambiente atender os termos da Lei de Saneamento
pública e de liderança política; impacta em todos os aspectos da Básico (Lei 11445/2007) e do plano
enquanto nas cidades pequenas a nossa vida. Esse reconhecimento plurianual municipal.
incapacidade financeira combinada trouxe consigo a valorização da
com a falta de conhecimento técnico complexidade e da ampla gama de Para os municípios com menos de
e de gestão contribui negativamente problemas que inclui desde a extração 20.000 (vinte mil) habitantes, a lei
para a gestão do lixo urbano. de recursos naturais para o nosso permite que o plano tenha o conteúdo
A recém-aprovada Lei de Política desenvolvimento e crescimento até a técnico simplificado no formato de
Nacional de Resíduos Sólidos (Lei diluição dos nossos poluentes no solo, regulamento, mantendo os princípios e
12.305/2010) ratifica que a questão nas águas e na atmosfera que provoca objetivos da lei.
de lixo urbano é de competência a degradação do meio ambiente e a
municipal e cabe, só e somente, ao mudança de clima e das estações de A lei convoca a toda sociedade para que
município a iniciativa e liderança chuva. a educação/consciência ambiental seja
das ações. O papel do governo Essa lei tem vários instrumentos que enraizada, difundida e permeada em
estadual e federal têm sido de apoiar se forem implementados com todas as atividades quotidianas. Sem a
as iniciativas com programas de seriedade e prudência pode, e em compreensão total da
investimento capital, capacitação da muito, ajudar os municípios em interrelacionalidade entre o consumo e a
gestão e de assistência técnica. Na gerenciar e solucionar o problema do geração de lixo no momento atual e sem
visão atual, o manuseio apropriado lixo. A questão do lixo deixou de ser a mudança de comportamento e cultura
é uma questão de saúde pública e somente o manuseio pós-consumo no futuro próximo, será necessário
saneamento básico. A disposição quando muito pouco pode ser feito. A esforço herculiano para resolver a
inapropriada causa insalubridade lei invoca todos os segmentos da questão do lixo.

Energia e Ambiente: breve análise da potencialidade do município de Coaraci e


demais cidades da região cacaueira
Marcelo Santana Silva
Mestre em Energia (UNIFACS) e Doutorando em Energia pela UFBA
Professor do Instituto Federal da Bahia – IFBA, Campus Santo Amaro (antigo CEFET)
Email: marcelosilva@ifba.edu.br

A escassez do petróleo, a segurança energética nacional, o aquecimento global e o aumento do consumo


e do preço dos alimentos são problemas atuais da humanidade. As questões ligadas às energias
alternativas vêm ganhando muita importância e destaque no cenário político e econômico. É notório que
o petróleo tem sido a mola mestra da economia do século XX, mas a crescente preocupação mundial
com a dependência do petróleo nas matrizes energéticas mundiais tem levado a um grande esforço
internacional em desenvolver tecnologias para a produção e o uso de energias limpas, que decorre de
uma conjunção de fatores que favorecem a mudança para uma nova matriz energética de base renovável,
onde haja a substituição gradual do petróleo por matéria-prima renovável.
Atualmente, percebo que a nossa grande potencialidade para a oferta de energia renovável está voltada para a utilização de oleaginosas para a
produção de biocombustíveis, entre ele, o biodiesel. Temos como exemplo a Usina de Biodiesel que está sendo construída no município de Una/BA,
cuja matéria-prima utilizada será predominantemente o dendê, o Óleo de Gorduras Residuais – OGR (coletado nas cidades de Itabuna e Ilhéus) e de
outras matérias-primas provenientes das inúmeras cidades do interior, principalmente as mais próximas de Una, em razão dos custos logísticos e de
produção. Com o Programa Nacional de Produção de Biodiesel – PNPB, estas usinas de Biodiesel possuem o Selo de Combustível Social, com
direito a reduções de Impostos Federais e com vários benefícios nos financiamentos junto às agências bancárias. Com este selo a Usina tem que
comprar, por obrigação, no mínimo, 30% das matérias-primas junto aos agricultores familiares. O que está faltando para estas usinas são as
oleaginosas para produzir o biodiesel, pois as usinas estão comprando de outros Estados para atender a sua capacidade instalada, em virtude da sua
obrigação de entregar o biodiesel vendido nos leilões promovidos pela ANP.Na Bahia há cerca de 100 municípios zoneados, segundo último
Zoneamento Agroecológico da Palma (dendê), que é um instrumento de ordenamento territorial utilizado pelo Governo Federal para que o país
garanta a expansão do cultivo do dendê em bases sustentáveis. Este instrumento foi divulgado pelo Ministério da Agricultura, em 10/05/2010 pelo
Decreto 7.172, juntamente com o Programa de Produção Sustentável da Palma de Óleo. O município de Coaraci, e todos os nossos vizinhos
(Itajuípe, Ibicaraí, Itapitanga, Almadina, Floresta Azul, Itabuna, Ihéus e outros) estão zoneados. Isto é um ponto muito importante, porque o
financiamento para o agricultor só é liberado, se o município estiver zoneado. Segundo o IBGE, existem 761.528 estabelecimentos agropecuários, e
destes, aproximadamente 200.000 estão localizados no Sul e Extremo Sul da Bahia. Agora, imagine a quantidade de hectares de dendê, a geração de
emprego, o aumento da renda, a melhoria das condições ambientais, entre outras vantagens com a implantação desta cultura nestas regiões. Isto tudo
sem levar em conta que o plantio tem que ser em consórcio com outras culturas. Com o zoneamento, com o financiamento, com as técnicas agrícolas
adequadas e principalmente com a mudança cultural dos agricultores, entre outros fatores, a Bahia, em especial a região Sul, pode se tornar em um
dos melhores exemplos em termos de produção de dendê, cultura de fundamental importância na diversificação da monocultura cacaueira e da matriz
energética baiana, isto se forem adotadas as políticas públicas corretas e de maneira eficaz.
OPINIÃO E ÉTICA
6

RIO ALMADA

Para entender o Rio Almada e uma proposta de estratégia de


conservação
Quando se pensa em mostrar as comunidades ribeirinhas que vivem direta ou indiretamente desse importante corpo
hídrico da região do Território de Identidade Litoral Sul, deve-se compreender dentre a sua história, tradição e
vocação agrícola e de preservação da Mata Atlântica que o mesmo exerce, sendo um componente estratégico da Bacia
Hidrográfica do Leste. Então entendendo o contexto histórico, segundo documentos fornecidos pela Universidade
Estadual de Santa Cruz – UESC através do Professor Doutor Marcelo Mielke, oriundos da Mapoteca do Itamaraty no
Rio de janeiro, no qual descrito em um mapa (Carta Geográfica) datado de 1631, o Rio Almada é apresentado como um
dos componentes de grande influência junto com a Lagoa Encantada, o Rio Santana e o Rio das Contas como pontos de
localização para a navegação exercida pelos portugueses e demais povos daquele tempo. Pelo olhar da tradição que o
Almada exerce sobre seus povos e seus usos múltiplos, temos as grandes histórias descritas nos inúmeros fatos
narrados por seus grandes escritores, quer sejam conhecidos ou anônimos, mas que inegavelmente contribuíram para a
formação de um povo que vive em crise de identidade sendo forçado a sair da sua região de origem por falta de um
desenvolvimento sustentável que atenda as demandas locais. Observando e respeitando a aptidão agrícola das suas
terras que formam o leito dessa bacia, onde a lavoura cacaueira tem um predomínio em grande escala e foi responsável
por inúmeros crimes ambientais contra o patrimônio genético da Biodiversidade local, o sistema de implantação das
roças de cacau no raleamento da Mata Atlântica, denominado Cacau-Cabruca. Devido a esse contexto, essa lavoura
conseguiu destacar famílias e agregar riquezas, onde o Almada teve fundamental contribuição para a preservação da
floresta Atlântica tanto na parte das galerias (matas ciliares) como nas áreas de altitudes (Serra da Palha, dos Cabritos,
da Mangueira, do Corcovado, do Chuchu, dos Macacos e etc), pois a lavoura se desenvolvia melhor com um
sombreamento oriundo das essências florestais nativas da Mata Atlântica. Então citando todos esses valores econômico
-ambientais desse recurso natural, que hoje, visto da Ponte da Avenida Rotary em Coaraci, agoniza por falta de uma
política pública municipal direcionada para o rio que já está previsto no orçamento do governo do estado através do
Plano de Manejo para a Região de Planejamento das Águas (RPGA) do Leste em poder do Instituto de Gestão das
Águas e do Clima da Bahia (INGA). Como estratégia de conservação, foi realizado um Termo de Referência (TR) para a
construção do Plano de Manejo que será contratado em 2011 pelo governo do estado para solucionar diversos
problemas, tais como: Abastecimento humano; tratamento dos esgotos em 100% da área do rio que corta a zona
urbana; Manutenção da carga hídrica e preservação através de um programa de proteção das áreas de
mananciais e etc. Para que estes planos citados tenha o poder de transformar uma realidade de desrespeito a nossa
fonte da vida que é o RIO ALMADA, faz-se necessário que um programa de EDUCAÇÃO AMBIENTAL MUNICIPAL, seja
encampado pela sociedade civil organizada (Cooperativas, Associações, ONG’s, OSCIP’s e etc) juntamente com o poder
público (Prefeitura e Secretaria de Meio Ambiente de Coaraci) para a efetiva mudança nesse paradigma de maus tratos
ao nosso bem maior canalizador de recursos NÃO-REEMBOLSÁVEIS (o velho a fundo perdido). Dentro desse município
existe um membro do Comitê das Bacias Hidrográficas do Leste - CBHL que é a ONG Ambiental – Instituto Viver da
Mata, que vem realizando ações pontuais na preservação do Rio e participou junto à elaboração do Termo de Referência
para o Plano de Manejo da RPGA do Leste, que do qual conclama toda a população desse município através desse
veículo importante de informação a unirmos nessa luta que é de todos nós.
Por Ércio Araújo – Coordenador Geral
ONG Ambiental – Instituto Viver da Mata
Membro do CBHLeste, da APA da Lagoa Encantada e Rio Almada, do Parque Estadual Serra do Conduru - PESC.
7

CULTURA

Cinema - A imagem em movimento


Foi em Paris, França, que ele foi criado. Muitos inventaram formas de dar movimento à imagem, outros
inventaram formas de projetar o filme em paredes ou telas, mas foram os irmãos Lumière, em 1895, que
estabeleceram a preciosa relação entre filme e espectador, assumindo assim, sua paternidade. O advento do
cinema ocorreu com os cinetoscópios. Bastava pôr um centavo numa fenda e olhar por um visor para
deliciar-se com Fátima, a dançarina do ventre que causou sensação na época. E quem poderia imaginar que
a novidade se tornaria a maior indústria de entretenimento que o mundo jamais conheceria e a nova forma
de arte do século XX?
Hollywood dominou a indústria cinematográfica mundial desde os anos 20, mas não foi – e não é – o único
produtor em um mercado verdadeiramente global. Graças à enorme gama de produções de mais de 50
países, com filmes tão diversificados quanto às culturas que os geram, o cinema é a arte mais internacional
e a indústria que absorve cada vez mais nações.
Atualmente, a indústria cinematográfica mundial tem um novo grande desafio: a internet. O download
digital de filmes e a exibição on-line tornaram-se uma realidade amaeaçadora, impulsionando a
pirataria generalizada e o colapso do cinema. Hoje mais filmes vão às pessoas do que as pessoas vão
aos filmes. E assim, a indústria cinematográfica vai aprendendo a se adaptar às novas tecnologias e ao
novo mercado – formal e informal.
Ainda assim, apesar de tudo, seja num celular ou numa tela grande, é a qualidade do filme – direção,
roteiro, cinematografia, atuação – que surpreende, provoca e delicia o público. Além do mais, nada
supera a emoção coletiva de uma platéia!
Joana Cunha,Mestre em Multimeios e Artes, UNICAMP - São Paulo.

BONSAI UMA ARTE MILENAR

O nome "Bonsai" é japonês, e a tradução literal da palavra é "plantado em bandeja" e por isso, nunca deve
ser utilizada no plural.
O Bonsai iniciou-se na China durante a Dinastia Tang (séc. II dc.) e foi difundida pelos Monges budistas
onde acreditavam que quando conseguissem manter bonitas e saudáveis as árvores em bandejas elas
retribuiriam com longevidade, energia e sabedoria.
Chegando ao Japão por volta do século XII esta fascinante arte contagiou uma parte da população e em
meados do século XIX foram estabelecidos os princípios estéticos baseados no equilíbrio, simetria,
medidas e no triângulo escaleno
No Brasil o bonsai chegou com a imigração japonesa no ano de 1908 ficando restrito à colônia japonesa
difundindo-se a partir do final do século
Em vários países além de Arte o bonsai é utilizado como terapia, como profilaxia mental para relaxar após
um dia estafante de trabalho.
Cultivar bonsai é uma forma de estar sempre próximo da natureza, lembrando que para uma árvore estar
saudável precisa de água, sol e adubação regular, afinal na natureza as raízes buscam alimento no solo, já
em um vaso existe a limitação, cabendo ao cultivador fornecer os alimentos necessários para manter sua
saúde e produção de flores e frutos quando for o caso.
O bonsai trabalha tanto o bonsaísta quanto o bonsaísta trabalha o bonsai, geralmente nos tornamos
pessoas mais pacientes e tolerantes, sem contar que a contemplação do belo nos dá alegria e satisfação.
Glauco Bastos
8

GENTE
Maria Anita do Vasco
Ela se reconhecia assim: “Do Vasco”. E assim reconhecida pelos amigos.
E muitos os foram, torcedores ou não do seu querido time. A maior Vascaína de todos os
tempos.
Hospedou Roberto Dinamite, Romário e o time na sua formosa pensão de Coarací. A sua
maior glória.
Minha primeira lavadeira em Coarací.
Quando me soube torcedor ferrenho do clube da cruz de malta e admirador, como ela, do
cantor Orlando Silva, para nós o maior cantor do Brasil de todos os tempos, pronto!
Cultivamos, anos sem fim, um amor leal, sincero, intenso, imorredouro. Amor vascaíno.
Nossa amizade persiste, o Vasco sobrevive e a voz de Orlando Silva ainda é ouvida.
Repouse em paz, grande guerreira. A lembrança é de sua querida cidade, pranteando a sua
falta. Insubstituível
A saudade está contida aqui dentro de peito do seu grande amigo, minha grande e querida
“eleitora”.
Logo depois do desenlace encontrei aqui no Largo Dois de Julho com Nino. Ele me fitou e
disse: Acabou a torcida do Vasco.
- Nem tanto Nino.
Quem conviveu e quis bem àquela torcedora não vai deixar cair a bandeira
tremeluzente da muito querida Maria Anita - Do Vasco
Sincera homenagem do amigo
Eldebrando Moraes Pires

JOAQUINZINHO, UM HOMEM A SER LEMBRADO

Há alguns meses escrevi sobre dois personagens que povoaram as minhas lembranças e citei, apenas como
referência, o nome de uma das mais importantes personalidades da religiosidade e da cultura de Coaraci.
Nascido Joaquim França e conhecido pela alcunha de Joaquinzinho, era um homem de baixa estatura física, mas
um gigante pela força dos seus Orixás. Era modesto e ao mesmo tempo poderoso. Chegou a Coaraci trazendo na sua
bagagem os ensinamentos e a sabedoria dos antepassados africanos da nação Ketu - um local histórico, hoje
República do Benin situado na Africa Ocidental.
O seu Dijina era Ossanha Katendê. Um nome poderoso, condizente com o sacerdote fiel e devotado que o Pai de
Santo sempre foi.
No início da sua caminhada sofreu a perseguição reservada aos sacerdotes da religião de matriz africana. Pela
intolerância da ápoca, chegou a ter o seu primeiro terreiro incendiado, este localizado no alto da Colina.
Mesmo assim, o pequeno grande homem não se deu por vencido, continuou resoluto para fazer cumprir a sua
missão. Instalar o seu Axé na cidade de Coaraci.
Por fim a força da fé e a determinação subjugou a intolerancia e o preconceito. Joaquinzinho firmou-se como um
babalorixá respeitado na cidade. O querido Pai de Santo poderia até ter proferido a famosa frase latina supostamente
dita pelo general e cônsul romano Júlio César em 47 a.C "Veni, vidi, vici". Pois se saiu vitorioso na sua batalha.
Depois de tantas lutas conseguiu fixar-se na rua Vasco da Gama, ao fundo da minha tão querida Francisco Andrade
e às margens do rio Almada, onde ali mesmo deitava suas oferendas para os orixás das águas doce, como Oxum.
Todas as festas do terreiro eram rituais de extrema beleza e a mais bela de todas era a festa principal da casa. A
festa consagrada a Oxóssi, o orixá da caça e da fartura, realizada no dia 23 de abril.
O Sr Joaquinzinho não era apenas um sacerdote da religião de matriz africana, era também um incentivador e
participante ativo da vida cultural da cidade.
A nobreza e a elegância do seu afoxé era um espetáculo a parte nos micaretas e ele nunca se negou a dar sua parcela
de contribuição aos eventos culturais realizados em Coaraci.
Quando o afoxé de Joaquinzinho passava, todos paravam e admiravam a sua imponência e beleza. Os ogans tocando
seus instrumentos, uns com vestes representando seus orixas e outros de indios. As Iaôs com suas indumentárias,
portando belos estandartes, mas todos entoando seus lindos cânticos sagrados.
Era com essa beleza plástica que o Afoxé Filhos de Ogum desfilava pelas ruas de Coaraci.
Foram tantos os filhos e filhas de santo feitos pelo mais famoso babolorixá de Coaraci que, segundo informações
ultrapassam os 200, espalhados pelo mundo a fora dissiminando os ensinamentos e a sabedoria desse grande
sacerdote.
Carlos Bastos Junior ( China)
9
EDUCAÇÃO FÍSICA E LAZER

Educação Física: Uma nova Educação Física, e seus temas específicos


A Educação Física não é apenas composta de atividades físicas,recreativas e esportivas, mas traz no seu corpo os
conhecimentos sobre a cultura da saúde, e da cidadania. Elementos históricos, políticos, pedagógicos, filosóficos que
devem ser estudados na Escola, nas aulas teóricas, levando à compreensão de si mesmo e do mundo a sua volta.A
Educação Física deverá contribuir para a consciência do aluno referente ao saber e aprender e a escolher e ser capaz de
julgar valores das atividades físicas, e entender seus benefícios.
Um tema importante é a Promoção da Saúde (Faria Júnior, 1991), considerada como um conjunto de idéias capazes de
ampliar a discussão do binômio exercício-saúde, de reconhecer o seu conceito multifatorial e a sua relação com a prática
regular de atividade física, além de possibilitar à EF um papel na educação para a saúde dos alunos, um dos aspectos
principais a ser tratado na EF escolar (Mota, 1992).
A História é um dos aspectos relevantes no trato de qualquer conteúdo da EF escolar. Por possibilitar a apresentação dos
antecedentes que originaram as formas atuais constituintes da cultura corporal do movimento, esclarecer os significados
que estas formas tiveram ao longo do tempo, outro aspecto importante é o técnico refere-se a como "fazer" a atividade,
entendendo-a como produto sempre inacabado, passível de (re)construção a cada nova experiência da aula, a competição
constitui-se em temática relevante a ser problematizada na Educação Física escolar. A Valorização da participação, vem
demonstrando que a freqüência e o interesse pelas aulas de EF tende a crescer após a adoção de práticas pedagógicas com
ênfase na inclusão e na minimização da competição nas atividades.
Os conhecimentos sobre o corpo em movimento, tais como a fisiologia do exercício, os mitos relacionados aos exercícios
veiculados no quotidiano, as dicas para a prática correta de exercícios; as qualidades físicas e sua importância no dia a
dia, são temas que podem permear a prática de diferentes elementos da cultura corporal e já trabalhados por professores
com sucesso na escola (Devide, Rizzuti, 1999). Finalmente o desenvolvimento de aulas mistas em que surjam situações-
problema para a discussão das diferenças de cunho sócio-cultural e biológico entre meninos e meninas na prática de
atividades físicas é uma possibilidade para se trabalhar.
Neste sentido, a EF pode e deve proporcionar a vivência e a discussão sobre o movimentar-se, a partir dos conteúdos da
cultura corporal de movimento (esportes, danças, lutas, jogos, ginástica), nos diferentes momentos e situações das aulas.
Paulo S.N.Santana

16 ª FestCoaS – A terra do Sol na Baia de Todos os Santos


Outra vez o sol brilhou mais Oliveira subiu ao palco e nos deixar de ser, elas continuaram
intensamente em terras da Cidade brindou com uma música feita aprontando e homenagearam o
de São Salvador da Baia de Todos os especialmente para homenagear a nosso querido Mitermayer Galvão.
Santos. Não era o Dois de Julho e festa.
sim um prazeroso 20 de novembro. “Ninguém mais me segura, mano
Dia da 16ª FestCoaS, festa de
Coaraci em Salvador. Momentos de
congraçamento e cumplicidade,
onde alegria emana em cada rosto,
cada gesto, cada abraço e cada
beijo, numa demonstração mais
pura do que é gostar de estar junto.
Assim somos nós coaracienses, os
filhos da terra sol.
A festa foi realizada na sede da
ASBAC - Associação dos Servidores
do Banco Central onde houve Dessa vez eu vou, eu vou, ô, ô “Nós gostamos mesmo é de
momentos constantes de plena Pra Festa de Coaraci em homenagear”, disse Nanci para
harmonia e satisfação, tornando o Salvador” justificar mais uma surpresa
espaço pequeno para tanta emoção. Outro momento surpreendente foi preparada pelas quatro.
a homenagem que a festa fez a A festa ia rolando e entre papo e
três filhas de Coaraci, elas que outro, um gole de cerveja e outro
sempre aprontam homenageando que saudosos moradores da Rua
alguém a cada encontro, esse ano Francisco Andrade resolveram tirar
foram surpreendidas, foram as fotos como se para guardar num
homenageadas. Três meninas álbum de recordações e lembrarem
adoráveis Sonia, Nanci e Nide. dos tempos em que eram todos
Mas assim como na estória Os vizinhos e faziam daquela rua uma
três mosqueteiros, de Alexandre das mais belas da cidade. Foram
Dumas, não são apenas três. As muitos momentos de boas
três meninas na realidade são recordações e alegria. Serão sempre
quatro, Tânia Moreira é a bem vindos amigos!E assim
Foi contagiante quando nosso D'Artagnan do grupo a quem aconteceu mais uma FestCoaS
querido amigo e conterrâneo Dido também estendemos as nossas Carlos Bastos Junior (China)
homenagens.E como não poderia Dez. 2010
10

EDUCAÇÃO

2011 : LÁ VEM A PROVA BRASIL DE NOVO !


Os Professores da Educação Básica Municipal de Coaraci são , “... idealistas que olham pela janela,
veem as rosas murchas e, ainda assim, ficam felizes porque conseguem enxergar as sementes”.
Talvez essa afirmação_ adaptada do educador-pensador brasileiro Gabriel Chalita_ resuma a atual
situação dos docentes municipais e justifique a satisfatória colheita dos Índices positivos no IDEB
coaraciense. Dos argumentos usados para justificar o desempenho do município no último IDEB, nenhum
é mais importante do que o “insumo” Professor. Refiro-me ao professor-regente, professor-coordenador,
“professor-decente” que: sobe as ladeiras, enfrenta os dias de chuva nas escolas da periferia, recebe os
desacatos dos alunos, lida com a antiga e recente indiferença política em relação ao Plano de Cargos e
Salários da Educação, e _ ainda assim_ levanta a cabeça e vai à Universidade em busca de formação
adequada e continuada, indispensável a uma educação de qualidade. Você segue em frente,Professor! Seja
para UESC, FTC, UNIUB...; seja universidade financiada ou através de projetos_ Plataforma Freire, ajuda
de custo do município -FUNDEB- ou do parco salário, e, corajosamente, comparece todo fim de mês ao
Setor Pessoal para assinar seu contra-cheque com um salário ...
2011 será ano de realização da PROVA BRASIL, que é aplicada em anos ímpares nas turmas de 4ª
série/5º ano e 8ª série/9º ano, constituindo-se no principal indicador do IDEB _ Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica que avalia a educação em todo país. É você, Professor quem faz e
fará do IDEB de Coaraci o que a sua hombridade como educador, educadora lhe determina.
A Prova Brasil é para o aluno, mas o “APROVA COARACI” está na sua tarefa , professor. Você que ao
olhar o campo da educação coaraciense a ser arado, percebe que as sementes são mais importantes do
que os índices e as intenções. E segue regando cada semente na certeza de que sua alma vai além do seu
salário.
Dedico este texto ao colega “Tuca”_ profº Ednaldo Reis _ “cansável” guerreiro dos números em prol da
educação coaraciense.
Profª Maria Angélica Gonsalves da Cruz Cerqueira _ Coord. Da Área de Língua Portuguesa

VESTIBULAR E VERÃO :entre o dever e a tentação !


Eis que é verão no Brasil e junto com ele não vem só o calor dos dias
ensolarados. Vem também a maratona de vestibulares espalhados por todo o país. Para os estudantes pré-
universitários de Coaraci não é diferente.
É tentador para a galera pré-vestibulanda “normal”, manter-se alheia aos apelos dos afazeres de
verão: praias, festas, confraternizações,cinemas, TV até “altas horas”, “bater resenha” na praça da igreja,
MSN por tempo ilimitado, namoro... O que já não é problema para os conhecidos “cdf’s”(leia-se:
“candidatos dedicados e fervorosos” (rsssssssss).
Brincadeiras à parte, para todos nós é verão, mas para você “bicho” vestibulando(a) é tempo de:
ralar os cílios nos livros = leitura direcionada às obras e roteiros indicados pelas universidades;
navegar horas nos sites especializados em vestibulares; frequentar as revisões dos cursinhos as dicas
vão ajudá-los a “se dar bem”; assistir a jornais diários de bom conteúdo questões de atualidades abordam
acontecimentos recentes veiculados pelas tv’s, jornais, revistas eletrônicas e impressas; (gravura de TV )
pescar (ler)matérias importantes do jornal A TARDE líder de preferência nas questões da CONSULTEC
responsável pelas provas da UESC e outras Universidades Estaduais ; reservar um tempinho para realizar
atividade física ( academia, caminhadas, Yoga, andar de bike...beber água com frequência durante o dia ( já
sabem bem o porquê); ingerir alimentos leves e naturais, ricos em vitaminas, proteínas e sais minerais,
mantendo o funcionamento normal do organismo evite alimentos excessivamente gordurosos;
Ouvir “música” para descontrair ... relaxar um pouco. Afinal, você não é de ferro!
Conjugar NO TEMPO PRESENTE E NA 1ª PESSOA DO SINGULAR, todos os verbos acima já é um
caminho. E no mais : SUCESSO! BOA SORTE! FELIZ JORNADA, GALERA !
Pró Angélica
11

ADULTIZAÇÃO É CONFUDIDA
COM EVOLUÇÃO

Adultização é Confundida com Evolução


A adultização é a tentativa da criança em se tornar adulta precocemente. Não é encarada como uma doença, mas algo
para se ter cuidado, pois para alguns leigos esse processo é classificado como "evolutivo". Segundo a psicóloga Samara
Pitombo, que trabalha na área há quase 20 anos, as crianças passam por esse processo a partir do momento que tentam
transpor etapas, gerando uma discreta patologia que se torna nociva devido o desequilíbrio na harmonia das fases da
vida. Muitas vezes a própria família exige o cumprimento de uma série de responsabilidades inadequadas para a criança,
por isso é importante a atenção, pois o processo de adultização na maioria dos casos tem relação com as pressões
familiares.

Só bonito ou anormal?

As crianças de hoje estão cada vez mais vaidosas e exigentes, querem roupas e acessórios de adultos, sandálias de salto,
unhas pintadas e muita maquiagem. No entanto, é preciso muita atenção dos pais para identificar até que ponto isso é
apenas "bonitinho" e quando isso acaba se tornando uma rotina. Verifica-se também nesses pequenos adultos o
sedentarismo em uma fase de muita energia, hoje em dia muitas crianças passam a maior parte do tempo no computador
ou em frente à TV, algo nocivo quando se torna o único lazer. Criança precisa pular, andar de bicicleta, brincar na areia,
entre outras atividades que contribuem para uma vida mais saudável.

Velhas Crianças
Atualmente é muito comum ver crianças e adolescentes caracterizados como adultos, seja na forma de agir ou de vestir.
Usam o celular constantemente, querem sair à noite com pessoas de sua idade ou mais velhas, preferem roupas que
estão na moda, sapatos e sandálias com salto, acessórios que combinem com a vestimenta, sem contar a preocupação
com a maquiagem, as unhas, a escova no cabelo e as visitas a clínicas de estética.

Barbára Oliveira e Lílian Cavalcante, graduandas de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela
UNIME- ITABUNA.
12

APOIO:
BANANACAFÉ
(Bar de Maria)

*SINTRAN

*EBDA

*SMED(Coaraci)

ALCIF(crédito)

PATROCINADORES
Funcionários do B Brasil

Você também pode gostar