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2018
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de Fevereiro de 1998. É proibida a duplicação ou reprodução deste volume ou qualquer parte deste livro, no
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permissão expressa da Editora.
ISBN 978-85-54815-05-9
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Autores
Coordenadora
Doutoranda (Aluna bolsista da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB)) e Mestre em Edu-
cação pelo Programa de Pós-graduação em Educação(PPGE) da Universidade Federal da Bahia (UFBA); Gra-
duada em Pedagogia pela Universidade Católica do Salvador (UCSAL). Pós-Graduada em Didática no Ensino
Superior e em Psicopedagogia com ênfase na Epistemologia Convergente de Jorge Visca. Membro Associada e
Titular da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp) e Pesquisadora da área de Formação de Professo-
res, Políticas Públicas, Educação Inclusiva, Psicopedagogia. Atua na Formação de Professores. Professora As-
sistente do Departamento de Ciências da Educação (DCIE), Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC, 2005),
pesquisadora da área de Formação de Professores, Políticas Públicas, Educação Inclusiva, Psicopedagogia.
Atua na Formação de Professores. Membro Associada e Titular da Associação Brasileira de Psicopedagogia
(ABPp).
Mestre em Inovação Pedagógica pela Universidade da Madeira ( UMa) Funshal. Pós graduada em Neuropsi-
cologia pelo Instituto Brasileiro de Pós- Graduação e Extensão- IBPEX. Especialista em Psicopedagogia Trans-
cidisciplinar pelo Instituto Superior dw Educação Ocidemnte- ISEO; Especialista em Formação Pedagógica
para Educação Inclusiva- FORPEI/UESC. Especializada em Atendimento educacional Especializado na área
de educação de surdo pela faculdade de Uberlândia. Graduada em Pedagogia pela Uesc. Professora de AEE
área de avaliação Psicopedagógica. Coordenadora educacional do colégio Municipal Cândido Romero Pessoa-
CMCRP- Una- Ba
Graduado em Pedagogia pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Mestrando em Educação.
Especialista em Docência no Ensino Superior. Coordenador Pedagógico efetivo da Prefeitura Municipal de São
Francisco do Conde – Bahia. Desenvolve estudos e pesquisas nas seguintes temáticas: formação de professo-
res; aprendizagem da docência; base de conhecimentos pro昀椀ssionais para o ensino e casos de ensino como
instrumento formativo e investigativo.
Mestre em Educação pela Universidade Federal da Bahia - UFBA; Psicopedagoga Institucional, Clínica e Hos-
pitalar pela Gastão Guimarães e especialista em Neuropsicologia. Formação inicial em Licenciatura em Peda-
gogia pela Universidade Estadual de Feira de Santana-UEFS. Experiência com palestras e apresentações ao
público na área de gerontologia educacional, arte-educação, coordenação, di昀椀culdades de aprendizagem,
educação infantil, ensino superior, psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem, neuroeducação, neu-
rociências e neuropsicologia. Como também, tem atuação com educação básica (educação infantil e ensino
fundamental), atuação em coordenação de educação infantil , ensino fundamental e médio. Atuação em
ensino superior e tutoria EAD.
Doutora em Educação - Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Mestre em Família na Sociedade Contempo-
rânea (UCSAL). Especialista em Metodologia e Docência do Ensino Superior (UNEB). Licenciada em Pedagogia
(UCSAL). Professora Adjunta da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - UNI-
LAB. Pesquisadora dos Grupos: Família, (auto)biogra昀椀a e poética da (UCSal) e Psicanálise e Representações
Sociais - Geppe-rs (UNEB). Atuou como professora na Educação a distância de 2005 a 2016. Tem experiência
na área de Educação, com ênfase em Didática, Política e Educação, Educação Brasileira, Gestão e Prática de
Ensino, Avaliação, atuando principalmente nos seguintes temas: Ensino a distância, Políticas Públicas, Gestão,
Fundamentos e Metodologias na área de Educação, Metodologia da Pesquisa e Prática Pedagógica.
Graduada em Pedagogia Universidade Estadual de Feira de Santana. Pós graduada em Gestão, Coordenação e
Orientação Educacional pela FACCEBA. Pedagoga Empresarial com experiência em RH de Industria e Consulto-
rias. Atualmente atua como Especialista em Educação na Secretaria Municipal de Feira de Santana (Servidora
Pública) e Professora Convidada do Programa de Formação de Professores (PARFOR) na Universidade Estadual
da Bahia (UNEB) e na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Possui experiência na área educacio-
nal, treinamento e desenvolvimento de pessoal, atuando principalmente nos seguintes temas: docência no
Ensino Superior, formação de professores, capacitação pro昀椀ssional e diagnóstico organizacional.
Formada em Pedagogia pela Universidade Estadual de Feira de Santana, especialista em Psicopedagogia, Ges-
tão, Orientação e Coordenação Pedagógica, Neuropsicologia - todas pela Visconde de Cairu. Autora do livro
Funções Executivas e Aprendizagem - O uso dos jogos no desenvolvimento das funções executivas - Editora 2B.
Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Estadual de Feira de Santana, Especialização em Alfa-
betização e Mestrado em Desenho, Cultura e Interatividade pela mesma instituição. É professora substituta
na Universidade Estadual de Feira de Santana e coordenadora pedagógica da Educação Infantil - Secretaria
Municipal de Educação de Feira de Santana. Tem experiência de 22 anos na área de Educação. Já atuou, tam-
bém, no Programa AABB Comunidade e foi formadora de professores alfabetizadores de um programa do
MEC (PROFA) em parceria com a Secretaria de Educação do município. É uma das autoras do livro 'Educação,
Tecnologias e Representações Sociais'. Atuou como professora formadora do Programa Pacto Nacional pela
alfabetização da idade certa do Governo Federal.
Graduada e Mestre em Letras Vernáculas – UFBA. Docente da Universidade Salgado de Oliveira. Coordenadora
do departamento de Língua Portuguesa do Colégio Anglo-Brasileiro.
Graduado em Matemática e Letras Vernáculas. Mestrando em Matemática pela Universidade Federal da Bahia
(UFBA).
Engenheiro da Computação pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), mestrando em Ciências
da Computação pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e desenvolvedor de soluções web e mobile pela
Maqhin Soluções Tecnológicas.
Apresentação
O livro 600 Questões Comentadas de Provas e Concursos em Pedagogia é o mais organizado e completo
livro para Pedagogos que desejam ser aprovados em concursos no Brasil. A presente obra foi redigida a partir
do uso de 4 premissas didáticas que julgamos ser de fundamental importância para todo estudante que
almeja ser aprovado em um concurso:
1. Questões comentadas, alternativa por alternativa (incluindo as incorretas), por autores especializados.
2. 100% das questões são de concursos passados.
3. Questões categorizadas por grau de di昀椀culdade sinalizadas de acordo com o seguinte modelo:
FÁCIL
INTERMEDIÁRIO
DÍFICIL
O livro 600 Questões Comentadas de Provas e Concursos em Pedagogia será um grande facilitador para
seus estudos, sendo uma ferramenta diferenciada para o aprendizado e, principalmente, ajudando você a
alcançar o seu objetivo.
Bons Estudos
Georgito Arouca
Editor
Sumário
12
Organização e
1 Planejamento Pedagógico
tinuamente, pois enquanto produto é, também, pro- fortável para arriscar-se, atravessar um período de
cesso, incorpora ambos numa interação possível”. instabilidade e buscar uma nova estabilidade em
função da promessa que cada projeto contém de es-
Resposta: Ⓔ tado melhor do que o presente” (p. 57-58). Na cons-
trução do processo de mudanças, “envolve riscos
03. Questão durante um período de instabilidade e de busca de
melhores resultados”, sobretudo porque “contém o
(CEFET/RJ - CESGRANRIO - 2014) Considere as seguintes ca- desejo de um resultado melhor do que o encontrado
racterísticas: no presente”. Ademais, o planejamento participativo
“explicita intenção frente a determinadas di昀椀culda-
• supõe rupturas com o presente e promessas des e torna visíveis os campos de possibilidades dos
para o futuro; sujeitos envolvidos”, promovendo assim, a partir de
• signi昀椀ca a tentativa de romper com uma reali- ações da coletividade, a mudança que se espera.
dade já dada, a 昀椀m de construir algo novo; Alternativa B: INCORRETA. Esta opção não atende a
• envolve riscos durante um período de instabili- solicitação da questão, se considerarmos que a ava-
dade e de busca de melhores resultados; liação diagnóstica tem por 昀椀nalidade fazer uma aná-
• contém o desejo de um resultado melhor do lise preliminar da realidade, buscando identi昀椀car a
que o encontrado no presente; situação real e as possibilidades de ação. Por si só
• explicita intenção frente a determinadas di昀椀- a avaliação diagnóstica não muda a realidade e não
culdades; “supõe rupturas com o presente e promessas para o
• torna visíveis os campos de possibilidades dos futuro”. A avaliação diagnóstica não é contemplada
sujeitos envolvidos. pelas características citadas.
Alternativa C: INCORRETA. Opção inválida. Tendo
Tais características se referem a em vista que as utopias pedagógicas trazem ideais
e propostas distantes da realidade, evidenciam um
Ⓐ Planejamento Participativo querer longe de ser alcançado/efetivadas, é possível
Ⓑ Avaliação Diagnóstica a昀椀rmar que os aspectos citados não caracterizam as
Ⓒ Utopias Pedagógicas utopias pedagógicas, sobretudo porque são caracte-
Ⓓ Temas Transversais rísticas possíveis de efetivação a curto prazo.
Ⓔ Currículo Oculto Alternativa D: INCORRETA. As características descri-
tas não trazem a especi昀椀cidade dos temas transver-
Grau de Di昀椀culdade sais, os quais são propostos pelos Parâmetros Cur-
riculares Nacionais - PCN para expressar conceitos e
Alternativa A: CORRETA. Esta é a alternativa que valores básicos voltados à democracia, à diversida-
melhor contempla a solicitação da questão. As ca- de e à cidadania (descritas em 06 temas), abordando
racterísticas citadas acima são comuns à prática questões importantes e urgentes para a sociedade
do planejamento participativo, o qual é concebido, contemporânea. Embora os temas transversais,
segundo Dalmás (1994), como um processo que en- tragam uma perspectiva que visa romper com o
volve as “[...] pessoas como sujeitos, a partir de sua currículo fechado que predominou em décadas
elaboração e com a presença constante na execução passadas, o papel da escola ao trabalhar os temas
e avaliação... visando o desenvolvimento individual transversais, segundo os PCN, é facilitar, fomentar e
e comunitário” (p. 27). Tal perspectiva “supõe rup- integrar as ações pedagógicas de modo contextuali-
turas com o presente e promessas para o futuro”, zado, trazendo a possibilidade da interdisciplinari-
por buscar superar a visão de planejamento como dade e transversalidade, com a intenção superar a
ritual burocrático e apontar a possibilidades de fragmentação do conhecimento.
transformação social; com isso busca “romper com Alternativa E: INCORRETA. Esta alternativa não con-
uma realidade já dada, a 昀椀m de construir algo novo”, templa a solicitação desta questão, haja vista que as
sobretudo porque, conforme destaca Gadotti (2001) características descritas não atendem a especi昀椀ci-
“projetar signi昀椀ca tentar quebrar um estado con- dade do currículo, especialmente porque o currículo
oculto refere-se às diversas in昀氀uências que afetam o movimento em que se transforma ao transformar
aluno e o professor, representando tudo que apren- a prática numa perspectiva de construção de uma
dem diariamente, em meio às práticas, atitudes, práxis transformadora, “[...] pela autêntica união da
comportamentos, percepções que são vigentes no ação e da re昀氀exão... a atividade prático-crítica, fer-
meio social. É tratado como oculto por não apare- tilizada pela re昀氀exão teórica”, portanto, carregada
cer no planejamento da escola e do professor e, por de sentido, de signi昀椀cado, de intencionalidade, e
vezes, nem é percebido ou analisado pelos sujeitos uma teoria provocada, desa昀椀ada pelas questões da
que constituem a escola. prática” (p. 159). Na verdade, o grande desa昀椀o é a
tão desejada articulação entre teoria e prática: “[...]
04. Questão enquanto unidade contraditória, uma exige a outra,
uma nega a outra, e nesse movimento, ambas se su-
(UFAM/AM - COMVEST - 2014) No pensamento de Vascon- peram na atividade concreta do educador” (p. 159).
cellos (1998), o processo de mudança da prática edu- Alternativa B: INCORRETA. Para Vasconcelos (1998),
cacional envolve três aspectos a serem observados dos três aspectos a serem observados pelos profes-
pelos professores, quais são eles? sores na mudança educacional podem ser destaca-
das a “di昀椀culdade de alterar a prática e o papel da
Ⓐ A di昀椀culdade de alterar a prática, o papel da re- re昀氀exão” - conforme análise da alternativa A, porém
昀氀exão e a perspectiva de construção de uma práxis a articulação com a família, embora seja um aspec-
transformadora. to importante, não pode ser tomado como aspecto
Ⓑ A di昀椀culdade de alterar a prática, o papel da re昀氀e- de mudança observado pelo professor por não estar
xão e a articulação com a família. diretamente no campo da ação/da sua prática. Os
Ⓒ A di昀椀culdade de alterar a prática, a mudança na modos de articulação com a família dependerão das
avaliação do processo ensino-aprendizagem e a ar- perspectivas de gestão da escola como um todo.
ticulação com a família. Alternativa C: INCORRETA. Esta alternativa traz ele-
Ⓓ A di昀椀culdade de alterar a prática, o papel da re昀氀e- mentos pertinentes a serem observados pelo pro-
xão e a relação professor-aluno. fessor e pela escola, porém, se considerarmos o
Ⓔ A di昀椀culdade de alterar a prática, a relação pro- posicionamento de Vasconcelos, a especi昀椀cidade do
fessor-aluno e a articulação com a família. aspecto “mudança na avaliação do processo ensi-
no-aprendizagem”, refere-se a um elemento de mu-
Grau de Di昀椀culdade dança da prática, como consequência na mudança
de concepção/postura do professor. Logo, não pode
Alternativa A: CORRETA. Esta alternativa contempla é uma alternativa que não pode ser tomada como
a solicitação da questão, logo é a verdadeira, espe- verdadeira para a questão.
cialmente se consideramos que na visão de Celso Alternativa D: INCORRETA. Esta alternativa não con-
Vasconcelos (1998), a qual demarca que “[...] estamos diz com o pensamento de Vasconcelos, segundo o
postulando que o essencial é a mudança de atitude, qual a di昀椀culdade de alterar a prática e o papel da
de postura da escola/professor”, tendo em vista que re昀氀exão – ver análise do item A – são aspectos a se-
“[...] a prática pela prática não resolve. Não adianta rem observados pelo professor na mudança educa-
o professor fazer uma série de atividades diferentes cional, porém a especi昀椀cidade do aspecto “relação
se não mudou de postura”. Assim, para o referido professor-aluno”, refere-se a mais um dos diversos
autor, a grande di昀椀culdade de alterar prática está elementos subjacentes à mudança da prática, dire-
diretamente articulada à di昀椀culdade de mudança tamente atrelada ou como consequência na mudan-
de concepção, ou seja, “[...] é preciso mudar tanto a ça de concepção/postura do professor.
concepção quanto a prática”, com vistas à mudança Alternativa E: INCORRETA. Esta alternativa é incorre-
de postura – concepção e prática – da escola/pro- ta se considerarmos a visão de Vasconcellos (1998),
fessor. Nesse processo, a re昀氀exão assume um lugar o qual ressalta que no processo de mudança da prá-
singular, haja vista que é pela re昀氀exão que o profes- tica educacional, dos aspectos a serem observados
sor se percebe sujeito e constrói a consciência da pelos professores está a “di昀椀culdade de alterar a
sua condição humana e da sua função social, num prática” - conforme análise do item A, porém a “re-
lação professor-aluno e a articulação com a família”, der autoritárias, currículos engessados, experiências
embora sejam importantes, não podem ser tomados culturais empobrecidas.
como aspectos de mudança observados pelo profes-
sor por não estarem diretamente no campo da ação/ Grau de Di昀椀culdade
da sua prática.
Alternativa A: INCORRETA. Esta opção A não pode
05. Questão ser assinalada como verdadeira na questão, sobre-
tudo, porque não é possível construir um “projeto
(PREF. JUATUBA/MG - CONSULPLAN - 2015) “(...) não se constrói sem uma direção política, um norte, um rumo”, haja
um projeto sem uma direção política, um norte, um vista que a escola precisa ter clareza de metas e ob-
rumo. Por isso, todo Projeto Pedagógico da escola jetivos que pretende alcançar a partir da sua visão
é também político. O Projeto Pedagógico da escola de homem, de mundo e de sociedade, com vistas à
é, por isso mesmo, sempre um processo inconcluso, transformação social. Nesse processo de construção
uma etapa em direção a uma 昀椀nalidade que perma- é preciso considerar a “função social da educação e
nece como horizonte da escola.” (GADOTTI, 2000.) da escola em uma sociedade cada vez mais exclu-
dente, compreendendo que a educação, como cam-
Acerca do fragmento anterior e buscando compreen- po de mediações sociais, deve de昀椀nir-se sempre por
der o caráter político e pedagógico do Projeto Peda- seu caráter intencional e político”, para assim dire-
gógico na escola é necessário considerar os seguin- cionar seu modo de caminhar e sua identidade. Toda
tes aspectos, exceto: escola precisa ter clareza de seu papel e consciência
política de suas ações.
Ⓐ A função social da educação e da escola em uma Alternativa B: INCORRETA. Esta alternativa não pode
sociedade cada vez mais excludente, compreenden- ser tomada como verdadeira, tendo em vista que
do que a educação, como campo de mediações so- na construção do projeto político-pedagógico da
ciais, deve de昀椀nir-se sempre por seu caráter inten- escola, torna-se imprescindível explicitar a articu-
cional e político. lação existente entre os “anseios da comunidade
Ⓑ A necessária organicidade entre o Projeto Peda- escolar” e os modos como o PPP está organizado e
gógico e os anseios da comunidade escolar implica será efetivado. Essa articulação “ implica a efetiva
a efetiva participação de todos em todos os seus participação de todos em todos os seus momentos”.
momentos (elaboração, implementação, acompa- Conforme destaca Veiga (1999), o Projeto Político-
nhamento, avaliação). -Pedagógico centra seus esforços “em instaurar uma
Ⓒ Entender o Projeto Pedagógico como um conjun- forma de organização do trabalho pedagógico que
to de atividades que resultarão em um produto: um supere os con昀氀itos, buscando eliminar as relações
documento programático, pronto e acabado, no qual competitivas, corporativas e autoritárias, rompendo
aparecem sistematizadas as principais concepções, com a rotina do mando pessoal, racionalizado da
os fundamentos, as orientações curriculares e or- burocracia que permeia as relações no interior da
ganizacionais de uma instituição educativa. Outor- escola” (p. 13-14).
ga-se à escola um documento a ser executado, cuja Alternativa C: CORRETA. Esta alternativa é a correta.
principal preocupação é inovar para produzir me- Ao traçar os seus rumos/seu norte na construção do
lhores resultados. PPP, a escola não pode cometer o equívoco de com-
ⒹCompreender a dialética entre o político e o pe- preender “o Projeto Pedagógico como um conjunto
dagógico torna-se imprescindível para que o Projeto de atividades que resultarão em um produto: um
Pedagógico não se torne um documento pleno de documento programático, pronto e acabado, no qual
intenções e vazio de ações; pois de pouco adianta aparecem sistematizadas as principais concepções,
declarar que a 昀椀nalidade da escola é formar um su- os fundamentos, as orientações curriculares e orga-
jeito crítico, criativo, participativo, ou anunciar sua nizacionais de uma instituição educativa”, haja vista
vinculação às teorias críticas se, nas suas práticas que o PPP transcende a característica de um mero
pedagógicas cotidianas, perduram estruturas de po- documento burocrático, e ganha vida na prática
como um processo em andamento que se reelabo-
ra a cada necessidade, sendo, portanto, “uma etapa Ⓑ a realidade, a 昀椀nalidade e o plano de ação. O pla-
em direção a uma 昀椀nalidade que permanece como no de ação pode ser fruto da tensão entre a realida-
horizonte da escola”. Assim não se pode outorgar à de e a 昀椀nalidade ou o desejo da equipe.
escola um documento a ser executado, cuja princi- Ⓒ a avaliação do ano anterior focando os problemas
pal preocupação é inovar para produzir melhores re- e aspectos negativos ocorridos, ou seja, os fracassos
sultados”, como se fosse uma receita a ser desenvol- e as ameaças presentes na instituição e o diagnósti-
vida. O que quali昀椀ca o PPP da escola é o “processo co da realidade escolar. A avaliação é o instrumento
permanente de re昀氀exão e discussão dos problemas que aponta de fato qual é a realidade do trabalho
da escola, na busca de alternativas viáveis à efeti- escolar.
vação de sua intencionalidade” (VEIGA, 1999, p. 13). Ⓓ o sistema de acompanhamento ou monitoramen-
Alternativa D: INCORRETA. Esta alternativa não pode to e controle. O planejamento em si é um instrumen-
ser assinalada, pois ao traçar o direcionamento polí- to burocrático e autoritário. O planejamento é uma
tico e norteador do PPP, a escola precisa “compreen- arma que se volta contra o professor porque o que
der a dialética entre o político e o pedagógico” para ele disser ou alguém disser por ele que vai ser fei-
não cair na armadilha de ter o PPP apenas como um to tem que ser cumprido. Caso contrário, ele foi in-
“documento pleno de intenções e vazio de ações”. competente, e nem sempre conseguimos fazer o que
Essa compreensão, evita que a escola defenda prin- planejamos, por diversas razões, inclusive por falha
cípios e concepções, sem pensar nas práticas que nossa, mas não unicamente por isso.
dão vida a tais princípios e concepções, consideran- Ⓔ a avaliação do ano anterior e sistema de acompa-
do que “pouco adianta declarar que a 昀椀nalidade da nhamento e controle.
escola é formar um sujeito crítico, criativo, partici-
pativo, ou anunciar sua vinculação às teorias críticas Grau de Di昀椀culdade
se, nas suas práticas pedagógicas cotidianas, per-
duram estruturas de poder autoritárias, currículos Alternativa A: INCORRETA. Alternativa inválida diante
engessados, experiências culturais empobrecidas”. da solicitação. Embora “a utopia, o sonho de uma
educação de qualidade” seja aspecto a se conside-
06. Questão rar, é inconcebível a昀椀rmar que o ”planejamento ex-
pressa o desejado e não o momento da realidade”,
(FUNDAÇÃO CASA - CETRO - 2014) Leia o trecho abaixo. tendo em vista que o movimento do ato de planejar
envolve a elaboração, a realização interativa e a ree-
“Às vezes, há uma tentação enorme de 昀椀car gastan- laboração, possibilitada pela avaliação. Desse modo,
do tempo com problemas menores, quase sempre apesar de compreender que “a humanidade precisa
da esfera administrativa ou burocrática. Justamente ter sonhos para suportar os desa昀椀os”, este item se
por isso é tão importante planejar o planejamento.” equivoca ao tratar o ato de planejar apenas em sua
dimensão re昀氀exiva, desconsiderando o “momento
(Celso Vasconcelos) da realidade”.
Alternativa B: CORRETA. Esta é a alternativa mais
Planejar é antecipar ações para atingir certos obje- aproximada do que foi solicitado na questão. Na vi-
tivos, que vêm de necessidades criadas por determi- são de Celso Vasconcelos (2006), “a realidade, a 昀椀na-
nada realidade e, sobretudo, agir de acordo com es- lidade e o plano de ação” são dimensões básicas que
sas ideias antecipadas. Existem dimensões básicas precisam ser consideradas na prática do planeja-
que precisam ser consideradas no planejamento, mento. Para esse autor, toda ação planejada, para ter
entre as quais, e昀椀ciência e e昀椀cácia, parte da realidade, tal qual ela é,
como referência e constrói, a partir dela, os objetivos
Ⓐ a utopia, o sonho de uma educação de qualidade. para intervir e mudar tal realidade. Logo, ao ser efe-
O planejamento expressa o desejado e não o mo- tivado, o planejamento tem uma 昀椀nalidade de昀椀nida,
mento da realidade. A humanidade precisa ter so- traçada intencionalmente, a partir da qual se torna
nhos para suportar os desa昀椀os. possível a construção de um plano de ação, “fruto da
tensão entre a realidade”, com todas as suas neces-
sidades e a “昀椀nalidade ou o desejo da equipe”, com realmente transforme a realidade com e昀椀ciência e
todas as perspectivas de transformação. e昀椀cácia.
Alternativa C: INCORRETA. É equivocado pensar que
para a prática do planejamento basta apenas obser- 07. Questão
var “os problemas e aspectos negativos ocorridos,
ou seja, os fracassos e as ameaças presentes na ins- (IFN/MG - FUNDEP - 2014) “Planejar é antecipar mental-
tituição e o diagnóstico da realidade escolar”. A ava- mente uma ação a ser realizada e agir de acordo com
liação além de ser “ instrumento que aponta de fato o previsto” (VASCONCELLOS, 2006, p.79).
qual é a realidade do trabalho escolar”, evidencia,
falhas, di昀椀culdades, conquistas, desa昀椀os e novas Analise as a昀椀rmativas sobre o planejamento no pro-
possibilidades de ação que precisam ser tomadas cesso ensino-aprendizagem.
como referência no cotidiano do ato de planejar.
Isso implica a昀椀rmar que a avaliação é um dispositivo I. A prática do planejamento também dependerá
de investigação, dinâmico e permanente, das ações do entendimento de currículo que se tem, con-
da escola, sempre com a intenção de intervir, melho- siderando as implicações na organização do
rar e modi昀椀car a realidade. trabalho pedagógico.
Alternativa D: INCORRETA. Alternativa inválida. Esta II. Numa escola em que se vivencia um processo
análise é equivocada, tendo em vista que “o sistema de planejamento, existirão planos globais refe-
de acompanhamento ou monitoramento e controle” rentes a toda a instituição e planos de cada um
não pode ser tomado como “dimensões básicas” do dos setores – direção e coordenação pedagógi-
planejamento, pois ao planejar, a intenção da escola ca, por exemplo.
é construir metas, objetivos, princípios e ações que III. A participação é considerada um elemento
possam promover a transformação do espaço esco- estratégico, sendo uma forma de diminuir as
lar. Para Vasconcelos (2007), “o planejamento se co- resistências dos próprios agentes internos da
loca no campo da ação, do fazer” (p. 98), numa pers- instituição.
pectiva participativa que orienta as ações da prática
pedagógica e não “um instrumento burocrático e au- A partir dessa análise, pode-se concluir que estão
toritário” ou “uma arma que se volta contra o profes- corretas:
sor”, até porque “todo processo de educação escolar,
por intencional e sistemática, implica em elaboração Ⓐ I e II apenas.
e reelaboração” que envolvem os sujeitos da comu- Ⓑ I e III apenas.
nidade escolar. Isso implica dizer que ao invés do Ⓒ II e III apenas.
“planejamento ser uma arma que se volta contra o Ⓓ I, II e III.
professor”, é um processo que o orienta todas as eta-
pas pedagógicas, e se reconstrói constantemente a Grau de Di昀椀culdade
partir das necessidades manifestadas na realidade..
Alternativa E: INCORRETA. Essa alternativa é inválida. Assertiva I: CORRETA. Essa a昀椀rmação é verdadei-
Embora a “avaliação do ano anterior” sirva de pa- ra. Ao referendar que o ato de “Planejar é anteci-
râmetro para o ano seguinte, por trazer aspectos e par mentalmente uma ação a ser realizada e agir
dados que devam ser observados e apreciados pelo de acordo com o previsto”, no sentido de processo
professor e pela escola, o foco no planejamento não que defende a consonância entre da re昀氀exão/ela-
é produzir um “sistema de acompanhamento e con- boração, ação/realização interativa e nova re昀氀exão/
trole”, até porque esse controle não se con昀椀gura em reelaboração, Vasconcelos (2006) aborda nessa a昀椀r-
parâmetro orientador do processo de planejamento. mativa uma íntima relação entre o projeto a ser ela-
Os aspectos que orientam o ato de planejar na esco- borado e a concepção de educação, de currículo e
la são “a realidade, a 昀椀nalidade e o plano de ação”, de conhecimento da escola, para assim promover o
haja vista que é a partir da re昀氀exão sobre realida- movimento entre o desejado, a partir da re昀氀exão da
de com todas as suas necessidades e desejos, que realidade, e sua execução/avaliação. Nesse proces-
se torna possível construir um plano de ação que so ele enfatiza que “a prática do planejamento tam-
“ igualdade, qualidade, liberdade, gestão democrá- Alternativa D: INCORRETA. Esta alternativa é absolu-
tica e valorização do magistério...”, cujos quais per- tamente equivocada, não podendo ser tomada como
mitem “decidir coletivamente, o que se quer refor- verdadeira, se considerarmos que o PPP é a marca
çar dentro da escola e como detalhar as 昀椀nalidades identitária da escola. Seria reducionista, fadado ao
para se atingir a tão almejada cidadania”. fracasso, compreendermos o projeto pedagógico da
Alternativa B: INCORRETA. Esta alternativa é comple- escola um mero “ instrumento de controle, burocra-
tamente inválida, tendo em vista que não se pode tizado, voltado para o cumprimento de normas téc-
conceber o Projeto pedagógico da escola como um nicas, de aplicação de estatísticas, de cumprimento
documento a ”ser elaborado pela direção e equipe de metas, sem que se atente para o caráter proces-
pedagógica para ser aprovado posteriormente pela sual e para a qualidade das mudanças projetadas”.
Secretaria de Educação”. Ao atribuir a construção
de um processo que envolve vários sujeitos e sua Resposta: Ⓐ
formação, situações, metas e objetivos a serem al-
cançados coletivamente e perspectivas futuras à 09. Questão
direção e à equipe pedagógica, a escola estaria ne-
gando sua condição de instituição autônoma estaria (INSS - FUNRIO - 2014) Segundo Danilo Gandin, as dimen-
comprometendo a noção de coletividade. Na visão sões do planejamento participativo de uma institui-
de Gadotti (2001), “o projeto da escola não é de res- ção educativa são as seguintes:
ponsabilidade apenas de sua direção. Ao contrário,
numa gestão democrática, a direção é escolhida a Ⓐ Marco político, metodologia, avaliação.
partir do reconhecimento da competência e da lide- Ⓑ Diagnóstico, metodologia, avaliação.
rança de alguém capaz de executar um projeto cole- Ⓒ Marco pedagógico, objetivos, estratégias.
tivamente” (p. 34). Desse modo, torna-se visível que Ⓓ Marco referencial, diagnóstico, programação.
a autonomia da escola e o modo de gestão, con昀椀gu- Ⓔ Análise da realidade local, objetivos e avaliação.
ram-se em parte constitutiva da natureza do projeto
pedagógico e não o contrário. A gestão democrática Grau de Di昀椀culdade
da escola, que conta com a coletividade para fazer
a escola ser o que ela é, deve ser uma exigência do Alternativa A: INCORRETO. Esta alternativa não re-
próprio projeto político pedagógico da escola. ferenda a solicitação da questão, pois na visão de
Alternativa C: INCORRETA. Esta alternativa não con- Danilo Gandin (1996), os aspectos apontados neste
templa a solicitação da questão. Dizer que “o marco item são partes constituintes do Marco referencial
situacional é a parte do PPP em que são de昀椀nidas as e da programação. Logo este item não contempla as
referências teóricas, políticas, 昀椀losó昀椀cas que nortea- dimensões necessárias para o planejamento partici-
rão o trabalho da escola” con昀椀gura-se num equivo- pativo – Ver análise do Item D.
co, haja vista que, conforme destaca Gandin (1996), o Alternativa B: INCORRETO. Esta também é uma opção
marco situacional refere-se à percepção que o cole- inválida, considerando que para Gandin, o diagnós-
tivo da escola tem em torno da realidade, sobretudo tico é uma das dimensões imprescindíveis à prática
no que se refere ao como a escola se vê, quais suas do planejamento participativo, porém prescinde do
principais características, como se situa no contexto marco referencial, o qual dá suporte à elaboração
social, político, cultural e econômico, como é o seu de um diagnóstico real. Metodologia e avaliação são
cotidiano. A importância do marco situacional para elementos que estão presentes em todas as dimen-
o referido autor está em ter uma visão geral da rea- sões do planejamento participativo – marco referen-
lidade escolar e não apenas uma análise isolada da cial, diagnóstico e programação.
instituição numa perspectiva micro. O marco situa- Alternativa C: INCORRETO. Esta alternativa é inválida.
cional traz elementos que permite à escola ir para a A razão de ser e de existir da escola é pedagógica,
fase do diagnóstico com clareza dos aspectos macro por sistematizar processos de construção do conhe-
da sociedade, para assim se compreender no aspec- cimento e de formação do sujeito, o qual é o foco
to micro, enquanto instituição. central da instituição, logo não é possível apontar
o aspecto pedagógico apenas como “um” marco da
quanto ao Marco Referencial no ato do planejamento. marco operativo. Esta dimensão não é a única res-
Para o referido autor, a constituição do Marco refe- ponsável por construir os aspectos metodológicos,
rencial, cuja função é tencionar a realidade existen- haja vista que não existe metodologia que não es-
te com vistas a sua transformação, dá-se pelo marco teja atrelada ao marco doutrinal, com as concep-
situacional, marco doutrinal ou 昀椀losó昀椀co e marco ções abraçadas pela escola; ao marco situacional,
operativo. O marco situacional, para ele, constitui- que demarca a aproximação com a realidade a ser
-se da análise macro da escola, situada num dado trabalhada e ao marco operativo, com seus meios
tempo e espaço, buscando compreender como o co- e 昀椀ns educativos. No tocante ao marco doutrinal, a
letivo da escola se percebe em torno da realidade, proposição se equivoca ao a昀椀rmar que “estabelece a
o como se vê diante do contexto econômico, social, forma como a ação educativa deve acontecer” – ver
cultural e político, suas características diante deste análise da alternativa A. A única análise desta alter-
contexto e como isso impacta no seu cotidiano. É um nativa que traz uma a昀椀rmativa verdadeira refere-se
marco de suma importância, por possibilitar à esco- ao marco operativo que realmente “trata dos meios,
la ter uma visão geral da sua realidade; possibilita ações e técnicas para viabilização do plano- ver aná-
ainda que a escola produza um diagnóstico com cla- lise na opção A”.
reza dos aspectos macro da sociedade, para assim Alternativa C: INCORRETA. Esta alternativa está in-
se compreender no aspecto micro, enquanto insti- correta, principalmente por que na visão de Gandin,
tuição. O marco doutrinal ou 昀椀losó昀椀co, “que estabe- não existem marco político nem marco metodoló-
lece a proposta político-social da ação educativa”, gico. O aspecto político é subjacente a todo o pro-
designando os princípios norteadores e as preten- cesso de planejamento, em todas as suas etapas. O
sões da escola, os quais fundamentam a concepção/ marco que “delimita a aproximação com a realidade
visão de homem, educação e sociedade que a escola a ser trabalhada” é o situacional, conforme análises
defende, para assim demarcar onde deseja chegar. feitas na opção A. Existe veracidade na a昀椀rmativa
O marco doutrinal é pensado e elaborado buscando do marco doutrinal – ver análise da opção A. E no
explicitar a sustentação teórico-metodológica-epis- que se refere à última a昀椀rmativa da proposição, é
temológica que referenda as ações desenvolvidas fato que não existe “marco metodológico”, conforme
na escola, partindo da inquietação em torno do tipo analisado na alternativa B.
de sociedade que se quer construir, a 昀椀nalidade da Alternativa D: INCORRETA. Esta proposição também
escola, que tipo de homem se pretende formar... E apresenta equívocos conceituais, sobretudo pela
ainda temos o marco operativo, o qual explicita os inexistência do que foi chamado de “marco educa-
ideais da instituição, o que se deseja, com vistas ao cional, que estrutura os meios e estratégias políti-
que queremos ou devemos ser. Refere-se ao modo cas”. O processo educacional não pode ser tratado
de organização das atividades coletivas em torno como “um” marco, tendo em vista que a educação
das dimensões pedagógica, comunitária e a admi- e o fundamento de toda essa análise; é a busca de
nistrativa, enquanto dimensões que con昀椀guram a uma educação de qualidade que faz toda essa dis-
práxis educativa. Deve existir uma articulação coe- cussão se intensi昀椀car a cada dia. São verdadeiras as
rente entre o marco operativo e o marco situacional a昀椀rmativas quanto ao “marco doutrinal, que estabe-
e 昀椀losó昀椀co, para que não haja desarticulação entre lece a forma como a ação educativa acontecerá” e
a realidade e as 昀椀nalidades assumidas pela escola. no que se refere ao “marco operativo, que trata dos
É importante destacar que o diagnóstico e a progra- meios e ações – ver análise na alternativa A.
mação tomam como base os sinalizadores aponta- Alternativa E: INCORRETA. Esta proposição está in-
dos pelo marco operativo. correta, haja vista que na concepção de Gandin “o
Alternativa B: INCORRETA. Esta alternativa não pro- marco referencial de um planejamento participati-
cede, haja vista que, segundo a concepção de Danilo vo” parte do marco situacional, o qual “delimita a
Gandin, existem equívocos presentes nesta proposi- aproximação com a realidade a ser trabalhada”, do
ção que comprometem a sua veracidade. Para Gan- marco doutrinal que “estabelece a proposta políti-
din, a dimensão pedagógica não pode ser confundi- co-social da ação educativa” e do marco operativo
da com “um” marco, pois é uma dimensão presente “que trata dos meios, ações e técnicas para viabi-
em todo o processo de planejamento, sobretudo no lização do plano – ver análise do item A. Para Gan-
din, não existe “um marco educacional”, embora um norte para as ações educacionais”. Sendo assim,
reconheça que a análise do contexto educacional é é possível a昀椀rmar que um aspecto-chave de um
uma referência constante para toda a ação do pla- ensino e昀椀caz está no planejamento das atividades
nejamento participativo, pois é a partir da análise pedagógicas realizados na escola, especialmente
da educação que se estrutura os meios e estratégias na sala de aula, a partir de um plano elaborado dia
político-pedagógicas da ação educativa. a dia pelo professor, a partir das necessidades de
aprendizagem do sujeito.
11. Questão Alternativa B: CORRETA. Embora esta alternativa seja
correta, não é válida para a questão, uma vez que
(PREF. JUATUBA/MG - 2015 - CONSULPLAN) Acerca do plano de o plano de aula refere-se a “apresentação sistema-
aula, assinale a a昀椀rmativa incorreta. tizada e justi昀椀cada das decisões tomadas”, tornan-
do-se num instrumento essencial para o professor
Ⓐ É um documento que registra o que se pensa fa- pensar e elaborar sua prática pedagógica em con-
zer, como fazer, quando fazer, com que fazer e com formidade com os objetivos traçados a partir da rea-
quem fazer. Evita o improviso sendo um norte para lidade dos estudantes de cada turma, sendo 昀氀exível
as ações educacionais. diante das necessidades emergentes. Desse modo,
Ⓑ É a apresentação sistematizada e justi昀椀cada das o plano de aula tem a função de “evitar o improviso
decisões tomadas. Serve para evitar o improviso sendo um norte para as ações educacionais, sendo a
sendo um norte para as ações educacionais, sendo a formalização dos diferentes momentos do processo
formalização dos diferentes momentos do processo de planejamento escolar”. Na visão de Vasconcelos
de planejamento escolar. (2000), é através do projeto da aula que o professor
Ⓒ Tem a função de orientar a prática, partindo da programa as ações que serão desenvolvidas, sendo
própria prática, mas deve ser um documento rígido também um momento de re昀氀exão sobre a sua pró-
e absoluto, pois é a formalização dos diferentes mo- pria prática e pro昀椀ssão.
mentos do processo de planejar que, por sua vez, Alternativa C: INCORRETA. Esta proposição está in-
deve estar organizado didaticamente para todos os correta, logo é a que deve ser assinalada. Apesar de
desa昀椀os e contradições. ter a “função de orientar partindo da própria práti-
Ⓓ Deve levar em consideração na sua elaboração, ca”, o plano de aula não é “um documento rígido e
em primeiro lugar, que a aula é um período de tem- absoluto”. Fusari (2008) destaca que o preparo das
po variável e que o processo de ensino e aprendi- aulas é uma das atividades mais importantes do
zagem se compõe de uma sequência articulada de trabalho do pro昀椀ssional de educação escolar. Nada
fases, ou seja, a preparação e apresentação dos substitui a tarefa de preparação da aula em si. (...)
objetivos; conteúdos e tarefas; desenvolvimento do faz parte da competência teórica do professor, e dos
conteúdo; consolidação (昀椀xação, exercícios, recapi- compromissos com a democratização do ensino, po-
tulação, sistematização); síntese integradora e apli- rém o plano de aula não pode ser encarado como
cação e avaliação. “um documento rígido e absoluto”, haja vista que
deve ser 昀氀exível às necessidades que emergem no
Grau de Di昀椀culdade processo de ensino e de aprendizagem. Assim, em-
bora seja a “formalização dos diferentes momentos
Alternativa A: CORRETA. Esta alternativa não é válida do processo de planejar” e esteja “organizado dida-
para a questão, haja vista que é verdadeiro a昀椀rmar ticamente”, o plano de aula não consegue contem-
que o plano de aula se con昀椀gura num “documento plar “todos os desa昀椀os e contradições”.
que registra o que se pensa fazer, como fazer, quan- Alternativa D: CORRETA. Esta alternativa está corre-
do fazer, com que fazer e com quem fazer”. Logo, é ta, logo não atende à solicitação da questão. É im-
de fundamental importância para a garantia do êxi- portante frisar que um bom plano de aula contribui
to nos processos de ensinar e de aprender. O plano para a realização de uma prática pedagógica satisfa-
de aula busca pensar em ações sistematicamente tória, em que estudantes e professor se envolvam no
com vistas a garantia de uma prática pedagógica e昀椀- processo de construção do conhecimento, tornando
ciente e e昀椀caz, evitando assim o improviso e “sendo o conteúdo mais agradável com vistas a facilitar a
compreensão. Assim, é preciso “levar em considera- de昀椀ne diretrizes, objetivos e metas estabelecidas
ção na sua elaboração, em primeiro lugar, que a aula pela Unidade escolar.
é um período de tempo variável e que o processo
de ensino e aprendizagem se compõe de uma se- Grau de Di昀椀culdade
quência articulada de fases, ou seja, a preparação
e apresentação dos objetivos; conteúdos e tarefas; Alternativa A: INCORRETA. A alternativa A não pode
desenvolvimento do conteúdo; consolidação; sínte- ser assinalada como verdadeira, pois embora traga
se integradora e aplicação e avaliação”. Ou seja, o uma a昀椀rmativa correta ao destacar que “Projeto Po-
plano de aula, contempla uma lógica sequencial na lítico-Pedagógico ou projeto educativo, sendo este
produção do conhecimento, de modo que o aluno o plano integral da instituição e que é composto de
perceba a importância do que está sendo ensinado. marco referencial, diagnóstico e programação... en-
volve tanto a dimensão pedagógica quanto a comu-
12. Questão nitária e administrativa da escola”, esta não é uma
a昀椀rmativa que conceitua o planejamento curricular
(FUNDAÇÃO CASA - CETRO - 2014) As fases do planejamento e sim o PPP da escola.
escolar podem ser divididas em: o planejamento da Alternativa B: CORRETA. Esta é a alternativa que
escola, o planejamento curricular e o projeto ou pla- contempla a solicitação de conceituação do plane-
no de ensino. O planejamento curricular é jamento curricular, como um dos níveis do ato de
planejar. O currículo é “a proposta geral das expe-
Ⓐ o que chamamos de Projeto Político-Pedagógico riências de aprendizagem que serão oferecidas pela
ou projeto educativo, sendo este o plano integral da escola incorporadas nos diversos componentes cur-
instituição e que é composto de marco referencial, riculares”, a qual é construída coletivamente, a par-
diagnóstico e programação. Esse nível envolve tanto tir das orientações das diretrizes contidas na LDBEN
a dimensão pedagógica quanto a comunitária e ad- e da regulamentação do sistema de educação es-
ministrativa da escola. tadual. Esta compreensão é defendida por Vascon-
Ⓑ a proposta geral das experiências de aprendiza- celos (2006), o qual amplia a discussão, a昀椀rmando
gem que serão oferecidas pela escola incorporadas que “o currículo não pode ser pensado apenas como
nos diversos componentes curriculares, podendo um rol de conteúdos a serem transmitidos para um
ter como referência os seguintes elementos: funda- sujeito. Temos que levar em conta que as atitudes,
mentos da disciplina, área de estudo, desa昀椀os peda- as habilidades... fazem parte dele” (p. 99). Sendo
gógicos, encaminhamento, proposta de conteúdos, assim, o currículo tem “como referência os seguin-
processos de avaliação. tes elementos: fundamentos da disciplina, área de
Ⓒ o planejamento mais próximo da prática do pro- estudo, desa昀椀os pedagógicos, encaminhamento,
fessor e da sala de aula. Diz respeito, mais restrita- proposta de conteúdos, processos de avaliação”, o
mente, ao aspecto didático. Pode ser subdividido em que implica a昀椀rmar que o currículo deve envolver “a
projeto de curso e plano de aula. elaboração e realização (incluindo aí a avaliação) de
Ⓓ o planejamento global da escola, que envolve o um programa de experiências pedagógicas a serem
processo de re昀氀exão, de decisões sobre a organiza- vivenciadas em sala de aula e na escola”, princi-
ção, o funcionamento e a proposta pedagógica da palmente, por que o currículo expressa o processo
instituição. intencional e sistemático de produção do conheci-
Ⓔ uma ferramenta gerencial que auxilia a escola a mento e formação do sujeito na educação escolar.
realizar melhor o seu trabalho: focalizar sua energia, Alternativa C: INCORRETA. Esta a昀椀rmativa é limita-
assegurar que sua equipe trabalhe para atingir os da, ao demarcar que “o currículo é o planejamen-
mesmos objetivos e avaliar e adequar sua direção to mais próximo da prática do professor e da sala
em resposta a um ambiente em constante mudança. de aula... mais restritamente, ao aspecto didático”.
É considerado um processo de planejamento estra- A ideia de currículo contempla essa perspectiva da
tégico desenvolvido pela escola para a melhoria da prática do professor, porém não a ela ou meramente
qualidade do ensino e da aprendizagem. Esse plano ao aspecto didático, sobretudo porque o currículo
“re昀氀ete não só a natureza do conhecimento em si
mesmo, como também a natureza do conhecedor e mem deve pré-avaliar suas ações porque elas
do processo de conhecimento em si” (p. 99). Como já têm ascendência sobre o ambiente. Neste para-
dito, o currículo expressa um processo intencional e digma, colocam-se nas mãos dos indivíduos as
sistemático de produção do conhecimento e forma- responsabilidades por suas escolhas.
ção do sujeito na educação escolar, que embora se V. Na abordagem humanista, o homem e o mun-
expresse no “projeto de curso e plano de aula”, não do são inseparáveis, mas neste paradigma, o
se limita a estes. homem se sobressai sobre o mundo por ser o
Alternativa D: INCORRETA. Esta alternativa, embo- organizador, o estruturador, o grande agente de
ra traga uma a昀椀rmativa pertinente no tocante às mudanças.
discussões do planejamento, não pode ser tomada
como verdadeira para conceituar o “planejamento Estão corretas apenas as a昀椀rmativas
curricular”. Ao destacar que é “o planejamento glo-
bal da escola, que envolve o processo de re昀氀exão, de Ⓐ I e III.
decisões sobre a organização, o funcionamento e a Ⓑ I, II e III.
proposta pedagógica da instituição” esta alternativa Ⓒ II, IV e V.
traz aspectos do PPP da escola e não da especi昀椀ci- Ⓓ I, II, IV e V.
dade do planejamento curricular.
Alternativa E: INCORRETA. Esta opção também não Grau de Di昀椀culdade
pode ser tomada como verdadeira por trazer a昀椀rma-
tivas que caracterizam o projeto educativo da escola Assertiva I: CORRETA. Ao analisarmos os fundamen-
como um todo, logo não traz o conceito especí昀椀co tos da veracidade dessa a昀椀rmativa, percebemos
do planejamento curricular. que, em conformidade com a abordagem tradicional
“os ensinamentos são de昀椀nidos alheios à vontade
13. Questão daquele que aprende”, tendo em vista que a crian-
ça é um ser em miniatura, sem condições de fazer
(CBTU/RJ - CONSULPLAN - 2014) O pedagogo deve analisar e escolhas. Cabe ao professor, autoridade máxima da
fazer uma adequação dos métodos e abordagens a escola, fazer “o julgamento e organizar a seleção de
serem utilizadas aos objetivos e condições diferen- temas a serem repassados”, pois seu papel é o de
ciadas de ensino-aprendizagem. Considerando os ensinar/transmitir os conteúdos, e ao aluno cabe
diferentes paradigmas e abordagens para escolha o papel de assimilar, como um receptor passivo e
e melhor condução dos trabalhos numa empresa, nas provas e testes evidenciar o que 昀椀cou retido na
analise. memória.
Assertiva II: CORRETA. A abordagem comportamen-
I. Na abordagem tradicional, os ensinamentos talista “defende um comportamento padronizado
são de昀椀nidos alheios à vontade daquele que com o intuito de manter a ordem”, por compreender
aprende, pois alguém fará o julgamento e orga- o indivíduo como produto do meio, o qual é educado
nizará a seleção de temas a serem repassados. para conseguir chegar ao padrão de comportamento
II. Na abordagem comportamentalista, defende- desejável. Cabe à escola, como agência educacional,
-se um comportamento padronizado com o in- e ao professor, organizador dos processos de ensi-
tuito de manter a ordem. O homem tem de se no, a função de garantir uma instrução programa-
submeter ao ambiente e, a partir daí, explicitar da, com reforços negativos e positivos, para que o
suas ações. indivíduo atinja o padrão de comportamento dese-
III. Na abordagem cognitivista, o homem e o mun- jável socialmente. Só assim, o indivíduo poderá “se
do possuem relação dinâmica de trocas e atua- submeter ao ambiente e, a partir daí, explicitar suas
ção constantes. O homem, pela sua inteligência ações”.
em constante aperfeiçoamento, modi昀椀ca-se Assertiva III: CORRETA. Esta a昀椀rmativa tem veraci-
sempre e modi昀椀ca o meio em benefício próprio. dade, sobretudo porque a abordagem cognitivista é
IV. Na abordagem sociocultural, o mundo é o re- interacionista e defende que “homem e mundo pos-
sultado da ação do homem e, por isso, o ho- suem relação dinâmica de trocas e atuação constan-
tes”, partindo do princípio que o conhecimento está Alternativa A: INCORRETA. Esta alternativa que trata
em constante construção a partir da interação en- da “ênfase no aluno” é um dos princípios primor-
tre sujeito e objeto. Cabe à escola, como espaço de diais da Pedagogia Nova, por compreender que os
investigação, proporcionar ao sujeito o desenvolvi- processos educacionais devam estar centrados na
mento de sua inteligência, considerando-o inserido pessoa/sujeito, o qual deve ser respeitado tal qual é
numa situação social. Para esta abordagem a verda- para que se desenvolva em seu processo constante
deira aprendizagem se dá no exercício operacional de vir a ser. Considera que as pessoas são diferentes,
da inteligência de cada sujeito. cada indivíduo é único e a escola precisa se adap-
Assertiva IV: INCORRETA. Para a abordagem sociocul- tar a isso, pois o aluno é o núcleo da aprendizagem.
tural é um equívoco a昀椀rmar que “o mundo é o resul- Desse modo, é uma alternativa que não pode ser to-
tado da ação do homem e, por isso, o homem deve mada como a correta, haja vista que a solicitação
pré-avaliar suas ações porque elas têm ascendên- requer apontar a característica que não contempla
cia sobre o ambiente”. Nessa abordagem, homem a Pedagogia Nova.
e mundo se constroem simultaneamente, a relação Alternativa B: INCORRETA. Esta opção também não
sujeito e objeto é imprescindível para que o homem contempla a solicitação da questão, uma vez que
se torne sujeito da práxis. Sua condição de sujeito na Pedagogia Nova o professor é tomado como o
acontece à medida que, interagindo em seu contex- facilitador, o estimulador da aprendizagem; aquele
to, re昀氀ete sobre ele e com ele compromete, toman- que promove os meios para que o aluno entre em
do consciência de sua historicidade. Cabe à escola contato com situações provocativas do dia a dia e,
trabalhar numa perspectiva dialógica, a partir da assim, envolva-se com a construção do conhecimen-
investigação, provocando o sujeito a re昀氀etir sobre to, como autor de si mesmo. O professor estimula
suas capacidades na construção do conhecimento, e busca facilitar, mas a iniciativa para a construção
os quais devem pensar, re昀氀etir e se conscientizar do do conhecimento e de formação pessoal é do aluno.
seu papel social, considerando a realidade cada um Alternativa C: INCORRETA. A característica apontada
e visando a transformação da sociedade. nesta opção é típica da Pedagogia Nova, a qual de-
Assertiva V: INCORRETA. Essa a昀椀rmativa não é ver- fende que a espontaneidade é um pressuposto bá-
dadeira, haja vista que para a abordagem humanista sico e fundamental de aprendizagem do sujeito, na
o homem é uma pessoa situada no mundo, mas o medida em que aprender é uma atividade de desco-
mundo é algo produzido pelo sujeito mediante a si berta que só acontece se o sujeito se interessar e se
mesmo. É uma abordagem centrada no primado do envolver no processo de construção do conhecimen-
sujeito. Cabe à escola respeitar o sujeito tal qual ele to. Até porque a espontaneidade gera autoaprendi-
é, oferecendo condições para que ela possa desen- zagem e emerge em cada sujeito de forma única.
volver-se no seu processo de vir a ser. Logo, essa alternativa é inválida.
Alternativa D: CORRETA. Esta é a única alternativa
14. Questão que satisfaz a solicitação da questão, tendo em vista
que das características citadas, o “diretivismo” é a
(PREF. PINHALÃO/PR - FAFIPA - 2015) A Pedagogia Nova faz única que a Pedagogia Nova despreza/abomina por
uma crítica à Pedagogia Tradicional, esboçando uma acreditar que o diretivismo tira do sujeito à auto-
nova maneira de interpretar a educação. São carac- nomia, o direito de se descobrir e de produzir com
terísticas da Pedagogia Nova, exceto: envolvimento e inteireza, Ademais, ofende o ato de
conhecer-se a si mesmo. Na visão de Karl Rogers, a
Ⓐ Ênfase no aluno. não diretividade promove ao aluno um clima pro-
Ⓑ Professor estimulador. pício de con昀椀ança, um conhecimento de si próprio,
Ⓒ Espontaneidade. consequentemente, uma aceitação de si, a partir da
Ⓓ Diretivismo. autodescoberta. O professor não diretivo, parte do
princípio que o raciocínio já nasce com o sujeito e
Grau de Di昀椀culdade cabe-lhe promover os meios para este sujeito seja
despertado. Assim, para a Pedagogia Nova, a não di-
retividade refere-se essencialmente a não emissão
de juízo de valor, o que segundo Dermeval Saviani Alternativa B: CORRETA. O primeiro item refere-se às
faz a Pedagogia Nova deslocar a questão do intelec- teorias tradicionais do currículo, as quais, para Silva
to para o sentimento, do lógico para o psicológico, (2005), a ênfase está no aspecto da organização, no
do esforço para o interesse, da disciplina para a es- qual as práticas de “ensino, aprendizagem, avaliação,
pontaneidade. metodologia, didática, organização, planejamento,
e昀椀ciência, objetivos”, precisam ser estruturadas,
15. Questão modeladas, tomando o status quo como referência.
As práticas são centradas no professor, autoridade
(DETRAN/RO - IDECAN - 2014) Ao selecionar conhecimentos, máxima, e ao aluno cabe o papel de receptor passivo
as teorias de currículo agem intencionalmente; pen- do conhecimento, um “adulto em miniatura”. No se-
sam na formação do ser humano para uma determi- gundo item, temos aspectos das teorias pós-criticas,
nada sociedade. A escolha de um currículo é sempre cuja ênfase está na “ideologia, reprodução cultural e
intencional. Silva (2005) classi昀椀cou as teorias do cur- social, poder, classe social, capitalismo, relações so-
rículo em teorias: ciais de produção, conscientização, emancipação e
libertação, currículo oculto e resistência”. Para Silva
1. tradicionais; (2005), as teorias pós-críticas do currículo, apresen-
2. críticas; tam uma perspectiva multicultural, considerando
3. pós-críticas. que o multiculturalismo “é um movimento legítimo
de reivindicação dos grupos culturais...” (p. 85), com
Relacione-as adequadamente com as a昀椀rmativas a intenção de pensar no respeito à diversidade, uma
apresentadas a seguir. vez que a igualdade só é possível no exercício da
diferença. Logo, segundo o multiculturalismo, de-
( ) Enfatizam ensino, aprendizagem, avaliação, me- fendido nas teorias pós-críticas, “não é possível es-
todologia, didática, organização, planejamento, e昀椀- tabelecer nenhum critério transcendente pelo qual
ciência, objetivos. nenhuma cultura possa ser julgada superior a outra”
( ) Enfatizam identidade, alteridade, diferença, sub- (p. 86). E, por 昀椀m temos as teorias críticas, item 02,
jetividade, signi昀椀cação e discurso, saber-poder, re- como uma perspectiva de ruptura, uma completa in-
presentação cultural, gênero, raça, sexualidade e versão às teorias tradicionais, o foco está na defesa
multiculturalismo. da “identidade, alteridade, diferença, subjetividade,
( ) Enfatizam ideologia, reprodução cultural e social, signi昀椀cação e discurso, saber-poder, representação
poder, classe social, capitalismo, relações sociais de cultural, gênero, raça, sexualidade e multicultura-
produção, conscientização, emancipação e liberta- lismo”. Ou seja, “enquanto os modelos tradicionais
ção, currículo oculto e resistência. se restringem a atividade técnica de como fazer o
currículo..., as teorias críticas descon昀椀am do status
A sequência está correta em: quo, responsabilizando-o pelas desigualdades e in-
justiças sociais... são teorias de descon昀椀ança, ques-
Ⓐ 1, 2, 3. tionamento e transformação radical” (p. 30). Isso
Ⓑ 1, 3, 2. permite a昀椀rmar que para as teorias críticas, o mais
Ⓒ 3, 2, 1. importante não é “desenvolver técnicas de como fa-
Ⓓ 2, 3, 1. zer o currículo, mas desenvolver conceitos que nos
Ⓔ 2, 1, 3. permitam compreender o que o currículo faz” (p. 30).
Alternativas C, D e E: INCORRETAS. Ver análise no
Grau de Di昀椀culdade item B.
historicamente, bem como das in昀氀uências teóricas Alternativa C: CORRETA. Apesar da veracidade dessa
que a afetam e se fazem hegemônicas em um dado alternativa, ela não pode ser tomada como correta
momento. O currículo é um importante elemento para atender a questão. É importante destacar que
constitutivo da organização escolar. Na organização é função dos professores, como responsáveis pelo
curricular é preciso considerar alguns pontos bási- fazer pedagógico na sala de aula; das escolas, como
cos para sua construção.” Considerando essa asser- instituições promotoras do ensino que deve ser de
tiva, marque a alternativa incorreta. qualidade; e dos sistemas educacionais que tem por
função aprovar e acompanhar a qualidade da edu-
Ⓐ Os objetivos devem ser alcançados por meio do cação, elaborar seus planos pedagógicos com a in-
processo de ensino. tenção de garantir aprendizagem, o pleno desenvol-
Ⓑ As experiências de aprendizagem escolares de- vimento do educando, seu preparo para o exercício
vem ser vividas pelos alunos. da cidadania e para estudos posteriores, como reza
Ⓒ Os planos pedagógicos devem ser elaborados por a Lei. Ademais, a escola, por meio de sua proposta
professores, escolas e sistemas educacionais. curricular, é a instituição capaz de contribuir para
Ⓓ Os processos de avaliação terminam por in昀氀uir que a realidade sócio-histórica seja re昀氀etida pelo
nos conteúdos e nos procedimentos selecionados estudante, para que ele se conscientize da sua con-
nos diferentes graus da escolarização. dição social e da sociedade como um todo.
Ⓔ Os conteúdos são distribuídos por uma base na- Alternativa D: CORRETA. Embora essa alternativa
cional diferente em cada estado brasileiro e uma seja verdadeira, não atende ao pleito da questão.
parte é diversi昀椀cada em conformidade com as legis- Na organização do currículo, é evidente que “os pro-
lações. cessos de avaliação terminam por in昀氀uir nos con-
teúdos e nos procedimentos selecionados nos di-
Grau de Di昀椀culdade ferentes graus da escolarização”, sobretudo porque
a avaliação tem o princípio da diagnose/mediação
Alternativa A: CORRETA. Embora essa alternativa seja da realidade que implica diretamente na escolha
verdadeira ela não atende à solicitação da questão, dos conteúdos e no modo como são selecionados
haja vista que os objetivos propostos, traçados com os procedimentos, a partir da necessidade de cada
vistas à mudança da realidade escolar, devem ser al- etapa educacional do estudante.
cançados por meio do processo de ensino, sobretu- Alternativa E: INCORRETA. Essa alternativa é a que
do porque o ensino é a forma de operacionalização deve ser assinalada, haja vista que, embora haja na
dos desejos/objetivos que promovem a aprendiza- organização curricular “uma parte é diversi昀椀cada
gem do aluno e, consequentemente, a transforma- em conformidade com as legislações” está incorreto
ção da realidade escolar. a昀椀rmar que “[...] os conteúdos são distribuídos por
Alternativa B: CORRETA. As análises dessa alternati- uma base nacional diferente em cada estado brasi-
va são verídicas, o que faz essa alternativa não con- leiro”, até porque a Base Nacional Comum Curricular
templar a questão proposta. Tendo em vista que “o tem como princípio garantir uma formação comum
currículo é um importante elemento constitutivo da ao estudante em qualquer parte do território nacio-
organização escolar [...] é preciso considerar alguns nal, conforme preconiza o artigo 26º LDBEN 9394/96,
aspectos básicos para a sua construção”, dentre ao a昀椀rmar que “os currículos do ensino fundamen-
as quais se destacam “as experiências de aprendi- tal e médio devem ter uma base nacional comum, a
zagem escolares devem ser vividas pelos alunos.” ser complementada, em cada sistema de ensino e
Para Moreira (1997), se consideramos o enfoque de estabelecimento escolar, por uma parte diversi昀椀ca-
experiência de aprendizagem o “currículo passa a da, exigida pelas características regionais e locais da
signi昀椀car o conjunto de experiências a serem vividas sociedade, da cultura, da economia e da clientela”.
pelo estudante sob a orientação da escola”. Em tal
perspectiva, cabe à escola promover ao estudante a 17. Questão
oportunidade e possibilidades de vivenciar tais ex-
periências de aprendizagem. (UFRB/BA - FUNRIO - 2015) Aquilo que se ensina na escola,
sem que se perceba que está sendo ensinado, é de-
nominado pelos estudiosos do campo do currículo que “[...] ele não está prescrito, não aparece no pla-
como: nejamento”, mas representa tudo que se aprende
[...] pela convivência espontânea em meio às várias
Ⓐ currículo real. práticas atitudes, comportamentos, gestos e percep-
Ⓑ transposição didática. ções que vigoram no meio social e escolar”. A impor-
Ⓒ currículo oculto. tância do currículo oculto está no reconhecimento
Ⓓ saber experiencial. de que essas percepções e ações espontâneas in-
Ⓔ aprendizagem signi昀椀cativa. 昀氀uenciam e afetam o processo de aprendizagem do
estudante e os modos de ensino do professor.
Grau de Di昀椀culdade Alternativa D: INCORRETA. Esta alternativa é inváli-
da para a questão, uma vez que saber experiencial
Alternativa A: INCORRETA. Esta alternativa não aten- é um movimento de cada sujeito que, segundo Josso
de ao pleito da questão, uma vez que o currículo (2004) “diz respeito ao todo da pessoa, diz respeito
real, ao contrário do “que se ensina na escola, sem à sua identidade profunda, à maneira como ela vive
que se perceba que está sendo ensinado”, é aque- como ser; enquanto aprendizagem a partir da expe-
le que de fato acontece na sala de aula, em decor- riência, ou pela experiência, está relacionada ape-
rência de um projeto pedagógico intencionalmente nas às transformações menores”. O papel dos sabe-
pensado para ser posto em prática... É “aquilo que se res da experiência é, na verdade, reunir e mobilizar
ensina na escola”, a efetivação do que foi planejado os demais saberes que o sujeito adquire durante sua
para acontecer. É o chamado currículo em ação, a trajetória. Logo, não pode ser tratado como “aquilo
partir do que o professor projetou para colocar em que se ensina na escola, sem que se perceba que
prática, ainda que nesse processo haja alterações/ está sendo ensinado”.
modi昀椀cações a partir das demandas dos sujeitos em Alternativa E: INCORRETA. Esta alternativa é incorre-
busca de novos conhecimentos. Na visão de Libâneo ta, uma vez que a aprendizagem signi昀椀cativa, segun-
(2004), o Currículo real é planejado pelo professor, do Ausubel (2003) se caracteriza pela interação entre
“[...] sai da prática dos professores, da percepção e os conhecimentos já adquiridos pelos estudantes e
do uso que os professores fazem do currículo for- os conhecimentos novos que são intencionalmente
mal” (172). projetados pelo professor, a partir do repertório que
Alternativa B: INCORRETA. Esta alternativa também o estudante já possui. Nesse processo, o professor
não contempla a solicitação, considerando que a busca promover uma ação pedagógica e昀椀ciente e
transposição didática não se refere ao que “[...] se e昀椀caz, com novos conhecimentos que, em articu-
ensina na escola, sem que se perceba que está sen- lação aos conhecimentos prévios, vão adquirindo
do ensinado”, ao contrário, a transposição didática é signi昀椀cado para o estudante e lhe proporcionando
a forma intencionalmente pensada pelo professor e maturidade na estrutura cognitiva. Esse é um pro-
pela equipe pedagógica da escola para transformar cesso, que segundo o mesmo autor necessita da dis-
o conhecimento cientí昀椀co em conhecimento escolar, posição do sujeito para relacionar o conhecimento,
ou seja, uma proposta pedagógica se materializa como potencial signi昀椀cativo, a um conhecimento mí-
pela transposição didática, pois é através desta que nimo preexistente na estrutura sua cognitiva. Logo, é
o professor transforma objetos do conhecimento em um processo que é planejado pelos professores que
objetos de ensino e de aprendizagem. acontece intencionalmente na sala de aula, não de-
Alternativa C: CORRETA. Esta alternativa é verdadei- vendo ser, “aquilo que se ensina na escola, sem que
ra. O currículo oculto é “aquilo que se ensina na es- se perceba que está sendo ensinado”.
cola, sem que se perceba que está sendo ensinado”
e refere-se, segundo Libâneo (2004) “[...] as in昀氀uên- 18. Questão
cias que afetam a aprendizagem dos estudantes e o
trabalho dos professores provenientes da experiên- (FUNDAÇÃO CASA - CETRO - 2014) É correto a昀椀rmar que um
cia cultural, dos valores e signi昀椀cados trazidos pelas processo avaliativo mediador
pessoas de seu meio social e vivenciados na própria
escola”. Para esse autor, é “oculto” justamente por
Ⓐ exige planejamento do professor de acordo com cesso de evolução de cada estudante, desa昀椀ando-o
a rotina da instituição, especi昀椀cando as ações e as a avançar.
tarefas a cumprir. Exige que o professor avalie o Alternativa B: INCORRETA. Esta alternativa também
grupo todo no sentido de perceber como a maioria não contempla a solicitação, haja vista que um pro-
dos alunos se comporta em relação à determinada cesso mediador de avaliação não se preocupa com a
expectativa de aprendizagem instituída, para o com- mensuração do “[...] desempenho escolar do aluno”
ponente curricular, a faixa etária e o ano escolar. para “registrá-lo”. Ademais, a avaliação mediadora
Ⓑ veri昀椀ca se os alunos atingiram os objetivos pro- entra em contradição com a “prática do planejamen-
postos no currículo escolar. Possibilita medir o de- to do professor... para trabalhar de improviso, como
sempenho escolar do aluno e registrá-lo. O plane- fator motivacional, o que os alunos querem apren-
jamento do professor deve sempre levar em conta der e seus interesses”.
o que os alunos precisam aprender e trabalhar de Alternativa C: INCORRETA. Esta alternativa não é vá-
improviso, como fator motivacional, o que os alunos lida para a questão, tendo em vista que um processo
querem aprender e seus interesses. mediador de avaliação não se “centraliza nos objeti-
Ⓒ não julga os objetivos socioafetivos, pelo con- vos cognitivos”, por considerar que o sujeito em for-
trário centraliza nos objetivos cognitivos. Não há mação é multidimensional, logo, embora afetividade
indissociabilidade entre os objetivos educacionais e cognição sejam dimensões distintas do ser huma-
socioafetivos e os cognitivos, são duas dimensões no, são indissociáveis e uma implica no desenvolvi-
distintas do ser humano. mento da outra.
Ⓓ não entra em sintonia com um planejamento rí- Alternativa D: CORRETA. Esta é a alternativa correta,
gido de atividades por um professor, com rotinas por expressar um processo avaliativo mediador, haja
in昀氀exíveis, com temas previamente de昀椀nidos por vista que esse processo mediador de avaliação, en-
unidades de estudo, em que as vivências, as expe- quanto perspectiva construtivista de educação, “não
riências e os contextos de vida dos alunos não sejam entra em sintonia com um planejamento rígido de
levados em conta. atividades por um professor, com rotinas in昀氀exíveis”,
Ⓔ não se reporta a comportamento alcançado e ao contrário, prima pela relação dialógica, de troca
sim a conteúdo aprendido. Não se avalia objetivos de experiências e discussões, provocações e desa-
socioafetivos mesmo quando existentes no proje- 昀椀os aos alunos, possibilitando o entendimento pro-
to educacional da instituição. Na educação escolar gressivo da formação e da aprendizagem do aluno.
avalia-se e registra-se resultados, faz parecer con- Na concepção mediadora da avaliação, as práticas
clusivo com base nos objetivos cognitivos desejados. do professor visam compreender essa evolução e as-
sumir compromisso diante as diferenças individuais
Grau de Di昀椀culdade dos alunos, ou seja, o processo de aprendizagem
torna-se contínuo através da avaliação mediadora,
Alternativa A: INCORRETA. Esta alternativa é incor- sobretudo por que, a avaliação mediadora permite
reta, sobretudo porque o planejamento do profes- investigar, mediar, desa昀椀ar os alunos e provocá-los
sor, embora deva estar em sintonia com proposta à novas descobertas e construções; possibilita ainda
pedagógica da escola, prima pela construção e perceber pontos de vistas diferentes para construir
aprendizagem do aluno para além da rotina escolar. um caminho comum para o conhecimento cientí昀椀co.
A perspectiva de um processo mediador transcende Pressupõe uma análise qualitativa e processual, que
a exigência de uma avaliação do “... grupo todo”, e nega as “[...] rotinas in昀氀exíveis, com temas previa-
busca promover a avaliação individual no sentido de mente de昀椀nidos por unidades de estudo, em que as
analisar como cada aluno está se desenvolvendo. É vivências, as experiências e os contextos de vida dos
uma perspectiva que ao invés de “[...] perceber como alunos não sejam levados em conta”.
a maioria dos alunos se comporta em relação à de- Alternativa E: INCORRETA. Esta alternativa não pode
terminada expectativa de aprendizagem instituída, ser tomada como verdadeira, uma vez que um pro-
para o componente curricular, a faixa etária e o ano cesso mediador de avaliação busca avaliar o sujeito
escolar”, busca proporcionar a investigação do pro- em sua totalidade, sendo um processo para além
do conteúdo, sobretudo por propor um diálogo/
aproximação entre professor, estudante e conhe- de” (p. 202). A gestão numa perspectiva democrá-
cimento, de modo que a prática pedagógica seja tica promove o discurso e o debate num ambiente
pensada, repensada e reelaborada em consonância civilizado, até porque o planejamento participativo
com a realidade sociocultural do estudante. Nesse não acontece por decreto. Numa democracia todos
processo, supera-se a perspectiva em que “avalia-se podem emitir sua opinião, concordar, discordar e
e registra-se resultados, faz parecer conclusivo com debater os problemas até chegar a certo consenso,
base nos objetivos cognitivos desejados”, e busca- o que faz a construção ser conjunta, coletiva, em
-se compreender que o erro é parte do processo na colaboração. Esse processo contribui para que os
construção do conhecimento, em que o professor é sujeitos sintam-se corresponsáveis pelas diretrizes
capaz de criar situações desa昀椀adoras que tornem traçadas na organização e pelo bom funcionamento
capaz a re昀氀exão e ação tornando a aprendizagem do espaço escolar. É um modelo de gestão em que
mais signi昀椀cativa. toda a equipe gestora busca interagir com o grupo,
encoraja a participação das pessoas e se preocupa
Resposta: Ⓓ com o trabalho coletivo e com a qualidade da ação
pedagógica na escola.
19. Questão Alternativa C: INCORRETA. Esta alternativa é inváli-
da, se considerarmos que não é possível pensar em
(UFRB/BA – FUNRIO – 2015) O processo de planejamento planejamento participativo na gestão autocrática, a
participativo implica uma gestão qual se centraliza totalmente na autoridade, poderio
e decisões do líder. Nesse modelo de gestão “os su-
Ⓐ centralizada. bordinados” não têm nenhum direito, nem liberdade
Ⓑ democrática. de escolha ou de decisão, pois o líder é dominador,
Ⓒ autocrática. controlador e temido pelo grupo, emite ordens e es-
Ⓓ autônoma. pera plena obediência dos subordinados, os quais
Ⓔ humanista. trabalham sob forte tensão.
Alternativa D: INCORRETA. Esta alternativa não con-
Grau de Di昀椀culdade templa a questão, pois embora a autonomia seja um
princípio da prática do planejamento participativa,
Alternativa A: INCORRETA. Esta alternativa é incorre- ela é uma característica da gestão democrática, a
ta, pois não é possível a prática de um planejamento qual promove ao sujeito a liberdade de participar
participativo numa gestão centralizadora, em que e se sentir corresponsável pelo funcionamento do
as ordens são hierarquicamente determinadas pelo espaço escolar. Para Gadotti (2002), a escola pública
gestor como regra autoritária de funcionamento da autônoma é, antes de mais nada, democrática (para
escola. Conforme destaca Paro (2002), a “[...] escola, todos), democrática na sua gestão, democrática
assim, só será uma organização humana e democrá- quanto ao acesso e permanecia de todos.
tica na medida em que a fonte desse autoritarismo, Alternativa E: INCORRETA. Esta alternativa também
que ela identi昀椀ca como sendo a administração (ou a não atende ao pleito, se considerarmos que a pers-
burocracia...), for substituída pelo espontaneísmo e pectiva humanista é um princípio da gestão demo-
pela ausência de todo tipo de autoridade ou hierar- crática, a qual respeita o sujeito com construtor de
quia nas relações vigentes na escola” (p.12). Partici- conhecimento, como ser humano que tem opinião
pação e centralização são termos que não dialogam. própria, visão de mundo e perspectivas.
Alternativa B: CORRETA. Esta é a alternativa que deve
ser assinalada, tendo em vista que só é possível um 20. Questão
processo de planejamento participativo na escola
dentro de uma perspectiva de gestão democrática, (CEFET/RJ - CESGRANRIO - 2014) Considerando o planeja-
a qual busca a descentralização de poder e autono- mento pedagógico na perspectiva da Didática Fun-
mia no espaço escolar. Segundo Gadotti (1995) “[...] a damental, como o proposto por Vera Maria Candau,
luta pela autonomia da escola insere-se numa luta três dimensões devem ser levadas em conta:
maior pela autonomia no seio da própria socieda-
Ⓐ contextual, social e política, pois o ensino con- Candau (2010), tem como grande preocupação rom-
textualizado é a principal meta do planejamento per com a visão meramente instrumental que se tem
pedagógico. da didática e evidenciar uma didática comprome-
Ⓑ técnica, instrucional e cientí昀椀ca, já que a didática tida com as transformações sociais e com a busca
é o artifício metodológico que permite ensinar tudo por um conhecimento pedagógico mais e昀椀ciente e
a todos. e昀椀caz. Desse modo, a Didática Fundamental deve ser
Ⓒ humana, político-social e técnica, a 昀椀m de valori- compreendida como “um saber de mediação”, con-
zar as relações entre professores e alunos, o contex- templado no planejamento pedagógico, o qual é en-
to social e a capacidade de saber ensinar. tendido como uma intervenção que se sustenta nas
Ⓓ subjetiva, afetiva e motivacional, uma vez que a dimensões “humana, político-social e técnica”. Para
relação entre os sujeitos (professor e alunos) é o a autora, essa “multidimensionalidade” dos proces-
principal elemento da aprendizagem. sos e ensinar e aprender, busca “[...] valorizar as re-
Ⓔ instrucional, subjetiva e lúdica, pois a educação lações entre professores e alunos, o contexto social
envolve o conhecimento, o estilo pessoal e a arte de e a capacidade de saber ensinar”, sobretudo porque
promover a aprendizagem. o planejamento pedagógico deve estar articulado às
inúmeras categorias que são subjacentes ao sujei-
Grau de Di昀椀culdade to em sua dimensão humana, com seus objetivos e
interesses; às condições políticas e sociais que en-
Alternativa A: INCORRETA. Esta alternativa é incorre- volvem as necessidades de cada contexto; e as ques-
ta, pois “o planejamento na perspectiva da Didática tões técnicas, que procuram organizar as condições
Fundamental”, não se sustenta apenas pelas dimen- pedagógicas (estratégias de ensino, avaliação, con-
sões “contextual, social e política”, tendo em vista teúdo... etc.) para que promovam uma aprendizagem
que até o “ensino contextualizado” como meta do signi昀椀cativa. Candou a昀椀rma ainda que as dimensões
planejamento pedagógica, requer uma perspectiva “humana, político-social e técnica” da prática pe-
técnica e humana. Os estudos de Candau demons- dagógica se exigem reciprocamente. Porém, é uma
tram que a a昀椀rmação da dimensão política da práti- implicação que não acontece automática e espon-
ca pedagógica foi, em um dado momento da história taneamente. Logo, é necessário que seja conscien-
(anos 80), acompanhada da negação da dimensão temente planejada e trabalhada, a partir da visão de
técnica, sem o entendimento de que a competên- homem, sociedade, conhecimento e educação.
cia técnica e competência política não são aspectos Alternativa D: INCORRETA. Esta a昀椀rmativa é inváli-
contrapostos. A prática pedagógica, exatamente por da, haja vista que no planejamento pedagógico, na
ser política, exige a competência técnica. perspectiva da didática fundamental, não é su昀椀cien-
Alternativa B: INCORRETA. Esta alternativa está te pensar apenas na dimensão humana (subjetiva,
equivocada, tendo em vista que essas dimensões afetiva e motivacional) sem articulá-la às dimensões
“técnica, instrucional e cientí昀椀ca”, 昀椀zeram parte da político-social e técnica. É importante frisar que para
didática instrumental, em que os condicionantes a abordagem humanista, a dimensão humana é o
socioeconômicos, políticos e estruturais da educa- eixo orientador dos processos de ensino e de apren-
ção não eram considerados. Era uma didática alheia dizagem e nessa abordagem a “relação entre os su-
à realidade, cuja prática pedagógica foi altamente jeitos (professor e alunos) é o principal elemento da
técnica e centrada no “conhecimento” do professor, aprendizagem”, desconsiderando-se outros fatores
detentor dos métodos e técnicas. Essa perspectiva que interfere no processo. Essa abordagem sinaliza
instrumental partia do pressuposto básico de que a uma perspectiva eminentemente subjetiva e indivi-
didática é o artifício metodológico que permite en- dualista do processo de ensino-aprendizagem.
sinar tudo a todos”. Uma didática concebida como Alternativa E: INCORRETA. Esta a昀椀rmativa também é
estratégia para o alcance de “produtos” previstos inválida, se considerarmos que as dimensões “ins-
para o processo de ensino-aprendizagem. trucional, subjetiva e lúdica” não referenciam o
Alternativa C: CORRETA. Esta é a alternativa válida planejamento pedagógico na perspectiva da didá-
para a questão, uma vez que “o planejamento na tica fundamental, sobretudo por não considerar o
perspectiva da Didática Fundamental”, na visão de contexto e dimensão técnica. Embora a “educação
envolva o conhecimento, o estilo pessoal e a arte de Alternativa B: INCORRETA. Esta alternativa é inváli-
promover a aprendizagem”, a didática fundamental, da, considerando que subordinação e autonomia
segundo Candau (2010), busca analisar a prática pe- são termos contraditórios e o professor, enquanto
dagógica concreta, a partir da análise sobre expe- sujeito construtor de sua própria prática não está
riências concretas, que articulem teoria e prática, subordinado à gestão escolar, contudo é parte cons-
com vistas a um ensino e昀椀ciente e e昀椀caz. tituinte desta gestão, como sujeito partícipe. Ade-
mais, numa perspectiva autônoma, nenhuma escola
21. Questão admite que as provas estejam restritas apenas ao
“plano da direção para o melhor desempenho dos
(CEFET - CESGRANRIO - 2014) Numa reunião de planeja- estudantes”.
mento da Escola X, a diretora organiza com os pro- Alternativa C: CORRETA. Esta é a alternativa que con-
fessores as avaliações bimestrais, as tarefas de casa templa a solicitação feita na questão, sobretudo se
e o calendário das provas. No entanto, o Professor W consideramos que o exercício da autonomia aconte-
informa que não pretende aplicar nenhuma prova, ce sempre pelo movimento da articulação do profes-
alegando que atribuirá notas pela frequência dos sor com seu contexto de atuação. Logo, a autonomia
estudantes. A diretora deve argumentar com o pro- docente deve estar “articulada ao Projeto Político-
fessor que, na escola, sua autonomia docente deve -Pedagógico da escola e ao planejamento decidido
estar: coletivamente e que ambos preveem atividades e
provas”. Na visão de Contreras (2002), a autonomia é
Ⓐ determinada pelas políticas públicas estabele- articulada ao PPP da escola, por que o professor re-
cidas no órgão central, uma vez que as avaliações 昀氀ete sobre prática que desenvolve, percebe que seu
fazem parte do sistema educacional. trabalho “[...] não pode ser compreendido à margem
Ⓑ subordinada à gestão escolar, tendo em vista que das condições sociopolíticas que dão credibilidade a
as provas fazem parte do plano da direção para o própria instituição escolar” (p. 69). O professor per-
melhor desempenho dos estudantes. cebe ainda que sua prática faz parte de um contexto
Ⓒ articulada ao Projeto Político-Pedagógico da es- mais amplo, constituído de vários atores que bus-
cola e ao planejamento decidido coletivamente e cam a “[...] preservação do ensino e daqueles que o
que ambos preveem atividades e provas. realizam, do debate e da participação social” (p. 69).
Ⓓ condicionada à decisão da maioria, uma vez que Ainda segundo Contreras, a partir dessa perspectiva,
o grupo de professores votou que em todas as disci- “[...] a responsabilidade pro昀椀ssional deixa de ser um
plinas devem ser aplicadas provas. ato individual e isolado na sala de aula, para passar
Ⓔ relacionada à vontade individual de cada profes- a ser coletiva e sobre a atuação pedagógica” (p. 67).
sor. Alternativa D: INCORRETA. Esta alternativa não aten-
de a questão, especialmente se considerarmos que
Grau de Di昀椀culdade o exercício da autonomia nunca está “condicionado
à decisão da maioria”. O professor autônomo re昀氀e-
Alternativa A: INCORRETA. Esta alternativa não te e debate com responsabilidade e envolvimento,
atende ao que demanda a questão, haja vista que analisa possibilidades a partir da escuta sensível da
a autonomia do professor, como processo que de- realidade e participa conscientemente das tomadas
senvolvimento da capacidade da vontade humana de decisões. Logo, num espaço pedagógico que fa-
de se autodeterminar, a partir de princípios morais vorece ao exercício da autonomia, as ações não são
por ela mesma estabelecida em um dado contexto, desenvolvidas simplesmente porque “o grupo de
tornando-a capaz de assumir responsabilidades e professores votou que em todas as disciplinas de-
tomar decisões diante das demandas, não é e nem vem ser aplicadas provas”.
pode ser “determinada pelas políticas públicas es- Alternativa E: INCORRETA. Esta alternativa também
tabelecidas no órgão central...” ainda que as avalia- é inválida, tendo em vista que o exercício da auto-
ções, com seus princípios e procedimentos, estejam nomia não pode estar simplesmente “relacionado à
integradas a um sistema educacional. vontade individual de cada professor”, uma vez que
o professor é parte de um contexto mais amplo, com Ⓑ concepção tecnicista de avaliação com ênfase na
ações construídas coletivamente. e昀椀cácia e na competência.
Ⓒ concepção de avaliação formativa, que demanda
22. Questão um processo acompanhado de uma intervenção di-
ferenciada.
(CEFET - CESGRANRIO - 2014) Antônio é professor recém- Ⓓ concepção que rompe com a diversidade de práti-
-formado e, ao chegar ao colégio, depara-se com o cas avaliativas e prioriza a avaliação somativa.
quadro abaixo, a昀椀xado no mural de entrada. Ⓔ concepção que fomenta a criação de hierarquias
de excelência, pela valorização do mérito.
“Virando os jogos dos aprendizados”
Para onde caminharemos? Grau de Di昀椀culdade
• Adesão de uma visão mais igualitária da es- Alternativa A: INCORRETA. Esta alternativa é inválida,
cola; tendo em vista que os princípios estabelecidos pela
• Possibilidade de reunir o que já foi aprendi- escola, evidenciados no diálogo entre a coordena-
do e o que deve vir a sê-lo, nos vários campos ção pedagógica e a equipe docente, sinalizam que
do conhecimento; o projeto educativo da escola não está sustentado
• Participação ativa e dinâmica dos estudantes numa “concepção de avaliação enquanto mensura-
desencadeando forças em geral; ção”. Para Lusckesi (2000), na perspectiva da men-
• Ruptura com o esquema tradicional de ensi- suração, a avaliação tem caráter quantitativo e é
no por disciplina; realizada ao 昀椀nal do processo de aprendizagem, a
• Articulação entre trabalho individual e coleti- 昀椀m de medir seu produto 昀椀nal, atuando como ins-
vo e valorização de atitudes; trumento de coleta de “nota” para classi昀椀car o alu-
• Combinação entre o trabalho realizado inter- no sem considerar o processo de construção. Nessa
namente e o de várias outras instituições e concepção, o professor apenas domestica o aluno,
agências. sem contribuir para desenvolver seu potencial, com
vistas a mensurar o acúmulo de informações, a par-
Em conversa posterior com a equipe docente, a coor- tir de testes padronizados. O que importa são as no-
denação pedagógica destaca alguns pontos sobre a tas 昀椀nais, coletadas em geral por meio de provas,
concepção de avaliação da aprendizagem escolar a para aprovar ou reprovar o aluno.
ser adotada no planejamento. Alternativa B: INCORRETA. Esta alternativa é incorre-
- O trabalho escolar passa a ser avaliado, não como ta, pois os princípios apresentados pela coordena-
julgamento de昀椀nitivo e dogmático do professor, mas ção pedagógica da escola em análise transcendem
como uma comprovação para os estudantes de seu a “concepção tecnicista de avaliação com ênfase
progresso em direção a noções mais sistematizadas. na e昀椀cácia e na competência”. Esta concepção cen-
- Parte-se de uma relação direta com a experiência tra-se no fato de que no comportamento humano,
dos estudantes, confrontada com o saber trazido de existem características externas que podem levar a
fora. resultados positivos, logo a avaliação consiste em
- Passa a ser imperativo propor conteúdos e mode- constatar se as habilidades e competências espera-
los compatíveis com experiências vividas, para que das para o aluno foram atingidas, a partir do cumpri-
os estudantes se mobilizem para uma participação mento do programa estabelecido.
ativa. Alternativa C: CORRETA. Os princípios apresentados
pela coordenação pedagógica expressam que o pro-
Pelo exposto, o projeto educativo está pautado na: jeto educativo da escola está em consonância com
uma “concepção de avaliação formativa, que de-
Ⓐ concepção de avaliação enquanto mensuração, manda um processo acompanhado de uma interven-
por meio de provas e testes voltados para a medida ção diferenciada”. Para Luckesi (2000), a avaliação
de aptidões e habilidades dos alunos. formativa vai além dos resultados e provas, propor-
cionando ao aluno uma aprendizagem signi昀椀cativa e
um desenvolvimento satisfatório, em que esse aluno Ⓒ envolvimento dos professores nas decisões do
passa a se compreender no processo de construção gestor e sua equipe.
do conhecimento e de formação. Isso reforça a ideia Ⓓ colaboração dos pais nos projetos elaborados
de projeto educativo sustentado “numa relação di- pela escola.
reta com a experiência dos estudantes, confrontada Ⓔ participação de cada pro昀椀ssional em seu setor
com o saber trazido de fora”, em que o professor não particular.
avalia para julgar ou classi昀椀car o aluno, mas para
promover-lhes “seu progresso em direção a noções Grau de Di昀椀culdade
mais sistematizadas”. Nessa perspectiva, torna-se
imprescindível “propor conteúdos e modelos com- Alternativa A: CORRETA. Esta é alternativa correta.
patíveis com experiências vividas, para que os estu- Na visão de Danilo Gandim (1994), não é possível a
dantes se mobilizem para uma participação ativa”, existência de uma gestão democrática sem o envol-
garantindo assim a formação integral do indivíduo vimento de toda a comunidade escolar, em que toda
e visando prepará-lo para o exercício efetivo da ci- decisão a ser tomada deve ser planejada com a par-
dadania. ticipação dos sujeitos que compõem a escola, logo,
Alternativa D: INCORRETA. Esta alternativa é incorre- esse autor considera que o planejamento participa-
ta. O projeto educativo da escola não está sustenta- tivo é estratégia da gestão democrática da educação
do numa “concepção que rompe com a diversidade e que “a construção em conjunto acontece quando
de práticas avaliativas e prioriza a avaliação soma- o poder está com as pessoas, independentemente
tiva”, tendo em vista que essa concepção sustenta dessas diferenças menores e fundamentadas na
uma prática avaliativa que ocorre ao 昀椀nal da instru- igualdade real entre as pessoas... Todos crescem
ção, com a intenção de veri昀椀car o que aluno “apren- juntos, transformam a realidade, criam o novo em
deu” a partir dos conteúdos demarcados como mais proveito de todos e com o trabalho coordenado” (p.
relevantes e dos objetivos prede昀椀nidos para o pe- 57).
ríodo da instrução. Alternativa B: INCORRETA. Esta alternativa é inválida.
Alternativa E: INCORRETA. Esta alternativa é inváli- Se considerarmos a noção de igualdade de direitos
da. A escola apresenta princípios que sustentam um e deveres defendidos pela democracia, não é conce-
projeto educativo que supera a “concepção que fo- bível num contexto de gestão democrática escolar
menta a criação de hierarquias de excelência, pela que haja prioridade de “consulta aos professores
valorização do mérito”. Essa concepção centra-se na da escola nos casos especí昀椀cos”. Ao contrário, todas
comparação de resultados obtidos com diferentes as tomadas de decisões deverão ser planejadas na
alunos, métodos e materiais de ensino, com a in- coletividade, contemplando todos os sujeitos que
tenção de classi昀椀car hierarquicamente a partir dos compõem a escola.
resultados obtidos. Alternativa C: INCORRETA. Esta alternativa é inváli-
da. Num contexto de gestão democrática, as deci-
23. Questão sões não podem ser centralizadas no gestor e sua
equipe. Para Gandim (1994), quando a gestão prio-
(IFBA - FUNRIO - 2014) O planejamento e a gestão parti- riza o “envolvimento dos professores nas decisões
cipativos e democráticos são tratados por diversos do gestor e sua equipe” há um equívoco na noção
autores na educação. As diferentes concepções e de participação democrática, em que “a ‘autoridade’
práticas da gestão escolar vão con昀椀gurar sua natu- chama as pessoas a trazerem sua contribuição para
reza: tradicional ou democrática. Para Gandin, po- o alcance do que esta mesma ‘autoridade’ decidiu
demos dizer que uma gestão democrática prioriza: como proposta”. Nessa perspectiva, as pessoas são
convocadas a colaborar “[...] com seu trabalho, com
Ⓐ tomada de decisão entre toda a comunidade es- seu apoio ou, pelo menos, com o seu silencio, para
colar. que as decisões da “autoridade” tenha bons resulta-
Ⓑ consulta aos professores da escola nos casos es- dos e, ao 昀椀nal, para o “status quo” não seja rompido”
pecí昀椀cos. (p. 56).
Alternativa D: INCORRETA. Alternativa inválida. A IV. Estar aberto para acolher os alunos, a comuni-
gestão democrática prioriza a participação de todos dade escolar e sua realidade.
os sujeitos envolvidos que constituem a realidade V. Ser 昀氀exível e replanejar sempre que necessário.
escolar, com igualdade de direitos, para construção Dentre o disposto acima, estão corretas:
coletiva e não para apreciação do que foi produzido
pela equipe gestora da escola. Logo, num contexto Ⓐ Apenas as a昀椀rmativas I, II e IV.
escolar que concebe a gestão como democrática, Ⓑ Apenas as a昀椀rmativas II, III e V.
não é possível priorizar a mera “colaboração dos Ⓒ Apenas as a昀椀rmativas I, III e V.
pais nos projetos elaborados pela escola”. Para Gan- Ⓓ Todas as a昀椀rmativas estão corretas.
dim (1994), “esse tipo de prática leva inexoravelmen-
te à descrença das pessoas porque elas descobrem, Grau de Di昀椀culdade
com o tempo, que sua participação é apenas secun-
dária ou, simplesmente, não serve pra nada”. Na Assertiva I: CORRETA. Esta a昀椀rmativa é verdadeira.
verdade, os pais deverão estar envolvidos na cons- O ato de planejar prescinde da prática de “pesqui-
trução de tais projetos, juntamente com os demais sar sempre, para atender as necessidades e inovar
atores escolares. o ensino”, tendo em vista que é pela pesquisa que
Alternativa E: INCORRETA. Alternativa inválida. É o professor garante a construção do conhecimento
inconcebível num espaço que toma a gestão como necessário, tanto no que tange a questão especí昀椀-
democrática priorizar a “participação de cada pro- ca do conteúdo a ser tralhado na ação pedagógica,
昀椀ssional em seu setor particular”, haja vista que a quanto no que se refere ao domínio pedagógico
democracia garante igualdade de direitos. Logo, a do como fazer para que o aprendiz seja desa昀椀ado
escola que se diz democrática, deverá garantir o di- a produzir se próprio conhecimento, conforme res-
reito ao exercício da democracia aos sujeitos que a salta Severino (2007), a pesquisa “de um lado, tem
compõem, priorizando a construção coletiva de seus uma dimensão epistemológica: a perspectiva do co-
projetos, a partir do debate, da escuta, da troca, de nhecimento. Só se conhece construindo o saber, ou
discussões que garantam que cada proposta a ser seja, praticando a signi昀椀cação dos objetos [...] assu-
desenvolvida foi produzida pelo coletivo. me ainda uma dimensão pedagógica: a perspectiva
decorrente de sua relação com a aprendizagem. Ela
24. Questão é mediação necessária e e昀椀caz para o processo de
ensino/aprendizagem. Só se aprende e só se ensina
(PREF. JUATUBA/MG - CONSULPLAN - 2015) O ato de planejar pela efetiva prática da pesquisa. Mas ela tem ainda
faz parte da história do ser humano e, podemos di- uma dimensão social...” (p 26). Ademais, como res-
zer, até que é inerente ao mesmo, pois está aliado ao salta Demo (1995) “sem pesquisa, o ensino se des-
seu dia a dia, tendo em vista suas necessidades, suas nutre e morre...”.
atribuições e funções cotidianas, porém, usamos os Assertiva II: CORRETA. Esta a昀椀rmativa é verdadeira.
processos racionais para alcançar o que desejamos. À medida que o professor tem a prática de planejar
Neste sentido, pensando este ato no processo esco- conscientemente a ação pedagógica a se desenvol-
lar, entende-se que a escola é um espaço de contra- vida em sala de aula, um aspecto que passa a ser
dições, ocupada por diferentes saberes culturais e foco do seu interesse é a ‘criatividade’ “na elabora-
necessita de planejamento das ações para que seus ção dos planos de ação”, com vistas a promover ao
objetivos sejam alcançados, portanto, planejar (na estudante o desa昀椀o, para que esse se sinta provoca-
escola) requer: do a produzir o seu próprio conhecimento, a partir
de práticas inovadoras e diferenciadas, que tenham
I. Pesquisar sempre, para atender as necessida- o aprendiz como sujeito/centro do processo e se
des e inovar o ensino. sinta autor de suas próprias construções, conforme
II. Ser criativo na elaboração dos planos de ação. destaca Vasconcelos (2000), ao a昀椀rmar que “o pla-
III. Estabelecer prioridades e limites, na busca da no de ação é fruto da tensão entre a realidade e a
obtenção dos resultados que devem ser anali- 昀椀nalidade ou desejo”. Desse modo, Libâneo (2001)
sados periodicamente. ressalta que “[...] o planejamento consiste numa ati-
vidade de previsão da ação a ser realizada, implican- situação real para transformá-la de acordo com as
do de昀椀nições de necessidades a atender, objetivos a necessidades dos sujeitos que compõem essa rea-
atingir dentro das possibilidades, procedimentos e lidade. Porém, traçar princípios norteadores para a
recursos a serem empregados, tempo de execução e ação não signi昀椀ca que seja possível prevê-la em to-
formas de avaliação. O processo e o exercício de pla- dos os seus detalhes. Logo, ao professor cabe estar
nejar referem-se a uma antecipação da prática, de atento as adversidades, intercorrências e necessida-
modo a prever e programar as ações e os resultados des que emergem da realidade, para buscar intervir
desejados, constituindo-se numa atividade necessá- de forma consciente e intencional. O autor ainda
ria à tomada de decisões (p. 123). destaca que o planejamento explicita-se como um
Assertiva III: CORRETA. Esta a昀椀rmativa é verdadeira, processo dinâmico, investigativo e contínuo, que en-
haja vista que é impossível “estabelecer prioridades volve a elaboração (ação mental, re昀氀exiva a partir da
e limites, na busca da obtenção dos resultados que realidade); execução (concretização da mudança); e
devem ser analisados periodicamente”, sem plane- reelaboração (que indica a reconstrução da ação).
jar. O planejamento é uma atividade inerente ao ser
humano, mas, como destaca Vasconcelos quando Resposta: Ⓓ
falamos de planejamento na escola, envolvendo os
processos de ensino e de aprendizagem, estamos 25. Questão
falando de algo muito sério e que precisa ser sis-
tematicamente planejado, com qualidade e inten- (IFPR - CETRO - 2014) Sobre a participação popular no
cionalidade. Logo, ao professor cabe estar atento à planejamento e na organização da educação nacio-
realidade do estudante e às suas necessidades, para nal, analise as assertivas abaixo.
construir sequências didáticas e sequências de con-
teúdos que atendam as suas prioridades formativas. I. Observa-se um avanço em ritmo acelerado das
É pelo planejamento que o professor vislumbra as conquistas no campo da participação popular
possibilidades de mudanças e analisa em que medi- no planejamento e na organização da educa-
das tais mudanças se efetivam. ção nacional.
Assertiva IV: CORRETA. Esta a昀椀rmativa é verdadeira. II. A participação popular faz parte de uma “pe-
Ao planejar, o professor busca contemplar todas as dagogia participativa”. Ela é um pressuposto da
necessidades que circundam a realidade do estu- própria aprendizagem.
dante e ter clareza de que é preciso “estar aberto III. A gestão democrática dos sistemas de ensino
para acolher os alunos, a comunidade escolar e sua e das instituições educativas constitui uma das
realidade”, tendo em vista que para o professor o dimensões que possibilitam o acesso à educa-
“desejo é que a escola cumpra um papel social de ção de qualidade como direito universal.
humanização e emancipação, onde o aluno possa IV. A participação popular diz respeito às formas
desabrochar, crescer como pessoa e como cidadão, mais independentes e autônomas de organiza-
e onde o professor tenha um trabalho menos alie- ção e de atuação política dos grupos das clas-
nado e alienante, que possa repensar sua prática, ses populares e trabalhadoras, constituindo-se
re昀氀etir sobre ela, ressigni昀椀cá-la e buscar novas al- em movimentos sociais, associações de mora-
ternativas” (p. 14). dores etc..
Assertiva V: CORRETA. Esta a昀椀rmativa é verdadeira. O É correto o que se a昀椀rma em
planejamento não é um instrumento burocrático, rí-
gido e fechado. Ao contrário, uma das principais ca- Ⓐ I, II, III e IV.
racterísticas inerentes ao planejamento é sua 昀氀exi- Ⓑ I, III e IV, apenas.
bilidade diante das demandas da realidade, a partir Ⓒ II, III e IV, apenas.
da qual o professor pode “replanejar sempre que for Ⓓ I e II, apenas.
necessário”, tendo em vista que se trata de uma prá- Ⓔ II e III, apenas.
tica social, interativa e imprevisível. Na ótica de Vas-
concelos (1999) o planejamento deve ser compreen- Grau de Di昀椀culdade
dido como um instrumento capaz de intervir em uma
Assertiva I: INCORRETA. Esta a昀椀rmativa é inválida, como direito universal”, constituindo-se em um “[...]
tendo em vista que “a participação popular no pla- princípio basilar a partir do qual se fortalecem es-
nejamento e na organização da educação nacional”, paços de participação e de pactuação já instituídos
ainda não é uma conquista que avança em ritmo e por instituir”. É pela perspectiva democrática da
acelerado. Para Moacir Gadotti (2014), “[...] no pla- gestão que se torna possível dirimir as desigualda-
nejamento educacional no Brasil ela vem ocorren- des sociais.
do, ora com mais, ora com menos intensidade (com Assertiva IV: CORRETA. Esta a昀椀rmativa é verdadeira,
exceção do período do regime autoritário quando tendo em vista que a participação popular, conside-
foi sistematicamente combatida), desde os anos 20 rada como pressuposto da cidadania e inerente à
do século passado, quando ocorreram as primeiras noção de democracia e, conforme defende Gadotti
Conferências Nacionais de Educação”. Logo, ainda se (2014) “[...] corresponde às formas mais independen-
apresenta frágil e desarticulada, se considerarmos tes e autônomas de organização e de atuação políti-
que, conforme destaca Gadotti (2014) essa partici- ca dos grupos das classes populares e trabalhadoras
pação popular “[...] corresponde às formas de luta e que se constituem em movimentos sociais, asso-
mais direta do que a participação social... e embora ciações de moradores, lutas sindicais etc... corres-
dialogando e negociando pontualmente com os go- ponde a formas de luta mais direta do que a partici-
vernos, em determinados momentos, essas formas pação social, por meio de ocupações, marchas, lutas
de organização e mobilização não atuam dentro de comunitárias etc.”.
programas públicos e nem se subordinam às suas
regras e regulamentos”. RESPOSTA: Ⓒ
Assertiva II: CORRETA. Esta a昀椀rmativa é verdadeira,
haja vista que, como adverte Gadotti (2014) “[...] a 26. Questão
participação popular e a gestão democrática fazem
parte da tradição das chamadas “pedagogias par- (METRO/DF - IADES - 2014) Acerca do desenvolvimento de
ticipativas”, as quais tomam como pressuposto bá- projetos pedagógicos para as organizações, assinale
sico da aprendizagem a participação do sujeito no a alternativa correta.
seu próprio processo de aprender, de formar-se, de
constituir-se cidadão. Para o autor, “[...] pode-se di- Ⓐ O uso de projetos pedagógicos possui grande va-
zer que a participação e a autonomia compõem a lia no cenário escolar, mas, dentro da empresa, essa
própria natureza do ato pedagógico”. A participação prática tem e昀椀cácia restrita.
é um pressuposto da própria aprendizagem. Mas, Ⓑ No trabalho em equipe, o uso de projetos é dis-
formar para a participação é, também, formar para pensável por inviabilizar a articulação dos diferen-
a cidadania, isto é, formar o cidadão para participar, tes saberes oriundos dos colaboradores.
com responsabilidade, do destino de seu país”. Ⓒ Projetos pedagógicos relacionam-se diretamente
Assertiva III: CORRETA. Esta a昀椀rmativa é verdadeira. com o alcance dos objetivos propostos pela institui-
É válido destacar que não é possível falar de qua- ção, uma vez que o ato de projetar permite vislum-
lidade da educação como direito universal fora da brar o ponto a que se quer chegar.
perspectiva de gestão democrática, tendo em vista Ⓓ O surgimento de projetos pedagógicos no am-
que a noção de igualdade de direito é um princípio biente organizacional desquali昀椀ca os processos for-
da democracia. Assim, “[...] a gestão democrática – mativos desenvolvidos pela instituição.
como princípio pedagógico e como preceito consti- Ⓔ A aplicação de projetos pedagógicos é algo sim-
tucional – não se restringe à escola. Ela impregna ples e pouco dispendioso, não necessitando sequer
todos os sistemas e redes de ensino. O princípio da presença de um pedagogo, ou formador, para o
constitucional da gestão democrática também não sucesso dessa ação.
se limita à educação básica: ela se refere a todos
os níveis e modalidades de ensino”. Desse modo, “a Grau de Di昀椀culdade
gestão democrática dos sistemas de ensino e das
instituições educativas constitui uma das dimensões Alternativa A: INCORRETA: Esta a昀椀rmativa é inválida,
que possibilitam o acesso à educação de qualidade tendo em vista que a e昀椀ciência dos projetos peda-
gógicos é inquestionável, independente do espaço a instituição. A autora salienta ainda que o projeto
a que se destina, sobretudo se considerarmos que pedagógico se constrói a partir da “[...] combinação
a formação humana, o aprendizado dos sujeitos e de pessoas, técnicas e sistemas necessários para a
o crescimento organizacional das instituições, inde- administração dos recursos indispensáveis ao obje-
pendentemente de sua natureza, envolvem pessoas, tivo de atingir o êxito 昀椀nal de tal projeto”. É válido
procedimentos e sistemas que precisam de interven- destacar que para que o êxito seja atingido, o proje-
ção contínua para se desenvolver e se aperfeiçoar to precisa ser gerenciado pela equipe gestora com o
de acordo com as necessidades da realidade. Desse envolvimento dos diversos sujeitos que constituem
modo, o planejamento expresso nos projetos peda- a organização. Para Chiavenato (1987), o projeto pe-
gógicos, com vistas às mudanças desejadas para as dagógico “[...] implica fundamentalmente em traçar
organizações (escola, empresas, indústrias, ONGs...) o futuro e alcançá-lo, sua essência consiste em ver
possui grande valia e e昀椀cácia tanto no cenário esco- as oportunidades e problemas do futuro e explorá-
lar, como em qualquer outra organização que deseje -los ou combatê-los”. Desse modo, “projetos peda-
investir na qualidade e na transformação. gógicos relacionam-se diretamente com o alcance
Alternativa B: INCORRETA: Esta a昀椀rmativa é inváli- dos objetivos propostos pela instituição, uma vez
da. Se considerarmos que as organizações contem- que o ato de projetar permite vislumbrar o ponto a
porâneas são marcadas pela busca do trabalho em que se quer chegar”, por se constituir num processo
equipe como estratégia pedagógica, em que todos permanente de discussão para de昀椀nir, coletivamen-
empreendem esforços pela qualidade, é possível te, as metas, objetivos, diretrizes e prioridades da
a昀椀rmar que “no trabalho em equipe, o uso de pro- instituição e, ao mesmo tempo, traçar os caminhos
jetos é imprescindível para superar o desa昀椀o da para alcançá-los satisfatoriamente.
desarticulação ainda existente no espaço organiza- Alternativa D: INCORRETA. Esta a昀椀rmativa é inválida.
cional, oriundo dos diversos saberes dos colabora- É um equívoco achar que “o surgimento de projetos
dores. Para Chiavenato (1987), o capital humano é o pedagógicos no ambiente organizacional desqua-
pilar de sustentação da organização, tendo em vista li昀椀ca os processos formativos desenvolvidos pela
que é ele que faz a organização avançar. Assim, tor- instituição”. Ao contrário, o surgimento dos projetos
na-se importante compreender que o trabalho em pedagógicos no âmbito das organizações contem-
equipe implica em conviver com pessoas de opi- porâneas desponta como possibilidade de investi-
niões e posturas diferentes, objetivos e modo de ver mento nos processos formativos dos sujeitos que
o mundo distintos. Para essas diferenças tornarem- compõem a instituição, empreendimento nos pro-
-se convergentes dentro da organização, a proposta cedimentos e modo de produção e na quali昀椀cação
de trabalho em equipe precisa garantir a formação dos sistemas que articulam o funcionamento das
dos sujeitos para que estes se compreendam na di- organizações.
ferença como colaboradores em prol da instituição. Alternativa E: INCORRETA. A昀椀rmativa inválida. O
Ou seja, o projeto pedagógico, precisa contemplar processo de elaboração, aplicação e avaliação para
processos formativos para a equipe de trabalho para reelaboração de projetos pedagógicos nas organiza-
que seus colaboradores compreendam melhor suas ções contemporâneas não é “algo simples e pouco
funções e do outro dentro da equipe. dispendioso”, especialmente por ser um processo de
Alternativa C: CORRETA: Esta a昀椀rmativa é verdadeira. articulação envolvendo todos os sujeitos que com-
O desenvolvimento de projetos pedagógicos nas or- põem a organização na busca de garantia de qua-
ganizações contemporâneas (sejam escolas, empre- lidade. Ademais o processo de gestão dos projetos
sas, indústrias...) está centrado na busca do “alcance pedagógicos é condição para seu êxito, o que neces-
dos objetivos propostos pela instituição”, com quali- sariamente requer “a presença de um pedagogo, ou
dade. Ribeiro (2003) destaca que “[...] os projetos são formador, para o sucesso dessa ação”.
empreendimentos ou conjunto de atividades, únicos
e não repetitivos, com metas 昀椀xadas dentro de pa- 27. Questão
râmetros de custo, qualidade e prazos” (p. 44) que
têm a preocupação central de promover a mudan- (EMSERH - FUNCAB - 2016) Libâneo (1995) divide as ten-
ça e garantir qualidade na oferta a que se destina dências pedagógicas em dois grupos: “pedagogia li-
beral” e “pedagogia progressista”. No primeiro grupo “responsável pelo caráter essencialmente político,
estão as vertentes que concebem a educação como: valorizando a experiência como fundamento na re-
lação pedagógica. Aliás, ao contrário, as tendências
Ⓐ instrumento de prevenção e de correção de des- pedagógicas liberais são caracterizadas pelo “[...]
vios. ensino humanístico, de cultura geral, no qual o alu-
Ⓑ responsável pelo caráter essencialmente político, no é educado para atingir, pelo próprio esforço, sua
valorizando a experiência como fundamento na re- realização pessoal. Os conteúdos, os procedimentos
lação pedagógica. didáticos, a relação professor-aluno não tem nenhu-
Ⓒ uma forma de resistência contra o Estado. ma relação com o cotidiano do aluno e muito menos
Ⓓ instrumento de construção e sistematização de com as realidades sociais... os conteúdos são sepa-
um saber que terá ressonância na vida dos alunos, rados das experiências dos alunos e da sua realida-
no sentido de favorecer mudanças sociais. de” (p. 23-24).
Ⓔ ação que visa à interação entre o meio cultural, Alternativa C: INCORRETA. Esta a昀椀rmativa é inválida.
social e natural e o educando, sendo o professor Para a pedagogia liberal a educação não pode ser
mediador. concebida como “uma forma de resistência contra o
Estado”. Ao contrário, a educação é o “[...] meio e昀椀caz
Grau de Di昀椀culdade de obter a maximização da produção e garantir um
ótimo funcionamento da sociedade; é instrumento
Alternativa A: CORRETA. Esta é a alternativa que con- capaz de promover, sem contradição, o desenvolvi-
templa a questão solicitada. Para Libâneo (1995), as mento econômico pela quali昀椀cação da mão de obra,
tendências pedagógicas abarcadas pela “Pedagogia pela redistribuição da renda, pela maximização da
Liberal”, concebem a Educação como “ instrumento produção e, ao mesmo tempo pelo desenvolvimen-
de prevenção e de correção de desvios”. A pedago- to da ‘consciência política’, indispensável à manu-
gia liberal é uma manifestação própria de um tipo tenção do Estado autoritário”. Assim, a educação e
de sociedade liberal, a qual estabeleceu como dou- tomada pela pedagogia liberal como tecnologia a
trina, uma forma de organização social baseada na serviço do Estado e não como “forma de resistência”.
propriedade privada dos meios de produção, ge- Alternativa D: INCORRETA. Esta alternativa é inváli-
rando a sociedade de classes. Para Libâneo (1995), da. As tendências que compõem a Pedagogia liberal
todas as tendências da Pedagogia Liberal (tradicio- concebem a educação como forma de manutenção
nal, renovada progressista, renovada não diretiva e da hegemonia social, logo não pode ser “instrumen-
tecnicista) partem do princípio de que a educação to de construção e sistematização de um saber que
visa “[...] preparar o indivíduo para o desempenho terá ressonância na vida dos alunos, no sentido de
de papéis sociais, de acordo com as aptidões indivi- favorecer mudanças sociais”. A 昀椀nalidade da escola
duais. Para isso, os indivíduos precisam aprender a se resume a “[...] adequar as necessidades indivi-
adaptar-se aos vários valores e às normas vigentes duais ao meio social” (p. 25).
na sociedade de classes, através de desenvolvimen- Alternativa E: INCORRETA. Esta alternativa é incorre-
to da cultura individual. A ênfase no aspecto cultural ta, haja vista que para a Pedagogia liberal, a educa-
esconde a realidade das diferenças de classes, pois, ção não é concebida como “ação que visa à interação
embora difundida a ideia de igualdade de oportuni- entre o meio cultural, social e natural e o educando,
dades, não leva em conta a desigualdade de condi- sendo o professor mediador”. Ao contrário, segun-
ções” (p. 22,23). Na pedagogia liberal é escola é vista do Libâneo (1995), esta é uma concepção defendida
como espaço que garante “[...] a preparação intelec- pela Pedagogia crítico-social dos conteúdos, a qual
tual e moral dos alunos para assumir sua posição defende a educação como “uma atividade media-
social... os menos capazes devem lutar para superar dora no seio da prática social global, ou seja, uma
suas di昀椀culdades e conquistar seu lugar junto aos das mediações pela qual o auno, pela intervenção
mais capacitados” (p. 23). do professor e por sua própria participação ativa,
Alternativa B: INCORRETA. Esta alternativa é inválida. passa de uma experiência inicialmente confusa e
A pedagogia liberal não concebe a educação como
fragmentada (sincrética), a uma visão sintética, mais Alternativa B: INCORRETA. Esta alternativa é inváli-
organizada e uni昀椀cada” (p. 39). da. Não é possível conceber o planejamento como
algo “elaborado para além da prática concreta, das
28. Questão características dos alunos e das condições do meio
em que trabalham”. Ao planejar, o professor precisa
(UFRB - FUNRIO - 2015) O planejamento é de grande utili- estar atento ao que é exequível, a aquilo que é pos-
dade para os professores e para o processo pedagó- sível fazer no contexto da escola. Para tal, o profes-
gico, uma vez que: sor precisa levar em consideração as condições do
meio em que trabalha, as características dos alunos,
Ⓐ facilita o enriquecimento pro昀椀ssional, por ser e seu nível de desenvolvimento, para que possa pro-
uma atividade que é motivo de re昀氀exão sobre a prá- porcionar situações desa昀椀adoras aos alunos e estes,
tica e um esquema 昀氀exível para uma ação conscien- por sua vez, possam construir signi昀椀cativamente seu
te. conhecimento.
Ⓑ é elaborado para além da prática concreta, das Alternativa C: INCORRETA. Esta a昀椀rmativa é inválida,
características dos alunos e das condições do meio tendo em vista ser impossível no processo de plane-
em que trabalham. jamento “desvincular a elaboração da avaliação dos
Ⓒ desvincula sua elaboração da avaliação dos pro- processos educativos e pedagógicos instaurados
cessos educativos e pedagógicos instaurados pelo pelo currículo”. Se consideramos que o planejamen-
currículo. to se constitui num conjunto de ações coordenadas
Ⓓ obriga à busca prévia de materiais, tomando o entre si, que concorrem para a obtenção de um certo
tempo da elaboração dos itens dos conteúdos para resultado desejado, elaborado coletivamente, é pre-
a programação das disciplinas. ciso nesse processo tomar como referência, para os
Ⓔ discutido e conhecido pelos alunos, é uma forma planos de ação a serem desenvolvidos, a proposta
de descomprometê-los com as atividades e comuni- curricular da escola. Para Libâneo (2004), “o proces-
car-lhes seu sentido. so de planejamento inclui, também, a avaliação dos
processos e resultados previstos no projeto, tendo
Grau de Di昀椀culdade em vista a análise crítica e profunda do trabalho
realizado e a reordenação de rumos” (p. 151). Assim,
Alternativa A: CORRETA. Esta é a alternativa válida o planejamento é um meio de organizar as ações do-
para a questão. Para Vasconcelos (2010), quando o cente partir da pesquisa e da re昀氀exão, intimamente
professor se propõe a fazer um trabalho pedagógico ligado à avaliação.
de qualidade, consciente, crítico e criativo, ele pre- Alternativa D: INCORRETA. Esta alternativa não con-
cisa se deslocar de sua “zona de conforto” e rever templa a questão. O planejamento, sem dúvidas, de
conceitos, capacitar-se, enfrentar con昀氀itos e cons- grande importância para o professor e para o êxi-
truir novas perspectivas e possibilidades para a to de sua prática, porém no ato de planejar não se
ação pedagógica. Esse movimento de re昀氀exão-ação- restringe ao programa de conteúdo a ser ministrado
-re昀氀exão, provocado pelo ato de planejar, “facilita o nas disciplinas. Logo, o planejamento para o profes-
enriquecimento pro昀椀ssional, por ser uma atividade sor não “obriga à busca prévia de materiais, toman-
que é motivo de re昀氀exão sobre a prática e um es- do o tempo da elaboração dos itens dos conteúdos
quema 昀氀exível para uma ação consciente”. Desse para a programação das disciplinas”. Vai muito além
modo, como destaca Vasconcelos (2010), planejar, disso por estar inserido dentro do plano global da
como processo contínuo e dinâmico, é também, de escola, incluindo aí seu papel social, suas metas e
algum modo, comprometer-se com a efetividade do seus objetivos. No planejamento, o professor tem de
que foi pensado, aperfeiçoar-se pro昀椀ssionalmente assumir seu papel, considerando que o planejamen-
e buscar novas possibilidades de intervir na reali- to “é uma organização de intencionalidades".
dade conscientemente. Para a mudança acontecer, Alternativa E: INCORRETA. Esta alternativa é inválida.
o professor precisa resgatar-se como ser autônomo O planejamento, embora deva ser “discutido e co-
e consciente da sua função social, com sujeito de nhecido pelos alunos” não pode ser analisado como
transformação. “uma forma de descomprometê-los com as ativida-
des e comunicar-lhes seu sentido”. Ao contrário, os
alunos precisam estar engajados na proposta plane- rantia da intencionalidade dos governos, das insti-
jada com a participação de todos, os quais precisam. tuições educativas e da sociedade civil de investir
na construção de uma educação de qualidade para
29. Questão todos, indistintamente, em todos os níveis, preven-
do 昀椀nanciamento e o aparato jurídico que garanta
(PREF. JABOATÃO DOS GUARARAPES - AOCP - 2015) “Consolida-se legalmente a oferta educacional.
num documento que detalha objetivos, diretrizes e Alternativa C: CORRETA. Esta é a alternativa válida
ações do processo educativo a ser desenvolvido na para a questão. Na visão de Libâneo (2004), o pro-
escola, expressando a síntese das exigências sociais jeto pedagógico-curricular “consolida-se num docu-
e legais do sistema de ensino e os propósitos e ex- mento que detalha objetivos, diretrizes e ações do
pectativa da comunidade escolar” (LIBÂNEO, 2004, p. processo educativo a ser desenvolvido na escola”,
151). Este trecho refere-se a qual documento? tendo clareza da 昀椀nalidade a que se destina a escola
e a prática pedagógica, enquanto atividade inten-
Ⓐ Parâmetros Curriculares Nacionais. cional, instrumento e processo de organização da
Ⓑ Plano Nacional de Educação. escola que se corpori昀椀ca a partir da interação com
Ⓒ Projeto Pedagógico-curricular. os sujeitos, “expressando a síntese das exigências
Ⓓ LDBEN – Lei de Diretrizes e Bases da Educação sociais e legais do sistema de ensino e os propósi-
Nacional. tos e expectativa da comunidade escolar”. Para esse
Ⓔ Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação autor, é pelo projeto pedagógico-curricular que a es-
Infantil. cola orienta sua prática pedagógica para produzir a
realidade com toda a sua dinâmica: “[...] conhece-se
Grau de Di昀椀culdade a realidade presente, re昀氀ete-se sobre ela e traçam-
-se as coordenadas para a construção de uma nova
Alternativa A: INCORRETA. Esta alternativa é inválida realidade, propondo-se as formas mais adequadas
para a questão, tendo em vista que a a昀椀rmação de de atender as necessidades sociais e individuais dos
Libâneo não trata dos Parâmetros Curriculares Na- alunos” (p. 151).
cionais, os quais se con昀椀guram como um documen- Alternativa D: INCORRETA. Alternativa inválida. A a昀椀r-
to amplo, que referencia os Ensinos Fundamental e mação de Libâneo não se refere à Lei de Diretrizes
Médio de todo o país, com diretrizes orientadoras e Bases da Educação Nacional – LDBEN. Na verdade
para a Educação Básica em todos os segmentos e a LDBEN é uma legislação nacional, que foi criada
modalidades, tendo como 昀椀nalidade primordial para garantir a toda população o direito de acesso à
estabelecer uma referência curricular e apoiar as Educação gratuita e de qualidade, tem a função de
escolas que compõem os sistemas de ensino na organizar a estrutura de toda a Educação brasileira,
elaboração de sua proposta curricular. Não possui regulamentando e direcionando os rumos que essa
caráter obrigatório, logo pressupõe que suas dire- Educação deve seguir. Trata ainda da formação do-
trizes serão adaptadas as especi昀椀cidades locais. O cente e da valorização do magistério. É uma lei que
objetivo dos PCN é garantir a todas as crianças e contem as indicações fundamentais para organizar
jovens brasileiros, mesmo em locais com condições os sistemas de ensino no país, desde a Educação In-
socioeconômicas desfavoráveis, o direito de usufruir fantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Superior,
do conjunto de conhecimentos reconhecidos como além das modalidades que deverão ser ofertadas.
necessários para o exercício da cidadania. Alternativa E: INCORRETA. Esta alternativa não é vá-
Alternativa B: INCORRETA. Esta alternativa é incorre- lida para a questão. O trecho acima não se refere
ta. O plano Nacional de Educação (PNE) é um docu- às “Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação
mento de fundamental importância, orientador das Infantil”, as quais reúnem princípios, procedimentos
políticas educacionais no país, a partir de diretrizes, e fundamentos a serem observadas na organização
metas e estratégias, válidas por um período de dez de propostas para a Educação Infantil. São essas
anos, que visam uma educação mais igualitária e de diretrizes que orientam as políticas públicas e a
qualidade para o ensino no país em todos os níveis elaboração, planejamento, execução e avaliação de
(infantil, básico e superior). Pelo PNE, tem-se a ga- propostas pedagógicas e curriculares de Educação
Infantil. Segundo as Diretrizes (2010), “a proposta nativa são equivocadas, sobretudo porque o Projeto
pedagógica das instituições de Educação Infantil Político-Pedagógico da escola propõe uma ação de
deve ter como objetivo garantir à criança acesso a transformação e mudança da realidade, buscando
processos de apropriação, renovação e articulação evitar o improviso, empreendendo em ações futu-
de conhecimentos e aprendizagens de diferentes ras, estabelecendo caminhos a serem percorridos,
linguagens, assim como o direito à proteção, à saú- metas e objetivos a serem alcançados e que possam
de, à liberdade, à con昀椀ança, ao respeito, à dignida- nortear as ações empreendidas. O PPP é um proces-
de, à brincadeira, à convivência e à interação com so de racionalização, de organização e de coordena-
outras crianças” (p. 18). ção das ações escolares articuladas à problemática
do contexto social. Assim, não é possível conceber
30. Questão um Projeto Político-Pedagógico que parte da “rati-
昀椀cação da situação” em que se encontra a escola
(PREF. JUATUBA/MG - CONSULPLAN - 2015) O Projeto Políti- como se tal escola não apresentasse nenhuma ne-
co Pedagógico é um instrumento de trabalho que cessidade de intervenção. Até porque, como enfati-
mostra o que vai ser feito, quando, de que maneira, za Gadotti (1994) “[...] todo projeto supõe rupturas
por quem, para chegar a que resultados. Também com o presente e promessas para o futuro. Projetar
explicita uma 昀椀loso昀椀a e harmoniza as diretrizes da signi昀椀ca tentar quebrar um estado confortável para
educação nacional com a realidade da escola, tradu- arriscar-se, atravessar um período de instabilidade
zindo sua autonomia e de昀椀nindo seu compromisso e buscar uma nova estabilidade em função da pro-
com a comunidade escolar. Para que a elaboração messa que cada projeto contém de estado melhor
do Projeto Político pedagógico de uma escola se efe- do que o presente” (p. 579). Ademais, é outro equívo-
tive é preciso que antes de tudo seja feito um plane- co pensar que no processo de construção do PPP o
jamento, pois, supõe-se as seguintes etapas: diretor escolar tem o papel de escolher “as estraté-
gias e estabelecer os objetivos e o cronograma” ou
Ⓐ Rati昀椀cação da situação; o diretor escolhe as es- deve contar com “participação somente dos profes-
tratégias e estabelece os objetivos e o cronograma; sores da escola”, uma vez que o PPP é – e deve ser
participação somente dos professores da escola; Im- – construído e vivenciado, em todas as suas etapas,
plementação. por todos os sujeitos envolvidos no processo educa-
Ⓑ Análise da situação; De昀椀nição dos objetivos; Esco- tivo da escola.
lha das estratégias, Estabelecimento de cronograma; Alternativa B: CORRETA. Esta é a alternativa que con-
Coordenação entre os diferentes pro昀椀ssionais da es- templa a solicitação feita na questão. Segundo Veiga
cola; Implementação; Acompanhamento e Avaliação. (1995) “[...] ao construirmos os projetos de nossas
Ⓒ De昀椀nição dos objetivos pautados na intenção da escolas, planejamos o que temos a intenção de fa-
direção da escola; Colaboração entre professores e zer, de realizar. Lançamo-nos para diante com base
equipe pedagógica; Implementação; Acompanha- no que temos, buscando o possível” (p. 12). Logo,
mento inicial sem a necessidade de averiguação dos a análise da situação em que se encontra a escola
resultados durante o processo. Não há necessidade se con昀椀gura numa etapa de grande importância, o
de avaliação, pois se trata somente de um projeto. ponto de partida na elaboração do PPP, a partir da
Ⓓ Veri昀椀cação da realidade escolar, levantamento qual se “busca um rumo, uma direção”. Na constru-
dos dados necessários á elaboração do projeto da ção desse caminhar de昀椀nido pela escola, a partir de
escola, reprodução de métodos e técnicas de es- suas 昀椀nalidades, interesses e metas, a “de昀椀nição
colas distintas, estabelecimento de objetivos que dos objetivos e metas; Escolha das estratégias; Es-
visem à formação de homem alienado ao sistema tabelecimento de cronograma; Coordenação entre
social (como salienta Paulo Freire). os diferentes pro昀椀ssionais da escola; Implementa-
ção; Acompanhamento e Avaliação”, con昀椀guram-se
Grau de Di昀椀culdade em etapas imprescindíveis, haja vista o caráter de
“[...] ação intencional, com um sentido explícito, com
Alternativa A: INCORRETA. Esta opção não é válida um compromisso de昀椀nido coletivamente” (p. 13),
para a questão. As “etapas” propostas nesta alter- por todos os sujeitos que constituem a escola, com
RESUMO PRÁTICO
conquistas/avanços e novas possibilidades. É a ava- 13. ROGERS, C. R. Liberdade para aprender. Trad. de
liação que permite acompanhar o trabalho docente, Edgard de Godói da Mata Machado e Márcio Pau-
o rendimento da aprendizagem, o alcance dos objeti- lo de Andrade. 2ª ed. Belo Horizonte: Interlivros,
vos, constituindo-se, assim, em um meio de atingir os 1973.
昀椀ns, pois a avaliação dá retorno à prática pedagógi- 14. MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: as
ca. Nessa concepção, as práticas do professor visam abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1990
compreender essa evolução e assumir compromisso 15. VASCONCELOS, Celso dos Santos. Planejamento:
diante as diferenças individuais dos estuantes, ou projeto de ensino-aprendizagem e projeto Polí-
seja, o processo de aprendizagem torna-se contínuo tico Pedagógico: elementos metodológicos para
permitindo investigar, mediar, desa昀椀ar os estudantes elaboração e realização. São Paulo: Editora Li-
e provocá-los à novas descobertas e construções e bertad, 2006.
pressupõe uma análise qualitativa e processual. 16. VASCONCELLOS, Celso S. Planejamento: Projeto
Ao 昀椀nal deste resumo e nesta seção, encontra-se de Ensino- Aprendizagem e projeto Politico Pe-
a indicação de referências bibliográ昀椀cas de autores e dagógico. São Paulo: Libertad. 2000.
teóricos renomados que referendam cada análise e 17. GANDIN, Danilo. A prática do planejamento par-
possibilitam a ampliação e aprofundamento de cada ticipativo: na educação e em outras instituições,
discussão. grupos e movimentos dos campos cultural, so-
cial, político, religioso e governamental. Petró-
REFERÊNCIAS polis/RJ: Editora Vozes, 1996.
18. GANDIN, Danilo. A prática do planejamento par-
1. CANDAU, Vera Maria. A Didática em questão. Pe- ticipativo: na educação e em outras instituições,
trópolis/RJ: Editora Vozes, 2010. grupos e movimentos dos campos cultural, so-
2. CANDAU, Vera Maria (org). Rumo a uma nova Di- cial, político, religioso e governamental. Petró-
dática. Petrópolis/RJ: Ed. Vozes, 2006. polis/RJ: Editora Vozes, 1996.
3. GADOTTI, Moacir. A autonomia como estratégia 19. GANDIN, Danilo. A prática do planejamento par-
da qualidade de ensino e a nova organização do ticipativo: na educação e em outras instituições,
trabalho na escola. Petrópolis: Vozes, 1995. grupos e movimentos dos campos cultural, so-
4. GADOTTI, Moacir. Escola Cidadã: uma aula sobre cial, político, religioso e governamental. Petró-
autonomia da escola. 2002. polis/RJ: Editora Vozes, 1996.
5. HOFFMAN, Jussara. Avaliação Mediadora: Uma 20. VEIGA, Ilma Passos Alencastro(org). Projeto Polí-
Pratica da Construção da Pré-escola a Universi- tico Pedagógico da escola: uma construção pos-
dade. Porto Alegre: Mediação, 2000. sível. Campinas/SP: Papirus, 1999.
6. LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da 21. GADOTTI, Moacir. Projeto Político-Pedagógico
escola: teoria e prática. Goiania: Editora Alterna- da escola: fundamentos para a sua realização.
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formação. São Paulo: Cortez, 2004. 22. VASCONCELOS, Celso dos Santos. Planejamento:
8. AUSUBEL, David. P. (2003). Aquisição e retenção projeto de ensino-aprendizagem e projeto Polí-
de conhecimentos. Lisboa: Plátano Edições Téc- tico Pedagógico: elementos metodológicos para
nicas. Tradução do original The acquisition and elaboração e realização. São Paulo: Editora Li-
retention of knowledge (2000). bertad, 2006.
9. MOREIRA, A. F. B. (Org.). Currículo: questões 23. VEIGA, Ilma Passos Alencastro(org). Projeto Polí-
atuais. Campinas, SP: Papirus, 1997. tico Pedagógico da escola: uma construção pos-
10. LDBEN 9394/96; Constituição Federal 1988; sível. Campinas/SP: Papirus, 1999
11. SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de identi- 24. VASCONCELOS, Celso dos Santos. Planejamento:
dade: uma introdução às teorias do Currículo. projeto de ensino-aprendizagem e projeto Polí-
Editora Autêntica, 2005. tico Pedagógico: elementos metodológicos para
12. SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. Campi- elaboração e realização. São Paulo: Editora Li-
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25. VEIGA, Ilma Passos Alencastro(org). Projeto Polí- 39. LIBANEO, José Carlos. Organização e gestão da
tico Pedagógico da escola: uma construção pos- escola: teoria e prática. Goiania: Editora Alterna-
sível. Campinas/SP: Papirus, 1999 tiva, 2004
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professor? O resgate do professor como sujeito Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e
de transformação. São Paulo: Libertad, 1998. prática. Goiania: Editora Alternativa, 2004
27. DALMAS, Angelo. Planejamento participativo na 41. INDICAÇÃO – DEMO, Pedro. Metodologia cientí昀椀-
escola: elaboração, acompanhamento e a avalia- ca em ciências sociais. São Paulo, SP: Atlas, 1995.
ção. Petrópolis/RJ: Editora Vozes, 1998. 42. SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do tra-
28. GANDIN, Danilo. A prática do planejamento par- balho cientí昀椀co. 23. ed. rev. e atual. São Paulo,
ticipativo: na educação e em outras instituições, SP: Cortez, 2007.
grupos e movimentos dos campos cultural, so- 43. VASCONCELLOS, Celso S. Planejamento: Projeto
cial, político, religioso e governamental. Petró- de Ensino- Aprendizagem e projeto Politico Pe-
polis/RJ: Editora Vozes, 1996. dagógico. São Paulo: Libertad. 2000.
29. GADOTTI, Moacir. Projeto Político-Pedagógico 44. LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da
da escola: fundamentos para a sua realização. escola: teoria e prática. Goiânia: Alternativa,
In: Autonomia da escola: princípios e propostas. 2001.
São Paulo: Cortez, 2001 45. INDICAÇÃO – LIBÂNEO, José Carlos. Planejamen-
30. VEIGA, Ilma Passos Alencastro(org). Projeto Polí- to: Projeto de Ensino- Aprendizagem e projeto
tico Pedagógico da escola: uma construção pos- 46. GADOTTI, Moacir. Crítica da organização do tra-
sível. Campinas/SP: Papirus, 1999. balho pedagógico e da didática. Tese de livre-
31. GADOTTI, Moacir; ROMÃO, José E. (orgs). Autono- -docência. Campinas, Unicamp, 1994.
mia da Escola: princípios e propostas. São Paulo: 47. VEIGA, Ilma Passos Alencastro(org). Projeto Polí-
Cortez Instituto Paulo Freire, 2001. tico Pedagógico da escola: uma construção pos-
32. LDBEN 9394/96; Constituição Federal 1988; Lei sível. Campinas/SP: Papirus, 1995.
9.131/95;
33. VEIGA, Ilma Passos Alencastro(org). Projeto Polí-
tico Pedagógico da escola: uma construção pos-
sível. Campinas/SP: Papirus, 1999.
34. INDICAÇÃO – GADOTTI, Moacir, 2000. “Educar para
e pela Cidadania”. In: RATTNER, Henrique (org)
Brasil no limiar do século XXI: alternativas para
a construção de uma sociedade sustentável. São
Paulo: EDUSP, 2000 p. 289-307.
35. GADOTTI, Moacir. CONAE 2014. Gestão democráti-
ca com participação popular no planejamento e
na organização da organização da educação es-
colar. Disponível em: http://conae2014.mec.gov.
br/images/pdf/artigogadotti_昀椀nal.pdf
36. INDICAÇÃO – HERNÁNDEZ, F. Transgressão e mu-
dança na educação: os projetos de trabalho.
Porto Alegre: ArtMed, 1998.
37. CHIAVENATO, Idalberto; Teoria Geral da Adminis-
tração. São Paulo: McGraw-Hill, 1987.
38. INDICAÇÃO – VASCONCELLOS, Celso S. Planeja-
mento: Projeto de Ensino- Aprendizagem e pro-
jeto Politico Pedagógico. São Paulo: Libertad.
2010.
Políticas Educacionais
2 e Gestão Educacional
sensu favorecendo a equidade social, o empodera- fortalecendo o controle social, quando delimita as
mento cultural, bem como a formação autônoma. regras da União, no que concerne ao uso dos 昀椀nan-
Alternativa D: INCORRETA. Esses dados referentes à ciamentos disponível as unidades escolares. O que
oferta das matrículas no nível superior está errôneo, é considerado prioridade não é o que a comunidade
pois conforme ressalta a meta 12 do PNE, a oferta de deseja, mas o que está discriminado nos protocolos
expansão para o aluno com idade entre 18 a 24 anos encaminhados à comunidade.
deve ser de pelo menos 49%. Alternativa C: INCORRETA. O papel da União é orga-
Alternativa E: INCORRETA. Ambas propõem números nizar o sistema de ensino, instituindo as diretrizes e
extremos de “elevar gradualmente o número de” e bases da educação. Também é de sua responsabi-
outro “elevar rapidamente o número de” matrículas lidade regular o ensino superior. Assim, o Artigo 09
na pós-graduação stricto sensu, os quais não cor- e 16 da LDB nº 9.394/96 atribui à União e ao MEC a
respondem adequadamente ao que fora proposto competência para assegurar processo de avaliação
pelo PNE. do ensino superior com vista à qualidade do ensino;
ademais, no inciso IX, assegura o credenciamento e
02. Questão supervisão dos cursos oferecidos na instituição su-
perior. Ainda, convém salientar, não basta regular o
(UFAM/AM - COMVEST - 2014) Conforme a Constituição Bra- ensino, é preciso oportunizar condições em favor da
sileira compete, privativamente, à União: sociedade, promovendo a disseminação do acesso e
permanência no ensino superior, provocando, assim,
Ⓐ Promover o 昀椀nanciamento da educação pública. equidade e empoderamento social da maioria.
Ⓑ Legislar sobre educação, cultura, ensino e des- Alternativa D: CORRETA. Cabe à União regular os sis-
porto nacionais. temas nacionais de ensino, nesse sentido, quando
Ⓒ Ofertar educação superior. a Constituição estabelece as diretrizes e bases da
Ⓓ Legislar sobre diretrizes e bases da educação na- educação nacional, está almejando, com esse cami-
cional. nho, que os sistemas de ensino sejam organizados
Ⓔ Fazer a validação de diplomas. seguindo uma base comum.
Alternativa E: INCORRETA. O procedimento de reva-
Grau de Di昀椀culdade lidação de diplomas estrangeiros só poderá ser re-
conhecido por universidades brasileiras habilitadas
Alternativa A: INCORRETA. A Constituição Federal que possuam cursos de pós-graduação avaliados,
Brasileira (CBF, 1988) deixa claro, em seu Artigo 06, autorizados e reconhecidos, no âmbito do Sistema
que a educação é um direito social. Nesse sentido, o Nacional de Pós-Graduação (SNPG), na mesma área
昀椀nanciamento público da educação não se restringe de conhecimento, em nível equivalente ou superior.
apenas à União, mas a todos os seus entes federati-
vos (dirigentes municipais e estaduais). En昀椀m, toda 03. Questão
a sociedade de um modo geral, contando com a par-
ticipação ativa da família, dos estudantes, gestores e (UFAM/AM - COMVEST - 2014) Dentre as características
professores, acompanhando e fortalecendo o papel abaixo citadas, uma não distingue a organização e
dos órgãos 昀椀scalizadores que, na maioria das vezes, gestão escolar democrática. Identi昀椀que-a:
funcionam de forma passiva.
Alternativa B: INCORRETA. Está incorreta, conforme o Ⓐ Relação orgânica entre a direção e a participação
atual cenário educacional para as políticas públicas, dos membros da equipe escolar.
que sugere um regime colaborativo entre seus en- Ⓑ Autonomia das escolas e da comunidade educa-
tes: União, estados e municípios, contribuindo para tiva.
a descentralização dos recursos e autonomia das Ⓒ Avaliação escolar classi昀椀catória.
escolas. No entanto, de forma oculta, a União detém Ⓓ Envolvimento da comunidade no processo esco-
uma centralização dos 昀椀nanciamentos de forma dis- lar.
simulada. Nossa Carta Magna impõe os interesses
de um grupo hegemônico que se mantem no poder,
Ⓔ Formação continuada para o desenvolvimento sino Superior (SINAES), imprimiu outras característi-
pessoal e pro昀椀ssional dos integrantes da comunida- cas aos processos de avaliação da educação supe-
de escolar. rior, tendo em vista a preocupação em diferenciar os
processos de avaliação e de regulação. Os principais
Grau de Di昀椀culdade instrumentos que compõem o SINAES, atentos às
distintas dimensões complementares da avaliação
Alternativa A: CORRETA. O papel da gestão escolar da educação superior, são:
democrática é, dentre outros aspectos, a relação
com a participação no processo organizacional. Es- I. Avaliação institucional, que compreende dois
paços em que os pro昀椀ssionais e comunidade escolar momentos distintos: autoavaliação orientada e
compartilham, institucionalmente, certos processos avaliação externa.
de tomada de decisões. Conforme o quesito solicita- II. Avaliação de Cursos de Graduação (ACG), que
do, este alerta-nos para identi昀椀carmos que “a ques- visa a “identi昀椀car as condições de ensino ofe-
tão A não corresponde à gestão democrática”. Assim, recido aos estudantes, em especial as relativas
não poderemos considerá-la. ao per昀椀l do corpo docente, às instalações físi-
Alternativa B: CORRETA. Quando há autonomia esco- cas e à organização didática pedagógica”.
lar e da comunidade educativa, estará consistente III. Exame Nacional de Desempenho de Estudantes
o regimento, que se encontra de acordo com aquilo (ENADE), que busca mensurar os conhecimen-
que a comunidade escolar deseja. Mas por se tratar tos dos estudantes acerca de conteúdos pro-
de categorizar a opção que não corresponde a uma gramáticos, competências e habilidades.
organização à luz da gestão escolar, a opção B desse IV. Avaliação Nacional dos Currículos dos Cursos
quesito torna-se incorreta. de Graduação.
Alternativa C: INCORRETA. A avaliação escolar clas-
si昀椀catória não distingue a organização e gestão es- Exceto(s):
colar democrática. Por esse turno, a opção C, por
estar a conciso com o teor da pergunta elaborada, Ⓐ II e III.
torna-se a opção que atende ao quesito. Torna-se Ⓑ I.
oportuno acrescentar que o processo de avaliação Ⓒ IV.
na gestão escolar está para além da nota, estimulan- Ⓓ I, II e IV.
do o pensamento re昀氀exivo, tendo o docente como o Ⓔ I e IV.
mediador de estudos, um motivador do aprofunda-
mento pelas indagações. Grau de Di昀椀culdade
Alternativa D: CORRETA. Quando há gestão em favor
da autonomia, a comunidade mantém vínculos com Alternativa A: INCORRETA. São dimensões comple-
a instituição educacional, acompanhando, partici- mentares da avaliação da educação superior os se-
pando e avaliando os serviços prestados. Na organi- guintes aspectos: avaliação das instituições, que se
zação de uma gestão democrática, o cenário é esse. realiza em dois momentos principais ‒ uma condu-
Alternativa E: CORRETA. Se o que se espera do candi- zida pelas Comissões Próprias de Avaliação e outra
dato é identi昀椀car a questão que não atende ao dese- realizada por comissões externas designadas pelo
nho de gestão democrática, por considerar a forma- Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educa-
ção continuada para o desenvolvimento pessoal e cionais (INEP/MEC). Segundo diretrizes da Comissão
pro昀椀ssional dos integrantes da comunidade escolar, Nacional de Avaliação da Educação Superior (CO-
essa opção está de acordo aos preceitos do enun- NAES), avaliação dos cursos de graduação e avalia-
ciado da questão, tornando-se a escolha incorreta. ção do desempenho dos estudantes com o ENADE.
Alternativa B: INCORRETA. A avaliação do curso de
04. Questão graduação segundo SINAES deve acontecer periodi-
camente, passando por três tipos de avaliação: para
(UFAM/AM - COMVEST - 2014) Em 2004, a Lei nº 10.861/2004, autorização, para reconhecimento e para renovação
que instituiu o Sistema Nacional de Avaliação do En- de reconhecimento.
Alternativa C: CORRETA. Os resultados positivos do res quanto à sua utilização no processo de ensino
uso da avaliação poderão provocar uma ação polí- aprendizagem do ensino comum e especial.
tica do Estado, articulada com as demais instâncias
da sociedade para a prestação de contas e promo- Alternativa A: CORRETA. Reconhecido na Lei de Dire-
ção da qualidade, provocando, assim, ajustamentos trizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9394/96,
estruturais, curriculares, dentre outros. o Projeto Político-Pedagógico (PPP) tornou-se um
Alternativa D: INCORRETA. Não é responsabilidade documento imprescindível para todos os estabele-
do SINAES reconstruir currículos das instituições cimentos de ensino, fazendo parte, inclusive, dos
superiores. Seu maior mérito tem sido melhoria da elementos analisados nas avaliações internas e
qualidade da educação superior, a orientação da externas. Os projetos pedagógicos dos cursos de
ampliação da sua oferta, o aumento permanente da graduações precisam assegurar, dentre outros as-
e昀椀cácia institucional e a efetividade acadêmica e so- pectos, a 昀氀exibilidade e a qualidade da formação
cial por meio do aprofundamento dos compromis- oferecida aos estudantes.
sos e responsabilidades sociais das instituições de Alternativa B: INCORRETA. As DCNs não buscam in-
educação superior, valorizando sua missão pública vestir em projetos para investimentos em cursos
de autonomia e de identidade institucional. superiores. A Portaria nº 4.361, de 29 de dezembro
Alternativa E: INCORRETA. Os princípios da avaliação de 2004, por meio do Sistema de Acompanhamen-
da educação superior procuram promover a avalia- to de Processos das Instituições de Ensino Superior
ção como instrumento de política educacional com (SAPIEnS/Ministério da Educação), sugere Plano de
vista à qualidade do ensino superior; à avaliação Desenvolvimento Institucional (PDI), aditamento de
institucional e aos efeitos regulatórios, quando ne- PDI, além de outros processos a昀椀ns.
cessários a autorização e reconhecimento de cursos; Alternativa C: INCORRETA. A quali昀椀cação de docentes
avaliação participativa e ética, respeitando as dis- do ensino superior é uma exigência para a melhoria
tintas categorias que constitui esse corpo de edu- da qualidade do ensino superior, bem como para a
cação superior. ampliação da competência cientí昀椀co-tecnológica do
país. Por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento
05. Questão de Pessoal de Nível Superior e do Conselho Nacional
de Desenvolvimento Cientí昀椀co e Tecnológico, vários
(UFAM/AM - COMVEST - 2014) As Diretrizes Curriculares programas de concessão de bolsas de estudo.
Nacionais (DCN) visam proporcionar às Instituições Alternativa D: INCORRETA. Não é responsabilida-
de Ensino Superior (IES) direcionamentos para a im- de das DNCs instituir projetos especí昀椀cos para as
plantação e a implementação de: licenciaturas. Por outro lado, existem leis federais
que dispõem de programas de iniciação à docência,
Ⓐ Projetos pedagógicos dos cursos das IES. como é o caso do Programa Institucional de Bolsas
Ⓑ Projetos para investimentos nos cursos das IES. de Iniciação à Docência destinado ao aperfeiçoa-
Ⓒ Projetos de capacitação de seu quadro docente mento e à valorização da formação inicial de pro-
e técnico. fessores para a educação básica, oferecendo bolsas
Ⓓ Projetos especí昀椀cos para as licenciaturas. de iniciação à docência para estudantes de cursos
Ⓔ Projetos especí昀椀cos para os bacharelados. de licenciaturas que desenvolvam ações nas escolas
públicas.
Grau de Di昀椀culdade Alternativa E: INCORRETA. Quando relacionados aos
projetos especí昀椀cos para os cursos de bacharelados.
DICA DOS AUTORES: para responder essa questão é
necessário conhecer as políticas públicas, principal- 06. Questão
mente a LDBEN, lei que estabelece as diretrizes da
educação como um todo, que ampara e fundamenta (UFAM/AM - COMVEST - 2014) São temas transversais re-
o Ministério da Educação conforme os critérios bá- lacionados nos Parâmetros Curriculares Nacionais
sicos e gerais à promoção do Projeto Político-Peda- (PCNs/BRASIL, 1996), exceto:
gógico, além de disponibilizar recursos orientado-
Ⓐ Temas que se articulam com a vida dos alunos. questões eleitas. Busca-se a transformação peda-
Ⓑ Temas que aparecem transversalizados em áreas gógica em favor do processo da aprendizagem que
especí昀椀cas. empodere o aluno.
Ⓒ Temas que são abordados em datas que são re- Alternativa E: CORRETA. A inclusão de questões so-
levantes. ciais exige a tomada de posição diante de problemas
Ⓓ Temas que constituem novas áreas para trabalhar fundamentais e urgentes da vida social. A eleição
com os alunos. dos temas transversais imprimiu a sistematização
Ⓔ Temas que tratam de problemas sociais. de critérios exposto no documento. Assim, a escolha
considera:
Grau de Di昀椀culdade • Urgência social: preocupação de eleger como
temas transversais questões graves, que se
DICA DOS AUTORES: vale considerar que as temáticas apresentam como obstáculos para a concreti-
transversais fundamentadas nos PCNs da legislação zação da plenitude da cidadania [...];
vigente expandem as relações multiculturais, educa- • Abrangência nacional: pertinentes a todo o
ção especial e inclusiva, que visam materializar-se país. Isso não excluiu a possibilidade e a neces-
nos temas cotidianos escolares do ensino regular, sidade de que as redes estaduais e municipais,
validando esses saberes e práticas docentes. e mesmo as escolas, acrescentem outros temas
Alternativa A: CORRETA. Os temas transversais ex- relevantes à sua realidade;
pressam-se com um conjugado de temas, com vis- • Possibilidade de ensino e aprendizagem no
tas a serem transversalizados em áreas do currículo, ensino fundamental: esse critério norteou a
com temáticas sociais, atendendo à realidade, en- escolha de temas ao alcance da aprendizagem
volvendo a participação social, a 昀椀m de interferir na nessa etapa da escolaridade, como educação
realidade para transformá-la. Estão presentes nos para a saúde, educação ambiental e orientação
temas transversais os seguintes aspectos: ética, o sexual;
meio ambiente, a saúde, os temas locais, a orienta- • Favorecer a compreensão da realidade e a par-
ção sexual e a pluralidade cultural. ticipação social: desenvolver a capacidade de
Alternativa B: CORRETA. Conforme ressalva os PCNs, posicionar-se diante das questões que inter-
volume 08 (1997, p. 25), os temas transversais têm ferem na vida coletiva, superar a indiferença,
natureza diferente das áreas convencionais. Ou intervir de forma responsável.
seja, não há uma área de conhecimento especí昀椀ca
e responsável em abordá-lo. Não se recomenda um 07. Questão
trabalho solitário, isolado e de responsabilidade
de apenas uma disciplina, mas deve ser visto como (UFAM/AM - COMVEST - 2014) “[...] são normas obrigatórias
uma temática possível de atravessar os diferentes que orientarão o planejamento curricular das es-
campos do conhecimento. Por exemplo, a questão colas e sistemas de ensino, 昀椀xadas pelo Conselho
ambiental não é responsabilidade apenas da área Nacional de Educação por meio da Câmara de Edu-
de geogra昀椀a, mas das questões histórica, política, cação Básica. O ponto de partida para a formulação
sociais, econômica, culturais, religiosos, envolven- das diretrizes para o ensino médio foi o primeiro
do, assim, campos como: história, geogra昀椀a, ciências Artigo da Lei nº 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases
sociais, naturais, en昀椀m, necessita-se de um olhar da Educação Nacional, LDB). Esse artigo a昀椀rma que a
complexo e que colabore para uma aprendizagem educação escolar deverá estar vinculada ao trabalho
planetária. e à prática social” (Guiomar Namo de Melo).
Alternativa C: CORRETA. O objetivo dos temas trans-
versais não é se limitar a datas especí昀椀cas, mas inte- O texto acima refere-se:
grar o currículo às diferentes áreas, relacionando-os
às questões atuais. Ⓐ Ao currículo.
Alternativa D: INCORRETA. A proposta é transformar Ⓑ Ao planejamento.
o currículo da escola, incluindo temas que possibili- Ⓒ Às Diretrizes Curriculares Nacionais.
tem um tratamento cada vez mais aprofundado das Ⓓ Aos projetos em ação.
1
Considera-se “ interiorização ou internalização”, na teoria de vygotskyana, o processo de apropriação de instrumentos cognitivos por parte do
indivíduo, requerendo uma reelaboração pessoal. Para Libâneo: “A internalização de formas culturais de comportamento envolve a reconstrução da
atividade psicológica, tendo como passe as operações com signos” (VYGOTKSY, 1984, p. 65).
des, criando parâmetros de acompanhamento e ava- DICA DOS AUTORES: conhecer o que diz respeito ao
liação do trabalho, bem como considerando o des- interdisciplinar é fazer avançar a concepção atual de
crito nas diretrizes e políticas públicas de educação. educação do século XXI. É uma forma de pensar mais
Alternativa C: INCORRETA. O PPP não visa ao con- ampla, considerando os espaços em que se contem-
vencimento da equipe institucional ou comunidade plam o homem e a natureza como unidades e não dis-
local, mas orientar a escola na importante tarefa de sociá-los, separá-los distintamente um da outro. Ain-
formação plena do indivíduo, dando vez e voz aos da, conforme Fazenda (2001), essas discussões sobre
envolvidos em sua construção, sem perder de vista a interdisciplinaridade ocorreram no Brasil no 昀椀nal
o papel social de cada envolvido. da década de 1960, mas com sérias distorções devido
Alternativa D: CORRETA. De fato, a participação so- ao modismo daqueles que se aventaram ao novo sem
cial e popular deve ser entendida como uma lógica as devidas re昀氀exões. Cabe-nos ressaltar que autora
colaborativa onde cada sujeito social tem o seu pa- apresentou os avanços mais signi昀椀cativos em rela-
pel, considerando a existência de funções e níveis ção à interdisciplinaridade: a) atitude interdisciplinar
hierárquicos diferenciados nesse espaço, sem, con- não seria apenas resultado de uma simples síntese,
tudo, confundir a competência e papel de cada um. mas de sínteses imaginativas e audazes; b) interdis-
Alternativa E: INCORRETA. A participação social não ciplinaridade não é categoria de conhecimento, mas
impõe papéis, muito menos desestabiliza práticas de ação; c) a interdisciplinaridade nos conduz a um
construídas pelos pro昀椀ssionais. O que se propõe exercício de conhecimento: o perguntar e o duvidar;
é uma participação efetiva com responsabilidade, d) entre as disciplinas e a interdisciplinaridade existe
acompanhamento, reavaliação, reelaboração de uma diferença de categoria; e) interdisciplinaridade é
ações se necessários, tudo em vista da melhoria da a arte do tecido que nunca deixa de ocorrer o divór-
qualidade. cio entre seus elementos, entretanto, de um tecido
bem traçado e 昀氀exível; f) a interdisciplinaridade se
12. Questão desenvolve a partir do desenvolvimento das próprias
disciplinas (p. 28-29).
(CEFET/RJ - CESGRANRIO - 2014) Mudanças econômicas, Alternativa A: INCORRETA. Os novos paradigmas edu-
políticas e comunicacionais têm ocorrido em todo cacionais não se restringem a empregar materiais e
o mundo nas últimas décadas, transformando insti- recursos didáticos construídos, a partir da experiên-
tuições e pro昀椀ssões, dentre elas a escola e o magis- cia docente anterior, mas por meio da re昀氀exibilida-
tério. Respondendo ao novo cenário das sociedades de do professor, com as práticas qualitativas a nível
contemporâneas, o trabalho dos professores deve micro transformando a rotina da escola, bem como
ser realizado levando em conta ações importantes com a colaboração para a formação de cidadãos
para o desenvolvimento do ensino sob os novos pa- conscientizados, formadores de opinião.
radigmas educacionais, dentre as quais: Alternativa B: CORRETO. O trabalho interdisciplinar
promove o fortalecimento do pensamento comple-
Ⓐ Empregar materiais e recursos didáticos construí- xo, a compreensão de que o todo complementa as
dos, a partir de experiência docente anterior. partes e que as partes são fundamentais para en-
Ⓑ Realizar projetos e propostas de ensino que privi- tender o todo. Além do mais, por meios de projetos
legiem a interdisciplinaridade. e propostas de ensino que privilegiem a interdisci-
Ⓒ Desconsiderar as particularidades dos objetos de plinaridade, estará se reduzindo o ensino compar-
estudo das disciplinas escolares. timentado para se pensar de forma mais complexa,
Ⓓ Estabelecer metodologia única de avaliação que ampla e interligada.
possibilite a apreensão do grau de aprendizagem Alternativa C: INCORRETA. O trabalho do professor
dos alunos. não deve desconsiderar as particularidades dos ob-
Ⓔ Promover projetos didáticos que enfatizem o res- jetos de estudo das disciplinas escolares, mas apro-
peito às fronteiras das disciplinas escolares. fundar, interligar, promover a curiosidade, permitir
ao aluno aprender a intuir, criar, recriar, imaginar,
Grau de Di昀椀culdade interligar, construir e desconstruir.
Alternativa D: INCORRETA. O professor não deve es- os professores e devem zelar pela integridade física
tabelecer metodologia única de avaliação que possi- e psicológica devido à proximidade e convívio diário.
bilite a apreensão do grau de aprendizagem dos alu- Alternativa A: INCORRETA. O Artigo 56 do ECA con-
nos. Cada sujeito tem seu estilo de aprendizagem e sidera comunicar ao Conselho Tutelar os seguintes
a promoção de uma única estratégia de ensino pode aspectos: I. Maus-tratos envolvendo seus alunos; II.
provocar o fracasso, o desinteresse, o atro昀椀amento Reiteração de faltas injusti昀椀cadas e de evasão es-
do saber. colar, esgotados os recursos escolares; III. Elevados
Alternativa E: INCORRETA. O que se discute não é a níveis de repetência. A ausência dos pais nas reu-
disciplinarização do ensino, mas a condição de se niões escolares não é responsabilidade do Conselho
propor ações, atos educativos, projetos de trabalho Tutelar. Compete às unidades escolares criar alter-
que colaborem para o pensamento multidimensio- nativas, bem como propor no PPP da escola metas
nal, para o direito a identidade territorial, cultural, para superar essa situação, aproximando a comu-
em favor de um currículo multicultural. nidade da escola e os envolvendo-os, fazendo com
que percebam sua importância na participação do
13. Questão crescimento potencial dos seus 昀椀lhos.
Alternativa B: INCORRETA. A indisciplina em sala de
(CEFET/RJ - CESGRANRIO - 2014) O Estatuto da Criança e do aula e di昀椀culdades de aprendizagem poderá ter re-
Adolescente (ECA), de acordo com a Lei nº 8.069, de lação com outros fatores como o orgânico, os fatores
13 de julho de 1990, em seu Artigo 56, estabelece ambientais, externos ou psicológicos. É preciso, para
como obrigação dos dirigentes de estabelecimentos essas situações, oportunizar outros serviços que fa-
de ensino fundamental comunicar ao Conselho Tu- voreçam a transformação intrínseca do sujeito.
telar os casos de: Alternativa C: CORRETA. O Artigo 56 do ECA assegu-
ra que os dirigentes de estabelecimentos de ensino
Ⓐ Maus-tratos envolvendo seus alunos; reiteração fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os
de faltas injusti昀椀cadas e de evasão escolar; ausência casos de: I. Maus-tratos envolvendo seus alunos; II.
dos pais nas reuniões escolares. Reiteração de faltas injusti昀椀cadas e de evasão es-
Ⓑ Reiteração de faltas injusti昀椀cadas e de evasão es- colar, esgotados os recursos escolares; III. Elevados
colar; indisciplina em sala de aula; di昀椀culdades de níveis de repetência.
aprendizagem. Alternativa D: INCORRETA. Apesar de estar bem pa-
Ⓒ Maus-tratos envolvendo seus alunos; reiteração recida com a alternativa C, compete à escola criar
de faltas injusti昀椀cadas e de evasão escolar; elevados alternativas que contribuam para a melhoria de
níveis de repetência. desempenho de todos os alunos. Daí a importân-
Ⓓ Maus-tratos envolvendo seus alunos; reiteração cia de uma avaliação que não se limita ao mérito
de faltas injusti昀椀cadas e evasão escolar; desempe- de classi昀椀car o aluno a um determinado conceito. É
nho escolar aquém do esperado. preciso entender que ao avaliarmos estamos tam-
Ⓔ Indisciplina em sala de aula; evasão escolar; au- bém avaliando nossas práticas. Repensar as formas
sência dos pais nas reuniões escolares. de conceber o processo de ensino aprendizagem é
reconhecer a condição que todos têm de aprender.
Grau de Di昀椀culdade Alternativa E: INCORRETA. Os aspectos citados nessa
alternativa não atribuem ao Conselho Tutelar a reso-
DICA DOS AUTORES: vale considerar que a temática lução dessa demanda. Compete à escola estar sensí-
do Artigo 56 do Estatuto da Criança e do Adoles- vel à situação do outro para compreender o porquê
cente (ECA, BRASIL, 1990) é de sumária importância de sua atuação.
para os pro昀椀ssionais da educação se atentarem
para tais discussões. Para esse item há indicativos 14. Questão
diretos do Ministério Público (MP), pois inclui itens
de “Responsabilidade dos Educadores” e aborda a (FUNDAÇÃO CASA - CETRO - 2014) Conforme o disposto no
responsabilidade civil deste. A昀椀nal, os adultos mais Artigo 26, da Constituição Federal de 1988, incluem-
próximos dos familiares da criança/adolescente são -se entre os bens dos Estados as:
I. Águas super昀椀ciais ou subterrâneas, 昀氀uentes, incisos além destes, destacamos essa alternativa
emergentes e em depósito, ressalvadas, neste como incorreta.
caso, na forma da lei, as decorrentes de obras Alternativa C: INCORRETA. O inciso III, proposto como
da União. a alternativa adequada, não atende ao previsto na
II. Áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que es- Constituição Federal. Conforme trata o Artigo 26, in-
tiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob ciso III, são considerados bens do Estado nesse inci-
domínio da União, municípios ou terceiros. so: III. As ilhas 昀氀uviais e lacustres não pertencentes à
III. Ilhas 昀氀uviais e lacustres não pertencentes aos União; e não as III. Ilhas 昀氀uviais e lacustres não per-
municípios de outros estados. tencentes aos municípios de outros Estados, como
IV. Terras devolutas não compreendidas entre as propõe a alternativa C.
da União. Alternativa D: INCORRETA. Enquanto o inciso I do ar-
tigo 26 da Carta Magna federal está exposta nessa
É correto o que está contido em: opção adequadamente, o inciso III já não atende aos
critérios previstos na Constituição.
Ⓐ I e II, apenas. Alternativa E: CORRETA. Conforme asseverado, as al-
Ⓑ II e IV, apenas. ternativas I, II e IV apenas atendem aos critérios do
Ⓒ I, III e IV, apenas. artigo 26 contidos na Constituição Federal. Cabe-nos
Ⓓ I e III, apenas. re昀氀etir acerca dos processos de políticas públicas
Ⓔ I, II e IV, apenas. em favor dos bens sociais, bem como a de昀椀nição de
responsabilidade administrativa. A昀椀nal, as nossas
Grau de Di昀椀culdade fontes hídricas estão sendo desperdiçadas de forma
equivocada, enquanto não compreendermos e nos
Alternativa A: INCORRETA. Os bens sociais do Estado conscientizarmos de que, se todo o ambiente natu-
de uso comum referem-se não apenas ao inciso I e ral desaparecer, não conseguiríamos sobreviver no
II dessa opção de alternativa. Na Carta Magna acres- planeta.
centa-se como bens do Estado: I. As águas super-
昀椀ciais ou subterrâneas, 昀氀uentes, emergentes e em 15. Questão
depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei,
as decorrentes de obras da União; II. As áreas, nas (FUNDAÇÃO CASA - CETRO - 2014) Leia o trecho abaixo e, com
ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu base nos princípios que regem a educação brasileira
domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, desde a última Constituição Federal, assinale a al-
municípios ou terceiros; III. As ilhas 昀氀uviais e lacus- ternativa que o completa corretamente.
tres não pertencentes à União; IV. As terras devolu- A escola é a instituição especializada da sociedade
tas não compreendidas entre as da União. Em outras para oferecer oportunidades educacionais que ga-
palavras, corresponde a tudo que faz parte de uma rantam a educação básica de qualidade para todos.
coletividade, independentemente de ser de entida- A prática educativa escolar, de acordo com os prin-
de pública ou privada, mas um bem social de ordem cípios expressos na legislação vigente, tem a função
natural que favorece a todos. de contribuir para que cada um dos estudantes:
Alternativa B: INCORRETA. Após situar os argumen-
tos que sustentam a necessidade de considerar a Ⓐ Desenvolva competências e habilidades necessá-
opção anterior como incorreta, reconhecemos que a rias para vida cidadã; tenha a formação necessária
alternativa B limita-se a analisar apenas como bens ao desenvolvimento de suas potencialidades como
do Estado: I. Áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, elemento de autorrealização; tenha preparação para
que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas o trabalho.
sob domínio da União, municípios ou terceiros; e, Ⓑ Amplie seu conhecimento e a capacidade de
IV. Terras devolutas não compreendidas entre as da descobrir, criar, questionar, criticar e transformar
União. Por essa restrição na alternativa e conhecen- a realidade; amplie sua capacidade de viver, de se
do que o Artigo 26 da constituição federal traz mais alegrar e de trabalhar com os outros, na correspon-
sabilidade sociopolítica e cidadã; e torne maior sua
sensibilidade para encontrar sentido na realidade, nitivos é um princípio meramente positivista que vê
nas relações e nas coisas. o aprendiz como um ser desprovido de criatividade.
Ⓒ Adquira os conhecimentos cientí昀椀cos; tenha pre- Alternativa D: INCORRETA. A escola que apenas ofe-
paração para o trabalho; tenha educação para a car- rece aos estudantes a concessão dos conhecimentos
reira; desenvolva o seu cognitivo. cientí昀椀cos, a preparação para o trabalho e o desen-
Ⓓ Desenvolva a competência leitora e escritora; te- volvimento cognitivo reduz o aprendiz a uma tábua
nha conhecimento do que foi a atividade humana no rasa, pois oferece um ensino restrito ao técnico sem,
imenso campo do pensamento; adote uma 昀椀loso昀椀a e contudo, oportunizar o que ele tem de melhor que
siga a tábua de valores morais, políticos e econômi- é a criatividade, bem como as diversas formas de
cos que formam a base ideológica da nação. aprender.
Ⓔ Assimile os conhecimentos historicamente já Alternativa E: INCORRETA. Assimilar os conhecimen-
elaborados; desenvolva aptidões para a inserção tos historicamente já elaborados faz parte de um
no mercado de trabalho; adquira habilitação pro- modelo de ensino positivista que atendeu a uma de-
昀椀ssional, em consonância com as necessidades do terminada era; desenvolver aptidões para a inserção
mercado de trabalho local ou regional, à vista de le- no mercado de trabalho, o que também teve funcio-
vantamentos periodicamente renovados. nalidade no modelo de escola técnica. Hoje a escola
precisa promover a curiosidade, a descoberta, o de-
Grau de Di昀椀culdade sejo de criar e recriar, oportunizando a participação
de sujeitos mais autônomos.
Alternativa A: INCORRETA. A Constituição Federal as-
segura que a educação é direito de todos, rati昀椀cada 16. Questão
pela Lei nº 9.394/96, que esclarece que o ensino será
ministrado com vista a assegurar igualdades de con- (UFAM/AM - CONVEST - 2013) Conforme a Constituição Bra-
dições para acesso e permanência na escola. Assim, sileira, compete, privativamente, à União:
a escola adequada para os estudantes não se deli-
mita a desenvolver competências e habilidades para Ⓐ Promover o 昀椀nanciamento da educação pública.
vida cidadã nem tampouco ao desenvolvimento de Ⓑ Legislar sobre educação, cultura, ensino e des-
potencialidades como elemento de autorrealização porto nacionais.
e tenha preparação para o trabalho. Os aspectos for- Ⓒ Ofertar educação superior.
mativos escolares recomendam o desenvolvimento Ⓓ Legislar sobre diretrizes e bases da educação na-
de ações que contribuam para o crescimento dos cional.
aspectos físico, afetivo, psicológico, intelectual e Ⓔ Fazer a validação de diplomas.
social, complementando a ação da família e da co-
munidade e, ao mesmo tempo, ampliando e intensi- Grau de Di昀椀culdade
昀椀cando, gradativamente, o processo educativo com
qualidade social, conforme asseguram as Diretrizes Alternativa A: INCORRETA. Compete à União organi-
Nacionais para a Educação Básica (BRASIL, 2013). zar o sistema federal de ensino, 昀椀nanciar as insti-
Alternativa B: CORRETA. A escola é o espaço que deve tuições públicas federais e exercer as funções re-
contribuir para expandir o crescimento potencial do distributiva e supletiva. Dessa forma, aos estados e
aprendiz; colaborar para favorecer capacidade de ao Distrito Federal cabe atuar prioritariamente no
desvendar novos saberes: criar, protestar, criticar e ensino fundamental e médio. Os municípios devem
transformar a realidade; ampliando sua disposição atuar prioritariamente no ensino fundamental e na
de viver, contentar-se e de trabalhar com os outros, educação infantil.
na corresponsabilidade sociopolítica e cidadã; e tor- Alternativa B: INCORRETA. De acordo ao Art. n°24. da
ne maior sua sensibilidade para encontrar sentido Constituição Federal, compete à União, aos Estados
na realidade, nas relações e nas coisas. e ao Distrito Federal legislar concorrentemente so-
Alternativa C: INCORRETA. O aprendiz é um ser biop- bre “[...] IX. Educação, cultura, ensino e desporto, e
sicossocial e espiritual. Por isso, limitar suas aprendi- não apenas a União”.
zagens e desenvolvimentos apenas aos aspectos cog-
Alternativa C: CORRETA. O Artigo 09 da LDB, inciso IX, produção do projeto educacional. Na verdade, há
salienta que é dever da União: autorizar, reconhecer, um projeto educacional institucional e a escola tem
credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, apenas de ver o que fazer para executá-lo. A legisla-
os cursos das instituições de educação superior e os ção vigente é limitadora da autonomia da unidade.
estabelecimentos do seu sistema de ensino. É res- Ⓒ A democrática ordenação pedagógica das re-
ponsabilidade da união atender as instituições de lações escolares cujo horizonte de ação procura
educação superior criadas e mantidas pela iniciativa abranger a vida humana em sua globalidade. É um
privada. documento em que se registra o resultado do pro-
Alternativa D: INCORRETA. Compete à União esta- cesso negocial estabelecido por aqueles atores que
belecer, em colaboração com os estados, o Distrito estudam a escola e por ela respondem em parceria.
Federal e os municípios, competências e diretrizes Ⓓ A hierarquia que marca as relações escolares. A
para a educação infantil, o ensino fundamental e o equipe gestora da unidade elabora o projeto edu-
ensino médio, que nortearão os currículos e seus cacional de acordo com as orientações e normas
conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação do sistema. Passa para a aprovação pelo Conselho
básica comum (Artigo n° 09 da LDB nº 9394/96). de Escola que o aprova sem ler e encaminha para a
Alternativa E: INCORRETA. A União não valida diplo- análise das instâncias regionais e aguarda a sua ho-
mas, mas conforme assevera o Artigo 09 da LDB, inci- mologação. Trata-se de um procedimento de rotina,
so 09: autoriza, reconhece, credencia, supervisiona, burocrático.
e avalia, respectivamente, os cursos das instituições Ⓔ Os interesses e necessidades da comunidade
de educação superior e os estabelecimentos do seu educativa do entorno. A elaboração do projeto pe-
sistema de ensino. dagógico pela equipe gestora parte de um diagnósti-
co da comunidade educativa e, a partir daí, a equipe
17. Questão busca identi昀椀car quais projetos governamentais me-
lhor atendem essas demandas e expectativas locais.
(FUNDAÇÃO CASA - CETRO - 2014) Leia o texto abaixo e, em Elabora o documento e o encaminha para análise,
seguida, assinale a alternativa correta. aprovação e liberação das verbas para sua execução.
“O Projeto Político-Pedagógico deve, pois, ser assu-
mido pela comunidade educativa, ao mesmo tempo, Grau de Di昀椀culdade
como sua força indutora do processo participativo
na instituição e como um dos instrumentos de con- DICA DOS AUTORES: a organização e gestão escolar
ciliação das diferenças, de busca da construção de pautam-se pela garantia e atendimento da função
responsabilidade compartilhada por todos os mem- social da escola (dimensões que estão articuladas,
bros integrantes da comunidade escolar, sujeitos socialização dos saberes conhecimentos, formação
históricos concretos, situados num cenário geopo- de valores e atitudes voltados à plena cidadania).
lítico preenchido por situações cotidianas desa昀椀an- E, saber articular e organizar tais objetivos educa-
tes” (Parecer CNE/CEB nº 07/2010). cionais são garantias dessa teoria e prática, que é
Assim concebido, o processo de formulação do Pro- a idealização e execução do Projeto Político-Pe-
jeto Político-Pedagógico tem como referência: dagógico (PPP). Nesse sentido, cabe ao pedagogo
envolver-se na construção do PPP. Esse processo
Ⓐ A ordenação dos órgãos regionais gestores do sis- de昀椀ne os caminhos de participação dos segmentos
tema local. Geralmente, os supervisores dos órgãos institucionais de todos (gestão, professor, funcio-
regionais organizam uma série de planilhas para se- nário, família, aluno e comunidade) na vida escolar.
rem preenchidas pela unidade educacional. Dessa As instâncias deliberativas de escolhas destes são:
forma, o projeto educacional vira um documento para gestor, conselho escolar, reuniões de pais, que se
ser analisado e homologado pelo dirigente regional. constitui em formas democráticas de participação.
Ⓑ As normas expressas na legislação educacional Portanto, a construção do PPP é um momento im-
federal, estadual e municipal sobre o assunto. Não prescindível para se fazer sínteses entre normas le-
há como a unidade produzir um documento que gais (respeito à legislação nacional e diretrizes do
trace sua identidade, pois a legislação engessa a sistema) e contextos de cada escola (regimento e
Alternativa B: INCORRETA. Para Nicolescu (2000), a ção é garantir a e昀椀ciência e a e昀椀cácia da instituição.
abordagem multidisciplinar está sempre com o foco Não tem função pedagógica, pois a sua composição
na disciplina. Apesar de ultrapassar as fronteiras não é de pro昀椀ssionais da área, pois conta com 50%
disciplinares, seu quadro de referência ainda é o de membros da comunidade.
disciplinar, ou seja: cada indivíduo domina sua área Ⓓ Estabeleça as normas, os direitos, os deveres, as
e, para determinadas discussões, o especialista da competências e os papéis de cada segmento da uni-
área é que pode responder. Não há uma percepção dade. Sua função é normativa e somente para tais
da luz multidimensional, onde se torna possível te- 昀椀ns tem autonomia. Não tem caráter deliberativo
cer um conhecimento sobre um tema, à luz da área nas instituições públicas.
que domina. Ⓔ Estabeleça as 昀椀nalidades e os princípios da edu-
Alternativa C: INCORRETA. O olhar multidisciplinar si- cação que se desenvolvem na unidade. Sua função é
tua-se em sua área de conhecimento e não consegue consultiva e de apoio à gestão pro昀椀ssional instituí-
complementar o todo dentro das partes, apenas ex- da, sendo uma instituição soberana no que tange à
pressa uma fração do conhecimento e o hierarquiza. vida escolar.
Alternativa D: INCORRETA. No olhar multidisciplinar,
as disciplinas não dialogam, cada área quer sobre- Grau de Di昀椀culdade
por a outra.
Alternativa E: INCORRETA. O que se defende na pers- DICA DOS AUTORES: a gestão escolar deve-se atentar
pectiva multidisciplinar encontra-se envolvido múl- para sua missão e promover a inclusão de todos os
tiplas disciplinas, no entanto, as disciplinas 昀椀cam a atores sociais locais constituídos em suas instân-
serviço de si mesmo e não discutem a unidade do cias, como o Conselho Escolar. Ações do Conselho
conhecimento na relação das partes dentro do todo. Escolar são ativas, participativas, espaços em que
cada membro titular tem vez, voz e formação escla-
19. Questão recedora da função que exerce como conselheiro. O
Conselho Escolar deve acompanhar o trabalho do
(FUNDAÇÃO CASA - CETRO - 2014) Leia o trecho abaixo. gestor de forma comprometida e respeitável. Orien-
“Tudo o que a gente puder fazer no sentido de con- tar e organizar o que precisa junto aos seus pares
vocar os que vivem em torno da escola, e dentro da para elevar a qualidade do ensino e ajudando a en-
escola, no sentido de participarem, de tomarem um frentar as di昀椀culdades no dia a dia. O gestor é mem-
pouco o destino da escola na mão, também. Tudo bro nato do Conselho, mas obrigatoriamente não é
o que a gente puder fazer nesse sentido é pouco presidente. O presidente do Conselho é escolhido,
ainda, considerando o trabalho imenso que se põe através de votação, entre os membros titulares que
diante de nós, que é o de assumir esse país demo- comparecerem à votação. O gestor só será presiden-
craticamente” (Paulo Freire). te se for eleito pelos conselheiros titulares. O grupo
O Conselho Escolar é uma instância de democratiza- gestor prioriza ocasiões especí昀椀cas junto com toda
ção da educação e de construção da cidadania e é equipe escolar e Conselho Escolar para eleger prio-
fundamental que ele: ridades para utilização de toda verba que chega à
escola e, de forma transparente e detalhada, com o
Ⓐ Acompanhe a aprendizagem das crianças, adoles- mesmo grupo, realiza as prestações de contas.
centes e jovens na escola. Para tanto, é fundamental Alternativa A: CORRETA. O serviço do Conselho Es-
que o Conselho zele pelo uso signi昀椀cativo do tempo colar não é apenas 昀椀scalizador, mas atuante em
pedagógico na escola e participe da gestão demo- conformidade com as instituições escolares, a 昀椀m
crática da instituição escolar. de zelar pelo uso adequado do tempo pedagógico
Ⓑ Fiscalize a utilização dos recursos e verbas pú- do aluno, contribuindo em favor da plenitude de sua
blicas. Não tem função pedagógica, a responsabili- cidadania.
dade de zelar as aprendizagens é dos professores Alternativa B: INCORRETA. Os Conselhos devem fun-
e familiares. cionar como mediadores e articuladores, atribuindo
Ⓒ Acompanhe os 昀氀uxos de papéis emitidos pela es- relação entre sociedade e gestores municipal, esta-
cola em atendimento às exigências legais. Sua fun- belecendo, quando necessário, as regras comple-
mentares que atendam às necessidades dos currí- as normas educacionais; f ) e 昀椀scalizadora – promo-
culos municipais. ver sindicâncias, solicitar esclarecimento dos res-
Alternativa C: INCORRETA. Podemos destacar cinco ponsáveis ao constatar irregularidades e denunciá-
funções signi昀椀cativas desse serviço municipal: 1) -las aos órgãos competentes (Secretaria Municipal
normatizar ‒ elaborar as regras que adaptam para de Educação, Ministério Público, Tribunal de Contas,
o município as determinações das leis federais e/ Câmara dos Vereadores).
ou estaduais e que as complementem, quando ne-
cessário; 2) deliberar ‒ autorizar ou não o funcio- 20. Questão
namento das escolas públicas municipais e da rede
privada de ensino; 3) legalizar cursos e deliberar (IFPR/PR - CETRO - 2014) Com base na Resolução nº
sobre o currículo da rede municipal de ensino; 4) 01/2004 do CNE/CEB, o Plano Nacional de Imple-
assessorar ‒ responder aos questionamentos e dú- mentação das Diretrizes Curriculares Nacionais para
vidas do poder público e da sociedade. As respostas a Educação das Relações Etnorraciais e para ensino
do órgão são consolidadas por meio de pareceres; de história e cultura afro-brasileira e africana tem
5) 昀椀scalizar ‒ acompanhar a execução das políticas como base estruturante Eixos Estratégicos propos-
públicas e monitorar os resultados educacionais do tos no documento “Contribuições para a Implemen-
sistema municipal. tação da Lei nº 10.639/2003”. Sobre esses eixos, mar-
Alternativa D: INCORRETA. Os CME têm caráter deli- que V para verdadeiro ou F para falso e, em seguida,
berativo, podendo autorizar ou não o funcionamen- assinale a alternativa que apresenta a sequência
to das escolas públicas municipais e da rede privada correta.
de ensino. Legalizar cursos e deliberar sobre o currí-
culo da rede municipal de ensino. ( ) Política de formação para gestores e pro昀椀ssionais
Alternativa E: INCORRETA. A função do Conselho não de educação.
é apenas consultiva, mas: a) consultiva – responder ( ) Condições institucionais.
a consultas sobre alvará, credenciamento e leis edu- ( ) Fortalecimento do marco legal.
cacionais e suas aplicações, submetidas a ele por ( ) Gestão democrática e mecanismos de participa-
entidades da sociedade pública ou civil (Secretaria ção social.
Municipal da Educação, escolas, universidades, sin-
dicatos, câmara municipal, Ministério Público), cida- Ⓐ V/ V/ V/ V.
dão ou grupo de cidadãos; b) propositiva – sugerir Ⓑ V/ V/ V/ F.
políticas de educação, sistemas de avaliação insti- Ⓒ F/ F/ V/ F.
tucional, medidas para melhoria de 昀氀uxo e de rendi- Ⓓ F/ F/ F/ F.
mento escolar e propor cursos de capacitação para Ⓔ V/ F/ F/ V.
professores; c) mobilizadora – estimular a sociedade
no acompanhamento dos serviços educacionais, in- Grau de Di昀椀culdade
formá-la sobre as questões educacionais do municí-
pio e tornar-se um espaço de reunião de esforços do Alternativa A: CORRETA. Conforme assevera a Lei Fe-
executivo e da comunidade para melhoria da edu- deral nº 10.639/2003, a sequência referente aos ei-
cação; d) deliberativa – essa atribuição deverá ser xos que corresponde às relações étnico-raciais são:
de昀椀nida na lei que cria o conselho que pode, por política de formação para gestores e pro昀椀ssionais de
exemplo, aprovar regimentos e estatutos, autorizar educação; condições institucionais; fortalecimento
cursos, séries ou ciclos e deliberar sobre os currí- do marco legal e gestão democrática; e mecanismos
culos propostos pela secretaria; e) normativa – só é de participação social.
exercida quando existe o sistema de ensino próprio. Alternativa B: INCORRETA. Todas as questões com-
Ele pode, assim, elaborar normas complementares põem o corpo da alternativa seguindo a sequência
às nacionais em relação às diretrizes para regimen- apresentada no modelo da questão. Assim, não há
to escolar, determinar critérios para acolhimento de alternativas falsas.
alunos sem escolaridade e interpretar a legislação e Alternativa C: INCORRETA. A estruturação do docu-
mento foi realizada à luz dos seguintes eixos: forta-
lecimento do marco legal; política de formação para Alternativa B: INCORRETA. A questão é uma pegadi-
gestores e pro昀椀ssionais de educação; política de nha que exige atenção situada para não comprome-
material didático e paradidático; gestão democráti- ter a opção de escolha.
ca e mecanismos de participação social; condições Alternativa C: INCORRETA. Todo modelo de ensino
institucionais: a) 昀椀nanciamento; b) sensibilização e preza pela inserção no mercado de trabalho. No
comunicação; c) pesquisa; d) equipes e regime de entanto, vale destacar que o modelo de escola que
colaboração; e) avaliação e monitoramento. temos hoje não condiz mais com o modelo de socie-
Alternativa D: INCORRETA. Não podemos considerar dade que estamos vivendo.
as quatro sequências como incorretas. Os eixos es- Alternativa D: INCORRETA. A prática educativa preci-
tratégicos propostos no documento têm como mé- sa estar em conformidade ao cenário de sociedade
rito assegurar projetos em favor da igualdade de que estamos inseridos.
condições. Alternativa E: INCORRETA. O processo de educação
Alternativa E: INCORRETA. As disposições das respos- sistemática visa à formação social e pro昀椀ssional
tas nesse enunciado revelaram equívocos, conforme do aprendiz, com méritos para que compreendam
assegura o documento. A implementação efetiva da a função social da escola “[...] Para que a educação
Lei nº 10.639/2003 exige o desenvolvimento dessa fosse o instrumento da transformação seria neces-
terceira abordagem de forma sistêmica, re昀氀etida em sário que a classe dominante no poder se suicidas-
novo desenho de política educacional que articule o se! Ela teria de abrir mão de seu poder de domina-
Ministério da Educação em seu conjunto na direção ção na sociedade, inclusive da criação e supervisão
do combate ao racismo e da valorização da educa- das escolas e faculdades. Nunca tivemos um caso
ção das relações étnico-raciais. desses na história e não acredito que venham a dar
o exemplo neste século” (FREIRE, 1986, pp. 28-29).
21. Questão
22. Questão
(PREF. JABOATÃO DOS GUARARAPES/PE - AOCP - 2014) A Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN nº (PREF. JABOATÃO DOS GUARARAPES/PE - AOCP - 2014) O inves-
9.394/1996), em seu artigo primeiro, parágrafos 1 e 2, timento estatal na educação pública ainda é um
regulamentam: problema a ser enfrentada no Brasil. A Meta 20 do
novo Plano Nacional de Educação (PNE, 2010-2020),
Ⓐ A educação escolar e a vincula ao mundo do tra- sancionado em 2014, apresenta o percentual a ser
balho. investido em educação no decênio em questão. Esse
Ⓑ A educação em geral e a vincula ao mundo do tra- percentual, de acordo com o texto do PNE 2010-2020,
balho. é de:
Ⓒ A educação escolar e não a vincula ao mundo do
trabalho. Ⓐ 7% do Produto Interno Bruto (PIB) já no primeiro
Ⓓ A educação em geral e não a vincula ao mundo ano de vigência.
do trabalho. Ⓑ 10% do Produto Interno Bruto (PIB) no quinto ano
Ⓔ Somente a educação escolar de nível básico e a de vigência.
vincula ao mundo trabalho. Ⓒ 7% do Produto Interno Bruto (PIB) no quinto ano
de vigência e 10% até o 昀椀nal do Plano.
Grau de Di昀椀culdade Ⓓ 10% do Produto Interno Bruto (PIB) já no primeiro
ano de vigência.
Alternativa A: CORRETA. Os princípios de ensino- Ⓔ 7% do Produto Interno Bruto (PIB) desde o início
-aprendizagem no ambiente escolar estão vincula- até o 昀椀m do Plano.
dos à formação pro昀椀ssional e inserção desse indi-
víduo no mercado de trabalho, contribuindo para Grau de Di昀椀culdade
estratégias, métodos, ideias que colaborem para o
crescimento e progresso da sociedade atual. Alternativa A: INCORRETA. Apesar de sabermos que
uma pátria educadora se faz com investimentos
adequados que favoreçam a minimização dos pro- Alternativa A: INCORRETA. Esse artigo 208 assegura
blemas sociais que a昀氀igem a sociedade, não está a progressiva universalização do ensino médio gra-
descrito no Plano Nacional de Educação que será no tuito.
primeiro ano de vigência o percentual proposto. Alternativa B: INCORRETA. Já o ensino de 9 anos à
Alternativa B: INCORRETA. Apesar de ter lutado por educação infantil e pré-escola que passa a ser ga-
10% do PIB, infelizmente este percentual não foi rantia até os 5 anos.
aprovado. Alternativa C: INCORRETA. O artigo constitucional
Alternativa C: CORRETA. De acordo com o texto do sugere a oferta do AEE preferencialmente na rede
PNE, 7% do Produto Interno Bruto (PIB) será conce- regular de ensino e não exclusivamente. De certo,
dido no quinto ano de vigência e 10% até o 昀椀nal do no seu Artigo 206, Inciso I, estabelece a “igualdade
Plano. de condições de acesso e permanência na escola”,
Alternativa D: INCORRETA. O que está previsto no como um dos princípios para o ensino e garante,
PNE é um aditivo de 7% e não 10%. Conforme des- como dever do Estado, a oferta do atendimento edu-
taca Perrenoud (2002, p. 94), “O objetivo da escola cacional especializado, preferencialmente na rede
obrigatória tem que ver com as competências que regular de ensino (art. 208).
nos transforma não apenas em trabalhadores, inde- Alternativa D: INCORRETA. Está incorreta, pois o prin-
pendentes ou assalariados, mas, em seres autôno- cípio VII do Artigo 208 da Carta Magna assevera que
mos, cidadãos responsáveis, pessoas que têm uma o atendimento ao educando deve acontecer em to-
vida privada”. das as etapas da educação básica.
Alternativa E: INCORRETA. O PNE foi criado com o Alternativa E: CORRETA. Salientamos que não apenas
intuito de disseminar a participação da sociedade a Constituição Federativa Brasileira, mas o próprio
para que envolvesse nas discussões sociais, tornan- PNE (2014), elucida mais uma vez essa oferta da edu-
do-se autores de sua própria história. cação básica e gratuita dos 4 aos 17 anos.
(UFCA/CE - CCV/UFC - 2014) Segundo a Constituição da Re- (IFNMG/MG - FUNDEP - 2014) Segundo Candau (2002), um
pública Federativa do Brasil (1988), no seu Artigo grande desa昀椀o para os educadores, diante dos no-
208, o dever do Estado com a educação será efetiva- vos cenários da sociedade contemporânea, é articu-
do mediante a garantia de: lar igualdade e diferença à base cultural comum e
expressões da pluralidade social e cultural.
Ⓐ Progressiva universalização do ensino fundamen-
tal. Analise as seguintes a昀椀rmativas sobre cidadania,
Ⓑ Educação infantil, em creche e pré-escola, às pluralidade cultural e educação.
crianças de até 6 anos de idade.
Ⓒ Atendimento educacional especializado aos por- I. O papel de formadora de identidades, sejam
tadores de de昀椀ciência, exclusivamente na rede re- estas individuais, sociais e culturais, tem sido
gular de ensino. um dos trunfos da legitimação da escola.
Ⓓ Atendimento ao educando, somente do ensino II. A percepção da escola como espaço sociocul-
fundamental público, por meio de programas suple- tural possibilita pensar o processo educativo
mentares de material didático escolar, transporte e escolar como sendo heterogêneo, produto da
alimentação. ação recíproca entre sujeito e instituição e ca-
Ⓔ Educação básica obrigatória e gratuita dos 4 aos paz de reconhecer e incorporar a diversidade
17 anos de idade, assegurada inclusive sua oferta no desenvolvimento dos educandos como su-
gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso jeitos socioculturais.
na idade própria. III. No mundo de hoje há uma grande igualdade,
não só do acesso, mas também do uso que se
Grau de Di昀椀culdade faz do conhecimento.
A partir dessa análise, pode-se concluir que estão altas habilidades, está contemplada em qual meta
corretas: do documento?
Ⓐ I e II apenas. Ⓐ 20.
Ⓑ I e III apenas, Ⓑ 05.
Ⓒ II e III apenas. Ⓒ 18.
Ⓓ I, II e III. Ⓓ 04.
Ⓔ 09.
Grau de Di昀椀culdade
Grau de Di昀椀culdade
Alternativa A: CORRETA. Para Candau (2002), a edu-
cação deve promover o reconhecimento do “outro” Alternativa A: INCORRETA. Essa meta diz respeito à
e o diálogo entre os diferentes grupos sociais e ampliação do investimento público em educação
culturais, ou seja, uma educação para a negociação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de
cultural. 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país no quinto
Alternativa B: INCORRETA. O direito a sermos iguais ano de vigência desta lei e, no mínimo, o equivalente
nas diferenças, muito bem defendido por Boaven- a 10% do PIB ao 昀椀nal do decênio.
tura Sousa Santos (2001), sugere-nos a pensarmos Alternativa B: INCORRETA. A meta 05 diz respeito a
a educação na óptica da transculturalidade, ultra- alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o 昀椀nal
passando a fronteira do pré-conceito dos espaços do terceiro ano do ensino fundamental.
intersociais já estabelecidos, para defender uma Alternativa C: INCORRETA. Essa meta é a tentativa
educação como a昀椀rma a autora intercultural onde a de assegurar, no prazo de dois anos, a existência de
identidade da escola seja de昀椀nida pela relação com planos de carreira para o(a)s pro昀椀ssionais da educa-
as questões inerentes à realidade, construída a par- ção básica e superior pública de todos os sistemas
tir da diversidade dos sujeitos, vinculando práticas de ensino. E, para o plano de carreira do(a)s pro昀椀s-
educativas que deem conta de aproximar sociedade, sionais da educação básica pública, a qual tomará
escola e cultura(s). como referência o piso salarial nacional pro昀椀ssio-
Alternativa C: INCORRETA. Ao considerar a alternati- nal, de昀椀nido em lei federal, nos termos do inciso VIII
va III como correta, invalida a alternativa C. do Art. 206 da Constituição da República Federativa
Alternativa D: INCORRETA. Conforme destaca a alter- do Brasil (BRASIL,1988).
nativa III: “No mundo de hoje, há uma grande igual- Alternativa D: CORRETA. Os princípios do PNE repre-
dade, não só do acesso, mas também do uso que sentam o desejo da sociedade civil em universali-
se faz do conhecimento”. Infelizmente, a alternativa zar para a população de 4 a 17 anos com de昀椀ciência,
ainda é ilusória, estamos longe de promover igual- transtornos globais do desenvolvimento e altas ha-
dades de condições e de acesso, mas lutamos para bilidades ou superdotação. Bem acessos à educação
que esse princípio possa tornar-se universal. básica e ao Atendimento Educacional Especializado
(AEE), preferencialmente na rede regular de ensino,
25. Questão com a garantia de sistema educacional inclusivo, de
salas de recursos multifuncionais, classes, escolas
(PREF. JOABOTÃO DOS GUARARAPES/PE - AOCP - 2014) O Plano ou serviços especializados, públicos ou convenia-
Nacional de Educação (PNE) é o documento que nor- dos.
teia as ações do Estado nacional em relação às polí- Alternativa E: INCORRETA. Já a meta 09 do PNE pro-
ticas públicas em educação no período de dez anos. cura elevar a taxa de alfabetização da população
Em julho de 2014, foi aprovado o Plano Nacional com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e, até o 昀椀-
de Educação com vigência para a próxima década. nal da vigência desse PNE, erradicar o analfabetismo
A modalidade de educação especial que abrange, absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo
segundo o PNE, crianças e adolescentes com de昀椀- funcional.
ciência, transtornos globais do desenvolvimento e
sil. O executivo federal não legisla sozinho. Para o Ⓒ Uma empresa que faz uso da Educação a Distân-
executivo, o apoio do congresso representado pelo cia pode dispensar todo o respectivo quadro de for-
poder legislativo faz toda a diferença na aprovação madores, uma vez que, nesse modelo, o formador é
de ementas, projetos que colaborem com o cresci- completamente prescindível.
mento social do país. Por isso, a escolha dos nos- Ⓓ O uso da Educação a Distância nos processos de
sos representantes no poder legislativo faz toda a formação é uma exclusividade de instituições que
diferença para o bom andamento das propostas que atuam nas áreas de tecnologia.
favoreça o crescimento da nação. Ⓔ A Educação a Distância surgiu na Europa na pri-
Alternativa B: INCORRETA. Não há diretrizes secun- meira metade do século XIX, sendo a corrente mais
dárias dos poderes legalmente constituídos. O prin- predominante a que registra na Suécia, em 1833, a
cípio dos três poderes visa estabelecer um equilí- primeira experiência nesse campo de ensino.
brio, oportunizando que cada um estabeleça certo
controle sobre o outro, evitando, assim, um modelo Grau de Di昀椀culdade
autoritário geral.
Alternativa C: CORRETA. O objetivo fundamental da Alternativa A: INCORRETA. Conforme assegura o Arti-
república federativa do Brasil é erradicar a pobreza, go 40 da LDB, “A educação pro昀椀ssional será desen-
marginalização e reduzir as desigualdades sociais e volvida em articulação com o ensino regular ou por
regionais, conforme sugere o artigo 3º da Constitui- diferentes estratégias de educação continuada, em
ção Brasileira Federal (CFB, 1988). instituições especializadas ou no ambiente de tra-
Alternativa D: INCORRETA. Conforme assevera Capo balho”. Já a Educação a Distância visa multiplicar o
(1994) e Senillosa (1996 apud TEIXEIRA, 2001), as desenvolvimento dos saberes por meio das Tecnolo-
ONGs elegem as organizações de acordo com as gias da Informação e Comunicação (TICs). A Educa-
orientações dos seus dirigentes e do cenário onde ção a Distância (EaD) é um serviço visto na LDB, no
atuam. Classi昀椀cando-as como: de caráter assisten- Artigo 80, reconhecendo ao poder público o incenti-
cial (ações de ajuda humanitária); de desenvolvi- vo, a implementação e veiculação desses serviços.
mento autossu昀椀ciente, com ideologias desenvolvi- Alternativa B: INCORRETA. Tanto o ensino pro昀椀ssio-
mentistas e projetos de caráter setorial, sobretudo nal quanto a Educação a Distância (EaD) apresen-
nos anos 1960, e defensoras de mudanças estrutu- tam direcionamentos especí昀椀cos para o aprendiz e
rais (visando ao desenvolvimento autossustentável torna-se um modelo signi昀椀cativo para estudantes
e autônomo sob o ponto de vista da participação que desejam iniciar a vida pro昀椀ssional, bem como a
política). Educação a Distância permite aos seus usuários or-
Alternativa E: INCORRETA. A Organização das Nações ganizar seu tempo de estudo de forma mais 昀氀exível
Unidas tem como objetivo principal garantir a paz e oportuniza acessibilidade, já que o espaço de sala
no mundo através do bom relacionamento entre os de aula não é apenas o arquitetônico.
países. Alternativa C: INCORRETA. Conforme salienta Litwin
(2001): “os recursos tecnológicos, continua residin-
28. Questão do, como em qualquer projeto educacional, na qua-
lidade das propostas para o ensino, dos conteúdos
(METRÔ/DF - IADES - 2016) Com relação aos processos de selecionados e na formação do professor. Devendo
educação pro昀椀ssional e educação a distância, assi- contar, assim, com um corpo docente preocupado
nale a alternativa correta. com o processo de aprendizagem dos estudantes,
estejam eles em um espaço público ou diante de um
Ⓐ O formato vigente de educação pro昀椀ssional reme- computador fazendo exercício”.
te unicamente ao modelo norte-americano, sem so- Alternativa D: INCORRETA. No palco da tecnologia
frer in昀氀uências ou interferências de outros modelos. educacional, a investida das TICs tem sido usada
Ⓑ Conciliar educação pro昀椀ssional com educação especi昀椀camente nos meios educacionais, exigindo
a distância, em processos de formação, exige altos dos professores novos esquemas mentais e novas
custos por parte da instituição, o que faz com que concepções acerca do saber que envolve diálogos
esse modelo seja pouco rentável e e昀椀caz. constantes, intercâmbios singulares, criatividade e
Ⓑ Prescinde de vinculação com os interesses da ins- sividade dos colaboradores. Esse tipo de princípio
tituição. empobrece o sistema e denigre seu espaço social.
Ⓒ Vincula-se exclusivamente aos interesses da Alternativa E: CORRETA. A educação corporativa
equipe gestora. organiza-se de forma coerente e sistematizada às
Ⓓ Lança mão de estratégias de manipulação e dou- competências da equipe, possibilitando um proces-
trinamento de colaboradores para seguir os objeti- so signi昀椀cativo de inovação dentro da organização.
vos da empresa.
Ⓔ A educação corporativa organiza-se de forma 31. Questão
coerente e sistematizada, às competências da equi-
pe, possibilitando um processo signi昀椀cativo de ino- (METRÔ/DF - IADES - 2016) O modelo de gestão e informa-
vação dentro da organização. Por meio dessa parce- ção para a tomada de decisão na gestão de pessoas,
ria, é possível alcançar o sucesso. que é mais discutido hoje principalmente pelo ní-
vel de complexidade, é a gestão por competências.
Grau de Di昀椀culdade Acerca desse assunto, assinale a alternativa que
apresenta o conceito de gestão por competência.
DICA DOS AUTORES: a educação corporativa é uma
temática interessante, pois nasceu com demandas Ⓐ Orientação de esforços com o foco em planejar,
das mudanças trazidas pela Era do Conhecimento. captar, desenvolver e avaliar as competências orga-
A educação nas empresas sempre ocorrera, porém, nizacionais para o alcance de seus objetivos.
com uma nova aparência, conferida pelas trans- Ⓑ Compreensão quanto às faculdades de mobilizar
formações vivenciadas pelo mundo a fora, a partir redes de atores em torno das mesmas situações e
da década de 1990, com o avanço da globalização, compartilhar os desa昀椀os, assumindo zonas de cor-
traçando cenários de mudanças e incertezas. Nesse responsabilidade.
sentido, cabe aos pro昀椀ssionais se atentarem para Ⓒ Identi昀椀cação das competências necessárias dos
os “novos” rumos que a pedagogia empresarial tem indivíduos.
assumido frente aos novos cenários organizacionais Ⓓ Conjunto de esforços para a realização das tare-
atuais. fas cotidianas dos indivíduos nas organizações para
Alternativa A: INCORRETA. Mais que mão de obra garantir sua efetividade.
especializada, a educação corporativa visa ao ca- Ⓔ Avaliação dos indivíduos no sentido de veri昀椀car
ráter estratégico fundamental para o crescimento se um conjunto de colaboradores é ou não e昀椀caz no
possível, ou seja, busca-se aumentar competências que faz.
essenciais para o sucesso da campanha, ampliando
práticas que contribua para desenvolver a cidadania Grau de Di昀椀culdade
para o sucesso da instituição.
Alternativa B: INCORRETA. A educação corporativa Alternativa A: CORRETA. Ao discutir a gestão por
posiciona o pedagogo empresarial na condição de competência, compreendemos que a orientação de
articulador, buscando conjuntamente encontrar as esforços com o foco em planejar, captar, desenvolver
soluções práticas para a otimização da produtivida- e avaliar as competências organizacionais para o al-
de pro昀椀ssional. cance de seus objetivos se convergem, incorporando
Alternativa C: INCORRETA. Um trabalho corporativo ideais em favor da unidade, e não se limitam a situa-
não se limita exclusivamente aos interesses da equi- ções isoladas podendo, assim, arruinar o verdadeiro
pe gestora, mas às necessidades da aprendizagem sentido do objetivo.
organizacional, aperfeiçoando a cada momento, Alternativa B: INCORRETA. Não basta mobilizar redes
com o bom emprego de ações com vista a estender em torno da mesma situação, compartilhando os de-
e aprimorar as práticas pedagógicas nas empresas, sa昀椀os, mas compreender as partes dentro do todo
tornando-as mais e昀椀cientes e e昀椀cazes. ou o todo dentro das partes, congregando ideias
Alternativa D: INCORRETA. O princípio de educação com vista a alcançar o objetivo comum.
corporativa não se assemelha à manipulação e pas- Alternativa C: INCORRETA. Não basta identi昀椀car com-
petências em cada indivíduo, mas, conforme salien-
ao longo desse processo. Dessa forma, criam-se no de instituir o processo de ensino-aprendizagem para
cenário escolar diversas mecânicas, como classes todos, compete a cada pro昀椀ssional envolvido com a
de aceleração ou a aprovação com dependência em educação constituir as transformações micro na ro-
disciplina para maquiar a exclusão desses jovens. tina de sua prática.
Como consequência desse processo, vemos alunos Alternativa D: CORRETA. O princípio de escola para
saindo da escola com uma grande defasagem ida- todos oculta e legitima a exclusão desses alunos,
de/série e, quando se formam, com diplomas social- criando a ilusão de uma oportunidade de escolari-
mente desvalorizados. Dessa forma, para Bourdieu, zação que, em realidade, não existe. Longe de ser
essa escola “para todos” é ainda mais perversa do uma operação asséptica, o processo de seleção dos
que seu modelo anterior, na medida em que: saberes que devem constituir o currículo (sua cons-
trução) re昀氀ete as tendências políticas e a ideologia
Ⓐ Exerce sobre os alunos de maior capital cultural que se quer incutir na sociedade, estabelecendo,
uma forte violência simbólica, pois passam a ser mi- conforme Sousa (2004, p. 170), uma correlação entre
noria na escola e passam por um processo de desle- o “conhecimento que deve ser veiculado pela escola
gitimação de sua cultura. e as forças econômicas, culturais e ideológicas da
Ⓑ Nega aos alunos menos abastados a apropriação sociedade, afectando de uma forma subterrânea os
de capital cultural legítimo, preferindo educá-los a processos educacionais”.
partir de valores simbólicos mais próximos de sua Alternativa E: INCORRETA. O objetivo da educação
realidade marginalizada. para todos não é criar conteúdo menos complexos
Ⓒ Mesmo possibilitando a ascensão de classe, esse para um grupo, oportunizando o mínimo para uns
modelo de escola também dá espaço para que o e o máximo para outros. Compreender o alicerce da
processo inverso ocorra, garantindo a manutenção educação para todos é perceber essa nova forma de
da desigualdade social. pensar a educação a luz do empoderamento de to-
Ⓓ Oculta e legitima a exclusão desses alunos, crian- dos os estudantes.
do a ilusão de uma oportunidade de escolarização
que em realidade não existe. 34. Questão
Ⓔ Põe sobre o mesmo teto alunos de diferentes ca-
madas sociais, não criando espaços diferenciados (TJ/GO - FGV - 2014) Para Vitor Henrique Paro, a adminis-
para alunos de menor capacidade intelectual. tração escolar vai para muito além do mero geren-
ciamento dos recursos materiais da escola, con昀椀gu-
Grau de Di昀椀culdade rando-se em um trabalho de construção conjunta de
leitura da realidade e de efetivação de metas e ob-
Alternativa A: INCORRETA. Os alunos com maior ca- jetivos necessários e desejáveis para os diferentes
pital cultural são bene昀椀ciados, visto que os sistemas sujeitos que passam por esta instituição. Em suas
perversos de ensino que colaboram para uma exclu- palavras:
são oculta. Há equívocos nas políticas de igualdades “Dessa forma, o que determina o caráter [...] da ad-
e de educação para todos. O processo educacional ministração é a natureza dos objetivos que ela busca
prioriza uma aprovação automática de todos, des- concretizar, os quais – em conjunto e como resultan-
considerando as especi昀椀cidades do sujeito. te das forças sociais predominantes em um deter-
Alternativa B: INCORRETA. O que se percebe é um minado momento histórico, de uma dada formação
jogo de dominação simbólica sobre um grupo. Para econômico-social – acabam por determinar a pró-
Bourdieu, os indivíduos se posicionam nos campos pria forma em que se dá a atividade administrativa”
de acordo com o capital acumulado – que pode ser (PARO, V. H. Administração Escolar: introdução crítica. 17ª Ed.
social, cultural, econômico e simbólico. Cortez Editora, São Paulo. 2012. p. 206).
Alternativa C: INCORRETA. A escola para todos dis- Nessa medida, é essencial que a gestão da escola
cute o direito que todos têm garantido por uma se guie pelas perspectivas, concepções e metas ela-
educação de qualidade. Mesmo acometido de desi- boradas e planejadas em conjunto pela comunidade
gualdades, convém destacar que, apesar das trans- escolar, por meio, sobretudo:
formações curriculares contribuírem na nova forma
Alternativa C: CORRETA. Reconhecendo que o cur- que não existe uma formação docente o昀椀cial para
rículo representa uma relação de poder, salienta essa categoria.
Giroux (1999, p. 93) salienta que a pedagogia críti- Ⓒ O ensino religioso, de matrícula facultativa, cons-
ca rompa com os limites disciplinares e estabeleça tituirá disciplina dos horários normais das escolas
novas esferas de produção do conhecimento, en- públicas em todas as etapas da educação básica.
sejando o surgimento de novas formas de conheci- Ⓓ O ensino religioso, de matrícula facultativa, cons-
mento. E acrescenta: esta não é apenas uma questão tituirá disciplina dos horários normais das escolas
epistemológica, mas uma questão de poder, ética e públicas de ensino fundamental.
política. “A pedagogia crítica, como política cultural, Ⓔ O ensino religioso, de matrícula facultativa, cons-
aponta para a necessidade de se inserir a luta sobre tituirá disciplina dos horários de contra turno das
a produção e a criação do conhecimento como parte escolas públicas em todas as etapas da educação
de uma tentativa mais ampla de criar várias culturas básica.
públicas críticas” (GIROUX, 1999, p. 93).
Alternativa D: INCORRETA. As diretrizes escolares Grau de Di昀椀culdade
que primam pelo exercício da tolerância e do res-
peito não têm relação com currículo oculto, segundo Alternativa A: INCORRETA. Conforme destaca a LDB
Vallance e Giroux (1986). (nº 9394/96), “O ensino religioso, de matrícula fa-
Alternativa E: INCORRETA. A criação de classes de cultativa, é parte integrante da formação básica do
aceleração para alunos com menor desempenho es- cidadão e constitui disciplina dos horários normais
colar tem a ver com programas de aceleração do de- das escolas públicas de ensino fundamental, asse-
senvolvimento, do governo federal como os 昀氀uxos. gurado o respeito à diversidade cultural religiosa do
Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo.
36. Questão § 1º Os sistemas de ensino regulamentarão os pro-
cedimentos para a de昀椀nição dos conteúdos do ensi-
(TJ/GO - FGV - 2014) O Brasil, como um país democrático, no religioso e estabelecerão as normas para a habi-
decreta em sua Constituição (1988) uma série de di- litação e admissão dos professores.
reitos comuns a todos os seus cidadãos. Dentre eles, § 2º Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil,
podemos encontrar na área dos direitos sociais o constituída pelas diferentes denominações religio-
direito à educação, assim como podemos encontrar sas, para a de昀椀nição dos conteúdos do ensino re-
na lista dos direitos fundamentais o direito ao livre ligioso”.
exercício de crenças e cultos religiosos. Se pensar- Alternativa B: INCORRETA. Se analisarmos o Inciso 2
mos na educação em seu sentido mais amplo, que da LDB (nº 9394/96), “Os sistemas de ensino ouvirão
transcende o cenário e as práticas escolares, a acei- entidade civil, constituída pelas diferentes denomi-
tação ou negação das diferentes crenças religiosas nações religiosas, para a de昀椀nição dos conteúdos
exerce um papel formativo e identitária muito im- do ensino religioso”. Nesse sentido, se o documento
portante no sujeito. Por sua vez, criou-se uma dis- recomenda a de昀椀nição de conteúdo de ensino re-
cussão muito polêmica na área da educação escolar ligioso conforme o prescrito na lei, nessa situação,
sobre como lidar com a temática religiosa dentro da é possível categorizar esse ensino como disciplina
escola pública e, supostamente, laica. Apesar das no currículo, visto que a discussão da Base Nacional
divergentes perspectivas políticas sobre a temática, Curricular (2016) já anunciava essa situação.
a Constituição da República Federativa do Brasil de Alternativa C: INCORRETA. Em 22 de julho de 1997, a
1988 decreta que: Lei nº 9.475/97 foi aprovada com o objetivo de dar
nova redação ao Artigo 33 da Lei nº 9.394/96, pas-
Ⓐ O ensino religioso é dever da família e da igreja e sando a vigorar com a seguinte redação: “Art. 33. O
não se constituirá como disciplina dos horários nor- ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte in-
mais das escolas públicas. tegrante da formação básica do cidadão e constitui
Ⓑ O ensino religioso não se constituirá como disci- disciplina dos horários normais das escolas públicas
plina escolar sob nenhuma hipótese, na medida em de ensino fundamental, assegurado o respeito à di-
versidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quais- como dever do Estado, a oferta do atendimento edu-
quer formas de proselitismo”. cacional especializado, preferencialmente na rede
Alternativa D: CORRETA. Conforme atualização da regular de ensino (Art. 208).
LDB em julho de 1997, o Artigo 33 desse documento Alternativa D: INCORRETA. Está incorreta, pois o que
passa a ser redigido constituindo o ensino religioso diz o princípio VII do Artigo 208 da Carta Magna asse-
como disciplina dos horários normais das escolas vera que o atendimento ao educando deve aconte-
públicas, assegurando o respeito à diversidade cul- cer em todas as etapas da educação básica.
tural. Alternativa E: CORRETA. Salientamos que não ape-
Alternativa E: INCORRETA. O Artigo 33 da LDB (nº nas a Constituição Federativa Brasileira (CBF, 1988),
9394/96) já elucida o ensino religioso dentro do ho- mas o próprio PNE (2014), elucida mais uma vez essa
rário normal dos estabelecimentos de ensino. oferta da educação básica e gratuita dos 4 aos 17
anos.
37. Questão
38. Questão
(UFCA/CE - CCV/UFC - 2014) Segundo a Constituição da Re-
pública Federativa do Brasil (1988), no seu Artigo (PREF. ARARUAMA/RJ - FUNCAB - 2015) No currículo, por com-
208, o dever do Estado com a educação será efetiva- petências, os resultados a serem obtidos dirigem o
do mediante a garantia de: processo educacional, assim:
equipe; 6. Participar da gestão da escola; 7. Informar Alternativa D: INCORRETA. Não há treinamento para
e envolver os pais; 8. Utilizar as novas tecnologias; 9. desenvolvimento de competências, mas a constru-
Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da pro昀椀s- ção de pensamentos estruturados de forma inter-
são; 10. Gerar sua própria formação contínua. disciplinar, permitindo ao aprendiz construir suas
Alternativa C: INCORRETA. Na instrução dirigida se estratégias interligando com o mundo real.
prioriza o ensino. Alternativa E: INCORRETA. O processo de aprendi-
Alternativa D: INCORRETA. Na avaliação por compe- zagem envolve estruturas funcionais signi昀椀cativas,
tência, o que se leva em consideração é o processo contribuindo para que o aprendiz perceba o seu
de formação do aprendiz e não o resultado quanti- processo de crescimento.
tativo submetido por uma nota.
Alternativa E: INCORRETA. O processo de aprendiza- 40. Questão
gem, valorizando as competências e habilidades do
aprendiz, posiciona o estudante como protagonista (PREF. MANDAGUARI/PR - FAUEL - 2015) Sobre o ProUni, que
da ação e não um expectador passivo que assiste está completando 10 anos, é correto a昀椀rmar:
ação de forma submissa.
Ⓐ O ProUni oferece bolsas de estudo integrais e par-
39. Questão ciais para estudantes egressos do ensino médio da
rede pública ou da rede particular, na condição de
(PREF. ARARUAMA/RJ - FUNCAB - 2015) Sobre o currículo por bolsistas integrais.
aquisição de conhecimentos, base para a maioria Ⓑ O ProUni oferece bolsas de estudo integrais e par-
dos currículos tradicionalmente em curso no país, é ciais para todos os estudantes egressos do ensino
correto a昀椀rmar que: médio da rede pública ou da rede particular.
Ⓒ O ProUni oferece 昀椀nanciamento para estudantes
Ⓐ A ênfase é dada nos processos. egressos do ensino médio da rede pública ou da
Ⓑ O objetivo do encontro educacional é a aplicação rede particular, na condição de bolsistas integrais.
do conhecimento. Ⓓ O ProUni oferece 昀椀nanciamento para todos os es-
Ⓒ É centrado no aluno que apresenta suas curiosi- tudantes egressos do ensino médio da rede pública
dades e interesses. ou da rede particular.
Ⓓ O curso ou treinamento é de昀椀nido pela constru-
ção de conteúdos especí昀椀cos. Grau de Di昀椀culdade
Ⓔ Os resultados do processo de aprendizagem são
auferidos pela avaliação formativa. Alternativa A: CORRETA. Com o propósito de ampliar
o acesso ao ensino superior, o governo federal criou,
Grau de Di昀椀culdade em janeiro de 2005, o Programa Universidade para
Todos (ProUni), através da Lei nº 11.096 (BRASIL,
Alternativa A: CORRETA. De fato, o currículo com base 2005). O Programa tem como 昀椀nalidade a concessão
na construção do conhecimento analisa o processo, de bolsas de estudos integrais e parciais (50% e 25%)
o percurso que o aprendiz trilhou para alcançar seu a estudantes de baixa renda, em cursos de gradua-
processo de formação. ção e sequenciais de formação especí昀椀ca, em insti-
Alternativa B: INCORRETA. Não se busca aplicar co- tuições privadas de educação superior, oferecendo,
nhecimentos, mas construir, através das inter-re- em contrapartida, isenção de alguns tributos àque-
lações, nas interferências, numa perspectiva de las que aderirem ao Programa.
co-orientação, favorecendo a construção e não a Alternativa B: INCORRETA. A bolsa de estudo integral
transmissão. é cedida a brasileiros sem diploma de curso superior
Alternativa C: INCORRETA. Não se restringe apenas cuja renda familiar mensal não atinja o valor de até
àqueles que apresentam interesses e curiosidades, um salário mínimo meio. As bolsas de estudo par-
mas busca oportunizar uma relação dialógica, crian- ciais de 50% ou de 25% serão concedidas a brasi-
do espaços de múltiplas discussões e negociação do leiros não portadores de diploma de curso superior
conhecimento.
cuja renda familiar mensal per capita não exceda o Alternativa C: INCORRETA. Não há a contribuição da
valor de até três salários mínimos. prática na teoria empirista, mas a relação dos dois
Alternativa C: INCORRETA. A bolsa será destinada ao movimentos: sensação – advindo dos sentidos sen-
estudante que tenha cursado o ensino médio com- soriais ‒ e a re昀氀exão ‒ que é a ideia deposita por
pleto em escola da rede pública ou em instituições meio dos sentidos.
privadas na condição de bolsista integral, a estudan- Alternativa D: INCORRETA. Para o autor, o primei-
tes de昀椀cientes a professor da rede pública de ensi- ro elemento é a sensação derivada dos sentidos e,
no, para os cursos de licenciatura, normal superior depois, a elaboração das ideias por meio do pen-
e pedagogia, destinados à formação do magistério samento.
da educação básica, independentemente da renda.
Alternativa D: INCORRETA. Os estabelecimentos pri- 42. Questão
vados de ensino superior, com 昀椀ns lucrativos ou sem
昀椀ns lucrativos, poderão aderir ao ProUni conforme (PREF. MANDAGUARI/PR - FAUEL - 2015) A Lei de Diretrizes e
昀椀rmar termo de adesão, cumprindo-lhe proporcio- Bases da Educação Nacional determina em seus ar-
nar, no mínimo, uma bolsa integral para o equiva- tigos 12, 13 e 14 a incumbência dos estabelecimentos
lente a 10,7 estudantes regularmente pagantes e de- de ensino em elaborar a proposta pedagógica da
vidamente matriculados ao 昀椀nal do correspondente escola, assim como a participação dos envolvidos
período letivo anterior, excluído o número corres- no processo, visando à gestão democrática. Nesse
pondente a bolsas integrais concedidas pelo ProUni sentido, podemos a昀椀rmar que:
ou pela própria instituição, em cursos efetivamente
nela instalados. Ⓐ Essa lei deve ser seguida pelas instituições pú-
blicas, sendo facultativa aos estabelecimentos de
41. Questão ensino da rede privada.
Ⓑ Essa determinação rati昀椀ca a Carta Magna (1988),
(PREF. MANDAGUARI/PR - FAUEL - 2015) O 昀椀lósofo John Loc- que foi resultado de uma construção política dos
ke foi o fundador do empirismo e um dos mais im- segmentos da sociedade civil que reivindicaram
portantes precursores do iluminismo europeu, com e lutaram por tornar a Lei de Diretrizes e Bases da
isso, sua contribuição para a educação é extrema- Educação (nº 9394/96) uma lei comprometida com a
mente signi昀椀cativa, pois ele também se preocupou democracia e com a cidadania.
com a teoria do conhecimento. Segundo Locke, o Ⓒ Essa lei também determina a gestão democrática
conhecimento é inerente às ideias e, para tanto, há aos estabelecimentos privados, tendo em vista que
duas fontes possíveis para nossas ideias. São elas: o 昀椀nanciamento público também é destinado às ins-
tituições privadas.
Ⓐ A sensação e a re昀氀exão. Ⓓ Essa lei é inócua e rati昀椀ca os mesmos princípios
Ⓑ A prática e a teoria. de gestão, organização de ensino, carga horária
Ⓒ A sensação e a prática. anual e planejamento que as leis educacionais an-
Ⓓ A re昀氀exão e os sentidos. teriores apresentaram.
Alternativa A: CORRETA. Para Locke, há duas fontes Alternativa A: INCORRETA. A Lei de Diretrizes e Bases,
do conhecimento: os sentidos, que nos dão a per- por ser um documento federal instituído a todos os
cepção dos objetos externos, e a re昀氀exão ou percep- estabelecimentos, público ou privado, precisa ser
ção interna das operações da razão. seguida por todos.
Alternativa B: INCORRETA. A teoria empirista de Loc- Alternativa B: CORRETA. Atualmente, os sistemas de
ke baseia-se no conhecimento do senso comum. ensino têm autonomia para constituir uma gestão
Para o autor, aprendemos por meio das sensações democrática, desde que não 昀椀ra a legislação federal.
(sentidos). Para a teoria, o conhecimento está fora Alternativa C: INCORRETA. Os artigos supracitados
do sujeito. estabelecem como incumbência para os docentes,
to do orgulho racial; b) o combate à discriminação Olodum e Ilê Aiyê, que são grupos culturais de que
racial, por meio da universalização da garantia dos lutam pela valorização do legado afrodescendente.
direitos e das liberdades individuais, incluindo os A riqueza desses movimentos provocou o reconhe-
negros, mestiços e pobres; e c) o combate às de- cimento dos grupos como patrimônio cultural. A
sigualdades raciais, por meio de políticas públicas Bahia já foi considerada a primeira capital do Brasil
que estabeleçam, a curto e médio prazo, um maior em 1549 e é o estado com maior contingente de po-
equilíbrio de riqueza, prestígio social e poder entre pulação afrodescendente. Nesse sentido, o fortale-
brancos e negros. cimento das raízes afros por meio da musicalidade
Alternativa C: INCORRETA. Por estar incompleta, con- e das expressões corporais deram visibilidade aos
sidera-se essa alternativa como inadequada, visto movimentos de valorização da cultura negra.
que faltou implementar a opção IV para compor de Alternativa B: INCORRETA. O multiculturalismo ra-
forma adequada a alternativa. cional pode ser considerado como uma fonte de
Alternativa D: INCORRETA. Torna-se oportuno acres- intercâmbios, de inovação e de criatividade. A di-
centar “O combate à discriminação racial, por meio versidade cultural, que é uma proposta inclusiva em
da universalização da garantia dos direitos e das li- favor dos grupos minoritários, ou seja, não defende
berdades individuais, incluindo os negros, mestiços um grupo especí昀椀co, mas está em favor de todos da
e pobres”; que deveria estar compondo essa alter- pluralidade cultural. Nesse sentido, não é um mo-
nativa. vimento especí昀椀co de valorização da cultura negra.
Já a casa de cultura da mulher negra discute a im-
48. Questão portância da comunicação popular na transforma-
ção das relações de gênero e raça. Assim, tanto o
(PMMG/MG - IBFC - 2015) Programas mais amplos de com- movimento multicultural quanto a casa de cultura
bate ao racismo e de valorização da população ne- negra não são programas de combate ao racismo e
gra desdobraram-se em diferentes frentes de atua- valorização da cultura negra, mas esses movimentos
ção, dando origem a algumas centenas de entidades, tramitam numa dimensão mais ampla.
associações e Organizações Não Governamentais Alternativa C: INCORRETA. Conforme comentários
(ONGs), em todo o país. Entre os inúmeros grupos tecidos nas alternativas anteriores, programas de
que surgiram nas últimas décadas, poderíamos citar, valorização prezam por delimitar o público, os inte-
entre outros, aqueles ligados à defesa da cultura ne- resses desse grupo, bem como as características, ao
gra. Nesse contexto, dê valores de verdadeiro (V) ou passo que o princípio do multiculturalismo racional
falso (F) aos itens a seguir: apresenta uma visão de conjunto evidenciando o
simbolismo imaginário.
( ) Olodum e Ilê Aiyê. Alternativa D: INCORRETA. Apenas a opção multicul-
( ) Tambor Mineira e Tambolelê. turalismo não deve ser considerada como um movi-
( ) Multiculturalismo Racional. mento de defesa do racismo e valorização da cultura
( ) Casa de Cultura da Mulher Negra. afrodescendente, pois o princípio do multicultura-
lismo é uma estratégia que visa lidar com as diferen-
Assinale a alternativa que apresenta a sequência ças, no âmbito político social-cultural ou educativo.
correta de cima para baixo:
49. Questão
Ⓐ V, V, F, V.
Ⓑ V, V, V, F. (PREF. CRISTÁLIA/MG - COTEC UNIMONTES - 2015) José Carlos
Ⓒ V, F, V, V. Libâneo, em seu livro Didática, discute sobre os ele-
Ⓓ V, F, V, F. mentos constitutivos da didática, entre os quais não
se encontra:
Grau de Di昀椀culdade
Ⓐ Conteúdos das matérias.
Alternativa A: CORRETA. Os grupos em defesa às raí- Ⓑ Ação de ensinar.
zes e luta pela a昀椀rmação da cultura negra, como o Ⓒ Ação de aprender.
Alternativa A: INCORRETA. Conforme Artigo 12 da LDB Ⓐ Para assegurar a concepção de que homem não
(nº 9394/96), é responsabilidade dos estabeleci- chora e que mulher não briga.
Ⓑ Para que não sejam reproduzidos, nas relações Ⓑ Ensino fundamental, opcional e gratuito, exclu-
com as crianças, padrões estereotipados quanto aos sivamente para os que a ele não tiveram acesso na
papéis do homem e da mulher como, por exemplo, idade própria.
que à mulher cabe cuidar da casa e dos 昀椀lhos e que Ⓒ Ensino fundamental, obrigatório, somente para
ao homem cabe o sustento da família e a tomada os que comprovarem idade própria para o acesso à
de decisões. escola.
Ⓒ Para manter os estereótipos que surgem entre as Ⓓ Educação básica gratuita exclusivamente para os
próprias crianças, fruto do meio em que vivem. que a ela não tiveram acesso na idade própria.
Ⓓ Para incentivar a divisão entre meninos e meni- Ⓔ Ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclu-
nas nas salas de aula e nas brincadeiras. sive para os que a ele não tiveram acesso na idade
própria.
Grau de Di昀椀culdade
Grau de Di昀椀culdade
Alternativa A: INCORRETA. Conforme sugere o docu-
mento Referencial Curricular Nacional para a Educa- Alternativa A: CORRETA. A LDBEN 9394/96 preconiza
ção Infantil (RNCEI), lançado em 1998 trouxe obser- que a Educação Básica (Pré-Escola, Ensino Funda-
vação e suscetibilidade do professor são elementos mental e Ensino Médio) tem caráter obrigatório dos
essenciais para o reconhecimento das diferentes 4 aos 17 anos de idade, inclusive, para os sujeitos
situações envolvendo a temática, podendo, assim, que não tiveram acesso a ela na idade própria. O
ter perceptibilidade quanto aos encaminhamentos referido documento sinaliza, ainda, a possibilidade
a serem tomados. de oferta de Atendimento Educacional Especializado
Alternativa B: CORRETA. Um dos princípios do tra- para educandos com de昀椀ciência, transtorno global
balho pedagógico à luz da identidade de gênero é de desenvolvimento e altas habilidades/superdota-
desenvolver atitudes de respeito às particularidades ção, além da criação de modalidades de ensino.
de cada um, evitando o fortalecimento de atitudes Alternativa B: INCORRETA. De acordo com a LDBEN
machistas do comportamento subordinado para o 9394/96, o Ensino Fundamental não possui caráter
gênero feminino, muito menos contribuindo para a opcional, mas obrigatório. Além disso, sua oferta é
supervalorização do papel masculino na sociedade. centralizada para todos os sujeitos sociais e não ex-
Alternativa C: INCORRETA. O que se espera é cuidar clusivamente para aqueles que não tiveram acesso a
das relações que se criam entre os vários indivíduos ela na idade própria.
que constituem o grupo, favorecendo a condição de Alternativa C: INCORRETA. O inciso IV do art. 4º da
igualdade de todos. LDBEN 9394/96 coloca em relevo que o dever do Es-
Alternativa D: INCORRETA. A prática pedagógica com tado com a educação pública será efetivado, dentre
os pequenos não deve ser de separação, mas de co- outras ações, mediante acesso público e gratuito ao
laboração, contribuindo para atitudes permanentes Ensino Fundamental e Médio para todos os que não
de respeito e compreensão, fortalecendo, assim, um os concluíram na idade própria.
dos importantes pilares da educação, que é: apren- Alternativa D: INCORRETA. O termo exclusivamente,
der a conviver com o outro. utilizado na questão, vai de encontro ao que está
proposto na LDBEN 9394/96, documento que corro-
52. Questão bora a tese de que o dever do Estado com a Edu-
cação Básica deverá ser propiciada a todos aqueles
(PREF. BRUSQUE/SC - FEPESE - 2014) No artigo 4º da Lei que não tiveram acesso na idade própria.
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB Alternativa E: INCORRETA. O artigo 4º da LDBEN
9394/96), em vigor, consta que o dever do Estado (9394/96) explicita que o dever do Estado com a
com a educação escolar pública será efetivado me- educação escolar pública será efetivado mediante
diante a garantia de: a garantia de educação básica (Pré-Escola, Ensino
Fundamental e Ensino Médio) e não somente com a
Ⓐ Educação básica, obrigatória, inclusive para os oferta do Ensino Fundamental.
que a ela não tiveram acesso na idade própria.
(IF/PR - CETRO - 2014) É correto a昀椀rmar que o Estatuto da Assertiva I: INCORRETA. De acordo com os princípios
Criança e do Adolescente considera criança a pessoa elencados na Constituição Federal de 1988, a pro-
até: gressiva universalização do ensino médio deve ser
feito de modo gratuito.
Ⓐ 10 (dez) anos de idade completos. Assertiva II: INCORRETA. O texto da Constituição Fede-
Ⓑ 12 (doze) anos de idade incompletos. ral de 1988 propõe que a oferta de ensino noturno re-
Ⓒ 12 (doze) anos de idade completos. gular deve ser adequada às condições do educando.
Ⓓ 10 (dez) anos de idade incompletos. Assertiva III: CORRETA. Constitui-se, inclusive, um
Ⓔ 11 (onze) anos de idade incompletos. dos princípios da Educação Especial na perspectiva
da inclusão. A ideia de que os sujeitos com neces-
Grau de Di昀椀culdade sidades educativas especiais tenham acesso à es-
cola regular pressupõe um conjunto de adaptações
Alternativa A: INCORRETA. A idade estabelecida na e mudanças a serem efetivadas pelas instituições
consigna não vai ao encontro do que dispõe o texto educativas.
do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Alternativa B: INCORRETA. O termo incompleto, utili- Resposta: Ⓐ
zado na questão, deixa evidente o seu equívoco.
Alternativa C. CORRETA. De acordo com o texto do Es- 55. Questão
tatuto da Criança e do Adolescente, pode ser conside-
rada criança a pessoa até 12 anos de idade completos. (CEFET/RJ - CESGRANRIO - 2014) O processo de elaboração
Alternativa D: INCORRETA. Idade incorreta de acordo do projeto político-pedagógico de uma instituição
com o texto do Estatuto da Criança e do Adolescente. educacional contou com a participação de lideran-
Alternativa E: INCORRETA. Idade incorreta de acordo ças locais, incluindo alguns jovens ex-alunos que or-
com o texto do Estatuto da Criança e do Adolescente. ganizam as festas temáticas no entorno do colégio.
Considerando-se os pilares democracia representa-
54. Questão tiva e democracia participativa, a participação social
e popular deve ser entendida como uma
(IF/PR - CETRO - 2014) Segundo o artigo 208 da Cons-
tituição Federal de 1988, o dever do Estado com a Ⓐ forma de atender a todas as exigências burocráti-
Educação será efetivado mediante a garantia, entre cas, bem como às recomendações técnicas, orienta-
outras, de: ções e parâmetros dos documentos que regulam as
ações apresentadas pelas Secretarias de Educação e
I. Progressiva universalização do ensino médio pelos Conselhos Educacionais.
pago. Ⓑ aposta para se conseguir melhorar a qualidade
II. Oferta de ensino noturno regular, adequado às da Educação e das políticas educacionais, já que
condições do educador. tais iniciativas favorecem a criação de espaços de
III. Atendimento educacional especializado aos deliberação coletiva e de avaliação permanente do
portadores de de昀椀ciência, preferencialmente instituído como ideário para o projeto educativo.
na rede regular de ensino. Ⓒ etapa a mais da execução do projeto político-pe-
dagógico, tendo em vista as próximas ações a serem
É correto o que está contido em desenvolvidas para o convencimento do coletivo da
instituição escolar.
Ⓐ III, apenas. Ⓓ lógica colaborativa que faz sentido apenas na
Ⓑ II e III, apenas. etapa da elaboração do documento a ser apresenta-
Ⓒ I e III, apenas. do quando da avaliação dos órgãos que analisam os
Ⓓ II, apenas. processos internos da instituição educativa.
Ⓔ I, II e III.
Ⓔ novidade a ser questionada, podendo interferir Ⓑ Compete ao Poder Público recensear os educan-
negativamente no plano instituído com base em dos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e
uma organização interna e desestabilizar as práticas zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequên-
construídas pelos pro昀椀ssionais por impor a presen- cia à escola.
ça de pessoas de fora da comunidade escolar. Ⓒ A União, os Estados, o Distrito Federal e os Muni-
cípios organizarão em regime de colaboração seus
Grau de Di昀椀culdade sistemas de ensino.
Ⓓ Serão 昀椀xados conteúdos mínimos para o ensino
Alternativa A: INCORRETA. Tendo por base os princí- fundamental, de maneira a assegurar formação bá-
pios da democracia representativa e da democracia sica comum e respeito aos valores culturais e artísti-
participativa, a participação popular não pode se cos, nacionais e regionais.
atentar, meramente, ao cumprimento de ações buro- Ⓔ O ensino religioso, de matrícula facultativa, cons-
cráticas e orientações técnicas determinadas pelas tituirá disciplina dos horários normais das escolas
instâncias superiores. públicas de ensino infantil, fundamental e médio.
Alternativa B: CORRETA. A participação de lideran-
ças locais onde está situada a instituição escolar Grau de Di昀椀culdade
pode favorecer a melhoria da qualidade das práti-
cas pedagógicas desenvolvidas na escola, além de Alternativa A: CORRETA. Conforme preconiza a LDB
estimular o protagonismo desses sujeitos enquanto 9394/96, a partir do princípio da autonomia universi-
agentes que pensam na elaboração de um projeto tária, essas instituições podem admitir professores,
pedagógico que evidencie suas características. técnicos e cientistas estrangeiros, desde que obser-
Alternativa C: INCORRETA. Essas práticas democráti- vados os princípios legais.
cas não podem se vistas, apenas, como uma etapa Alternativa B: CORRETA. Inciso 3º do artigo 208 da
burocrática para se conseguir construir o projeto Constituição Federal de 1988.
político-pedagógico. Deve ser vista na sua essência Alternativa C: CORRETA. Texto vigente na Constitui-
como um processo descentralizador de tomada de ção Federal de 1988. Nesse sistema de colaboração,
decisões, o que implica o debate, a escuta entre os os municípios atuarão prioritariamente na Educação
agentes de uma determinada comunidade. Infantil e Ensino Fundamental. Cabe aos Estados e
Alternativa D: INCORRETA. As práticas de participa- Distrito Federal a incumbência de atuar no Ensino
ção democrática não podem ser pensadas, apenas, Fundamental e Médio.
no processo de elaboração do projeto político-pe- Alternativa D: CORRETA. Trata-se de um princípio
dagógico. A construção desse documento deve ser constitucional que assevera a necessidade de uma
resultado de um amplo debate com os diversos se- base comum de conhecimentos a serem trabalhados
tores da comunidade escolar, e que será resultante nas diversas instituições educacionais do Brasil. O
da sua característica identitária. texto da Constituição Federal de 1988 destaca, ain-
Alternativa E: INCORRETA. A participação da comuni- da, uma parte de conhecimentos diversi昀椀cada, que
dade deve ser incentivada no âmbito escolar. Trata- deve contemplar as características e especi昀椀cidades
-se de um princípio democrático que pode colaborar de cada região do país.
para a 昀椀scalização das ações desenvolvidas pela Alternativa E: INCORRETA. O inciso I do artigo 210 da
escola. Constituição Federal de 1988 destaca que o ensino
religioso, de caráter facultativo, constituirá discipli-
56. Questão nas das escolas públicas de ensino fundamental e
não da Educação Infantil e Ensino Médio, como sina-
(IF/PR - CETRO - 2014) Sobre a Educação, de acordo com a lizado na consigna.
Constituição Federal de 1988, assinale a alternativa
incorreta. 57. Questão
Ⓐ É facultado às universidades admitir professores, (UFSC - COPERVE - 2008) A gestão democrática como prin-
técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da lei. cípio de organização dos sistemas de ensino e das
unidades educativas é princípio constitucional, ga- do nível de ensino, esse princípio deve ser preserva-
rantido, também, pela LDB 9.394/96 (artigos 3º, in- do nas diversas unidades educacionais.
ciso VIII; 12º , inciso I). Em relação a essa a昀椀rmação, Alternativa E: CORRETA. Alguns dos princípios da
marque a alternativa incorreta: gestão democrática são a dialogicidade e discussão
acerca da política educacional e dos aspectos que
Ⓐ Na gestão democrática, o coletivo da escola é re- possibilitem uma maior efetivação do trabalho rea-
presentado em seus órgãos colegiados ou equiva- lizado.
lentes – pais, professores, estudantes e funcionários
decidem juntos, corresponsabilizando-se pela dire- 58. Questão
ção das unidades educativas.
Ⓑ A gestão democrática implica a participação da (UFSC - COPERVE - 2008) A partir da LDBEN (1996), a regula-
comunidade escolar na elaboração do projeto peda- mentação da Educação Infantil, em âmbito nacional,
gógico da unidade de Educação Infantil e também vem sendo complementada por normas e pareceres
em suas instâncias colegiadas. do Conselho Nacional de Educação, destacando-se,
Ⓒ Uma das características da gestão democrática é entre elas, as Diretrizes Curriculares Nacionais para
a forma de provimento de cargo dos diretores, esco- a Educação Infantil (1999). De acordo com as citadas
lhidos diretamente com a participação do coletivo Diretrizes, analise as a昀椀rmativas abaixo.
das unidades educativas.
Ⓓ A gestão democrática dos sistemas de ensino e I. Essas diretrizes, de caráter obrigatório, estabe-
unidades educativas não se aplica às creches e pré- lecem princípios gerais que devem fundamen-
-escolas, mas apenas às unidades escolares, pois tar a proposta pedagógica das creches e pré-
nas instituições de Educação Infantil não há repre- -escolas, públicas e privadas.
sentatividade do coletivo estudantil. II. Os princípios gerais defendidos pelas Dire-
Ⓔ A gestão democrática dos sistemas e unidades trizes Curriculares Nacionais para a Educação
educativas implica a discussão coletiva dos disposi- Infantil são os seguintes: princípios éticos da
tivos reguladores da política educacional, possibili- autonomia, da responsabilidade, da solidarie-
tando melhor controle social de todas as instâncias dade e do respeito ao bem comum; princípios
envolvidas. políticos dos direitos e deveres de cidadania,
do exercício da criticidade e do respeito à or-
Grau de Di昀椀culdade dem democrática; princípios estéticos da sen-
sibilidade, da criatividade, da ludicidade, da
Alternativa A: CORRETA. Dentro dos princípios da qualidade e da diversidade de manifestações
gestão democrática, os diversos agentes que com- artísticas e culturais.
põem a comunidade escolar devem participar da de- III. As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Edu-
liberação das suas decisões e, ao mesmo tempo, se cação Infantil foram sistematizadas a partir das
corresponsabilizar pelos efeitos das mesmas. Diretrizes Operacionais (Parecer CNE/CEB no
Alternativa B: CORRETA. Um dos princípios da ges- 04/00).
tão democrática é a descentralização das tomadas IV. A existência e a utilização dessas diretrizes
de decisões. Assim, a comunidade escolar deve par- possuem especial relevância para a Educação
ticipar da elaboração da proposta pedagógica, do Infantil pública e privada e podem ser consi-
mesmo modo que da 昀椀scalização da aplicação dos deradas como consistente fator e indicador de
recursos. qualidade.
Alternativa C: CORRETA. A gestão democrática pres- V. Como medida complementar às Diretrizes Cur-
supõe o princípio que a escolha dos dirigentes es- riculares Nacionais para a Educação Infantil, o
colares deva ser feita por meio de eleições com a MEC produziu e divulgou o Referencial Curricu-
participação do coletivo da escola. lar Nacional para a Educação Infantil e desen-
Alternativa D: INCORRETA. A gestão democrática é volveu atividades de capacitação de professo-
um princípio constitucional para os sistemas de en- res por intermédio do Programa Parâmetros em
sino e unidades educativas. Portanto, independente Ação.
Assinale a alternativa correta. a educação escolar vem se tornando cada vez mais
acessível a todos. A Educação de Jovens e Adultos é
Ⓐ Todas as a昀椀rmativas estão corretas. um exemplo claro desse fenômeno, na medida em
Ⓑ Somente as a昀椀rmativas I, II, III e V estão corretas. que busca:
Ⓒ Somente as a昀椀rmativas I, III, IV e V estão corretas.
Ⓓ Somente as a昀椀rmativas II, III e IV estão corretas. Ⓐ dar acesso ao jovem de baixa renda à escola;
Ⓔ Somente as a昀椀rmativas I, II e IV estão corretas. Ⓑ combater a evasão escolar e o abandono na edu-
cação básica;
Grau de Di昀椀culdade Ⓒ reparar a violação de um direito que foi negado
ao indivíduo;
Assertiva I: INCORRETA. O termo obrigatório, pro- Ⓓ estender o tempo de escolaridade dos alunos
posto na consiga, está INCORRETA. As Diretrizes desfavorecidos;
Curriculares Nacionais para a Educação Infantil es- Ⓔ atender o excesso de matrículas do ensino regu-
tabelecem um conjunto de orientações, princípios lar.
e parâmetros para a construção das propostas pe-
dagógicas das escolas. Portanto, supera a lógica da Grau de Di昀椀culdade
obrigatoriedade.
Assertiva II: CORRETA. O texto da consigna está em Alternativa A: INCORRETA. O texto da LDB 9494/96
acordo com o que estabelece as Diretrizes Curricula- não explicita, em nenhum momento no corpo do seu
res Nacionais para a Educação Infantil, promulgadas texto, que a Educação de Jovens e Adultos se destina
no ano de 2010. aos jovens de baixa renda que não tiveram acesso
Assertiva III: CORRETA. As Diretrizes Curriculares à escola.
Nacionais para a Educação Infantil possuem uma Alternativa B: INCORRETA. O objetivo dessa modali-
articulação com as orientações promulgadas pelo dade não é combater a evasão e nem o abandono da
Conselho Nacional de Educação 04/00. escola básica, mas oferecer condições e adaptações
Assertiva IV: CORRETA. As Diretrizes Curriculares à realidade dos educandos.
Nacionais para a Educação Infantil, enquanto ins- Alternativa C: CORRETA. Conforme preconiza o art. 37
trumento orientador, podem possibilitar indícios da da LDB 9394/96, que trata da Educação de Jovens e
qualidade da Educação Infantil. Adultos, essa modalidade é destinada àqueles que
Assertiva V: INCORRETA. Os Referenciais Curriculares não tiveram acesso ou continuidade ao ensino fun-
Nacionais (RCNEI) foram elaborados no ano de 1997. damental e médio na idade própria. Portanto, visa re-
Além disso, o programa de capacitação criado pelo parar um direito negado aos diversos sujeitos social.
Ministério da Educação (MEC), chamado parâmetros Alternativa D: INCORRETA. O item proposto seria in-
em ação, foi direcionado aos professores do Ensino coerente com o que propõe a Educação de Jovens e
Fundamental e Médio após a publicação dos Parâ- Adultos que é criar condições adaptáveis às carate-
metros Curriculares Nacionais (PCN). rísticas e necessidades dos estudantes.
Alternativa E: INCORRETA. O principal objetivo da
Resposta: Ⓓ Educação de Jovens e Adultos não é atender o ex-
cesso de matriculas do ensino regular, mas ofere-
59. Questão cer oportunidades aos estudantes que não tiveram
acesso ao ensino fundamental e médio na idade
(TJ/GO - FGV - 2014) Hoje em dia, não há dúvidas de que própria.
a educação escolar no Brasil é vista como essencial
e indispensável. A própria Constituição da República 60. Questão
Federativa do Brasil (1988) elege a Educação como
um dos direitos do indivíduo, que é, ainda, enfati- (PREF. SÃO PAULO DO PONTENGI - COMPERVE - 2014) A respeito
zado por outras leis e políticas governamentais e de da construção de projetos pedagógicos na escola é
Estado. O surgimento de diversas modalidades de correto a昀椀rmar que:
ensino durante o século XX é um exemplo de como
Ⓐ o plano de ensino é documento o昀椀cial que deve estar atrelada ao Projeto Político-Pedagógico de
ser executado pelos docentes pelo fato de ter sido uma instituição, que explicita sua visão de homem,
elaborado pelos representantes legais da instituição. de mundo e de sociedade. Além disso, o PPP explici-
Ⓑ o projeto político-pedagógico é a sistematização ta uma 昀椀loso昀椀a de educação que deve sustentar as
de昀椀nitiva de um planejamento, seguido de uma su- práticas pedagógicas ali realizadas.
pervisão controlada de todas as aquelas ações que
estão sendo realizadas no âmbito da escola. 61. Questão
Ⓒ o projeto político-pedagógico da escola deve ser
construído e vivenciado por todos os envolvidos no (PREF. SÃO PAULO DO PONTENGI - COMPERVE - 2014) A LDB con-
processo educativo da escola, sendo uma ação inten- cedeu à escola progressivos graus de autonomia
cional e um compromisso de昀椀nido coletivamente. pedagógica, administrativa e de gestão 昀椀nanceira.
Ⓓ o plano de ensino, o plano de aula e o plano de Ter autonomia signi昀椀ca construir um espaço de li-
curso podem ser considerados projetos pedagógicos berdade e de responsabilidade para elaborar seu
de uma turma. próprio plano de trabalho, de昀椀nindo seus rumos e
planejando suas atividades de modo a responder às
Grau de Di昀椀culdade demandas da sociedade. A respeito da Autonomia e
do projeto pedagógico, é correto a昀椀rmar:
Alternativa A: INCORRETA. De acordo com as discus-
sões realizadas por Vasconcelos (2007), o plano de Ⓐ orienta a prática de produzir conhecimentos, tor-
ensino constitui-se um documento de autoria do nando desnecessário conhecer a realidade na qual
professor, onde ele deve explicitar suas concep- se insere a escola.
ções teóricas, epistemológicas, tendo como objeti- Ⓑ é uma exigência legal que precisa ser transforma-
vo a seleção de conhecimentos, metodologias para da em realidade por todas as escolas do país, ne-
a realização das suas aulas e critérios claros para gando o cumprimento da legislação vigente.
avaliar os estudantes. Nesse viés, o plano de ensino Ⓒ reduz-se à dimensão pedagógica, sem englobar a
constitui-se documento elaborado por cada docente gestão 昀椀nanceira e administrativa e os recursos ne-
a partir da sua realidade escolar. cessários à implementação das atividades.
Alternativa B: INCORRETA. As provocações realiza- Ⓓ re昀氀ete a autonomia que permite à escola a cons-
das por Veiga (2000) colocam em relevo a ideia de trução de sua identidade e à equipe escolar uma
que o Projeto Político-Pedagógico deve ultrapassar atuação que a torna sujeito histórico de sua própria
a mera função técnica e burocrática. Sendo assim, prática.
constitui-se um planejamento sempre em busca de
aprimoramento, revisão e constante avaliação pelos Grau de Di昀椀culdade
agentes que vivenciam a complexidade da escola.
Não pode ser avaliado como um documento pronto Alternativa A: INCORRETA. O conceito de autonomia
e acabado, mas, em constante processo de ressig- proposto na LDB (9394/96) para tratar da produção
ni昀椀cação. de conhecimento na escola e, consequentemente,
Alternativa C: CORRETA. Os estudos realizados por da elaboração do projeto pedagógico da instituição
Veiga (2000) salientam que a construção de um implica a observância da realidade histórica, social
Projeto Político-Pedagógico emancipador envolve a e cultural dos sujeitos que vivenciam o cotidiano da
participação de diferentes agentes e setores da es- escola.
cola na sua elaboração. Assim, constitui-se um do- Alternativa B: INCORRETA. O princípio legal de auto-
cumento construído intencionalmente, devendo ser nomia deve ser cumprido em observância às bases
constantemente avaliado e praticado em forma de legais da legislação que regulamenta a educação no
compromisso coletivo. Brasil, em especial, o artigo 15 da LDB (9394/96).
Alternativa D: INCORRETA. O projeto pedagógico de Alternativa C: INCORRETA. A LDB (9394/96) preconiza
uma turma ultrapassa a construção de planos de en- no seu art. 15 que “os sistemas de ensino assegu-
sino, planos de aulas e planos de curso. A constru- rarão às unidades escolares públicas de educação
ção de um projeto pedagógico de uma turma deve básica que os integram progressivos graus de au-
tonomia pedagógica e administrativa e de gestão (2007, p. 7), a昀椀rma que “em casa, na rua, na igreja
昀椀nanceira, observadas as normas gerais de direito ou na escola, de um modo ou de muitos todos nós
昀椀nanceiro público” (BRASIL, 1996, p. 15). envolvemos pedaços da vida com ela: para aprender,
Alternativa D: CORRETA. O conceito de autonomia para ensinar, para aprender – e - ensinar”.
pedagógica proposto na LDB (9394/96) está atrela- Alternativa B: INCORRETA. O artigo II da LDB que es-
do ao pressuposto de que as instituições educativas tabelece os princípios e 昀椀ns da Educação Nacional
devem assumir um papel protagonista na constru- coloca em consideração diversos itens, dentre os
ção da sua identidade enquanto comunidade. No quais se destaca a valorização da experiência esco-
entanto, esses princípios devem estar em observân- lar para o desenvolvimento do trabalho pedagógico
cia ao art. 15 da LDB 9394/96, levando em conside- nas instituições educacionais.
ração as normas gerais de direito 昀椀nanceiro público. Alternativa C: INCORRETA. O termo desfavoravel-
mente, utilizado na consigna, estabelece uma mu-
62. Questão dança de sentido no texto, o que torna a alternativa
incorreta.
(PREF. SÃO PAULO DO PONTENGI - COMPERVE - 2014) A Lei de Alternativa D: INCORRETA. O termo manipulação pe-
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei n.º dagógica, usada na consigna, é incorreto e fere com
9.394/1996 (LDB), estabelece as diretrizes e as bases os princípios pro昀椀ssionais da atuação docente.
da educação brasileira e expressa componentes do
currículo escolar que devem ser respeitados nas ins- 63. Questão
tituições de ensino. A esse respeito, é correto a昀椀r-
mar que: (CEFET - CESGRANRIO - 2014) Conforme a Lei de Diretri-
zes e Bases da Educação Nacional, Lei no 9.394, de
Ⓐ De acordo com o art. 1º da LDB, a educação abran- 20/12/1996, são 昀椀nalidades do Ensino Médio, à ex-
ge os processos formativos que se desenvolvem na ceção de:
vida familiar, na convivência humana, no trabalho,
nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimen- Ⓐ A consolidação e o aprofundamento dos conheci-
tos sindicais e organização da sociedade civil. mentos adquiridos no ensino fundamental, possibi-
Ⓑ A LDB, quando estabelece os princípios e os 昀椀ns litando o prosseguimento de estudos.
da educação nacional, esclarece a forma como o en- Ⓑ A preparação básica para o trabalho e a cidadania
sino deve ser ministrado, levando em consideração do educando, para continuar aprendendo, de modo
vários itens, entre os quais está o da desvalorização a ser capaz de se adaptar com 昀氀exibilidade a novas
da experiência extraescolar. condições de ocupação ou aperfeiçoamento poste-
Ⓒ A LDB chama de parte diversi昀椀cada do currículo riores.
os conteúdos especí昀椀cos que foram regulamentados Ⓒ A compreensão dos fundamentos cientí昀椀co-tec-
nas diretrizes curriculares, no entanto, ela manifes- nológicos dos processos produtivos, relacionando a
ta-se desfavoravelmente acerca da educação que teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.
respeite e valide os saberes para a formação do cur- Ⓓ O aprimoramento do educando como pessoa
rículo escolar. humana, incluindo a formação ética e o desenvol-
Ⓓ De acordo com a LDB, a cultura constitui-se em vimento da autonomia intelectual e do pensamento
mais um relevante recurso pedagógico que auxilia no crítico.
desenvolvimento das atividades de cunho educativo. Ⓔ O desenvolvimento da capacidade de aprender,
A tarefa do educador seria a da manipulação pedagó- tendo como meio básico o domínio da leitura, da es-
gica adequada da vivência cultural das crianças. crita e do cálculo.
Alternativa A: CORRETA. A Educação acontece em di- Alternativa A: CORRETA. O Ensino Médio deve pos-
versos espaços, sejam eles formais, não formais e sibilitar um aprofundamento progressivo dos co-
informais. O antropólogo Carlos Rodrigues Brandão nhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental,
assegurando que os estudantes aprofundem os seus Assertiva I: INCORRETA. Conforme preconiza a LDB
estudos. 9394/96, na seção que trata da Educação Superior,
Alternativa B CORRETA. Objetivo delineado no inci- esta será composta pelos cursos de graduação, pós-
so II do artigo 35, que trata do Ensino Médio na LDB -graduação, cursos sequenciais por campo de saber
9394/96. e de extensão.
Alternativa C: CORRETA. O Ensino Médio deve possi- Assertiva II: CORRETA. O artigo 44 da LDB 9394/96,
bilitar aos estudantes uma compreensão ampliada e que trata da estrutura da Educação Superior, asse-
aprofundada dos conhecimentos cientí昀椀cos, estabe- vera as questões sinalizadas na consigna.
lecendo relação entre teoria e prática no âmbito dos Assertiva III: INCORRETA. É um equívoco a昀椀rmar que
diversos componentes curriculares. os cursos de especialização, que integram a pós-
Alternativa D: CORRETA. Além dos conteúdos de na- -graduação, não constituem a Educação Superior no
tureza conceitual, o Ensino Médio deve se ter como Brasil.
objetivo trabalhar conteúdos atitudinais com os es-
tudantes, favorecendo uma formação voltada para Resposta: Ⓑ
valores éticos, indispensáveis para a sua vida em
sociedade. 65. Questão
Alternativa E: INCORRETA. As competências listadas
na consiga de incumbência do Ensino Fundamental, (CEFET - CESGRANRIO - 2014) O Estatuto da Criança e do
conforme preconiza o artigo 32 da LDB 9394/96, que Adolescente, de acordo com a Lei no 8.069, de 13 de
trata dos objetivos desse nível de ensino. julho de 1990, em seu Artigo 56, estabelece como
obrigação dos dirigentes de estabelecimentos de
64. Questão ensino fundamental, comunicar ao Conselho Tutelar
os casos de:
(CEFET - CESGRANRIO - 2014) De acordo com o disposto
no art. 44 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Ⓐ maus-tratos envolvendo seus alunos; reiteração
Nacional, Lei no 9.394, de 20/12/1996, considere as de faltas injusti昀椀cadas e de evasão escolar; ausência
a昀椀rmativas abaixo. dos pais nas reuniões escolares.
Ⓑ reiteração de faltas injusti昀椀cadas e de evasão es-
I. Os cursos de graduação e os programas de pós- colar; indisciplina em sala de aula; di昀椀culdades de
-graduação stricto sensu constituem a totalida- aprendizagem.
de da educação superior no Brasil. Ⓒ maus-tratos envolvendo seus alunos; reiteração
II. A educação superior no Brasil abrange os cur- de faltas injusti昀椀cadas e de evasão escolar; elevados
sos e programas de graduação, de pós-gradua- níveis de repetência.
ção, de extensão e cursos sequenciais por cam- Ⓓ maus-tratos envolvendo seus alunos; reiteração
po de saber. de faltas injusti昀椀cadas e evasão escolar; desempe-
III. Os cursos de especialização oferecidos por nho escolar aquém do esperado.
instituições de ensino superior não integram a Ⓔ indisciplina em sala de aula; evasão escolar; au-
educação superior brasileira. sência dos pais nas reuniões escolares.
Grau de Di昀椀culdade
Está correto apenas o que se a昀椀rma em
Alternativa A: INCORRETA. A frase ausência dos pais
ⒶI nas reuniões escolares torna a consigna incorreta,
Ⓑ II visto que, não cabe aos dirigentes de ensino a obri-
Ⓒ III gação de oferecer essa informação ao Conselho Tu-
Ⓓ I e II telar.
Ⓔ II e III Alternativa B: INCORRETA. Questões relacionadas à
indisciplina em sala de aula e di昀椀culdades de apren-
Grau de Di昀椀culdade dizagem são de incumbência da escola buscar apoio
com os seus pares e/ou com outros pro昀椀ssionais Assertiva II: INCORRETA. O termo impossibilidade,
para sanar essas questões. utilizado na consigna, vai de encontro ao que pro-
Alternativa C: CORRETA. O texto vai ao encontro do põe a LDB 9394/96 na seção que trata das disposi-
que preconiza o Estatuto da Criança e do Adoles- ções gerais para a Educação Básica.
cente (ECA), de昀椀nindo as incumbências do Conselho Assertiva III: INCORRETA. A LDB 9394/96 preconiza
Tutelar. a possibilidade de avanço nos cursos e nas séries
Alternativa D: INCORRETA. Não cabe ao Conselho Tu- mediante veri昀椀cação do aprendizado e não median-
telar prover ações sobre questões relacionadas ao te a decisão do gestor escolar, conforme propõe a
desempenho escolar aquém do esperado. consigna.
Alternativa E: INCORRETA. Indisciplina em sala de aula Assertiva IV: CORRETA. A consigna está em conso-
e ausência dos pais nas reuniões não se constitui ele- nância com o que propõe a LDB 9394/96, no artigo
mentos obrigatórios a serem informados ao Conselho 24, inciso V.
Tutelar pelos dirigentes de estabelecimentos.
Resposta: Ⓑ
66. Questão
67. Questão
(PREF. BRUSQUE/SC - FEPESE - 2014) De acordo com a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional vigente a (TJ/GO - FGV - 2014) Para Vitor Henrique Paro, a adminis-
veri昀椀cação do rendi¬mento escolar observará os se- tração escolar vai para muito além do mero geren-
guintes critérios: ciamento dos recursos materiais da escola, con昀椀gu-
rando-se em um trabalho de construção conjunta de
I. Avaliação contínua e cumulativa do desempe¬- leitura da realidade e de efetivação de metas e ob-
nho do aluno, com prevalência dos aspectos jetivos necessários e desejáveis para os diferentes
qualitativos sobre os quantitativos e dos resul- sujeitos que passam por esta instituição. Em suas
tados ao longo do período sobre os de even- palavras: “Dessa forma, o que determina o caráter
tuais provas 昀椀nais. [...] da administração é a natureza dos objetivos que
II. Impossibilidade de aceleração de estudos para ela busca concretizar, os quais – em conjunto e como
alunos com atraso escolar. resultante das forças sociais predominantes em um
III. Possibilidade de avanço nos cursos e nas séries determinado momento histórico, de uma dada for-
mediante decisão do gestor escolar. mação econômico-social – acabam por determinar a
IV. Aproveitamento de estudos concluídos com própria forma em que se dá a atividade administra-
êxito. tiva”. (Paro, V. H. Administração Escolar: introdução crítica.
17ª Ed. Cortez Editora, São Paulo. 2012. P. 206.)
Assinale a assertiva que indica todas as a昀椀rmativas Nessa medida, é essencial que a gestão da escola
corretas. se guie pelas perspectivas, concepções e metas ela-
boradas e planejadas em conjunto pela comunidade
Ⓐ( ) São corretas apenas as a昀椀rmativas 1 e 2. escolar, por meio, sobretudo:
Ⓑ( ) São corretas apenas as a昀椀rmativas 1 e 4.
Ⓒ( ) São corretas apenas as a昀椀rmativas 2 e 3. Ⓐ dos parâmetros curriculares adotados pela escola;
Ⓓ( ) São corretas apenas as a昀椀rmativas 3 e 4. Ⓑ da análise dos diferentes planos de aula da escola;
Ⓔ( ) São corretas apenas as a昀椀rmativas 1, 3 e 4. Ⓒ do Projeto Político-Pedagógico da escola;
Ⓓ do planejamento semestral da escola;
Grau de Di昀椀culdade Ⓔ dos projetos adotados e produzidos pela escola.
Cabe ao Estado garantir, a partir da nova redação do III. Contém opções implícitas na direção da supe-
Art. 4º da LDB instituída pela Lei nº 12.796, de 2013: ração de problemas no decorrer do trabalho
educativo voltado a uma realidade especí昀椀ca.
Ⓐ educação básica obrigatória e gratuita dos seis IV. É construído continuamente, pois, enquanto
aos quatorze anos de idade; produto, é, também, processo, incorpora am-
Ⓑ educação infantil e ensino fundamental obrigató- bos numa interação possível.
rios e gratuitos; Estão corretas as assertivas:
Ⓒ ensino fundamental e ensino médio obrigatórios
e gratuitos; Ⓐ I, II, III e IV
Ⓓ educação básica obrigatória e gratuita a todos Ⓑ I e III apenas
que desejarem cursá-la; Ⓒ II e IV apenas
Ⓔ educação básica obrigatória e gratuita dos quatro Ⓓ III e IV apenas
aos dezessete anos de idade. Ⓔ I, II e IV apenas
Alternativa A: INCORRETA. É incorreto a昀椀rmar que a Assertiva I: CORRETA. De acordo com Veiga (2000), o
Educação Básica obrigatória e gratuita será ofertada projeto político-pedagógico deve possibilitar, na sua
dos seis aos quatorzes anos de idade, em conformi- construção, uma relação democrática e dialogada
dade com o que propõe a LDB 9394/96. entre os diferentes agentes que compõem a comu-
Alternativa B: INCORRETA. Ao restringir somente a nidade escolar.
Educação Infantil e Ensino Fundamental como obri- Assertiva II: CORRETA. O projeto político-pedagógi-
gatórios e gratuitos, sem considerar o Ensino Médio, co deve ser um documento que revele a identidade
a questão 昀椀ca incorreta. Além disso, o que está pro- da escola, assim como os con昀氀itos existentes, suas
posto na consigna não se coaduna com a nova re- contradições, sempre na perspectiva de superá-las.
dação do Art. 4º da LDB instituída pela Lei nº 12.796, Assertiva III: INCORRETA. O projeto político-pedagó-
de 2013. gico deve conter opções explícitas na perspectiva de
Alternativa C: INCORRETA. É um equivoco a昀椀rmar que superação de problemas e di昀椀culdades enfrentadas
somente o Ensino Fundamental e o Ensino Médio se- pela escola.
riam obrigatórios e gratuitos. Assertiva IV: CORRETA. O projeto político-pedagó-
Alternativa D: INCORRETA. O texto proposto na con- gico é um documento em constante construção e
signa não está de acordo com a alteração introdu- reconstrução. Seu delineamento acontece de modo
zida no art. 4º LDB instituída pela Lei nº 12.796, de ininterrupto.
2013.
Alternativa E: CORRETA. O texto está coerente com o Resposta: Ⓔ
que propõe o art. 4 da LDB 9394/96 e instituído pela
Lei nº 12.796, de 2013. 71. Questão
Alternativa D: CORRETA. Uma proposta de gestão de- Alternativa C: CORRETA. Conforme exposto no artigo
mocrática nas escolas implica a criação de estraté- 14 da LDB 9394/96, que dispõe sobre as normas da
gias que viabilizem o envolvimento da comunidade gestão democrática no ensino público, a construção
escolar, tanto na elaboração, como na viabilização do projeto pedagógico deve envolver a participação
de estratégias que concretizem o planejamento do da comunidade escolar e pro昀椀ssionais da Educação.
que se têm como objetivo. Além disso, esse documento deve estar em obser-
Alternativa E: CORRETA. Uma gestão democrática vância com as regras do sistema de ensino.
deve ter como um dos seus principais objetivos a Alternativa D: INCORRETA. Os Conselhos Estaduais
consolidação da formação pessoal e pro昀椀ssional do de Educação são responsáveis por criar normas a ní-
seu corpo docente. Isso implica a criação de estra- vel macro e não dispõe de prerrogativas legais que
tégias que viabilizem o processo de desenvolvimen- os autorizem a criar projetos pedagógicos para os
to pro昀椀ssional desses sujeitos. Para Marcelo García estabelecimentos de ensino. Esse último documen-
(2010), desenvolvimento pro昀椀ssional é um conjunto to deve expressar as necessidades dos agentes que
de processos e estratégias que viabilizam ao profes- vivenciam o cotidiano da escola.
sor a construção de conhecimento prático e estraté- Alternativa E: INCORRETA. O projeto pedagógico deve
gico, a partir de suas próprias experiências. ser construído pela comunidade escolar, visto que,
são esses agentes que conhecem a realidade em
78. Questão que estão inseridos, e, assim, podem, ao construir
seu projeto, de昀椀nir e traçar metas a partir das suas
(UFAM - COMVEST - 2013) O Projeto Pedagógico, segundo realidades.
a Lei de Diretrizes e Bases, deve ser de昀椀nido, com
autonomia: 79. Questão
Ⓐ pelas Secretarias de Educação para os estabeleci- (DETRAN/RO - IDECAN - 2014) A abordagem do Projeto Po-
mentos de ensino do país. lítico-Pedagógico (PPP) como organização do traba-
Ⓑ pelos estabelecimentos de ensino, independen- lho na instituição como um todo está fundada nos
temente das regras dos sistemas de ensino. princípios que deverão nortear a escola democráti-
Ⓒ pelos estabelecimentos de ensino, de acordo com ca, pública e gratuita. São princípios norteadores do
as regras dos sistemas de ensino. PPP, exceto:
Ⓓ pelos Conselhos Estaduais de Educação para os
estabelecimentos o昀椀ciais. Ⓐ Qualidade de ensino formal ou técnica, e política.
Ⓔ pelo Conselho Nacional de Educação para escolas Ⓑ Igualdade de condições para acesso e permanên-
públicas e particulares. cia na escola.
Ⓒ Decisão das ações centradas na equipe técnica
Grau de Di昀椀culdade pedagógica da escola.
Ⓓ Valorização do magistério, formação pro昀椀ssional
Alternativa A: INCORRETA. De acordo com a LDB e valorização do trabalho pedagógico.
9394/96, os estabelecimentos de ensino terão autono- Ⓔ Liberdade como um princípio constitucional que
mia para construir o seu projeto pedagógico. Tal obser- está sempre associado à ideia de autonomia.
vância implica na ideia de que os agentes que viven-
ciam a comunidade escolar devem ser protagonistas Grau de Di昀椀culdade
na construção deste, o que desmisti昀椀ca o pressuposto
de que as secretarias de Educação devam elaborar Alternativa A: CORRETA. Conforme sinaliza Veiga
projetos pedagógicos e encaminhá-los às escolas. (2009), ao discutir sobre a elaboração do PPP, este
Alternativa B: INCORRETA. Conforme preconiza a LDB documento deve formalizar as dimensões da quali-
9394/96, os estabelecimentos de ensino devem ela- dade do ensino formal, técnica e política.
borar seus projetos pedagógicos com autonomia, Alternativa B: CORRETA. O Projeto Político-Pedagó-
desde que em observância com as regras dos siste- gico é o documento que deve revelar os anseios e
mas de ensino.
objetivo da instituição escolar para manter as condi- Alternativa C: CORRETA. A questão está em conso-
ções de acesso e permanência na instituição escolar. nância com o que dispõe o inciso II do artigo 13 da
Alternativa C: INCORRETA. A construção do Projeto Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB
Político-Pedagógico, sob a ótica de uma gestão de- 9394/96.
mocrática, deve favorecer a descentralização das Alternativa D: CORRETA. A questão está em conso-
decisões. Assim, o delineamento do PPP deve pres- nância com o que dispõe o inciso III do artigo 13 da
supor diálogo, abertura e compartilhamento na to- Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB
mada de decisões. 9394/96.
Alternativa D: CORRETA. O PPP, enquanto documento Alternativa E: CORRETA. A questão está em conso-
que caracteriza a instituição escolar, deve formalizar nância com o que dispõe o inciso VI do artigo 13 da
os anseios da comunidade escolar no que diz respei- Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB
to à valorização do magistério, formação pro昀椀ssio- 9394/96.
nal e valorização do trabalho pedagógico.
Alternativa E: CORRETA. A construção do PPP deve 81. Questão
ter como um dos seus princípios constitucionais a
ideia de autonomia e liberdade como princípio ins- (IFBA - FUNRIO - 2014) O planejamento e a gestão partici-
titucional. pativa e democrática são tratados por diversos au-
tores na educação. As diferentes concepções e prá-
80. Questão ticas da gestão escolar vão con昀椀gurar sua natureza:
tradicional ou democrática. Para Gandin, podemos
(PREF. DE GALVÃO/SC - ICAP - 2013) A Lei n° 9394 estabelece, dizer que uma gestão democrática prioriza:
no artigo 13, o que compete aos professores. Assina-
le a alternativa falsa: Ⓐ tomadas de decisão entre toda a comunidade es-
colar.
Ⓐ Ministrar os dias letivos e horas-aula estabeleci- Ⓑ consulta aos professores da escola nos casos es-
dos, além de participar parcialmente dos períodos pecí昀椀cos.
dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desen- Ⓒ envolvimento dos professores nas decisões do
volvimento pro昀椀ssional. gestor e sua equipe.
Ⓑ Participar da elaboração da proposta pedagógica Ⓓ colaboração dos pais nos projetos elaborados
do estabelecimento de ensino. pela escola.
Ⓒ Elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a Ⓔ participação de cada pro昀椀ssional em seu setor
proposta pedagógica do estabelecimento de ensino. particular.
Ⓓ Zelar pela aprendizagem dos alunos.
Ⓔ Colaborar com as atividades de articulação da es- Grau de Di昀椀culdade
cola com as famílias e a comunidade.
Alternativa A: CORRETA. Os estudos desenvolvidos
Grau de Di昀椀culdade por Gandin evidenciam que as tomadas de decisões,
dentro de uma perspectiva democrática, devem ser
Alternativa A: INCORRETA. A questão torna-se incor- realizadas por todos os agentes da comunidade es-
reta pela utilização do termo parcialmente. O inciso colar. Assim, estas devem ser negociadas coletiva-
V, do artigo 13 da LDB, sinaliza que os docentes de- mente, mediante o diálogo e debate.
verão participar, integralmente, dos períodos dedi- Alternativa B: INCORRETA. A gestão democrática não
cados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvi- prioriza a consulta aos professores somente em de-
mento pro昀椀ssional. terminados casos especí昀椀cos, pelo contrário, é uma
Alternativa B: CORRETA. A questão está em conso- consulta coletiva e que envolve a participação de to-
nância com o que propõe o inciso I do artigo 13 da dos os pro昀椀ssionais que vivenciam a escola.
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB Alternativa C: INCORRETA. A proposta da gestão de-
9394/96. mocrática não é de que as decisões de professores
se sobreponham a dos gestores e vice-versa. O que
deve haver é uma perspectiva de descentralização Alternativa C: CORRETA. A seleção dos bolsistas PI-
das decisões, com a participação de todos os agen- BID é feita mediante a publicação de edital e proje-
tes. tos aprovados pelas instituições de Ensino Superior.
Alternativa D: INCORRETA. A gestão democrática não Alternativa D: CORRETA. O PIBID surge como impor-
implica que os pais assumam atividades que são, por tante experiência para a valorização dos saberes dos
natureza, da escola. O que pode haver são o apoio e professores que atuam na Educação Básica.
colaboração entre esses agentes. No entanto, a fun-
ção de cada um desses deve ser bem de昀椀nida. 83. Questão
Alternativa E: INCORRETA. Numa perspectiva de ges-
tão democrática, todos os pro昀椀ssionais da escola (PREF. DE COLATINA/ES - FUNCAB- 2012) É incorreto a昀椀rmar
devem deliberar, coletivamente, sobre as decisões. de acordo com a Lei n° 8.069 – ECA, a criança e o
Assim, a perspectiva de gestão democrática implica adolescente têm direito à educação, visando ao ple-
em diálogo, o que supõe um trabalho coletivamente no desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o
planejado. exercício da cidadania e quali昀椀cação para o traba-
lho, sendo-lhes assegurado no âmbito escolar.
82. Questão
Ⓐ Condições para o acesso e permanência na esco-
(UFAM - COMVEST - 2013) Sobre o Programa Institucional la, exceto para aqueles que residem nas áreas rurais.
de Bolsa de Iniciação à docência (Pibid), é incorreto Ⓑ O direito de ser respeitado por seus educadores
a昀椀rmar que: e autoridades civis.
Ⓒ O direito de contestar critérios avaliativos, po-
Ⓐ Há concessão de bolsas a alunos de licenciatu- dendo recorrer às instâncias escolares superiores.
ra participantes do projeto de iniciação à docência, Ⓓ O direito de organização e participação em enti-
desenvolvido por instituições de Educação Superior dades religiosas.
(IES) em parcerias com escolas de educação básica Ⓔ O acesso à escola pública ou particular próxima
da rede pública e privada de ensino. de sua residência.
Ⓑ Um dos seus objetivos é elevar a qualidade da
formação inicial de professores nos cursos de licen- Grau de Di昀椀culdade
ciatura, propiciando a integração entre educação
superior e educação básica. Alternativa A: INCORRETA. A consigna torna-se incor-
Ⓒ A escolha dos bolsistas do PIBID é feita por meio reta quando sinaliza que
de seleções promovidas por cada Instituto de Edu- Alternativa B: CORRETA. A consiga está em conso-
cação Superior que teve o seu projeto aprovado pela nância com o que propõe o Estatuto da Criança e
CAPES. do Adolescente quando trata dos direitos e deveres
Ⓓ É uma iniciativa para o aperfeiçoamento e a valo- desses sujeitos.
rização da formação de professores para a educação Alternativa C: CORRETA. A consiga está em conso-
básica. nância com o que propõe o Estatuto da Criança e
do Adolescente quando trata dos direitos e deveres
Grau de Di昀椀culdade desses sujeitos.
Alternativa D: CORRETA. A consiga está em conso-
Alternativa A: INCORRETA. A questão torna-se incor- nância com o que propõe o Estatuto da Criança e
reta por sinalizar que a parceria do PIBID com esco- do Adolescente quando trata dos direitos e deveres
las da rede privada de ensino. desses sujeitos.
Alternativa B: CORRETA. Um dos princípios defen- Alternativa E: CORRETA. A consiga está em conso-
didos pela CAPES para a continuidade do PIBID é a nância com o que propõe o Estatuto da Criança e
atratividade da carreira docente na educação bá- do Adolescente quando trata dos direitos e deveres
sica e a elevação da qualidade da formação inicial desses sujeitos.
de professores, que tenha a escola como principal
lócus de formação.
(PREF. DE VÁRZEA PAULISTA/SP - UFRJ - 2008) Os estabeleci- (SEPLAG/BA - CESGRANRIO - 2010) O Projeto Político-Peda-
mentos de ensino, conforme a LDB, Lei nº 9394/96, gógico (PPP) de uma escola é contemplado pela LDB
respeitadas as normas comuns e as do seu sistema no 9.394/96 no âmbito da regulamentação da gestão
de ensino, terão a incumbência de: das escolas públicas. Nesse sentido, o planejamento
e a avaliação do PPP devem assegurar:
I. elaborar e executar sua proposta pedagógica;
II. assegurar o cumprimento dos dias letivos e ho- Ⓐ soberania da gestão escolar no planejamento, im-
ras aula estabelecidas; plementação e avaliação periódica do documento.
III. assegurar o ensino fundamental e oferecer, Ⓑ parceria da gestão escolar com as comunidades
com prioridade, o ensino médio; escolares e não escolares do entorno no planeja-
IV. prover meios para a recuperação dos alunos de mento, implementação e avaliação periódica do do-
menor rendimento; cumento.
V. solicitar aos órgãos públicos apoio técnico e 昀椀- Ⓒ delegação, por parte da gestão escolar, do plane-
nanceiro para a administração de seu pessoal jamento, implementação e avaliação do PPP às equi-
técnico e pedagógico. pes da comunidade escolar e não escolar.
Ⓓ centralização, por parte da gestão escolar, dos
Estão corretas as a昀椀rmativas: procedimentos de avaliação do documento, dele-
gando as outras etapas à comunidade escolar.
Ⓐ I, II, III; Ⓔ parceria da gestão escolar com empresas e orga-
Ⓑ I, II, IV; nizações não governamentais para o planejamento.
Ⓒ II, III, V;
Ⓓ III, IV, V; Grau de Di昀椀culdade
Ⓔ I, IV, V.
Alternativa A: INCORRETA. O conceito de soberania,
Grau de Di昀椀culdade proposto na consigna, evidencia uma proposta de
hierarquização nas relações de gestão no interior da
Alternativa A: INCORRETA. A questão torna-se incor- escola, o que vai de encontro à perspectiva de ges-
reta pelo item sinalizado na questão III. De acordo tão democrática.
com a LDB 9394/96, cabe ao Estado assegurar o Ensi- Alternativa B: CORRETA. Seguindo princípios da LDB
no Fundamental e oferecer, com prioridade, o Ensino 9394/96 que coloca em relevo princípios da gestão
Médio, a todos que o demandarem. democrática para a escola pública, deve existir a
Alternativa B: CORRETA. A questão contempla os as- con昀椀guração de estratégias para planejamento, im-
pectos sinalizados pela LDB 9394/96, quando trata plementação e avaliação coletiva do PPP.
da organização da instituição escolar. Alternativa C: INCORRETA. A gestão escolar deve
Alternativa C: INCORRETA. A questão torna-se incor- constituir-se parceira da comunidade escolar e não
reta por não contemplar todos os aspectos aponta- escolar na elaboração, implementação e avaliação
dos na LDB sobre a incumbência dos estabelecimen- do Projeto Político-Pedagógico. Sendo assim, é in-
tos de ensino. correto a昀椀rmar que tais atividades devam ser dele-
Alternativa D: INCORRETA. A questão torna-se incor- gadas a outras pessoas.
reta por não contemplar todos os aspectos aponta- Alternativa D: INCORRETA. A gestão escolar, deve tra-
dos na LDB sobre a incumbência dos estabelecimen- balhar, conforme propõe a LDB 9394/96 numa pers-
tos de ensino. pectiva de gestão democrática, mantendo diálogo
Alternativa E: INCORRETA. A questão se torna incor- com os diversos agentes que compõem esse espaço
reta por não contemplar todos os aspectos aponta- na elaboração e avaliação do Projeto Político-Peda-
dos na LDB sobre a incumbência dos estabelecimen- gógico.
tos de ensino. Alternativa E: INCORRETA. A gestão escolar deve
constituir-se parceira da comunidade escolar para a
elaboração do PPP. Nesse viés, a construção do refe- II. liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e di-
rido documento implica ações e tomadas decisões. vulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
Todavia, não é coerente a昀椀rmar que a parceria com III. pluralismo de ideias e de concepções determi-
empresas e instituições não governamentais se tor- nadas pelo MEC;
na imprescindível para a sua elaboração. IV. respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V. coexistência de instituições públicas e privadas
86. Questão de ensino;
VI. gratuidade do ensino público em estabeleci-
(UFAM - COMVEST - 2013). De acordo com princípios legais mentos o昀椀ciais;
da LDB (9394/96), cabe aos municípios assegurar, VII. valorização do pro昀椀ssional da educação esco-
com prioridade: lar;
VIII. gestão democrática do ensino público com
Ⓐ Educação pro昀椀ssional técnica de nível médio; eleição dos diretores da escola;
Ⓑ Educação Infantil e com prioridade o Ensino Fun- IX. garantia de padrão de qualidade;
damental; X. valorização da experiência extraescolar;
Ⓒ Ensino Médio e pós-graduação; XI. vinculação entre a educação escolar, o trabalho
Ⓓ Todas as modalidades. e as práticas sociais.
destacar que as concepções determinadas pelo MEC IV. Cooperar com outros povos para o progresso da
devem ser seguidas fere com o princípio de autono- humanidade.
mia das instituições educacionais.
Está correto apenas o que se a昀椀rma em:
88. Questão
Ⓐ I e II.
(UFAM - COMVEST - 2013) A educação no Brasil, segundo Ⓑ II e IV.
o que determina a Constituição Federal e a Lei de Ⓒ III e IV.
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB): Ⓓ I, III e IV.
Ⓔ II e III.
Ⓐ Deve ser gerida e organizada separadamente por
cada nível de governo. Grau de Di昀椀culdade
Ⓑ Deve ser gerida e organizada unicamente pelo Go-
verno Federal. Alternativa A: CORRETA. A alternativa contempla os
Ⓒ Deve ser gerida e organizada pelo Governo Fede- aspectos destacados na Constituição Federal de
ral e pelos municípios. 1988 quando trata dos princípios fundamentais para
Ⓓ Deve ser gerida e organizada pelo Distrito Federal a vida em sociedade.
e pelos Estados. Alternativa B: INCORRETA. A questão torna-se incor-
Ⓔ Deve ser gerida e organizada pelos municípios. reta pelo item sinalizado no elemento IV que não
está em consonância com pressupostos da Consti-
Grau de Di昀椀culdade tuição Federal de 1988.
Alternativa C: INCORRETA. A questão torna-se incor-
Alternativa A: CORRETA. Conforme dispõe o artigo reta pelo item sinalizado no elemento IV que não
8 da LDB 9394/96, “A União, os estados, o Distrito está em consonância com pressupostos da Consti-
Federal e os municípios organizarão, em regime de tuição Federal de 1988.
colaboração, os respectivos sistemas de ensino”. Alternativa D: INCORRETA. A questão torna-se incor-
Alternativa B: INCORRETA. A consigna não está em reta pelo item sinalizado no elemento IV que não
consonância com o que propõe a LDB 9394/96. está em consonância com pressupostos da Consti-
Alternativa C: INCORRETA. A consigna não está em tuição Federal de 1988.
consonância com o que propõe a LDB 9394/96. Alternativa E: INCORRETA. A questão torna-se incor-
Alternativa D: INCORRETA. A consigna não está em reta pelo item sinalizado no elemento IV que não
consonância com o que propõe a LDB 9394/96. está em consonância com pressupostos da Consti-
Alternativa E: INCORRETA. A consigna não está em tuição Federal de 1988.
consonância com o que propõe a LDB 9394/96.
90. Questão
89. Questão
(PREF. DE VÁRZEA PAULISTA/SP - UFRJ - 2008). A Lei de Diretrizes
(UFAM - COMVEST - 2013) Considerando o que prevê a e Bases da Educação Nacional (LDB N.º 9.394/1996),
Constituição Federal a respeito dos objetivos funda- ao tratar da composição dos níveis escolares, esta-
mentais da República Federativa do Brasil, seguem- belece que a educação básica compõe-se de
-se quatro disposições:
Ⓐ ensino fundamental e ensino médio.
I. Promover o bem de todos, sem preconceitos de Ⓑ educação infantil e ensino fundamental.
origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer ou- Ⓒ educação infantil, ensino fundamental e ensino
tras formas de discriminação. médio.
II. Construir uma sociedade livre, justa e solidária. Ⓓ ensino médio, educação especial e educação tec-
III. Defender a paz. nológica.
Grau de Di昀椀culdade
Alternativa A: INCORRETA. A LDB 9394/96 estabelece somente pelo Estado, mas por aqueles que partici-
que a composição da Educação Básica é feita pela Edu- pam da construção de uma proposta.
cação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Alternativa C: INCORRETA. É incorreto a昀椀rmar que
Alternativa B: INCORRETA. A questão não está de a racionalidade e o controle de decisões sejam as
acordo com o que propõe a LDB 9394/96, quando principais características de uma concepção demo-
estabelece que a composição da Educação Básica é crática. De acordo com Paro (1998), essa proposta de
feita pela Educação Infantil, Ensino Fundamental e gestão requer uma decisão compartilhada de atri-
Ensino Médio. buições e decisões.
Alternativa C: CORRETA. A consigna atende as re- Alternativa D: INCORRETA. A questão torna-se incor-
comendações propostas pela LDB 9394/96, quando reta ao pressupor que uma perspectiva de gestão
dispõe sobre a estrutura e organização da Educação democrática implica a negação de todo o poder ins-
Básica. tituído.
Alternativa D: INCORRETA. A educação especial e a Alternativa E: CORRETA. Numa concepção de gestão
educação tecnológica, segundo a LDB 9394/96, são democrática, o gestor escolar deve preocupar-se,
modalidades da educação. acima de tudo, pelos interesses a aprendizagem da
comunidade local.
91. Questão
Julgue os seguintes itens, relativos à concepção, aos
(UFAM - COMVEST - 2013) A respeito das concepções tradi- princípios e aos eixos norteadores do projeto políti-
cional e democrática de gestão educacional, julgue co-pedagógico (PPP).
os itens subsequentes.
92. Questão
Ⓐ Uma das estratégias fundamentais da concepção
democrática é a criação de conselhos de escola com (FUB - CESPE - 2013) A participação dos especialistas no
caráter essencialmente consultivo. processo de elaboração do PPP é aceitável, desde
Ⓑ Na descentralização administrativa, o processo que estes estejam em posição funcional igual à da
de transferência de competências para as escolas é equipe gestora da escola, em uma concepção trans-
um processo de autolimitação decidido e controlado formadora.
pelo Estado na perspectiva tradicional.
Ⓒ A racionalidade dos processos e o controle são as Grau de Di昀椀culdade
principais características da concepção democrática
e constituem os métodos essenciais para a obtenção Assertiva: CORRETA. Sob os pressupostos de uma
dos melhores resultados para as organizações. gestão democrática, a participação de especialistas
Ⓓ Na concepção democrática, destacam-se a quali- no processo de elaboração do Projeto Político-Peda-
昀椀cação e a competência pro昀椀ssional e nega-se todo gógico é imprescindível. Todavia, é importante des-
o poder instituído. tacar a necessidade de que não exista uma relação
Ⓔ O gestor escolar, na concepção democrática, deve de hierarquia entre esses agentes e os demais mem-
ser aquele que zela pelos interesses da comunidade bros da equipe escolar, mas, uma relação de ajuda
mesmo tendo sido indicado pelo poder local e não e apoio mútuo.
por processos eleitorais.
93. Questão
Grau de Di昀椀culdade
(FUB - CESPE - 2013) A teoria e a prática são considera-
Alternativa A: INCORRETA. A consigna torna-se incor- das dimensões distintas, porém articuladas, em uma
reta ao a昀椀rmar que a criação de conselhos escolares concepção da práxis, quando se trabalha na pers-
possui um caráter, apenas, consultivo. pectiva emancipatória do PPP.
Alternativa B: INCORRETA. A perspectiva de descen-
tralização administrativa implica no compartilha- Grau de Di昀椀culdade
mento de decisões que deve ser compartilhado, não
Assertiva: INCORRETA. Conforme sinaliza Vasquéz Assertiva: CORRETA. Sob uma lógica empresarial, o
(1998), práxis é a união entre teoria e prática de PPP aparece como um documento que hierarquiza
modo correlacionado e não distinto, como aparece as relações e as tomadas de decisão.
na consigna.
97. Questão
94. Questão
(PREF. DE GALVÃO/SC - ICAP - 2013) A gestão democrática do
(FUB - CESPE - 2013) Os encargos burocrático-administra- ensino público é um dos princípios estabelecidos na
tivos são priorizados em relação aos da organização Constituição Federal/88, e a concepção de educação
do trabalho pedagógico na visão empresarial do PPP. como formação humana contida no texto da LDB. nº
9.394/96 rea昀椀rma o princípio da gestão democrática
Grau de Di昀椀culdade do ensino público. Para gerir democraticamente o
ensino e a escola, é necessário:
Assertiva: INCORRETA. Numa perspectiva de ação
transformadora, os aspectos burocráticos-admnis- Ⓐ desenvolver ações que promovam a participação
trativos não devem ser priorizados em relação aos de todos de acordo com uma programação estipula-
aspectos pedagógicos que devem estruturar o PPP. da pelo corpo docente.
Ⓑ aplicar corretamente os recursos 昀椀nanceiros ar-
95. Questão recadados pela escola.
Ⓒ desenvolver atividades na escola que serão exe-
(FUB - CESPE - 2013) A qualidade que se busca na pers- cutadas pelos alunos que tiverem melhor desempe-
pectiva emancipatória do PPP implica duas dimen- nho escolar.
sões indissociáveis: a formal ou técnica e a política, Ⓓ estimular a participação de diferentes pessoas na
sendo que a primeira deve estar subordinada à se- articulação dos aspectos 昀椀nanceiros e administrati-
gunda. vos da escola.
Ⓔ programar com os docentes reuniões de plane-
Grau de Di昀椀culdade jamento para análise do resultado das avaliações,
visando à melhoria da qualidade do ensino.
Assertiva: INCORRETA. A consigna torna-se incorre-
ta quando destaca que a dimensão formal e técnica Grau de Di昀椀culdade
deve se subordinar à dimensão política. Trata-se de
um equívoco, pois ambas as perspectivas são impor- Alternativa A: INCORRETA. Para que uma escola pos-
tantes e complementam-se com o objetivo de cola- sa ser gerida de modo democrático, torna-se ne-
borar para a estruturação do PPP. cessário a participação de toda a comunidade nas
ações dessa instituição, mediante uma programação
96. Questão coletiva e não só do corpo docente.
Alternativa B: CORRETA. Um dos pilares da gestão
(FUB - CESPE - 2013) O PPP, em uma perspectiva empre- democrática é a transparência e aplicação correta
sarial, busca a superação dos con昀氀itos por meio da dos recursos públicos.
diminuição dos efeitos fragmentários da divisão do Alternativa C: INCORRETA. A escola deve incentivar a
trabalho que reforça as diferenças e hierarquiza os participação de todos os alunos nas atividades de-
poderes de decisão. senvolvidas nesse espaço, inclusive, aqueles/as alu-
nos que não obtêm um resultado satisfatório.
Grau de Di昀椀culdade Alternativa D: INCORRETA. A articulação dos aspec-
tos 昀椀nanceiros e administrativos da escola devem
ser feitos com base em um conjunto de pro昀椀ssionais
capacitados e previamente de昀椀nidos.
Alternativa E: CORRETA. A alternativa está em con- Alternativa C: CORRETA. A consigna está em conso-
sonância com o que propõe a LDB 9394/96, quando nância com o que propõe a Constituição Federal de
trata das atribuições dos pro昀椀ssionais da educação 1988, no seu capítulo III, seção I, quando trata da
na elaboração de planejamentos e atividades que Educação.
visem alterar os resultados de aprendizagem insa- Alternativa D: CORRETA. A consigna está em conso-
tisfatório dos estudantes. nância com o que propõe a Constituição Federal de
1988, no seu capítulo III, seção I, quando trata da
98. Questão Educação.
Alternativa E: CORRETA. A consigna está em conso-
(UFSC - COPERVE - 2014) A Constituição de 1988 marca o nância com o que propõe a Constituição Federal de
surgimento, na legislação brasileira, de um novo pa- 1988, no seu capítulo III, seção I, quando trata da
radigma com relação aos direitos sociais, entre eles, Educação.
o direito à educação.
Grau de Di昀椀culdade
RESUMO PRÁTICO
Este capítulo versa sobre questões de concurso nal da educação saber identi昀椀car e reconhecer das
que tratam das políticas educacionais brasileiras e políticas públicas, leis que visam suprir carências e
da gestão educacional no interior das instituições garantias à comunidade de uma escolarização com
educacionais. Coloca em relevo um importante qualidade, visto que há garantias Constituição Federal
debate sobre os temas supracitados no campo da Brasileira (1988), lei máxima que deixa claro em seus
educação, explorando os seus nexos com o trabalho Artigos, ser a educação um direito social de todos in-
docente. No âmbito dos marcos legais que normati- distintamente.
zam a educação brasileira, são analisadas questões Nessa concepção de educação que valoriza os
atinentes à Lei de Diretrizes e Bases da Educação processos, as Diretrizes e as Bases Nacionais da Edu-
Nacional (LDB 9394/96) e ao Estatuto da Criança e cação são também de sua responsabilidade regular
do Adolescente. No que diz respeito, mais especi昀椀- os ensinos da educação básica ao superior. Conforme
camente, aos aspectos do cotidiano da escola, de- os artigos concernentes às Leis das Diretrizes e Bases
bruçamo-nos a compreender questões ligadas ao Nacional (LDBN nº 9394/96), há atribuição à União e
Projeto Político-Pedagógico e à Gestão Democrática, ao MEC as competências para assegurarem os proces-
como importantes princípios para o trabalho no in- sos de avaliação dos ensinos, organizando-os seguin-
terior das unidades educacionais. Debruçamo-nos do uma base comum, visto a qualidade do ensino.
sobre os estudos teóricos de autores como Paro Assim, o papel da gestão escolar democrática é,
(2010); Saviani (1998); Libâneo (2009), entre outros, dentre outros aspectos, estabelecerem relações com
os quais discutem, em suas pesquisas, sobre os a participação no processo organizacional em que os
aspectos aqui focalizados. Em síntese, acreditamos pro昀椀ssionais e comunidade escolar compartilham,
que o estudo das questões focalizadas nesse capítu- institucionalmente, certos processos de tomada de
lo poderá colaborar para o sucesso na realização de decisões. Torna-se adequado acrescentar, também, o
exames e processos seletivos. processo de avaliação escolar na gestão escolar para
Palavras-chave: Políticas Educacionais. Gestão além da nota, instigando o pensamento re昀氀exivo,
Educacional. Questões de concurso mediador de estudo, motivador do aprofundamento
pelas indagações.
SÍNTESE DO CAPÍTULO: POLÍTICAS A avaliação das instituições se realizaria em dois
EDUCACIONAIS E GESTÃO EDUCACIONAL momentos principais: através do Sistema Nacional
de Avaliação do Ensino Superior (SINAES), conduzida
A composição das questões selecionadas através pelas Comissões Próprias de Avaliação; e outra rea-
dos editais públicos federais apresenta análises re昀椀- lizada por comissões externas designadas pelo INEP,
nadas acerca das informações contidas à luz das po- conforme as diretrizes da CONAES; avaliação dos
líticas públicas, por se tratarem de questões que re- cursos de graduação; e avaliação do desempenho
querem dos participantes análises críticas minuciosas dos estudantes através do ENADE, os quais buscam a
para com os enunciados de cada questão. Sugerimos transformação pedagógica em favor do processo da
adotarem critérios de exclusão com base nas especi- aprendizagem que empodere o aluno.
昀椀cidades dos trechos das alternativas que envolvem Não é possível deixar de considerar as normas
situações mais subjetivas, exigindo um aprofunda- estabelecidas, que descrevem o caminho das dire-
mento mais consistente do participante. trizes curriculares nacionais para que tenham clare-
Até porque o universo multicultural de cada za, objetivos e orientem o planejamento curricular
contexto re昀氀ete a necessidade de criar estratégias das escolas, os sistemas de ensino, como eixo nor-
diversi昀椀cadas da/na prática pedagógica, sala da aula, teadores e conteúdos mínimos; bem como conside-
didática e nas aprendizagens que se fortalecem nas rando o descrito nas diretrizes e políticas públicas
relações entre professor-aluno. E caberá ao pro昀椀ssio- de educação, assim, oportunizando a voz e a vez dos
envolvidos em sua construção, com vista no papel 5. CANDAU, Vera Maria Ferrão. Sociedade, cotidiano
social de cada envolvido. escolar e cultura(s). Educação & Sociedade, ano
Incumbência das Unidades Escolares é propor ao XXIII, n. 79, Agosto/2002.
Projeto Político-Pedagógico (PPP) da escola metas al- 6. CHIAVENATO, Idalberto. Administração Geral e Pú-
cançáveis para superarem os desa昀椀os diários, ou seja, blica. Série provas e concursos. Rio de Janeiro: El-
aproximar a comunidade da escola e os envolvendo, sevier, 2006.
para que percebam a sua importância na participação, 7. DAVYDOV, V.V. O problema da generalização e do
no desenvolvimento potencial dos seus 昀椀lhos. Confor- conceito na teoria de vygotsky. Texto de conferência
me o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, 1994), proferida na reunião do Comitê Internacional da In-
assegura que os dirigentes de estabelecimentos de ternational Society for Cultural Research and Activi-
ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar. ty Theory. Departamento de Ciências Psiquiátricas e
As políticas de formação para gestores e pro昀椀s- Medicina Psicológica da Universidade de Roma. 1992.
sionais de educação propõem condições institucio- 8. _____. Problems of developmental teaching. The ex-
nais de fortalecimentos dos marcos legais e de ges- perience of theoretical and experimental psychologi-
tão democrática e de mecanismos da participação cal research. Soviet Education, New York, Aug. 1988.
social. Tais circunstâncias remetem-nos às re昀氀exões 9. GIROUX, Henry A. Cruzando as fronteiras do discur-
sobre as dimensões política e ideológica do currícu- so educacional. Novas políticas em educação. Trad.
lo como fator determinante da cultura escolar, pois Magda França Lopes. Porto alegre: Artes Médicas
exigem exames epistemológicos das correntes e te- Sul, 1999.
óricos que versam as políticas. 10. ______. Teoria crítica e resistência em educação
Por 昀椀m, as análises das questões dos diversos (para além das teorias da reprodução) Petrópolis,
editais presente nessa síntese é uma tentativa de Vozes, 1986.
demonstrar a relevância dos aspectos técnicos, po- 11. LIBÂNEO, José C. A didática e a aprendizagem do pen-
líticos e ideológicos, conforme o quadro curricular sar e do aprender: a teoria histórico-cultural da ati-
atuante na/da escola e os seus pressupostos da vidade e a contribuição de Vasili Davydov. In: Revista
sociedade atual e da nova missão da escola na pós- Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 27, 2004.
-modernidade. 12. ______. Didática: velhos e novos temas. São Paulo,
Editora: Cortez, 1994.
REFERÊNCIAS 13. LITWIN, Edith. Introdução: O Bom Ensino na Educação
a Distância, In: LITWIN, Edith (org), Educação a Distân-
1. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Se- cia: temas para o debate de uma nova agenda educa-
cretaria de Educação Fundamental. Referencial cur- tiva, Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.
ricular nacional para a educação infantil / Ministério 14. MACHADO, L. M. Mercado global: a es昀椀nge do presen-
da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação te. In: SILVA Jr., C. A. (Org). O pro昀椀ssional formado por
Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998. 3v.: il. seu curso está preparado para as exigências da nova
2. ______. Lei de Diretrizes e B. Lei nº 9.394/96, de 20 de ordem mundial? São Paulo, Pro-Reitoria de Gradua-
dezembro de 1996. ção da UNESP, 1996. p. 91-106 (VI Circuito PROGRAD).
3. ______. Secretaria de Educação Fundamental. Parâ- 15. PERRENOUD, Philippe. Construir competências é virar
metros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos as costas aos saberes? 2000. Acesso em: 14 fev. 2010.
do ensino fundamental: introdução aos parâmetros 16. SOUSA, Jesus Maria. Educação: textos de intervenção.
curriculares nacionais / Secretaria de Educação Fun- Portugal: O Liberal, Ltda. 2004.
damental. Brasília: MEC/SEF, 1998. 17. TEIXEIRA, Elenaldo Celso. O local e o global: limites e
4. ______. Ministério da Educação. Secretaria de Edu- desa昀椀os da participação cidadã. São Paulo, Ed. Cor-
cação Continuada, Alfabetização, Diversidade e In- tez; Recife: EQUIP: Salvador: UFBA, 2001.
clusão. Conselho Nacional da Educação. Diretrizes 18. VASCONCELLOS, Celso S. Planejamento: projeto de en-
Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica/ sino-aprendizagem e político-pedagógico. São Paulo:
Ministério da Educação. Secretária de Educação Bási- Libertad, 2002.
ca. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Brasí- 19. VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Pau-
lia: MEC, SEB, DICEI, 2013. lo: Martins Fontes, 1984.
3 Currículo
Camila Bahia
Julgue os próximos itens, referentes às concepções jos sociais e educacionais para a construção do cur-
ou teorias do currículo. rículo.
03. Questão
01. Questão
(FUB- CESPE- 2013) Em uma perspectiva tradicional, a
(FUB - CESPE - 2013) Na teoria pós-crítica, a discussão é base nacional comum e a parte diversi昀椀cada são
centrada na questão ideológica e nas relações de consideradas como partes distintas do currículo.
poder entre as classes sociais.
Grau de Di昀椀culdade
Grau de Di昀椀culdade
Assertiva: INCORRETA. Na perspectiva tradicional,
Assertiva: INCORRETA. A teoria pós-crítica não é cen- o currículo devia ser neutro, tendo como principal
trada nas relações de poder entre as classes sociais foco garantir que a escola funcionasse como um fá-
e, sim, no direcionamento de um currículo no qual brica.
se vincule conhecimento, identidade e poder com
temas de gênero, raça, etnia, sexualidade, subjetivi- 04. Questão
dade, multiculturalismo, entre outros.
(FUB - CESPE - 2013) A concepção tradicional propõe a
02. Questão existência de um currículo implícito, considerado
oculto.
(FUB - CESPE - 2013) A ênfase nos conceitos pedagógicos
de ensino, aprendizagem, avaliação, metodologia, Grau de Di昀椀culdade
didática, organização, planejamento, e昀椀ciência e
objetivos é própria da teoria crítica. Assertiva: INCORRETA. De acordo com MOREIRA; SIL-
VA (1997), as teorias críticas não se importam com o
Grau de Di昀椀culdade desenvolvimento das técnicas de como fazer o currí-
culo, mas o desenvolvimento dos conceitos que per-
Assertiva: INCORRETA. A teoria crítica coloca em mitam compreender o que o currículo faz.
pauta maior para discussão os pressupostos arran-
112 Currículo
nar do conhecimento deve atender às novas deman- Alternativa D: INCORRETA. Projetos em ação são re-
das da sociedade. sultantes dos estudos e das práticas da pedagogia
Alternativa E: INCORRETA. Parafraseando os PCNs por projetos.
(1995) “conhecer características fundamentais do Alternativa E: INCORRETA. O Projeto Pedagógico ou
Brasil nas dimensões sociais, materiais e culturais proposta pedagógica resulta dos princípios, diretri-
como meio para construir progressivamente a noção zes e prioridades de昀椀nidas pela comunidade escolar
de identidade nacional e pessoal e o sentimento de a partir dos objetivos educacionais e da de昀椀nição do
pertinência ao País. ”. que se quer alcançar com o ensino oferecido, sem
perder de vista a melhoria da aprendizagem dos alu-
08. Questão nos e o desempenho da escola.
(UFAM - CONVEST - 2013) [...] são normas obrigatórias que 09. Questão
orientarão o planejamento curricular das escolas e
sistemas de ensino, 昀椀xadas pelo Conselho Nacional (UFAM - CONVEST - 2013) A Abordagem Processual ou Prá-
de Educação por meio da Câmara de Educação Bási- tica Processual ou Prática do Currículo:
ca. O ponto de partida para a formulação das dire-
trizes para o ensino médio foi o primeiro artigo da Ⓐ representa uma crítica profunda à sociologia do
Lei 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação currículo, uma vez que rejeita as implicações políti-
Nacional, LDB). Esse artigo a昀椀rma que a educação cas na de昀椀nição dos conteúdos.
escolar deverá estar vinculada ao trabalho e à prá- Ⓑ de昀椀ne o trabalho do professor como mera repro-
tica social (Guiomar Namo de Melo). O texto acima dução dos conteúdos curriculares.
refere-se a: Ⓒ considera o currículo em sua relação dialética
com a atividade do professor em sala de aula.
Ⓐ Currículo. Ⓓ Destaca o abismo que separa a teoria da prática.
Ⓑ Planejamento. Ⓔ De昀椀ne o trabalho da escola como mera reprodu-
Ⓒ Diretrizes Curriculares Nacionais. ção da sociedade.
Ⓓ Projetos em ação.
Ⓔ Projeto Pedagógico. Grau de Di昀椀culdade
Alternativa E: CORRETA. Para Souza (2008), tal abor- Alternativa E: INCORRETA. Segundo Ribeiro (2002) o
dagem busca explicar a relação do currículo com o modelo de organização curricular centrado em dis-
exterior e do currículo como regulador do interior ciplinas ou matérias, sobrevaloriza os conteúdos
das instituições escolares. programáticos, subordinando-lhes os objetivos cur-
riculares; em contrapartida, uma estrutura curricular
10. Questão assente em núcleos de problemas ou experiências
atribui grande relevo às experiências, atividades e
(UFRB – FUNRIO - 2015) O currículo há muito vem sendo situações de aprendizagem, sem se preocupar muito
entendido como um campo de estudos importantes com o âmbito dos conteúdos a incluir.
para a educação e tais estudos vem contribuindo
cada vez mais para as práticas escolares. Em seu 11. Questão
desenvolvimento na escola, os componentes do cur-
rículo são: (UFRB – FUNRIO - 2015) Aquilo que se ensina na escola,
sem que se perceba que está sendo ensinado, é de-
Ⓐ As etapas do processo didático-metodológico. nominado pelos estudiosos do campo do currículo
Ⓑ Porque ensinar e aprender os conteúdos escola- como:
res.
Ⓒ A sequenciação dos processos de ensino. Ⓐ currículo real.
Ⓓ O que, como e quando ensinar e o que, como e Ⓑ transposição didática.
quando avaliar. Ⓒ currículo oculto.
Ⓔ A hierarquização dos conteúdos das áreas de co- Ⓓ saber experiencial.
nhecimento. Ⓔ aprendizagem signi昀椀cativa.
Alternativa A: INCORRETA. As etapas do processo di- Alternativa A: INCORRETA. O currículo real é ideali-
dático-metodológico só poderão ser idealizadas e zado pela prática do professor e sua característica
concretizadas de acordo com os objetivos de昀椀nidos marcante é a contextualização dos conteúdos e o
na construção do currículo escolar. que efetivamente se passa em sala de aula.
Alternativa B: INCORRETA. Os conteúdos escolares Alternativa B: INCORRETA. A transposição didática
precisam aparecer na organização curricular sem se se con昀椀gura em um instrumento procedimental que
desvincular da análise do contexto social, cultural e transforma o conhecimento cientí昀椀co em conheci-
educativo em que se insere a proposta da instituição mento escolar.
escolar. Alternativa C: CORRETA. É a representação de tudo o
Alternativa C: INCORRETA. Para Ribeiro (2002), a que os alunos aprendem através da convivência uns
organização e sequência do processo de ensino- com os outros por meio de várias práticas, atitudes,
-aprendizagem devem ser plani昀椀cadas em termos comportamentos, gestos, percepção entre outros fa-
de tipos de atividades, experiências e situações tores que vigoram no meio social e escolar.
de aprendizagem e proporcionar, incluindo, pois, Alternativa D: INCORRETA. O saber experiencial é
ações do professor e ações do aluno: estratégias/ aquele que se adquire durante a execução teórica
métodos, atividades, materiais e meios de ensino- na prática. É constituído de experiências e vivências
-aprendizagem. do sujeito.
Alternativa D: CORRETA. A natureza do currículo deve Alternativa E: INCORRETA. A aprendizagem signi昀椀ca-
seguir a organização dos elementos, tais como: 昀椀na- tiva apresentada por Ausubel diz respeito ao sentido
lidades a objetivos; matérias a conteúdos; estraté- e signi昀椀cado dado sobre uma nova aprendizagem à
gias a atividades e avaliação. Ou seja, elementos que medida que é relacionada com o seu conhecimento
se relacionam e de昀椀nem a organização e sequencia- prévio.
ção de todo o processo de ensino e aprendizagem.
114 Currículo
116 Currículo
recursos a serem trabalhados e estabelecendo crité- Ⓒ “Educação Pro昀椀ssional de nível tecnológico” pas-
rios de avaliação somativa. sa a denominar-se “Educação Pro昀椀ssional Tecnoló-
gica, de graduação e de pós-graduação”.
Grau de Di昀椀culdade Ⓓ “Educação Pro昀椀ssional de nível tecnológico” pas-
sa a denominar-se “Educação Pro昀椀ssional Técnica
Alternativa A: INCORRETA. Tal análise diz respeito a de nível médio”.
planejamento educacional ou de um sistema educa- Ⓔ “Educação Pro昀椀ssional de nível técnico” passa a
cional, onde para atender tais ações educativas são denominar-se “Educação Pro昀椀ssional Tecnológica,
desenvolvidas as Diretrizes Curriculares Nacionais. de graduação e de pós-graduação”.
Alternativa B: INCORRETA. O currículo escolar per-
meia as ações que serão desenvolvidas por toda a Grau de Di昀椀culdade
equipe escolar, partindo do projeto curricular maior
aplicado pela gestão até as práticas desenvolvidas Alternativa A: INCORRETA. Não é correto a昀椀rmar
em sala de aula pelo professorado. que a Educação Pro昀椀ssional de Nível Básico passa
Alternativa C: CORRETA. O currículo escolar precisa a denominar-se Educação Pro昀椀ssional Técnica con-
ser planejado através dos diversos componentes tinuada de trabalhadores, e, sim, formação inicial e
curriculares que serão desenvolvidos ao longo do continuada de trabalhadores.
curso, com a de昀椀nição dos objetivos gerais e a pre- Alternativa B: INCORRETA. Segundo o inciso II do art.
visão dos conteúdos programáticos de cada compo- 3º da Resolução nº 01/2005, Educação Pro昀椀ssional
nente. de nível técnico passa a denominar-se Educação
Alternativa D: INCORRETA. O currículo já deve ter de- Pro昀椀ssional Técnica de nível médio.
昀椀nido os componentes curriculares para o desenvol- Alternativa C: CORRETA. O inciso III do art. 3º da Re-
vimento das práticas. solução nº 01/2005 garante que Educação Pro昀椀s-
Alternativa E: INCORRETA. Os objetivos precisam ser sional de nível tecnológico passa a denominar-se
contemplados dentro da perspectiva geral e não Educação Pro昀椀ssional Tecnológica, de graduação e
pretendidos ser alcançados de forma imediata. de pós-graduação.
Alternativa D: INCORRETA. Existe uma con昀椀rmação
16. Questão errônea nesta alternativa devido à Educação Pro昀椀s-
sional de nível tecnológico não passar a se denomi-
(IF/PR - CETRO - 2014) O Conselho Nacional de Educação nar Educação Pro昀椀ssional Técnica de nível médio.
estabelece, em sua Resolução nº 01/2005, a atuali- Alternativa E: INCORRETA. Segundo o art. 4º da Re-
zação das Diretrizes Curriculares Nacionais para o solução nº 01/2005, os novos cursos de Educação
Ensino Médio e para a Educação Pro昀椀ssional Téc- Pro昀椀ssional Técnica de nível médio serão oferecidos
nica de nível médio às disposições do Decreto nº na forma integrada com o Ensino Médio e não de
5.154/2004. Com base nessa resolução, é correto graduação e pós-graduação.
a昀椀rmar que a nomenclatura dos cursos e programas
de Educação Pro昀椀ssional passa a ser atualizada nos 17. Questão
seguintes termos:
(IF/BA - FUNRIO - 2014) A concepção crítica do currículo
Ⓐ “Educação Pro昀椀ssional de nível básico” passa a se caracteriza por compreendê-lo intrinsecamente
denominar-se “Educação Pro昀椀ssional Técnica con- relacionado às questões de:
tinuada de trabalhadores” e “Educação Pro昀椀ssional
de nível tecnológico” passa a denominar-se “Edu- Ⓐ Ensino, aprendizagem, classe social, cultura e e昀椀-
cação Pro昀椀ssional Tecnológica, de graduação e de ciência.
pós-graduação”. Ⓑ Ideologia, poder, currículo oculto, emancipação e
Ⓑ “Educação Pro昀椀ssional de nível técnico” passa a libertação.
denominar-se “Educação Pro昀椀ssional Técnica de ní- Ⓒ Identidade, objetivos, discurso, gênero e multi-
vel básico e continuada de trabalhadores”. culturalismo.
Ⓓ Avaliação, organização, objetivos, e昀椀cácia e e昀椀- Ⓓ Linguagens, Estudos Sociais, Ciências da Natureza
ciência. e Filoso昀椀a.
Ⓔ Planejamento, poder, capitalismo, metodologia e Ⓔ Linguagens, Ciências, História e Geogra昀椀a.
meritocracia.
Grau de Di昀椀culdade
Grau de Di昀椀culdade
Alternativa A: CORRETA. O § 1º da Resolução nº 2, de
Alternativa A: INCORRETA. O ensino e a aprendiza- 30 de janeiro 2012, corrobora ao dizer que o currículo
gem passam a ser colocados como questões de se- deve contemplar as quatro áreas do conhecimento,
gunda instância, pois, o que se discute nesta con- com tratamento metodológico que evidencie a con-
cepção é justamente a educação como reprodução textualização e a interdisciplinaridade ou outras
da ideologia capitalista. formas de interação e articulação entre diferentes
Alternativa: CORRETA. A visão crítica do currículo campos de saberes especí昀椀cos.
vai deslocar a ênfase nos conceitos pedagógicos Alternativa B: INCORRETA. O art. 7º da Resolução nº
do processo ensino-aprendizagem para conceitos 2, de 30 de janeiro 2012 a昀椀rma que a organização
ideológicos, ou seja, existe uma crítica ao currículo curricular do Ensino Médio tem uma base nacional
por acreditar que o mesmo tem como reprodução comum e uma parte diversi昀椀cada que não devem
e intensi昀椀cação das relações de poder e ideologia constituir blocos distintos, mas um todo integrado,
capitalista. de modo a garantir tanto conhecimentos e saberes
Alternativa C: INCORRETA. As questões apresentadas comuns necessários a todos os estudantes, quanto
na referente alternativa dizem respeito à visão pós- uma formação que considere a diversidade e as ca-
-crítica do currículo, a qual defende que o multicul- racterísticas locais e especi昀椀cidades regionais.
turalismo representa um importante instrumento de Alternativa C: INCORRETA. A língua portuguesa in-
luta política. tegra a área de conhecimento de linguagens, tais
Alternativa D: INCORRETA. A visão da concepção como: língua materna, para populações indígenas;
tradicional do currículo assegurava que a escola língua estrangeira moderna; arte, em suas diferentes
deveria identi昀椀car de forma precisa os resultados/ linguagens: cênicas, plásticas e, obrigatoriamente, a
objetivos que deseja obter (currículo/e昀椀cácia), os musical; educação física.
métodos para conseguir tais resultados (ensino/or- Alternativa D: INCORRETA. A 昀椀loso昀椀a é componente
ganização) e as formas de mensuração do trabalho curricular obrigatório proveniente da LDB que com-
realizado (avaliação/e昀椀ciência). põe a área de conhecimento de ciências sociais, em
Alternativa E: INCORRETA. A meritocracia, neste pon- conjunto com história, geogra昀椀a e sociologia.
to, é resultado das relações de poder reproduzidos Alternativa E: INCORRETA. A organização das áreas
através da organização curricular e não por mérito de conhecimento faz divisão das ciências, compon-
do indivíduo. do assim: ciências naturais e ciências sociais.
(IF/BA - FUNRIO - 2014) A Resolução Nº 2, de 30 de Janei- (IF/BA - FUNRIO - 2014) Tanto a Lei 9394/96 quanto as Di-
ro 2012, que de昀椀ne as diretrizes curriculares para o retrizes Curriculares para o Ensino Médio de昀椀nem o
ensino médio, em seu Título II, capítulo I, organiza o trabalho e sua relação com a educação a partir de
currículo em quatro áreas de conhecimento, a saber: uma perspectiva:
118 Currículo
Alternativa A: INCORRETA. A alternativa apresenta a A partir dessa análise, pode-se concluir que estão
organização curricular dividida por blocos de disci- corretas:
plinas que deverão ser trabalhados de forma sepa-
rada os conhecimentos de cada área. Ⓐ I e II apenas.
Alternativa B: INCORRETA. A interdisciplinaridade diz Ⓑ I e III apenas.
respeito às conexões estabelecidas entre as discipli- Ⓒ II e III apenas.
nas para trabalhar determinados conteúdos. Ⓓ I, II e III.
Alternativa C: CORRETA. Segundo o Ministério da
Educação (MEC), “os temas a serem escolhidos de- Grau de Di昀椀culdade
vem estar voltados para a compreensão e para a
construção da realidade social e dos direitos e res- Alternativa A: INCORRETA. Apesar de o currículo ser
ponsabilidades relacionados com a vida pessoal e interpretado pelos níveis: o昀椀cial, implantado e as-
coletiva e com a a昀椀rmação do princípio da participa- similado. A pedagogia por objetivos não surge pela
ção política. Isso signi昀椀ca que devem ser trabalha- abordagem cultural do currículo.
dos, de forma transversal, nas áreas e/ou disciplinas Alternativa B: CORRETA. No que diz respeito ao currí-
já existentes”. culo assimilado, os alunos desenvolvem competên-
Alternativa D: INCORRETA. Para Moreira (2007), o co- cias e constroem conhecimentos e tais conhecimen-
nhecimento e o saber se renovam do choque de cul- tos podem ser estimulados através da abordagem
turas, sendo a produção de novos conhecimentos e focalizada nos alunos, sem perder de vista os con-
técnicas, produto direto da interposição de culturas teúdos disciplinares e a relação social.
diferenciadas – com o somatório daquilo que ante- Alternativa C: INCORRETA. A pedagogia do domí-
riormente existia. nio diz respeito à reprodução ideológica e cultural
Alternativa E: INCORRETA. Quando se fala de multi- transmitida pela educação, através da construção
disciplinaridade, se fala em conjunto de disciplinas curricular, onde são valorizados determinados con-
que deverão ser trabalhadas simultaneamente, mas teúdos em detrimento de outros para intensi昀椀car as
cada uma na sua especi昀椀cidade. relações de poder.
Alternativa D: INCORRETA. Para Jonnaert, Etayebi
22. Questão e De昀椀se (2010) as correntes tecnicistas e a cultural
que vão dar origem à pedagogia por objetivo e por
(IFN/MG - GESTÃO DE CONCURSOS - 2014) Para Jonnaert, Etayebi domínio, além da própria abordagem cultural do
e De昀椀se (2010), o currículo de um sistema educativo currículo.
deve possibilitar a de昀椀nição clara de suas 昀椀nalidades
e a operacionalização do conjunto de um plano de 23. Questão
educação e sua aplicabilidade por meio de um plano
de ação administrativo. (FUNDAÇÃO DA CASA - CETRO - 2014) Na organização e gestão
do currículo, as abordagens disciplinar, pluridisci-
Analise as seguintes a昀椀rmativas sobre o currículo. plinar, interdisciplinar e transdisciplinar requerem
a atenção criteriosa da instituição escolar, porque
I. Um mesmo currículo pode ser entendido se- revelam a visão de mundo que orienta as práticas
gundo três níveis de interpretação bem dife- pedagógicas dos educadores e organizam o trabalho
rentes: currículo o昀椀cial, currículo implantado e do estudante. Perpassam todos os aspectos da orga-
currículo assimilado. nização escolar, desde o planejamento do trabalho
II. Entre as correntes curriculares está a que se pedagógico, a gestão administrativo-acadêmica, até
refere a uma abordagem cultural do currículo, a organização do tempo e do espaço físico e a sele-
a qual gerou a pedagogia por objetivos e a pe- ção, disposição e utilização dos equipamentos e mo-
dagogia (do domínio). biliário da instituição, ou seja, todo o conjunto das
III. Uma abordagem focalizada nos alunos não ex- atividades que se realizam no espaço escolar, em
clui, nem os saberes disciplinares, nem os inte- seus diferentes âmbitos. As abordagens multidisci-
resses para a sociedade. plinar, pluridisciplinar e interdisciplinar fundamen-
120 Currículo
ção cultural” e não meramente organização de con- dos mínimos curriculares estabelecidos para os sis-
teúdos. temas educacionais.
Alternativa E: INCORRETA. Grinspun (2001, p. 247), Assertiva IV: CORRETA. O currículo formal identi昀椀-
a昀椀rma que, o currículo é muito mais que listagem de ca-se com o o昀椀cialmente aprovado pelas entidades
conteúdos, inclui todas aquelas atividades e inicia- responsáveis pelo sistema educativo.
tivas que o faz ser planejado, criado, adotado, apre- Assertiva V: INCORRETA. O currículo observado (ou
sentado, experimentado, criticado, atacado, defen- operacional) representa a perspectiva “externa”
dido e avaliado, assim como todos aqueles objetivos daqueles que o descrevem tal como acontece na si-
materiais que o con昀椀rmam, como são os livros-tex- tuação de ensino escolar, independentemente das
tos, os aparelhos e equipamentos, os planos e guias perspectivas de entidades o昀椀ciais, professores a
do professor, etc. alunos. GOODLAD et al (1979).
122 Currículo
Alternativa C: CORRETA. A maneira que as carteiras Alternativa C: INCORRETA. Com a estruturação dos
estão dispostas é a representação da organização Parâmetros Curriculares Nacionais pelo Ministério
da concepção escolar aparente no currículo oculto. da Educação em 1997, a temática saúde foi desta-
Alternativa D: CORRETA. O currículo oculto engloba cada como um tema transversal, que deveria ser
as ações denominadas que in昀氀uenciam e afetam a trabalhado, dentro das possibilidades, por todas as
aprendizagem dos alunos e trabalho dos professores. disciplinas curriculares, não necessitando de forma-
Alternativa E: CORRETA. O currículo oculto é a repre- ção especializada.
sentação de tudo o que os alunos aprendem através Alternativa D: INCORRETA. A educação em saúde tem
da convivência uns com os outros, por meio de vá- por função tornar o cidadão capaz de alterar seus
rias práticas, atitudes, comportamentos, gestos, per- hábitos e comportamentos e de estar em condições
cepções, entre outros fatores que vigoram no meio de reivindicar seus direitos, portanto, a prática edu-
social e escolar. cativa em saúde ajuda a construir um cidadão cons-
ciente de seu papel enquanto agente social (LOU-
29. Questão REIRO, 1996).
Alternativa E: CORRETA. Os Parâmetros Curriculares
(SUS/AM - FGV - 2014) Com relação à abordagem da saúde Nacionais entendem Educação para a Saúde como
no currículo das escolas brasileiras, analise as a昀椀r- fator de promoção e proteção à saúde e estratégia
mativa a seguir. para a conquista dos direitos de cidadania.
124 Currículo
Alternativa B: INCORRETA. Os autores Bendrath e para a Educação das Relações Étnico-Raciais, deve
Gomes (2010, p.164) a昀椀rmam que grande parte dos ser:
sistemas avaliativos é acordada em conferências in-
ternacionais entre Estados e colocados em prática Ⓐ reduzido a estudos esporádicos ou unidades di-
nos países através da implantação de políticas pú- dáticas isoladas para não comprometer o desenvol-
blicas especí昀椀cas, voltadas exclusivamente para se vimento dos conteúdos regulares.
atingir os índices e metas pré-estabelecidos pelos Ⓑ desenvolvido de forma simpli昀椀cada em algumas
Organismos Internacionais. áreas ou disciplinas nos anos 昀椀nais do ensino fun-
Alternativa C: INCORRETA. Quando se fala de edu- damental.
cação em tempo integral ou escola de tempo inte- Ⓒ uma disciplina especí昀椀ca, a ser criada no currícu-
gral diz respeito, resumidamente, àquelas escolas e lo do ensino médio pela escola.
secretarias de educação que ampliaram a jornada Ⓓ ministrado por um professor devidamente licen-
escolar de seus estudantes, trazendo ou não novas ciado em História ou Geogra昀椀a.
disciplinas para o currículo escolar ou realizando Ⓔ incorporado aos componentes curriculares de
atividades extracurriculares que possam ser desen- Educação Artística, Literatura e História do Brasil.
volvidas no espaço.
Alternativa D: INCORRETA. Os Parâmetros Curricula- Grau de Di昀椀culdade
res Nacionais (PCNs) consideram que a organização
dos alunos em grupos de trabalho in昀氀uencia o pro- Alternativa A: INCORRETA. O cumprimento das refe-
cesso de ensino e aprendizagem, além de poder ser ridas Diretrizes Curriculares, por parte das institui-
otimizada quando o professor interfere na organiza- ções de ensino, será considerado na avaliação das
ção desses grupos. Nesse contexto, os PCNs orien- condições de funcionamento do estabelecimento,
tam para que nas classes multisseriadas reúna-se por isso, deve-se ter a importância devida no desen-
grupos que não sejam estruturados por série e sim volvimento dos conteúdos regulares.
por objetivos, em que a diferenciação se dê pela exi- Alternativa B: INCORRETA. O art. 26 da Lei nº
gência adequada ao desempenho de cada um. 10.639/03 a昀椀rma que o ensino sobre História e Cul-
Alternativa E: INCORRETA. A gestão democrática da tura Afro-brasileira torna-se obrigatório nos estabe-
educação “trabalha com atores sociais e suas rela- lecimentos de ensino fundamental e médio, o昀椀ciais
ções com o ambiente, como sujeitos da construção e particulares.
da história humana, gerando participação, co-res- Alternativa C: INCORRETA. A resolução determina
ponsabilidade e compromisso” (BORDIGNON; GRA- que as instituições de ensino superior incluam, nos
CINDO, 2001, p. 12). conteúdos de disciplinas e atividades curriculares
dos cursos que ministram, a educação das relações
31. Questão étnico-raciais.
Alternativa D: INCORRETA. As Diretrizes Curriculares
(UNIFESP - VUNESP - 2014) A Lei nº 10.639/03, ao tornar Nacionais para a Educação das Relações Étnico-ra-
obrigatória a inclusão de História e Cultura Afro-bra- ciais defendem que caberá, aos sistemas de ensino,
sileira e Africana nos currículos da educação básica, às mantenedoras, à coordenação pedagógica dos
muda não apenas um foco etnocêntrico, marcada- estabelecimentos de ensino e aos professores, esta-
mente de raiz europeia para um africano, mas tam- belecer conteúdos de ensino, unidades de estudos,
bém amplia o foco dos currículos escolares para a projetos e programas, abrangendo os diferentes
diversidade cultural, racial, social e econômica bra- componentes curriculares.
sileira. Neste sentido, seu ensino sistemático contri- Alternativa E: CORRETA. O § 2ª da Lei nº 10.639/03
bui para a formação de cidadãos atuantes no seio da a昀椀rma que, os conteúdos referentes à História e Cul-
sociedade brasileira, que é multicultural e pluriétni- tura Afro-brasileira serão ministrados no âmbito de
ca, capazes de, por meio de relações étnico-sociais todo o currículo escolar, em especial nas áreas de
positivas, construírem uma nação democrática. Tal Educação Artística e de Literatura e História Brasi-
ensino, segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais leiras.
Ⓐ ser uma atividade neutra e, desse modo, deve as- (TJ/GO - FGV - 2014) O currículo escolar é um elemento
sumir, na prática educativa, de forma independente, fundamental para a discussão e elaboração de pers-
as suas dimensões política e pedagógica. pectivas, métodos e objetivos não apenas pedagógi-
Ⓑ como regra, ser implantada como disciplina ou cos, mas, de diversas dimensões, a serem propostos
componente curricular especí昀椀co na educação bá- pela comunidade escolar. Dessa forma, pode-se di-
sica e superior. zer que o currículo, juntamente com o Projeto Políti-
Ⓒ ter como professores, pro昀椀ssionais da educação co Pedagógico da escola, são as estruturas que dão
regularmente habilitados em cursos especí昀椀cos. alma aos fazeres e experiências escolares.
Ⓓ assumir uma dimensão da educação que visa ao O currículo, entretanto, não é apenas aquilo que é
controle do consumo por parte dos indivíduos como conscientemente planejado.
forma de preservação do meio ambiente. “Pode-se de昀椀nir currículo oculto da escola como
Ⓔ ser desenvolvida como uma prática educativa o conjunto de normas sociais, princípios e valores
integrada e interdisciplinar, contínua e permanente transmitidos tacitamente através do processo de
em todas as fases, etapas, níveis e modalidades. escolarização. Não aparece explicitado nos planos
educacionais, mas ocorre sistematicamente pro-
Grau de Di昀椀culdade duzindo resultados não acadêmicos, embora igual-
mente signi昀椀cativos. Em certo sentido, representa a
Alternativa A: INCORRETA. A Educação Ambiental tem operacionalização – ainda que não declarada – da
como proposta curricular ser capaz de acrescentar à função social de controle que a escolarização exer-
tal formação não apenas os conteúdos desta temáti- ce.” (VALLANCE, apud GIROUX, Teoria crítica e resis-
ca e a relação dela com as diversas áreas do conhe- tência em educação. Petrópolis, Vozes, 1986).
cimento, mas uma formação crítica que fortaleça a
postura ética, política e o papel social dos docentes Dessa forma, poderia compor o que Vallence de昀椀ne
para a construção do projeto de cidadania. como currículo oculto:
Alternativa B: INCORRETA. As Diretrizes Curriculares
Nacionais da Educação Ambiental propõem que a Ⓐ a regulamentação do uso obrigatório de unifor-
Educação Ambiental seja atividade curricular, disci- mes pelo corpo discente;
plina ou projetos interdisciplinares. Ⓑ a criação de disciplinas diferenciadas, como ética,
Alternativa C: INCORRETA. Sobre a formação inicial religião, cultura africana, etc.;
de professores, a Lei 9.795/99 preceitua, em seu ar- Ⓒ as práticas sexistas por parte dos alunos durante
tigo 11, que “a dimensão ambiental deve constar dos as atividades escolares;
currículos de formação de professores, em todos os Ⓓ as diretrizes escolares que primam pelo exercício
níveis e em todas as disciplinas”. da tolerância e do respeito;
Alternativa D: INCORRETA. A Lei identi昀椀ca a Educa- Ⓔ a criação de classes de aceleração para alunos
ção Ambiental como um processo, ou seja, uma vez com menor desempenho escolar.
iniciado prossegue inde昀椀nidamente por toda a vida,
aprimorando-se e incorporando novos signi昀椀cados Grau de Di昀椀culdade
sociais e cientí昀椀cos.
126 Currículo
lece procedimentos técnicos que podem ser genera- Ⓐ Consideração sobre a inclusão, valorização das
lizados para qualquer contexto social, facilitando o diferenças e o atendimento à pluralidade e à diver-
trabalho dos educadores. sidade cultural, resgatando e respeitando as várias
manifestações de cada comunidade.
Assinale a sequência correta. Ⓑ Revisão das referências conceituais quanto aos
Ⓐ F, F, V, V diferentes espaços e tempos educativos, abrangen-
Ⓑ V, F, V, F do espaços sociais na escola e fora dela.
Ⓒ F, V, F, V Ⓒ Compatibilidade entre a proposta curricular e a
Ⓓ V, V, F, F infraestrutura entendida como espaço formativo
dotado de efetiva disponibilidade de tempos para a
Grau de Di昀椀culdade sua utilização e acessibilidade.
Ⓓ Foco na avaliação das aprendizagens como instru-
Item I: CORRETA. A interdisciplinaridade consegue mento de nivelamento e progressão dos estudantes.
unir e fazer relações das disciplinas que estavam
sendo trabalhadas de forma separadas e dissocia- Grau de Di昀椀culdade
das. Assim, com a interdisciplinaridade o diálogo
signi昀椀cativo passou a ser o objetivo da mudança Alternativa A: INCORRETA. De acordo com a Resolu-
curricular. ção CNE N.º 4, de julho de 2010, deve-se considerar
Item II: CORRETA. As práticas pedagógicas interdis- que a escola de qualidade no que diz respeito a in-
ciplinares são apoiadas na proposta de educação clusão, a valorize das diferenças e o atenda à plura-
comprometida com a cidadania, ou seja, na intenção lidade e à diversidade cultural, resgatando e respei-
de intervir na sociedade para transformá-la. tando as várias manifestações de cada comunidade.
Item III: INCORRETA. A ética e a cidadania devem ser Alternativa B: INCORRETA. O inciso I do Art. 9º a昀椀rma
temas inseridos em todas as disciplinas de forma in- que a escola de qualidade social adote como centra-
terdisciplinar e transdisciplinar a 昀椀m de contribuir lidade o estudante e a aprendizagem deve atender
para construção de saberes e valores sociais. como critério, a revisão das referências conceituais
Item IV: INCORRETA. A transversalidade e a interdis- quanto aos diferentes espaços e tempos educativos,
ciplinaridade são abordadas como meios de traba- abrangendo espaços sociais na escola e fora dela.
lhar o conhecimento na busca da reintegração de Alternativa C: INCORRETA. A escola como centralida-
procedimentos acadêmicos, que 昀椀caram isolados de, o estudante e a aprendizagem devem ter com-
uns dos outros pelo método disciplinar. Ou seja, a patibilidade entre a proposta curricular e a infraes-
transversalidade e interdisciplinaridade diz respeito trutura entendida como espaço formativo dotado de
a integração dos conteúdos em todas as áreas do efetiva disponibilidade de tempos para a sua utiliza-
conhecimento. ção e acessibilidade.
Alternativa D: CORRETA. O inciso III do Art. 9º con昀椀r-
Resposta: Ⓓ ma que o foco deverá ser no projeto político-peda-
gógico, no gosto pela aprendizagem e na avaliação
36. Questão das aprendizagens como instrumento de contínua
progressão dos estudantes.
(DETRAN/MT - UFMT - 2015) Segundo as diretrizes curricu-
lares nacionais para a educação básica (Resolução 37. Questão
CNE N.º 4, de julho de 2010), uma escola de qualida-
de social, que compreende o seu projeto pedagógico (POLÍCIA MILITAR/MG - IBFC - 2015) Evidenciar o caráter
e a necessidade de formação para a conquista da interdisciplinar do componente curricular possi-
cidadania discente, adota como centralidade o estu- bilita o desenvolvimento das habilidades de for-
dante e a aprendizagem. ma coletiva na escola. Os instrumentos de registro
Esse princípio não requer: dos resultados obtidos pelos alunos nas atividades
de seu componente curricular, desenvolvidos nos
projetos interdisciplinares, promovem a avalia-
128 Currículo
130 Currículo
Alternativa D: INCORRETA. A teoria pós-crítica abor- padrões estereotipados quanto aos papéis do ho-
da a concepção do currículo multiculturalista, ou mem e da mulher, como, por exemplo, que à mulher
seja, nenhuma cultura pode ser julgada melhor que cabe cuidar da casa e dos 昀椀lhos e que ao homem
a outra. cabe o sustento da família e a tomada de decisões,
ou que homem não chora e que mulher não briga”.
41. Questão Alternativa C: INCORRETA. As crianças se constituem
através das relações estabelecidas no meio social,
(PREF. CRISTALIA/MG - UNIMONTES - 2015) Quando tratam da com os outros e consigo mesmo. Por isso, as crianças
identidade de gênero, os Referenciais Curriculares aprendem as regras sociais através deste contato.
Nacionais para a Educação Infantil assim orientam: Alternativa D: INCORRETA. A intenção dos Referen-
“No que concerne à identidade de gênero, a atitude ciais Curriculares Nacionais da Educação Infantil é
básica é transmitir, por meio de ações e encaminha- contribuir para o desenvolvimento de práticas que
mentos, valores de igualdade e respeito entre as introduzam a valorização da igualdade de gêneros e
pessoas de sexos diferentes e permitir que a criança não da sua distinção.
brinque com as possibilidades relacionadas tanto
ao papel de homem como ao da mulher.” Observa- 42. Questão
das essas orientações, os educadores devem estar
atentos: (PREF. CRISTALIA/MG - UNIMONTES - 2015) Observadas as di-
retrizes apontadas pelos Parâmetros Curriculares
Ⓐ Para assegurar a concepção de que homem não Nacionais, 1.ª a 4.ª séries, para elaboração dos Pro-
chora e que mulher não briga. jetos Pedagógicos das escolas, os conteúdos curri-
Ⓑ Para que não sejam reproduzidos, nas relações culares devem ser vistos “como meios para que os
com as crianças, padrões estereotipados quanto aos alunos desenvolvam as capacidades que lhes per-
papéis do homem e da mulher, como, por exemplo, mitam produzir e usufruir dos bens culturais, sociais
que à mulher cabe cuidar da casa e dos 昀椀lhos e que e econômicos.” Nessa abordagem, os conteúdos e o
ao homem cabe o sustento da família e a tomada tratamento que a eles deve ser dado:
de decisões.
Ⓒ Para manter os estereótipos que surgem entre as Ⓐ Assumem papel secundário, uma vez que o papel
próprias crianças, fruto do meio em que vivem. central do processo pedagógico é a formação huma-
Ⓓ Para incentivar a divisão entre meninos e meni- na e não a intelectual.
nas nas salas de aula e nas brincadeiras. Ⓑ Adquirem papel central, uma vez que é por meio
deles que os propósitos da escola são operacionali-
Grau de Di昀椀culdade zados, ou seja, manifestados em ações pedagógicas.
Ⓒ Ganham caráter de legitimidade, impondo uma
Alternativa A: INCORRETA. Os Referenciais Curricu- compreensão quase mecânica dos conceitos a se-
lares Nacionais da Educação Infantil defendem a rem aprendidos.
transmissão, por meio de ações e encaminhamen- Ⓓ Adquirem sentido de acordo com o planejamento
tos, valores de igualdade e respeito entre as pessoas inicial, que não deve ser alterado até o 昀椀nal do ciclo.
de sexos diferentes.
Alternativa B: CORRETA. Os Referenciais Curriculares Grau de Di昀椀culdade
Nacionais da Educação Infantil defendem: “No que
concerne a identidade de gênero, a atitude básica é Alternativa A: INCORRETA. Os Parâmetros Curricula-
transmitir, por meio de ações e encaminhamentos, res Nacionais, tanto nos objetivos educacionais que
valores de igualdade e respeito entre as pessoas de propõem quanto na conceitualização do signi昀椀cado
sexos diferentes e permitir que a criança brinque das áreas de ensino e dos temas da vida social con-
com as possibilidades relacionadas tanto ao papel temporânea que devem permeá-las, adotam como
de homem como ao da mulher. Isso exige uma aten- eixo o desenvolvimento de capacidades do aluno,
ção constante por parte do professor, para que não processo em que os conteúdos curriculares atuam
sejam reproduzidos, nas relações com as crianças, não como 昀椀ns em si mesmos, mas como meios para
132 Currículo
134 Currículo
136 Currículo
II. Com a prática social. II. A educação de qualidade, como um direito fun-
damental, é antes de tudo, relevante, pertinen-
Ⓐ I e II estão corretas. te e equitativa.
Ⓑ Apenas I está correta. III. A relevância da educação de qualidade repor-
Ⓒ Apenas II está correta. ta-se à promoção de aprendizagens signi昀椀ca-
Ⓓ I e II estão incorretas. tivas do ponto de vista das exigências sociais e
de desenvolvimento pessoal.
Grau de Di昀椀culdade IV. A pertinência da educação de qualidade refere-
-se à possibilidade de atender às necessidades
Alternativa A: CORRETA. As Diretrizes Curriculares e às características dos estudantes de diversos
Nacionais Gerais para a Educação Básica surge pela contextos sociais e culturais e com diferentes
necessidade de atualizar as políticas educacionais capacidade e interesses.
que consubstanciem o direito de todo brasileiro à
formação humana e cidadã, como também à forma- Estão corretas as a昀椀rmativas.
ção pro昀椀ssional, na vivência e convivência em am-
biente educativo. Ⓐ I, II e III apenas.
Alternativa B: INCORRETA. A elaboração das Diretri- Ⓑ II, III e IV apenas.
zes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Ⓒ I, III e IV apenas.
Básica pressupõe clareza em relação ao seu papel Ⓓ I, II, III e IV.
de indicador de opções políticas, sociais, culturais,
educacionais, e a função da educação, na sua rela- Grau de Di昀椀culdade
ção com os objetivos constitucionais de projeto de
Nação, fundamentando-se na cidadania e na digni- Alternativa A: INCORRETA. Ao lado das políticas uni-
dade da pessoa, o que implica igualdade, liberdade, versais, dirigidas a todos sem requisito de seleção,
pluralidade, diversidade, respeito, justiça social, so- é preciso também sustentar políticas reparadoras
lidariedade e sustentabilidade. (BRASIL, 2013) que assegurem maior apoio aos diferentes grupos
Alternativa C: INCORRETA. As DCNs surgem com a sociais em desvantagem. (BRASIL, 2013)
intenção de reinventar a Educação Básica: priorizar Alternativa B: INCORRETA. A garantia do Ensino Fun-
processos capazes de gerar sujeitos inventivos, par- damental de qualidade para todos está intimamente
ticipativos, cooperativos, preparados para diversi昀椀- relacionada ao caráter inclusivo da escola e à redu-
cadas inserções sociais, políticas, culturais, laborais ção da pobreza, ao mesmo tempo em que tem um
e, ao mesmo tempo, capazes de intervir e problema- papel importante nesse processo. As políticas edu-
tizar as formas de produção e de vida. cacionais só surtirão efeito se articuladas a outras
Alternativa D: INCORRETA. A própria LDB – Lei de Di- políticas públicas no campo da saúde, habitação,
retrizes e Bases Nacionais da Educação no ser, Art. emprego, dentre outros, porque essas políticas de-
2º têm como foco o pleno desenvolvimento da pes- pendem umas das outras, pelo estreito relaciona-
soa, a preparação para o exercício da cidadania e a mento que mantêm entre si. (BRASIL, 2013)
quali昀椀cação para o trabalho. Alternativa C: INCORRETA. Em documento de 2007,
a Organização das Nações Unidas para a Educação,
51. Questão a Ciência e a Cultura (UNESCO), ao entender que a
qualidade da educação é também uma questão de
(PREF. DE ANDRADAS - IBGP - 2017) Sobre as diretrizes cur- direitos humanos, defende conceito semelhante
riculares nacionais para o ensino fundamental de 9 quando reporta que além de e昀椀cácia e da e昀椀ciente,
anos analise as a昀椀rmativas a seguir: advoga que a educação de qualidade, como um di-
reito fundamental, deve ser antes de tudo relevante,
I. O ensino fundamental deve comprometer- pertinente e equitativa.
-se com uma educação com qualidade social, Alternativa D: CORRETA. Os conhecimentos escola-
igualmente entendida como direito humano. res podem ser compreendidos como o conjunto de
conhecimentos que a escola seleciona e transforma,
no sentido de torná-los passíveis de serem ensina- todos (Art. 3º, incisos II e IV da Constituição Fede-
dos, ao mesmo tempo em que servem de elementos ral) são compromissos a serem perseguidos pelos
para a formação ética, estética e política do aluno. sistemas de ensino e pelos professores também na
Por isso que, nenhuma ação escolar deve estar des- Educação Infantil.
vinculada da formação social do indivíduo. Alternativa D: INCORRETA. A instituição de Educação
Infantil organiza seu currículo, que pode ser enten-
52. Questão dido como as práticas educacionais organizadas em
torno do conhecimento e em meio às relações so-
(PREF. FORTALEZA - PREF. FORTALEZA - 2017) Segundo o Art. 7º ciais que se travam nos espaços institucionais, e que
das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educa- afetam a construção das identidades das crianças.
ção Infantil (BRASIL, 2009), “a proposta pedagógica Por expressar o projeto pedagógico da instituição
das instituições de Educação Infantil deve garantir em que se desenvolve, englobando as experiências
que elas cumpram plenamente sua função socio- vivenciadas pela criança, o currículo se constitui um
política e pedagógica”, fazendo opções claras pelos instrumento político, cultural e cientí昀椀co coletiva-
princípios de liberdade, de tolerância, de cuidado mente formulado (MEC, 2009).
com a vida, de solidariedade e de responsabilidade
na construção do bem comum. Aponte a ÚNICA alter- 53. Questão
nativa que exempli昀椀ca uma função social da escola.
(PREF. FORTALEZA - PREF. FORTALEZA - 2017) Segundo Connell
Ⓐ Ofertar condições e recursos para que as crianças (1993 apud Moreira e Candau, 2003), uma justiça cur-
usufruam seus direitos civis, humanos e sociais. ricular pautada por princípios como os interesses
Ⓑ Assumir a responsabilidade pela a educação e o dos menos favorecidos, a participação e escolari-
cuidado das crianças pequenas em espaços extraes- zação comum, e a produção histórica da igualdade,
colares. ainda está longe de ser alcançada. Para o autor, o
Ⓒ Possibilitar a convivência das crianças com clas- critério da justiça curricular é:
ses sociais diferentes da sua, ampliando sua visão
de mundo. Ⓐ o fortalecimento da cultura das minorias em de-
Ⓓ Promover oportunidade educacional e acesso aos trimento de uma cultura elitizada e desprovida de
níveis escolares segundo o potencial de cada crian- sentido para as classes populares.
ça. Ⓑ a igualdade na distribuição curricular de temáti-
cas relacionadas tanto ao saber das classes popula-
Grau de Di昀椀culdade res quanto ao conhecimento cientí昀椀co.
Ⓒ o grau em que uma estratégia pedagógica produz
Alternativa A: CORRETA. No que diz respeito ao cum- menos desigualdade no conjunto de relações sociais
primento da função sociopolítica e pedagógica no ao qual o sistema educacional está ligado.
âmbito da Educação Infantil, as Diretrizes Curricu- Ⓓ o nível de adequação das práticas curriculares
lares Nacionais para a Educação Infantil apontar a aos conhecimentos prévios dos alunos vindos das
necessidade de oferecer as melhores condições e classes menos favorecidas e minorias étnicas.
recursos construídos histórica e culturalmente para
que as crianças usufruam de seus direitos civis, hu- Grau de Di昀椀culdade
manos e sociais e possam se manifestar e ver essas
manifestações acolhidas, na condição de sujeito de Alternativa A: INCORRETA. O reconhecimento da
direitos e de desejos. constituição plural das crianças brasileiras, no que
Alternativa B: INCORRETA. A proposta curricular da se refere à identidade cultural e regional e à 昀椀liação
escola deve assumir a responsabilidade pela educa- socioeconômica, étnico-racial, de gênero, regional,
ção e o cuidado das crianças pequenas em espaços linguística e religiosa, é central à garantia de uma
escolares. educação comprometida com os direitos das crian-
Alternativa C: INCORRETA. A redução das desigual- ças.
dades sociais e regionais e a promoção do bem de
138 Currículo
CURRÍCULO PRESCRITO
CURRÍCULO APRESENTADO
AOS PROFESSORES
CURRÍCULO MODELADO
PELOS PROFESSORES
CAMPO ECONÔMICO,
CURRÍCULO EM AÇÃO CONDICIONAMENTOS POLÍTICO, SOCIAL, CULTURAL
ESCOLARES E ADMINISTRATIVO
CURRÍCULO REALIZADO
EFEITOS COMPLEXOS
EXPLÍCITOS-OCULTOS
CURRÍCULO AVALIADO
A respeito a dessa 昀椀gura, assinale a alternativa cor- Alternativa A: INCORRETA. A 昀椀gura apresenta, inicial-
reta. mente, uma ideia de verticalidade no processo de
elaboração do currículo, partindo do prescrito para
Ⓐ Refere-se a um modelo normativo de昀椀nido pelo o avaliado. Entretanto, tais etapas curriculares não
autor, que acredita que as decisões do currículo de- podem perder de vista a construção socio-histórico-
vem se con昀椀gurar de maneira vertical. -cultural dos sujeitos.
Ⓑ Refere-se a um modelo de interpretação do cur- Alternativa B: CORRETA. O processo de desenvolvi-
rículo como algo construído no cruzamento de in- mento do currículo deve ser percebido através das
昀氀uências e campos de atividades diferenciados e in昀氀uências sociais, históricas e culturais. Da mesma
inter-relacionados. forma que, precisa atender os campos de atividades
Ⓒ Ao representar os condicionamentos escolares, o diferenciados e inter-relacionados na elaboração
autor se apoia na perspectiva do re昀氀exo condicio- curricular.
nado, focando, sobretudo, na relação Estímulo-Res- Alternativa C: INCORRETA. Re昀氀exo condicionado e a
posta. relação Estímulo-Resposta são aspectos discutidos
Ⓓ O autor aponta o termo “currículo” moldado pelos e apresentados na Teoria do Comportamento, a qual
professores para se referir à falta de formação conti- tem como teórico fundamental Skinner, defensor
nuada dos pro昀椀ssionais da educação, que, desatua- das práticas pedagógicas como necessárias para a
lizados, não aplicam o currículo prescrito. modelagem do comportamento adequado.
Ⓔ A 昀椀gura aponta que, em uma perspectiva pós-mo- Alternativa D: INCORRETA. O currículo prescrito será
derna, o currículo se molda de várias maneiras, por aquele que servirá como norteador da elaboração
isso, atualmente, não faz mais sentido falar em cur- das propostas curriculares no campo educacional
rículo na educação, descaracterizando esta área na por parte das escolas e professores na execução de
educação. tais propostas.
Alternativa E: INCORRETA. Em uma perspectiva pós-
Grau de Di昀椀culdade -moderna, o currículo necessita ser articulado com
todas as mudanças sociais atuais, respeitando e
140 Currículo
atendendo todos os sujeitos em suas diversas cul- ocorrência, pode contribuir para um desenvol-
turas e facetas. Por isso, o conceito de multicultu- vimento educacional negativo na criança.
ralismo se faz presente nas discussões teóricas e IV. A construção da escrita e da leitura não tem
práticas do currículo. idade para começar, tudo depende da maturi-
dade dos alunos, mas essa aprendizagem sis-
56. Questão têmica pode muito bem começar na Educação
Infantil para que posteriormente a criança con-
(PREF. TRÊS FRONTEIRAS/SP - INSTITUTO EXCELÊNCIA - 2017) O Re- siga um maior desenvolvimento e um melhor
ferencial Curricular Nacional para a Educação Infan- rendimento nas aulas e, consequentemente,
til (1998, p. 18) fundamenta-se no reconhecimento em sua alfabetização.
da criança como cidadã e na família como unidade
referencial. Nela, a criança é vista num contexto Assinale a alternativa correta:
amplo, interdisciplinar e interinstitucional, median-
te a proposição de ações que se complementam e Ⓐ São verdadeiras I e IV apenas.
se inter-relacionam num trabalho de construção e Ⓑ São verdadeiras II e III apenas.
cooperação, visando ao atendimento de suas neces- Ⓒ São verdadeiras II, III e IV apenas.
sidades globais. Assim sendo, a apropriação da lin- Ⓓ Nenhuma das alternativas.
guagem escrita na Educação Infantil designa o pro-
cesso educativo por meio do qual as crianças vão Grau de Di昀椀culdade
expandindo seus conhecimentos e suas experiên-
cias relacionadas à cultura escrita. Esse processo Alternativa A: INCORRETA. A escola é fundamental,
pressupõe situações de aprendizagem planejadas, porém, não é a única responsável pelo ensino do
sequenciadas, sistematizadas e desenvolvidas por registro verbal e cultural da criança na etapa da
pro昀椀ssionais quali昀椀cados e devidamente habilita- educação infantil. Entretanto, ao se falar em escri-
dos, que, de um lado, garantam o contato cotidiano ta e leitura, deve ser respeitado o tempo e ritmo da
das crianças com variados suportes e gêneros dis- criança partindo da sua individualidade.
cursivos orais e escritos e, de outro lado, incenti- Alternativa B: INCORRETA. Apesar da aprendizagem
vem a curiosidade, a exploração, o encantamento, da fala pelas crianças não se dá de forma desarticu-
o questionamento e o conhecimento das crianças lada com a re昀氀exão, o pensamento, a explicitação de
sobre a linguagem escrita. seus atos, sentimentos, sensações e desejos. (BRA-
De acordo com o contexto apresentado, julgue as SIL, 1998) A construção da escrita e da leitura não
assertivas: tem idade para começar, tudo depende da maturi-
dade dos alunos.
I. A escola é a única e principal responsável pelo Alternativa C: CORRETA. De acordo com o RCNEI
ensino do registro verbal e cultural da criança (1998), para aprender a escrever, a criança terá de li-
na etapa da educação infantil. dar com dois processos de aprendizagem paralelos:
II. Durante o processo de construção da escri- o da natureza do sistema de escrita da língua – o que
ta, a criança formula diversas hipóteses sobre a escrita representa e como – e o das características
a representação grá昀椀ca de sua fala, mas nem da linguagem que se usa para escrever. A aprendiza-
sempre essa fase é compreendida pelos edu- gem da linguagem escrita está intrinsicamente as-
cadores, o que pode acabar comprometendo a sociada ao contato com textos diversos, para que as
sólida formação do educando. crianças possam construir sua capacidade de ler, e
III. O processo da construção da escrita deve ser às práticas de escrita, para que possam desenvolver
realizado de maneira sólida e e昀椀caz, princi- a capacidade de escrever autonomamente. Por isso,
palmente pelo fato desta ser responsável pelo o educador precisa estar atento a tais processos,
progresso social do indivíduo. Por isso, cabe respeitando o tempo e ritmo de cada criança e efeti-
ao educador se preocupar com a efetivação de vando as práticas de leitura e escrita na sala de aula.
tal prática em sala, pois, dependendo de sua Alternativa D: INCORRETA. Na educação infantil, a
oralidade, a leitura e a escrita devem ser trabalha-
das de forma integrada e complementar, potenciali- lidades – corporais, afetivas, emocionais, esté-
zando-se os diferentes aspectos que cada uma des- ticas e éticas.
sas linguagens solicita das crianças. (BRASIL, 1998) IV. Detectar os conhecimentos prévios das crian-
ças não é tarefa do professor. Isso implica que
57. Questão o professor estabeleça estratégias didáticas
próprias para desenvolver as atividades coti-
(PREF. TRÊS FRONTEIRAS/SP - INSTITUTO EXCELÊNCIA - 2017) No dianas.
que diz respeito à Arte na Educação Infantil, o Re-
ferencial Curricular para Educação Infantil (RCNEI) Mediante o exposto, assinale a alternativa correta:
diz que: “[...] tal como a música, as Artes Visuais são
linguagens, e, portanto uma das formas importan- Ⓐ São verdadeiras II e IV apenas.
tes de expressão e comunicação humanas, o que, Ⓑ São verdadeiras II e III apenas.
por si só, justi昀椀ca sua presença no contexto da edu- Ⓒ São verdadeiras I, II e III apenas.
cação, de um modo geral, e na Educação Infantil, Ⓓ Nenhuma das alternativas.
particularmente.” (BRASIL, 1998c, p.85) De acordo
com as propostas pedagógicas da educação infan- Grau de Di昀椀culdade
til, devem-se respeitar princípios estéticos, vol-
tando-se para diferentes manifestações artísticas Alternativa A: INCORRETA. As práticas pedagógicas
e culturais que considerem a diversidade cultural, precisam partir dos conhecimentos prévios dos alu-
religiosa, étnica, econômica e social do país. A di- nos, ou seja, é necessário o levantamento do que
mensão lúdica e a dimensão estética são condições eles já sabem sobre determinados conteúdos ou
fundamentais para a formação humana e, assim, conceitos a partir do seu conhecimento de mundo.
ter um olhar diferenciado sobre as produções ar- Alternativa B: INCORRETA. A educação infantil pre-
tísticas das crianças da Educação Infantil. Perce- cisa ser trabalhada a partir do reconhecimento e
bendo-a como uma manifestação de seu desenvol- promoção de diferentes linguagens, favorecendo às
vimento cognitivo e afetivo pode ser um diferencial crianças o domínio paulatino de vários gêneros e
deste segmento educacional. formas de expressão, bem como vivências com ou-
tras crianças e grupos culturais.
I. As práticas pedagógicas que compõem a pro- Alternativa C: CORRETA. As artes visuais, assim como
posta curricular na educação da primeira in- os outros eixos na educação infantil, devem estimu-
fância devem reconhecer e promover a imersão lar a imaginação das crianças através da exploração
das crianças em diferentes linguagens e favo- de diversos materiais que conotem a aproximação
recer o domínio paulatino de vários gêneros e com o mundo que as cercam, desenvolvendo-se em
formas de expressão, bem como vivências com suas múltiplas potencialidades – corporais, afetivas,
outras crianças e grupos culturais. emocionais, estéticas e éticas.
II. É importante garantir ambientes em que sejam Alternativa D: INCORRETA. O cotidiano da escola de
respeitadas as especi昀椀cidades das crianças na Educação Infantil é permeado por práticas expres-
educação infantil, bem como dos saberes que sivas com linguagens artísticas. Essas linguagens
elas portam quando chegam às creches e pré- são instrumentos de comunicação usuais na ação
-escolas e aqueles que constroem durante o da criança sobre o mundo e no fazer pedagógico do
tempo de permanência nesses espaços. professor. Os professores, para atender às deman-
III. É importante também que as salas de aula das de comunicação com as crianças, fazem usos
sejam organizadas de forma adequada às das linguagens artísticas voltadas para os mais va-
crianças, tornando-se ambientes prazerosos e riados objetivos. (PONTES, 2001)
agradáveis, que valorizem a criatividade e a es-
pontaneidade dos educandos. Essas são condi- 58. Questão
ções importantes para que as crianças possam,
por meio de situações pedagógicas dirigidas, (PREF. TRÊS FRONTEIRAS/SP - INSTITUTO EXCELÊNCIA - 2017) As
desenvolverem-se em suas múltiplas potencia- Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação In-
142 Currículo
criança de zero a seis anos, a prática pedagógica principais meios de expressão que possibilita a in-
e o processo de apropriação da linguagem escrita. vestigação e a aprendizagem sobre as pessoas e o
Em razão disso, o Ministério da Educação – MEC –, mundo. Quando se valoriza o brincar, é necessário
comprometido com a construção e a disponibiliza- espaços e brinquedos que favoreçam a brincadeira
ção de referências para que a professora da educa- como a atividade com maior ocupação na rotina es-
ção infantil seja autora de uma prática pedagógica colar de educação infantil. (BRASIL, 2012).
que respeite a criança e o seu direito de frequentar Alternativa B: CORRETA. Considera a Lei nº 9.394/96,
creches e pré- escolas de qualidade, elegeu como em seu artigo 22, que a Educação Infantil é parte in-
temas a serem problematizados, a partir da Revisão tegrante da Educação Básica, cujas 昀椀nalidades são
das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educa- desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação
ção Infantil (Parecer CNE/CEB 20/2009 e Resolução comum indispensável para o exercício da cidadania
CNE/CEB Nº05/2009), a leitura, a escrita e as práti- e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e
cas pedagógicas destinadas a crianças de zero a seis em estudos posteriores. Essa dimensão de institui-
anos. Nesta abordagem, a concepção que se preten- ção voltada à introdução das crianças na cultura e
de a昀椀rmar como referência para o trabalho com a à apropriação por elas de conhecimentos básicos
linguagem escrita na educação infantil se baseia nos requer tanto seu acolhimento quanto sua adequada
seguintes pressupostos: interpretação em relação às crianças pequenas.
Alternativa C: INCORRETA. A Educação Infantil é a
I. A educação infantil tem uma identidade pró- primeira etapa da Educação Básica e tem como 昀椀na-
pria, constituída a partir das características dos lidade o desenvolvimento integral da criança de zero
sujeitos aos quais ela se destina. a cinco anos de idade em seus aspectos físico, afeti-
II. O trabalho com a linguagem escrita deve res- vo, intelectual, linguístico e social, complementando
peitar a criança como produtora de cultura. As a ação da família e da comunidade (Lei nº 9.394/96,
práticas discursivas orais das crianças in昀氀uen- art. 29).
ciam o processo de apropriação da linguagem Alternativa D: INCORRETA. Segundo o Parecer CNE/
escrita e sofrem in昀氀uências desse processo. CEB 20/2009 e Resolução CNE/CEB Nº05/2009, o
III. A brincadeira, forma privilegiada de a criança currículo da Educação Infantil é concebido como
se manifestar e produzir cultura, é o elemento um conjunto de práticas que buscam articular as
central para a constituição da ação educacional experiências e os saberes das crianças com os co-
e deve ser entendida como fonte de conheci- nhecimentos que fazem parte do patrimônio cultu-
mento sobre a criança e sobre seu processo de ral, artístico, cientí昀椀co e tecnológico. Tais práticas
apropriação e de produção de cultura. são efetivadas por meio de relações sociais que as
IV. Entendendo a criança como um sujeito de direi- crianças, desde bem pequenas, estabelecem com os
tos, a creche e a pré-escola devem ser espaços professores e as outras crianças, e afetam a constru-
de garantia do direito apenas da leitura e da ção de suas identidades.
escrita.
60. Questão
Assinale a alternativa correta:
(PREF. MUN. DE TAQUARITUBA/SP - INSTITUTO EXCELÊNCIA - 2017)
Ⓐ São verdadeiras I, II e IV apenas. O termo “currículo” é encontrado em registros do sé-
Ⓑ São verdadeiras I, II e III apenas. culo XVII, sempre relacionado a um projeto de con-
Ⓒ São verdadeiras I, III e IV. trole do ensino e da aprendizagem, ou seja, da ati-
Ⓓ Nenhuma das alternativas. vidade prática da escola. Desde os seus primórdios,
currículo envolvia uma associação entre o conceito
Grau de Di昀椀culdade de ordem e método, caracterizando-se como um
instrumento facilitador da administração escolar. A
Alternativa A: INCORRETA. O manual de orientação visão de conjunto dos componentes curriculares do
pedagógica Brinquedos e Brincadeiras de creche de- ensino obrigatório parte do âmbito legal, passando
fende que a brincadeira é, para a criança, um dos pelas 昀椀nalidades do sistema educacional, de昀椀nidas
144 Currículo
146 Currículo
148 Currículo
RESUMO PRÁTICO
Prezado(a) leitor(a), esta seção destina-se a res- jovens, que tampouco se esgota na parte explícita
gatar e sintetizar os aspectos mais importantes ao do projeto de socialização cultural nas escolas. Ou
tema “Currículo” que foram comentados no decorrer seja, o currículo não é um conceito, mas uma cons-
deste capítulo com o objetivo de auxiliar na aprendi- trução cultural. Isto é, não se trata de um conceito
zagem desse conteúdo. Este resumo apresentará os abstrato que tenha algum tipo de existência fora
tópicos de forma breve com a discussão do conceito e previamente à experiência humana. É, antes, um
de currículo, um panorama histórico das teorias que modo de organizar uma série de práticas educativas.
representam o currículo e a prática deste nas es-
colas. Pontos estes considerados importantes para Panorama histórico dos enfoques teóricos
facilitar a compreensão do estudo do leitor(a). O currículo, por ter base ideológica, é reconhe-
cido e apresentado sob a base de três vertentes: a
Conceituação de currículo epistemologia tradicional, que defende a ideia do
Sempre existiu currículo, mesmo antes da deno- currículo preparatório para atender ao mercado de
minação. A palavra curriculum signi昀椀ca “organização trabalho; teoria crítica, que defende a ideia de que
e método”. O termo surge como campo especializa- não há neutralidade do currículo, e a teoria pós-crí-
do de estudos devido à: tica, que aborda as diversas linguagens incluídas no
• Educação como objeto próprio de estudo cien- campo do currículo. Apresentaremos a seguir um
tí昀椀co; pouco de cada uma delas:
• Extensão de educação escolarizada;
• Processo crescente de industrialização e urba- Teoria tradicional
nização.
No século XIX, na França, inicia a institucionali-
O currículo ganha força na discussão entre ver- zação do ensino, o que resulta em novas interven-
tentes: Bobbit, que defendia a educação com obje- ções e preocupações com as práticas escolares.
tivos de uma empresa ou indústria, e Dewey, que Dessa forma, diferentes forças políticas, econômicas
estava muito mais preocupado com a construção de e culturais procuravam moldar os objetivos e as for-
democracia. Modelos tecnocráticos e progressistas mas de educação da massa. Há uma preocupação e
surgem como reação ao currículo clássico, humanis- direcionamento para que os objetivos do sistema
ta, sem interesse de questionar os arranjos educa- educacional sejam equiparados às habilidades ne-
cionais e as formas dominantes de conhecimento. cessárias para a pro昀椀ssão na vida adulta.
Para Moreira e Tadeu (2013), o currículo: De acordo com a visão tradicional do currículo,
[...] não é um elemento inocente e neutro de este deveria ser neutro, tendo como principal foco
transmissão desinteressada do conhecimento social. garantir que a escola funcionasse como uma fábri-
O currículo está implicado em relações de poder, o ca. Portanto, a escola deveria identi昀椀car de forma
currículo transmite visões sociais particulares e inte- precisa e de acordo com as necessidades da vida
ressadas, o currículo produz identidades individuais adulta, os resultados/objetivos que deseja obter
e sociais particulares. O currículo não é um elemento (currículo), os métodos para conseguir (ensino) e as
transcendente e atemporal, ele tem uma história vin- formas de mensuração precisa do trabalho realiza-
culada a formas especí昀椀cas e contingentes de orga- do (avaliação). Reforça Silva (2005, p. 3) ao dizer que
nização da sociedade e da educação. o currículo é visto como a especi昀椀cação precisa de
Corrobora Macedo (2009) ao dizer que o currícu- objetivos, procedimentos e métodos, visando à ob-
lo é uma práxis antes que um objeto estático ema- tenção de resultados que possam ser rigorosamente
nado de um modelo coerente de pensar a educação mensurados.
ou as aprendizagens necessárias das crianças e dos
150 Currículo
gem desquali昀椀cada, sua origem diminuída. Reforça • Para Pinar, permite focalizar o concreto, o sin-
Silva (2013, p. 60) dizendo que: gular, o situacional, o histórico da vida. Permite
[...] o resultado é que as crianças e jovens das conectar o individual ao social de uma forma
classes dominantes são bem-sucedidas na escola, o que outras perspectivas não fazem.
que lhes permite o acesso aos graus superiores do
sistema educacional. As crianças e jovens das classes A teoria marxista, apesar de ser considerada
dominadas, em troca, só podem encarar o fracasso, uma teoria crítica, analisa o currículo pelo viés es-
昀椀cando pelo caminho. trutural e relacional com as estruturas econômicas
e sociais, ou seja, considera que o currículo não é
Os reconceptualistas corpo neutro, inocente e desinteressado. É através
O movimento de reconceptualização exprimia da crítica por Michael Apple que surge a ideia de
uma insatisfação crescente de pessoas do campo do currículo oculto, o que aparece em segunda instân-
currículo com os parâmetros tecnocráticos estabele- cia na produção do currículo ‒ o ensino implícito.
cidos pelos modelos de Bobbitt e Tyler, tratando-se Para Apple, a questão não é saber qual conhe-
de desa昀椀ar tais modelos técnicos dominantes. cimento é verdadeiro, e sim, qual conhecimento é
Os reconceptualistas defendiam as teorias so- considerado verdadeiro. Dessa forma, a preocupa-
ciais (fenomenologia, hermenêutica, autobiográ昀椀- ção é com os conhecimentos tidos como legítimos
ca), procuravam lançar mão de estratégias analíticas em detrimento de outros, vistos como ilegítimos,
que permitissem colocar em xeque as compreen- justamente por defender a ideia de que o currículo é
sões naturalizadas do mundo social e, em particular, selecionado pelo resultado de um processo que re-
da pedagogia e do currículo. Ao mesmo tempo que 昀氀ete os interesses particulares das classes e grupos
teciam críticas e distanciamento dos marxistas por dominantes.
considerar o movimento muito mais subjetivo do
que com objetivos políticos. Vamos entender um Teoria pós-crítica
pouco sobre cada um desses movimentos: Nos meados do século XXI surgem as teorias
pós-críticas que direcionam suas bases para um cur-
Fenomenologia: rículo no qual se vincula conhecimento, identidade
• Sua perspectiva tem ênfase nas experiências, e poder com temas de gênero, raça, etnia, sexuali-
no mundo vivido, nos signi昀椀cados subjetivos e dade, subjetividade, multiculturalismo, entre outros.
intersubjetivos; A visão pós-crítica distingue o currículo como
• Os estudantes são encorajados a aplicar à sua uma linguagem dotada de signi昀椀cados, imagens, fa-
própria experiência, ao seu próprio mundo vi- las, posições discursivas e, nesse contexto, destaca
vido; que nas margens do discurso curricular se comuni-
• O currículo é visto como experiência e como cam códigos distintos, histórias esquecidas, vozes
local de interrogação e questionamento da ex- silenciadas que, por vezes, tomam parte com o esta-
periência. belecido, regulamentado e autorizado.
Hermenêutica: Importante
• Existe uma múltipla interpretação dos signi昀椀- • Não toma a realidade tal como ela é, mas sim
cados; como que os discursos sobre elas dizem como
• Interpretação dos fatos, realidade, ações; ela deveria ser;
• Estratégias de interpretação dos dados. • A realidade não poderá ser concebida fora dos
processos linguísticos de signi昀椀cação;
Autobiográ昀椀ca: • O poder é ainda importante, mas encontra-se
• Permite investigar as formas pelas quais a sub- descentrado, “espalhando por toda a rede so-
jetividade e identidade são formadas; cial”;
• O currículo deve ser compreendido como uma • Com as teorias pós-críticas, o mapa do poder é
atividade que não se limita à vida escolar, mas ampliado para incluir os processos de domina-
à vida inteira;
ção centrados na raça, na etnia, no gênero, na tura, de graduação plena. Disponível em: http://
sexualidade. portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/res1_2.
pdf. Acesso em 12 de Novembro de 2017.
Currículo Em Prática 3. BRASIL, Resolução CNE/CP Nº 1, de 15 de Maio
O currículo é entendido como um conjunto de de 2006, Diretrizes Curriculares Nacionais para o
disciplinas, programas, planos de estudos e objeti- Curso de Graduação em Pedagogia, licenciatura.
vos. O currículo deve ir além de uma seleção de ma- Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/ar-
teriais e conteúdos, ou seja, deve transmitir o legado quivos/pdf/rcp01_06.pdf. Acesso em: 12 de No-
histórico e social, adquirindo assim um saber cultu- vembro de 2017.
ral da sociedade fundamental no seu papel social. 4. BRASIL, Constituição (1988). Constituição da Re-
Partindo do pressuposto de que o currículo não pública Federativa do Brasil [recurso eletrônico].
se contempla com uma mera seleção de conteúdos Brasília: Supremo Tribunal Federal, Secretaria de
justapostos ou desordenados, sem critério algum, o Documentação, 2017. Disponível em: http://www.
currículo não deve se esgotar em si mesmo, deixan- stf.jus.br/arquivo/cms/legislacaoConstituicao/
do antever um fenômeno inacabado e sempre di- anexo/CF.pdf Acesso em: 12 de Novembro de
nâmico, por isso, os conteúdos são planejados para 2017.
formar de fato um currículo escolar. 5. BUSTAMANTE, G. O. Por uma vivência escolar lú-
O currículo escolar tem como eixo fundamental dica. In: SCHWARTZ, G. M. (Org.). Dinâmica lúdica:
a construção de saberes educacionais, conhecimen- novos olhares. Barueri: Manole Ltda., 2004.
to social, a valorização dos saberes popular e a críti- 6. GIROUX, Henry. Teoria Crítica e Resistência em
ca as concepções da sociedade. O currículo tem ação Educação. Para além das teorias de
direta e indireta na formação e no desenvolvimento 7. reprodução. Tradução de Ângela Maria B. Biaggio.
do aluno, por isso, é um conjunto de experiências Petrópolis: Vozes, 1986.
possíveis e imagináveis organizado com a 昀椀nalidade 8. KURATANI, S. U. O lúdico: forma prazerosa de
de formar jovens e crianças em processo de apren- aprender. 2004. Trabalho de Conclusão de Cur-
dizagem, ou seja, constituído de: so (Graduação). Curso de Pedagogia. Faculdade
• Saberes: conhecimentos; A昀椀rmativo, Cuiabá, 2004.
• Conteúdos: que devem ser aprendidos e ensi- 9. Macedo, Elizabeth. Como a diferença passa do
nados (contexto); centro à margem nos currículos: o caso dos PCN.
• Práticas: como é oferecido (métodos de ensino Educação & Sociedade, Campinas, n. 106, p. 23-
e aprendizagem); 43, 2009.
• Aprendizagem signi昀椀cativa: avaliação visando a 10. MELLO, F. E. C. Alfabetização na educação de jo-
promoção/avaliação; vens e adultos: uma re昀氀exão sobre a importân-
• Recursos usados: por exemplo, livros usados cia da ludicidade. 2004. Disponível em: http://
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Estabelece as diretrizes e bases da educação perspectiva metodológica na pesquisa ambien-
nacional. Brasília: 1996. Disponível em: http:// tal. Disponível em: http://www.ufrj.br/leptrans/
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152 Currículo
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tera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996,
que estabelece as diretrizes e bases da educa-
ção nacional, para incluir no currículo o昀椀cial da
Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática
"História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras
providências. Disponível em: http://etnicoracial.
mec.gov.br/images/pdf/lei_10639_09012003.pdf
Acesso em 16 de junho de 2016.
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sobre a educação ambiental, institui a Política
Nacional de Educação Ambiental e dá outras
providências. Disponível em: http://www.planal-
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New York: McGraw-Hill. Traduzido por: RIBEIRO,
António Carrilho. Desenvolvimento Curricular.
Texto Editora, Lisboa, 1992;
154 Currículo
Educação Pro昀椀ssional Técnica de Nível Médio, no ca- nar ao estudante conhecimentos, saberes e compe-
pítulo I – quanto ao Objeto e Finalidade da Educação tências pro昀椀ssionais necessários ao exercício pro昀椀s-
Técnica e pro昀椀ssional, dispõe, no artigo 5º, sobre a sional e da cidadania, com base nos fundamentos
昀椀nalidade dos cursos de Educação Pro昀椀ssional Téc- cientí昀椀co-tecnológicos, sócio-históricos e culturais,
nica de Nível Médio, discorre sobre competências e diz respeito ao(à). Tal disposição está relacionada à
saberes necessários ao exercício pro昀椀ssional e da 昀椀nalidade dos cursos de Educação Pro昀椀ssional Téc-
cidadania, alicerçados aos fundamentos cientí昀椀co- nica de Nível Médio.
-tecnológicos, sócio-históricos e culturais.
Alternativa B: INCORRETA. O Presidente da Câmara de 04. Questão
Educação Básica do Conselho Nacional de Educação
tem como objetivo, constituir comissões especiais (UFCA - CCV - 2014) A educação pro昀椀ssional e tecnoló-
temporárias, as quais tem a função de examinar os gica:
problemas da Educação Infantil, do Ensino Funda-
mental, da Educação Especial e do Ensino Médio e Ⓐ integra-se aos diferentes níveis e modalidades de
Tecnológico; oferecendo sugestões para solucioná- educação e às dimensões do trabalho, da ciência e
-los; analisar e emitir parecer sobre os resultados da tecnologia.
dos processos de avaliação dos diferentes níveis e Ⓑ enquanto modalidade da educação e do ensino
modalidades; deliberar sobre as diretrizes curricula- 昀椀ca restrita ao ensino médio e, quando ofertada em
res propostas pelo MEC; colaborar na preparação do nível técnico, será efetivada somente na modalidade
PNE e acompanhar sua execução; assessorar o MEC e à distância.
manter intercâmbio com os sistemas de ensino dos Ⓒ será ofertada com exclusividade na modalidade à
Estados e do Distrito Federal, acompanhando a exe- distância àqueles que não tiveram acesso ou conti-
cução dos respectivos planos de educação e analisar nuidade de estudos no ensino fundamental e médio
as questões relativas à aplicação da legislação da na idade própria.
Educação Básica. Ⓓ enquanto modalidade da educação e do ensino
Alternativa C: INCORRETA. Com base na Resolução 昀椀ca restrita aos anos 昀椀nais do ensino fundamental
no 06/2012, a qual de昀椀ne as Diretrizes Curriculares e ao ensino médio e será efetivada à distância para
Nacionais para a Educação Pro昀椀ssional Técnica de aqueles que a ela não tiveram acesso em idade
Nível Médio, o respeito ao princípio constitucional própria.
e legal do pluralismo de ideias e de concepções pe- Ⓔ quando ofertada em nível técnico, será efetivada
dagógicas, constitui-se como um dos princípios da somente na modalidade à distância, sendo sua ofer-
Educação Pro昀椀ssional Técnica de Nível Médio, dis- ta garantida com exclusividade àqueles que não ti-
posto no Capítulo II, art. 6º, inciso XVII. veram acesso ou continuidade de estudos no ensino
Alternativa D: INCORRETA. O fundamento principal fundamental e médio na idade própria.
da Educação Tecnológica consiste em de昀椀nição de
ações voltadas a formação pro昀椀ssional e tecnológi- Grau de Di昀椀culdade
ca no País. Neste contexto, questões centrais são
analisadas e caminhos propostos no que tange a sua Alternativa A: CORRETA. A Lei n 11.741 , de 16 de julho
organização, 昀椀nanciamento, competências e res- de 2008, redimensiona, institucionaliza e integra as
ponsabilidades, formação de docentes, certi昀椀cação, ações da educação pro昀椀ssional técnica de nível mé-
gestão e avaliação. Especi昀椀camente, o art. 5º, da Re- dio, da educação de jovens e adultos e da educação
solução 06/2012, dispõe sobre a 昀椀nalidade dos cur- pro昀椀ssional e tecnológica. A referida Lei, no Art. 39,
sos de Educação Pro昀椀ssional Técnica de Nível Médio, quanto ao cumprimento dos objetivos da educação
discorre sobre competências e saberes necessários nacional, de昀椀ne que a educação pro昀椀ssional e tec-
ao exercício pro昀椀ssional e da cidadania, alicerçados nológica, integra-se aos diferentes níveis e modali-
aos fundamentos cientí昀椀co-tecnológicos, sócio-his- dades de educação e às dimensões do trabalho, da
tóricos e culturais. ciência e da tecnologia.
Alternativa E: INCORRETA. A Resolução nº 06/2012, Alternativa B: INCORRETA. A educação pro昀椀ssional
dispõe, conforme posto no seu artigo 5º: proporcio- e tecnológica não se restringe apenas ao Ensino
Médio. De acordo com o Art. 39, parágrafo segundo, Esta educação escolar, no entanto, em muito se di-
esta modalidade de educação abrange os cursos de: ferenciava de sua predecessora, que se voltava às
formação inicial e continuada ou quali昀椀cação pro- elites, na medida em que:
昀椀ssional; educação pro昀椀ssional técnica de nível mé-
dio; educação pro昀椀ssional tecnológica de graduação Ⓐ passou a desassociar a Educação do Trabalho,
e pós-graduação; sendo ofertada tanto presencial- eliminando a causalidade entre os dois processos
mente, como em cursos à distância. sociais;
Alternativa C: INCORRETA. O Art. 37 da Lei de Diretri- Ⓑ buscava uma democratização da sociedade e uma
zes e Bases da Educação assinala que a educação de maior distribuição de suas riquezas;
jovens e adultos será destinada àqueles que não ti- Ⓒ tinha como objetivo a formação de um operá-
veram acesso ou continuidade de estudos no ensino rio revolucionário e consciente de seus direitos de
fundamental e médio na idade própria. Ressalta-se classe;
que tal modalidade de Educação é ofertada tanto Ⓓ era uma educação escolar orientada e dirigida
presencial, como também à distância. pelo povo e, portanto, se ocupava, sobretudo com o
Alternativa D: INCORRETA. A educação pro昀椀ssional desenvolvimento da cultura popular;
e tecnológica abrange os cursos de formação inicial Ⓔ buscava responder às novas demandas da indús-
e continuada ou quali昀椀cação pro昀椀ssional; de edu- tria por formação de mão de obra.
cação pro昀椀ssional técnica de nível médio e não do
Ensino Fundamental. Sendo ofertada também na Grau de Di昀椀culdade
educação superior (graduação e pós-graduação),
podendo estar unida a outra modalidade educacio- Alternativa A: INCORRETA. O desenvolvimento das
nal – a educação de jovens e adultos (EJA), a educa- cidades e a extensão do capital 昀椀nanceiro provoca-
ção especial e a educação à distância (EaD). das pelas Revoluções Industriais contribuíram para
Alternativa E: INCORRETA. Quando ofertada em nível que a escola se transformasse, pressionada pelos
técnico, a educação pro昀椀ssional e tecnológica será movimentos de trabalhadores que passaram a exigir
oferecida tanto presencialmente como em cursos a o direito de ter seus 昀椀lhos em escola, à cultura e ao
distância (EaD), e deve ser desenvolvida, segundo o conhecimento dominante. Nesse contexto, a escola
Art. 36-B, de forma articulada com o ensino médio passou a atender outras demandas sociais além da
ou subsequente, em cursos destinados a quem já te- burguesia, associando a educação ao trabalho.
nha concluído o ensino médio. Alternativa B: INCORRETA. Desde os primórdios, a
educação brasileira foi exclusivamente destinada à
05. Questão elite. Com a nova ordem de produção, oriunda da
Revolução industrial, a escola se volta para o ensi-
(TJ/GO - FGV - 2014) Para muitos pensadores contempo- no técnico e pro昀椀ssional, capaz de garantir a mão
râneos, a Educação e o Trabalho são ações humanas de obra quali昀椀cada, para atuar em favor do cresci-
indissociáveis, na medida em que, historicamente, é mento da indústria e gerar riqueza para a burguesia
através do trabalho que o homem educa-se a si mes- capitalista; a qual, sempre no poder, liderava a so-
mo. Para Saviani, por exemplo, é através do trabalho ciedade, não permitindo a democratização e distri-
que “o homem forma-se homem”. Assim, o trabalho buição de suas riquezas.
se constitui como o ato humano que melhor nos ca- Alternativa C: INCORRETA. Para a educação, não era
racteriza e mais nos diferencia dos outros animais. relevante formar um operário crítico e com ideias
A educação escolar surge como um direito exclu- revolucionárias, bem como consciente dos seus di-
sivo de alguns que não precisavam trabalhar para reitos, uma vez que a educação tinha um caráter mo-
garantir a sua própria sobrevivência, na medida em delador e reprodutivista e desta forma, as escolas
que possuíam servos, escravos, súditos ou operários deveriam formar alunos para atender as demandas
que os sustentavam com seus trabalhos. Entretanto, e ordens vigentes na sociedade, de forma mecânica.
após as Revoluções Industriais, começaram a surgir Alternativa D: INCORRETA. As escolas criadas para as
em crescente escala escolas voltadas às massas de massas populares, após a Revolução Industrial, ofer-
trabalhadores. tavam uma educação que se voltava a atender aos
interesses da elite que viam na educação técnica Alternativa D: INCORRETA. A Lei de Diretrizes e Bases
a formação da cultura para atender aos interesses da Educação – LEI 9.394 de 1996, promulgada cin-
capitalistas da burguesia, através da exploração da quenta e cinco anos após 1941, ao discorrer sobre
mão de obra. o ensino pro昀椀ssional, determina que este deve ser
Alternativa E: CORRETA. A educação escolar com de nível médio e não de nível fundamental, sendo
o advento da industrialização e a necessidade de desenvolvido de forma integrada ou subsequente.
mão de obra quali昀椀cada assumem um per昀椀l técnico Alternativa E: CORRETA. A Reforma Capanema , pro-
de formação de mão de obra, de dar competência mulgada em 1941, trouxe uma série de leis que vi-
aos sujeitos que sob o mando da elite capitalista, goraram no Brasil, remodelando todo o ensino no
precisavam cumprir ordens, operar máquinas e país e implantando reformas como: o ensino pro昀椀s-
cumprir tarefas diárias, gerando cada vez mais lu- sional passou a ser considerado de nível médio; o
cro para o país. ingresso nas escolas industriais passou a depender
de exames de admissão; os cursos foram divididos
06. Questão em dois níveis, correspondentes aos dois ciclos do
novo ensino médio: o primeiro compreendia os cur-
(UFRB - CESPE - 2015) A História mostra que a educação sos básico industrial, artesanal, de aprendizagem e
pro昀椀ssional e tecnológica no Brasil passou por inú- de mestria. O segundo ciclo correspondia ao curso
meras transformações desde a colônia. Mas foi no técnico industrial, com três anos de duração e mais
período republicano que ela ganhou maiores con- um de estágio supervisionado na indústria, e com-
tornos. Foi também, já no século XX, em 1941, que preendendo várias especialidades.
o ensino pro昀椀ssional passou a ser considerado de
07. Questão
Ⓐ nível básico com a Lei 5692/78.
Ⓑ nível pro昀椀ssional com a Lei 9394/96. (FUNDAÇÃO CASA - CETRO - 2014) Os mundos do trabalho
Ⓒ nível superior com a Reforma Francisco Campos. vêm passando por inegáveis transformações de base
Ⓓ nível fundamental com a Lei 9394/96. técnica e tecnológica, o que afeta, signi昀椀cativamen-
Ⓔ nível médio com a Reforma Capanema. te, os processos de trabalho e a educação. No Brasil,
após a Lei nº 9.394/1996, a educação pro昀椀ssional, na
Grau de Di昀椀culdade óptica do direito à educação e ao trabalho, está
xibilidade, em virtude da rígida separação entre o Alternativa E: INCORRETA. A Lei nº 9.394/1996 dis-
planejamento e a execução. põe que "a educação pro昀椀ssional, integrada às di-
Ⓓ associada, desde as suas origens, com o ensino ferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência
destinado às classes menos favorecidas, estabele- e à tecnologia, conduz ao permanente desenvol-
cendo-se uma nítida distinção entre aqueles que vimento de aptidões para a vida produtiva”. Essa
detêm o saber (ensino médio, ensino superior) e os concepção supera o enfoque assistencialista e o
que executam tarefas manuais (ensino pro昀椀ssional). preconceito social que desvalorizava esta modali-
Ⓔ associada ao dualismo existente. De um lado, as dade de educação.
“elites condutoras” e, de outro, a maioria da popu-
lação, levando, inclusive, a se considerar o ensino 08. Questão
regular e a educação superior como não tendo ne-
nhuma relação com a educação pro昀椀ssional. (IF BAHA - FUNRIO - 2014) Em relação às Diretrizes Cur-
riculares do Ensino Técnico Pro昀椀ssional podemos
Grau de Di昀椀culdade a昀椀rmar que a educação pro昀椀ssional observará as
seguintes premissas:
Alternativa A: INCORRETA. A baixa escolaridade da
massa trabalhadora torna-se um obstáculo à expan- I. organização, por áreas pro昀椀ssionais, em função
são econômica, uma vez que pela Lei nº 9394/96, ao da estrutura sócio ocupacional e tecnológica.
técnico será exigido tanto uma escolaridade bási- II. articulação entre escola de nível médio e em-
ca sólida, quanto uma educação pro昀椀ssional mais presas conveniadas.
ampla e polivalente; possibilitando aos educandos III. interdisciplinaridade entre o mundo do traba-
maior capacidade de raciocínio, autonomia intelec- lho e a escola.
tual, pensamento crítico, iniciativa própria e espírito IV. articulação de esforços das áreas da educação,
empreendedor. do trabalho e emprego, e da ciência e tecno-
Alternativa B: CORRETA. A Lei de Diretrizes e Bases logia.
da Educação - Lei nº 9394/96, em seu art. 39, de-
termina que a educação técnica pro昀椀ssional, deve Estão corretas apenas as a昀椀rmações
conduzir o cidadão "ao permanente desenvolvi-
mento de aptidões para a vida produtiva", intima- Ⓐ I e II.
mente "integrada às diferentes formas de educa- Ⓑ I, II e III.
ção, ao trabalho, à ciência e à tecnologia"; o que Ⓒ I e III.
supera a visão tradicional de Educação Pro昀椀ssio- Ⓓ I e IV.
nal como simples instrumento de uma política de Ⓔ I, II, III e IV.
cunho assistencialista.
Alternativa C: INCORRETA. A educação pro昀椀ssional Grau de Di昀椀culdade
após a Lei nº 9.394/1996 possibilitou aos cidadãos,
em número cada vez maior, efetivo acesso às con- Assertiva I: CORRETA. As Diretrizes e Bases da Edu-
quistas cientí昀椀cas e tecnológicas da sociedade con- cação Nacional em seus artigos 1º e 2º determinam
temporânea. Tal medida diferenciou esta modalida- que a educação pro昀椀ssional, observadas as diretri-
de da educação do modelo tradicional, o qual estava zes curriculares nacionais de昀椀nidas pelo Conselho
limitado ao treinamento para a produção em série e Nacional de Educação, será organizada por áreas
padronizada com a incorporação maciça de operá- pro昀椀ssionais, em função da estrutura sócio ocupa-
rios semiquali昀椀cados. cional e tecnológica.
Alternativa D: INCORRETA. Após a Lei nº 9.394/1996, Assertiva II: INCORRETA. As Diretrizes determinam a
a educação pro昀椀ssional possibilitou o acesso a to- articulação entre a educação pro昀椀ssional e o ensino
dos os cidadãos, independente da classe social a médio, denominada “Da Educação Pro昀椀ssional Téc-
qual pertencem; assegurando que todos tenham nica de Nível Médio”, e 昀椀nanciamento para a melho-
acesso ao conhecimento, aliado a formação técnica ria da qualidade do ensino médio integrado e am-
e humana. pliação de sua oferta nos sistemas de ensino.
Assertiva III: INCORRETA. Nas Diretrizes, a interdis- Alternativa B: INCORRETA. O inciso IV da Resolução
ciplinaridade aparece como necessidade e como nº 04/99, dispõe sobre a 昀氀exibilidade, interdiscipli-
princípio organizador do currículo e como método naridade e contextualização, para a Educação Pro昀椀s-
de ensino-aprendizagem e deve assegurar a trans- sional de Nível Técnico.
versalidade e a articulação do conhecimento de di- Alternativa C: INCORRETA. A atualização permanente
ferentes componentes curriculares, propiciando a dos cursos e currículos é um dos princípios nortea-
interlocução entre os saberes das diferentes áreas dores para a Educação Pro昀椀ssional de Nível Técnico,
de conhecimento e não apenas entre o mundo do disposta no inciso VI, artigo 3º da LDB.
trabalho e a escola. Alternativa D: INCORRETA. A identidade dos per昀椀s
Assertiva IV: CORRETA. A Educação Pro昀椀ssional Téc- pro昀椀ssionais de conclusão de curso é um dos princí-
nica de nível médio será desenvolvida de forma ar- pios norteadores da educação pro昀椀ssional de nível
ticulada com o Ensino Médio (Decreto nº 5.154/2004 técnico, disposto no inciso V da Resolução nº 04/99.
, Artigo 4º). Os sistemas e os estabelecimentos de Alternativa E: CORRETA. A vinculação irrestrita da
ensino deverão observar, de acordo com o Art. 2º, escola e seu projeto pedagógico à empresa, não se
Inciso II que determina: “a articulação dos esforços constitui de acordo com a Resolução nº 04/99, como
das áreas da educação, do trabalho e emprego, e da princípio norteador da educação pro昀椀ssional de ní-
ciência e tecnologia”. vel técnico.
mas sim conhecimentos e práticas sobre o mundo meios para progredir no trabalho e em estudos pos-
de trabalho no qual todos serão inseridos. teriores.
Ⓓ há uma formação integrada que expressa a uni-
dade entre instrução e trabalho visando a formar 11. Questão
homens capazes de produzir, mas também de serem
dirigentes. Para isso, é necessário o conhecimento (IFPR - CETRO - 2014) São princípios da Educação Pro昀椀s-
das leis da natureza como das humanidades e da sional Técnica de Nível Médio, de acordo com o ar-
ordem legal que regula a vida em sociedade, das tigo 6º da Resolução no 06/2012, entre outros, o(a)
normas de convívio.
Ⓔ a educação busca possibilitar os seguintes enten- I. dissociabilidade entre educação e prática so-
dimentos: o da realidade humana enquanto consti- cial, considerando-se a historicidade dos co-
tuída pelo trabalho; o de que todo trabalho humano nhecimentos e dos sujeitos da aprendizagem.
envolve a concomitância do exercício dos membros, II. identidade dos per昀椀s pro昀椀ssionais de conclu-
das mãos e do exercício mental, intelectual; o de que são de curso, que contemplem conhecimentos,
há uma separação natural entre trabalho manual e competências e saberes pro昀椀ssionais requeri-
intelectual, cabendo ao aluno a opção entre que tipo dos pela natureza do trabalho, pelo desenvol-
de trabalho quer desenvolver. vimento tecnológico e pelas demandas sociais,
econômicas e ambientais.
Grau de Di昀椀culdade III. respeito ao princípio constitucional e legal do
pluralismo de ideias e de concepções pedagó-
Alternativa A: CORRETA. Para Saviani (2012) , no En- gicas.
sino Fundamental, a educação deve priorizar o de- IV. 昀氀exibilidade na construção de itinerários for-
senvolvimento das habilidades fundamentais de mativos diversi昀椀cados e atualizados, segundo
leitura, escrita e operações matemáticas básicas, interesses dos sujeitos e possibilidades das
tendo como referência a sociedade para a organiza- instituições educacionais, nos termos dos res-
ção desta modalidade de educação. Desta forma, a pectivos projetos político-pedagógicos.
relação entre o trabalho e a educação, não prioriza
o processo de produção, mas sim, a função do traba- É correto o que está contido em
lho e o mundo em que o indivíduo se insere.
Alternativa B: INCORRETA. A relação entre trabalho e Ⓐ I, II e IV, apenas.
educação é explícita no Ensino Médio e não no Ensi- Ⓑ II, III e IV, apenas.
no Fundamental, onde esta relação é implícita, uma Ⓒ I e III, apenas.
vez que não estuda sobre o processo de produção Ⓓ I e IV, apenas.
em si e sim sobre a função do trabalho. Ⓔ II e III, apenas.
Alternativa C: INCORRETA. A educação politécnica
é da competência do Ensino Médio, uma vez que é Grau de Di昀椀culdade
através dela que há a relação entre trabalho e edu-
cação de forma explícita, e o conhecimento é rela- Assertiva I: INCORRETA. O inciso V do Art. 6º da Re-
cionado ao processo de trabalho (prática). solução no 06/2012 determina a “ indissociabilidade
Alternativa D: INCORRETA. A formação integrada entre educação e prática social, considerando-se a
que expressa a unidade entre instrução e trabalho historicidade dos conhecimentos e dos sujeitos da
visando a formar homens capazes de produzir é da aprendizagem”.
responsabilidade do Ensino Médio e não do Ensino Assertiva II: CORRETA. O inciso XV postula que a
Fundamental. identidade dos per昀椀s pro昀椀ssionais de conclusão de
Alternativa E: INCORRETA. A educação busca não curso deve contemplar conhecimentos, competên-
apenas preparar o indivíduo para as questões vol- cias e saberes pro昀椀ssionais requeridos pela natu-
tadas ao trabalho, mas também, desenvolver o edu- reza do trabalho, do desenvolvimento tecnológico e
cando, assegurar-lhe a formação comum indispen- pelas demandas sociais, econômicas e ambientais.
sável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe
Assertiva III: CORRETA. O respeito ao princípio cons- mesma só pode ser desenvolvida, exclusivamente
titucional e legal do pluralismo de ideias e de con- em cursos destinados aos que já tenham o Ensino
cepções pedagógicas está deliberado no inciso XVII Médio concluído.
do Art. 6º da Resolução no 06/2012. Alternativa C: CORRETA. A forma articulada desen-
Assertiva IV: CORRETA. A Resolução no 06/2012 deter- volvida de maneira concomitante, de acordo com o
mina no inciso XIV do Art. 6º sobre a 昀氀exibilidade na artigo7º da Educação Pro昀椀ssional Técnica de Nível
construção de itinerários formativos diversi昀椀cados e Médio, é ofertada a quem ingressa no Ensino Médio,
atualizados, segundo interesses dos sujeitos e pos- ou já o esteja cursando, efetuando-se matrículas
sibilidades das instituições educacionais, nos termos distintas para cada curso, aproveitando oportunida-
dos respectivos projetos político-pedagógicos. des educacionais disponíveis, seja em unidades de
ensino da mesma instituição ou em distintas insti-
Resposta: Ⓑ tuições de ensino.
Alternativa D: INCORRETA. A forma articulada é de-
12. Questão senvolvida de maneira integrada, a quem já concluiu
o Ensino Fundamental, com matrícula única na mes-
(IFPR - CETRO - 2014) Segundo o disposto no artigo 7º, da ma instituição, de modo a conduzir o estudante à
Resolução nº 06/2012, a Educação Pro昀椀ssional Téc- habilitação pro昀椀ssional técnica de nível médio ao
nica de Nível Médio é desenvolvida nas formas arti- mesmo tempo em que conclui a última etapa da
culada e subsequente ao Ensino Médio. Sobre essas Educação Básica.
duas formas, assinale a alternativa correta. Alternativa E: INCORRETA. De acordo com o Art. 7º,
§ 3º da Resolução nº 06/2012, a forma subsequente
Ⓐ A forma subsequente, desenvolvida de maneira da Educação Pro昀椀ssional Técnica de Nível Médio é
integrada, é ofertada somente a quem já tenha con- ofertada a quem já concluiu o Ensino Médio e não a
cluído o Ensino Fundamental. quem está ingressando.
Ⓑ A forma subsequente, realizada de maneira inte-
grada, é desenvolvida simultaneamente em distin- EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
tas instituições educacionais mediante a ação de
convênio ou acordo de intercomplementaridade. Julgue os itens a seguir, acerca da educação de adul-
Ⓒ A forma articulada, desenvolvida de maneira con- tos e de características da atividade pedagógica.
comitante, é ofertada a quem ingressa no Ensino
Médio, ou já o esteja cursando, efetuando-se matrí- 13. Questão
culas distintas para cada curso, aproveitando opor-
tunidades educacionais disponíveis. (UNIPAMPA - CESPE - 2013) O conceito de alienação é fre-
Ⓓ A forma articulada é desenvolvida em cursos des- quentemente associado à atividade pedagógica de-
tinados exclusivamente a quem já tenha concluído o senvolvida em países economicamente dependentes.
Ensino Médio.
Ⓔ A forma subsequente, ofertada a quem ingressa Grau de Di昀椀culdade
no Ensino Médio, poderá ocorrer em unidades de
ensino da mesma instituição ou em distintas insti- Alternativa: CORRETA. Segundo Pinto (2002), a alie-
tuições de ensino. nação se refere ao estado do indivíduo ou da comu-
nidade, que não retira de si mesma, de seus funda-
Grau de Di昀椀culdade mentos, os objetivos, os motivos, o que constitui a
sua consciência. Ou seja, o indivíduo recebe passi-
Alternativa A: INCORRETA. A forma subsequente é vamente, informações e deliberações, e se comporta
desenvolvida em cursos destinados exclusivamente de acordo com o que elas determinam ou sugerem.
a quem já tenha concluído o Ensino Médio e não o Seu comportamento torna-se indiferente a sua rea-
Ensino Fundamental. lidade ou alheio a ela, uma vez que se transporta
Alternativa B: INCORRETA. A forma subsequente não em pensamento a um mundo que não é o seu, ao
é realizada de maneira integrada, uma vez que a qual passa a pertencer, adotando atitudes, estilo de
vida, valores, etc., que não são seus. A alienação é apresentam permeados por diferentes ideologias.
característica da pedagogia nos países em vias de Mesmo quando tratamos de métodos, estes nunca
desenvolvimento. No caso dos países economica- são isentos de ideologia. As ideologias são as dife-
mente dependentes, é natural que a consciência so- rentes ideias que estão em permanente disputa na
cial comum do indivíduo, seja do tipo ingênuo e por sociedade. Nesse sentido, cabe ao educador, garan-
isto a visão de si mesmo e do mundo não se origina tir uma relação didática e pedagógica e não apenas
de sua realidade, e sim, da dominação cultural que técnica e formal entre ensino e aprendizagem; pos-
recebem dos dominantes. Nesta perspectiva, “não sibilitando a formação do educando para que sejam
tem óptica própria, vendo-se a si mesmos e a toda cidadãos ativos, re昀氀exivos, críticos e participativos
a realidade com olhos alheios” (PINTO, 2002, p. 53). na sociedade em que vivem.
(UNIPAMPA - CESPE - 2013) Na sociedade globalizada, o (UNIPAMPA - CESPE - 2013) A educação de adultos distin-
conteúdo da educação de adultos deve ter caráter gue-se da educação infantil basicamente pelos con-
eminentemente técnico e diretamente relacionado a teúdos e métodos utilizados.
matérias básicas, como ciências da natureza e códi-
gos de linguagens. Grau de Di昀椀culdade
Alternativa: CORRETA. A concepção bancária de edu- meses. Posteriormente, as ações voltavam-se para
cação foi conceituada por Paula Freire, o qual com- o desenvolvimento comunitário e para o treinamen-
parava esta educação com um banco, como imposi- to pro昀椀ssional. Tal Campanha pretendia estimular
ção do conhecimento realizada pelo professor sobre o desenvolvimento social e econômico, através de
o aluno na medida em que o professor já os havia um processo educativo que supostamente poderia
adquirido e dispõe destes sendo assim possível sua promover a melhoria das condições de vida da po-
ação de depósito deste conhecimento nos alunos. pulação.
Alternativa B: INCORRETA. Esta era visão da EJA
18. Questão quando foi lançada a Campanha de Educação de
Adultos, em 1947. A referida campanha tinha como
(FUNDAÇÃO CASA - CETRO - 2014) Na EJA, é necessária a objetivo a alfabetização de grande parte da popu-
昀氀exibilização de tempos e espaços para atender à lação e a capacitação pro昀椀ssional e atuação junto à
especi昀椀cidade do educando jovem e adulto. A re昀氀e- comunidade. Neste período, o adulto analfabeto era
xão pedagógica, nessa modalidade educativa, tem tido como um problema, e muito comparado com a
especial relevância a consideração de suas dimen- criança, que era considerada como um ser desprovi-
sões social, ética e política. O ideário da Educação do de conhecimento e de autonomia para tomar de-
Popular é referência importante na área. Hoje, a EJA cisões. Paiva (2001) a昀椀rmava que: “Como as crianças,
caracteriza-se o adulto tem que viver num mundo de egocentrismo
que não lhe permite ocupar os planos em que as de-
Ⓐ pela Campanha Nacional de Massa por um Brasil cisões comuns têm que ser tomadas”.
alfabetizado. Essa campanha em curso visa à alfabe- Alternativa C: INCORRETA. A partir da Lei de Diretri-
tização de todos e todas e uma capacitação pro昀椀s- zes e Bases 9394/96, a educação de jovens e adultos
sional aligeirada. tem o papel de atender aos interesses e às necessi-
Ⓑ por atender um adulto-criança, um jovem-criança dades de indivíduos que já tinham uma determinada
e como crianças eles vivem em um mundo de ego- experiência de vida e participam do mundo do tra-
centrismo que não lhe permite ocupar planos em balho. Nesse sentido, a visão da EJA na contempora-
que as decisões comuns têm de ser tomadas. neidade está voltada para o reconhecimento do su-
Ⓒ por atender sujeitos jovens e adultos que são jeito como produtivo, capaz de raciocinar e resolver
sujeitos não produtivos, incapazes de resolver seus seus problemas. Quanto ao processo de aprendiza-
problemas e na verdade com a capacidade de apren- gem, as teorias da moderna Psicologia, desmentem
der bem menos do que a das crianças. a crença de que a capacidade de aprendizagem dos
Ⓓ não só pela diversidade do público que atende e adultos é menor do que a das crianças. O sujeito da
dos contextos em que se realiza, como pela varieda- EJA espera aprender melhor sobre aquilo que já sabe
de dos modelos de organização dos programas. para depois elaborar o processo de aprendizagem
Ⓔ como modalidade de educação que ensina para sobre aquilo que é desconhecido, ampliando seus
alunos adultos com grande experiência de vida agrá- próprios interesses e horizontes. Desta forma, deve
ria, de trabalho com a terra e os animais. A experiên- compreender que a aprendizagem se dá ao longo da
cia destes alunos é típica do mundo agrafo, o que vida; sendo assim, sempre está apto a aprender.
impossibilita a incorporação da realidade do edu- Alternativa D: CORRETA. Na contemporaneidade, a
cando como conteúdo escolar. EJA caracteriza-se por homens e mulheres, jovens
(maiores de 15 anos), adultos e idosos de toda a
Grau de Di昀椀culdade diversidade étnica, religiosa, sexual, política bra-
sileira, diversidade de níveis de escolarização, de
Alternativa A: INCORRETA. A Campanha Nacional de trajetórias escolares e, sobretudo de trajetórias hu-
Massa, em prol da Educação de Jovens e Adultos foi manas. Além disso, são diversos os contextos de rea-
criada em 1945, com o objetivo de aumentar as ba- lização da EJA: a educação popular, educação indíge-
ses eleitorais para a sustentação do governo central na, educação técnica e pro昀椀ssional, educação para
e incrementar a produção. Desta forma, como estra- privados de liberdade, educação no campo, dentre
tégia política, os adultos eram alfabetizados em três outros espaços.
Alternativa E: INCORRETA. O contexto brasileiro con- perspectiva se diferencia do ensino frontal, no qual
temporâneo demanda uma educação para jovens o professor é considerado o detentor e o transmis-
e adultos que tenha em vista um trabalho voltado sor do conhecimento ao aluno, que é considerado
para a construção de habilidades e competências tábula rasa, isto é, destituído de conhecimentos an-
que vão além do domínio do código da escrita. A teriores. Há uma verticalização da relação professor
contemporaneidade requer uma educação capaz de e aluno.
contribuir para a inserção destes sujeitos em dife- Alternativa C: CORRETA. A a昀椀rmação de Nóvoa (2000),
rentes contextos e âmbitos da sociedade. re昀氀ete uma educação de adultos que priorize o diá-
logo como opção metodológica, como instrumento
19. Questão de mediação entre educando(a) e educador(a), para
favorecer o acompanhamento do percurso da apren-
(INSS - FUNRIO - 2014) Diz Antônio Nóvoa (2000): “O adulto dizagem de forma mais participativa e democrática,
em situação de formação é portador de uma história superando preconceitos e discriminações.
de vida e de uma experiência pro昀椀ssional [...]. Mais Alternativa D: INCORRETA. Consideramos que a ins-
importante do que pensar em formar esse adulto é trução se refere a formação intelectual e desenvol-
re昀氀etir sobre o modo como ele próprio se forma, isto vimento das capacidades cognitivas, mediante o
é, o modo como ele se apropria do seu patrimônio domínio de certo nível de conhecimento sistemati-
vivencial através de uma dinâmica de compreensão zado. Nesta perspectiva, a aprendizagem não deve
retrospectiva”. ter apenas a instrução como elemento fundante do
processo, posto que o processo ensino-aprendiza-
Essa a昀椀rmação aponta para uma educação de adul- gem é uma integração entre instrução e educação,
tos que priorize seria uma apropriação dos conhecimentos, não
só pela lógica, pelo cognitivo, mas principalmente
Ⓐ os métodos e técnicas de ensino que atribuem pela formação de sentimentos, qualidades, valores
qualidade. e atitudes.
Ⓑ o ensino frontal na relação professor-aluno. Alternativa E: INCORRETA. A aula expositiva caracte-
Ⓒ o diálogo como opção metodológica. riza-se pela exposição oral/escrita do conteúdo pelo
Ⓓ a instrução como fundante dos processos de professor, desconsiderando o conhecimento prévio
aprender. do educando, e espaço para questionamentos. A EJA
Ⓔ a aula expositiva como fonte de transmissão de deve priorizar a aula expositiva dialogada, na qual a
informações. exposição dos conteúdos pelo professor, conta com
a participação ativa dos educandos, considerando
Grau de Di昀椀culdade o conhecimento prévio dos mesmos. Desta forma,
cabe ao professor a contextualização e a mediação
Alternativa A: INCORRETA. É importante pensar que a da aula, de maneira a estimular que os educandos
formação para o adulto não deve estar restrita a mé- questionem, interpretem e discutam o objeto de es-
todos e técnicas de ensino que atribuem qualidade. tudo, articulando informações que já trazem consigo
É necessário valorize seus interesses, conhecimen- com as que serão apresentadas.
tos e expectativas, que favoreça sua participação
na sociedade como cidadãos e não somente como 20. Questão
objeto de aprendizagem. Neste sentido, a prática
pedagógica de qualidade deve ser: inovadora, signi- (CBTU/RJ - CONSULPLAN - 2014) “Segundo Finger (2003), a
昀椀cativa, dinâmica e acima de tudo feita com serie- educação de adultos tem merecido especial atenção
dade, compromisso e responsabilidade para fazer a da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a
diferença no contexto educacional. Educação, a Ciência e a Cultura), desde a sua criação,
Alternativa B: INCORRETA. A perspectiva de Nóvoa podendo a sua contribuição para este campo ser
(2000) é considerar as habilidades e saberes que considerada histórica, especialmente no que se re-
o adulto possui na relação professor e aluno. Tal fere à alfabetização e educação básica de adultos”.
Considerando a andragogia, são características que atuar como incentivador da busca autônoma de co-
fundamentam este método: nhecimentos.
Assertiva IV: CORRETA. O método andragógico, se-
I. Despertar no adulto a consciência da necessi- gundo Moreira (2016), é fundamental no processo
dade de instruir-se e a noção clara da sua par- de educação do adulto, por se tratar de pessoa já
ticipação na sociedade. dotada de uma consciência formada, com hábitos
II. Partir dos elementos que compõem a realidade de vida e situações de trabalho que não podem ser
do educando, que se destacam como expressão arbitrariamente modi昀椀cados. Nesta perspectiva, a
de sua relação direta e contínua com o mundo proposta pedagógica de alfabetização deve partir
em que vive. de aspectos atitudinais, afetivos e cognitivos, volta-
III. Impor o método ao educando de acordo com a dos para a instrução, ou seja, a formação intelectual
realidade em que vive e sua condição cognitiva e desenvolvimento das capacidades cognitivas dos
de aprendizagem. O professor deve atuar como educandos.
orientador experiente.
IV. Propor o conteúdo da instrução, o que deve ser Resposta: Ⓓ
justi昀椀cado como uma contribuição para melho-
rar as condições de vida do homem. 21. Questão
Estão corretas apenas as a昀椀rmativas (IFNMG - FUNDEP - 2014) São princípios do Programa Na-
cional de Integração da Educação Pro昀椀ssional com a
Ⓐ I e II. Educação Básica na Modalidade EJA - PROEJA, exceto:
Ⓑ II e III.
Ⓒ III e IV. Ⓐ Inclusão da população em suas ofertas educacio-
Ⓓ I, II e IV. nais.
Ⓑ Inserção orgânica da modalidade EJA integrada
Grau de Di昀椀culdade à educação pro昀椀ssional nos sistemas educacionais
públicos.
Assertiva I: CORRETA. Para Pinto (2002), a prática pe- Ⓒ Ampliação do direito à educação básica pela uni-
dagógica de jovens e adultos deve criar condições versalização do ensino fundamental.
para que os alunos possam superar a consciên- Ⓓ O trabalho como princípio educativo.
cia “ingênua”, sendo despertado para a consciên-
cia crítica de sua realidade como ser humano, que Grau de Di昀椀culdade
compreende o mundo em que vive seu país – com
as peculiaridades da etapa histórica na qual ele se Alternativa A: INCORRETA. Este é o primeiro princípio
encontra – sua região, despertando a noção clara do PROEJA, o qual diz respeito ao papel e compro-
de sua participação na sociedade pelo trabalho que misso que entidades públicas integrantes dos siste-
executa, dos direitos que possui e dos deveres com mas educacionais têm com a inclusão da população
seus iguais. em suas ofertas educacionais. Segundo o programa,
Assertiva II: CORRETA. Na perspectiva da andrago- tal princípio dessa política — a inclusão — precisa ser
gia, a alfabetização deve partir dos elementos que compreendido não apenas pelo acesso dos ausentes
compõem a realidade autêntica do educando, seu do direito à escola, mas questionando também as
mundo de trabalho, suas relações sociais, suas cren- formas como essa inclusão tem sido feita, muitas
ças, valores, gostos artísticos, etc. Desta forma, deve vezes promovendo e produzindo exclusões dentro
desenvolver uma proposta pedagógica que dialogue do sistema, quando não assegura a permanência e o
com as necessidades dos educandos da EJA. sucesso dos alunos nas unidades escolares.
Assertiva III: INCORRETA. A educação pautada nos Alternativa B: INCORRETA. A inserção orgânica da
princípios da andragogia, não deve impor o método modalidade EJA integrada à educação pro昀椀ssional
ao educando e, sim, criá-lo com ele, com base na nos sistemas educacionais públicos, constitui-se
realidade em que vive. O professor instrutor deve como o segundo princípio do PROEJA, o qual defende
perspectiva da educação como direito — assegurada tes épocas. Nessa perspectiva, a cultura vivenciada
pela atual Constituição no nível de ensino funda- na EJA deve
mental como dever do Estado. Além disso, alarga-se
a projeção desse dever ao se apontar a educação Ⓐ possibilitar a tomada de conhecimento das for-
básica iniciando-se na educação infantil e seguindo mas de expressão da nossa cultura, nossas músicas,
até a conclusão do ensino médio. nossas artes, nossas crenças, nossa forma de ver,
Alternativa C: CORRETA. De acordo com o documen- pensar e agir não na perspectiva da diversidade e,
to o昀椀cial do Programa, constitui-se como o terceiro sim, da hegemonia.
princípio, a ampliação do direito à educação básica, Ⓑ possibilitar a tomada de conhecimentos das ma-
pela universalização do ensino médio, face à com- nifestações populares dos afrodescendentes e da
preensão de que a formação humana não se faz em cultura africana, em função do alto percentual de
tempos curtos, exigindo períodos mais extensos, alunos negros na EJA, embora ela seja considerada
que consolidem saberes, a produção humana, suas de menor importância quando comparada com a
linguagens e formas de expressão para viver e trans- cultura erudita.
formar o mundo. Ⓒ ser fruto do estímulo dado aos alunos tanto no
Alternativa D: INCORRETA. O quarto princípio do sentido de se manifestarem das mais diferentes for-
PROEJA, compreende o trabalho como princípio mas, como no de produzir e partilhar suas produ-
educativo. A vinculação da escola média com a pers- ções de conhecimentos, expressões artísticas, per-
pectiva do trabalho não se pauta pela relação com a formances esportivas. Estimular, valorizar e oferecer
ocupação pro昀椀ssional diretamente, mas pelo enten- subsídios para enriquecer as diversas manifestações
dimento de que homens e mulheres produzem sua e produções dos alunos contribui para que eles se
condição humana pelo trabalho — ação transforma- reconheçam como produtores de cultura, como se-
dora no mundo, de si, para si e para outrem. res capazes de propor, criar e de participar.
Ⓓ possibilitar o acesso às manifestações típicas do
22. Questão mundo do trabalho, pois os alunos jovens e adultos
fazem parte de uma demanda diferenciada, com ca-
(FUNDAÇÃO CASA - CETRO - 2014) A visão de mundo de uma racterísticas especí昀椀cas e já inserida no mundo do
pessoa que retorna aos estudos depois de adulta, trabalho, e apresentam experiências pessoais e de
após um tempo afastada da escola, ou mesmo da- participação social vinculadas ao saber fazer.
quela que inicia sua trajetória escolar nessa fase da Ⓔ possibilitar o conhecimento da cultura erudita,
vida, é bastante peculiar. O acesso à escolaridade branca, centrada na herança europeia dada a sua re-
deve proporcionar aos alunos jovens e adultos, in- levância social, uma vez que uma forte razão para a
seridos em uma sociedade letrada, a possibilidade procura de programas de ampliação de escolaridade
de analisar, criticar e enfrentar questões que fazem é a busca do reconhecimento social e da a昀椀rmação
parte de seu contexto, mas também de desenvolver da autoestima. O conhecimento escolar, indepen-
seu pensamento, o raciocínio, para que os alunos dentemente de sua aplicabilidade, é um valor, de
possam operar de forma “abstrata” em outros con- modo que dominá-lo é uma forma de se sentir ou
textos, independentemente de vivências pessoais estar incluído na sociedade.
concretas ou relacionadas em um campo perceptual
imediato; se a contextualização tem papel relevante, Grau de Di昀椀culdade
também a capacidade de regular sua própria instru-
ção, os procedimentos metacognitivos e a tomada Alternativa A: INCORRETA. A cultura vivenciada na
de consciência sobre os próprios processos de pen- EJA não deve se con昀椀gurar de forma hegemônica ou
samento merecem fundamental atenção. preponderante e sim, na perspectiva da diversidade
A dimensão cultural da escola para o aluno jovem das diversas formas de expressão da nossa cultura:
e adulto pode ser observada sob diferentes aspec- nossa história, nossas músicas, nossa arte, nossas
tos. A escola é um espaço privilegiado de divulga- crenças, nossa forma de ver, falar e pensar o mundo.
ção da cultura: da cultura local, regional, nacional Alternativa B: INCORRETA. A Educação de Jovens
e, claro, da cultura de diferentes povos, em diferen- e Adultos deve possibilitar a tomada de conheci-
mentos das manifestações populares dos afrodes- Ⓒ interpretação dos textos pela aprendizagem das
cendentes e da cultura africana, a todos indistinta- letras sabendo juntá-las, sem, contudo, relacioná-
mente da sua condição étnica, e não em razão do -las a objetos concretos.
percentual de alunos negros. Ⓓ o ato de escrever e a leitura que dependem das
Alternativa C: CORRETA. A perspectiva de acolhi- características do texto escrito, porém independem
mento da Educação de Jovens e Adultos se traduz daquilo que o indivíduo conhece.
principalmente no estímulo dado a estas pessoas, Ⓔ experiência vivida, trabalho, pedagogia e prática
tanto no sentido de se manifestarem das mais di- em contato com os esquemas expressos na forma
ferentes formas, como em produzir e partilhar suas da escrita.
produções (de conhecimentos, expressões artísti-
cas, performances esportivas e as produzidas fora Grau de Di昀椀culdade
do espaço escolar). Estimular, valorizar e oferecer
subsídios para enriquecer as diversas manifestações Alternativa A: CORRETA. No processo de leitura, pen-
e produções dos alunos contribui para que eles se samento e linguagem atuam de forma a possibilitar
reconheçam como produtores de cultura, criadores que o leitor busque signi昀椀cado no texto. Segundo
e partícipes do processo. Goodman (2001), só existe um processo de leitura.
Alternativa D: INCORRETA. A EJA deve possibilitar o As diferenças entre leitores competentes, não com-
acesso às diferentes manifestações socioculturais, petentes, ou principiantes não estão relacionadas
e não apenas àquelas especí昀椀cas ao mundo do com o processo pelo qual é obtido o signi昀椀cado,
trabalho. Importante ressaltar que estes sujeitos, mas com a maneira de cada um utilizar o processo.
na atual conjuntura, apresentam experiências pes- As características do leitor: cultura, conhecimento
soais e de participação social, nem sempre vincula- prévio e linguístico, esquemas conceituais e o seu
das ao saber fazer. propósito na leitura é que irão produzir maneiras di-
Alternativa E: INCORRETA. A Educação de Jovens e ferenciadas de interpretação dos textos.
Adultos deve possibilitar ampliação de escolari- Alternativa B: INCORRETA. A leitura não pode ser re-
dade por meio da busca do conhecimento social duzida a um processo de decodi昀椀cação de símbolos
e diversi昀椀cado, da a昀椀rmação da autoestima, e não linguísticos, mas a interpretar e compreender o que
apenas da cultura erudita, branca, centrada na he- se lê e é também um processo interativo. Nesse sen-
rança europeia. tido, para o processo de aprendizagem de leitura,
não basta apenas reconhecer as palavras e juntá-
23. Questão -las, dando signi昀椀cado à palavra.
Alternativa C: INCORRETA. Ler signi昀椀ca não só ver
(NUCLEP - BIORIO - 2014) Considerando adultos pouco es- as letras do alfabeto e juntá-las em palavras, deci-
colarizados como indivíduos ativos e cognoscentes frar e interpretar o sentido. Faz-se necessário que
e em interação com o mundo letrado, torna-se real- o bom leitor descubra a importância da leitura, que
mente impossível considerá-los analfabetos. É, pois, se envolva no mundo literário; o que possibilitará
através do processo de interação com a sociedade desta forma, interpretar textos pela aprendizagem
letrada que adultos pouco escolarizados podem das letras, juntando-as e relacionando-as a objetos
produzir e reconhecer o sistema de escrita e os di- concretos.
ferentes tipos de textos. As características do leitor Alternativa D: INCORRETA. O ato de ler, não só as
que irá produzir maneiras diferenciadas de interpre- palavras, mas também a realidade têm na vida dos
tação do texto são: educandos jovens e adultos da EJA, a oportunidade
de inserção no mundo da leitura e escrita e a melho-
Ⓐ cultura, conhecimento prévio e linguístico, esque- ria na qualidade e signi昀椀cado de vida. Desta forma,
mas conceituais e seu propósito na leitura. o ato de ler e escrever depende não só da leitura do
Ⓑ limitação na aquisição da leitura, utilizando so- texto escrito, mas sobretudo é importante conside-
mente o processo de decodi昀椀cação. rar aquilo que o educando conhece, a sua “leitura de
mundo”, como a昀椀rmava Paulo Freire.
Alternativa E: INCORRETA. Segundo Ferreira e Dias gestora deve criar alternativas para sanar este pro-
(2004), interpretar um texto, implica reconhecer a blema. Entretanto, cabe principalmente ao profes-
intenção do autor, evidenciando a força do enun- sor, principal agente do processo para o combate
ciado através dos recursos grá昀椀cos e léxicos. Nesse da evasão escolar; uma vez que, por ter um contato
sentido, o leitor deve considerar dentre maneiras mais direto e diário com o aluno, poderá diagnosti-
diferenciadas de interpretação do texto, a cultura, car as causas, re昀氀etir sobre as metodologias utiliza-
conhecimento prévio e linguístico, esquemas con- das e iniciar o processo de retomada dos alunos ao
ceituais e o seu propósito na leitura. ambiente escolar e a sala de aula.
Alternativa C: CORRETA. A Educação de Jovens e
24. Questão Adultos é uma oportunidade concreta para Jovens e
Adultos frequentarem a escola, atendendo às espe-
(TJ/GO - FGV - 2014) Hoje em dia, não há dúvidas de que ci昀椀cidades socioculturais que apresentam, recupe-
a educação escolar no Brasil é vista como essencial rando, de acordo com o que está prescrito no Art.
e indispensável. A própria Constituição da República 37 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação – Lei
Federativa do Brasil (1988) elege a Educação como 9394/1996, o direito que lhes foi negado à escola-
um dos direitos do indivíduo, que é, ainda, enfati- rização na idade própria, uma educação que lhe foi
zado por outras leis e políticas governamentais e de tolhida no decorrer de sua história de vida, possibi-
Estado. O surgimento de diversas modalidades de litando-lhes, assim, o acesso aos direitos civis.
ensino durante o século XX é um exemplo de como Alternativa D: INCORRETA. A Educação de Jovens e
a educação escolar vem se tornando cada vez mais Adultos busca ampliar a escolaridade, não apenas
acessível a todos. para alunos desfavorecidos, mas para todos; possi-
bilitando o acesso a escolarização, ao domínio da
A Educação de Jovens e Adultos é um exemplo claro leitura e escrita; não apenas para obter ascensão
desse fenômeno, na medida em que busca: pro昀椀ssional, ou para evitar o desemprego, mas para
encarar novos desa昀椀os e conquistas, assumindo no-
Ⓐ dar acesso ao jovem de baixa renda à escola; vos paradigmas e posturas na sociedade, de forma
Ⓑ combater a evasão escolar e o abandono na edu- crítica e participativa.
cação básica; Alternativa E: INCORRETA. A EJA busca atender a jo-
Ⓒ reparar a violação de um direito que foi negado vens e adultos que buscam escolarização, bem como
ao indivíduo; aqueles que não tiveram interrompidos o seu pro-
Ⓓ estender o tempo de escolaridade dos alunos cesso de escolarização. O Plano Nacional da Edu-
desfavorecidos; cação (1999), determina que a EJA deve erradicar o
Ⓔ atender o excesso de matrículas do ensino regular. analfabetismo presente em nossa sociedade, treinar
o imenso contingente de jovens e adultos para o
Grau de Di昀椀culdade mercado de trabalho e criar oportunidades de edu-
cação permanente, considerando as especi昀椀cidades
Alternativa A: INCORRETA. A Educação de Jovens e da realidade social e pedagógica da educação de jo-
Adultos é uma modalidade do ensino fundamental e vens e adultos.
do ensino médio, a qual oportuniza a jovens e adul-
tos iniciar e/ou dar continuidade aos seus estudos; 25. Questão
inclusive àqueles que a ele não tiveram acesso na
idade própria, independente da sua condição social. (FUNDAÇÃO CASA - CETRO - 2014) Leia o trecho abaixo.
Em sua proposta, deve atender aos interesses e às
necessidades de indivíduos que já tinham uma de- “A instituição da Educação de Jovens e Adultos (EJA)
terminada experiência de vida, considerando a sua tem sido considerada como instância em que o Bra-
cultura e suas especi昀椀cidades. sil procura saldar uma dívida social que tem para
Alternativa B: INCORRETA. Não é a EJA, como moda- com o cidadão que não estudou na idade própria.
lidade da Educação Básica, que é responsável por Destina-se, portanto, aos que se situam na faixa etá-
combater a evasão e o abandono escolar. A equipe
ria superior à considerada própria, no nível de con- expressa que “o ensino médio, atendida à formação
clusão do Ensino Fundamental e do Ensino Médio”. geral do educando, pode preparar o educando para
o exercício de pro昀椀ssões técnicas”; promovendo
É incorreto a昀椀rmar que os cursos de EJA devem pau- uma “ integração”, por meio da qual educação pro昀椀s-
tar-se pela 昀氀exibilidade, tanto de currículo quanto sional e ensino regular se complementam de forma
de tempo e espaço, para que seja(m) integrada.
Alternativa D: INCORRETA. A seção I – da Educação
Ⓐ rompida a simetria com o ensino regular para de Jovens e Adultos, das Diretrizes Curriculares Na-
crianças e adolescentes, de modo a permitir percur- cionais Gerais para a Educação Básica, no Art. 28,
sos individualizados e conteúdos signi昀椀cativos para parágrafo 2º, inciso II, que os providos o suporte e a
os alunos. atenção individuais às diferentes necessidades dos
Ⓑ desenvolvida a agregação de competências para estudantes no processo de aprendizagem, mediante
o trabalho. atividades diversi昀椀cadas.
Ⓒ desenvolvida a educação pro昀椀ssional mesmo sem Alternativa E: INCORRETA. As políticas de formação
articulação com a educação básica. de pessoas adultas deverão ser necessariamente
Ⓓ providos suporte e atenção individual às dife- abrangentes, diversi昀椀cadas e altamente 昀氀exíveis.
rentes necessidades dos estudantes no processo de Nesse contexto, as atividades e vivências socializa-
aprendizagem. doras, culturais, recreativas e esportivas, geradoras
Ⓔ valorizadas a realização de atividades e vivências do enriquecimento do estudante, devem ser valori-
socializadoras, culturais, recreativas e esportivas, zadas, como prevê o Art. 28 das Diretrizes Curricula-
geradoras do enriquecimento do estudante. res Nacionais Gerais para a Educação Básica, de昀椀ni-
das pela Resolução nº 4 de 13 de Julho de 2010.
Grau de Di昀椀culdade
26. Questão
Alternativa A: INCORRETA. As Diretrizes Curriculares
Nacionais Gerais para a Educação Básica no Art. 28, (SEDUC/AM - FGV - 2014) Relacione os tipos de políticas
parágrafo 2º, inciso I, que os cursos de EJA, prefe- para a Educação de Jovens e Adultos às respectivas
rencialmente tendo a Educação Pro昀椀ssional articu- características.
lada com a Educação Básica, devem pautar-se pela
昀氀exibilidade, tanto de currículo quanto de tempo e 1. Políticas de Educação Crítica
espaço, para que seja rompida a simetria com o en- 2. Políticas de Educação para a Conformidade
sino regular para crianças e adolescentes, de modo 3. Políticas de Educação e Formação para a Com-
a permitir percursos individualizados e conteúdos petitividade
signi昀椀cativos para os jovens e adultos.
Alternativa B: INCORRETA. Segundo o Art. 28 das Di- ( ) Estabelecem patamares mínimos de caráter uni-
retrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educa- versal e de conhecimentos de natureza funcional
ção Básica, a EJA destina-se aos que se situam na úteis para o desenvolvimento econômico.
faixa etária superior à considerada própria, no nível ( ) Valorizam a gestão de recursos humanos e a for-
de conclusão do Ensino Fundamental e do Ensino mação de instrumentos de promoção da qualidade
Médio e deve ser de acordo ao parágrafo 2º - inciso do trabalho, de caráter técnico e racional.
IV - desenvolvida a agregação de competências para ( ) Procuram articular modalidades educativas dis-
o trabalho. tintas em programas integrados e inclusivos, acei-
Alternativa C: CORRETA. A legislação prevê que a tando espaços e tempos que estão além da escola
educação pro昀椀ssional deve ser articulada com os e suas regras.
níveis da educação básica, na oferta de cursos de
formação inicial e continuada ou quali昀椀cação pro昀椀s- Assinale a opção que mostra a relação correta, de
sional, e nos de Educação Pro昀椀ssional Técnica de ní- cima para baixo.
vel médio. Neste último nível, o artigo 36, parágrafo
2 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Ⓐ1–2–3
jam os objetivos de aprendizado, interfaceando as Assertiva III: FALSA. De acordo com o Art. 38, Pará-
necessidades, os recursos e os objetivos 昀椀nais da grafo primeiro, inciso I da Lei 9394/1996, os exames
aprendizagem. serão realizados “no nível de conclusão do Ensino
Fundamental, para os maiores de quinze anos”.
28. Questão Assertiva IV: FALSA. O Parágrafo primeiro, inciso II,
Art. 38 da Lei 9394/1996, determina que os exames
(PREF. PINHALAO/PR - FAFIPA - 2015) Conforme a Lei de Di- serão realizados “no nível de conclusão do Ensino
retrizes e Bases da Educação Nacional, a Educação Médio, para os maiores de dezoito anos”.
de Jovens e Adultos (EJA) será destinada àqueles que
não tiveram acesso ou continuidade de estudos no Resposta: Ⓓ
ensino fundamental e médio na idade própria. Sobre
a EJA, assinale (V) para Verdadeiro e (F) para Falso:
Ⓐ F – V – V – V.
Ⓑ F – F – F – F.
Ⓒ V – V – V – V.
Ⓓ V – V – F – F.
Grau de Di昀椀culdade
RESUMO PRÁTICO
Aspectos Históricos e Legais da Educação Técnica A partir de 1808, com a chegada de D. João VI, o
A formação do trabalhador no Brasil teve início Brasil experimentou um avanço no setor industrial,
no período colonial. Nesta época, o modelo eco- com a abertura de novas fábricas, o que teve como
nômico agrário exportador sustentava a economia, consequência, o surgimento de um novo cenário
demandando uma mão de obra escrava (constituída para a aprendizagem pro昀椀ssional.
por negros e mulatos), subordinada a elite, ao tra- No Período Imperial, o ensino pro昀椀ssional con-
balho exaustivo de caráter manual e com uso exces- tinuou a ser desvalorizado; contudo, foram imple-
sivo da força física. De acordo com Oliveira (2010), mentadas diversas iniciativas voltadas para a edu-
mantidos sob a condição de escravos, estas pessoas cação pro昀椀ssional, uma ampliação da capacitação
não teriam “acesso a qualquer educação que permi- pro昀椀ssional compulsória, de caráter assistencialista
tisse o aprendizado e exercício de outras diferentes e moralizador, voltada para os pobres e desvalidos.
atividades ocupacionais; aos homens livres, aqueles Com a Revolução Industrial em 1930 e a criação
pertencentes à classe mais favorecida economica- do Ministério da Educação e da Saúde, a educação
mente, cabia aprender as pro昀椀ssões por meio das pro昀椀ssional se consolida, por meio da Inspetoria do
Corporações de Ofício”. Ensino Pro昀椀ssional Técnico, que ampliou os espaços
As Corporações de Ofício possuíam rigorosas de concretização da estrutura do ensino pro昀椀ssional
normas de funcionamento que impediam o ingresso no Brasil. Neste cenário, com a crescente necessi-
de escravos, e o ensino oferecido era centrado ex- dade de produção, a urgência pela mão de obra se
clusivamente nos ofícios que eram exercidos pelos intensi昀椀ca; não havendo, entretanto, uma preocupa-
homens livres. O trabalho manual era considerado ção com a formação humana do indivíduo, uma vez
uma atividade indigna para o homem branco e li- que o interesse era exclusivamente para a formação
vre. “Atividades artesanais e manufatureiras, como a técnica. Mais uma vez, se reforça a dualidade entre
carpintaria, a serralheria, a construção, a tecelagem, trabalho manual e trabalho intelectual.
entre outras, eram repudiadas por se tratarem de A Constituição Brasileira de 1937 foi a primeira
ocupações de escravos” (CUNHA 2000, p. 3). a tratar especi昀椀camente de ensino técnico, pro昀椀s-
A separação social entre trabalho intelectual e sional e industrial, estabelecendo no artigo 129 que:
trabalho manual é consequência da produção priva-
O ensino pré-vocacional e pro昀椀ssional destinado cerem função de dirigentes na escola; o outro, para
às classes menos favorecidas é, em matéria de aqueles com poucos anos de escolaridade, os quais
educação, o primeiro dever do Estado. Cumpre-lhe
dar execução a esse dever, fundando institutos de seriam preparados para o exercício do trabalho, por
ensino pro昀椀ssional e subsidiando os de iniciativa meio de cursos especí昀椀cos de formação pro昀椀ssional,
dos Estados, dos Municípios e dos indivíduos ou na rede pública ou privada.
associações particulares e pro昀椀ssionais. É dever Após a Reforma Capanema, a educação básica e
das indústrias e dos sindicatos econômicos criar,
na esfera de sua especialidade, escolas de apren- a pro昀椀ssional passaram por mudanças: na educação
dizes, destinadas aos 昀椀lhos de seus operários ou básica, desapareceram os cursos médios de 2º ciclo
de seus associados. (Art. 29, Constituição 1937) (atual ensino médio), chamados de cursos colegiais,
com duas modalidades: cientí昀椀co e clássico, ambos
Reforma Capanema voltados para preparar cidadãos para ingressarem
No período do Governo Vargas, ocorreu a Re- no ensino superior.
forma Capanema em 1942 que reformulou todo o A partir destas mudanças, a educação brasileira
ensino no país, determinando que: o ensino pro昀椀s- regular se estrutura em dois níveis: educação básica
sional passasse a ser considerado de nível médio; o e ensino superior. A educação básica era dividida
ingresso nas escolas industriais dependeria de exa- em: curso primário (duração de cinco anos) e cur-
mes de admissão; e os cursos foram divididos em so secundário subdividido em ginasial (duração de
dois níveis, correspondentes aos dois ciclos do novo quatro anos) e o colegial (duração de três anos).
ensino médio: Quanto a vertente pro昀椀ssionalizante, o ensino
secundário era constituído pelos cursos normal,
• 1º Ciclo: compreendendo cursos básico indus- industrial técnico, comercial técnico e agrotécnico.
trial, artesanal, de aprendizagem e de mestria. Todos com o mesmo nível e duração do colegial, mas
• 2º Ciclo: correspondia ao curso técnico indus- não habilitavam para o ingresso no ensino superior
trial, com três anos de duração e mais um de (Moll, 2010).
estágio supervisionado na indústria, e com- Com toda esta diferenciação, surge “pela primei-
preendendo várias especialidades. ra vez uma tentativa de aproximação entre o ramo
secundário propedêutico (colegial nas vertentes
Este modelo – sistema educacional dualista for- cientí昀椀co e clássico) e os cursos pro昀椀ssionalizantes
mava por um lado, intelectuais (ensino secundário) de nível médio, através de exames de adaptação”
e, por outro, trabalhadores (cursos pro昀椀ssionais), (MOLL, 2010, p. 65), os quais eram realizados pelos
estabelecendo-se a denominada dualidade estrutu- concluintes, que tinham interrompido a sua trajetó-
ral. Os ramos técnicos não tinham direito de acesso ria escolar e através da aprovação nos exames de
aos cursos superiores (este direito só foi concedido adaptação, poderiam continuar os estudos no en-
anos depois, mediante a aprovação em Exame de sino superior. Posteriormente, em 1959, as Escolas
Adaptação, do qual constavam conteúdos do curso Industriais e Técnicas são transformadas em autar-
secundário). quias com o nome de Escolas Técnicas Federais.
Também, foi no período de Capanema que foi
criado o Sistema S4 composto pelo: Serviço Nacional A primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação
de aprendizagem industrial (SENAI, em 1942); o Ser- Brasileira
viço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC), Em 1961, foi promulgada a primeira Lei de Dire-
o Serviço Social do Comércio (SESC) e o Serviço So- trizes e Bases – Lei 4.024, a qual tinha como princí-
cial da Indústria (SESI), todos criados em 1946. Estas pio, promover a igualdade e a identidade entre ensi-
empresas eram subsidiadas e administradas pelo no técnico e o secundário, extinguindo a dualidade
empresariado, que para atender aos seus interesses, estrutural. A equivalência aos demais cursos secun-
formava trabalhadores submissos ao capital. dários permitia acesso ao ensino superior. Contudo,
A dualidade estrutural, a partir das demandas e esse rompimento é apenas formal, pois “[...] o ensi-
funções do mundo da produção econômica, legiti- no voltado para os estudos em nível superior, desti-
mou dois caminhos para a educação: um deles era nado ás elites privilegiava os conteúdos exigidos nos
voltado para os que seriam preparados para exer- processos seletivos à educação superior, ou seja,
as ciências, as letras e as artes. Enquanto isso nos A partir da década de 80, novas formas de or-
cursos pro昀椀ssionalizantes, esses conteúdos eram ganização e de gestão modi昀椀caram a estrutura do
reduzidos em favor das necessidades imediatas do mundo do trabalho e as empresas passaram a exigir
mundo do trabalho”. (BRASIL, 2007, p.13). empregados mais quali昀椀cados. Novas competências
No período de 1964 a 1968 não se constatam re- passaram a ser requeridas, como inovação, criativi-
formas na educação pro昀椀ssional. Neste período são dade, capacidade para o trabalho em equipe e auto-
昀椀xados vários acordos com agências internacionais nomia na tomada de decisões. Tudo isso, mediado
que avaliam a educação pro昀椀ssional, no sentido de pela utilização de novas tecnologias da informação.
moldá-la à ideologia dos países hegemonicamente, Em 1982, foi promulgada a Lei 7044/82, que de-
mantinham a economia mundial e que “investiam” terminou o 昀椀m da obrigatoriedade da pro昀椀ssionali-
no Brasil. zação do ensino, tornando-o facultativo e instituin-
do a quali昀椀cação para o trabalho.
A Lei 5692/71 e a Educação Técnica Pro昀椀ssional O Art. 1º exprime os objetivos amplos da Edu-
A prioridade pela quali昀椀cação para o trabalho, cação:
pela necessidade de formação técnica dos trabalha- "O ensino de 1º e 2º graus têm por objetivo pro-
dores, foi a meta prioritária da segunda Lei de Dire- porcionar ao educando a formação necessária ao
trizes e Bases – Lei 5692 de 1971. A pro昀椀ssionalização desenvolvimento de suas potenciali¬dades como
no ensino médio torna-se obrigatória, o que de certa elemento de autorrealização, preparação para o tra-
forma desvaloriza o ensino pro昀椀ssionalizante, colo- balho e para o exercício consciente da cidadania".
cando a escola de ensino médio como formadora
de mão de obra quali昀椀cada. Nesse tempo, as Esco- O Art. 4º da Lei 7044/82 determina:
las Técnicas Federais aumentam expressivamente Artigo. 4º - Os currículos do ensino de 1º e 2º graus
terão um núcleo comum, obrigatório em âmbito
o número de matrículas e implantam novos cursos nacional, e uma parte diversi昀椀cada para atender,
técnicos. conforme as necessidades e possibilidades con-
Sobre a Lei 5692/71, o Conselho Nacional de cretas, às peculiaridades locais, aos planos dos
Educação (CNE, 1999, p. 09) destaca que a rápida estabelecimentos de ensino e às diferenças indi-
viduais dos alunos.
implantação da pro昀椀ssionalização do ensino médio § 1º – A preparação para o trabalho, como elemen-
desencadeou “uma falsa imagem da formação pro- to de formação integral do aluno, será obrigatória
昀椀ssional como solução para os problemas de empre- no ensino de 1º e 2º graus e constará dos planos
go, possibilitando a criação de muitos cursos, mais curriculares dos estabelecimentos de ensino.
§ 2º – A preparação para o trabalho, no ensino de
por imposição legal e motivação político-eleitoral 2º grau, poderá ensejar habilitação pro昀椀ssional, a
que por demandas reais da sociedade [...]”. Desta critério do estabelecimento de ensino.
forma, a realidade não foi modi昀椀cada pela lei, 昀椀can-
do as escolas técnicas com o ensino pro昀椀ssionali- É importante sinalizar que essa legislação não
zante para a classe trabalhadora e as escolas de 2º afetava o Ensino Técnico na sua estrutura curricular,
grau preparando para o vestibular. devendo este continuar a promover formação que
contemplasse tanto o núcleo comum quanto às dis-
A década de 80 e a estrutura do trabalho ciplinas especí昀椀cas, situação que se altera, como já
se viu, com a nova legislação.
O período compreendido entre a década de 70
e o início da década de 80 foi marcado por uma in- ANOS 90: Novos tempos, novos rumos para a
tensa insatisfação de pro昀椀ssionais e de estudantes Educação
da educação pública, que frente à longa trajetória No início dos anos 90, houve a reforma da edu-
de repressão, ensejaram vários protestos contra o cação pro昀椀ssional, a qual se propôs a retomar o
descaso do Estado pela educação, contra a privati- crescimento econômico interrompido na década de
zação das escolas públicas, a falta de qualidade do 80, pela crise do capitalismo. Diante das exigências
ensino e a desvalorização dos professores e técnicos socioeconômicas surgidas no contexto da globali-
da área educacional. zação que desencadeou o aparecimento de novos
O Decreto Federal 2.208/97 e as 昀椀nalidades, ob- • Nível tecnológico: referente a todo curso su-
jetivos e níveis da Educação perior da área tecnológica, e voltado a quem
Quanto às 昀椀nalidades da Educação Pro昀椀ssional, concluísse o ensino médio e/ou técnico.
o Decreto Federal 2.208/97, dispõe que esta modali-
dade de educação deve: Em síntese, o Decreto nº 2.208/1997, teve como
principal característica a desvinculação dos ensinos
• Formar técnicos de nível médio e tecnológico médio e técnico; o que reforçou o dualismo entre a
de nível superior para os diferentes setores da formação geral e a formação pro昀椀ssional; manten-
economia do em sua estrutura a separação entre a formação
• Especializar e aperfeiçoar o trabalhador em geral - propedêutica - destinada a preparar para o
seus conhecimentos tecnológicos ingresso no ensino superior, e a formação técnica,
• Quali昀椀car, requali昀椀car e treinar jovens e adul- dedicada a preparar para o mercado de trabalho
tos com qualquer nível de escolaridade, para a de maneira imediata, para atender as demandas da
sua inserção e melhor desempenho no exercí- sociedade.
cio do trabalho
O Decreto Federal nº 5.154/2004 - alguns aspectos
Em relação aos objetivos, o referido documento Em 2004 o decreto nº 2.208/97, foi substituído
determina que a educação pro昀椀ssional deve: pelo Decreto nº 5.154/2004, o qual determina:
Art. 1º: A educação pro昀椀ssional, prevista no art.
I. promover a transição entre a escola e o mundo 39 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei
do trabalho, capacitando jovens e adultos com de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), obser-
conhecimentos e habilidades gerais e especí昀椀- vadas as diretrizes curriculares nacionais de昀椀nidas
cas para o exercício de atividades produtivas; pelo Conselho Nacional de Educação, será desenvol-
II. proporcionar a formação de pro昀椀ssionais, ap- vida por meio de cursos e programas de:
tos a exercerem atividades especí昀椀cas no tra-
balho, com escolaridade correspondente aos I. formação inicial e continuada de trabalhado-
níveis médio, superior e de pós-graduação; res;
III. especializar, aperfeiçoar e atualizar o trabalha- II. educação pro昀椀ssional técnica de nível médio; e
dor em seus conhecimentos tecnológicos; III. educação pro昀椀ssional tecnológica de gradua-
IV. quali昀椀car, repro昀椀ssionalizar e atualizar jovens ção e de pós-graduação.
e adultos trabalhadores, com qualquer nível de
escolaridade, visando a sua inserção e melhor Art. 2º A educação pro昀椀ssional observará as se-
desempenho no exercício do trabalho (BRASIL, guintes premissas:
1997).
I. organização, por áreas pro昀椀ssionais, em função
Quanto aos níveis, o ensino pro昀椀ssional de acor- da estrutura sócio ocupacional e tecnológica;
do ao Decreto, previa a possibilidade legal de ser II. articulação de esforços das áreas da educação,
desenvolvido em três níveis: do trabalho e emprego, e da ciência e tecno-
logia.
• Nível básico: livre a todos os trabalhadores, não
exigindo qualquer nível de escolaridade e com Art. 3º Os cursos e programas de formação inicial
direito à certi昀椀cação; e continuada de trabalhadores, referidos no inciso
• Nível técnico: a estudantes ou a egressos do en- I do art. 1º, incluídos a capacitação, o aperfeiçoa-
sino médio, com currículo distinto deste, com mento, a especialização e a atualização, em todos
a 昀氀exibilidade de poder ocorrer concomitante os níveis de escolaridade, poderão ser ofertados
ou sequencialmente ao ensino médio, porém a segundo itinerários formativos, objetivando o de-
diplomação só se daria com a conclusão deste; senvolvimento de aptidões para a vida produtiva e
social.
Art. 4º A educação pro昀椀ssional técnica de nível cultura técnica e/ou formação instrumental – para
médio, nos termos dispostos no § 2º do art. 36, art. os pobres e desvalidos da sorte – versus formação
40 e parágrafo único do art. 41 da Lei nº 9.394, de acadêmica – para os 昀椀lhos da elite” (VIAMONTE, 2011,
1996, será desenvolvida de forma articulada com o p. 44).
ensino médio, observados:
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Edu-
I. os objetivos contidos nas diretrizes curricula- cação Pro昀椀ssional Técnica de Nível Médio (2012) -
res nacionais de昀椀nidas pelo Conselho Nacional Considerações
de Educação;
II. as normas complementares dos respectivos A Resolução CNE/CEB nº 6, de 20 de setembro de
sistemas de ensino; e 2012, de昀椀ne Diretrizes Curriculares Nacionais para a
III. as exigências de cada instituição de ensino, nos Educação Pro昀椀ssional Técnica de Nível Médio.
termos de seu projeto pedagógico. Art. 2º A Educação Pro昀椀ssional e Tecnológica,
nos termos da Lei nº 9.394/96 (LDB), alterada pela
§ 1º A articulação entre a educação pro昀椀ssional Lei nº 11.741/2008, abrange os cursos de:
técnica de nível médio e o ensino médio dar-se-á
de forma: I. formação inicial e continuada ou quali昀椀cação
pro昀椀ssional;
I. integrada, oferecida somente a quem já tenha II. Educação Pro昀椀ssional Técnica de Nível Médio;
concluído o ensino fundamental, sendo o curso III. Educação Pro昀椀ssional Tecnológica, de gradua-
planejado de modo a conduzir o aluno à habi- ção e de pós-graduação.
litação pro昀椀ssional técnica de nível médio, na
mesma instituição de ensino, contando com Quanto às formas de oferta, as Diretrizes alte-
matrícula única para cada aluno; ram o Art. 4º § 1º do Decreto nº 5.154/2004 e dis-
II. concomitante, oferecida somente a quem já põem no Art. 7º que a Educação Pro昀椀ssional Técnica
tenha concluído o ensino fundamental ou es- de Nível Médio é desenvolvida nas formas articulada
teja cursando o ensino médio, na qual a com- e subsequente ao Ensino Médio:
plementaridade entre a educação pro昀椀ssional
técnica de nível médio e o ensino médio pres- I. a forma articulada é desenvolvida nas seguin-
supõe a existência de matrículas distintas para tes formas:
cada curso, podendo ocorrer:
• INTEGRADA, ofertada somente a quem já tenha
a. na mesma instituição de ensino, aproveitando- concluído o Ensino Fundamental, com matrí-
-se as oportunidades educacionais disponíveis; cula única na mesma instituição, de modo a
b. em instituições de ensino distintas, aproveitan- conduzir o estudante à habilitação pro昀椀ssional
do-se as oportunidades educacionais disponí- técnica de nível médio ao mesmo tempo em
veis; ou que conclui a última etapa da Educação Básica;
c. em instituições de ensino distintas, mediante • CONCOMITANTE, ofertada a quem ingressa no
convênios de intercomplementaridade, visando Ensino Médio ou já o esteja cursando, efetuan-
o planejamento e o desenvolvimento de proje- do-se matrículas distintas para cada curso,
tos pedagógicos uni昀椀cados; aproveitando oportunidades educacionais dis-
poníveis, seja em unidades de ensino da mes-
III. subsequente, oferecida somente a quem já te- ma instituição ou em distintas instituições de
nha concluído o ensino médio. ensino;
• CONCOMITANTE NA FORMA, uma vez que é de-
Em síntese, o decreto nº 5.154/04 dispõe sobre senvolvida simultaneamente em distintas insti-
a atribuição de uma identidade que contribua para tuições educacionais, mas integrada no conteú-
a formação integral dos educandos, “capaz de su- do, mediante a ação de convênio ou acordo de
perar a dualidade estrutural entre cultura geral e
superior. O mundo do trabalho exige cada vez mais zação e da integração entre teoria e prática, no
dos trabalhadores “maior capacidade de raciocínio, processo de ensino e aprendizagem;
autonomia intelectual, pensamento crítico, iniciativa VI. de昀椀nição de critérios e procedimentos de ava-
própria e espírito empreendedor, bem como capaci- liação da aprendizagem;
dade de visualização e resolução de problemas” (DI- VII. identi昀椀cação das reais condições técnicas, tec-
RETRIZES CURRICULARES NACIONAIS EDUCAÇÃO PRO- nológicas, físicas, 昀椀nanceiras e de pessoal ha-
FISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO, DCNETP – 2012). bilitado para implantar o curso proposto;
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Edu- VIII. elaboração do plano de curso a ser submetido
cação Pro昀椀ssional Técnica de Nível Médio devem es- à aprovação dos órgãos competentes do res-
tar centradas na oferta de uma Educação Pro昀椀ssio- pectivo sistema de ensino;
nal mais ampla e politécnica. As mudanças sociais IX. inserção dos dados do plano de curso de
e a revolução cientí昀椀ca e tecnológica, bem como o EPTNM, aprovado pelo respectivo sistema de
processo de reorganização do trabalho demandam ensino, no cadastro do Sistema Nacional de
uma completa revisão dos currículos, tanto da Edu- Informações da Educação Pro昀椀ssional e Tecno-
cação Básica como um todo, quanto, particularmen- lógica (SISTEC), mantido pelo MEC, para 昀椀ns de
te, da Educação Pro昀椀ssional. validade nacional dos certi昀椀cados e diplomas
Nesse sentido, o currículo deve possibilitar emitidos;
procedimentos didáticos pedagógicos constituídos X. avaliação da execução do respectivo plano de
de atividades teóricas, demonstrativas e práticas curso.
contextualizadas, bem como de projetos voltados
para o desenvolvimento da capacidade de solução As Diretrizes Curriculares para a Educação Téc-
de problemas. nica Pro昀椀ssional de nível médio (2012) acrescentam
De acordo com as Diretrizes Curriculares para a ainda que a melhor maneira para desenvolver os
Educação Técnica Pro昀椀ssional de nível médio (2012), saberes pro昀椀ssionais dos trabalhadores está na sua
a Organização Curricular dos cursos técnicos de ní- inserção nas várias dimensões da cultura, da ciên-
vel médio deve considerar: cia, da tecnologia e do trabalho, bem como de sua
contextualização, situando os objetivos de aprendi-
I. adequação e coerência do curso com o projeto zagem em ambiente real de trabalho. Deverá con-
político-pedagógico e com o regimento da ins- duzir à superação da clássica divisão historicamente
tituição de ensino; consagrada pela divisão social do trabalho entre os
II. adequação à vocação regional e às tecnologias trabalhadores comprometidos com a ação de execu-
e avanços dos setores produtivos pertinentes; tar e aqueles comprometidos com a ação de pensar
III. de昀椀nição do per昀椀l pro昀椀ssional de conclusão do e dirigir ou planejar e controlar a qualidade dos pro-
curso, projetado na identi昀椀cação do itinerário dutos e serviços oferecidos à sociedade.
formativo planejado pela instituição educacio- Nesta perspectiva, faz-se necessário o desenvol-
nal, com base nos itinerários de pro昀椀ssionali- vimento de metodologias de ensino diferenciadas,
zação claramente identi昀椀cados no mundo do garantindo o necessário “pluralismo de ideias e de
trabalho, indicando as efetivas possibilidades concepções pedagógicas” (inciso II do art. 3º da LDB)
de contínuo e articulado aproveitamento de e que relacionem permanentemente “a teoria com a
estudos; prática, no ensino de cada disciplina” (inciso IV do
IV. identi昀椀cação de conhecimentos, saberes e art. 35 da LDB).
competências pessoais e pro昀椀ssionais de昀椀ni-
doras do per昀椀l pro昀椀ssional de conclusão pro- EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
posto para o curso;
V. organização curricular 昀氀exível, por disciplinas Andragogia e o estudo dos Adultos
ou componentes curriculares, projetos, núcleos Iniciaremos a nossa abordagem sobre a Educa-
temáticos ou outros critérios ou formas de or- ção de Jovens e Adultos, conhecendo a ciência que
ganização, desde que compatíveis com os prin- estuda os adultos.
cípios da interdisciplinaridade, da contextuali-
Nesta perspectiva, as nossas re昀氀exões iniciais nizações internacionais como a UNESCO, refere-se
se voltam para a Andragogia, ciência que estuda as a uma área especializada da educação. Já a educa-
melhores práticas para orientar adultos a aprender. ção não formal está vinculada às organizações não
De origem grega, a palavra “andragogia” tem como governamentais, como igrejas, partidos políticos,
signi昀椀cado: andros adulto e gogos-educar. Em con- empresas privadas, que se organizam, via de regra,
traposição à Pedagogia (do grego paidós, criança), onde o Estado se omitiu e, muitas vezes, opõem-se
que se refere à educação de crianças. à educação de adultos o昀椀cial. A educação popular,
É preciso considerar que a experiência é a fonte normalmente, opõe-se à educação de adultos es-
mais rica para a aprendizagem de adultos; os quais tatal. Tem como base o respeito pelo senso comum
são motivados a aprender conforme vivenciam ne- dos setores populares em sua prática cotidiana.
cessidades e interesses da sua vida. A EJA é uma modalidade do ensino fundamental
De acordo com Martins (2013, p. 145), o modelo e do ensino médio, que pode ser ofertada em insti-
andragógico baseia-se nos seguintes princípios: tuições públicas ou privadas, a qual oportuniza aos
jovens e adultos iniciar e/ou dar continuidade aos
• Necessidade de saber: adultos carecem saber seus estudos.
por que precisam aprender algo e qual o ganho É necessário considerar o contexto cultural do
que terão no processo. educando da EJA, assim como a diversidade social,
• Autoconceito do aprendiz: adultos são res- econômica, étnica, regional e os saberes que cada
ponsáveis por suas decisões e por suas vidas, um carrega consigo, construídos em suas relações
portanto querem ser vistos e tratados, pelos sociais. De acordo com (GADOTTI; ROMÃO, 2011, p.
outros, como capazes de se autodirigir. 121), a EJA não deve ser “uma reposição da escola-
• Papel das experiências: para o adulto, suas ex- ridade perdida, como se con昀椀guram os cursos de
periências são a base de seu aprendizado. As aceleração ou supletivos, mas deve construir uma
técnicas que aproveitam essa amplitude de di- identidade própria, sem concessões à qualidade de
ferenças individuais serão mais e昀椀cazes. ensino e propiciando uma terminalidade e acesso a
• Prontidão para aprender: o adulto 昀椀ca disposto certi昀椀cados equivalentes ao ensino regular”.
a aprender quando a ocasião exige algum tipo
de aprendizagem relacionado a situações reais As primeiras iniciativas para a Educação de Jo-
de seu dia a dia. vens e Adultos
• Orientação para aprendizagem: o adulto apren- A história da educação de jovens e adultos no
de melhor quando os conceitos apresentados Brasil é muito recente. Embora tivesse início desde
estão contextualizados para alguma aplicação o período do Brasil Colônia, de uma forma mais as-
e utilidade. sistemática, as iniciativas governamentais no senti-
• Motivação: adultos são mais motivados a do de oferecer educação para jovens e adultos são
aprender por valores intrínsecos: autoestima, recentes.
qualidade de vida, desenvolvimento. No Brasil Colônia, a população adulta tinha ape-
nas educação para a doutrinação religiosa; um cará-
Na perspectiva da Andragogia, o educando é o ter muito mais religioso que educacional. Os colonos
agente de sua aprendizagem, a qual tem foco no aprendiam a ler e escrever com os jesuítas, para que
que é necessário à sua vivência na sociedade. As pudessem os ideais da igreja católica, para ler o ca-
atividades devem envolver situações do cotidiano, tecismo e seguir as ordens da corte; os índios eram
dando-lhe condições de enfrentar problemas reais. catequizados e, mais tarde, os negros escravos. Além
do estudo do evangelho, eram ensinadas normas de
Considerações sobre a Educação de Jovens e comportamento e os ofícios necessários à economia
Adultos colonial aos indígenas e aos escravos.
Gadotti (2007, p. 30), a昀椀rma que os termos “edu- Após a expulsão dos jesuítas pelo Marquês de
cação de adultos”, “educação popular”, “educação Pombal, ocorreu uma desorganização do ensino,
não formal” não são sinônimos. O termo educação que só voltou a ser ordenado no período do Império;
de adultos, popularizado, principalmente, por orga- ainda que muito pouco tenha sido feito para a edu-
cação, pois a população com idade superior a cinco parte da população e capacitar pro昀椀ssionais e atuar
anos permanecia analfabeta. junto à comunidade. Teve participação tanto na zona
No período da Proclamação da República, a rural, que visava 昀椀xar o homem no campo, além de
Constituição de 1891 rea昀椀rma que a educação bási- integrar os imigrantes e seus descendentes nos Es-
ca deveria ser da competência dos estados e mu- tados do Sul; quanto na zona urbana, cuja função
nicípios, que ofereciam o ensino elementar para a era de mão-de-obra alfabetizada para atender às
camada mais pobre. A União seria responsável pelo necessidades do contexto urbano-industrial.
ensino secundário e superior, atendendo a camada Vieira (2004, p.19-20) a昀椀rma que “apesar de, no
da elite. De acordo com Pierro (2000, p.109), “A nova fundo, ter o objetivo de aumentar a base eleitoral (o
Constituição Republicana estabeleceu também a analfabeto não tinha direito ao voto) e elevar a pro-
exclusão dos adultos da participação pelo voto, isto dutividade da população, a CEAA contribuiu para a
em um momento em que a maioria da população diminuição dos índices de analfabetismo no Brasil”.
adulta era iletra”. Nos anos 50 foi criada a Campanha Nacional de
A partir da década de 30, o sistema público co- Erradicação do Analfabetismo (CNEA), a qual bus-
meçou a demarcar seu lugar no país, dando espaço cou alfabetizar crianças, jovens e adultos durante a
para a criação da Educação básica de adultos, ga- vigência de dez anos. Entretanto, em 1961 “a CNEA,
nhando assim seu lugar na história da Educação do passou por di昀椀culdades 昀椀nanceiras, diminuindo
Brasil. A Constituição de 1934 sancionou o Plano Na- suas atividades. Em 1963 foi extinta, juntamente com
cional de Educação, o qual indicava que a Educação as outras campanhas até então existentes” (VIEIRA,
de Adultos era dever do Estado, incluindo em suas 2004, p.21-22). Neste mesmo ano, Paulo Freire deu
normas a oferta do ensino primário integral, gratuito início a uma experiência pioneira de ensinar 300
e de frequência obrigatória, extensiva para adultos. adultos a ler e escrever em 45 dias.
A formação da identidade da educação de adul- Década de 60: Novos rumos para a EJA
tos no Brasil dá-se a partir da década de 1940, Na década de 60, o analfabetismo era concebi-
especi昀椀camente no ano de 1947, com a política
de educação para as massas. Esta passava a ser do como causa e não efeito da situação econômica,
considerada uma condição necessária para que o social e cultural do país. Segundo Ribeiro (1997, p.
Brasil se realizasse como um país desenvolvido. 20), “essa concepção legitimava a visão do adulto
Neste período, foi lançada a Campanha de Educa- analfabeto como incapaz e marginal, identi昀椀cado
ção de Adolescentes e Adultos, cujo objetivo era
alfabetizar, em três meses, esta parcela da popu- psicológica e socialmente com a criança”.
lação excluída da educação regular (PEREIRA apud Nesta mesma década, os principais programas
MACEDO, 2007, p.2). de alfabetização e educação popular se inspiraram
na proposta de alfabetização de adultos de Paulo
CAMPANHA DE EDUCAÇÃO Freire, que defendia como aspectos fundamentais
DE ADOLESCENTES E ADULTOS para este aprendizado: as experiências do indivíduo,
suas opiniões e sua história de vida. Para Freire, “A
Em 1945, com o 昀椀m da ditadura de Vargas, o país leitura do mundo precede a leitura da palavra” e
vivia a efervescência política da redemocratização. nesse sentido é necessário oportunizar o indivíduo
A Segunda Guerra Mundial tinha terminado recen- a compreender o mundo a sua volta, dominando seu
temente e a ONU – Organização das Nações Unidas espaço e enxergando-se como o protagonista de sua
– alertava para a urgência de integrar os povos vi- própria história.
sando à paz e à democracia. Com isso, a educação Nos anos 70, ainda sob a ditadura militar, deu-
dos adultos ganhou destaque dentro da preocupa- -se início ao Movimento Brasileiro de Alfabetização,
ção geral com a educação elementar comum, o que o Mobral, um projeto cujo objetivo era acabar com
se concretizou em 1947, quando teve início, a política o analfabetismo em apenas dez anos. Alguns anos
de educação para as massas com a Campanha de depois de sua criação, o MOBRAL perdeu seu cará-
Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA). ter ligado à alfabetização e se mostrou como um
A Campanha de Educação de Adolescentes e poderoso instrumento ideológico, que obedecia
Adultos tinha como objetivo alfabetizar a grande aos interesses dos militares. Com isso, o programa
passou por diversas alterações em seus objetivos, e propor experiências de EJA, busca mostrar a im-
ampliando sua área de atuação para compor como portância da EJA junto ao Poder Público.
a educação comunitária e a educação de crianças. De acordo com o segundo segmento da Proposta
É importante destacar que alguns grupos opostos Curricular (2003), a Con昀椀ntea, indicou como princí-
à ditadura procuraram seguir as propostas mais pios da EJA
críticas, baseados no Método Paulo Freire, os quais
puderam se ampliar na década de 80, com o início • Sua inserção num modelo educacional inova-
da abertura política. dor e de qualidade, orientado para a formação
O Mobral foi extinto em 1985, por ter sido de- de cidadãos democráticos, sujeitos de sua
sacreditado nos meios políticos e educacionais (Ri- ação, valendo-se de educadores que tenham
beiro, 1997). Nos últimos anos de vigência, uma CPI formação permanente como respaldo da qua-
foi instalada para apurar denúncias quanto às apli- lidade de sua atuação.
cações dos recursos 昀椀nanceiros e ao falso índice de • Currículo variado, que respeite a diversidade de
analfabetismo emitido por conta do programa. etnias, de manifestações regionais e da cultu-
Em substituição ao Mobral, surgiu a Fundação ra popular, cujo conhecimento seja concebido
Educar (extinta em 1990), a qual tinha como objetivo como uma construção social fundada na inte-
“promover a execução de programas de alfabetiza- ração entre a teoria e a prática e o processo de
ção e de educação básica não formais, destinados ensino e aprendizagem como uma relação de
aos que não tiveram acesso à escola ou dela foram ampliação de saberes.
excluídos prematuramente” (ZUNTI, 2000). • A educação de jovens e adultos deve abordar
As Diretrizes Curriculares para EJA, em 1990, de- conteúdos básicos, disponibilizando os bens
昀椀niu três funções básicas, para esta modalidade de socioculturais acumulados pela humanidade.
educação: • As modernas tecnologias de comunicação exis-
tentes devem ser colocadas à disposição da
FUNÇÕES DA EJA melhoria da atuação dos educadores.
• Reparadora: restauração de um direito negado. • A articulação da educação de jovens e adultos
Indispensável para que o aluno tenha acesso á à formação pro昀椀ssional, no atual estágio de
escola de qualidade, buscando as necessidades desenvolvimento da globalização da economia,
de aprendizagem, aliado ao direito do reconhe- marcada por paradigma de organização do tra-
cimento de igualdade a qualquer ser humano. balho, não pode ser vista de forma instrumen-
• Equalizadora: relaciona as igualdades de opor- tal, mas exige um modelo educacional voltado
tunidades e novas inserções no mundo do para a formação do cidadão e do ser humano
trabalho. Representa assim, a possibilidade de em todas as suas dimensões.
reentrada no sistema educaional paara aqueles • O respeito aos conhecimentos construídos pe-
que por um motivo ou outro tiveram seus estu- los jovens e adultos em sua vida cotidiana.
dos interrompidos.
• Quali昀椀cadora: destina-se a resgatar o tempo Em 1997, no Governo de Fernando Henrique Car-
perdido nos estudos. Tem como objetivo alcan- doso, foi criado o Programa Alfabetização Solidária
çar o caráter incompleto do ser humano e res- – PAS, o qual teve como proposta inicial, alfabetizar
tabelecer seu potencial de desenvolvimento e jovens e adultos nas regiões Norte e Nordeste do
de adequação em quadros escolares. Educaçãi país, mas conseguiu abranger as regiões Centro-
permanente buscando sanar as di昀椀culdades e -Oeste e Sudeste, e outros países africanos de lín-
adequar-se ao novo quadro social e escolar. gua portuguesa. Os principais objetivos do PAS é a
inserção das pessoas não alfabetizadas na Educação
Durante os anos 90, aconteceu a Conferência In- de Jovens e Adultos e a continuidade dos estudos.
ternacional de Educação de Adultos V (CONFINTEA),
na qual educadores, pesquisadores, instituições go- O avanço das Políticas Públicas para EJA
vernamentais e não governamentais e movimentos As políticas de Educação de Jovens e Adultos,
sociais se juntam na intenção de discutir, congregar tanto de iniciativa de instituições no âmbito do sis-
tema público de ensino quanto às organizadas pelos da sociedade e a valores que permitam construir uma
movimentos sociais trazem, em suas propostas pe- identidade coletiva” (KRAWCZYK, 2000, p. 67).
dagógicas, princípios norteadores fundamentados A Resolução nº 1, de 5 de julho de 2000, do Con-
em uma maneira de pensar a EJA situada no que se selho Nacional de Educação (CNE) – estabelece as
constituiu como sendo educação popular, que con- Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de
siste, segundo Barreiro (2004, p. 28), em uma educa- Jovens e Adultos e assegura que esta modalidade de
ção dirigida às populações adultas, pensada como ensino deve considerar as situações, os per昀椀s dos
uma educação participante, “ instrumento de desen- estudantes, as faixas etárias e se pautará pelos prin-
volvimento da consciência crítica popular, um dos cípios de equidade, diferença e proporcionalidade
instrumentos de ressigni昀椀cação da própria realida- conforme o Art. 5 das Diretrizes Curriculares Nacio-
de social na medida em que se constitui como uma nais garantindo:
situação organizada do encontro de pessoas que se
empenham coletivamente na tarefa de 'transformar I. quanto à equidade, a distribuição especí昀椀ca
o mundo’”. dos componentes curriculares a昀椀m de pro-
A Educação de Jovens e Adultos tem a primeira piciar um patamar igualitário de formação e
referência à garantia de ensino público fundamental restabelecer a igualdade de direitos e de opor-
obrigatório, inclusive “para todos os que a ele não tunidades face ao direito à educação;
tiveram acesso na idade própria”, assegurada na II. quanto à diferença, a identi昀椀cação e o reco-
constituição Federal no seu Art. 208 – “O dever do nhecimento da alteridade própria e inseparável
Estado com a educação será efetivado mediante a dos jovens e dos adultos em seu processo for-
garantia de: mativo, da valorização do mérito de cada qual
e do desenvolvimento de seus conhecimentos
I. ensino fundamental, obrigatório e gratuito, e valores;
assegurado, inclusive, sua oferta gratuita para III. quanto à proporcionalidade, a disposição e
todos os que a ele não tiveram acesso na idade alocação adequadas dos componentes curricu-
própria; (...) § 1º O acesso ao ensino obrigatório lares face às necessidades próprias da Educa-
e gratuito é direito público subjetivo. ção de Jovens e Adultos com espaços e tempos
nos quais as práticas pedagógicas assegurem
O acesso ao Ensino Fundamental gratuito é de- aos seus estudantes identidade formativa co-
terminado pela Constituição de 1988, em seu art. mum aos demais participantes da escolariza-
208, inciso I, a qual estabelece ser dever do Estado, ção básica.
promover a educação de jovens e adultos. Com a
promulgação da Lei de Diretrizes e Bases 9394/96, a De acordo com as Diretrizes, a EJA não se limita
EJA passa a atender aos interesses e às necessidades à sala de aula, mas desenvolve ações em diversos
de indivíduos que já tinham uma determinada expe- movimentos sociais, como, por exemplo, nos sindi-
riência de vida e participam do mundo do trabalho. catos, associações de bairro, comunidades etc., com
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB o intuito de permitir a compreensão da vida moder-
9334/96 propôs, em seu artigo 3º, a igualdade de na e o posicionamento crítico dos educandos frente
condições para o acesso e a permanência na escola, à sua realidade.
o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, Nesta perspectiva, em 2003, foi lançado o pro-
a garantia de padrão de qualidade, a valorização da grama Brasil Alfabetizado (PBA), regido pela Lei n°
experiência extraescolar e a vinculação entre a edu- 10.880, de 9 de junho de 2004, e pela Lei n°11.507,
cação escolar, o trabalho e as práticas sociais. de 20 de julho de 2007, foi reorganizado pelo De-
O século XXI avança na Educação de Jovens e creto nº 6.093, de 24 de abril de 2007. O programa
Adultos, especialmente a partir da política do gover- está voltado à alfabetização de jovens, adultos e
no do então Presidente Lula da Silva. Efetivamente idosos, com a proposta de ser uma via de acesso à
era necessário implantar uma política educacional cidadania e uma possibilidade de elevação da esco-
para que jovens, adultos e idosos tivessem “acesso ao laridade. Consolidou-se por meio de parcerias com o
conhecimento atualizado e signi昀椀cativo do conjunto Distrito Federal, estados, municípios, instituições de
ensino públicas e privadas (sem 昀椀ns lucrativos), or- • Problematização: o professor desa昀椀a e inspira
ganizações não governamentais, que desenvolviam o aluno a superar a visao mágica e a crítica do
e executavam projetos de alfabetização de jovens e mundo, para uma postura conscientizada.
adultos, com a responsabilidade pela execução das
ações 昀椀nanciadas pelo programa. O Método Freireano deveria possibilitar ao
A promulgação do Decreto nº 5 840 em 2006, o educando sentir que faz parte da história que está
Governo Federal instituiu, no país, o Programa Na- sendo construída. No momento em que o professor
cional de Integração da Educação Pro昀椀ssional com dialogasse com seus alunos, ele estaria conhecendo
a Educação Básica na Modalidade de Educação de a realidade de cada um e falando um pouco da sua
Jovens e Adultos – PROEJA, no âmbito restrito das vida. O método deveria partir de palavras geradoras
instituições federais vinculadas à educação pro昀椀s- (do contexto do educando), o que facilitaria a leitura
sional. ensinada.
As palavras geradoras, propostas pelo educador
A proposta pedagógica de Paulo Freire no Brasil pernambucano, signi昀椀cam uma forma para que os
A proposta pedagógica de Freire baseava-se alunos compreendam com mais facilidade a leitura
na realidade do educando, levando em conta suas ensinada. A palavra é apresentada junto à imagem
experiências, suas opiniões e sua história de vida. que está relacionada ao seu signi昀椀cado. A cada ima-
Educador e educando devem caminhar juntos, in- gem criava-se um diálogo em torno de um tema e a
teragindo durante todo o processo de alfabetiza- partir daí a palavra escrita era estudada por partes:
ção. Para Freire, a alfabetização deveria conduzir o suas sílabas. Para a aplicação de seu método, Freire
educando a libertação, o que não se dá apenas no propõe cinco fases:
âmbito cognitivo, mas principalmente nos aspectos
social, cultural e político. FASES DO MÉTODO PAULO FREIRE
Freire critica a educação do treino, a educação Levantamento do universo vocabular
bancária, em que o educador realizava “depósitos” do grupo. Nessa fase, ocorrem as inte-
rações de aproximação e conhecimen-
nas cabeças “vazias” dos educandos e aposta numa
1ª FASE to mútuo, bem como a anotação das
educação libertadora, em que o erro não é conde- palavras da linguagem dos membros
nado, pois faz parte do processo de ensino e apren- do grupo, respeitando seu linguajar
dizagem. típico.
Escolha das palavras selecionadas,
O Método Paulo Freire seguindo os critérios de riqueza fo-
nética, di昀椀culdades fonéticas - numa
Ribeiro (1997) a昀椀rma que o Método Paulo Freire
sequência gradativa das mais simples
previa uma fase de preparação, em que o alfabetiza- 2ª FASE
para as mais com¬plexas, do compro-
dor deveria realizar uma pesquisa sobre a realidade metimento pragmático da palavra na
do grupo em que atuaria, além de um levantamento realidade social, cultural, política do
grupo e/ou sua comunidade.
de seu universo vocabular. Desse universo vocabu-
lar, o educador selecionaria as palavras com maior Criação de situações existenciais ca-
racterísticas do grupo. Trata-se de si-
densidade de sentido e que expressassem as situa-
tuações inseridas na realidade local,
ções existenciais mais importantes. 3ª FASE que devem ser discutidas com o intui-
to de abrir perspectivas para a aná-
ETAPAS DO MÉTODO PAULO FREIRE lise crítica consciente de problemas
locais, regionais e nacionais.
• Investigação: professor e aluno buscam juntos,
palavras e temas mais signi昀椀cativos da vida do Criação das 昀椀chas-roteiro que nor-
teiam os debates, as quais deverão
aluno, dentro de seu universo vocabular e da 4ª FASE servir como subsídios, sem, no entan-
comunidade em que ele vive. to, seguir uma prescrição rígida.
• Tematização: momento da tomada de consciên-
cia do mundo, por meio da análise dos signi昀椀-
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XIV. (pp. 109-130).
190
5 Fundamentos da Educação
tuições e pro昀椀ssões, dentre elas a escola e o magis- Alternativa D: INCORRETA. Avaliar é um processo que
tério. Respondendo ao novo cenário das sociedades deve atender às individualizações da aprendizagem,
contemporâneas, o trabalho dos professores deve proporcionando a re昀氀exão transformada em ação.
ser realizado, levando em conta ações importantes Ação essa que deve estimular novas ideias, propor-
para o desenvolvimento do ensino sob novos para- cionando ao educador inovações permanentes so-
digmas educacionais, dentre as quais: bre a realidade, utilizando metodologias diversas,
acompanhando o passo a passo do educando, na
Ⓐ Empregar materiais e recursos didáticos construí- sua trajetória de construção de conhecimento.
dos a partir de experiência docente anterior. Alternativa E: INCORRETA. Os projetos didáticos pos-
Ⓑ Realizar projetos e propostas de ensino que privi- sibilitam trabalhar com diferentes áreas do conhe-
legiem a interdisciplinaridade. cimento, possibilitando que as disciplinas escolares
Ⓒ Desconsiderar as particularidades dos objetos de dialoguem de forma contextualizada, respeitando a
estudo das disciplinas escolares. singularidade de cada, não de maneira enfática, mas
Ⓓ Estabelecer metodologia única de avaliação que numa organização pedagógica 昀氀exível e que esteja
possibilite a apreensão do grau de aprendizagem aberta ao novo.
dos alunos.
Ⓔ Promover projetos didáticos que enfatizem o res- 03. Questão
peito às fronteiras das disciplinas escolares.
(FUNDAÇÃO CASA - CETRO - 2014) Leia o trecho abaixo e, em
Grau de Di昀椀culdade seguida, assinale a alternativa correta.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência (INSS - FUNRIO - 2014) Para a educação, faz-se necessário
correta. o debate em torno dos projetos de sociedade que
tecem a atual realidade, porque:
Ⓐ 2, 1, 1, 2.
Ⓑ 1, 2, 2, 1. Ⓐ A escola, no Brasil, é um projeto resolvido pela
Ⓒ 1, 2, 1, 2. modernidade.
Ⓓ 2, 2, 1, 1. Ⓑ A educação é uma prática social e, portanto, po-
lítica.
Grau de Di昀椀culdade Ⓒ O papel da educação escolar é rede昀椀nir os papéis
dos diferentes grupos sociais.
Assertiva I: A Pedagogia Liberal surgiu por volta dos Ⓓ A política partidária deve orientar os projetos
anos 1920 e 1930 para justi昀椀car o sistema capitalista educacionais.
e cumprir o papel de reproduzir a sociedade de clas- Ⓔ A função da escola é formar produtores e consu-
ses e reforçar o modo de produção capitalista. Assim, midores conscientes de seus papéis.
pressupõe a adaptação dos indivíduos aos valores e
às normas vigentes na sociedade de classes, através Grau de Di昀椀culdade
do desenvolvimento da cultura individual. Apesar de
difundir a ideia de igualdade de oportunidades, não Alternativa A: INCORRETA. A modernidade constituiu-
leva em conta a desigualdade de condições, assim -se como um período que trouxe um novo paradigma
para a educação. No campo educacional brasileiro, ses, estando incluídos em um processo dinâmico de
sua in昀氀uência foi profunda, determinando “não só o construção de conhecimentos, junto ao professor,
nascimento da escola pública, mas esquadrinhando enquanto mediador. A escola, então, passa a funcio-
novos parâmetros de tempo e de espaços escolares, nar como um lugar de troca, onde alunos e pro昀椀s-
revestidos de um rígido sistema hierárquico e extre- sionais podem aprender através das interações com
mamente vigilante” (Siqueira, 1999) . A modernidade o conhecimento.
não resolveu o problema da escola brasileira, uma
vez que ela se centrava num modelo altamente tra- 07. Questão
dicional, onde o aluno reproduzia o conhecimento,
do qual o professor era o detentor. (NUCLEP - BIORIO - 2014) A prática educativa emancipa-
Alternativa B: CORRETA. A educação é uma prática tória requer do educador uma tomada de posição
social que ocorre em todas as instâncias da socie- pela missão histórica consciente e consequente da
dade humana, portanto, constitutiva e constituinte humanidade de destruir as relações de classe que
das relações sociais. Por se concretizar através da sustentam a alienação e privam o homem de seu
relação pedagógica entre os sujeitos que a reali- desenvolvimento humano. Avalie se a prática edu-
zam, o comprometimento político lhe é próprio, é cativa deve ser:
inerente. Nesse sentido, a atividade educacional,
que se concretiza através das relações pedagógicas I. Descompromissada do querer fazer.
é, portanto, uma prática social com características II. Ético-política.
históricas, implicações teóricas e compromissos po- III. Pro昀椀ssional.
líticos. Segundo Saviani, “[...] a importância política IV. Um comprometimento com o dever e o poder.
da educação reside na sua função de socialização
do conhecimento. É realizando-se na especi昀椀cidade Estão corretas apenas:
que lhe é própria que a educação cumpre sua fun-
ção política” (2009, p. 88). Ⓐ I, II e IV.
Alternativa C: INCORRETA. A educação é compreendi- Ⓑ I, II e III.
da como instrumento a serviço da democratização, Ⓒ II, III e IV.
contribuindo por meio das vivências comunitárias Ⓓ I e II.
dos grupos sociais, no diálogo, para formar pessoas Ⓔ I, III e IV.
participantes. Cabe considerar a escola como uma
das instituições capazes de promover educação, as- Grau de Di昀椀culdade
sim como reconhecer suas relações com os aspectos
sociais e o grande poder que exerce na formação do Assertiva I: INCORRETA. A condição emancipatória
sujeito, uma vez que pode contribuir para uma lógi- fundamenta-se numa prática comprometida com as
ca de subserviência ou transformação. demandas das realidades sociais e com a “qualidade
Alternativa D: INCORRETA. A atuação político-parti- social da educação”. A prática educativa emancipa-
dária depende e contribui, em grande medida, para tória é “afetividade, alegria, capacidade cientí昀椀ca,
a sustentação de determinadas relações de hege- domínio técnico a serviço da mudança” (FREIRE,
monia. A história tem nos revelado que partido po- 2011, p. 143) .
lítico nada entende de educação, que cada ideolo- Assertiva II: CORRETA. O aspecto ético-político da
gia político-partidária cria sua pedagogia ou copia prática educativa emancipatória implica na rejeição
algum modismo visando seus próprios interesses e da discriminação e na re昀氀exão crítica sobre a práti-
não os da sociedade. ca, garantindo o rigor metodológico, a pesquisa, a
Alternativa E: INCORRETA. A educação deve possibi- competência, a criticidade, a ética nas relações, o
litar ao indivíduo o desenvolvimento de suas poten- respeito aos saberes dos educandos e o comprome-
cialidades, sua formação e sua consequente partici- timento político.
pação em sociedade. Nesse sentido, a escola deve Assertiva III: CORRETA. A busca pelo aperfeiçoamen-
desenvolver um processo interativo, onde todos to da prática educativa é essencial para a conquista
tenham a possibilidade de falar, apresentar hipóte- do aprimoramento pro昀椀ssional e, nesse sentido, o
educador, o professor utiliza-se da pesquisa e assim meio. Especi昀椀camente, pode ser relacionado propria-
faz as mudanças necessárias à prática educacional. mente como um saber fazer, o conhecimento prático.
Avaliando-se, ele bene昀椀ciará a si e aos alunos e pro- Assertiva C: conhecimento condicional. Na visão de
porcionará mais qualidade à sua prática pedagógica. Campos (2009), o conhecimento condicional é o que
Assertiva IV: CORRETA. Freire (2011) ressalta que a valida o conhecimento procedimental. Refere-se à
prática educativa deve ser realizada com alegria, contextualização da ação, possibilitando aos sujei-
esperança, convicção de que a mudança é possível, tos a melhor forma para resolver um determinado
curiosidade, poder de transformação da realidade, problema.
comprometimento, tomada de decisões e disponibi-
lidade ao diálogo. Resposta: Ⓓ
Alternativa A: INCORRETA. A escola é o espaço onde mento e encontrar respostas baseadas na vivência
ocorrem discussões e embates ideológicos, onde do aluno. [...] Esse enfoque parte da denúncia da
podemos continuar reproduzindo o ideário capi- ideologia e do poder engastados no conhecimento
talista ou nos contrapor, priorizando uma prática escolar”. A concepção de educação e de currículo
pedagógica que sirva para romper com as desigual- apresentada faz referência a qual tendência peda-
dades sociais, a educação de qualidade pautada em gógica?
conteúdos cientí昀椀cos, artísticos e 昀椀losó昀椀cos e não
apenas conhecimentos técnicos. Ⓐ Tradicional.
Alternativa B: INCORRETA. A escola faz a mediação Ⓑ Libertadora.
entre os conteúdos historicamente produzidos pela Ⓒ Aprender a aprender.
humanidade e o aluno, buscando formas para que Ⓓ Tecnicista.
esses conhecimentos sejam apropriados pelos indi- Ⓔ Escolanovista.
víduos, priorizando a educação de qualidade pauta-
da em conteúdos cientí昀椀cos, artísticos e 昀椀losó昀椀cos Grau de Di昀椀culdade
e contribuindo para a formação de novas gerações.
Alternativa C: CORRETA. Os conhecimentos cientí昀椀- Alternativa A: INCORRETA. A tendência tradicional
co-culturais, na acepção de Saviani (2012, p. 87), são preocupa-se com a universalização do conhecimen-
denominados de conteúdos “clássicos”, entendidos to. O treino intensivo, a repetição e a memorização
como saberes sistematizados, elementos culturais são as formas pelas quais o professor, considerado
que precisam ser assimilados pelos alunos no de- detentor do saber, transmite os conteúdos a seus
correr do processo educativo. Trata-se dos conheci- alunos, que são agentes passivos desse processo. O
mentos historicamente produzidos pela humanida- currículo é engessado, a prática pedagógica é está-
de, no sentido de distinguir os conteúdos essenciais tica, sem questionamentos da realidade e das rela-
daqueles secundários, conforme a função social que ções existentes; os conteúdos são verdades absolu-
a escola se propõe a cumprir. tas, pré-determinados e dissociado do cotidiano do
Alternativa D: INCORRETA. Segundo a tendência aluno e de sua realidade social.
progressista crítico-social dos conteúdos, a escola Alternativa B: CORRETA. Nessa tendência, a busca do
tem o papel de garantir ao aluno preparação para conhecimento é imprescindível e constitui-se como
compreender e participar da sociedade, através da uma atividade inseparável da prática social, e não
assimilação de conteúdos que permitam ao educan- deve se basear no acúmulo de informações, mas
do elaborar o conhecimento de forma crítica e com sim numa reelaboração mental a partir da re昀氀exão
ação transformadora. crítica. A educação se relaciona dialeticamente com
Alternativa E: INCORRETA. A escola democrática deve a sociedade e sua principal função é elevar o nível
enfatizar a prática, a participação, a ingerência e o de consciência do educando a respeito da realida-
diálogo. Entretanto, a função social da escola está de que o cerca, a 昀椀m de torná-lo capaz para atuar
para além da transmissão apenas dos conhecimen- no sentido de buscar sua emancipação econômica,
tos necessários à manutenção da democracia, uma política, social e cultural. Os conteúdos de ensino
vez que deve também trabalhar conteúdos cientí昀椀- são extraídos da problematização da experiência de
cos, artísticos e 昀椀losó昀椀cos. vida dos educandos. Os conteúdos trazidos de fora
dessas experiências são considerados como invasão
13. Questão cultural, se for preciso trabalhar com textos de leitu-
ra serão redigidos pelos educandos com auxílio do
(PREF. DE JABOATÃO/PE - AOCP - 2015) “[...] tem como prin- educador. A metodologia aplicada ocorre através da
cípios norteadores: a relação dialógica; a formação relação dialógica, engajando os sujeitos do ato de
da consciência crítica; a desmisti昀椀cação do saber; a conhecer.
ênfase nos processos de produção do conhecimento Alternativa C: INCORRETA. Aprender a aprender não
mais que no seu produto; a pesquisa participante, é uma tendência pedagógica, mas uma atitude do
entendida como criação coletiva, com 昀氀exibilidade educando de aprender os procedimentos neces-
metodológica que permita questionar o conheci- sários ao aprendizado de qualquer conteúdo, não
conhecimento não pode ser concebido como algo Ⓒ Aversão pelo tédio deve ser evitada, devendo-
predeterminado desde o nascimento e tampouco -se despertar a capacidade de admirar e perguntar
como mero resultado de percepções e informações, como início de autêntico ensino.
mas como fruto das ações e interações do sujeito Ⓓ Homem nasce bom e a sociedade o perverte,
com seu ambiente. A concepção cognitivista enten- cabendo à educação formá-lo como ser humano e
de a aprendizagem como um processo interno, que como cidadão.
envolve o pensamento, e que, portanto, não pode Ⓔ Impulso para a busca pessoal e a verdade deve
ser observado diretamente: as mudanças externas e ser despertado e estimulado, sendo o autoconheci-
observáveis são fruto de mudanças internas relacio- mento o início do caminho para o verdadeiro saber.
nadas com mentalizações, sentimentos, emoções e
signi昀椀cações da pessoa. Grau de Di昀椀culdade
Alternativa E: INCORRETA. As concepções positivista
e crítico social não foram identi昀椀cadas por Saviani. O Alternativa A: INCORRETA. A ideia de que a transfor-
positivismo é uma doutrina inaugurada na primeira mação educativa deveria ocorrer paralelamente à
metade do século XIX por Augusto Comte e consiste revolução social foi defendida por Marx, o qual a昀椀r-
na observação cientí昀椀ca dos fenômenos sem qual- mava que para o desenvolvimento total do homem e
quer atribuição à metafísica ou à teologia, tomando a mudança das relações sociais, a educação deveria
como base apenas o mundo físico ou material (LA- “acompanhar e acelerar esse movimento, mas não
CERDA, 2004) . Tinha como princípio que o conheci- se encarregar exclusivamente de desencadeá-lo,
mento cientí昀椀co devia ser reconhecido como o úni- nem de fazê-lo triunfar” (GADOTTI, 2002, p. 130) .
co conhecimento verdadeiro. Já a concepção crítico Alternativa B: INCORRETA. A ideia de que a mente
social, ainda que tenha sido criada por Saviani no nasce desprovida de conteúdos é defendida por
início dos anos 1980, estava voltada ao processo de John Locke; para o qual não existem ideias inatas,
ensino e aprendizagem. Enfatiza os conteúdos, con- que nascem com as pessoas, as pessoas tiram suas
frontando-os com a realidade social, bem como as ideias das experiências de sua vida.
relações interpessoais e ao crescimento que delas Alternativa C: INCORRETA. Ideia defendida por Tho-
resulta, centrado no desenvolvimento da persona- mas de Aquino que, ao romper com o paradigma
lidade do indivíduo, em seus processos de constru- vigente na Idade Média, introduz debates em sala
ção e organização pessoal da realidade. Os métodos de aula, fundamentado na sua metodologia, deno-
dessa tendência buscam favorecer a coerência entre minada de Escolástica, na qual se deveria “[…] evitar
a teoria e a prática, ou seja, a correspondência dos o tédio e despertar a capacidade de admirar e per-
conteúdos com os interesses dos alunos. guntar” (Tomás de Aquino).
Alternativa D: CORRETA. Rousseau deixou um grande
16. Questão legado a educação e o princípio fundamental defen-
dido em toda a sua obra e que ainda está vigente na
(CEFET/RJ - CESGRANRIO - 2014) O pensamento 昀椀losó昀椀co- contemporaneidade é de que “o homem é bom por
-educacional fundamenta-se em teorias sobre a so- natureza”, mas está submetido à in昀氀uência corrup-
ciedade e o papel da escola. Um de seus grandes tora da sociedade e a só a educação poderá contri-
representantes foi Jean-Jacques Rousseau, que in- buir para a sua formação humana e social.
昀氀uenciou as ideias pedagógicas iluministas e inau- Alternativa E: INCORRETA. Premissa defendida por
gurou uma nova forma de pensar a educação, segun- Sócrates, que teve a preocupação de levar as pes-
do a qual a(o): soas, por meio do autoconhecimento, à sabedoria
e à prática do bem. Para Ele, a busca pessoal e a
Ⓐ Transformação educativa deve ocorrer paralela- verdade devem ser despertadas e estimuladas. Para
mente à revolução social. esse 昀椀lósofo, o autoconhecimento é o início do ca-
Ⓑ Mente nasce desprovida de conteúdos, nada se minho para o verdadeiro saber.
aprende, não há ideias inatas.
também se destacam como dois elementos básicos deria ser considerada uma forma de “poder”, onde
que contribuem para a reprodução da sociedade ca- aqueles que a possuem são prestigiados e desfru-
pitalista no cotidiano”. tam de um tratamento diferenciado. Nessa concep-
ção, a escola seria como um dos fatores de estra-
Ⓐ Karl Marx. ti昀椀cação social, um meio de destingir e privilegiar
Ⓑ Auguste Comte. alguns indivíduos.
Ⓒ Max Weber. Alternativa D: CORRETA. Émile Durkheim abordou
Ⓓ Émile Durkheim. a educação como um fato social e defendia que “a
Ⓔ Karl Mannheim. educação é uma socialização da jovem geração pela
geração adulta”. Nas palavras de Durkheim, “a edu-
Grau de Di昀椀culdade cação tem por objetivo suscitar e desenvolver na
criança estados físicos e morais que são requeridos
Alternativa A: INCORRETA. Karl Marx acreditava que pela sociedade política no seu conjunto”. Essas exi-
a educação era parte da superestrutura de contro- gências, com forte in昀氀uência no processo de ensino,
le usada pelas classes dominantes. Nesse contexto, estão relacionadas à religião, às normas e sanções,
propõe uma educação que vai contra as relações de à ação política, ao grau de desenvolvimento das
dominação e exploração estabelecidas pelo capita- ciências e até mesmo ao estado de progresso da in-
lismo e pela sociedade. Para esse 昀椀lósofo e sociólo- dústria local. “O indivíduo só poderá agir na medida
go, a educação deveria ser socializada e igualitária em que aprender a conhecer o contexto em que está
a todos os cidadãos, possibilitando ao indivíduo co- inserido, a saber quais são suas origens e as condi-
nhecer a realidade social na qual está inserido, bus- ções de que depende. E não poderá sabê-lo sem ir à
cando a transformação da sociedade. Marx a昀椀rmava escola, começando por observar a matéria bruta que
que a educação é um processo diretamente ligado à está lá representada”. E acrescentava que “numa
transformação das relações sociais. determinada realidade social concreta, o processo
Alternativa B: INCORRETA. Augusto Comte foi um educacional se dá através de instituições especí昀椀cas
昀椀lósofo que marcou a cultura brasileira, criando o (família, escola, igreja, comunidade) que se tornam
movimento positivista. No plano ideológico, Comte porta-vozes de uma determinada doutrina pedagó-
pensa a educação como uma força reprodutiva das gica”, mesmo que de forma dicotômica: realizando
estruturas sociais. A escola deve reproduzir os valo- mudanças ou conservando posturas e doutrinas.
res vigentes daquela sociedade. Contudo, no plano Alternativa E: INCORRETA. Para Karl Mannheim, a
epistemológico, para Comte, as escolas devem pro- educação vem a ser o processo de socialização dos
mover a prática da metodologia cientí昀椀ca e ajudá-lo indivíduos para uma sociedade racional, harmonio-
a abandonar as crenças mística de sua infância, a sa, democrática, por sua vez controlada, planejada,
ir além das pretensões infundadas da adolescência mantida e reestruturada pelos próprios indivíduos
e a chegar à idade adulta adotando as conclusões que a compõem. A educação não possui 昀椀nalidades
sustentadas pela ciência. O positivismo esteve pre- abstratas. Para Mannheim, a sociedade que determi-
sente de forma marcante no ideário das escolas e na na a educação, e a instrução formal é o exercício de
luta a favor do ensino leigo das ciências e contra a uma necessidade vital, de extrema importância que,
escola tradicional humanista religiosa. Desse modo, precisa se relacionar com todas as partes e fatores
a escola deve privilegiar a busca do que é prático, da sociedade. O principal agente educativo, desse
útil, objetivo, direto e claro. modo, é a comunidade. Podemos ser educados em
Alternativa C: INCORRETA. A educação é, segundo qualquer espaço formativo, entre distintas concep-
Max Weber, o instrumento que propicia ao homem ções e padrões que se orientam no interior da co-
a preparação necessária para o exercício de ativida- munidade.
des funcionais adequadas às exigências das mudan-
ças ocasionadas pela racionalização que o homem 19. Questão
irá se deparar socialmente. A educação escolariza-
da é também um meio pelo qual o indivíduo pode (UFAM - COMVEST - 2013) No pensamento de Vasconcellos
ascender socialmente, uma vez que a educação po- (1998), o processo de mudança da prática educacio-
nal envolve três aspectos a serem observados pelos volve três aspectos a serem observados pelos pro-
professores. Quais são eles? fessores: a di昀椀culdade de alterar a prática, o papel
da re昀氀exão e a perspectiva de construção de uma
Ⓐ A di昀椀culdade de alterar a prática, o papel da re- práxis transformadora, destacando, nesse sentido, a
昀氀exão e a perspectiva de construção de uma práxis participação do professor como sujeito.
transformadora. Alternativa E: INCORRETA. A mudança da prática
Ⓑ A di昀椀culdade de alterar a prática, o papel da re昀氀e- educacional, na visão de Vasconcelos (1998), prioriza
xão e a articulação com a família. três aspectos fundamentais para o professor: a di昀椀-
Ⓒ A di昀椀culdade de alterar a prática, a mudança na culdade de alterar a prática, o papel da re昀氀exão e a
avaliação do processo ensino-aprendizagem e a ar- perspectiva de construção de uma práxis transfor-
ticulação com a família. madora, estando a mudança da avaliação, implícita
Ⓓ A di昀椀culdade de alterar a prática, o papel da re昀氀e- nesse processo de mudança.
xão e a relação professor-aluno.
Ⓔ A di昀椀culdade de alterar a prática, a relação pro- 20. Questão
fessor-aluno e a articulação com a família.
(PREF. MANDAGUARI/PR - FAUEL - 2015) Para Cambi (1999),
Grau de Di昀椀culdade “[...] a História da Educação pode ajudar a cultivar
um saudável ceticismo, cada vez mais importante
Alternativa A: CORRETA. Vasconcelos, na sua obra num universo educacional dominado pela in昀氀ação
Para onde vai o professor – resgate do professor de métodos, de modas e de reformas educativas”.
como sujeito de transformação (2003) , aponta para Nesse sentido, o autor ainda a昀椀rma que “[...] apren-
a di昀椀culdade de alterar a prática, o papel da re昀氀exão der a relativizar as ideias e as propostas educativas,
e a perspectiva de construção de uma práxis trans- e a percebê-las no tempo, é”:
formadora. Para o autor, a re昀氀exão encontra-se no
campo da subjetividade, sendo que os obstáculos Ⓐ ...atualmente necessário para que se possa repro-
para a mudança estão tanto no campo subjetivo duzir o conhecimento e alienar a sociedade.
como no objetivo. A re昀氀exão é uma mediação no Ⓑ ...utópico, tendo em vista que a sociedade deve
processo de transformação, ou seja, ela pode agir ser regida pela elite.
através do sujeito, tendo por função propiciar o des- Ⓒ ...ser pragmático em demasia, pois a educação já
pertar desse sujeito, além de um conhecimento da está posta, estruturada de acordo com a necessida-
realidade, uma nova intencionalidade e uma nova de do mundo capitalista e sendo assim, a estrutura-
proposta de ação. da sociedade não deve ser modi昀椀cada.
Alternativa B: INCORRETA. A di昀椀culdade de alterar a Ⓓ ...uma condição de sobrevivência de qualquer
prática e o papel da re昀氀exão para a construção de educador na sociedade pedagógica dos nossos dias.
uma práxis transformadora, na visão de Vasconcel-
los (2003), se constituem como aspectos fundamen- Grau de Di昀椀culdade
tais para a mudança da prática educacional. Entre-
tanto, a articulação com a família não é um aspecto, Alternativa A: INCORRETA. Para Cambi (1999) , “[...]
segundo o autor, a ser observado pelos professores aprender a relativizar as ideias e as propostas edu-
no processo de mudança da prática educacional. cativas, e a percebê-las no tempo, é tornar estas
Alternativa C: INCORRETA. No pensamento de Vas- ideias e propostas aliadas em nosso cotidiano, es-
concellos (2003), o processo de mudança da prática timulando o educador a ter uma visão crítica e re-
educacional envolve três aspectos a serem obser- 昀氀exiva e não reprodutora e alienante diante da so-
vados pelos professores: a di昀椀culdade de alterar a ciedade”.
prática, o papel da re昀氀exão e a perspectiva de cons- Alternativa B: INCORRETA. “[...] aprender a relativizar
trução de uma práxis transformadora, destacando a as ideias e as propostas educativas, e a percebê-
questão da participação do professor como sujeito. -las no tempo” não se constitui como utopia, posto
Alternativa D: INCORRETA. O processo de mudança que no decorrer da História da Educação, mudanças
da prática educacional, segundo Vasconcelos, en- ocorreram e vem ocorrendo e, nesse contexto, as
fesa da formação do indivíduo como ser livre, ativo sujeitos que sejam capazes de intervir/transformar
e social. a socieda¬de. Sendo assim, o contexto escolar e,
Assertiva V: INCORRETA. Para Saviani (2009), a ten- principalmente, a práxis docente podem contribuir,
dência liberal renovada retira o professor e os con- de modo signi昀椀cativo, dessa busca constante pela
teúdos disciplinares do centro do processo pedagó- identidade de crianças e jovens que transitam pela
gico e coloca o aluno como fundamental, que deve escola. A educação está intrinsicamente relacionada
ter sua curiosidade, criatividade, inventividade, es- à identidade de quem aprende, pois segundo Freire
timulados pelo professor, que deve ter o papel de (2001), só se dispõe a construir e obter um aprendi-
facilitador do ensino. zado alguém que se dispõe a construir a sua identi-
dade. Por isso, pode-se apontar que tanto o homem
Resposta: Ⓓ quanto o saber são constantes paralelos em busca
de conhecimento. Ademais, a identidade do homem
22. Questão só é formada quando ele se envolve em seu meio
social, se realmente se insere no mundo da lingua-
(IFMNG - FUNDEP - 2014) Segundo Candau (2002), um gem, da interlocução, só assim o ser humano pode
grande desa昀椀o para os educadores, diante dos no- desenvolver a sua consciência.
vos cenários da sociedade contemporânea, é articu- Assertiva II: CORRETA. Analisar a escola como espa-
lar igualdade e diferença à base cultural comum e ço sociocultural signi昀椀ca compreendê-la na ótica
expressões da pluralidade social e cultural. da cultura, sob um olhar mais denso, que leva em
conta a dimensão do dinamismo, do fazer-se co-
Analise as seguintes a昀椀rmativas sobre cidadania, tidiano, por homens e mulheres, trabalhadores e
pluralidade cultural e educação. trabalhadoras, negros e brancos, adultos e adoles-
centes, en昀椀m, alunos e professores, seres humanos
I. O papel de formadora de identidades, estas in- concretos, sujeitos sociais e históricos. Na visão de
dividuais, sociais e culturais, tem sido um dos Dayrell (2006, p. 140), “trata-se de perceber a escola
trunfos da legitimação da escola. como um espaço sociocultural, construído no coti-
II. A percepção da escola como espaço sociocul- diano das práticas escolares, buscando a possibili-
tural possibilita pensar o processo educativo dade de pensar o processo educativo escolar como
escolar como sendo heterogêneo, produto da heterogêneo, fruto da ação recíproca entre sujeito e
ação recíproca entre sujeito e instituição e ca- instituição, e capaz de reconhecer e incorporar po-
paz de reconhecer e incorporar a diversidade sitivamente a diversidade no desenvolvimento de
no desenvolvimento dos educandos como su- alunos e alunas como sujeitos socioculturais”. Falar
jeitos socioculturais. da escola como espaço sociocultural implica, assim,
III. No mundo de hoje, há uma grande igualdade, resgatar o papel dos sujeitos na trama social que a
não só do acesso, mas também do uso que se constitui, enquanto instituição.
faz do conhecimento. Assertiva III: INCORRETA. A sociedade contempo-
rânea, caracterizada pelo amplo, rápido e global
A partir dessa análise, pode-se concluir que estão acesso à informação, dispõe de meios, talvez mais
corretas: e昀椀cazes, para veicular a transmissão de conteúdos,
para além do que a escola se propõe a transmitir.
Ⓐ I e II apenas. Nesse sentido, o acesso aos conhecimentos ainda
Ⓑ I e III apenas. é restrito, uma vez que muitos alunos e alunas não
Ⓒ II e III apenas. conseguem aprender, não sabendo muitas vezes o
Ⓓ I, II e III. uso que se faz do conhecimento, não encontrando
sentido nos conteúdos ensinados.
Grau de Di昀椀culdade
Resposta: Ⓐ
Assertiva I: CORRETA. Cabe à escola rever/repensar
o seu papel enquanto insti¬tuição formadora de
Ⓐ Se mantém em posições 昀椀xas e invariáveis, sendo oprimidos e que se submetem à estrutura de poder
sempre o que doa seu saber ao ignorante. vigente.
Ⓑ Se antagoniza com a 昀椀gura daquele que tudo sabe
e que salvará da ignorância os sujeitos oprimidos. 25. Questão
Ⓒ Desaliena o outro da ignorância e da opressão
político-ideológica. (SEDUC/AM - FGV - 2014) Relacione os documentos inter-
Ⓓ Oprime o educando de forma bancária, seletiva nacionais sobre educação às respectivas caracterís-
e excludente. ticas.
Ⓔ Deposita conhecimentos e valores para a liberta-
ção dos educandos. 1. Declaração do Milênio
2. Declaração Mundial de Educação para Todos
Grau de Di昀椀culdade 3. Marco de Ação de Dakar
Alternativa A: CORRETA. De acordo com Freire (2011, I. ( ) Reuniu todos os países das Nações Unidas
p. 59), na visão “bancária” da educação, o “saber” é em torno de oito metas de desenvolvimento
uma doação dos que se julgam sábios aos que jul- social.
gam nada saber. O educador, que aliena a ignorân- II. ( ) Forneceu a oportunidade de avaliar os avan-
cia, se mantém em posições 昀椀xas, invariáveis. Será ços e retirar lições da década anterior.
sempre o que sabe, e os educandos serão sempre III. ( ) Enfatiza, entre outros aspectos, o direito de
os que não sabem. A rigidez dessas posições nega crianças, jovens e adultos à educação de qua-
a educação e o conhecimento como processos de lidade.
busca.
Alternativa B: INCORRETA. Na perspectiva bancária Assinale a opção que mostra a relação correta, de
da educação, o professor se constitui como aque- cima para baixo.
le que tudo sabe e que detém o poder do conheci-
mento; reforçando a ideia da ignorância dos sujeitos Ⓐ 1 – 2 – 3.
oprimidos, ou seja, dos educandos. Ⓑ 1 – 3 – 2.
Alternativa C: INCORRETA. Na visão “bancária” da Ⓒ 3 – 1 – 2.
educação, Freire a昀椀rma que o “saber” é uma doação Ⓓ 2 – 1 – 3.
dos que se julgam sábios aos que julgam nada sa- Ⓔ 2 – 3 – 1.
ber. Doação que se funda numa das manifestações
instrumentais de ideologia da opressão – a absolu- Grau de Di昀椀culdade
tização da ignorância, que constitui a alienação da
ignorância, segundo a qual esta se encontra sempre Assertiva I: Declaração do Milênio. A Declaração do
no outro. Milênio constituiu-se como um documento no qual
Alternativa D: INCORRETA. De acordo com Freire, a constam oito metas as quais deveriam atingidas pe-
educação “bancária” pressupõe uma relação verti- los países até 2015, as “Metas de Desenvolvimento
cal entre o educador e educando indistintamente, do Milênio”, também chamadas de “Metas do Mi-
independente da classe socioeconômica a qual o lênio” ou “Os 8 Jeitos de Mudar o Mundo”, a saber:
educando pertencia. O educador é o sujeito que de- erradicar a extrema pobreza e a fome; educação bá-
têm o conhecimento, pensa e comanda, enquanto o sica de qualidade para todos; promover a igualdade
educando é o objeto que recebe o conhecimento, é entre os sexos e a autonomia da mulher; reduzir a
pensado e segue a prescrição. mortalidade infantil; melhorar a saúde materna,
Alternativa E: INCORRETA. O educador “bancário” faz reduzindo número de mortes por parto; combater
“depósitos” nos educandos que de maneira passiva a AIDS, a malária e outras doenças; garantir a sus-
recebe as informações. Essa concepção de educação tentabilidade ambiental e estabelecer uma parceria
tem como propósito, intencional ou não, a formação mundial para o desenvolvimento para a população.
de indivíduos acomodados, não questionadores, Assertiva II: Marco de Ação de Dakar. A Declaração
Mundial de Educação para Todos, no Artigo 3 que
algumas nem sempre se pode atingir, ninguém dela As ações políticas são regidas, nesse sentido, pela
(da escola primária) deve ser excluído, sob qualquer teoria do conhecimento. Esta sempre determinará o
pretexto, senão para todos imprescindível. Façamo- território da ética e da política.
-la já, de todos e para todos”. Alternativa C: INCORRETA. Locke distingue duas
Assertiva V: INCORRETA. Pensando em uma nova po- fontes possíveis para nossas ideias: a sensação e a
lítica educacional que levasse qualidade para a es- re昀氀exão. A sensação é o resultado da modi昀椀cação
cola primária e a transformasse em uma escola para feita na mente por meio dos sentidos. A re昀氀exão é a
todos, Anísio Teixeira defendia que a escola primá- percepção que a alma tem daquilo que nela ocorre.
ria não poderia ser uma escola de tempo parcial, na Portanto, a re昀氀exão se reduz apenas à experiência
medida em que estaria envolvida na formação de interna do resultado da experiência externa produ-
hábitos de pensar e fazer, de conviver e participar zida pela sensação.
de uma sociedade democrática. Nesse sentido, ele Alternativa D: INCORRETA. De acordo com o 昀椀lósofo
defendia uma escola de tempo integral. inglês John Locke, as ideias são os objetos do conhe-
cimento, isto é, a matéria da qual o conhecimento é
Resposta: Ⓓ formado. Todo conhecimento está fundamentado na
experiência, que nos fornece as ideias que consti-
27. Questão tuem tudo aquilo que podemos saber sobre o mun-
do. As fontes dessas ideias são duas: sensação ou
(PREF. MANDAGUARI/PR - FAUEL - 2015) O 昀椀lósofo John Loc- sentido externo e re昀氀exão ou sentido interno.
ke foi o fundador do empirismo e um dos mais im-
portantes precursores do iluminismo europeu, com 28. Questão
isso, sua contribuição para a educação é extrema-
mente signi昀椀cativa, pois ele também se preocupou (TJ/GO - 2014 - FGV) Concebendo a ética como um fator
com a teoria do conhecimento. Segundo Locke, o pedagógico de socialização entre os alunos, Paulo
conhecimento é inerente às ideias e, para tanto, há Freire contribui: “A educação é possível para o ho-
duas fontes possíveis para nossas ideias. São elas: mem porque este é inacabado e sabe-se inacabado”.
súmula dos conteúdos particulares dados pela ex- ao longo desse processo. Dessa forma, criam-se no
periência e da estrutura da razão; e acontece na re- cenário escolar diversas mecânicas, como classes
lação sujeito e objeto. Para Kant, são nos primeiros de aceleração ou a aprovação com dependência em
anos da vida humana que o infante, encontrando-se disciplina para maquiar a exclusão desses jovens.
na fase pré-moral, apresenta maior di昀椀culdade para Como consequência desse processo, vemos alunos
trabalhar a moralidade. Assim sendo, não haveria saindo da escola com uma grande defasagem ida-
necessidade de inculcar-lhe os deveres de maneira de/série e, quando se formam, com diplomas social-
vigorosa. A problemática central do processo educa- mente desvalorizados. Dessa forma, para Bourdieu,
tivo seria o de conciliar a submissão com o livre-ar- essa escola “para todos” é ainda mais perversa do
bítrio da criança. que seu modelo anterior, na medida em que:
Alternativa D: INCORRETA. Fundador do Movimento
Positivista, 昀椀loso昀椀a que busca seus fundamentos Ⓐ Exerce sobre os alunos de maior capital cultural
na ciência e na organização técnica e industrial da uma forte violência simbólica, pois passam a ser mi-
sociedade moderna. Para o positivismo, o método noria na escola e passam por um processo de desle-
cientí昀椀co é o único válido para se chegar ao conhe- gitimação de sua cultura.
cimento. Re昀氀exões ou juízos que não podem ser Ⓑ Nega aos alunos menos abastados a apropriação
comprovados pelo método cientí昀椀co, como os pos- de capital cultural legítimo, preferindo educá-los a
tulados da metafísica, não levam ao conhecimento partir de valores simbólicos mais próximos de sua
e não tem valor. A ciência, na visão positivista, é o realidade marginalizada.
“estado 昀椀xo e de昀椀nitivo” (COMTE, 1988, p. 4) do de- Ⓒ Mesmo possibilitando a ascensão de classe, esse
senvolvimento do conhecimento humano, resultado modelo de escola também dá espaço para que o
da superação dos estágios teológico e metafísico processo inverso ocorra, garantindo a manutenção
que a precederam. da desigualdade social.
Alternativa E: INCORRETA. Revolucionário na peda- Ⓓ Oculta e legitima a exclusão desses alunos, crian-
gogia, delineou um método liberal de educação com do a ilusão de uma oportunidade de escolarização
a 昀椀nalidade de desenvolver a criança sem destruir que em realidade não existe.
seu estado “natural”. Assim, o núcleo central dos Ⓔ Põe sobre o mesmo teto alunos de diferentes ca-
interesses pedagógicos passa a ser a criança e não madas sociais, não criando espaços diferenciados
mais o professor. Rousseau acreditava no princípio para alunos de menor capacidade intelectual.
de que apenas através do processo educativo, o ho-
mem poderia recobrar o “estado natural”. Ressalta a Grau de Di昀椀culdade
especi昀椀cidade da criança, que não deve ser encara-
da como um adulto em miniatura. Recusava o inte- Alternativa A: INCORRETA. Para Bourdieu, toda ação
lectualismo, valorizava os sentidos, as emoções, os pedagógica é uma forma de violência simbólica, pois
instintos e os sentimentos, defendia a experiência, o reproduz a cultura dominante, suas signi昀椀cações e
ensino ativo voltado para a vida, para a ação. convenções, impondo um modelo de socialização
que favorece a reprodução da estrutura das relações
30. Questão de poder. A educação reproduz as relações entre a
reprodução social e a cultural contribuindo, “o sis-
(TJ/GO - FGV - 2014) Para muitas perspectivas, sobretu- tema educativo, à reprodução da estrutura das re-
do para o senso comum, a escola é um espaço de lações de poder e das relações simbólicas entre as
democratização do conhecimento e ascensão social classes que participam da reprodução da estrutura
das camadas sociais mais carentes. Entretanto, para da distribuição do capital cultural entre as classes”
pensadores como Bourdieu, não é isso que a esco- (BOURDIEU, 1998) .
la vem propiciando, desde sua origem. Para o autor, Alternativa B: INCORRETA. As crianças oriundas das
com a entrada dos menos abastados na escola, o classes populares que estão excluídas do capital
que se fez foi substituir a eliminação clara e evidente cultural elitizado, ao adentrarem no mundo da es-
dessa camada social logo no início da escolarização, cola, se veem ameaçadas num mundo estranho ao
por uma eliminação suave e diluída desses jovens seu, não se identi昀椀cando com a realidade que lhes
é apresentada. A escola cobra de seus alunos um Ele não busca no sujeito, e sim na subjetividade, os
comportamento elegante de falar, se comportar critérios para estabelecer algo como verdadeiro.
e até mesmo que sejam perfeitos na escrita e que Ⓑ Descartes não parte da realidade do mundo do
tenham interesse, curiosidade e disciplina. Assim, sujeito, porém deixa que este descubra sozinho o
“essa realidade só pode ser cumprida por indivíduos princípio do conhecimento surreal, e também busca
previamente educados e socializados dentro desses os critérios para estabelecer algo como falso.
ambientes e valores, no cotidiano dos museus, tea- Ⓒ Descartes parte da realidade do mundo, por ser
tros e, entre livros e boa música, atividades que são o princípio do conhecimento, mas não busca no su-
desenvolvidas e estimuladas pela família” (BOUR- jeito os critérios para estabelecer algo como verda-
DIEU, 1998). deiro.
Alternativa C: INCORRETA. Na sua obra A Reprodução, Ⓓ Descartes não parte da realidade do mundo, que
Bourdieu discorre sobre o sistema escolar francês e deixa de ser o princípio do conhecimento, mas vai
a昀椀rma que, ao invés de transformar a sociedade e buscar no sujeito, na subjetividade, os critérios para
permitir a ascensão social, a escola rati昀椀ca e repro- estabelecer algo como verdadeiro.
duz as desigualdades entre as classes burguesas e
as classes trabalhadoras. Grau de Di昀椀culdade
Alternativa D: CORRETA. A educação, na teoria de
Bourdieu, perde o papel que lhe fora atribuído de Alternativa A: INCORRETA. Descartes parte do sujei-
instância transformadora e democratizadora das so- to, não busca mais entender o mundo exterior, mas
ciedades e passa a ser vista como uma das princi- sim, se volta para seu interior, pois acredita que é
pais instituições por meio da qual se mantêm e se no sujeito que está fundada a condição de conhecer
legitimam os privilégios sociais. O sistema educa- o mundo.
cional cria, sob uma aparência de neutralidade, os Alternativa B: INCORRETA. Para Descartes, a rea-
sistemas de pensamento que legitimam a exclusão lidade do sujeito, a subjetividade é o princípio do
dos não privilegiados, convencendo-os a se subme- conhecimento, e se constituem como critérios da
terem à dominação, sem que percebam o que fazem verdade. A modernidade pode ser entendida como
e, dessa forma, legitimam a ordem vigente. uma série de sistemas que partem do sujeito para
Alternativa E: INCORRETA. A “escola para todos”, na conhecer o mundo.
visão de Bourdieu, contribui para reproduzir a es- Alternativa C: INCORRETA. Descartes entendia que a
trutura das relações de classe, repetindo, assim, a verdade seria encontrada se o sujeito se voltar para
repartição desigual do capital cultural entre as clas- dentro de si; a forma de alcançar o verdadeiro co-
ses. A cultura transmitida pela escola se apresenta nhecimento é através da razão. O sujeito busca os
como legítima, objetiva e indiscutível, como “neu- critérios para estabelecer algo como verdadeiro.
tra”, portanto, dissimu¬lando seu caráter arbitrário Alternativa D: CORRETA. Descartes insere uma ampla
e sua natureza social; determinando, assim, espaços mudança no pensamento moderno, segundo a qual
distintos para alunos de camadas sociais diferencia- o sujeito tem a função ordenadora do conhecimen-
das. to: o pensamento, sistematicamente dirigido, en-
contra inicialmente em si os critérios que permitirão
31. Questão estabelecer algo como verdadeiro.
(PREF. MANDAGUARI/PR - FAUEL - 2015) Ao analisarmos os No que se refere à relação entre educação e socie-
pensamentos que sustentam a 昀椀loso昀椀a da educação, dade, julgue os itens a seguir.
devemos considerar a relevância do pensamento de
Descartes. Sua teoria do conhecimento embasa-se 32. Questão
na indagação da capacidade humana para conhecer
“verdade”. Nesse sentido, é correto a昀椀rmar que: (UNIPAMPA - CESPE - 2013) Conforme idealização de Par-
sons, a igualdade de oportunidades entre os com-
Ⓐ Descartes parte da realidade do mundo do sujei- petidores no início da escolarização é um princípio
to, que deixa de ser o resultado do conhecimento.
frequentemente identi昀椀cado nas práticas das esco- Assertiva: INCORRETA. De acordo com Marx, a práti-
las públicas do Brasil. ca educacional deve ser transformadora, mas para o
desenvolvimento total do homem e a mudança das
Grau de Di昀椀culdade relações sociais, a educação deveria acompanhar e
acelerar esse movimento, mas não ser responsável
Assertiva: INCORRETA. Parsons era um estudioso da exclusivamente de desencadeá-lo nem de fazê-lo
Estrati昀椀cação Social, não da mudança ou da trans- triunfar.
formação. Baseado em uma perspectiva funcionalis-
ta, buscou analisar transformações nos sistemas de 35. Questão
estrati昀椀cação social, em decorrência dos processos
de modernização. A abordagem funcionalista perce- (UNIPAMPA - CESPE - 2013) De acordo com Durkheim, a
be a escolaridade como representando um meio e昀椀- educação deve ser isolada de outras práticas sociais,
ciente e racional de distinguir e selecionar pessoas pois somente desse modo o processo educativo po-
talentosas, no qual o mais hábil e mais motivado derá garantir a autonomia de cada sistema social.
alcança as mais altas posições.
Grau de Di昀椀culdade
33. Questão
Assertiva: INCORRETA. Para o sociólogo Durkheim, a
(UNIPAMPA - CESPE - 2013) Segundo Mannheim, o que deve educação, ao contrário de ser uma prática isolada,
ser aprendido na escola não se restringe ao âmbito deve possibilitar a coesão (unidade, estabilidade) e
pedagógico, pois abrange também uma questão po- a permanência (ou continuidade) das relações so-
lítica de construção da sociedade democrática. ciais entre os indivíduos, ao longo do tempo e de
gerações. De acordo com suas ideias, a existência de
Grau de Di昀椀culdade uma sociedade só é possível a partir de um determi-
nado grau de consenso entre seus membros consti-
Assertiva: CORRETA. De acordo com Mannheim, uma tuintes: os indivíduos.
sociedade democrática deve oferecer condições
para que cada grupo possa sentir-se integrado a ela. 36. Questão
Segundo o pensamento de Mannheim, para que as
sociedades modernas alcancem esse objetivo su- (UNIPAMPA - CESPE - 2013) Segundo Weber, há três tipos
premo da democracia, faz-se necessário educar seus de educação, que correspondem a três tipos de do-
membros de acordo com as regras adotadas pelo minação: a educação carismática, a educação legal e
grupo, valores e normas democráticos, a partir das a educação tradicional.
bases, desde o início da vida do indivíduo em socie-
dade. Dessa forma, a educação assume, nessa visão, Grau de Di昀椀culdade
uma conotação política e a escola, como uma insti-
tuição educativa, não deve voltar-se apenas para o Assertiva: CORRETA. Weber a昀椀rma que há três tipos
âmbito pedagógico. fundamentais de educação: a) o tipo carismático, no
qual a educação visa “despertar o carisma”, ou seja,
34. Questão “qualidades heroicas ou dons mágicos”. Esse tipo de
educação corresponde ao tipo de dominação caris-
(UNIPAMPA - CESPE - 2013) Consoante Marx, as instituições mática (e, sendo assim, está ligado à ação social afe-
de ensino são, por excelência, o lugar a partir do tiva, predominante em sociedades pré-capitalistas);
qual é possível desencadear a transformação revo- b) a educação legal, também chamada de “racional-
lucionária da sociedade, sendo, portanto, o centro -burocrática”, a qual está voltada para o treinamen-
irradiador do processo de revolução. to e transmissão do conhecimento especializado
e corresponde ao tipo de dominação burocrático.
Grau de Di昀椀culdade Busca treinar os alunos para “昀椀nalidades práticas
úteis à administração”, tanto na organização das
autoridades públicas quanto nos escritórios, o昀椀ci- rio dessa concepção, Freinet defendia uma proposta
nas, laboratórios industriais, exércitos disciplinados que respeitava a maneira de pensar da criança e de
(Weber, 1971, p. 482) ; c) a educação tradicional visa como ela construía o seu conhecimento. Através da
educar “um tipo de homem culto” cuja natureza é observação constante, ele percebia onde e quando
dependente do ideal de cultura do respectivo esta- tinha que intervir e como despertar a vontade de
mento (estado) ao qual se pertence. Visa preparar aprender do aluno. A interação professor-aluno é
o aluno para “uma conduta de vida” que pode ser essencial para a aprendizagem.
religiosa ou mundana.
39. Questão
A respeito dos fundamentos da educação e da re-
lação educação/sociedade em suas dimensões 昀椀- (FUB - CESPE - 2013) A educação, em uma abordagem
losó昀椀ca, sociocultural e pedagógica, julgue os itens funcionalista, é, essencialmente, um meio de socia-
subsequentes. lização dos indivíduos a 昀椀m de torná-los membros
de uma dada estrutura social preestabelecida, exer-
37. Questão cendo, portanto, a função de integração social.
seus membros para aprenderem as regras necessá- como consequência, uma série de reformas educa-
rias à organização da vida social. cionais estaduais.
(FUB - CESPE - 2013) A função da educação, em uma abor- Assertiva: CORRETA. A década de 1930 dá início his-
dagem marxista, é, exclusivamente, a reprodução toricamente à Segunda República. Nesse período
social. emergiu intensamente o Movimento do Otimismo
Pedagógico (ideário escolanovista), o qual se jun-
Grau de Di昀椀culdade tou ao Movimento do Entusiasmo pela Educação e
motivou os principais governos estaduais do Brasil,
Assertiva: INCORRETA. Marx propõe uma educação o que acendeu uma série de reformas de ensino. O
que vai contra as relações de dominação e explora- Movimento do Otimismo Pedagógico visava à melho-
ção estabelecidas pelo capitalismo e pela socieda- ria das condições de ensino, centrando sua ênfase
de. Para ele, era fundamental que a educação pos- nos aspectos qualitativos da educação.
sibilitasse ao indivíduo conhecer a realidade social
na qual está inserido, buscando a transformação da 44. Questão
sociedade.
(FUB - CESPE - 2013) Durante a Segunda República, ba-
Tendo em vista o desenvolvimento histórico das con- sicamente três correntes pedagógicas dominaram
cepções pedagógicas, julgue os itens que se seguem. o cenário político-pedagógico: a pedagogia tradi-
cional, ligada às oligarquias dirigentes e à igreja; a
42. Questão pedagogia nova, associada à burguesia e à classe
média; e a pedagogia histórico-crítica, vinculada aos
(FUB - CESPE - 2013) O pensamento pedagógico contem- intelectuais associados aos movimentos sociais po-
porâneo encontra-se marcado por um conjunto de pulares.
novos paradigmas, entre eles, os paradigmas ho-
lonômicos em educação. Tais paradigmas têm pro- Grau de Di昀椀culdade
curado restaurar a totalidade do sujeito individual,
contrapondo-se, de certo modo, à razão produtivista Assertiva: INCORRETA. O período da Segunda Repú-
e valorizando o cotidiano e a individualidade. blica teve como correntes pedagógicas do cenário
brasileiro: a pedagogia tecnicista entre as décadas
Grau de Di昀椀culdade de 1960 e 1970, inspirada nas teorias behavioristas
da aprendizagem, moldando a sociedade à demanda
Assertiva: CORRETA. Os holistas defendem que o industrial e tecnológica da época; a pedagogia liber-
imaginário e a utopia são os grandes fatores ins- tadora, a qual defendia uma educação para todos
tituintes da sociedade e recusam uma ordem que inclusive para as camadas populares, tendo como
aniquila o desejo, a paixão, o olhar e a escuta. Nes- precursor Paulo Freire; e a pedagogia histórico-críti-
se sentido, os paradigmas holonômicos buscam ca, que teve seu marco por volta da década de 1980 e
restaurar a totalidade do sujeito, valorizando a sua cuja prática pedagógica propõe uma interação entre
iniciativa e a sua criatividade, valorizando o micro, conteúdo e realidade concreta, visando à transfor-
a complementaridade, a convergência e a complexi- mação da sociedade, superando as visões não críti-
dade da vida em seus elementos constituintes. cas e crítico reprodutivistas da educação.
I. ( ) Os sistemas simbólicos são a base a partir I. A educação grega tinha como objetivo principal
da qual se constitui e se exerce o poder na so- guiar os educandos, de modo que eles pudes-
ciedade. sem assumir o controle da sociedade vigente.
II. ( ) O capital social se refere ao conjunto das Não se ocupava apenas em um conceito parti-
relações sociais mantidas por um indivíduo. cular do homem, mas do desenvolvimento de
III. ( ) Os indivíduos ocupam posições diferencia- todas as suas capacidades físicas, morais e in-
das e mais ou menos privilegiadas na estrutura telectuais.
social, em função do volume e da natureza dos II. No que tange à educação medieval, sua melhor
seus recursos. representatividade foi na era de Quintiliano. Na
época desse imperador, a educação era dividi-
As a昀椀rmativas são, respectivamente: da em três campos. Em primeiro lugar vinha a
dialética (as leis do raciocínio), em segundo a Assertiva III: INCORRETA. A educação na Idade Média
ética (as leis da justiça) e, em terceiro, a física. 昀椀cou exclusivamente sob o domínio da Igreja Católi-
III. A educação romana 昀椀cou exclusivamente nas ca que, além de gerir as escolas, organizava o currí-
mãos da Igreja Católica que geria as escolas, culo de acordo aos seus princípios morais retirados
organizava o que pode se chamar de currículo e interpretados da doutrina cristã.
e ministrava os conhecimentos cientí昀椀cos, mas, Assertiva IV: CORRETA. O termo “Renascimento”
principalmente, os conceitos morais retirados e advém da ideia de se “nascer outra vez”, de trans-
interpretados da doutrina cristã. formação e, nesse sentido, a ciência, alicerçada na
IV. A educação, no Renascimento da história hu- experiência, teve uma notável valoração, uma vez
mana, denota que o novo método da ciência que eram os princípios religiosos que dominavam o
buscava con昀椀rmação nos fatos da natureza; cenário da educação.
não havia mais ilusão ou alegoria, e sim a ex-
periência. Enfatizavam-se os aspectos particu- Resposta: Ⓒ
lares em lugar das generalidades. Encontra-se,
então, o começo do método hipotético da ciên- 49. Questão
cia moderna.
(IF BAIANO - FUNRIO - 2016)
Estão corretas as a昀椀rmativas: Acorda Amor
Chico Buarque
Ⓐ I, II, III e IV. “Acorda amor
Ⓑ I e III, apenas. Eu tive um pesadelo agora:
Ⓒ I e IV, apenas. Sonhei que tinha gente lá fora,
Ⓓ II e III, apenas. Batendo no portão,
Ⓔ I, III e IV, apenas. Que a昀氀ição (...)”
Alternativa A: INCORRETA. Durante a ditadura mili- no, nos dispositivos audiovisuais etc. As avaliações
tar foram introduzidas mudanças curriculares com eram individuais e deveriam exigir do educando, a
a inclusão da matéria educação moral e cívica para reprodução do conhecimento técnico aprendido.
os alunos do 1º e 2º grau. Também foi alterado o ob-
jetivo da disciplina Organização Social e Política do 50. Questão
Brasil (OSPb), a qual foi pensada para que os estu-
dantes conhecessem melhor a legislação. A ditadura (TJ/GO - FGV - 2014) Demerval Saviani defende a institui-
mudou o caráter da disciplina, tornando-a um espa- ção de uma educação revolucionária (nos termos
ço que previa o culto à pátria e aos valores do Regi- gramscianos) que busque desenvolver no indivíduo
me, uma forma de exaltar o nacionalismo presente. uma consciência 昀椀losó昀椀ca. Em suas palavras:
Alternativa B: INCORRETA. A educação tecnicista do-
mina o cenário educativo a partir do Golpe Militar. “Passar do senso comum à consciência 昀椀losó昀椀ca
Negando os determinantes sociais, o tecnicismo ti- signi昀椀ca passar de uma concepção fragmentária, in-
nha como princípios a racionalidade, a e昀椀ciência, a coerente, desarticulada, implícita, degradada, mecâ-
produtividade e a neutralidade cientí昀椀ca produzin- nica, passiva e simplista a uma concepção unitária,
do no âmbito educacional, uma enorme distância coerente, articulada, explícita, original, intencional,
entre o planejamento, preparado por especialistas e ativa e cultivada”.
não por professores, seus meros executores e a prá-
tica educativa. En昀椀m, a educação deveria ser dotada Por muitas vezes, o processo de ensino-aprendiza-
de uma organização racional capaz de minimizar as gem nas escolas trabalha com uma concepção de
interferências subjetivas que pudessem pôr em ris- conhecimento muito próxima à que o autor descre-
co sua e昀椀ciência. ve como sendo tipicamente do senso comum. Uma
Alternativa C: INCORRETA. Após o Golpe de 1964, a perspectiva pedagógica que se aproxima mais da
educação volta-se essencialmente para o tecnicis- proposta de educação de Saviani é:
mo e, nesse contexto, o elemento principal passa
a ser a organização racional dos meios, ocupando Ⓐ A intradisciplinaridade, que favorece a criação de
professor e aluno posição secundária, uma vez que diferentes áreas de especialização dentro das disci-
a ênfase é dada para a operacionalização de obje- plinas cientí昀椀cas.
tivos, para a mecanização do processo, daí a proli- Ⓑ A freudiana, guiada pelas pulsões e as relações
feração de propostas pedagógicas baseadas num afetivas que se manifestam no cotidiano escolar.
enfoque sistémico ‒ o ensino modular, a instrução Ⓒ A interdisciplinaridade, que busca juntar em um
programada etc. mesmo ambiente conhecimentos e práticas especí-
Alternativa D: CORRETA. O Golpe de 1964 impactou 昀椀cos das diferentes disciplinas escolares.
signi昀椀cativamente o cenário da educação a partir Ⓓ A transdisciplinaridade, na qual o corpo docente
da pedagogia tecnicista a qual tem como princípio, se articula na construção de um conhecimento e de
segundo Saviani (2008, p. 12) , a reordenação do pro- uma prática que transcende as individualidades de
cesso educativo, de maneira a torná-lo objetivo e cada disciplina.
operacional. De modo semelhante ao que ocorreu Ⓔ A behaviorista, que acredita que o conhecimento
no trabalho fabril, pretende-se a objetivação do tra- se adquire através de estímulos a experiências vi-
balho pedagógico. vidas.
Alternativa E: INCORRETA. A educação passa a ter ca-
ráter essencialmente tecnicista com o Golpe Militar. Grau de Di昀椀culdade
Seu método é o da transmissão e recepção de infor-
mações. Nele o aluno é submetido a um processo de Alternativa A: INCORRETA. A intradisciplinaridade
controle do comportamento, a 昀椀m de que os obje- pressupõe uma forma de disciplinaridade, posto
tivos operacionais previamente estabelecidos pos- que dialoga disciplinas de uma mesma matriz de co-
sam ser atingidos. Trata-se do “aprender fazendo”. O nhecimento. Ou seja, discursos e competências que
material instrucional encontra-se sistematizado nos devem ser adquiridos entre os diferentes conheci-
manuais, nos livros didáticos, nos módulos de ensi- mentos de um mesmo componente curricular.
Alternativa B: INCORRETA. A concepção freudiana autor trata o processo perceptivo como similar ao
de educação está centrada na interface com a psi- pensamento:
canálise. Freud revelou interesse pela educação,
intencionando uma melhor compreensão acerca do Ⓐ Hipotético.
desenvolvimento da criança e do adolescente. Para Ⓑ Genealógico.
Freud, “a 昀椀nalidade da educação é permitir ao indi- Ⓒ Derivativo.
víduo, submetido ao princípio do prazer, a passagem Ⓓ Grá昀椀co.
de pura satisfação das pulsões (instintos e desejos) Ⓔ Indutivo.
do universo simbólico”, assim como a ênfase dada
às questões afetivas. Grau de Di昀椀culdade
Alternativa C: INCORRETA. Ideia de interdisciplina-
ridade pressupõe que dois ou mais componentes Alternativa A: INCORRETA. O cérebro humano não é
curriculares estão reunidos e voltados para a aná- uma tabula rasa nem muito menos constituído de
lise e veri昀椀cação do mesmo objeto de estudo. Os circuitos hipotéticos, duvidosos. As percepções são
professores fazem um planejamento conjunto com armazenadas no cérebro, dando signi昀椀cado ao novo
objetivo de propor discussões que levem os alunos a na interface com as experiências adquiridas.
estabelecer relações entre o que estão pesquisando Alternativa B: INCORRETA. O pensamento genealó-
nas diversas disciplinas em relação a um tema, um gico tem Nietzsche como percussor e está centrado
problema em questão, ou compreender um determi- nas complexas relações sociopolíticas de poder e
nado fenômeno sob diferentes pontos de vista. dominação, tanto na vida material, por meio da pro-
Alternativa D: CORRETA. A transdisciplinaridade re- dução e reprodução de bens materiais, quanto espi-
liga os saberes, atribuindo importância do todo à ritual, através dos valores culturais, na constituição
parte, não importando qual seja o ponto de partida da moralidade dos costumes.
ou o de chegada. É a partir dos princípios éticos e Alternativa C: INCORRETA. O pensamento derivativo
políticos que ocorre a seleção e a articulação dos designa o comportamento dissimulado ou distorci-
saberes cientí昀椀cos, dos saberes da experiência, dos do que permite a uma pulsão do id, ou seja, os ins-
saberes do senso comum pedagógico, de modo a ex- tintos, os processos primitivos, desejos, vontades,
trair dele as experiências válidas (o bom senso) e podem se expressar com menos ansiedade; princi-
dar-lhes expressão elaborada, 昀椀losó昀椀ca, com vistas palmente pelos instintos e desejos orgânicos pelo
à formulação de uma prática educativa transforma- prazer.
dora, defendida por Saviani. Alternativa D: CORRETA. Para Luria, o processo per-
Alternativa E: INCORRETA. A concepção behaviorista ceptivo é chamado grá昀椀co, uma vez que se baseia
tem o seu fundamento alicerçado na educação tra- em con昀椀gurações perceptuais, presentes no campo
dicional, pois se baseia em estímulos, respostas e das experiências práticas do cotidiano, vividas, re-
reforços. O aluno reproduz comportamentos e mo- gistradas e armazenadas na memória do indivíduo.
delos; as notas das avaliações e elogios, por exem- Pode-se a昀椀rmar que o processo perceptual é similar
plo, podem ser entendidas como reforço. ao pensamento grá昀椀co, pois possui aspectos que
mudam com o desenvolvimento histórico.
51. Questão Alternativa E: INCORRETA. Segundo Luria, no desen-
volvimento psíquico as linhas de desenvolvimento
(TJ/GO - FGV - 2014) O processo educativo guarda íntima dos processos de percepção, memória, pensamento
relação com os processos perceptivos de um indiví- estão imbricados e vão se constituindo historica-
duo. De acordo com Luria, “a percepção depende de mente, a partir das experiências concretas do indiví-
práticas humanas historicamente estabelecidas que duo, e não de forma indutiva.
podem, não só alterar os sistemas de codi昀椀cação
usados no processamento da informação, mas tam-
bém in昀氀uenciar a decisão de situar os objetos per-
cebidos em categorias apropriadas”. Sendo assim, o
RESUMO PRÁTICO
O homem é um ser histórico-social, ou seja, que De forma geral, pode-se entender a educação
efetiva suas relações mediante práticas culturais como um complexo que se concretiza no conjunto
complexas ocorridas em determinado tempo-es- das relações que os homens e mulheres estabele-
paço. Sendo assim, nenhuma pessoa consegue se cem entre si ao longo da história e que, portanto,
esquivar do processo educativo. Em casa, na rua, na cada período histórico pode apresentar à educação
igreja ou na escola, de uma maneira ou de outra, to- distintos aspectos que a direcionam. No contexto
dos nós envolvemos partes da vida com ela. brasileiro, a educação tem como 昀椀nalidades princi-
O ser humano constrói o seu lastro cultural a par- pais: o pleno desenvolvimento do educando e sua
tir do trabalho (através do qual transforma a natureza quali昀椀cação para o trabalho.
e a si mesmo) e dos aspectos culturais (danças, jogos, Não é a prática educacional quem estabelece
relações familiares etc.). O aperfeiçoamento de suas os seus 昀椀ns. Quem o faz é a re昀氀exão 昀椀losó昀椀ca que
atividades só é possível através da educação, a qual permeia a educação, dentro de uma determinada
se constitui como um fator importantíssimo para a sociedade. As relações entre educação e 昀椀loso昀椀a
socialização e humanização dos homens. parecem ser quase “naturais”. Enquanto a primeira
trabalha com o desenvolvimento do ser humano e,
E qual seria a 昀椀nalidade básica da educação? sobretudo, das novas gerações, a segunda é a re-
Essa é uma pergunta complexa, pois a 昀椀nali- 昀氀exão sobre o que e como devem ser esses seres
dade pode variar bastante ao longo do tempo e a humanos e a própria sociedade.
depender da cultura e da sociedade na qual se dá E na atualidade? Qual seria a 昀椀nalidade básica
o processo educativo. Isso é o que tem mostrado a da educação? Bom, responder a essa pergunta é um
História da Educação: exercício bastante interessante. Num mundo globa-
• Na Grécia dos tempos heroicos, a 昀椀nalidade lizado é extremante difícil ponderarmos a 昀椀nalidade
era formar guerreiros; na Grécia da época das exata da educação, pois as realidades de cada socie-
cidades-estado, almejava-se formar cidadãos; dade são distintas. Nessa perspectiva...
• Em Roma, os esforços se concentravam na for- A educação está sempre em constante mudança
mação de cidadãos com espírito prático e as- e, a partir do século XXI, apresenta-se como pressu-
sim sucessivamente. posto básico da sociedade. A aquisição do conheci-
mento fundamenta-se na necessidade de preparar o
homem para fazer frente aos desa昀椀os apresentados
pelo mundo ao qual está inserido, considerando a
atual realidade caracterizada como uma sociedade
movida pela tecnologia e pela informação, do pro-
cesso de globalização da economia e das mudanças • O seu objeto de estudo é conforme à universa-
aceleradas no mundo do trabalho. lidade da inter-relação humana com o mundo
Um dos principais desa昀椀os da prática pedagó- na sua dupla determinação material e ideal,
gica no âmbito educacional, no mundo atual, é con- objetiva e subjetiva;
tribuir para formação de uma consciência capaz de • A sua 昀椀nalidade é superar a alienação, funda-
libertar o ser humano das injustiças vivenciadas no mentando e promovendo a transformação da
seu cotidiano e compreender o mundo. Enquanto realidade através de uma sociedade onde cada
sujeitos sociais, só poderemos avançar em qualquer vez mais correspondam à essência e à existên-
área de nossas vidas e nos desenvolvermos enquan- cia humanas;
to seres humanos, de fato, quando exercermos nos- • Dimensões fundamentais da 昀椀loso昀椀a: ontológi-
sas capacidades de re昀氀exão. ca, gnoseológica, lógica, axiológica, antropoló-
A educação é uma prática que pode conduzir à gica e praxiológica;
libertação, implicando numa concepção do ser hu- • A região da análise da 昀椀loso昀椀a é a natureza, a
mano e do mundo. Aqui, a emancipação diz da ca- sociedade e o pensamento humano numa pers-
pacidade de pensar e decidir, diz de uma autonomia pectiva ativa de relação com o mundo.
inalienável, enquanto sujeitos históricos, inseridos A função maior da 昀椀loso昀椀a da educação é con-
no tempo, capazes de optar, de transformar, de valo- tribuir para que o ser humano adote uma postura
rar etc. (FREIRE, 2008, p. 12). re昀氀exiva no que tange à problemática educacional. A
A partir das novas descobertas cientí昀椀cas e tec- realidade educacional pedagógica está em constante
nológicas, a educação passa a receber uma série de mutação por quatro constantes fatores determinantes:
novos impulsos que buscam contribuir para a edu- a época, o lugar, contexto socioeconômico, político e
cação escolar e para enfrentamento dos desa昀椀os da cultura do lugar. São in昀氀uenciados pelos objetivos e
produção do conhecimento na contemporaneidade. métodos de ações pedagógicas no contexto escolar.
É nesse cenário que se insere o debate da edu- A educação, quando imbuída dos ideais 昀椀losó昀椀-
cação como direito. A chamada “educação planetá- cos, não se ocupa em “formatar” os seres humanos
ria” articula o direito da inclusão, da dignidade, da de maneira homogênea, mas sim oferecer condições
consciência ecológica, da justiça e da solidariedade ideais para que o educando caminhe com autonomia
humana como princípios fundamentais para o de- e encontre, assim, o seu próprio caminho que certa-
senvolvimento social e econômico. mente não serão iguais, pois cada aluno tem o seu
tempo, aspirações, valores e inteligências múltiplas.
FILOSOFIA E EDUCAÇÃO A relação entre educação e 昀椀loso昀椀a é bastante
espontânea. Enquanto a educação trabalha com o
Pressupostos 昀椀losó昀椀cos da educação desenvolvimento dos homens de uma sociedade, a
A Filoso昀椀a da Educação é um “ instrumento efe- 昀椀loso昀椀a faz uma re昀氀exão sobre o que e como devem
tivo de compreensão e transformação da atividade ser ou desenvolver estes homens e esta sociedade,
educacional” (SERPA, 2005, p. 2). Isso implica alguns isto é, uma re昀氀exão sobre os problemas que a reali-
pressupostos metodológicos a propósito da 昀椀loso昀椀a dade educacional apresenta.
enquanto tal, dos quais destacamos: O acompanhamento 昀椀losó昀椀co da ação pedagógi-
• A 昀椀loso昀椀a é considerada como teoria universal ca objetiva promover a passagem de uma educação
da atividade humana, “disciplina cientí昀椀ca que assistemática, pautada no senso comum, para uma
estuda as regularidades essenciais universais educação sistematizada e crítica, portanto, de uma
da ativa inter-relação [...] material e ideal, [...] consciência 昀椀losó昀椀ca e, nesse sentido, “podemos
objetiva e subjetiva do homem com o mundo melhor compreender a orientação e os pressupos-
natural e social” (SERPA, 2005, p. 2); tos que movem os educadores, condição para que a
• As suas funções são consciencializar, raciona- sua atuação seja intencional, não apenas empírica”
lizar, otimizar e aperfeiçoar a atividade social (ARANHA, 2011, p. 8).
dos homens;
Para Severino (2009), a Filoso昀椀a da Educação de- cação tem a função de mediar a questão da interdis-
senvolve uma tríplice tarefa ao tratar das questões ciplinaridade1, através da qual se estabelece um elo
antropológicas, epistemológicas e axiológicas. To- entre as diversas disciplinas, o que auxilia e muito o
mando por base e realidade educacional vivenciada, trabalho desenvolvido pela educação.
surgem questões sobre o ser humano que se busca O quadro a seguir, baseado nos estudos de Se-
formar (antropologia), sobre as bases do conheci- verino (2009), apresenta os Pressupostos Filosó昀椀cos
mento presentes nos métodos e ações educativas da Educação, os quais serão discutidos a seguir:
(epistemologia) e sobre os valores que assumimos,
recusamos ou criamos (axiologia). A 昀椀loso昀椀a da edu-
PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS
DA EDUCAÇÃO
Esse pressuposto considera o ser humano por convive no seu ambiente biológico. Segundo Aranha
ele mesmo e como ele se vê. É uma antropologia da (2011, p. 150), “é a investigação sobre o conceito que
essência do que constitui a natureza de um ser, o o ser humano faz de si próprio, de suas faculdades,
que há de fundamental. Questiona o signi昀椀cado do habilidades e ações que orientam a vida”. Apresen-
ser, estuda o caráter do homem, vê de que forma ele ta-se a partir de três concepções de homem:
1
O conceito de interdisciplinaridade 昀椀ca mais claro quando se considera o fato trivial de que todo conhecimento mantém um diálogo permanente como
os outros conhecimentos, que pode ser de questionamento, de con昀椀rmação, de complementação, de negação, de ampliação, [...] (FAZENDA, 2001, p. 88).
A concepção essencialista surge a partir do sé- Como educador, pretendeu despertar e estimu-
culo VI a.C., tem origem na metafísica grega da An- lar a busca pessoal da verdade, despertar o conhe-
tiguidade e se caracteriza pela busca da unidade na cimento de si próprio. Sócrates acreditava que o
multiplicidade dos seres, ou seja, é uma busca pela autoconhecimento era o início do caminho para se
essência do ser. Nessa concepção, a humanidade atingir o verdadeiro saber, convidava seus discípulos
teria uma natureza imutável, apesar das diferenças para um mergulho em si mesmo. Em suas aulas, os
individuais. O grande papel da educação seria aju- alunos não recebiam os conteúdos prontos de ma-
dar os indivíduos a alcançarem aquele modelo idea- neira passiva, mas buscavam construi-los.
lizado de homem. Na Idade Média, persiste também Acreditava na seguinte tese: “acreditamos saber,
essa concepção antropológica essencialista, só que mas precisamos descobrir que não sabemos”. Para
agora dirigida pela visão cristã que defendia uma esse 昀椀lósofo, são etapas do saber:
essência humana advinda de Deus, e que deveria a) Ignorar sua ignorância;
ser alcançada visando a vida eterna. Nesse âmbito, a b) Conhecer sua ignorância;
educação estaria muito próxima da fé. c) Ignorar seu saber;
d) Conhecer seu saber.
Principais 昀椀lósofos/autores da concepção es- A verdade, escondida em cada um de nós, só é
sencialista: visível aos olhos da razão. Deriva daí a célebre frase:
“só sei que nada sei”. O processo de formar o indi-
Sócrates víduo para ser cidadão e sábio devia começar pela
Filósofo nascido em Atenas. Foi o maior repre- educação do corpo, que permite controlar o físico. Já
sentante da pedagogia do Ocidente. para a educação do espírito, Sócrates colocava em
segundo plano os estudos cientí昀椀cos, por considerar
que se baseavam em princípios mutáveis. Inspirado
no aforismo “conhece-te a ti mesmo”, julgava mais
importante os princípios universais, porque seriam
eles que conduziriam à investigação das coisas hu-
manas
Platão
Nascido em Atenas (séc. V a. C).
Para ele, a 昀椀loso昀椀a é um saber verdadeiro, com-
prometido com uma sociedade justa e feliz.
tras, dono de um espírito metodista, se empenhava gica e corporal. Dessa forma, se torna um produto de
em laborar o saber teológico, político e moral de sua determinações naturais e não é mais tido como um
época. ser autônomo, capaz de gerir seu próprio destino.
“Caracteriza-se pelo enfoque naturalista imposto ao
conceito de humanidade, projeto que atingiu seu
ápice com o cienti昀椀cismo positivista3, no século XIX,
e que até hoje tem seguidores” (ARANHA, 2011, p.
98). O naturalismo é fundamentado pelo empirismo
e pelo positivismo e marcou com a constituição das
ciências humanas (昀椀nal séc. XIX e início XX). Surge na
tentativa de emprestar o rigor dos métodos experi-
mentais e matemáticos à análise e dos fenômenos
humanos em outras ciências como sociologia, a psi-
cologia e a economia.
2
Adaptação do pensamento aristotélico aos interesses da religião, tinha Jesus como o modelo de mestre e educador, o objetivo mais importante
seria formar o homem na Fé. Essa 昀椀loso昀椀a era usada nos colégios e universidades católicas (modelo tomista/aristotélico).
3
Desenvolvido a partir das ideias de Augusto Comte, tinha como principal pressuposto abandonar qualquer vestígio de religiosidade e emoção no âm-
bito do método cientí昀椀co. Para Comte, o conhecimento era positivo quando fundado na observação, porém em observação orien¬tada por um método.
próprio corpo. A partir do ser pensante, existente Teve como essência a crença de que o homem é
no corpo, chega então a uma verdade incontestável, bom naturalmente, embora esteja sempre sob o jugo
à existência desse ser que duvida e que, se duvida, da vida em sociedade, a qual o predispõe à depra-
pensa: “penso, logo existo” (cogito, ergo sum). As vação. Foi um revolucionário na pedagogia: delineou
ideias inatas são verdadeiras e não sujeitas a erro, um método liberal de educação com a 昀椀nalidade de
pois vêm da razão, e a partir delas conhecemos a desenvolver a criança sem destruir seu estado “na-
realidade. Por isso, a 昀椀loso昀椀a cartesiana é chamada tural”. O núcleo central dos interesses pedagógicos
de “racionalista”. passa a ser a criança e não mais o professor. Res-
A concepção antropológica histórico social, con- salta a especi昀椀cidade da criança, que não deve ser
siderada moderna e contemporânea, recusa uma encarada como um adulto em miniatura. Principais
concepção essencialista do homem, ao a昀椀rmar que propostas da pedagogia de Rousseau:
não há natureza humana universal. Segundo essa
concepção, os homens são seres pragmáticos, de- • O homem deve ser educado para si mesmo e
昀椀nidos pelo trabalho e pela convivência coletiva, e não mais para Deus ou para a vida social;
as condições econômicas estabelecem os modelos • A educação afastada do arti昀椀cialismo das con-
sociais de produção e suas circunstâncias. Duas venções sociais, espontânea original;
grandes vertentes representam essa concepção: a • Recusa o intelectualismo, valorizando os senti-
marxista, pautada numa compreensão de totalidade dos, as emoções, os instintos e os sentimentos;
com uma fundamentação econômica, e a fenome- • Defende a experiência, o ensino ativo voltado
nológica, defensora de uma autodeterminação mais para a vida, para a ação;
autônoma do sujeito. A in昀氀uência dessa concepção • Teme a educação que põe a criança em contato
na educação vem, principalmente, pela criação de com os vícios e a hipocrisia.
teorias que reconhecem o papel do educando no
processo de aprendizagem. Karl Marx (1818-1883)
Nasceu em Trier, sul da Alemanha. Estudou direi-
Alguns autores da concepção antropológica his- to em Bonn e depois em Berlim, mas se interessou
tórico social: mais por 昀椀loso昀椀a e história.
Rousseau (1712-1778)
O 昀椀lósofo Jean-Jacques Rousseau nasceu em
Genebra, na Suíça, e inaugurou uma nova era na
História da Educação, pois resgata a associação fun-
damental entre educação e política.
O principal teórico e criador do empirismo, ter- buscando nas bases da educação esses valores, para
mo cuja origem é a palavra grega empeiría, que sig- melhor entender e repassar a educação. No sentido
ni昀椀ca “experiência”, foi o 昀椀lósofo inglês John Locke ético e moral, as questões da axiologia tratam sobre
(1632-1704) que, mesmo in昀氀uenciado por Descartes, a diversidade dos valores, natureza, subjetividade,
criticou suas ideias inatas “ao a昀椀rmar que a alma é universalidade, relatividade etc. A axiologia volta
como uma tábula rasa, uma tábua sem inscrições, seus estudos para os valores da educação moral,
uma cera na qual não há nenhuma impressão, por- política e estética.
que o conhecimento só começa após a experiência O tornar-se moral implica em assumir livremen-
sensível” (ARANHA, 2011, p. 161). te regras que possibilitem o amadurecimento pes-
soal, na qual a pessoa tem condições de se integrar
em uma coletividade. Para Aranha (2011, p. 173), “a
moral é o conjunto de regras de conduta adotado
pelos indivíduos de um grupo social com a 昀椀nalida-
de de organizar as relações interpessoais segundo
os valores do bem e do mal”. Dessa forma, cada
sociedade, “estimula alguns comportamentos, por
considerá-los adequados, e sujeita outros a sanções
de diversos tipos, desde um olhar de reprovação até
o desprezo ou a indignação”.
ASPECTOS SOCIOEDUCACIONAIS
Cultura e educação
AXIOLOGIA Cultura corresponde à forma como o homem, em
diferentes tempos e espaços, transforma a natureza
Um dos mais importantes precursores do ilu- para produzir os meios de sobrevivência, as regras
minismo europeu, com isso, sua contribuição para que organizam a produção, a maneira como se edu-
a educação é extremamente signi昀椀cativa, pois ele ca o ser humano para os comportamentos sociais,
também se preocupou com a teoria do conhecimen- como se de昀椀nem os papéis sociais e a participação
to. Segundo Locke, devia-se evitar a escola, onde a nas atividades da vida social, como são estabeleci-
criança pudesse ser bem acompanhada ou vigiada. A dos os vínculos e os laços de parentesco, como são
partir de seus estudos para desenvolver a individua- organizados os atos de tomada de decisão sobre os
lidade humana, ele marcou o início do Iluminismo rumos da vida coletiva, como são representados os
que via na razão o 昀椀o condutor do homem. Dessa elementos sobrenaturais e a vida religiosa, como
forma, a base de sua doutrina educacional era a re- são contadas as histórias do grupo, como são fes-
núncia dos desejos se assim a razão não justi昀椀casse. tejados e celebrados os momentos signi昀椀cativos
Para Locke, a educação é um valor que todo ca- das biogra昀椀as individuais e das coletividades, como
valheiro deve desejar para seus 昀椀lhos. Porém, não são educadas as novas gerações e a tantos outros
se trata de limitar o aluno ao conhecimento livres- aspectos.
co. Diferente dos humanistas, Locke insiste em que A educação, por sua vez, não se distancia da
a virtude, principal objetivo do processo educativo, cultura. Nessa direção vale lembrar uma das frases
não depende tão-somente de um sistema de educa- mais repetidas por Paulo Freire: não apenas ler a
ção baseado em conceitos religiosos, pois a virtude palavra, mas ler o mundo através da palavra para
pode ser ensinada através de um sistema de educa- transformá-lo. “A educação é fundamentalmente
ção secular e cívico. uma questão e uma forma de poder, cuja legitimi-
Estuda as questões relacionadas ao valor que os dade deve ser problematizada. Daí a centralidade da
homens atribuem às coisas, a sua valoração. Valores eticidade da educação” (FREIRE, 2009, p. 8).
nos sentidos estéticos, moral, ético, político, social e
A estreita relação entre educação e cultura nos Em se tratando de educação no período da Re-
processos de formação da cidadania ressalta o ca- volução Industrial e do surgimento e formação da
ráter indispensável das ações de integração das sociologia (entre séculos XVII a XIX), podemos evi-
manifesta¬ções intelectuais e artísticas nas práticas denciar algumas características:
pedagógicas de ensino formal e informal. • Ideal de educação: homem de espírito livre,
capaz de dominar todos os campos do conhe-
Fique ligado(a)!!! cimento;
A sociologia possibilita condições, na área edu- • Desenvolvimento das técnicas – especialização
cacional, para que as discussões em relação a uma dos saberes;
escola de qualidade ainda sejam possíveis. Isso por- • Século da educação, da ideia de progresso e
que, mesmo havendo, de um lado, tendências peda- espírito cientí昀椀co, entre outros.
gógicas não críticas, à manutenção e preservação do Esses ideais irão acontecer relativamente nas
sistema capitalista, há também, do outro lado, uma práticas educacionais, pelas condições históricas
tendência progressista, que luta pela transformação geradas em cada país no mundo ocidental europeu e
social na escola. norte-americano. As questões educacionais ocorrem
de maneira gradativa aos acontecimentos políticos,
Ampliando o conhecimento!!! econômicos e sociais.
Isidore Auguste Marie François Xavier Comte
(August Comte) foi um 昀椀lósofo francês, fundador Abordagens sociológicas e suas implicações
da sociologia e do positivismo, que trabalhou in- para a educação
tensamente na criação de uma 昀椀loso昀椀a positiva. Na
concepção de Comte, a sociologia deveria orientar-
-se no sentido de conhecer e estabelecer as “leis
imutáveis da vida social”. A ciência deveria abster-se
de qualquer consideração crítica e, assim, eliminar
discussão sobre a realidade existente, deixando de
abordar, por exemplo, a questão da igualdade, da
justiça e da liberdade. Para Comte, o conhecimento
era positivo quando fundado na observação, orien¬-
tada por um método: a observação empírica era uma
espécie de observação vulgar, em que simplesmente
se observavam os atos em si, sem se estabelecer re-
lação entre os demais fatos observados. A observa-
ção positiva precisava seguir algumas regras, entre
elas: selecionar, desmembrar, rela-cionar, comparar, Emile Durkheim: considerado um dos pioneiros
medir e estabelecer similaridades, estudar o todo, da sociologia, meio conservador, era contrário a
perceber as repetições e, por 昀椀m, “estabelecer leis certas mudanças na sociedade de sua época. Para
que possibilitem a previsão de mo¬vimentos, regu- Durkheim, a sociedade é um conjunto de normas de
laridade e comportamentos futuros do fato estuda- ação, pensamento e sentimento que não existem
do” (MEKSENAS, 2002, p. 78). apenas na consciência dos indivíduos, mas que são
As relações entre educação e sociedade na Ida- construídos exteriormente, isto é, fora das consciên-
de Moderna cias individuais. Sua abordagem teórica e metodoló-
gica é denominada “funcionalista”4.
4
Corrente sociológica relacionada ao pensador francês Émile Durkheim (1858-1917). Para ele, cada indivíduo exerce uma função especí昀椀ca na sociedade
e sua má execução signi昀椀ca um desregramento da própria sociedade. Sua interpretação de sociedade está diretamente relacionada ao estudo do fato
social, que para ele apresenta características especí昀椀cas: exterioridade e a coercitividade. O fato social é exterior na medida que existe antes do próprio
indivíduo e coercitivo na medida em que a sociedade impõe tais regras, sem o consentimento prévio do indivíduo. Disponível em http://pt.wikipedia.
org/wiki/Funcionalismo.
Os fatos sociais são o objeto de estudo da so- social a qual a criança particularmente se destina
ciologia, na Teoria de Durkheim, e se constituem (DURKHEIM, 1983, p. 45).
em condutas de regras e normas (leis) coletivas que A educação é um exemplo de fato social. O in-
orientam a vida dos indivíduos em sociedade. divíduo não nasce sabendo previamente as normas
Os homens em sociedade se defrontam com re- de conduta necessárias para a vida em sociedade.
gras de conduta, conhecidas por leis, códigos, decre- Esta deve educar os seus membros para aprenderem
tos e constituições. São as gerações de homens que as regras necessárias à organização da vida social.
vão criando e reformulando coletivamente as leis. Ou seja, as gerações adultas transmitem às crianças
Essas leis são transmitidas para as gerações seguin- e adolescentes aquilo que aprenderam ao longo de
tes na forma de códigos, decretos, constituições etc. sua vida em sociedade.
Como indivíduos isolados, temos de aceitá-las; sob Para Durkheim, o professor representa a so-
pena de sofrer castigos por violá-las. ciedade e tem o direito legítimo de provocar os
“estados físicos, intelectuais e morais” requeridos
Fique atento(a)!! pela vida social. “Numa determinada realidade so-
Os fatos sociais têm como características: ex- cial concreta, o processo educacional se dá através
terioridade, coercitividade e generalidade. A exte- de instituições especí昀椀cas (família, escola, igreja,
rioridade consiste em ideias, normas ou regras de comunidade) que se tornam porta-vozes de uma
conduta que não são criadas isoladamente pelos determinada doutrina pedagógica”, mesmo que de
indivíduos, mas pela coletividade. A coercitividade forma dicotômica: realizando mudanças ou conser-
são normas e regras que devem ser seguidas pelos vando posturas e doutrinas. Quanto ao educando, a
membros da sociedade. A não obediência a essas de昀椀nição de Durkheim atribui-lhe um papel passivo.
leis gera punição, quando alguém desobedece ao A criança estaria “naturalmente” em estado de pas-
grupo. A generalidade (universalidade) consiste sividade. A de昀椀nição de educando, nesse viés, é em
em as normas poderem ser percebidas em qual- grande parte determinista5.
quer lugar.
Durkheim viu na educação o meio pelo qual
a sociedade se perpetua e a escola como sobre-
vivência da sociedade. A educação transmite va-
lores morais que integram a sociedade; por isso
a mudança educacional é importante a partir de
dois princípios: pelo re昀氀exo das mudanças sociais
e culturais e por ser agente ativo de mudanças
que envolvem a sociedade. “A educação é uma so-
cialização da jovem geração pela geração adulta”.
Nas palavras de Durkheim, “a educação tem por
objetivo suscitar e desenvolver na criança estados
físicos e morais que são requeridos pela socieda-
de política no seu conjunto”.
A educação é a ação exercida pelas gerações Max Weber: acreditava 昀椀rmemente nos ideais
adultas sobre as gerações que ainda não se encon- democráticos e buscava caminhos que libertassem
tram preparadas para a vida social. Tem por objetivo o homem da cristalização da democracia. Para Max
suscitar e desenvolver na criança certo número de Weber, o objeto da sociologia é a ação social, isto
estados físicos, intelectuais e morais reclamados é, toda ação que o indivíduo pratica orientando-se
pela sociedade política no seu conjunto e pelo meio pela ação de outros. Segundo ele, “A ciência diz o
5
Determinismo é a doutrina que a昀椀rma serem todos os acontecimentos, inclusive vontades e escolhas humanas, causados por acontecimentos
anteriores, ou seja, o homem é fruto direto do meio. Segue-se que o ser humano seria destituído de liberdade de decidir e de in昀氀uir nos fenômenos
em que toma parte. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Determinismo
que nós queremos e o que nós podemos, nunca o ção, a escola seria como um dos fatores de estra-
que nós devemos”. ti昀椀cação social, um meio de destingir e privilegiar
Para Weber, as relações sociais ocorrem à me- alguns indivíduos.
dida que os indivíduos passam a estabelecer uma
relação signi昀椀cativa, isto é, algum tipo de sentido A PÓS MODERNIDADE E OS
entre várias ações sociais. A ação social só vai existir NOVOS PARADIGMAS DA EDUCAÇÃO
quando o indivíduo tentar estabelecer algum tipo de
comunicação, a partir de suas ações, com os demais. A pós-modernidade constitui-se como um perío-
Diferencia-se de Durkheim por não enfatizar normas do histórico que expressa, através da cultura da glo-
sociais, e de Karl Marx por não propor a formação de balização e da sua ideologia neoliberal, uma estru-
uma sociedade ideal. Weber estabelece diferentes tura econômica global que mascara as relações de
tipos de ação social, agrupando-os de acordo com o desigualdade entre os povos das grandes potências
modo pelo qual os indivíduos orientam suas ações: econômicas e dos países periféricos. Caracteriza-se
• Ação social tradicional: ação determinada por como um momento de re昀氀exões e indagações acerca
um costume ou um hábito enraizado. Exemplo: do modelo de pensamento baseado na racionalida-
um estudante de um determinado curso segue de ocidental, o qual difundiu, ao longo dos anos,
a tradição da família e, para não fugir à regra, uma visão fragmentada da realidade.
resolve fazer esse curso; A educação no cenário pós-modernista deve es-
• Ação social afetiva: ação determinada por afe- tar igualmente preocupada com a formação técnica
tos ou estados emocionais. Exemplo: o ato de do indivíduo, assim como com a sua humanização.
uma pessoa presentear outra, movida por um Dessa forma, compete à escola conduzir os seus
sentimento de amizade; educandos à re昀氀exão sobre a importância de ser
• Ação social racional com relação a valores: um sujeito ativo do processo produtivo e, ao mes-
ação determinada pela crença consciente em mo tempo, um cidadão do mundo, preocupado em
um valor considerado importante, indepen- promover o bem-estar social, sendo capaz de trans-
dentemente do êxito desse valor na realidade. formar, por intermédio do conhecimento, a desuma-
Exemplo: fazer um curso, pois o que interessa é nização atual em uma sociedade mais ética, justa e
o fato de a pessoa considerar importante algo fraterna.
para a sua vida;
• Ação social racional com relação a 昀椀ns: ação
determinada pelo cálculo racional que esta-
belece 昀椀ns e organiza os meios necessários.
Exemplo: fazer um determinado curso, colocan-
do em primeiro plano essa 昀椀nalidade, tudo o
que a pessoa 昀椀zer está voltada para tal.
Na concepção de Weber, o surgimento da so-
ciedade moderna foi acompanhado por mudanças
importantes em modelos de ação social. A ciência
e a técnica nos libertam de implorar aos “espíritos”
as previsões ou as maneiras de proceder. As outras
esferas da sociedade tendem à especialização, tal
como a ciência, a burocratização e a marcha da ra-
cionalidade (WEBER, 2006, p. 22). Para Karl Mannheim, a educação vem a ser o
Quanto à educação escolarizada, Weber a昀椀rma processo de socialização dos indivíduos para uma
que é também um meio pelo qual o indivíduo pode sociedade racional, harmoniosa, democrática, por
ascender socialmente, uma vez que a educação po- sua vez controlada, planejada, mantida e reestru-
deria ser considerada uma forma de “poder”, onde turada pelos próprios indivíduos que a compõem.
aqueles que a possuem são prestigiados e desfru- A educação não possui 昀椀nalidades abstratas. Para
tam de um tratamento diferenciado. Nessa concep- Mannheim, a sociedade que determina a educação e
a instrução formal é o exercício de uma necessidade de iniciativa, e consiga entusiasmar o aluno para a
vital, de extrema importância que precisa se relacio- aquisição do conhecimento, inserido na conjuntu-
nar com todas as partes e fatores da sociedade. O ra atual e desa昀椀adora do mundo contemporâneo,
principal agente educativo, desse modo, é a comu- pois é através da re昀氀exão dos tempos atuais que o
nidade. Podemos ser educados em qualquer espaço aluno pode vir a transcender determinados limites,
formativo, entre distintas concepções e padrões que penetrar nas lacunas das certezas e incertezas do
se orientam no interior da comunidade. conhecimento.
A Unesco produziu um relatório no qual a edu-
cação para o século XXI é concebida a partir de
princípios que se constituem em quatro pilares da
educação. Segundo Delors (2003), são eles:
con昀氀itos (competência social) tornam-se cada vez em que a prática educa para a realidade e para a
mais importantes. inferência política do ser na sociedade. O educador
Aprender a viver juntos é um dos maiores desa- precisa veicular uma visão crítica da educação, con-
昀椀os da educação na atualidade. O espírito crítico e textualizada no sistema social vigente, através da
re昀氀exivo dos alunos deve ser estimulado para que politização dos agentes educativos e desmisti昀椀ca-
a capacidade de abertura à alteridade e de enfren- ção do ensino.
tar as inevitáveis tensões entre pessoas, grupos e A 昀椀loso昀椀a e a pedagogia são ciências que tra-
nações através do diálogo e da troca de argumen- tam de um mesmo elemento: o ser humano. A 昀椀lo-
tos seja o ponto crucial dessa educação. A postura so昀椀a tenta explicar o homem e responder as suas
critico-re昀氀exiva dará ao estudante a capacidade de angústias e indagações, e a Pedagogia preocupa-se
perceber a importância de se viver em sociedade e em aperfeiçoá-lo, desenvolvê-lo. A re昀氀exão 昀椀losó昀椀-
de buscar conhecimentos e atitudes que melhorem ca faz parte da prática docente, e neste sentido, as
a vida do grupo e de participar em projetos comuns tendências pedagógicas surgem para de昀椀nir o papel
para o bem da comunidade a que pertence. do homem e da educação no mundo, na sociedade
O pilar do aprender a ser sustenta que a educa- e na escola, o que repercute na prática docente em
ção deve se planejar e se organizar para contribuir sala de aula. Libâneo (1999), classi昀椀ca as tendências
com o desenvolvimento integral do indivíduo (espíri- pedagógicas em dois grandes grupos: Pedagogia Li-
to e corpo, cognição e intelecto, sensibilidade, senso beral e a Pedagogia Progressista.
ético e estético, competência humano pessoal e so- A pedagogia liberal surgiu por volta dos anos 20
cial, espiritualidade, formação técnico-pro昀椀ssional). e 30 para justi昀椀car o sistema capitalista e cumprir
A educação deve preparar o indivíduo para a autono- o papel de reproduzir a sociedade de classes e re-
mia intelectual e crítica e para o enfrentamento dos forçar o modo de produção capitalista. Apesar de
diferentes desa昀椀os da vida. Deve possibilitar referên- difundir a ideia de igualdade de oportunidades, não
cias intelectuais que proporcionem ao estudante a leva em conta a desigualdade de condições, assim
compreensão do mundo e de si mesmo, que equalize como, o termo liberal não tem o sentido de “avança-
cognição e postura cientí昀椀ca com experienciações no do”, “democrático”, como se costuma utilizar.
campo da ética, estética, desportiva, cultural e social. A pedagogia liberal prega que a escola tem a
O aprender a ser exige que a educação compreenda função de preparar os indivíduos para o desempe-
que o desenvolvimento do ser humano é um proces- nho de papéis sociais, de acordo com as aptidões
so dialético que começa pelo conhecimento de si, em individuais. Para isso é necessário aprender a adap-
seguida, a relação com o outro. tar-se aos valores e às normas vigentes na socieda-
Para Saviani (2008), a educação é um ato político de de classes, através do desenvolvimento da cultu-
porque contém uma dimensão política na medida ra individual.
fosse um depósito bancário onde a relação não tem As tendências pedagógicas progressistas são pro-
reciprocidade. dutos da insatisfação de vários educadores com os
modelos de tendências liberais que não tinham como
Vamos conhecer agora as tendências da pedago- objeto central a emancipação dos indivíduos através
gia progressista... do processo educacional. Elas não se conciliam com o
Antes de mais nada é importante esclarecer modelo social capitalista à medida em que partem de
que, do ponto de vista histórico, o surgimento/ uma análise crítica das realidades sociais politizan-
aparecimento de todas as tendências pedagógicas do todo o processo educacional. A educação é vista
não aconteceram de forma ordenada e cronologi- como um instrumento de luta social.
camente. Muito pelo contrário, surgiram a partir da A educação é uma prática que pode conduzir à
realidade vivenciada em cada momento histórico libertação, implicando numa concepção do ser hu-
e, portanto, num mesmo período histórico pode-se mano e do mundo. Aqui, a emancipação diz da ca-
perceber diferenciadas tendências no âmbito edu- pacidade de pensar e decidir, diz de uma autonomia
cacional brasileiro mesmo observando a prevalên- inalienável, enquanto sujeitos históricos, inseridos
cia de uma determinada tendência a 昀椀m de atender, no tempo, capazes de optar, de transformar, de valo-
geralmente, aos anseios dos interesses das classes rar etc. (FREIRE, 2008, p. 12).
dominantes.
Esta tendência surge no 昀椀nal dos anos 1970 e início dos anos 1980 a partir da crítica feita
a alguns educadores de tendência libertadora à medida em que não davam muita ênfase
ao conhecimento historicamente elaborado concentrando-se mais na realidade concre-
ta. Os conteúdos escolares devem ultrapassar as questões sociais atuais e dar um salto
no sentido de ter acesso ao conhecimento do “acervo cultural da humanidade”. Um dos
maiores representantes desta tendência é Dermeval Saviani. A tarefa de uma pedagogia
crítica consiste em transmitir conhecimentos universais que são considerados como pa-
trimônio da humanidade e não dos grupos sociais que deles se apropriaram. Fortalece
ainda a crítica à concepção libertadora no sentido de que esta prioriza não a aquisição
do conhecimento, mas os métodos de sua aquisição. A escola deve preparar o aluno a se
Tendência inserir na vida social com a aquisição de conteúdos signi昀椀cativos no preparo para a vida.
crítico- O professor orienta o aluno a partir dos conteúdos trabalhados, que devem corresponder
social dos aos interesses dos alunos. Como principais características temos:
conteúdos - Assegura a função social e política da escola através do trabalho com conhecimentos
sistematizados;
- Entende que não basta ter como conteúdo escolar as questões sociais atuais, mas que
é necessário que se tenha domínio de conhecimentos, habilidades e capacidades mais
amplas para que os alunos possam interpretar suas experiências de vida e defender seus
interesses de classe;
- Os métodos buscam favorecer a coerência entre a teoria e a prática;
- O saber objetivo é considerado matéria-prima para a atividade educativa e deve ter pri-
mazia sobre o mundo da natureza, ou seja, sobre o saber natural, espontâneo;
- Defende a conversão do saber objetivo em saber escolar de modo a torná-lo assimilável
pelos alunos no espaço e tempo escolares.
Em sala de aula, os dois lados aprenderão juntos, das condições do sujeito ‒ indivíduo sadio, bem-ali-
um com o outro – e para isso é necessário que as mentado, sem de昀椀ciências neurológicas etc. ‒ e das
relações sejam afetivas e democráticas, garantindo condições do meio.
a todos a possibilidade de se expressar. A educação deve ser um processo de construção
de conhecimento em condição de complementari-
TENDÊNCIAS PÓS-LDB dade: por um lado, alunos e professores, por outro,
“CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO”, os problemas sociais atuais e o conhecimento já
QUE IDEIA É ESSA? construído pelo indivíduo.
O construtivismo seria então uma concepção
Ao longo da história, vários pensadores discuti- teórica que parte do princípio de que o desenvol-
ram as fontes do conhecimento, inquietando-se com vimento da inteligência é determinado pelas ações
questões como: o que é o conhecimento e como ele mútuas entre o indivíduo e o meio. A ideia é que o
é adquirido? Como os homens conhecem? Existe o homem não nasce inteligente, mas também não é
conhecimento inato ou todos os conhecimentos de- passivo sob a in昀氀uência do meio. Ao contrário, res-
rivam das experiências? É possível aprender sem a ponde aos estímulos externos agindo sobre eles
experiência? para construir e organizar o seu próprio conheci-
A concepção que defende o inatismo entende mento, de forma cada vez mais elaborada.
que todo o conhecimento que temos nasce conosco Construtivismo signi昀椀ca isto: a ideia de que
é inato, não necessitando ser apresentado a nós. Já nada, a rigor, está pronto, acabado e de que, espe-
a concepção empirista entende que todo o conheci- ci昀椀camente, o conhecimento não é um dado, em
mento que temos é adquirido a partir da experiên- nenhuma instância, como algo terminado. Ele cons-
cia, através dos sentidos. titui pela interação do indivíduo com o meio físico
Na história da epistemologia, tivemos duas prin- e social, com o simbolismo humano, com o mundo
cipais escolas de pensamento sobre o que consti- das relações sociais; e se constitui por força de sua
tui o meio mais importante para o conhecer. Uma ação e não por qualquer outra dotação prévia, na
é a escola “racionalista”, defendendo que a razão é bagagem hereditária ou no meio, de tal modo que
responsável por esse papel. A outra é a “empirista”, podemos a昀椀rmar que antes da ação não há psiquis-
para qual é a experiência, principalmente o uso dos mo nem consciência e, muito menos, pensamento
sentidos, ajudados, quando necessário, por instru- (BECKER, 2003, p. 88-89).
mentos, a responsável por tal papel. O construtivismo é, pois, uma visão de mun-
Conhecer é uma ação que demanda esquemas do, uma teoria do conhecimento ‒ é um modo de
de assimilação e acomodação, num processo cons- se conceber o ser humano. Essa 昀椀loso昀椀a visa um
tante de reorganização, que é fruto da atividade da- acompanhamento da criança, propondo-lhe situa-
quele que interage com o mundo. ções desa昀椀adoras mediante o contato com mate-
O sujeito age sobre o objeto, assimilando-o: essa riais ou conteúdos provocantes. O sujeito precisa
ação assimiladora transforma o objeto. O objeto, ao investir no objeto proposto, con昀椀gurá-lo e apren-
ser assimilado, resiste aos instrumentos de assimi- dê-lo como um desa昀椀o.
lação de que o sujeito dispõe no momento. Por isso,
o sujeito reage refazendo esses instrumentos ou Para concluir...
construindo novos instrumentos, mais poderosos, Esperamos que este resumo possa possibilitar a
com os quais se torna capaz de assimilar, isto é, de você, leitor, uma síntese dos conteúdos que subsi-
transformar objetos cada vez mais complexos. diam as questões. Indicamos que as bibliogra昀椀as ci-
Essas transformações dos instrumentos de assi- tadas ao longo do capítulo sejam consultadas, a 昀椀m
milação constituem a ação acomodadora. Conhecer de um maior aprofundamento nos temas abordados.
é transformar o objeto e transformar a si mesmo.
O conhecimento não nasce com o indivíduo, REFERÊNCIAS
nem é dado pelo meio social. O sujeito constrói seu
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242
Educação Corporativa e
6 Aprendizagem Organizacional
Karina Macêdo
Alternativa A: INCORRETA. A visão cartesiana limita a DICA DA AUTORA: A nomenclatura “Gestão do Conhe-
de昀椀nição da Educação Corporativa, uma vez que não cimento” advém do inglês Knowledge Management
possibilita o entendimento sobre inovação dentro (KM), para melhor entendimento da questão, torna-
das organizações. -se necessária a ampliação de conhecimento sobre
Alternativa B: INCORRETA. As diversas corporações tal expressão.
(empresas), independente de seu tamanho, enten- Alternativa A: INCORRETA. A gestão do conhecimento
deram a importância da educação corporativa para se desenvolve a partir da gestão de competências
ampliação da qualidade do trabalho desenvolvido que se delineia a partir de indicadores como visão,
por seus colaboradores. missão, estratégias, valores, dentre outros.
Alternativa C: CORRETA. A Educação Corporativa é Alternativa B: CORRETA. A sociedade vivencia, na
uma ação que possibilita ao sujeito uma melhoria atualidade, a chamada era do conhecimento. Des-
e ampliação da visão global sobre suas atividades ta forma, a gestão do conhecimento é reconhecida
laborais, o fazendo pensar estrategicamente sobre como um recurso estratégico inserido nas organiza-
como proceder diante da realidade o qual esteja ções e no cotidiano das pessoas como objetivo de
efetivamente inserido. formular estratégias determinantes para o cresci-
Alternativa D: INCORRETA. O foco das corporações mento competitivo de uma empresa.
é o trabalho coletivo de seus colaboradores, desta Alternativa C: INCORRETA. Aprendizagem é processo
forma a educação corporativa preza pela formação de apropriação de informações, as quais, a partir
grupal aliada aos objetivos da empresa. das diversas interações que os sujeitos são submeti-
Alternativa E: INCORRETA. A Educação Corporativa dos, resultam na construção de conhecimento.
visa a inovação da corporação, a partir da recriação Alternativa D: INCORRETA. A Gestão do Conhecimen-
de conhecimentos que extrapolam seus espaços in- to se organiza a partir de fatores como aprendiza-
ternos. gem, competências, inteligência emocional, capital
intelectual, dentre outros. Tais fatores respaldam
03. Questão uma organização estratégica da empresa.
Alternativa E: INCORRETA. A Gestão do Conhecimen-
(EBSERH/HU/UFJF - AOCP - 2015) Por gestão do conhecimen- to pensa, de forma estratégica, as ações de uma or-
to entende-se: ganização. Cabe à Gestão de Pessoas descrever as
funções de cada membro da organização.
Ⓐ as competências organizacionais baseadas na
cultura organizacional e nos objetivos estratégicos 04. Questão
da empresa.
Ⓑ um fator decisivo na formulação de estratégias (EBSERH/HU/UFJF - AOCP - 2015) A formação oferecida pela
organizacionais, de modo a ser visto como um ati- Pedagogia Empresarial tem como objetivo:
vo intelectual para as organizações. A forma como
se gerencia o conhecimento é determinante para o Ⓐ oferecer uma formação continuada como sendo
crescimento e competitividade de uma organização. uma extensão do Bacharelado.
Ⓒ a ativação de um conhecimento empresarial que Ⓑ formar o cidadão responsável e crítico, reforçan-
pode ser utilizado na aprendizagem. do o mercado de trabalho exigente que tem como
Ⓓ as especi昀椀cações da gestão que estão relaciona- prioridade a competência e o individualismo.
das à organização operacional. Ⓒ compreender o contexto socioeconômico e pro-
dutivo da organização, objetivando situar o trabalho
Ⓐ a escola formal de tempo integral. Ⓒ ter um bom relacionamento com colegas de tra-
Ⓑ os espaços não escolares. balho embora isso seja irrelevante caso não esteja
Ⓒ a escola formal de educação especial. no Planejamento Estratégico da mesma.
Ⓓ a EJA – Educação de Jovens e Adultos. Ⓓ ter visão estratégica, conhecer e entender o ne-
Ⓓ a educação infantil. gócio da organização, seu ambiente, identi昀椀cando
oportunidades e alternativas.
Grau de Di昀椀culdade Ⓔ estarem voltadas a um saber agir responsável e
reconhecido, que implica mobilizar; integrar; trans-
DICA DA AUTORA: As atuais concepções, de educação, ferir conhecimentos, recursos, habilidades, que
entendem que o processo de ensino-aprendizagem agreguem valor econômico à organização e valor
acontece nos diferentes espaços sociais, e não ape- social ao indivíduo.
nas no espaço da sala de aula. Tais espaços são in-
titulados como escolares e não escolares. Contudo, Grau de Di昀椀culdade
em se tratando da relação ensino/aprendizagem,
cabe ao pedagogo a tarefa de desenvolver a prática Alternativa A: INCORRETA. O saber aprender é um
pedagógica nestes ambientes. O trabalho do peda- dos principais requisitos a ser apresentado pelo
gogo no espaço escolar já está institucionalizado, pro昀椀ssional no mercado de trabalho, pois o mesmo
daí cabe a este pro昀椀ssional o trabalho com os di- é desa昀椀ado a todo momento a apresentar soluções
versos níveis e modalidades da educação: educação para os diferentes problemas na empresa.
especial, educação de jovens e adultos, educação Alternativa B: INCORRETA. Assumir responsabilida-
infantil, educação em tempo integral, dentre outros. des implica responsabilizar-se por suas ações, mos-
Com as demandas atuais da sociedade, o traba- trando desta forma competências e disponibilidade
lho do pedagogo tem ganhado novas conotações e para novos desa昀椀os.
sua atuação vem ganhando novos espaços, como Alternativa C: INCORRETA. As relações interpessoais
as empresas, hospitais e o terceiro setor. Estes são no trabalho são de fundamental importância para o
os espaços considerados como não escolares. Para desenvolvimento pro昀椀ssional e qualidade da execu-
ampliação desta informação, torna-se necessário ção do Planejamento Estratégico da empresa.
conhecer as Diretrizes Curriculares Nacionais para Alternativa D: INCORRETA. Para além de ter visão es-
o Curso de Graduação em Pedagogia (RESOLUÇÃO tratégica, conhecer e entender o negócio da organi-
CNE/CP Nº 1, DE 15 DE MAIO DE 2006). zação, seu ambiente, identi昀椀cando oportunidades e
Alternativas A, C, D e E: INCORRETAS. São níveis e/ou alternativas, é suma importância que o pro昀椀ssional
modalidades da educação, formalizados como espa- tenha competências para a resolução de situações-
ços originais de atuação do pedagogo. -problemas.
Alternativas B: CORRETA. O trabalho do pedagogo Alternativa E: CORRETA. As competências voltadas a
tem ganhado notoriedade nos espaços não escola- um saber agir responsável e reconhecido, que im-
res como: empresas, hospitais e o terceiro setor. plicam mobilizar; integrar; transferir conhecimentos,
recursos, habilidades, que agreguem valor econômi-
12. Questão co à organização e valor social ao indivíduo, com-
põem um saber pessoal extremamente fundamental
(EBSERH/HU/UFJF - AOCP - 2015) As competências do pro昀椀s- para articulações dentro de uma empresa.
sional, que devem ser valorizadas nas empresas, são
responsáveis por: 13. Questão
Ⓐ abrirem mão do saber aprender, pois elas vão (EBSERH/HU/UFJF - AOCP - 2015) Por competência do indiví-
aparecendo durante o processo produtivo na em- duo nas organizações, compreende-se:
presa.
Ⓑ assumirem responsabilidades, porém sem assu- Ⓐ um estado, um conhecimento especí昀椀co.
mir os riscos de suas ações, pois quem responde por Ⓑ somente a formação educacional do indivíduo.
elas é a própria empresa.
Ⓒ uma justi昀椀cativa pessoal. DICA DA AUTORA: De acordo com Kotler (1975, p. 52) ,
Ⓓ uma atitude inovadora e sistemática. “[...] o Planejamento Estratégico é uma metodologia
Ⓔ um problema detectado na empresa. Essencial- gerencial que permite estabelecer a direção a ser
mente, o projeto é uma ação destinada a uma situa- seguida pela organização, visando maior grau de in-
ção problema ou necessidade. teração com o ambiente”. Re昀氀etindo este conceito,
é tranquilo perceber a 昀氀exibilidade que o trabalho
Grau de Di昀椀culdade com este instrumento traz para a empresa, possibi-
litando um trabalho coletivo sistematizado, relações
Alternativa A: INCORRETA. Os projetos, dentro do es- interpessoais de qualidade e responsabilidades
paço organizacional, partem de diversas situações, compartilhadas, o que traduz um trabalho em equi-
inclusive de um conteúdo operacional, contudo es- pe com autonomia cognitiva e emocional.
tão vinculados às diversas situações problemas que Alternativas A, C, D e E: INCORRETAS. Tais alternativas
emergem deste espaço. não apresentam os desa昀椀os que di昀椀cultam a elabo-
Alternativa B: INCORRETA. Os procedimentos rotinei- ração do Planejamento Estratégico nas organizações
ros na empresa dão norte às ações desenvolvidas e, sim, práticas que corroboram para o sucesso da
neste espaço, não explicitam a necessidade da reali- preparação do mesmo.
zação de um projeto. Alternativa B: CORRETA. O excesso de racionalidade,
Alternativa C: INCORRETA. De forma geral, os proje- in昀氀exibilidade na execução e falhas no processo de
tos nascem da necessidade de organização de ações comunicação enrijecem as possibilidades de cons-
que atendem a um coletivo, desta forma não se jus- trução de um planejamento estratégico empresarial,
ti昀椀ca a elaboração do mesmo a partir de uma justi- o que provoca impactos negativos para a concretiza-
昀椀cativa pessoal. ção deste instrumento gerencial.
Alternativa D: INCORRETA. Uma atitude inovadora e
sistemática faz parte do rol de habilidades que o de- Tendo em vista que, assim como uma empresa, a
senvolvimento de um projeto empresarial objetiva escola necessita planejar suas ações para garantir
com seus colaboradores. bom funcionamento, julgue os itens seguintes, rela-
Alternativa E: CORRETA. Constitui-se como base para tivos à organização e ao planejamento escolar.
a elaboração de um projeto a identi昀椀cação de um
problema na empresa. Essencialmente, o projeto é 22. Questão
uma ação destinada a uma situação problema ou
necessidade. (FUB - CESPE - 2013) Ao contrário de ações surgidas de
última hora, um projeto é um empreendimento que
21. Questão visa metas claras, apresenta data de início e 昀椀m e
também previsão de custos.
(EBSERH/HE/UFSCAR - AOCP - 2015) Dentre os desa昀椀os que
di昀椀cultam a elaboração do Planejamento Estratégi- Grau de Di昀椀culdade
co estão:
Assertiva: CORRETA. Como o próprio nome sugere,
Ⓐ reunião do grupo de trabalho e estabelecimento projeto é uma proposta de trabalho estruturada
das metas conjuntamente. através de atividades integradas a objetivos e metas
Ⓑ excesso de racionalidade, in昀氀exibilidade na exe- claras que visam a transformação de uma determi-
cução e falhas no processo de comunicação. nada realidade. Os projetos apresentam data de iní-
Ⓒ relação entre o grupo de trabalho que não seja cio e 昀椀m e também previsão de custos.
unilateral (de cima para baixo).
Ⓓ distribuição de responsabilidades. 23. Questão
Ⓔ participação de todos os setores da empresa.
(FUB - CESPE - 2013) Na elaboração de projetos, o deli-
Grau de Di昀椀culdade neamento do conteúdo constitui parte da dimensão
técnica.
Ⓐ Trata-se de um modelo falido, que possui pouca (METRÔ/DF - IADES - 2014) Assinale a alternativa que apre-
aplicabilidade no mercado contemporâneo. senta a diferença primordial entre trabalho em gru-
Ⓑ Caracteriza-se como uma metodologia recorrente po e trabalho em equipe.
no leque de ação dos modelos burocráticos de ges-
tão. Ⓐ No grupo, o trabalho e as decisões são sempre
Ⓒ Bene昀椀cia unicamente o grupo, não trazendo gran- realizados em conjunto, enquanto, nas equipes, o
des resultados para a instituição como um todo.
trabalho é sempre individual e as decisões são to- Ⓑ O paradigma de capacitação adotado pelas em-
madas somente pelo líder. presas em nada difere daquele que é trabalhado
Ⓑ Nos grupos, a responsabilidade por resultados é pelas escolas.
individual e, nas equipes, as responsabilidades são Ⓒ O pedagogo empresarial é o pro昀椀ssional formado
coletivas. e capacitado para desenvolver esse trabalho, sem
Ⓒ Os grupos têm objetivos de trabalhos comparti- sofrer ou necessitar da interferência de quaisquer
lhados, ainda que cada um tenha metas especí昀椀cas, outros pro昀椀ssionais.
enquanto, nas equipes, os objetivos de trabalho são Ⓓ O uso da capacitação em serviço leva a realidade
individuais. da instituição para dentro do processo formativo,
Ⓓ Nos grupos, o desempenho medido é coletivo e, contextualizando as aprendizagens ao real interesse
nas equipes, só existe o compartilhamento de infor- da organização.
mação. Ⓔ Para que inexistam di昀椀culdades no processo de
Ⓔ Não existem diferenças entre o trabalho em gru- capacitação em serviço, devem-se selecionar so-
po ou em equipe, o que importa para a organização mente os melhores colaboradores da instituição
é a produção dos indivíduos. para participação nesses momentos de formação.
DICA DA AUTORA: Apesar de serem utilizadas como Alternativas A: INCORRETA. Não é atribuição do
sinônimas, as expressões trabalho em equipe e tra- gestor, no cenário empresarial, pensar currículos e
balho em grupo possuem signi昀椀cados diferentes. O programas necessários para o desenvolvimento da
trabalho em grupo se apresenta com uma ação de- instituição. Esta é uma ação que deve 昀椀car a cargo
sarticulada entre os sujeitos (embora se tenha um do pedagogo empresarial, uma vez que é este o pro-
coletivo de pessoas, as mesmas agem de forma iso- 昀椀ssional responsável por pensar às questões rela-
lada, sem um objetivo comum), enquanto o trabalho cionadas à educação e sua aplicabilidade.
em equipe é pensado de uma forma de昀椀nida, obje- Alternativas B: INCORRETA. O paradigma de capaci-
tiva e focada num objetivo comum, em prol de todos tação adotado pelas empresas está embasado na
os membros. Andragogia, uma ciência que busca orientar os adul-
Alternativas A, C, D e E: INCORRETAS. Estas alternati- tos em seu processo de construção do conhecimen-
vas não apresentam conceitos coerentes com a di- to. Este procedimento se difere em vários aspectos
ferença existente entre as expressões trabalho em das ações desenvolvidas pela escola, uma vez que o
equipe e trabalho em grupo. foco do trabalho pedagógico na empresa busca res-
Alternativa B: CORRETA. Falando em diferenças pri- paldar a ação do sujeito em suas atividades laborais.
mordiais, apresenta-se o trabalho em grupo com Alternativas C: INCORRETA. As ações desenvolvidas
foco na responsabilidade por resultados individuais no espaço organizacional, em linhas gerais, estão
e, o trabalho em equipe, respaldado nas responsa- respaldadas em um trabalho realizado por uma
bilidades coletivas. equipe. Re昀氀etido sobre isto, esclarece-se que, ape-
sar do pedagogo empresarial ser um pro昀椀ssional
33. Questão formado e capacitado para desenvolver esse traba-
lho, uma vez que é ele que entende sobre a relação
(METRÔ/DF - IADES - 2014) No que tange à capacitação em ensino-aprendizagem, o mesmo necessita estabele-
serviço e treinamento pedagógico nas empresas, as- cer parceria com outros pro昀椀ssionais para uma efe-
sinale a alternativa correta. tivação de seu trabalho.
Alternativas D: CORRETA. O uso da capacitação em
Ⓐ Cabe ao gestor, nesse cenário, pensar currículos serviço leva a realidade da instituição para dentro
e programas necessários para o desenvolvimento da do processo formativo, uma vez que possibilita aos
instituição. sujeitos a re昀氀exão sobre as dimensões técnica e da
autoaprendizagem. Desta forma, contextualiza-se as
aprendizagens ao real interesse da empresa, que é
uma atuação mais e昀椀ciente e e昀椀caz frente às demais visa manipular e sim permitir, ao trabalhador, uma
organizações. articulação de seus conhecimentos, de forma com-
Alternativas E: INCORRETA. O processo de capacita- petente, as quais possibilitam a adoção de novas
ção em serviço respalda-se na necessidade do de- atitudes e práticas alinhadas com as necessidades
senvolvimento das competências técnicas ou com- do mercado de trabalho.
portamentais dos colaboradores da organização. Alternativas B: CORRETA. As constantes mudanças
Desta forma, identi昀椀ca-se a necessidade de cada ocorridas no mercado de trabalho, traz para a orga-
sujeito e desenvolve-se o trabalho focado em cada nização a necessidade de renovação de seus proces-
uma das realidades. Pensando assim, as incomplexi- sos, que são concretizados a partir de investimen-
dades e/ou di昀椀culdades são inerentes ao processo. tos com a formação continuada de sua equipe de
pro昀椀ssionais. A capacitação e a educação dentro da
34. Questão empresa, surge como um dos principais processos
voltados ao crescimento e ao avanço organizacional,
(NUCLEP - BIORIO - 2014) Atualmente, as organizações proporcionando um fórum de comunicação de novas
estão sendo, cada vez mais desa昀椀adas a desenvol- estratégias, novos valores e ferramentas para reali-
ver programas de capacitação signi昀椀cativos para os zar o trabalho a que se propõe.
seus membros como uma forma de competir e al- Alternativas C: INCORRETA. O trabalho com a ca-
cançar o sucesso em um ambiente tão volátil. Para pacitação e a educação, dentro da organização,
tanto, a capacitação pode ser uma fonte de vanta- possibilita aos recursos humanos a ampliação da
gem competitiva em inúmeras organizações. A ca- autonomia e o desenvolvimento de habilidades e
pacitação e a educação, nesse contexto, podem ser competências que permitirão, aos sujeitos, uma
consideradas como: atuação ampliada no desempenho de suas funções
e consequentemente uma manutenção da competi-
Ⓐ as principais formas de manipular os membros da tividade na empresa.
equipe de treinamento, proporcionando um fórum Alternativas D: INCORRETA. A educação e a capaci-
de atitudes e novas práticas compatíveis com os de- tação na empresa são consideradas como recursos
sejos gerenciais. adicionais para a ampliação da atuação competente
Ⓑ os principais processos voltados ao crescimen- da equipe de colaboradores, tornando assim uma
to e ao avanço organizacional, proporcionando um fonte signi昀椀cativa para bons resultados.
fórum de comunicação de novas estratégias, novos Alternativas E: INCORRETA. A educação e a capaci-
valores e ferramentas para realizar o trabalho a que tação na empresa são consideradas como fontes de
se propõe. vantagens competitivas uma vez que possibilita que
Ⓒ estratégias mecanicista de manipulação de recur- os colaboradores resolvam situações problemas,
sos humanos voltadas para o interesse capitalista e dentro da organização, por meio da aplicação de co-
de lucro imediato. nhecimentos sistematizados. É precipitado dizer que
Ⓓ recursos adicionais para construção do referen- para o trabalho com a educação e a capacitação na
cial teórico independentes das propostas acerca da empresa é preciso alto grau de comprometimento
avaliação de desempenho de programas de capaci- do capital da mesma, uma vez que são ações pensa-
tação que atendam ao lucro imediato. das e desenvolvidas, muitas vezes, dentro da própria
Ⓔ fontes de desvantagens competitivas em virtude organização.
do alto grau de comprometimento do capital sobre
os recursos humanos disponíveis. 35. Questão
Grau de Di昀椀culdade (TJ/GO - FGV - 2014) Para muitos pensadores contempo-
râneos, a Educação e o Trabalho são ações humanas
Alternativas A: INCORRETA. A ideia central do traba- indissociáveis, na medida em que, historicamente,
lho com a capacitação e a educação gira em torno é através do trabalho que o homem educa-se a si
de tornar o sujeito apto a suas funções no espaço mesmo. Para Saviani, por exemplo, é através do tra-
da organização. Desta forma, este processo não balho que “o homem forma-se homem”. Assim, o tra-
balho se constitui como o ato humano que melhor e/ou incoerentes com a abordagem sobre educação
nos caracteriza e mais nos diferencia dos outros ani- escolar pós-Revolução Industrial.
mais. A educação escolar surge como um direito ex- Alternativa B: CORRETA. Falando de educação es-
clusivo de alguns que não precisavam trabalhar para colar, no contexto pós-Revolução Industrial, visua-
garantir a sua própria sobrevivência, na medida em liza-se que este tipo de educação, que tem caráter
que possuíam servos, escravos, súditos ou operários intencional e sistematizado, buscava uma democra-
que os sustentavam com seus trabalhos. Entretanto, tização das relações estabelecidas socialmente e
após as Revoluções Industriais, começaram a surgir uma maior distribuição de suas riquezas, de forma
em crescente escala, escolas voltadas às massas de a garantir os direitos e deveres de todos os sujeitos
trabalhadores. Esta educação escolar, no entanto, de forma mais justa, os tirando de uma condição de
em muito se diferenciava de sua predecessora, que cerceamento.
se voltava às elites, na medida em que:
PECULIARIDADES ORGANIZACIONAIS
Ⓐ passou a desassociar a Educação do Trabalho,
eliminando a causalidade entre os dois processos 36. Questão
sociais;
Ⓑ buscava uma democratização da sociedade e uma (METRÔ/DF - IADES - 2014) Nos programas de treinamento
maior distribuição de suas riquezas; e desenvolvimento, é de suma importância que os
Ⓒ tinha como objetivo a formação de um operário indivíduos conheçam a cultura organizacional e que
revolucionário e consciente de seus direitos de clas- passem a se comportar dentro das crenças e dos va-
se; lores dessa organização. Considerando a cultura or-
Ⓓ era uma educação escolar orientada e dirigida ganizacional, é correto a昀椀rmar que o indivíduo deve
pelo povo e, por tanto, se ocupava sobretudo com o aprender e praticar, no dia a dia, o mapeamento:
desenvolvimento da cultura popular;
Ⓔ buscava responder às novas demandas da indús- Ⓐ Das competências individuais das pessoas que
tria por formação de mão de obra. trabalham na empresa, para veri昀椀car o que elas co-
nhecem dessa organização.
Grau de Di昀椀culdade Ⓑ Das tarefas e das habilidades de cada indivíduo.
Ⓒ De quem são as pessoas que têm competência
DICA DA AUTORA: O acesso à educação formal e sis- para criar uma cultura organizacional.
tematizada nem sempre foi garantido a todos os ci- Ⓓ Das crenças dos indivíduos quando realizam as
dadãos. Em grade parte da história, a educação foi respectivas tarefas nas organizações.
pertencida às classes dominantes, relegando desta Ⓔ Das competências essenciais, funcionais e indivi-
forma o direito das camadas populares. Com o ad- duais de uma organização, de forma que esse seja o
vento da Revolução Industrial, que trouxe diversas objetivo a ser perseguido pelos indivíduos que nela
e constantes transformações, principalmente, para trabalham (missão, visão e valores).
as relações comerciais e econômicas, surgiu a ne-
cessidade de expandir a educação escolar para as Grau de Di昀椀culdade
demais camadas da população. As novas exigências
do mercado de trabalho apontam para a necessida- DICA DA AUTORA: o entendimento das nuances da
de de sujeitos que possuam múltiplos conhecimen- cultura organizacional perpassa por uma ampliação
tos e uma postura crítica e criativa, pois tais com- conceitual. De acordo Schein (1992, p.12) , “[...] a cul-
portamentos dão pistas de que a sociedade está se tura de uma organização pode ser de昀椀nida como um
construindo de uma forma na qual o exercício da de- conjunto de pressuposições básicas compartilha-
mocracia será garantido e a relação entre as classes das que o grupo de pessoas nela envolvido apren-
siga a direção do equilíbrio de direitos. deu como resolvem seus problemas de adaptação
Alternativas A, C, D e E: INCORRETAS. Ampliando a externa e integração interna, que tem funcionado
re昀氀exão sobre os conceitos que tais alternativas tra- su昀椀cientemente bem para ser considerada válida e,
zem, é possível visualizar que os mesmos são rasos da mesma forma, assimilada pelos novos membros
como a maneira correta de perceber, pensar e sentir ou emocionais. O con昀氀ito intergrupal gera situações
em relação aos problemas”. Dessa forma, é possível estressantes para todos os colaboradores da organi-
entender que o mapeamento de uma cultura organi- zação, uma vez que normalmente atrapalha a coor-
zacional se conduz por conceitos como crenças, va- denação e integração dos trabalhos.
lores, costumes e ritos, que desaguam na identidade Alternativas A, B, D e E: INCORRETAS. Tais alternati-
de uma empresa composta pelo trio missão, visão vas apresentam concepções equivocadas do que é o
e valores. con昀氀ito intergrupal.
Alternativas A, B, C e D: INCORRETAS. Tais alternati- Alternativas C: CORRETA. O con昀氀ito intergrupal reve-
vas apresentam aspectos resumidos para uma com- la-se pelas divergências ou discordâncias entre os
preensão ampliada sobre a cultura organizacional. membros ou representantes de dois ou mais grupos,
Alternativas E: CORRETA. A partir da compreensão do quanto à autoridade, às metas, aos territórios ou aos
conceito de cultura organizacional compreende-se recursos.
que o mapeamento desta está associado às compe-
tências essenciais, funcionais e individuais de uma 38. Questão
organização, de forma que esse seja o objetivo a ser
perseguido pelos indivíduos que nela trabalham o (EBSERH/HU/UFJF - AOCP - 2015) A avaliação de desempe-
trio valores, missão e visão. nho é fundamental em toda organização. A avaliação
do desempenho representa:
37. Questão
Ⓐ Uma cultura organizacional que visa à satisfação
(METRÔ/DF - IADES - 2014) O con昀氀ito pode gerar novas do trabalhador e um produto de qualidade.
ideias a respeito dos processos organizacionais, Ⓑ Uma poderosa ferramenta da gestão de pessoas,
da solução para velhos problemas, da oportunida- uma necessidade no plano econômico, uma neces-
de de as pessoas porem à prova suas capacidades, sidade no plano organizacional e responde a uma
entre outros benefícios ou malefícios. Pelos moti- necessidade humana.
vos expostos, torna-se necessário acompanhar os Ⓒ Uma maneira de controlar a produção.
con昀氀itos. Considerando essas informações, assinale Ⓓ Um julgamento de opiniões para que se melhore
a alternativa que apresenta o conceito de con昀氀ito os resultados na empresa.
intergrupal. Ⓔ Um momento crítico na empresa, pois ninguém
gosta de ser avaliado.
Ⓐ Orientações em relação ao tempo, à estrutura e
às relações interpessoais. Grau de Di昀椀culdade
Ⓑ Indício de exclusão sistemática de certas infor-
mações. DICA DA AUTORA: a avaliação de desempenho é uma
Ⓒ Divergências ou discordâncias entre os membros ferramenta utilizada, pelas organizações, com o ob-
ou representantes de dois ou mais grupos quanto à jetivo de apresentar a atuação do colaborador. Se-
autoridade, às metas, aos territórios ou aos recur- gundo Chiavenato (2010, p. 210), “[...] a Avaliação de
sos. Desempenho é um processo dinâmico que envolve
Ⓓ Cooperação, que passa a ser exceção, e as pes- o avaliado e seu gerente, bem como seus relacio-
soas se sentem derrotadas e se põem na defensiva. namentos, e representa uma técnica de direção im-
Ⓔ Análise do processo causal. prescindível na atividade administrativa. Trata- se
de um excelente meio de localizar problemas de
Grau de Di昀椀culdade supervisão e gerência, de integração das pessoas na
organização, de adequação das pessoas ao cargo, de
DICA DA AUTORA: o con昀氀ito intergrupal é um fenô- identi昀椀cação de possíveis dissonâncias ou carências
meno que acontece nas diversas esferas sociais. de treinamento e construção de competências, e,
Focando nas organizações, o mesmo acontece devi- consequentemente, estabelecer os meios e progra-
do às incompatibilidades de objetivos e/ou ideias, mas para melhorar continuamente o desempenho
como também motivado por fatores econômicos e/ humano”.
(FUB - CESPE - 2013) Nas situações em que se veri昀椀ca o (FUB - CESPE - 2013) O líder liberal não faz nenhuma
exercício da liderança emergente, o líder surge e tentativa de avaliar ou regular o curso das coisas e
assume a direção por reunir mais habilidades para somente eventualmente faz comentários sobre as
conduzir a equipe aos objetivos diretamente rela- atividades, quando perguntado.
cionados a uma situação especí昀椀ca.
Grau de Di昀椀culdade
Grau de Di昀椀culdade
Assertiva: CORRETA. O líder liberal apresenta carac-
Assertiva: CORRETA. Há situações que exigem da terísticas como desorganização e permissividade, o
organização um redimensionamento de suas ações que traduz uma liderança ine昀椀ciente.
e, para isso, necessitam da presença de um líder. A
liderança emergente, como o próprio nome sugere, Julgue os itens que se seguem, referentes às rela-
acontece de forma natural e espontânea e está as- ções humanas no trabalho e aos diferentes tipos de
sociada a um per昀椀l pro昀椀ssional com habilidades e liderança.
competências variadas.
44. Questão
Ⓔ Somente as a昀椀rmativas I e II estão corretas. DICA DA AUTORA: falar sobre Inteligência Emocional
(EI) é re昀氀etir sobre uma habilidade tida como res-
Grau de Di昀椀culdade ponsável por garantir ou não o sucesso das pessoas.
“A inteligência emocional envolve a capacidade de
DICA DA AUTORA: de acordo com Tourinho (1981, p. perceber acuradamente, de avaliar e de expres-
58) , o líder é uma pessoa que “[...] dirige um grupo sar emoções; a capacidade de perceber e/ou gerar
com a colaboração dos seus membros”. Entende-se, sentimentos quando eles facilitam o pensamento; a
assim, que o líder é o sujeito capaz de gerir um gru- capacidade de compreender a emoção e o conheci-
po de pessoas, motivando-as a trabalhar em prol de mento emocional; e a capacidade de controlar emo-
um objetivo comum, no qual cada um dá o melhor ções para promover o crescimento emocional e inte-
de si. lectual. (MAYER E SALOVEY, 1997, p. 15)” . Dessa forma,
Assertivas II, III e IV: INCORRETAS. Os conceitos apre- pensar nessa habilidade dentro das organizações é
sentados traduzem conceitos equivocados e/ou in- pensar na capacidade que os colaboradores podem
conclusos da real concepção sobre o que é ser um apresentar na resolução de situações-problemas;
líder. é re昀氀etir sobre as múltiplas inteligências pautadas
Assertiva I: CORRETA. Segundo a lógica da de昀椀nição nas relações inter e intrapessoais.
do autor Peters, sobre o que é ser líder, entende-se Alternativas A, B, C e D: INCORRETAS. Os conceitos
que este sujeito é a pessoa cujas ideias auxiliam o apresentados traduzem conceitos equivocados e/
grupo a orientar-se na direção dos seus objetivos. ou inconclusos sobre a real concepção relacionada
à Inteligência Emocional.
Resposta: Ⓐ Alternativas E: CORRETA. A Inteligência Emocional
é conhecida como a habilidade de entender a si
50. Questão mesmo e as outras pessoas, percebendo quais as
oportunidades de motivação que se pode oferecer;
(METRÔ/DF - IADES - 2014) Um fator de suma importância como as pessoas trabalham; como formar um mode-
para o relacionamento e a comunicação e昀椀cazes nas lo verdadeiro de si e delas e como fazê-las trabalhar
organizações é a inteligência emocional. Com base cooperativamente.
no exposto, é correto a昀椀rmar que inteligência emo-
cional consiste na: 51. Questão
Ⓐ Habilidade de se perceber no mundo, reconhe- (EBSERH/HU/UFJF - AOCP - 2015) A existência de uma cultura
cendo seu espaço e suas habilidades corporais. organizacional na empresa é fundamental. A cultura
Ⓑ Habilidade de se expressar em público, seja por organizacional é de昀椀nida como:
escrito, seja verbalmente, de forma e昀椀caz e agradá-
vel. Ⓐ Uma ciência social que propõe conhecer o ho-
Ⓒ Habilidade de fazer todo tipo de cálculo e de per- mem em sua comunidade.
cepções lógicas do mundo e do meio em que vive, Ⓑ Uma ciência humana que estuda costumes e há-
nas relações com os outros seres humanos. bitos da coletividade.
Ⓓ Capacidade de se expressar por meio da arte, do Ⓒ Uma etnologia que estuda as diferenças entre as
esporte, da música e da criatividade, no sentido de culturas.
tornar sua comunicação produtiva. Ⓓ Um processo contínuo que é composto de práti-
Ⓔ Habilidade de entender a si mesmo e a outras cas, símbolos, hábitos e valores de uma coletividade
pessoas, percebendo quais as oportunidades de que, quando compreendida, de昀椀ne os limites, racio-
motivação que se pode oferecer; como as pessoas nalidade e identidade da organização.
trabalham, como formar um modelo verdadeiro de si Ⓔ Uma atitude que de昀椀ne os valores empresariais,
e delas e como fazê-las trabalhar cooperativamente. mas que não modi昀椀ca o comportamento.
DICA DA AUTORA: a cultura organizacional é um con- No espaço organizacional, a motivação pode ser
junto de regras e valores representados pelos com- mensurada através do clima organizacional que está
portamentos diários do grupo de colaboradores que diretamente ligado às ações comportamentais dos
compõem uma empresa. Dessa forma, entende-se colaboradores. A motivação é um aspecto intrínse-
que cada organização tem uma cultura própria, o co às pessoas, pois ninguém pode motivar ninguém.
que traz de昀椀nições sobre seus objetivos, frente às Segundo Bergamini, “A mesma passa a ser entendi-
demais organizações. Para Chiavenato (1996) , a cul- da como fenômeno comportamental único e natural
tura organizacional versa sobre padrões explícitos e e vem da importância que cada um dá ao seu tra-
implícitos de comportamentos adquiridos e trans- balho, do signi昀椀cado que é atribuído a cada ativi-
mitidos ao longo do tempo que estabelecem uma dade desse trabalho e que cada pessoa busca o seu
característica particular de cada empresa. próprio referencial de autoestima e auto-identidade
Alternativas A, B, C e E: INCORRETAS. Tais alternativas [...]” (BERGAMINI, 1997, p. 54) .
apresentam conceitos equivocados sobre o signi昀椀- Alternativas A, B, D e E: INCORRETAS. Tais alternativas
cado de cultura organizacional. apresentam conceitos equivocados sobre o entendi-
Alternativas D: CORRETA. A cultura organizacional é mento do que é motivação no trabalho.
tida como um processo contínuo composto por prá- Alternativas C: CORRETA. A motivação no trabalho
ticas, símbolos, hábitos e valores de uma coletivi- é vista como um processo intrínseco às pessoas,
dade que, quando compreendida, de昀椀ne os limites, que prescinde de relações interpessoais mais pró-
racionalidade e identidade da organização. De for- ximas, onde se procurem conhecer mais os valores
ma geral, são as características estruturadas a partir e as necessidades dos subordinados. Tal condição
das relações cultivadas pelo grupo de colaboradores possibilita ao colaborador ações pro昀椀ssionais mais
de uma organização. elaboradas.
(EBSERH/HU/UFJF - AOCP - 2015) A motivação humana para (EBSERH/ HUGG - IBFC - 2017) Assinale a alternativa que
o trabalho permanece ainda como um dos grandes completa corretamente a lacuna.
desa昀椀os dentro da realidade das organizações. En- “____________________ afeta atitudes pessoais e
tendemos motivação no trabalho como: comportamentos relevantes para a produtividade
individual e grupal, tais como: motivação para o tra-
Ⓐ Mudança de comportamento e a crença que moti- balho, adaptabilidade a mudanças no ambiente de
vação e satisfação sejam a mesma coisa. trabalho, criatividade e vontade de inovar ou aceitar
Ⓑ Não sendo uma qualidade individual, nem uma mudança”.
característica do trabalho, mas uma visão tecnocrata.
Ⓒ Um processo intrínseco às pessoas, que prescin- Ⓐ Comportamento organizacional
de de relações interpessoais mais próximas, onde se Ⓑ Qualidade de Vida no Trabalho
procurem conhecer mais os valores e as necessida- Ⓒ Remuneração
des dos subordinados. Ⓓ Liderança e motivação
Ⓓ Uma crença de que uma pessoa possa literalmen- Ⓔ Gestão de con昀氀itos
te motivar outra e que o resultado é a satisfação.
Ⓔ A responsabilidade relacionada à produtividade Grau de Di昀椀culdade
do indivíduo.
DICA DA AUTORA: Inseridas em uma sociedade mo-
Grau de Di昀椀culdade derna e complexa, as organizações vêm buscando
reestruturar algumas concepções que até pouco
DICA DA AUTORA: a motivação é conceituada como tempo não eram consideradas como importantes
uma condição orgânica, por isso uma ação interior, para o desenvolvimento do trabalho. O entendi-
que gera no indivíduo disposições representadas mento sobre a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT)
pelo interesse, curiosidade, entusiasmo e vontade. mostrou-se como uma importante ação no alavan-
car da produtividade dentro das organizações, uma Alternativas A, B, D e E: CORRETAS. Tais alternativas
vez que trouxe para o trabalhador mais satisfação apresentam conceitos corretos no que tange o en-
e envolvimento com as atividades pro昀椀ssionais. Se- tendimento sobre Conhecimento baseado em estru-
gundo Chiavenato (2002, p. 391), “[...] a QVT tem o turas cognitivas.
objetivo de assimilar duas posições antagônicas: de Alternativas C: INCORRETA. Os Projetos de trabalho
um lado, a reivindicação dos empregados quanto ao são objetos de conhecimento que se constituem
bem-estar e satisfação no trabalho, do outro, o inte- como um caminho para a concretização da relação
resse das organizações quanto a seus efeitos sobre entre a teoria e a prática.
a produção e a produtividade”.
Alternativas A, C, D e E: INCORRETAS. Tais alternativas 55. Questão
se apresentam equivocadas.
Alternativas B: CORRETA. No mercado de trabalho (EBSERH/ HUGG - UNIRIO - 2016) Competências integram um
contemporâneo, a Qualidade de Vida no Trabalho conjunto denominado CHA, respectivamente com-
(QVT) vem sendo considerada como um importante posto por conhecimentos, habilidades e atitudes.
indicador da produtividade. Através da QVT, é possí- A esse respeito, assinale a alternativa correta que
vel acompanhar atitudes relevantes para uma efeti- refere-se à dimensão de conhecimentos.
va prática pro昀椀ssional.
Ⓐ Capacidade de gerenciar projetos
54. Questão Ⓑ Autocontrole
Ⓒ Boa comunicação
(EBSERH/ HUGG - UNIRIO - 2016) Sobre o conhecimento, ca- Ⓓ Domínio do inglês
racteristicamente baseado em estruturas cognitivas, Ⓔ Bom relacionamento interpessoal
considere as alternativas a seguir e assinale a incor-
reta. Grau de Di昀椀culdade
Alternativas A: CORRETA. O estudo sobre Compor- mamente relacionadas às habilidades, traços, qua-
tamento Organizacional revela que o mesmo busca lidades, ou seja, características que farão com que
entender e acompanhar o comportamento das pes- o pro昀椀ssional tenha um desempenho adequado
soas dentro de ambientes de trabalho, analisando nas atividades que lhe são designadas; quando re-
fatores como: liderança, inteligência emocional, de- lata que as mesmas advêm da análise dos proces-
sempenho, motivação, dentre outros, que têm forte sos organizacionais ou das responsabilidades que
in昀氀uência nos resultados alcançados pelas organi- são esperadas em cada cargo, sendo observadas a
zações em geral. Em paralelo, investiga elementos partir dos conhecimentos, habilidades e atitudes; e
que afetam pro昀椀ssionais e grupos de trabalho, como que devem ser identi昀椀cadas para cada cargo, antes
as relações intra e interpessoais, falta de comunica- mesmo do processo de recrutamento e seleção para
ção, reconhecimento, promoção etc. preenchimento da vaga.
Alternativas B: INCORRETA. As competências indivi-
58. Questão duais estão relacionadas ao fazer de cada pro昀椀ssio-
nal-colaborador, mas não de forma exclusiva, uma
(EBSERH/ HUGG - UNIRIO - 2016) Sobre competências indivi- vez que outros fatores corroboram para a elabora-
duais, assinale a alternativa incorreta. ção deste conceito.
DICA DA AUTORA: Toda ação, seja ela do âmbito pes- V. O conhecimento tácito é o que não está escrito
soal ou pro昀椀ssional, em algum momento foi pensa- e nem pode ser traduzido em palavras.
da e planejada. Assim, o ato de planejar é visto como
uma necessidade do ser humano, na qual re昀氀ete-se Estão corretas as a昀椀rmativas:
sobre o que é possível e viável realizar. É nesta linha
de pensamento que está inserido o planejamento Ⓐ I, II IV apenas
estratégico, visto que uma organização precisa cres- Ⓑ II, III, V apenas
cer de forma alinhada e estruturada. De acordo com Ⓒ I, II, III, IV, V
Drucker (1977) , o planejamento estratégico pode Ⓓ III, IV apenas
ser entendido como uma prática regular, ordenada Ⓔ III, IV, V apenas
e sistemática que anteveja o futuro, possibilitando
tomadas de decisões que reduzam os riscos. Grau de Di昀椀culdade
Alternativas A, B, C e D: INCORRETAS. Tais alternati-
vas apresentam incompletude com relação ao quan- DICA DA AUTORA: A falta de conhecimento aprisio-
titativo de a昀椀rmativas corretas, uma vez que todas na a mente humana, tornando-a inapta para ações
as opções deverão ser consideradas. conscientes. É o conhecimento que torna o ser hu-
Alternativas E: CORRETA. O ato de planejar é visto mano um ser diverso, fundamentando seus atos e
como um cuidado que deve circundar toda e qual- práticas sociais. Nas discussões sobre a Gestão do
quer ação pessoal e/ou pro昀椀ssional. Desta forma, Conhecimento, o mesmo é dividido em três tipos:
ao se re昀氀etir sobre planejamento estratégico, fa- • Conhecimento Tácito é o conhecimento cons-
z-se necessário entender que o mesmo deve ser truído no dia a dia, nas relações cotidianas, não
feito de modo sustentável, através da organização é passível de concretização, é intangível.
de um direcionamento, um caminho a ser percorri- • Conhecimento Explícito é um conhecimento re-
do, de昀椀nindo posicionamento, mercado, clientes e velado, registrado e publicizado, como os en-
operações da empresa; é visto como a base de todo contrado nos livros.
negócio quando busca entender o cliente, suas ne- • Conhecimento Implícito é bastante confundido
cessidades a curto, médio e longo prazo. como o tácito, mas embora ainda seja abstrato,
pode, a qualquer momento, ser documentado.
60. Questão “[...] O conhecimento explícito pode ser facilmente
‘processado’ por um computador, transmitido ele-
(EBSERH/ HUGG - UNIRIO - 2016) Sabemos que o conheci- tronicamente ou armazenado em banco de dados.
mento é um recurso intangível, que reside essen- No entanto, a natureza subjetiva e intuitiva do co-
cialmente nas mentes das pessoas. Para entender nhecimento tácito di昀椀culta o processamento ou a
melhor a gestão do conhecimento, o ideal seria en- transmissão do conhecimento adquirido por qual-
tender o conceito de conhecimento e suas caracte- quer método sistemático ou lógico” (NONAKA e TA-
rísticas. Nesse sentido, leia as proposições a seguir: KEUCHI, 1997, p. 8) .
Alternativas A, B, D e E: INCORRETAS. Tais alternativas
I. O conhecimento explícito é todo o conhecimen- apresentam incompletude com relação ao quantita-
to que reside fora da mente humana. tivo de a昀椀rmativas corretas, uma vez que todas as
II. Conhecimento explícito é todo o conhecimento opções deverão ser consideradas.
documentado e contido em informações não Alternativas C: CORRETA. As alternativas I, II, II, IV e V
estruturadas. estão corretas por apresentarem conceitos coeren-
III. O conhecimento implícito é o conhecimento tes com a de昀椀nição de cada um dos tipos de conhe-
que pode se tornar explícito a qualquer mo- cimento.
mento.
IV. Conhecimento implícito é o que reside na men- 61. Questão
te humana, mas pode ser transferido para o
papel ou para outra mente a partir da comu- (EBSERH/ HUGG - UNIRIO - 2016) Leia as a昀椀rmativas a seguir
nicação. no que se refere à tomada de decisão:
fazem um casamento perfeito. Ambas têm o mesmo criatividade, motivação, trabalho em equipe, dentre
objetivo em relação às pessoas, especialmente nos outros.
tempos atuais. Vejam, tanto a Empresa como a Pe-
dagogia agem em direção a realização de ideais e 63. Questão
objetivos de昀椀nidos, no trabalho de provocar mudan-
ças no comportamento das pessoas. Este processo (PEDAGOGO - EBSERH/ HUGG - IBFC - 2016) Uma excelente ma-
de mudança provocada no comportamento das pes- neira de manter os colaboradores motivados é por
soas em direção a um objetivo chama-se aprendi- meio de dinâmicas. Sobre os benefícios das dinâmi-
zagem.” cas de grupo, considere:
Alternativa A: INCORRETA. O Pedagogo na empresa
não é responsável especi昀椀camente pela elaboração I. Compreensão mútua dos diferentes per昀椀s en-
do plano de carreira do pro昀椀ssional que nela traba- tre os integrantes.
lha. Visto que este pro昀椀ssional também tem papel II. Promoção da qualidade do ambiente organiza-
gestor, dentro da organização, o mesmo pode parti- cional.
cipar da elaboração do plano de carreira. III. Maximização do engajamento, motivação e pro-
Alternativa B: CORRETA. Considera-se que a empresa dutividade.
é um espaço educativo, onde também se aprende. IV. Aceleração de resultados em curto espaço de
Nesse sentido, a Pedagogia busca estratégias e me- tempo.
todologias que garantam uma melhor aprendiza- V. Aumento da satisfação dos colaboradores e re-
gem/apropriação de informações e conhecimentos. dução de turnover.
Existe um empoderamento da relação Pedagogia/
Empresa, uma vez que a empresa também conside- Estão corretas as a昀椀rmativas:
rada como um espaço essencial de aprendizagens.
Alternativa C: INCORRETA. O Pedagogo tem consciên- Ⓐ I, II, III apenas
cia de que irá solucionar todos os problemas da em- Ⓑ II, III,V apenas
presa relacionados a vendas de produtos. A venda Ⓒ III, IV apenas
de produtos está correlacionada com o setor comer- Ⓓ I, II, III, IV, V
cial da empresa, o qual não é área de atuação do pe- Ⓔ I, III, IV apenas
dagogo. O mesmo, certamente, contribuirá com este
setor através das formações e dinâmicas de grupo Grau de Di昀椀culdade
realizadas com a equipe de vendas.
Alternativa D: INCORRETA. O setor de Recursos Hu- DICA DA AUTORA: As dinâmicas de grupo são ativi-
manos da empresa é o espaço educativo para o cres- dades lúdicas e interativas que visam criar relações
cimento dos funcionários e da própria empresa. O interpessoais saudáveis, as quais favorecerão o de-
setor de Recursos Humanos é muito amplo e possui senvolvimento de áreas didáticas essenciais para o
algumas subdivisões. Uma das subdivisões − Trei- trabalho, como: a comunicação; a liderança; a escu-
namento e Desenvolvimento (T&D) – desenvolve as ta; o con昀氀ito; a motivação, dentre outras. São rea-
ações voltadas para a capacitação das pessoas inse- lizadas através de resolução de problemas, jogos,
ridas na organização. brincadeiras e desa昀椀os. Seus benefícios estão atre-
Alternativa E: INCORRETA. Os pro昀椀ssionais que tra- lados ao processo de construção e reconstrução do
balham com a Pedagogia reconhecem a importância conhecimento, uma vez que funcionam como mais
da sua atuação para a empresa e voltam seus proje- uma estratégia educativa.
tos unicamente para a melhoria do relacionamento Alternativas A, B, C e E: INCORRETAS. Tais alternativas
interpessoal. A atuação do pedagogo empresarial é apresentam-se incompletas.
ampla. Envolve diversas ações no que tange à ques- Alternativas D: CORRETA. Necessário considerar
tão da quali昀椀cação de pessoas. Além do trabalho todas as a昀椀rmativas como corretas, dado que as
voltado para a melhoria das relações interpessoais, mesmas apresentam muitos dos benefícios que as
são realizados trabalhos voltados para o desen- dinâmicas de grupo estimulam e desenvolvem nos
volvimento de habilidades cognitivas, autonomia, indivíduos e nos espaços organizacionais.
Ⓐ O Clima Organizacional é constituído pelo meio (PEDAGOGO - EBSERH/HRL/UFS - AOCP - 2016) A motivação re-
interno da instituição, sendo que estas têm uma at- lacionada a recompensas psicológicas, como a opor-
mosfera psicológica própria de cada uma delas. O tunidade de usar a habilidade de alguém, desa昀椀o e
Clima Organizacional está relacionado com o ânimo realização, um reconhecimento positivo ou aprecia-
e a satisfação daquilo que os membros têm por ne- ção, ou ainda, ser tratado com respeito, refere-se à
cessidades. motivação
Ⓒ oposição e confronto que ocorrem somente entre ou uma tarefa são di昀椀cultados unicamente por ou-
grupos nas organizações quando as partes buscam tros grupos. As tensões con昀氀itivas acontecem devido
o cumprimento de metas e objetivos, impedindo as- aos desacordos relacionados tanto às diferenças in-
sim a consecução de suas tarefas. dividuais quanto às coletivas, independente se estas
Ⓓ um choque de personalidade entre duas pessoas, acontecem no grupo no qual o indivíduo pertence,
e não entre grupos, que leva à oposição ou resistên- ou a grupos diferenciados.
cia, podendo acarretar a elevação de alguma tensão.
Ⓔ desacordos em questões importantes entre pes- 71. Questão
soas ou grupos em que se acredita que as tentativas
para alcançar um objetivo ou uma tarefa são di昀椀cul- (PEDAGOGO - EBSERH/HRL/UFS - AOCP - 2016) Quando há a ne-
tados unicamente por outros grupos. cessidade de se desenvolver um programa de trei-
namento estruturado, é necessário estabelecer suas
Grau de Di昀椀culdade etapas para que atinja um bom nível de aprendi-
zagem em uma empresa. As etapas do processo de
Alternativa A: INCORRETA. Parte da percepção de treinamento são as seguintes:
uma pessoa ou de um grupo que é contraditório e
tende a se opor, ainda que consiga realizar as tare- Ⓐ desenvolvimento do projeto; implementação e
fas. O con昀氀ito não é entendido como parte da per- avaliação.
cepção, mas como o entendimento, propriamente Ⓑ projeto, implementação; avaliação e avaliação do
dito, de uma pessoa ou de um grupo sobre determi- treinamento.
nadas situações. Ⓒ avaliação das necessidades; projeto; implemen-
Alternativa B: CORRETA. O resultado das desigual- tação e avaliação do treinamento.
dades existentes entre as pessoas, grupos e orga- Ⓓ implementação; avaliação e treinamento.
nizações, com diferentes pensamentos, desejos e Ⓔ mapeamento das competências; projeto e avalia-
ambições que se agravam no processo de junção ção.
dessas diferenças. De acordo com Hampton (1991,
p.126) ,“[...] con昀氀ito é o processo que começa quando Grau de Di昀椀culdade
uma parte percebe que a outra parte frustrou ou vai
frustrar seus interesses.” A partir desta percepção, DICA DA AUTORA: O programa de treinamento dentro
se estabelece uma incompatibilidade para as rela- de uma organização representa o preparo para o fa-
ções interpessoais. zer pro昀椀ssional, uma ação extremamente importan-
Alternativa C: INCORRETA. Oposição e confronto que te, pois através dela as organizações desenvolvem
ocorrem somente entre grupos nas organizações em seus colaboradores diversas competências orga-
quando as partes buscam o cumprimento de metas nizacionais. Para que o programa atinja seu objetivo,
e objetivos, impedindo assim a consecução de suas do ponto de vista didático-metodológico, algumas
tarefas. O con昀氀ito é uma oposição ou confronto que etapas precisam ser seguidas, a saber:
pode ocorrer entre duas pessoas, entre uma pessoa
e um grupo ou entre grupos dentro do espaço orga-
nizacional.
Alternativa D: INCORRETA. Um choque de persona-
lidade entre duas pessoas, e não entre grupos, que AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICO
leva à oposição ou resistência, podendo acarretar a
elevação de alguma tensão. Da mesma forma que
o con昀氀ito ocorre entre duas pessoas, pode ocorrer
também entre grupos; é uma situação que indepen-
de do número de pessoas. IMPLEMENTAÇÃO PLANEJAMENTO
Alternativa E: INCORRETA. Desacordos em questões
importantes entre pessoas ou grupos em que se
acredita que as tentativas para alcançar um objetivo
• Diagnóstico – É a etapa inicial. Neste primeiro umas com as outras pela missão comum, objetivos
momento é realizada uma avaliação das neces- comuns, obtidos pela negociação entre os membros
sidades do treinamento na organização, iden- envolvidos em um plano de trabalho bem difundido"
ti昀椀cando os sujeitos, analisando o “por quê” e (CARVALHO, 2009, p. 94). Assim sendo, para que este
“para que” realizar a formação e quando a mes- trabalho aconteça de forma efetiva e com qualidade,
ma acontecerá. torna-se necessário que a equipe desenvolva suas
• Planejamento – É o momento de de昀椀nir obje- ações de forma coesa. Esta característica agrega ao
tivos para o trabalho a ser realizado. Marras grupo o sentimento de lealdade e con昀椀ança.
(2011, p.144) fala que “Cabe ao planejamento Alternativas A, B, D e E: INCORRETAS. Tais competên-
[...] organizar as prioridades entre o necessário cias trazem contribuições importantes para o traba-
e o possível, enfocando os recursos disponíveis lho em equipe, mas não respondem assertivamente
e as necessidades gerais.” à questão.
• Implementação – É a etapa prática, a ação pro- Alternativas C: CORRETA. Quando o trabalho em
priamente dita. equipe não funciona porque a equipe se dispersa,
• Avaliação – Momento de acompanhar como signi昀椀ca que faltou COESÃO. A coesão é uma ação
todo o processo foi desenvolvido, comparando que gera sinergia no grupo. A partir dela, o trabalho
se o planejamento realizado atingiu seu obje- acontece com foco em um objetivo comum, as habi-
tivo. lidades se complementam, e a presença do respeito
Alternativas A, B, D e E: INCORRETAS. Tais alternativas e da con昀椀ança se estabelece.
se apresentam incompletas.
Alternativas C: CORRETA. Esta alternativa apresenta
as etapas a serem seguidas para a realização de um
programa de treinamento estruturado.
72. Questão
Ⓐ cooperação.
Ⓑ competição.
Ⓒ coesão.
Ⓓ competitividade.
Ⓔ comunicação.
Grau de Di昀椀culdade
RESUMO PRÁTICO
Entendendo a necessidade de ampliação de co- RIO, 2009). Partindo desse conceito, a educação, até
nhecimento sobre os pontos apresentados ao longo a década de 1980, tanto nas provisões das políticas
do capítulo, este resumo objetiva ampliar a visão públicas quanto na visão dos educadores, valorizava
relacionada aos conceitos e à organização do tra- as ações desenvolvidas dentro do espaço escolar, a
balho do pedagogo em ambientes organizacionais. tão conhecida educação formal.
Este resumo será organizado, por tópicos, de acordo A partir da década de 1990, com a Lei de Dire-
com os temas apresentados durante o capítulo, o trizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), de nº
que possibilitará uma certa facilidade para o estudo. 9.394/96 1996, que os conhecimentos construídos
A educação é entendida como um conjunto de nos espaços extraescolares passam a serem reco-
ações, fatores e in昀氀uências que operam sobre os nhecidos e validados, surgindo assim o entendimen-
seres humanos com o objetivo a prepará-los para to sobre a educação informal (desenvolvida princi-
o convívio no meio social. Busca formar um homem palmente pela família) e educação não formal, que
integral, por isso envolve o desenvolvimento dos acontece nos diversos espaços sociais, a exemplo
aspectos físico, intelectual, afetivo e moral (ROSÁ- das igrejas, ONGs, sindicatos, dentre outros.
TIPOS DE EDUCAÇÃO
INFORMAL FORMAL NAO FORMAL
Fora da instituição escolar; Ambiente escolar Prática social;
Relações sociais/familiares; Fins e objetivos determinados; Aprendizagem política;
Permanente. Burocratizada. Capacitação para o trabalho;
Fora da instituição escolar;
Relações sociais/familiares;
Permanente.
Para entender essa discussão dentro Pedagogia, Assim, para além da atuação na educação formal
é necessário mostrar que ela está respaldada nas (docência/gestão), a educação não formal também
Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de é um espaço de atuação desse pro昀椀ssional e é nesse
Graduação em Pedagogia, de 2006 que, em sua es- campo que este desenvolve suas práticas voltadas
crita revela que, atualmente, a educação e a ação do para diversas áreas, uma delas a da Pedagogia Em-
pedagogo se apresenta em campos diferenciados. presarial ou Organizacional.
DIRETRISES DO CURSO DE
PEDAGOGIA
ÁREAS DE ATUAÇÃO DA
PEDAGOGIA
GESTÃO DOCÊNCIA
PENITENCIARIA ORIENTAÇÃO
EDUCAÇÃO INDÍGENA
À Pedagogia cabe o papel da pesquisa, do estu- é o mundo do trabalho, é necessário dilatar o entendi-
do, do aperfeiçoamento, da aplicação e da avalia- mento da Pedagogia para áreas como a da Pedagogia
ção. Tais papéis potencializam o desenvolvimento Empresarial. Esse espaço de atuação do pedagogo é
do ser humano através das diversas situações de caracterizado como uma possibilidade de ampliação
construção do conhecimento sistematizado. das ações que são desenvolvidas dentro das organi-
Re昀氀etindo esse conceito dentro de um espaço zações, uma vez que, devido às profundas transforma-
demarcado por signi昀椀cativos avanços cientí昀椀cos e re- ções, do mundo contemporâneo, as demandas, das
presentativas presenças das tecnologias digitais, que pessoas que trabalham nesses espaços, se ampliam.
citação, treinamento e desenvolvimento deve estar organizacional. Com isso, é de fundamental impor-
respaldada nas reais necessidades da organização. tância o direcionamento deste trabalho, visando o
Normalmente, são estruturadas pensando em eta- crescimento de toda organização.
pas como: organização, execução e autoavaliação. E, prezando pela qualidade do serviço, com foco
Tal estruturação acontece a partir de um diag- no trabalho em equipe, é que a idealização e cons-
nóstico sobre a necessidade de formação deman- trução de uma prática pedagógica dentro do espaço
dada pela empresa; geralmente, as organizações organizacional precisa reunir saberes para tecê-los
estabelecem uma política de aperfeiçoamento em função do mercado de trabalho.
pro昀椀ssional e, assim, a cultura da aprendizagem
se amplia. De acordo com Ribeiro (2010), algumas Peculiaridades organizacionais
dimensões, como as competências na atuação, Os processos organizacionais envolvem, de for-
técnica, autoaprendizagem e a social, devem ser ma geral, ações complexas, uma vez que se desenvol-
consideradas pela organização quando se cogita a vem essencialmente a partir das relações humanas.
organização de uma formação. Entendendo essa realidade por meio de re昀氀exões
Algumas estratégias são bastante utilizadas ampliadas, percebe-se a importância do pedagogo
quando se propõem o trabalho voltado para o de- no contexto das organizações, pois um dos papéis
senvolvimento dos colaboradores de uma organiza- desse pro昀椀ssional é articular, de forma ampliada, a
ção. São elas: minicursos, o昀椀cinas, conferências, pa- diversidade existente nesse espaço, proporcionando
lestras, cursos, dinâmicas de grupo, dentre outros. ações práticas que atendam às múltiplas dimensões
Uma das marcas registradas do trabalho com essas das aprendizagens organizacionais. Desse modo,
estratégias, e que in昀氀uencia a melhoria e o desen- vale destacar alguns aspectos importantes nas dis-
volvimento de uma organização, é conhecida como cussões dentro da dinâmica de uma empresa.
o trabalho em equipe.
Segundo Reis (2009, p. 61) XLIV, equipe “[...] é um Motivação
conjunto de indivíduos reunidos com o propósito Em linhas gerais, a motivação, na organização,
de gerar sinergia que leve a resultados melhores do compromete o colaborador a dar o melhor de si,
que os obtidos por meio da soma ou simples agrega- dedicando maior tempo e esforço na busca de no-
ção de resultados individuais, havendo interdepen- vas estratégias para melhorar o espaço em que está
dência entre seus membros”. Assim, o trabalho em inserido.
equipe é uma característica marcante no ambiente
MOTIVAÇÃO
MOTIVAÇÃO
Inteligência Emocional (IE) com David Goleman (1998) XLV, a inteligência emocio-
Diante da realidade do mercado de trabalho nal é o caminho para tomar boas decisões pessoais
atual, numa esfera competitiva, na qual as relações e, para isso, é preciso ouvir os sentimentos. Assim, é
intra e interpessoais se estabelecem de forma a necessário compreender que a Inteligência Emocio-
atender as demandas sociais, torna-se necessário nal bem desenvolvida possibilita uma melhor inte-
uma re昀氀exão sobre o a importância da Inteligência gração e relacionamento dos colaboradores dentro
Emocional (IE) no ambiente de trabalho. De acordo da organização.
SER SOCIAL
PROCESSOS AFETIVOS
RELAÇÕES INTERPESSOAIS/
FORMAS PSICOMOTORAS
DESENVOLVIMENTO /
EQUILÍBRIO
Essa integração e relacionamento, normalmen- cesso de uma organização. De acordo com George
te, está respaldada em competências comportamen- Terry (1960)XLVI, liderança é a ação de in昀氀uenciar as
tais, como algumas das elencadas abaixo: pessoas, as estimulando, para que, de forma vo-
• Motivação intrínseca; luntária, ajam em prol de um objetivo coletivo. A
• Autocontrole; liderança se desenvolve a partir da comunicação
• Empatia; humana e, por isso, a depender do tipo de comu-
• Criatividade; nicação estabelecida, adota características próprias
• Autoconhecimento (ver quadro comparativo). Dentro desse contexto, o
papel do líder se estabelece na in昀氀uência que ele
Liderança exerce sobre outras pessoas através do controle,
Algumas re昀氀exões sobre a ideia de liderança motivação, avaliação, orientação, dentre outros.
apontam que ela é de suma importância para o su-
TIPOS DE EDUCAÇÃO
AÇÕES REAÇÕES
AUTOCRÁTICA Líder com temperamento impetuoso e Grupo com per昀椀l agressivo e com
autoritarismo; exaltação de concorrência pessoal e
Regras impostas sem consulta ao grupo; pro昀椀ssional;
Prática dominadora e centralizadora; Insatisfação no fazer pro昀椀ssional;
Disseminação de comentários hóstis à O trabalho acontece sob pressão e com
atividades desenvolvidas pelas equipes. foco na quantidade.
DEMOCRÁTICA Líder persuasivo e com autoridade; É possível visualizar a essência do
Escolha dos colaboradores a partir das trabalho em equipe acontecer, pois o
aptidões e taletos; grupo se complementa;
Ações desenvolvidas como foco no êxito; O trabalho acontece de forma satisfatória,
atendendo à demanda da qualidade.
LIBERAL Líder com características pací昀椀cas, Autogerenciamento do grupo;
apático; O trabalho revela características de
Racionalização excessiva; desorganização;
Não há foco nas demandas do trabalho. O individualismo prepondera.
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7 Educação Infantil
Patrícia Maltez
Alternativa D: INCORRETA. O Estado 昀椀ca sob respon- a avaliação somativa, que também é classi昀椀catória,
sabilidade do ensino fundamental do 6º ao 9º ano e buscando instrumentos que meçam a quantidade de
pelo ensino médio. acertos, além de não focar no desenvolvimento cog-
Alternativa E: INCORRETA. O município sozinho não nitivo do sujeito aprendiz.
tem autonomia para de昀椀nir todo o programa escolar Alternativa B: INCORRETA. A escola tem como foco a
da pré-escola ao ensino médio, 昀椀cando cada etapa prática pedagógica voltada para o desenvolvimento
sob responsabilidade de um governo. integral do sujeito de forma preventiva e não reme-
diativa.
02. Questão Alternativa C: INCORRETA. Mesmo visando a transpo-
sição didática, o ensino ainda está voltado para os
(CEFET/RJ - CESGRANRIO - 2014) A escola continua sendo lu- procedimentos de ensino.
gar de mediação cultural, e a pedagogia, ao viabilizar Alternativa D: CORRETA. Libâneo aborda a importân-
a educação, constitui-se como prática cultural inten- cia de a educação buscar meios de desenvolver o
cional de produção e internalização de signi昀椀cados pensamento cognitivo do sujeito, tornando este um
para, de certa forma, promover o desenvolvimento sujeito crítico e re昀氀exivo das suas ações, sendo ca-
cognitivo, afetivo e moral dos indivíduos. (LIBÂNEO, paz de argumentar e resolver problemas.
José Carlos. A didática e a aprendizagem do pensar e Alternativa E: INCORRETA. O uso de recursos tecno-
do aprender: A teoria histórico-cultural da atividade lógicos contribui para o processo de aprendizagem
e a contribuição de VasiliDavydov. Revista Brasileira do sujeito, mas não é o su昀椀ciente para que a apren-
de Educação. Nº 27, p. 5. Set./out./Nov./dez.2004). dizagem aconteça; uma mediação e昀椀ciente contribui
mais para a superação das di昀椀culdades de apren-
Com base no pensamento acima, a gestão escolar e dizagem.
a equipe docente têm como tarefa central promo-
ver uma ambiência de aprendizagem comprometida 03. Questão
com:
(DETRAN/RO - IDECAN - 2014) “Partindo do reconhecimen-
Ⓐ A centralidade da organização do planejamento to de que o homem não pode ser apreendido como
e da sistematização de avaliações somativas com o objeto ou produto, já que ao mesmo tempo, é sujei-
apoio de instrumentos de veri昀椀cação, visando à me- to e produtor das relações sociais, Vygotsky marcou
lhoria da aprendizagem. uma etapa diferenciada no estudo da determinação
Ⓑ A mediação/transposição didática disciplinar ba- sócio-histórica do psiquismo”. Considerando a a昀椀r-
seada nas teorias educacionais de ajuste, e昀椀cácia e mativa e a teoria de Vygotsky, analise.
qualidade, visando à melhoria da aprendizagem.
Ⓒ Uma prática focada nas disciplinas escolares e na I. De昀椀ne que as origens das formas superiores de
organização das classes baseadas no rendimento comportamento consciente deveriam ser en-
e na faixa etária dos alunos, de modo a garantir a contradas nas relações sociais que o indivíduo
aprendizagem. estabelece com o mundo exterior.
Ⓓ Uma orientação que garanta a intervenção deli- II. Considera que os processos psicológicos hu-
berada dos pro昀椀ssionais no desenvolvimento dos manos se realizavam inicialmente no social
alunos, de modo a provocar avanços que não ocor- enquanto processos intrapessoais ou intrapsi-
reriam espontaneamente. cológicos.
Ⓔ Um maior domínio dos recursos tecnológicos para III. De昀椀ne as concepções que consideram que o
o trabalho pedagógico, de modo a contribuir para a comportamento social deriva do individual.
superação das di昀椀culdades de aprendizagem. IV. A昀椀rma que o indivíduo sofre in昀氀uências sociais
de forma passiva e que se fundamentam em um
Grau de Di昀椀culdade conceito de “ambiente” no sentido estrito de
um conjunto de circunstâncias ou contingên-
Alternativa A: INCORRETA. A ideia exposta não con- cias que, de acordo com suas características,
diz com a teoria sociocultural, pois tem como foco
podem ou não fornecer elementos que facili- Ⓐ Mobilização da motivação dos alunos, dinâmicas
tem o desenvolvimento. testadas para que os alunos compreendam concei-
tos importantes e atividades complementares di-
Estão corretas as a昀椀rmativas: recionadas à erradicação de erros recorrentes com
vistas a desejada aprendizagem.
Ⓐ I, II, III, IV. Ⓑ Sensibilidade à heterogeneidade entre alunos,
Ⓑ I e II, apenas. reconhecimento de diferenças quanto a saberes e
Ⓒ I e III, apenas. necessidades e propostas didáticas direcionadas às
Ⓓ II e III, apenas. particularidades dos alunos e à promoção de intera-
Ⓔ III e IV, apenas. ção, habilidades e competências.
Ⓒ Aulas cuidadosamente planejadas para atender à
Grau de Di昀椀culdade necessidade dos alunos, atividades elaboradas com
antecedência, apresentando desa昀椀os para com-
Assertiva I e II: CORRETAS. Segundo Vygotsky, os fe- preender os conceitos estudados e apresentações
nômenos psicológicos são decorrentes das intera- individuais que permitam expressão de saberes ad-
ções sociais do sujeito. quiridos.
Assertivas III e IV: INCORRETAS. Segundo a teoria de Ⓓ Dinâmicas diversi昀椀cadas para garantir o interesse
Vygotsky, os fatores psicológicos são decorrentes dos alunos, competições nas quais sejam colocados
das interações sociais que o sujeito vivencia. Assim, em prática conceitos importantes e avaliações com
as in昀氀uências sociais têm um importante papel na questões que contextualizam o conteúdo para dar
formação do fenômenos psicológicos do sujeito. oportunidade da articulação de conhecimentos.
Ⓔ Temáticas variadas para levar a multiculturali-
Resposta: Ⓑ dade aos alunos e propostas didáticas para evitar
con昀氀itos de entendimento de signi昀椀cação que ocor-
04. Questão rem a partir de diferentes referenciais, com vistas
à promoção de uma aprendizagem relevante e sig-
(DETRAN/RO - IDECAN - 2014) Antônio Flávio Barbosa Mo- ni昀椀cativa.
reira (2002), no seu artigo “Currículo, diferença cul-
tural e diálogo”, discorre sobre o multiculturalismo Grau de Di昀椀culdade
como temática obrigatória nas discussões sobre
educação, destacando que a cultura “tem adquirido Alternativa A: INCORRETA. Motivar os alunos para a
crescente centralidade nos fenômenos sociais con- aprendizagem e dinamizar as atividades são fatores
temporâneos (p. 16), [... trazendo] à luz a sensível importantes, possibilitando, assim, que os educan-
diversidade de culturas” (p. 17) e “a associação das dos relacionem melhor os novos conteúdos aos que
diferenças culturais às relações de poder” (p. 17). O já possuem, ampliando sua compreensão, portan-
autor propõe responder “às condições de mundo to, não garante a erradicação do erro, pois este é
contemporâneo por meio de um multiculturalismo extremamente importante no processo de apren-
crítico” (p. 18). Para ele, reconhecer a diferença cul- dizagem. Pensando no respeito ao multiculturalis-
tural na sociedade e na escola traz como primeira mo, precisamos entender aqui a ideia do erro e da
implicação, para a prática pedagógica, o abandono aprendizagem desejada. Ao lidarmos com diferenças
de uma perspectiva monocultural, da postura que socioeconômicas e culturais, precisamos considerar
Stoer e Cortesão (1999) denominam de “daltonis- as construções culturais elaboradas pelos grupos
mo cultural” (p. 25). Tendo em vista ser imperativo, nos quais convivem. O que pode ser um erro em
em sala de aula, o “esforço de se entender o modo determinado grupo, em outro pode não ser. Não me
ou os pressupostos de interpretação a partir dos re昀椀ro aqui apenas às diferenças ideológicas de paí-
quais cada grupo elabora seus signi昀椀cativos” (Mo- ses, mas dentro de um mesmo país, nas diferentes
reira, IBID, p. 25), assinale a alternativa que descreve comunidades, de classes econômicas mais elevadas
corretamente as ações docentes que caracterizam a ou não.
postura multicultural na educação.
ção nas concepções sobre educação das crianças em rados por Piaget. A ideia de aceitação aqui refere-se
espaços coletivos, compreendendo o cuidar como às conquistas que o sujeito já possui e que o passará
atividade meramente ligada ao corpo e destinada às para um novo estágio de desenvolvimento.
crianças mais pobres e o educar como experiência Alternativa C: INCORRETA. Dentro do que diz respeito
de promoção intelectual reservada aos 昀椀lhos dos às fases de desenvolvimento da criança, a conscien-
grupos socialmente privilegiados” (Diretrizes Curri- tização e aproximação não são conceitos determi-
culares para a Educação Infantil, p. 81). nantes para o desenvolvimento cognitivo da criança,
Alternativa B: INCORRETA. Esse item não abarca to- segundo esse teórico.
dos os princípios, pois além da diversidade e da sin- Alternativa D: INCORRETA. É através da investiga-
gularidade há também os princípios da democracia ção e da experimentação que as estruturas men-
e sustentabilidade. tais da criança são desenvolvidas, mas a evolução
Alternativa C: INCORRETA. As Diretrizes Curriculares do desenvolvimento cognitivo da criança se dá pelo
para a Educação Infantil abordam os princípios éti- processo de assimilação e acomodação dos novos
cos, políticos e estéticos, portanto, somente o prin- conceitos adquiridos através da investigação e da
cípio da estética não atende a todos os segmentos experimentação.
presentes no processo educacional. Alternativa E: CORRETA. Assimilação e acomodação
Alternativa D: CORRETA. Os segmentos da democra- são processos de desenvolvimento cognitivo da
cia, da sustentabilidade e participação atende a to- criança. Na assimilação, o sujeito busca atrelar os
dos os segmentos da educação. novos conhecimentos aos já existentes. A partir des-
Alternativa E: INCORRETA. O lúdico e a brincadeira se momento, a informação é armazenada, ou seja, é
são importantes para o desenvolvimento cognitivo acomodada até que uma nova situação exista.
da criança, portanto, os segmentos da diversidade,
da sustentabilidade, da participação são tão impor- 08. Questão
tantes quanto no processo educacional.
(PREF. ARARUAMA/RJ - FUNCAB - 2015) Conforme o art. 53 do
07. Questão Estatuto da Criança e do Adolescente, a criança e o
adolescente têm direito à educação, visando ao ple-
(PREF. ARARUAMA/RJ - FUNCAB - 2015) A teoria de Piaget no desenvolvimento da sua pessoa, preparo para o
distingue quatro períodos gerais do desenvolvi- exercício da sua cidadania e o preparo para o traba-
mento cognitivo: sensório-motor, pré-operacional, lho, assegurando-se lhes, exceto:
operacional/concreto e operacional/formal. Se-
gundo Piaget, o crescimento cognitivo da criança se Ⓐ Direito à organização e participação em entida-
dá através de: des estudantis.
Ⓑ Direito de ser respeitado por seus educadores.
Ⓐ Equilibração e contraposição. Ⓒ Acesso à escola pública e gratuita próxima de sua
Ⓑ Transferência e aceitação. residência.
Ⓒ Conscientização e aproximação. Ⓓ Viajar para fora da comarca onde reside, desa-
Ⓓ Investigação e experimentação. companhada dos pais ou responsável, sem expressa
Ⓔ Assimilação e acomodação. autorização judicial.
Ⓔ Igualdade de condições para o acesso e a perma-
Grau de Di昀椀culdade nência na escola.
Ⓐ Para assegurar a concepção de que homem não I. São os modos de funcionamento psicológico,
chora e que mulher não briga. tais como a capacidade de planejamento e a
Ⓑ Para que não sejam reproduzidos, nas relações imaginação.
com as crianças, padrões estereotipados quanto aos II. Referem-se aos mecanismos intencionais e são
papéis do homem e da mulher como, por exemplo, processos voluntários.
que à mulher cabe cuidar da casa e dos 昀椀lhos e que III. Originam-se nas relações entre indivíduos e se
ao homem cabe o sustento da família e a tomada desenvolvem ao longo do processo de interna-
de decisões. lização.
Ⓒ Para manter os estereótipos que surgem entre as
próprias crianças, fruto do meio em que vivem. Assinale:
Ⓓ Para incentivar a divisão entre meninos e meni-
nas nas salas de aula e nas brincadeiras. Ⓐ Se somente a a昀椀rmativa I estiver correta.
Ⓑ Se somente a a昀椀rmativa II estiver correta.
Ⓒ Se somente a a昀椀rmativa III estiver correta. Item I: PIAGET. Piaget explica as fases de desenvol-
Ⓓ Se somente as a昀椀rmativas I e II estiverem corretas. vimento do indivíduo e a importância da interação
Ⓔ Se todas as a昀椀rmativas estiverem corretas. com o objeto para o seu desenvolvimento.
Item II: VYGOTSKY. Vygotsky aborda sobre o sujeito
Grau de Di昀椀culdade social e a formação das funções psíquicas a partir
das relações do sujeito com o meio social e cultu-
Assertiva I: CORRETA. A capacidade de planejamento, ral. Segundo Vygotsky, a aprendizagem perpassa
execução, controle, criatividade, imaginação, dentre por três zonas: Zona de Desenvolvimento Real – se
outras, são chamadas de “funções psicológicas” que refere ao que o sujeito já sabe; Zona de Desenvol-
podem ser superiores ou executivas. vimento Potencial – o que ele é capaz de aprender;
Assertiva II: CORRETA. Algumas funções cerebrais Zona de Desenvolvimento Proximal – é a distância
são voluntárias e intencionais, a exemplo do plane- entre o que já sabe e o que pode aprender, onde as
jamento e construção de metas. mediações são feitas.
Assertiva III: CORRETA. Segundo Vygotsky, o proces- Item III: VYGOTSKY. Vygotsky diz que o sujeito desen-
so de interação entre os indivíduos contribui para volve suas funções superiores mediante as intera-
a formação das funções mentais e estas se desen- ções com o outro e com o meio cultural.
volvem com o tempo, mediante novas interações no
processo de internalização. Resposta: Ⓐ
Alternativa A: CORRETA. “Sua teoria pedagógica, que Ⓑ Controle de frequência pela instituição de educa-
diz que o desenvolvimento intelectual envolve muito ção pré-escolar, exigida a frequência mínima de 80%
mais do que um simples cérebro, abalou as convic- do total de horas.
ções numa época em que memória e erudição eram Ⓒ Atendimento à criança de, no mínimo, quatro ho-
o máximo em termos de construção do conhecimen- ras diárias para o turno parcial e de sete horas para
to. Wallon foi o primeiro a levar não só o corpo da a jornada integral.
criança, mas também suas emoções para dentro da Ⓓ Carga horária mínima anual de 800 horas, distri-
sala de aula. Fundamentou suas idéias em quatro buída por um mínimo de 180 dias de trabalho edu-
elementos básicos que se comunicam o tempo todo: cacional.
a afetividade, o movimento, a inteligência e a forma- Ⓔ Assegurar às crianças que necessitem de edu-
ção do eu como pessoa. Militante apaixonado (tanto cação especial, preferencialmente em instituições
na política como na educação), dizia que reprovar especializadas, de ensino público, 昀椀lantrópicas e de
é sinônimo de expulsar, negar, excluir. Ou seja, ‘a iniciativa privadas.
própria negação do ensino’. As emoções, para Wal-
lon, têm papel preponderante no desenvolvimento Grau de Di昀椀culdade
da pessoa. É por meio delas que o aluno exterioriza
seus desejos e suas vontades. Em geral são mani- Alternativa A: INCORRETA. Na educação infantil não
festações que expressam um universo importante e existe reprovação, a avaliação é utilizada com ins-
perceptível, mas pouco estimulado pelos modelos trumento de registro do seu desenvolvimento.
tradicionais de ensino” (http://revistaescola.abril. Alternativa B: INCORRETA. No Art. 31. da LDB, no in-
com.br/formacao/educador-integral-423298.shtml). ciso diz que “controle de frequência pela institui-
Alternativa B: INCORRETA. Paulo Freire defendia a ção de educação pré-escolar, exigida a frequência
ideia de que o sujeito deveria ser crítico, condenan- mínima de 60% (sessenta por cento) do total de
do, dessa forma, ao que ele chamava de educação horas; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)” (MEC –
bancária. LDB9394/96)
Alternativa C: INCORRETA. Vygotsky explicava a in- Alternativa C: CORRETA. A criança que estuda apenas
昀氀uência do meio no desenvolvimento do sujeito. em um turno deverá ter a carga horária de quatro
Alternativa D: INCORRETA. Emília Ferreiro focou seus horas diárias e em turno integral de sete horas diá-
estudos na aquisição da língua escrita e conseguiu rias.
de昀椀nir as etapas de desenvolvimento da escrita: Alternativa D: INCORRETA. As 800 horas de carga
pré-silábico; silábico; silábico-alfabético e alfabé- horária anual deverá ser distribuída em 200 dias le-
tico. tivos. Inciso II do Art. 31 da LBD 9394/96, de 20 de
Alternativa E: INCORRETA. Piaget de昀椀niu as etapas dezembro de 1996.
de desenvolvimento da inteligência do sujeito: sen- Alternativa E: INCORRETA. As crianças com necessi-
sório-motor; pré-operatório; operatório concreto e dades especiais devem ser inseridas em classes re-
operatório formal. gulares, tanto no âmbito público como privado.
“Art. 31 LBD 9394/96 de 20 de dezembro de 1996
17. Questão Art. 31. Na educação infantil a avaliação far-se-á
mediante acompanhamento e registro do seu de-
(UFRB - FUNRIO - 2015) Em seu artigo 31, a Lei de Diretri- senvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo
zes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9394/96) para o acesso ao ensino fundamental.
determina que a educação infantil será organizada Art. 31. A educação infantil será organizada de acor-
de acordo com a seguinte regra comum: do com as seguintes regras comuns: (Redação dada
pela Lei nº 12.796, de 2013)
Ⓐ Veri昀椀cação da aprendizagem mediante acompa- I. avaliação mediante acompanhamento e registro
nhamento e registro do desenvolvimento das crian- do desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de
ças, para a possível promoção e acesso ao ensino promoção, mesmo para o acesso ao ensino funda-
fundamental. mental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
II. carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) Alternativa C: INCORRETA. As relações sociais con-
horas, distribuída por um mínimo de 200 (duzentos) tribuem para o nosso crescimento pessoal, mas as
dias de trabalho educacional; (Incluído pela Lei nº nossas estruturas intrapessoais são tão importantes
12.796, de 2013) quanto as relações interpessoais.
III. atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) Alternativa D: INCORRETA. As mudanças sociocultu-
horas diárias para o turno parcial e de 7 (sete) horas rais interferem no processo de formação do sujeito,
para a jornada integral; (Incluído pela Lei nº 12.796, portanto, analisar, saber posicionar-se diante das
de 2013) situações, criticá-las promoverá a reestruturação
IV. controle de frequência pela instituição de educa- intrapsíquica que re昀氀etirá na mudança de compor-
ção pré-escolar, exigida a frequência mínima de 60% tamento, no crescimento pessoal.
(sessenta por cento) do total de horas; (Incluído pela Alternativa E: INCORRETA. As relações interpessoais,
Lei nº 12.796, de 2013) o conhecimento de padrões de determinados luga-
V. expedição de documentação que permita atestar res, não precisa ser absorvido pelo sujeito. O indiví-
os processos de desenvolvimento e aprendizagem duo precisa ser crítico, ético e saber posicionar-se
da criança. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)”. diante de diferentes situações.
(UFRB - FUNRIO - 2015) O ser humano, graças às suas (FUNDAÇÃO CASA - CETRO - 2014) Vygotsky traz grande con-
múltiplas oportunidades de estabelecer relações tribuição para a avaliação da aprendizagem. Para
interpessoais, desenvolve processos psicológicos ele, todas as crianças têm possibilidades intrínsecas
superiores. Tais processos sempre aparecem inicial- de progresso intelectual e, assim, na perspectiva da
mente no plano das relações interpessoais e depois avaliação para promover a aprendizagem, deve-se
sofrem a mediação dos padrões culturais dominan- procurar analisar:
tes. O crescimento pessoal, portanto, é o processo
pelo qual o ser humano torna: Ⓐ O que a criança já faz sozinha e não o seu po-
tencial, visando a reforçar esses conceitos já cons-
Ⓐ Sua, a cultura do grupo social ao qual pertence. truídos para programar novos passos e processos de
Ⓑ O cognitivo em sua expressão máxima. domínio de saberes. O seu registro tem por 昀椀nali-
Ⓒ As relações interpessoais como as mais signi昀椀ca- dade informar a família visando ao seu processo de
tivas. acompanhamento dos estudos.
Ⓓ A cultura em seu ponto de apoio. Ⓑ Se os alunos alcançaram ou não os resultados es-
Ⓔ Os padrões de hábito, como sendo os seus. perados pelo professor ao término de determinada
sequência didática. É fundamental registrar os re-
Grau de Di昀椀culdade sultados de desempenho escolar alcançados pelos
alunos para informar aos pais e à direção da escola
Alternativa A: CORRETA. Por sermos sujeitos multi- sobre o trabalho desenvolvido em sala de aula.
dimensionais, a cultura do grupo social na qual per- Ⓒ O seu potencial de aprendizagem, e não determi-
tencemos contribui para a nossa formação social, nar suas capacidades em algum momento para sim-
moral e cognitiva. Quando pertencemos a determi- plesmente apontá-la. É tarefa do avaliador desen-
nado grupo social, nos apropriamos dos seus valo- volver estratégias desa昀椀adoras para que a criança, a
res e das suas crenças, o que contribui para a nossa partir dos conceitos que já construiu, alcance formas
formação enquanto sujeito. mais elaboradas de compreensão da realidade. As
Alternativa B: INCORRETA. A interação social contri- avaliações para a aprendizagem servem também
bui para o nosso desenvolvimento, portanto, nossa para subsidiar a ação educativa dos professores.
cognição vai além das interações sociais, ela perpas- Ⓓ O que já foi construído pelos alunos a partir da
sa também pelos nossos estados orgânicos e emo- assimilação do ensinado. Todo conteúdo ensinado
cionais. deve-se transformar em conteúdo aprendido. A ava-
liação escolar é um procedimento para medir essa
aprendizagem, o seu registro visa a informar o aluno mais complexas para que novas aprendizagens fos-
e seus familiares. sem conquistadas.
Ⓔ Os resultados de desempenho escolar obtidos
pelos alunos nos testes aplicados pelo governo (as 20. Questão
avaliações externas). Trata-se de uma prova de múl-
tipla escolha elaborada a partir das expectativas (NUCLEP - BIORIO - 2014) Pedagogos são pro昀椀ssionais que
de aprendizagem institucional e os seus resultados devem estar preparados para a prevenção, o diag-
informam se o aluno está no patamar insu昀椀ciente, nóstico e o tratamento dos problemas que inter-
satisfatório ou plenamente satisfatório para o com- ferem na saúde, na aprendizagem e no trabalho. O
ponente e série ou ano escolar. diagnóstico de di昀椀culdades socioeducativas é rea-
lizado por meio de recursos que se constituem em
Grau de Di昀椀culdade instrumentos fundamentais com caráter:
ticipar, o importante é que todos tenham o direito Educação Infantil, as condições para que as crianças
de aprender. O pedagogo que têm alunos de inclu- aprendam em situações nas quais possam desempe-
são e não faz para que eles aprendam, apenas está nhar um papel ativo em ambientes que as convidem
inserindo, agregando o educando aos demais, sem a vivenciar desa昀椀os e a sentirem-se provocadas a
dar-lhe condições de igualdade para a sua apren- resolvê-los, nas quais possam construir signi昀椀ca-
dizagem. dos sobre si, os outros e o mundo social e natural.”
(http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/
21. Questão pdf/3_BNCC-Final_Infantil.pdf)
Alternativa C: CORRETA. Ao pensar na rotina da Edu-
(PREF. DE ALTAMIRA/PA - PREF. DE ALTAMIRA - 2017) É correto cação Infantil, é importante considerar a fase opera-
que a organização das rotinas na educação infantil cional das crianças e suas idades, visando trabalhar
o que é necessário para cada faixa etária. Tais fases
Ⓐ Deve seguir um padrão para todas as idades. de desenvolvimento estão correlacionadas com o
Ⓑ Deve proporcionar que sejam vencidos os conteú- processo de maturação neurológica, na formação
dos curriculares. das redes neurais, necessárias para o processo de
Ⓒ Deve variar conforme as necessidades de cada aprendizagem. Piaget identi昀椀cou e formalizou as
faixa etária. diferentes fases de desenvolvimento: sensório-mo-
Ⓓ Não deve seguir nenhum critério. tor, pré-operatório, operatório concreto, operatório
formal. Mesmo não tendo na época de Piaget os es-
Grau de Di昀椀culdade tudos das neurociências como temos hoje, ele con-
seguiu perceber o que era básico em cada fase do
Alternativa A: INCORRETA. Na construção da rotina desenvolvimento cognitivo da criança.
da Educação Infantil é necessário considerar o todo, Alternativa D: INCORRETA. A Educação Infantil é a
mas também cada sujeito em sua singularidade. base de todo processo de aprendizagem, nessa fase,
“Ao fazer o planejamento o professor deve pensar as crianças devem desenvolver inúmeras habilida-
na di昀椀culdade de cada um, o que vai ser modi昀椀cado des que formarão as redes neurais necessárias para
no seu plano de aula é o que denomino de inter- as conexões futuras para novas aprendizagem. Essa
venções especí昀椀cas, ou seja, as mediações que se- etapa deve ser pensada como muita responsabilida-
rão feitas com cada criança, muitas vezes o recurso de, considerando os diferentes fatores envolvidos
que usará para um não será o mesmo que usará para na aprendizagem do sujeito.
outro, desta maneira o professor atenderá a todos
na sala de aula, portanto, um olhar delicado do edu- 22. Questão
cador para seu educando modi昀椀cará sua conduta.”
(Rodrigues, Patrícia M. Funções Executivas e Apren- (PREF. DE ALTO BELA VISTA/SC - AMAUC - 2017) O Estatuto da
dizagem – O uso dos jogos no desenvolvimento das Criança e do Adolescente (Lei 8069/90), no art. 53
funções executivas). a昀椀rma que a criança e o adolescente têm direito à
Alternativa B: INCORRETA. O trabalho na Educação educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua
Infantil visa ao desenvolvimento de habilidades pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qua-
necessárias para a aprendizagem no Ensino Funda- li昀椀cação para o trabalho, assegurando a eles todos
mental. O mais importante nesta etapa é garantir os direitos abaixo, exceto.
que a criança desenvolva tais habilidades, sendo as-
sim o professor não tem que 昀椀car preso a conteúdos Ⓐ igualdade de condições para o acesso e perma-
curriculares, que na Educação Infantil, conforme a nência na escola;
Base Nacional Comum, tem como objetivos: Ⓑ direito de ser respeitado por seus educadores;
“Tendo em vista os eixos estruturantes das Ⓒ direito de contestar critérios avaliativos, podendo
práticas pedagógicas e as competências gerais da recorrer às instâncias escolares superiores;
Educação Básica propostas pela BNCC, seis direitos Ⓓ direito de organização e participação em entida-
de aprendizagem e desenvolvimento asseguram, na des estudantis;
Ⓔ acesso à escola pública e gratuita onde o sistema a criança já se percebe como participante do mun-
dispuser de vagas ou a critério do adolescente. do, “com objetos, tempo, espaço, causalidade obje-
tivados e solidários, entre os quais situa a si mes-
Grau de Di昀椀culdade ma como um objeto especí昀椀co, agente e paciente
dos eventos que nele ocorrem" (LA TAILLE, 2003). A
Alternativa: CORRETO. Tanto a constituição como a inteligência é eminentemente prática, baseada es-
LDB garantem a todos os sujeitos o acesso à edu- sencialmente na experiência imediata através dos
cação e sua permanência na escola. Tais sujeitos, sentidos e do movimento. Como ainda não existe a
independente das suas condições físicas, psíquicas linguagem, para que haja menção das experiências
ou emocionais, têm o direito a igualdade aos demais e recordação de acontecimentos e ideias, as crian-
dentro da instituição, devendo esta promover ativi- ças 昀椀cam restritas à experiência imediata, não con-
dades que proporcionem a aprendizagem de todos. seguindo categorizá-las. Para Piaget, essas caracte-
Alternativa B: CORRETO. Todos os sujeitos devem ser rísticas do desenvolvimento intelectual do período
respeitados por todas as pessoas, inclusive pelos chamado:
educadores. Ser respeitado pelos educadores é re-
ceber a mesma atenção e o mesmo atendimento que Ⓐ sensório-motor
os demais, independente da sua situação. Ⓑ de esquema
Alternativa C: CORRETO. Todos os sujeitos podem e Ⓒ egocêntrico
devem ser avaliados no seu processo de aprendiza- Ⓓ pré-operacional
gem, cabe à instituição e ao professor, que é o me- Ⓔ operações informais
diador direto, avaliar a melhor forma de fazer isso
,considerando as limitações e a faixa etária de cada Grau de Di昀椀culdade
aprendente. Para isso, existem diversos instrumen-
tos avaliativos que necessariamente não precisam Alternativa A: CORRETO. A criança com idade entre 0
ser uniforme para todos, à medida que as singulari- -2 anos encontra-se no sensório-motor, nesta fase
dades são valorizadas. toda aprendizagem acontece através dos sistemas
Alternativa D: CORRETO. O Estatuto da Criança e do sensoriais e da motricidade, por isso esta nomen-
Adolescente visa à preparação do sujeito para o clatura.
exercício da cidadania e quali昀椀cação do trabalho. É Alternativa B: INCORRETO. Entendemos por esque-
através das entidades estudantis, que possuem um mas as conexões sinápticas, que formam as redes
caráter político-social que os estudantes começam neurais necessárias para o armazenamento de in-
aprimorar tal exercício. Todos os estudantes têm o formações que foram adquiridas ou modi昀椀cadas a
direito a participar, independentemente de qual- partir das novas experiências.
quer limitação. Alternativa C: INCORRETO. A fase egocêntrica faz par-
Alternativa E: INCORRETA. O Estado tem a obrigação te do processo de aquisição de conceitos da criança
em garantir escola pública e gratuita para todos. Isto que parte do seu eu. Essa fase é característica do
é garantido no título III art. 4 da LDB. período pré-operatório.
Alternativa D: INCORRETO. É a fase que o aprendiz
23. Questão compreende os conceitos através do seu eu. Nessa
fase, a criança busca explicações para a existência
(PREF. DE ALTO BELA VISTA/SC - AMAUC - 2017) Caracteriza-se de todas as coisas. É a fase do jogo simbólico, do
por ser um período de adaptação e integração da animismo e da necessidade do concreto para a com-
criança ao mundo que a cerca através das percep- preensão dos diferentes conceitos.
ções e das ações. Nesta fase só o corpo reage, por Alternativa E: INCORRETO. Nas fases descritas por
meio de re昀氀exos inatos. É uma etapa de isolamento Piaget, a fase das abstrações chama-se operações
e indiferenciação (o mundo é ela). Evolutivamente, formais. Operações informais não existe.
ocorre o aprimoramento dos movimentos re昀氀exos,
a criança adquire habilidades e, no 昀椀nal desta fase
Ⓐ brincadeira é importante, mas não permite a ela- No entanto, para que o ato de jogar na sala de aula
boração e a expressão de sentimentos e emoções. se caracterize como uma metodologia que favoreça
Ⓑ brincadeira é importante, mas não favorece o a aprendizagem, o papel do professor é essencial.
equilíbrio afetivo da criança, pois provoca muitas Sem a intencionalidade pedagógica do professor,
frustrações. corre-se o risco de se utilizar o jogo sem explorar
Ⓒ brincar, a criança constrói novas possibilidades seus aspectos educativos, perdendo grande parte de
de ação e formas criativas de organizar o ambiente, sua potencialidade. Trabalhado de forma adequada,
por outro lado, brincar tem o objetivo de provocar além dos conceitos, o jogo possibilita aos alunos
competitividade entre as crianças.
Ⓓ brincar, a criança envolve-se em uma situação I. uma disputa semelhante aos jogos eletrônicos,
imaginária capaz de torná-la agressiva, causando o e昀椀caz no desenvolvimento do raciocínio.
isolamento por parte de seus pares. II. classi昀椀car os níveis de di昀椀culdades apresenta-
Ⓔ brincar, a criança movimenta-se em busca de par- dos nos jogos de acordo com a faixa etária.
ceria e na exploração de objetos, comunica-se com III. desenvolver a capacidade de organização, aná-
seus pares, expressa-se através de múltiplas lingua- lise, re昀氀exão e argumentação.
gens, descobre regras e toma decisões. IV. uma série de atitudes como aprender a ganhar
e a lidar como perder, aprender a trabalhar em
Grau de Di昀椀culdade equipe, respeitar regras entre outras.
V. um momento de socialização das impressões e
Alternativa A: INCORRETA. Através do brincar, as de re昀氀exão sobre o que se aprendeu.
crianças se expressam, podendo o pro昀椀ssional per- Marque a opção que apresenta as a昀椀rmativas cor-
ceber suas emoções e os valores constituídos. retas.
Alternativa B: INCORRETA. Conviver com as frusta-
ções é extremamente importante para o autocon- Ⓐ I – II – III.
ceito e autocon昀椀ança da criança, além da formação Ⓑ III – IV – V.
da sua personalidade. Na brincadeira e no jogo, as Ⓒ I – IV – V.
crianças aprendem a respeitar regras, a respeitar o Ⓓ II – III – IV.
outro e a evoluir no processo egocêntrico. Ⓔ I – II – IV.
Alternativa C: INCORRETA. O brincar não tem a fun-
ção de provocar a competitividade, mas de estimular Grau de Di昀椀culdade
a criança a conviver, respeitar o outro, desenvolver
sua expressão oral, orientação espacial e temporal. Assertiva I: INCORRETA. O jogo na sala de aula tem
Alternativa D: INCORRETA. Através do jogo simbólico, a capacidade de desenvolver funções cognitivas ne-
a criança compreende conceitos e regras. cessárias para o processo de aprendizagem e para
Alternativa E: CORRETA. É através do brincar que a vida. O jogo eletrônico é uma ferramenta moder-
múltiplas habilidades e funções cognitivas são de- na, mas que precisa ter um uso muito de昀椀nido, seu
senvolvidas. excesso pode interferir em outros fatores, como o
social, emocional e orgânico.
26. Questão Assertiva II: INCORRETA. O jogo é um estimulador do
raciocínio lógico, a adequação não deve se dar pela
(PREF. DE AQUIRAZ - CETREDE - 2017) É importante observar idade, mas pela capacidade do sujeito; quanto mais
que o jogo pode propiciar a construção de conheci- estimulado, maior a aprendizagem. Vale ressaltar
mentos novos, um aprofundamento do que foi tra- que o adulto precisa ponderar o que é capaz para o
balhado ou, ainda, a revisão de conceitos já apren- menor, trabalhando assim dentro da zona de desen-
didos, servindo como um momento de avaliação volvimento proximal, segundo Vygotsky.
processual pelo professor e de autoavaliação pelo Assertiva III: CORRETA. Organização, análise, re昀氀e-
aluno. xão e argumentação são funções cognitivas que são
desenvolvidas desde a Educação Infantil através do Marque a opção que apresenta a sequência correta.
lúdico.
“Os jogos são recursos que há muito tempo vem Ⓐ F – F – F.
sendo usado no trabalho pedagógico. Além da lu- Ⓑ V – F – V.
dicidade proporcionada pelo jogo, este ajuda a de- Ⓒ V – V – F.
senvolver habilidades cognitivas necessárias para o Ⓓ V – V – V.
melhoramento das funções executivas que re昀氀etem Ⓔ F – V – F.
na regulação comportamental e na aprendizagem.”
(Rodrigues, Patrícia M. Funções Executivas e Apren- Grau de Di昀椀culdade
dizagem – O uso dos jogos no desenvolvimento das
funções executivas. Editora 2B, 2017) Assertiva I: VERDADEIRA. A escola deve valorizar
Assertiva IV: CORRETA. Brincando a criança aprende cada educando em suas singularidades, proporcio-
os quatro pilares da educação segundo a UNESCO: a nando situações de aprendizagem e convívio social.
conviver, a ser, a fazer e a conhecer. Através do brincar é possível o educador perceber a
Assertiva V: CORRETA. Quando o jogo é realizado em maneira de pensar e de agir de cada sujeito.
sala de aula na perspectiva pedagógica, no qual ele Assertiva II: VERDADEIRA. O trabalho da Educação
é proposto pelo professor com determinada 昀椀nali- Infantil deve ser pensado em todas as instâncias.
dade, é possível que o educador avalie as estraté- Essa etapa é a base da formação cognitiva do sujeito
gias da criança, como ele elabora os conceitos, as- em que estruturas cognitivas estão sendo formadas.
sim como, ao 昀椀nalizar, re昀氀etir sobre o que fez e como Para isso, o currículo da Educação Infantil deve ser
fez, promovendo a socialização da atividade e a pos- feito mediante fundamentação teórica, na qual todo
sibilidade de o educando re昀氀etir sobre suas ações. o processo é avaliado, percebendo as conquistas de
cada sujeito.
Resposta: Ⓑ Assertiva III: FALSA. A educação escolar acontece
mediante a parceria da família e da escola, mesmo
27. Questão diante de tantas realidades o papel da família ainda
é importante.
(PREF. DE AQUIRAZ - CETREDE - 2017) Pelo direito das crian-
ças de zero a seis anos à Educação, analise as a昀椀r- Resposta: Ⓒ
mações a seguir e marque (V) para as verdadeiras e
(F) para falsas. 28. Questão
( ) O processo pedagógico deve considerar as crian- (PREF. DE CÁCERES - UFMT - 2017) Analise a prática pedagó-
ças em sua totalidade, observando suas especi昀椀ci- gica abaixo da professora Sônia.
dades, as diferenças entre elas e sua forma privile- Sempre que ela trabalha uma família silábica come-
giada de conhecer o mundo por meio do brincar. ça com essa música:
( ) As propostas das instituições de Educação Infantil
devem explicitar concepções, bem como de昀椀nir di- O C estava triste pôs-se a chorar
retrizes referentes à metodologia do trabalho peda- Saiu de sua casa e pôs-se a cantar
gógico e ao processo de desenvolvimento/aprendi- O C com A faz CA
zagem, prevendo a avaliação como parte do trabalho O C com O faz CO
pedagógico, que envolve toda a comunidade escolar. O C com U faz CU
( ) A educação infantil deve pautar-se pela indisso- O C com E faz CE
ciabilidade entre o cuidado e a educação. Além dis- O C com I faz CI
so, tem função diferenciada e complementar à ação
da família, não havendo necessidade de comunica- De acordo com a psicogênese da língua escrita, ana-
ção entre elas. lise as a昀椀rmativas sobre esse tipo de trabalho.
I. As crianças são apenas induzidas a responder o a ação da família e da comunidade. Tal diretriz colo-
que a professora solicita, não havendo espaço ca em pauta a questão da formação dos professores
para re昀氀exão sobre o que estão produzindo. em torno da Pedagogia da Infância e da necessidade
II. As crianças são ensinadas a desenhar letras e de contemplar na escola todas as dimensões huma-
construir palavras com elas, mas não se ensina nas.
a linguagem escrita. Sobre esse assunto, assinale a a昀椀rmativa incorreta.
III. As crianças são privadas da sistematização da
leitura por meio da interação com os mais di- Ⓐ Criar espaços e tempos que articulem as diferen-
versos textos em situações signi昀椀cativas e di- tes dimensões-cognitiva, expressiva, lúdica, criativa,
ferenciadas. afetiva, nutricional, médica, sexual, física, psicológi-
IV. As crianças não estabelecem relação com ele- ca, linguística e cultural.
mentos do texto escrito antes de dominarem a Ⓑ Considerar o espaço da sala de aula como espa-
língua escrita. ço privilegiado de uniformização das práticas esco-
lares, tendo em vista, especialmente, a aquisição e
Está correto o que se a昀椀rma em a antecipação dos conhecimentos já produzidos em
séries anteriores.
Ⓐ I, II e III, apenas. Ⓒ Promover situações que visem interações com as
Ⓑ II e IV apenas. diversas práticas da cultura mediadas pelos outros
Ⓒ I, II e IV, apenas. e pela linguagem.
Ⓓ I e III, apenas. Ⓓ Planejar um espaço que estimule a inteligência e
a imaginação da criança, permitindo descobertas e
Grau de Di昀椀culdade aguçando sua curiosidade.
30. Questão
Ⓐ Operatório-formal
Ⓑ Sensório-motor
Ⓒ Operatório-concreto
Ⓓ Pré-operatório
Ⓔ Fálico
Grau de Di昀椀culdade
RESUMO PRÁTICO
A prática da educação infantil no Brasil surge • A partir dos 6 anos = ensino fundamental;
a partir do século XIX com caráter assistencialista Nesse documento do MEC, “a Educação Infantil
às crianças, portanto, com perspectivas diferentes é a primeira etapa da Educação Básica e tem como
conforme as classes sociais. A educação de crianças 昀椀nalidade o desenvolvimento integral da criança de
menores de 7 anos já entra em discussão desde Aris- zero a cinco anos de idade em suas aspectos físi-
tóteles, que de昀椀ne dois ciclos anteriores: o primeiro co, afetivo, intelectual, linguístico e social, comple-
dos 2-3 anos aos 5 anos e o segundo dos 5 aos 7 mentando a ação da família e da comunidade (Lei
anos. Nessa época ele já alertava para o cuidado de nº 9394/96 art. 29)”. O artigo 5 complementa que
não colocar as crianças em atividades exaustivas, “A Educação Infantil, primeira etapa da Educação
priorizando o lúdico. Já Comenius abordava sobre Básica, é oferecida em creches e pré-escolas, as
a “escola materna”, um espaço dentro do contexto quais caracterizam como espaços institucionais
familiar para educar. não domésticos que constituem estabelecimentos
Entre os precedentes históricos, encontramos já educacionais públicos ou privados que educam e
na Grécia de Aristóteles (384 – 322 a.C.), que os 7 anos cuidam de crianças de 0 a 5 anos de idade no pe-
de idade são considerados como o ponto de partida ríodo diurno, em jornada integral ou parcial, regu-
das aprendizagens formais. O 昀椀lósofo distingue dois lados e supervisionados por órgão competente do
ciclos anteriores à escolaridade institucionalizada: o sistema de ensino e submetidos a controle social”.
dos 2 ou 3 anos aos 5 e dos 5 aos 7 anos. Insiste-se na Dessa forma, a divisão entre as classes econômicas
necessidade de, nesses ciclos, evitar fadigas intensas que anteriormente existia ‒ cuidar para as classes
que possam entorpecer o desenvolvimento e refor- sociais mais baixas e educar para as classes sociais
çam-se os aspectos lúdicos como elementos e expe- mais favorecidas ‒ deixa de ter esse caráter e passa
riências úteis para os exercícios a que deverão dedi- a ser vista como fator de igualdade independente da
car-se em idades posteriores...” (Arribas, apud Peix). classe social econômica da família. Esse foi um dos
No Brasil as instituições que atendiam a essa critérios reformulados pela LDB nº 9394/96. Outro
etapa tinham dois caráteres: para as classes econô- elemento importante trazido por outro documento
micas mais baixas – assistencialista; para as classes o昀椀cial, os Referenciais Curriculares para a Educação
econômicas mais favorecidas – as práticas escolares. Infantil, foi o princípio de igualdade e respeito entre
Essa vinculação institucional diferenciada re昀氀e- os sexos “No que concerne à identidade de gênero,
tia uma fragmentação nas concepções sobre edu- a atitude básica é transmitir, por meio de ações e
cação de crianças em espaços coletivos, compreen- encaminhamentos, valores de igualdade e respeito
dendo o cuidar como atividade meramente ligada entre as pessoas de sexos diferentes e permitir que
ao corpo e destinada às crianças mais pobres e o a criança brinque com as possibilidades relaciona-
educar como experiência de promoção intelectual das tanto ao papel de homem como ao da mulher”.
reservada aos 昀椀lhos dos grupos socialmente privile- Assim, descontaminamos a ideologia defendida an-
giados (MEC, 2013 p. 81). teriormente, que existiam situações que eram para
Se voltarmos ao contexto histórico, veremos que os homens e situações que eram para as mulheres,
tais instituições começaram a surgir a partir da en- o que trazia con昀氀itos emocionais e sociais para os
trada das mulheres nas indústrias. Então, podemos indivíduos que precisavam ter uma dinâmica de
considerar que o advento da indústria foi um dos vida diferente da que era considerada normal. Por
propulsores das escolas de educação infantil. exemplo: um homem que, por determinado moti-
Atualmente, conforme a Lei de Diretrizes e Bases, vo, precisava morar sozinho, tinha que desenvolver
de 1996, a educação infantil assim está organizada: funções que eram consideradas femininas, como
• 0-3 anos = creches; arrumar a casa, fazer comida, passar roupa, etc.,
• 4-5 anos = pré-escola; que não alterava em nada sua condição masculina.
A partir do momento que consideramos de igual esta o modi昀椀cava e suas aprendizagens eram frutos
condição todos os sujeitos aprendizes, independen- dessa interação: homem versus meio social. Segun-
temente da classe social que ocupam, respeitamos do Vygotsky, o processo de interação entre os indiví-
as diferenças de gêneros e consideramos que todos duos contribui para a formação das funções mentais
os sujeitos podem ocupar diferentes funções inde- e estas se desenvolvem com o tempo mediante a
pendente do seu sexo. Assim, estamos atendendo novas interações no processo de internalização. Se
ao seguinte princípio expresso nas Diretrizes Curri- pensarmos no desenvolvimento das funções psíqui-
culares: princípio da democracia, sustentabilidade e cas, entenderemos que para o sujeito aprender ele
participação. necessita da construção de redes neurais constituí-
Se pensarmos nos teóricos da educação Freud, das a partir das experiências vividas e das novas
Vygotsky e Piaget, veremos que os objetivos da edu- aprendizagens. É na primeira infância que ocorre o
cação infantil em nosso país estão bem fundamenta- maior número de sinapses que constituirão as redes
dos e estruturados. Para Piaget, o desenvolvimento neurais que darão suporte às futuras aprendizagens.
precede a aprendizagem. Sua teoria tem como ob- Exempli昀椀cando: não é possível um sujeito conseguir
jetivo central entender a gênese do conhecimento, correr se ainda não aprendeu a andar. Vygotsky e Lu-
como o sujeito aprendia e diante das suas pesquisas ria estudaram as funções psíquicas do sujeito e, ao
foi possível elaborar as fases do desenvolvimento concluírem a organização cortical, perceberam que
cognitivo. Segundo ele, a criança passa por quatro algumas funções, chamadas “executivas” e “superio-
fases distintas de desenvolvimento: res”, determinam o comportamento do sujeito, den-
• Sensório-motora (0 a 2 anos): nessa fase as tre elas: a capacidade de planejamento, execução,
crianças utilizam os sentidos para o conheci- controle, criatividade, imaginação. Para Vygotsky, a
mento do mundo. É nessa fase que ocorre as aprendizagem é que precede o desenvolvimento.
grandes conquistas motoras do indivíduo; Para ele, a aprendizagem passa por três zonas de
• Pré-operatória (3 aos 5 anos): essa é a fase das desenvolvimento:
representações mentais, as crianças necessi- • Zona de Desenvolvimento Potencial – se refere
tam da vivência simbólica para a compreensão ao que o sujeito já sabe;
das coisas que o rodeiam; • Zona de Desenvolvimento Potencial – o que ele
• Operatória concreta (6 aos 10 anos): fase das é capaz de aprender;
operações lógicas. A criança nessa fase já é ca- • Zona de Desenvolvimento Proximal – é a dis-
paz de representar mentalmente as situações tância entre o que já sabe e o que pode apren-
e operar sobre elas e o concreto já não é tão der, onde as mediações são feitas.
necessário como na fase anterior; Outro teórico que muito contribuiu para a com-
• Operações formais (a partir dos 11 anos): nessa preensão do comportamento infantil foi Freud. Este
etapa as crianças já conseguem compreender buscou compreender, dentre outras coisas, as zonas
as situações abstratas, não está mais presa a de prazer do indivíduo, assim classi昀椀cadas: fase oral,
situações preexistentes e já é capaz de agir fase anal, fase fálica e fase genital. No período da
diante dos problemas e buscar diferentes hipó- educação infantil, as crianças estão, possivelmente,
teses de solução. em três fases: a oral, a anal e a fálica.
Para Piaget, o crescimento cognitivo da criança Para Freud, a busca do prazer é a maneira que
se dá através da assimilação e acomodação. Na as- temos para dar vazão ao forte impulso sexual que
similação o sujeito busca atrelar os novos conheci- chamamos de libido... ela tem início desde os pri-
mentos aos já existentes. A partir desse momento, a meiros contatos da criança com o mundo e irá com-
informação é armazenada, ou seja, é acomodada até pletar-se na puberdade. Ao prazer oral, o primeiro
que uma nova situação exista. momento dessa maturação, sucede-se o prazer anal
Outro teórico que trouxe contribuições impor- da retenção e expulsão das fezes e, mais adiante
tantes para a aprendizagem e, no caso da educação ainda, o prazer fálico que torna prazerosa a manipu-
infantil, foi muito importante por abordar as ques- lação dos genitais. Com o crescimento da criança, o
tões sociais foi Vygotsky, que explicava que, a partir impulso sexual vai ganhando um contorno cada vez
do momento que o sujeito vivia em uma sociedade, mais nítido. Aos cinco anos de idade a criança já tem
a sexualidade de昀椀nida (BOCK, FURTADO e TEIXEIRA, codi昀椀car e decodi昀椀car; letrar assume o conceito de
1999, p. 233). fazer uso em diferentes situações das construções
Portanto, vemos o cuidado no qual é colocada escritas.
a criança nos documentos o昀椀ciais da educação, a Para atender ao que é proposto pelas Diretrizes
LDB e as Diretrizes Curriculares Nacionais, respei- Curriculares Nacionais, precisamos pensar nos currí-
tando todos os aspectos necessários para o desen- culos de educação infantil. Partindo do princípio que
volvimento natural da mesma. Seguidora de Piaget, as crianças desse segmento estão nas fases sensó-
Emília Ferreiro, educadora argentina, buscou nos rio-motora e pré-operatória de Piaget, o currículo da
estudos dele o embasamento teórico para a com- educação infantil deve ser estruturado de maneira
preensão das fases de desenvolvimento da escrita. que priorize o desenvolvimento da linguagem oral,
Isso não quer dizer que ela correlacionou as fases a exploração dos recursos naturais e ambientais, o
da escrita às fases de desenvolvimento de Piaget, contato com a cultura e o brincar.
mas entendendo que é atuando no seu processo de As propostas curriculares da Educação Infantil
aprendizagem que a criança aprende. Ferreiro de昀椀- devem garantir que as crianças tenham experiências
niu tais fases para o processo de alfabetização e não variadas com as diversas linguagens, reconhecendo
de uma escolarização precoce na educação infantil. que o mundo no qual estão inseridas, por força da
Isso está claramente explicado nas Diretrizes Curri- própria cultura, é amplamente marcado por ima-
culares Nacionais que diz que a educação infantil gens, sons, falas e escritas. Nesse processo, é preciso
não deve antecipar conteúdos que são do segmento valorizar o lúdico, as brincadeiras e as culturas in-
posterior, a educação básica. Pensando no processo fantis (MEC, 2013, p. 93).
de alfabetização, Emília Ferreiro assim de昀椀ne as fa- A avalição é o processo pelo qual o educador
ses da escrita: averigua como está o desenvolvimento das apren-
dizagens das crianças diante das estimulações ofer-
• Garatujas: são os primeiros rabiscos da criança tadas no processo de ensino. Nessa etapa deve ser
no papel, ainda sem formas nem intencionali- diária e processual, o professor deverá acompanhar
dades; e registrar cada avanço apresentado pela criança.
• Icônicas: são as formas arredondadas chama- Assim, deverá dar continuidade ao que está sendo
das de “células”, portanto, sem de昀椀nições; trabalhado ou repensar as práticas pedagógicas de
• Pré-silábica: escrita composta de símbolos di- maneira que a aprendizagem aconteça.
ferentes – números e letras aleatórias; A avaliação se converterá em parte integrante
• Silábica: momento no qual a consciência fo- desse projeto educativo, na medida em que orienta e
nológica, como explica Capovilla, começa a se reconduz sua atuação, nos casos em que seja preciso
formar. Nessa fase a criança pode utilizar letras uma intervenção individualizada para dar continui-
aleatórias que representem a mesma quanti- dade ao processo de ensino-aprendizagem. A ava-
dade de sílabas, ou letras da própria palavra, liação desse ser entendida como a comprovação da
sendo uma letra correspondente a cada sílaba; validade do projeto educativo e das estratégias di-
• Silábica-alfabética: a criança ora escreve uma dáticas empreendidas para a consecução dos objeti-
letra da sílaba ora escreve uma sílaba da pa- vos propostos. Portanto, o professor deve entendê-la
lavra; como um instrumento de investigação didática que,
• Alfabética: a escrita propriamente dita, porém a partir da identi昀椀cação, da coleta e do tratamento
ainda fugindo, algumas vezes, da ortogra昀椀a de dados, permite-lhe comprovar as hipóteses de
correta. ação, com a 昀椀nalidade de con昀椀rmá-las e introduzir
Ferreiro ainda trabalha os conceitos de alfa- nelas as modi昀椀cações pertinentes. A avaliação deve
betizar e letrar. Alfabetizar assume o conceito de
proporcionar a retroalimentação a todo o processo ção desses objetos e/ou das ações lúdicas na prática
didático (ARRIBAS, 2004 p. 390). pedagógica pode desenvolver diferentes habilidades
Vale ressaltar que, de acordo com as Diretrizes que contribuem para as inúmeras aprendizagens e
Curriculares, não existe reprovação para as crianças para a ampliação da rede de signi昀椀cados da criança.
de educação infantil e 1º ano do ensino fundamen- Pelas atividades lúdicas, as crianças desenvolvem
tal. Na LBD, o Art. 31 aborda sobre a avaliação na suas habilidades cognitivas e motoras, exploram e
educação infantil: re昀氀etem sobre a realidade e sobre os costumes da
cultura na qual vivem, incorporando a realidade ao
Art. 31. Na educação infantil a avaliação far-se-á mesmo tempo em que ultrapassam, transformando-a
mediante acompanhamento e registro do seu de- pela imaginação (TEIXEIRA, 2014, p. 21-22).
senvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo
para o acesso ao ensino fundamental. Trabalhar com educação infantil é educar com
Art. 31. A educação infantil será organizada de grande responsabilidade, pois um trabalho ine昀椀caz
acordo com as seguintes regras comuns: (Redação nessa etapa poderá comprometer todo processo de
dada pela Lei nº 12.796, de 2013) aprendizagem do sujeito nas etapas posteriores.
I - avaliação mediante acompanhamento e regis- O pedagogo deve estar preparado para atuar nas
tro do desenvolvimento das crianças, sem o objetivo classes de educação infantil, portanto, conhecer
de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fun- os teóricos que fundamentam os documentos que
damental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) de昀椀nem o currículo da educação infantil é muito
II - carga horária mínima anual de 800 (oitocen- importante para uma prática responsável. Quando
tas) horas, distribuída por um mínimo de 200 (duzen- o professor sabe o que deve ser desenvolvido em
tos) dias de trabalho educacional; (Incluído pela Lei cada fase, conseguirá intervir e mediar melhor as
nº 12.796, de 2013) situações de aprendizagem e estar atento àquelas
III - atendimento à criança de, no mínimo, 4 (qua- crianças que apresentam um desenvolvimento di-
tro) horas diárias para o turno parcial e de 7 (sete) ferente do que é esperado para a sua idade, po-
horas para a jornada integral; (Incluído pela Lei nº dendo intervir antes que de fato as di昀椀culdades de
12.796, de 2013) aprendizagem apareçam.
IV - controle de frequência pela instituição de Além das Diretrizes Curriculares Nacionais e da
educação pré-escolar, exigida a frequência mínima LDB existe também em nosso país o Estatuto da
de 60% (sessenta por cento) do total de horas; (In- Criança e do Adolescente, que tem como objetivo
cluído pela Lei nº 12.796, de 2013) proteger as crianças e os adolescentes nos seus di-
V - expedição de documentação que permita reitos. Atualmente, o Brasil vem passando por uma
atestar os processos de desenvolvimento e apren- reorganização na educação com a construção da
dizagem da criança. (Incluído pela Lei nº 12.796, de Base Comum da Educação, o que possibilitará que
2013) em todo o país tenhamos um currículo uni昀椀cado,
É na educação infantil que muitas habilidades como o objetivo de ter uma “educação centrada no
são desenvolvidas de maneira lúdica e que serão desenvolvimento das habilidades essenciais para o
importantes nas etapas posteriores no processo de século XXI”, dentre os avanços conquistados estão:
aquisição de conhecimentos: linguísticos, artísticos, • Inclusão de direitos de aprendizagem e de de-
matemáticos e sociais. senvolvimento além de conteúdos acadêmicos;
[...] o brincar leva a criança a tornar-se mais 昀氀exí- • À linguagem oral e escrita, matemática e ciên-
vel e a buscar alternativas de ação, porque, enquanto cias nos campos de experiência.
brinca, ela concentra a sua atenção na atividade em Desde a aprovação da LDB em 1996, algumas re-
si e não em seus resultados e efeitos; a ênfase é dada formulações já aconteceram. Veja algumas no qua-
na atividade e não nos 昀椀ns. Sendo assim, a incorpora- dro a seguir:
Em suma, todos os documentos existentes, além 2. BASSEDAS, Eulália; HUGUET, Teresa; SOLÉ. Isabel.
da Base Nacional Comum que está em construção Aprender e ensinar na Educação Infantil. Porto
defendem os direitos das crianças da educação in- Alegre. ARTMED, 1999.
fantil que são: 3. BOCK, Ana Mercês Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEI-
• Conhecer-se; RA, Maria de Lourdes Trassi. Psicologias. SARAI-
• Conviver; VA. São Paulo, 1999.
• Brincar; 4. DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS, MEC Bra-
• Explorar; sília, 2013.
• Participar; 5. LDB, MEC, Brasília, 1996.
• Comunicar. 6. TEIXEIRA, Sirlândia. Jogos, brinquedos, brinca-
Cabe às instituições de ensino e aos educadores deiras e brinquedoteca. WAK. Rio de Janeiro,
fazer acontecer o que vem expresso nos documen- 2004.
tos que organizam os currículos da educação infantil 7. www.basenacionalcomum/rita_coelho_base_
no país. nacional_comum_educacao_infantil.com
8. www.mec.gov.br/basenacionalcomum
REFERÊNCIAS
Bases Psicológicas da
8 Aprendizagem
Patrícia Maltez
LEIA O TEXTO ABAIXO PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES quena introdução às teorias e suas implicações na
A SEGUIR escola. In Revista Psicologia da Educação. Nº 29. São
Paulo, Dezembro, 2009)
De suas pesquisas, [...] elabora algumas categorias
para compreender o processo de desenvolvimento 01. Questão
humano, sendo a equilibração uma categoria fun-
damental. Para o autor, todo organismo vivo precisa (DETRAN/MT - UFMT - 2015) Depreende-se da leitura que a
viver em equilíbrio com o meio ambiente [...]. Este teoria em questão foi formulada por:
ambiente possibilita situações novas, desa昀椀adoras
e con昀氀itantes ao indivíduo causando-lhe desequi- Ⓐ Jean Piaget
líbrios, que são necessários para o avanço do seu Ⓑ Carl Rogers
desenvolvimento. Diante de um con昀氀ito (nova tare- Ⓒ Ivan Pavlov
fa, novo objeto a ser conhecido ou nova palavra a Ⓓ Paulo Freire
ser aprendida), o indivíduo se desequilibra e, para
reequilibrar-se, lança mão de alguns mecanismos Grau de Di昀椀culdade
fundamentais [...]. Dentre esses mecanismos, en-
contra-se a assimilação que se manifesta quando Alternativa A: CORRETA. Piaget, biólogo, buscava
o organismo, sem se alterar, procura signi昀椀cado, a compreender como os indivíduos aprendiam. Pro-
partir de experiências anteriores, para compreender pulsor da Epistemologia Genética, Piaget dizia que
um novo con昀氀ito. [...] um segundo mecanismo natu- o indivíduo passa por quatro fases de desenvolvi-
ral do indivíduo e o da acomodação, no qual o or- mento: sensório-motor, pré-operatório, operatório
ganismo tenta restabelecer o equilíbrio com o meio concreto e operatório formal. Considerava que para
através de sua transformação [...]. Vale frisar que os a aprendizagem acontecer o sujeito passava cogni-
processos de assimilação e acomodação, embora tivamente pelo processo de equilibração, assimila-
diferentes, ocorrem simultaneamente na resolução ção e acomodação. A partir de uma nova situação de
dos con昀氀itos apresentados pelo ambiente em de- aprendizagem estes processos se repetiam.
corrência da interação do indivíduo com o mundo Alternativa B: INCORRETA. Carl Ransom Rogers, psi-
dos objetos. cólogo estadunidense tinha como linha teórica a
“Abordagem Centrada na Pessoa” que compreendia
(VIOTTO; PONCE; ALMEIDA. As compreensões do que cada pessoa tinha possibilidades de mudanças,
humano para Skinner, Piaget, Vygotsky e Wallon: pe-
além da importância da experiência subjetiva e pré- novo material de aprendizagem aos esquemas que
-re昀氀exiva. já possuímos de compreensão da realidade. O que
Alternativa C: INCORRETA. Ivan Pavlov discutia sobre empresta um signi昀椀cado ao material de aprendiza-
o condicionamento do sujeito no seu processo de gem é precisamente um dos elementos estruturais
aprendizagem, sua teoria estava baseada nos prin- do Processo de Equilibração Majorante na Teoria
cípios do Behaviorismo. Piagetiana.
Alternativa D: INCORRETA. Paulo Freire 昀椀lósofo e pe-
dagogo brasileiro tinha como abordagem o sociocul- Trata-se da:
tural. Paulo Freire preocupava-se com a alfabetiza-
ção de adultos, principalmente das classes menos Ⓐ acomodação
desfavorecidas. Ⓑ estabilização
Ⓒ assimilação
02. Questão Ⓓ equilibração
Ⓔ signi昀椀cação
(DETRAN/MT - UFMT - 2015) Um educador que fundamenta
sua prática na referida teoria de aprendizagem ten- Grau de Di昀椀culdade
de a adotar perspectivas pedagógicas caracterizadas
como: Alternativa A: INCORRETA. A acomodação é um pro-
cesso pelo qual o indivíduo já possui a informação
Ⓐ Behavioristas armazenada na sua cognição.
Ⓑ Tradicionais Alternativa B: INCORRETA. Estabilização = estabilizar,
Ⓒ Construtivistas parar; conceito que não condiz à teoria piagetiana.
Ⓓ Dialéticas Alternativa C: CORRETA. É o processo pelo o sujeito,
que incorpora os elementos do meio modi昀椀cando
Grau de Di昀椀culdade suas estruturas cognitivas.
Alternativa D: INCORRETA. É o processo 昀椀nal destes
Alternativa A: INCORRETA. A concepção Behaviorista elementos, após a reestruturação cognitiva, dar-se a
defendia a ideia do estímulo-resposta, o indivíduo acomodação e, por 昀椀m, a equilibração até que uma
para aprender necessitava ser condicionado para tal. nova situação aconteça.
Alternativa B: INCORRETA. Na teoria tradicional o Alternativa E: INCORRETA. Signi昀椀cação é dar signi-
foco está no professor, no ensino e não o processo 昀椀cado. Na teoria piagetiana não se trata de signi昀椀-
de aprendizagem do sujeito. cação, mas de modi昀椀cações das estruturas mentais
Alternativa C: CORRETA. Esta concepção foca o pro- para uma nova aprendizagem.
cesso de aprendizagem no sujeito, este é o constru-
tor do seu conhecimento. 04. Questão
Alternativa D: INCORRETA. As teorias dialéticas acre-
ditam que o conhecimento não é inato nem criado (TJ/GO - FGV - 2014) Piaget a昀椀rma que toda desequilibra-
pelo sujeito, mas adquirido por meio de suas expe- ção constitui condição necessária da aprendizagem.
riências e relações com o outro e com o meio. Uma das formas fundamentais que propiciaria tal
fenômeno seria:
03. Questão
Ⓐ a necessidade de ser novo o objeto sobre o qual
(TJ/GO - FGV - 2014) Do ponto de vista psicológico, falar se intervém;
de aprendizagem signi昀椀cativa equivale a pôr o pro- Ⓑ o não ineditismo do objeto sobre o qual se in-
cesso de construção de signi昀椀cados como elemento tervém;
central do processo de ensino aprendizagem. Ⓒ a alteração do contexto do objeto sobre o qual
intervém;
Em termos piagetianos, podemos dizer que cons- Ⓓ a dissociação entre a desequilibração e o objeto
truímos signi昀椀cados integrando ou assimilando o em foco;
Ⓑ se faça um levantamento prévio, já na chegada tes níveis de conhecimento contribui para a apren-
desses alunos na escola, de um per昀椀l sociocultural dizagem de todos.
e de conhecimentos, de forma a um planejamento
de curso já consonante com o per昀椀l de cada turma; 07. Questão
Ⓒ os professores, embora devam seguir uma meto-
dologia uni昀椀cada de ensino para todos os alunos, (SUSAM - FGV - 2014) As opções a seguir indicam aspectos
devem considerar as realidades educacionais e di- do conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal,
versi昀椀cadas de cada aluno no seu processo avaliati- de Lev Vygotsky, à exceção de uma. Assinale-a:
vo, que devem ser um processo individualizado;
Ⓓ é necessário gerar um ambiente que possibilite Ⓐ Distância entre o que a criança já sabe e o que ela
que os alunos se abram, façam perguntas e comen- pode saber com alguma assistência.
tem o processo que seguem; Ⓑ As integração de crianças em diferentes estágios
Ⓔ as turmas sejam con昀椀guradas de acordo com o de desenvolvimento é fator essencial para a apren-
per昀椀l evolutivo de cada aluno, considerando seu dizagem.
atual nível de aprendizado e conhecimentos adqui- Ⓒ O professor é considerado a única fonte de saber
ridos. dentro de sala de aula.
Ⓓ Existência de um limite que o signi昀椀ca que os alu-
Grau de Di昀椀culdade nos não conseguem fazer algumas tarefas, mesmo
com assistência.
Alternativa A: INCORRETA. Para a identi昀椀cação dos Ⓔ O foco do trabalho do professor e o que a criança
conhecimentos prévios do sujeito, não há necessi- pode aprender no futuro.
dade de uma anamnese, mas que o educador consi-
dere o currículo oculto de cada indivíduo. Grau de Di昀椀culdade
Alternativa B: INCORRETA. Conhecer cada educando
é importante, mas se tratando de conhecimentos Alternativa A: CORRETA. Vygotsky em seus ensina-
prévios precisamos compreender que estes não são mentos explica que a criança passa por três zonas
restritos, a cada nova situação o educador buscará de desenvolvimento durante seu processo de apren-
entender o que cada uma já sabe sobre (zona de dizagem: Zona de Desenvolvimento Real – o que a
desenvolvimento potencial) e estimular que possa criança já apresenta de conhecimento, a Zona de
adquirir novas informações sobre o que está sendo Desenvolvimento Potencial – o que a criança pode
trabalhado, reelaborando seus conceitos. aprender após as interações e mediações e a Zona
Alternativa C: INCORRETA. Ao elaborar um plano de de Desenvolvimento próxima – que é a distância
aula, o educador deverá levar em consideração as entre o que ela já sabe e o que ela pode aprender,
habilidades e limitações de cada educando, promo- é neste campo que a mediação do professor deve
vendo intervenções diferenciadas para que todos acontecer.
possam alcançar os objetivos propostos. Esta práti- Alternativa B: INCORRETA. A mediação e a interação
ca não deve ser usada unicamente no período ava- entre as crianças, o adulto e o objeto de conheci-
liativo, mas no dia a dia. mento fazem parte dos estudos de Vygotsky, porém
Alternativa D: CORRETA. A sala de aula deve ser uma não é a de昀椀nição de Zona de Desenvolvimento Pro-
ambiente estimulador e respeitador das diferenças ximal.
presentes. Um ambiente que proporciona aos sujei- Alternativa C: INCORRETA. Na concepção de Vygotsky
tos as possibilidades de interagirem e opinarem so- o professor é um dos mediadores do processo de
bre as diferentes situações de aprendizagem, favo- aprendizagem, pois as demais crianças e os objetos
rece a formação dos sujeitos críticos e construtores de conhecimento são tanto quanto importantes.
dos seus conhecimentos. Alternativa D: INCORRETA. As crianças são seres
Alternativa E: INCORRETA. Para que a aprendizagem pensantes, que estão o tempo inteiro cercados de
aconteça não é necessário formar turmas no mesmo diferentes situações que lhes promovem a apren-
nível de conhecimento, mas a interação de diferen- dizagem, mesmo as crianças que apresentam algu-
ma limitação física ou cognitiva têm condições de
Alternativa B: INCORRETA. O sujeito com Transtorno to pela criança, não desconsidera a importância da
de dé昀椀cit de atenção com ou sem hiperatividade, escola neste processo.
sente di昀椀culdade na aprendizagem devido algumas Alternativa B: CORRETA. Tais considerações fazem
funções executivas: controle inibitório, planejamen- parte dos conceitos de Anísio Teixeira, que sempre
to, iniciativa, metas e algumas funções superiores: defendeu a escola pública e laica.
atenção e memória apresentarem alterações. Alternativa C: INCORRETA. Jean Piaget procurou em
Alternativa C: INCORRETA. Cada área do nosso cé- suas pesquisas entender o desenvolvimento biológi-
rebro assume funções especí昀椀cas, porém o funcio- co no processo de aprendizagem do sujeito.
namento não acontece de forma isolada, todas as Alternativa D: INCORRETA. Lev Vygotsky defendia a
áreas se integram. Se o sujeito apresenta alteração importância da mediação e dos elementos culturais
em uma determinada área do cérebro, outras que no processo de aprendizagem do sujeito, defendia
possuem um funcionamento adequado deverá rece- a ideia que a aprendizagem acontecia na interação
ber mais estimulações, a 昀椀m de que consiga suprir a com o outro e com o meio.
necessidade daquela que encontra-se alterada. Alternativa E: INCORRETA. Pierre Bourdieu defendia
Alternativa D: CORRETA. Uma di昀椀culdade de apren- a ideia de que os conteúdos trabalhados na escola
dizagem não tem como única causa uma lesão ce- considerava a classe dominante, considerando, as-
rebral, mas uma simples di昀椀culdade de processa- sim, um agravo, uma violência os alunos da classe
mento pode causá-la, como é o caso da dislexia de dominada.
desenvolvimento.
Alternativa E: INCORRETA. Ao analisar um sujeito com 11. Questão
di昀椀culdade de aprendizagem é importante considerar
os aspectos: orgânicos e emocionais do sujeito no mo- (PREF. URUAÇU/GO - IBEG - 2014) A educação é um re昀氀exo
mento da aprendizagem, além das condições pedagó- dos modos de vida do homem; encontra-se, pois,
gicas: proposta de ensino, metodologias, intervenções, estreitamente atrelada ao contexto das relações so-
condições do ambiente escolar, dentre outras. ciais, construindo-a e nela sendo construída.
ração da criança com o meio em que vive. Vão – período que as crianças não necessitam literal-
sendo formados esquemas que lhe permitem mente do objeto concreto, mas é capaz de percebê-
agir sobre a realidade de um modo muito mais -los mentalmente e agir sobre. Operações formais
complexo do que podia fazer com seus re昀氀e- – período das abstrações.
xos iniciais, e sua conduta vai enriquecendo-se Assertiva IV: CORRETA. Segundo Piaget, quando o su-
constantemente. Assim, constrói um mundo de jeito apresenta noções de proporções, quantidade,
objetos e de pessoas onde começa a ser capaz causalidade, volume, reversibilidade, inclusão de
de fazer antecipações sobre o que irá acontecer. classes, dentre outras, este já é capaz de fazer ante-
V. A teoria construtivista inibe a participação cipações de situações que irão acontecer.
do aluno no próprio aprendizado, valoriza a Assertiva V: INCORRETA. Portanto, nesta teoria o su-
intervenção do educador de forma constante jeito é ativo durante todo o seu processo de apren-
como mecanismo reforçador das experiências dizagem, o professor é o mediador.
adquiridas.
Resposta: Ⓐ
É correto apenas o que se a昀椀rma em:
12. Questão
Ⓐ II, III e IV
Ⓑ III, IV e V (UFAM - COMVEST - 2013) Apesar de Piaget e Vygotsky
Ⓒ I, II e IV partilharem algumas crenças – por exemplo, que o
Ⓓ II, IV e V desenvolvimento é um processo dialético e que as
Ⓔ II e III crianças são cognitivamente ativas no processo de
imitar modelos em seu mundo social (Tudge e Win-
Grau de Di昀椀culdade terhoff, 1993) – eles divergem na ênfase sobre outros
aspectos. Quais são eles?
Assertiva I: INCORRETA. Na teoria construtivista o
erro é importante no processo de aprendizagem, é Ⓐ desenvolvimento versus aprendizagem, interação
errando que o sujeito reorganiza suas ideias e con- social com os objetos, interação horizontal versus
segue aprender. interação vertical.
Assertiva II: CORRETA. Na concepção de Piaget o su- Ⓑ desenvolvimento versus aprendizagem, interação
jeito interage sobre o objeto de conhecimento, assim social versus interação com objetos.
os processos de equilibração e desequilibração são Ⓒ desenvolvimento versus aprendizagem, interação
constantes para que ocorram os processos de assi- biológica versus social. Interação afetiva versus cog-
milação e acomodação. Para adquirir conhecimento nitiva.
o sujeito passa pelos processos de desequilibração, Ⓓ desenvolvimento versus aprendizagem, interação
no momento que surge algo que lhe é novo, o sujei- biológica versus cronológica, interação afetiva ver-
to tem a necessidade de buscar mais informações, sus cognitiva.
acessar suas estruturas cognitivas em busca de algo Ⓔ desenvolvimento versus aprendizagem, interação
que lhe referencie e se reestruturar cognitivamente vertical versus horizontal, interação afetiva versus
para que esta informação seja inserida, estes são os cognitiva.
processos de assimilação e acomodação, quando o
sujeito acomoda a informação nova, dar-se nova- Grau de Di昀椀culdade
mente o processo de equilibração, até que uma nova
informação aconteça. Alternativa A: CORRETA. Piaget e Vygotsky defendem
Assertiva III: CORRETA. O sujeito passa por dife- que a interação do sujeito com o meio e com o ob-
rentes períodos de inteligência: sensório-motora jeto de conhecimento favorecem a aprendizagem,
– inteligência inicial na qual toda aprendizagem portanto Piaget analisa o processo interno do su-
está ligada ao corpo; pré-operatória – período que jeito, ou seja, a verticalidade, já Vygotsky analisa a
a criança necessita de elementos concretos para interação do sujeito com a cultura no seu processo
que a aprendizagem aconteça; operatória concreta de aprendizagem, a horizontalidade.
Alternativa B: INCORRETA. Os dois teóricos partilham ( ) O interesse e a motivação são essenciais para o
da mesma ideia: o desenvolvimento cognitivo está aprendizado bem sucedido. Enfatiza a importância
atrelado à aprendizagem, assim como a importân- do aspecto interacional do aprendizado. O professor
cia do meio social e da interação com o objeto de e o aluno aparecem como os corresponsáveis pela
conhecimento. aprendizagem.
Alternativa C: INCORRETA. Piaget e Vygostky con- ( ) O desenvolvimento cognitivo é limitado a um
sideram a aprendizagem um resultado de fatores determinado potencial para cada intervalo de idade
internos que são modi昀椀cados na interação com o (ZDP): o indivíduo deve estar inserido em um grupo
meio. Portanto, Piaget não buscou pesquisar sobre a social e aprende o que seu grupo produz; e, o co-
in昀氀uência direta do meio social no desenvolvimen- nhecimento surge primeiro no grupo, para só depois
to biológico, Vygostky considera que o meio social ser interiorizado. A aprendizagem ocorre no rela-
contribui para o desenvolvimento das funções supe- cionamento do aluno com o professor e com outros
riores do sujeito. Piaget analisa o desenvolvimento alunos.
e a aprendizagem de dentro para fora do sujeito e ( ) O aprendizado é um processo ativo, baseado
vygotsky de fora para dentro. em seus conhecimentos prévios e os que estão sen-
Alternativa D: INCORRETA. Piaget e Vygotsky estabe- do estudados. O aprendiz 昀椀ltra e transforma a nova
lecem a relação entre o desenvolvimento e a apren- informação, infere hipóteses e toma decisões. O
dizagem a importância dos fatores afetivos sobre os aprendiz é participante ativo no processo de aquisi-
cognitivos, mas Vygotsky não busca uma relação da ção de conhecimento. A ilustração está relacionada
idade cronológica para o desenvolvimento das fun- a contextos e experiências pessoais.
ções superiores, Piaget estabelece esta relação nas ( ) No processo de ensino, deve-se procurar identi-
de昀椀nições das fases de desenvolvimento do sujeito. 昀椀car as inteligências mais marcantes em cada apren-
Alternativa E: INCORRETA. Piaget analisa a aprendi- diz e tentar explorá-las para atingir o objetivo 昀椀nal,
zagem e o desenvolvimento em uma relação vertica- que é o aprendizado de determinado conteúdo.
lizada, já Vygostsky horizontalizada. Portanto os dois A sequência está correta em:
concordam na existência de uma relação entre o de-
senvolvimento e a aprendizagem e a importância do Ⓐ 1,4,3,2,5
afetivo no cognitivo. Ⓑ 1,4,2,3,5
Ⓒ 2,3,1,5,4
13. Questão Ⓓ 4,5,3,2,1
Ⓔ 3,2,1,5,4
(DETRAN/RO - IDECAN - 2014) “As teorias de aprendizagem
buscam reconhecer a dinâmica envolvida nos atos Grau de Di昀椀culdade
de ensinar e aprender, partindo do reconhecimento
da evolução cognitiva do homem, tentando explicar Item 1: 1. Piaget, nos seus estudos, buscou com-
a relação entre o conhecimento pré-existente e o preender o desenvolvimento da inteligência no
novo conhecimento.” Considerando essa a昀椀rmação, sujeito. Inicialmente, Piaget acreditava que o de-
relacione as teorias citadas às suas características. senvolvimento intelectual infantil sofria in昀氀uências
sociais, depois passou a acreditar que a ação e não
1. Teoria genética de Piaget. a interação social promovia o desenvolvimento do
2. Teoria construtivista de Bruner. raciocínio. Nestas pesquisas, ele de昀椀niu as fases que
3. Teoria sociocultural de Vygotsky. os sujeitos passam no seu desenvolvimento, consi-
4. Teoria do aprendizado de C. Rogers. derando fases hierarquizadas nas quais nenhuma
5. Teoria das inteligências múltiplas de Gardner. pode anteceder a outra, tais fases constituem uma
construção de esquemas, ou estruturas cognitivas,
( ) O ponto central desta teoria é a estrutura cog- que mudam de acordo com a evolução de cada fase,
nitiva do sujeito. As estruturas cognitivas mudam no processo de adaptação.
através dos processos de adaptação: assimilação e Item 2: 4. Carl Rogers explica que a relação entre
acomodação. o sujeito e o professor deve ser próxima, ou seja,
o professor deve estar à disposição do seu aluno, sidera as estruturas cognitivas de Piaget, as intera-
orientando de maneira que este se autoatualize. Os ções sociais de Vygotsky, o professor como ancora-
objetivos devem ser claros, considerando a motiva- dor do aprendiz, dando-lhe condições para que se
ção e estimulá-lo. autoatualize.
Item 3: 3. Vygotsky, psicólogo soviético que trouxe Item 5: 5. Gardner traz grandes contribuições para
grandes contribuições para a psicologia e para a a educação, ele considera que cada sujeito possui
educação. Vygostsky procurou compreender como o uma ou mais inteligências desenvolvidas que pro-
social e a cultura interferiam no processo de apren- movem o seu desenvolvimento. Compreendendo as
dizagem do sujeito. Este psicólogo de昀椀niu três zo- inteligências mais desenvolvidas de cada sujeito o
nas essenciais no processo de aprendizagem: Zona professor pode explorá-las de maneira que atinja
de desenvolvimento real – o que o sujeito já sabe, a seus objetivos.
zona de desenvolvimento potencial – o que o sujeito
pode aprender, a zona de desenvolvimento proximal Resposta: Ⓐ
– local na qual as mediações devem ser feitas para
que o sujeito saia da zona de desenvolvimento real e 14. Questão
alcance a zona de desenvolvimento potencial.
Item 4: 2. Bruner traz em seus estudos contribuições (IFNMG - GESTÃO DE CONCURSOS - 2014) Conforme as aborda-
de Carl Rogers, Piaget e Vygostky, e consegue des- gens psicológicas e suas repercussões no processo
ta forma agregar os estudos destes três teóricos na de ensino e aprendizagem consideradas por Gomes
teoria construtivista, teoria esta que coloca o sujeito (2002) associe as abordagens pedagógicas da COLU-
como ativo no seu processo de aprendizagem, con- NA I às suas respectivas de昀椀nições na COLUNA II.
COLUNA I COLUNA II
1. Abordagem inatista/ ( ) o professor ensina e o aluno aprende por meio de transmissão de
gestaltista conteúdos previamente estabelecidos pelo currículo.
( ) Considera o sujeito que aprende como um sujeito interativo, ativo
2. Abordagem ambientalista/
e único no seu processo de construção de conhecimento e formula o
Behaviorista
conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal.
( ) As condições hereditárias são determinantes para o desenvolvi-
3. Abordagem piagetiana mento dos indivíduos, de昀椀nindo sua capacidade de aprendizagem ou
de percepção.
( ) Aprender envolve compreensão, raciocínio lógico e re昀氀exão: e os
4. Abordagem sociocultural erros dos alunos são considerados como parte do processo de ensino
e aprendizagem.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência a relação estímulo-resposta. Desta forma o conteú-
CORRETA: do tem papel de destaque.
Item 2: Sociocultural. Vygotsky explica que o pro-
Ⓐ 3, 2, 4, 1 cesso de aprendizagem passa por três zonas: Zona
Ⓑ 2, 4, 1, 3 de Real – o que o indivíduo já sabe, Zona de De-
Ⓒ 4, 2, 3, 1 senvolvimento Proximal – é a zona de atuação dos
Ⓓ 1, 4, 2, 3 mediadores, que promoverão estímulos para que a
aprendizagem alcance a Zona de Desenvolvimento
Grau de Di昀椀culdade Potencial.
Item 3: Inatista-gestáltica. A concepção inatista de-
Item 1: Ambientalista-behaviorista. O foco está no fende que a aprendizagem é que depende do de-
processo de aprendizagem, mas este tem como base senvolvimento, o que o sujeito é capaz ou não de
aprender depende do seu nível maturacional e as Alternativa B: INCORRETA. Na teoria humanista o su-
condições de hereditariedade. jeito é quem se autoatualiza, o professor estabelece
Item 4: Piagetiana. Nesta abordagem, o sujeito é um os objetivos mais explícitos possíveis e o educando
ser ativo que por meio das interações com o objeto é quem precisa buscar sua aprendizagem. Esta teo-
de conhecimento reorganiza suas estruturas men- ria compreende que todo sujeito tem o fator motiva-
tais. O erro faz parte do seu processo de aprendi- dor que precisa ser estimulado.
zagem. No processo de aprendizagem o indivíduo Alternativa C: INCORRETA. “A abordagem compor-
faz uso do raciocínio lógico, da compreensão e da tamentalista parte do princípio de que as ações e
re昀氀exão sobre suas ações. as habilidade são determinadas por suas relações
com o meio em que se encontram... Ao enfatizar a
Resposta: Ⓑ in昀氀uência dos fatores externos e ambientais, essa
concepção teórica a昀椀rma que o mais importante na
15. Questão determinação do comportamento do indivíduo são
as suas experiências, aquilo que ele aprende duran-
(CEFET/RJ - CESGRANRIO - 2014) O trecho abaixo indica am- te a vida... sua preocupação básica é explicar como
plos desa昀椀os para a prática docente. os comportamentos são aprendidos.” (FONTANA,
Roseli; CRUZ, Nazaré – Psicologia e Trabalho Peda-
Um curso de professores deveria possibilitar con- gógico). Nesta abordagem, mesmo o foco sendo a
fronto entre abordagens, quaisquer que fossem elas, aprendizagem, busca compreender como os fatores
entre seus pressupostos e implicações, limites, pon- externos interferem nos internos, como formas de
tos de contrastes e convergência. Ao mesmo tempo, condicionamentos.
deveria possibilitar ao futuro professor a análise do Alternativa D: INCORRETA. Esta corrente considera
próprio fazer pedagógico, de suas implicações, pres- que os fatores externos são mais importantes que
supostos e determinantes, no sentido de que ele os fatores internos, é uma abordagem que tem como
se conscientizasse de sua ação, para que pudesse, base o empirismo. Desta forma, o foco está no pro-
além de interpretá-la e contextualizá-la, superá-la fessor e nos fatores externos e não na relação hori-
constantemente. zontalizada entre os sujeitos e o meio.
(MIZUKAMI, Maria das Graças Nicoletti. Ensino: as Alternativa E: CORRETA. Nesta abordagem há uma
abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986, p. relação horizontalizada entre os sujeitos, o objeto
109) de conhecimento e o meio, no qual a interação entre
eles dá-se a aprendizagem, o desenvolvimento.
Sobre as diferentes abordagens pedagógicas, aquela
que considera a relação professor-aluno como não 16. Questão
imposta, que permite que o educador se torne edu-
cando e a aprendizagem seja favorecida pela media- (CEFET/RJ - CESGRANRIO - 2014) A perspectiva da educação
ção é a: inclusiva traz como premissa a prevalência de um
único sistema educativo para todos, ou seja, a in-
Ⓐ tradicional clusão de:
Ⓑ humanista
Ⓒ comportamentalista Ⓐ todo e qualquer tipo de de昀椀ciência ou alta habili-
Ⓓ ambientalista dade, na escola de educação especial.
Ⓔ sócio-histórico-cultural Ⓑ Todas as crianças com de昀椀ciências mentais e físi-
cas, na escola de educação especial.
Grau de Di昀椀culdade Ⓒ todas as crianças com de昀椀ciências ou necessida-
des educativas especiais, na escola regular.
Alternativa A: INCORRETA. A concepção tradicional Ⓓ crianças surdas e cegas na escola de educação
tem como foco o processo de ensinagem: as dinâmi- especial, a partir do ensino obrigatório de Braille e
cas propostas pelo professor e o conteúdo. da Língua de sinais.
Ⓔ crianças com necessidades educativas especiais, Ⓓ grande facilidade de aprendizagem que os leve
em turmas de educação especial da escola regular. a dominar rapidamente conceitos, procedimentos e
atitudes.
Grau de Di昀椀culdade Ⓔ bom acompanhamento das atividades curricula-
res e interação com outros alunos, porém com limi-
Alternativa A: INCORRETA. O processo de inclusão tações vinculadas a uma causa orgânica especí昀椀ca.
defende que todos os sujeitos com de昀椀ciência ou
não devem estar inseridos na escola regular. Partem Grau de Di昀椀culdade
da ideologia que a convivência entre os sujeitos mo-
di昀椀ca os comportamentos e isto favoreceria as pes- Alternativa A: INCORRETA. Um educando que apre-
soas com Necessidades Educacionais Especiais. senta di昀椀culdades acentuadas ou limitações no
Alternativa B: INCORRETA. A escola especial não tem processo de desenvolvimento não possui, de fato,
no processo de inclusão seu destaque, o processo necessidade especiais, em muitos casos estes su-
de inclusão deve acontecer nas escolas regulares. jeitos não receberam estimulações su昀椀cientes, não
Alternativa C: CORRETA. A escola regular precisa in- possui transtornos nos processamentos neurológi-
serir, com competência, todas as crianças indepen- cos nem lesões que o classi昀椀quem como necessi-
dentemente das suas di昀椀culdades ou limitações. dades especiais.
Alternativa D: INCORRETA. As crianças com limita- Alternativa B: CORRETA. Os sujeitos que possuem
ções sensoriais precisam está dentro das escolas comprometimento na sua comunicação e necessi-
regulares e estas precisam organizar seu programa tem de linguagens e códigos apropriados são consi-
de ensino de maneira que atendam a todas elas. As derados sujeitos com necessidades especiais.
escolas regulares precisam ter, também, mediado- Alternativa C: CORRETA. Estes sujeitos possuem
res para estas crianças e proporcionar o ensino do comprometimentos em áreas neurológicas que limi-
Braille e da Língua de sinais, respeitando assim cada tam sua comunicação e compreensão demandando
limitação. do uso de recursos que contribuam para o desenvol-
Alternativa E: INCORRETA. O princípio da inclusão vimento das suas habilidades.
não compartilha da ideia de salas especiais em es- Alternativa D: CORRETA. As altas habilidades tam-
colas regulares, mas sim estes sujeitos estarem in- bém são consideradas necessidades especiais, uma
seridos nas salas regulares e receberam as media- vez que cada indivíduo apresenta habilidades dife-
ções necessárias. Isto seria uma falsa inclusão. renciadas. Ainda há muito o que se descobrir sobre
as altas habilidades, uma vez que “ainda está per-
17. Questão meado de mitos e concepções elitistas que provo-
cam reações contraditórias, as quais vão do fascínio
(IFPR - CETRO - 2014) Segundo a resolução nº 02/2001 do ao antagonismo.” (Chagas, 2008, p. 17 apud Fleith;
CNE/CEB, consideram-se educandos com necessida- Alencar – Desenvolvimento de Talentos e Altas Ha-
des especiais os que, durante o processo educacio- bilidades)
nal, apresentarem, exceto: Alternativa E: CORRETA. Os indivíduos com necessi-
dades educacionais especiais podem interagir bem
Ⓐ di昀椀culdades acentuadas de aprendizagem ou com seus colegas, conseguir um bom desempenho
limitações no processo de desenvolvimento que nas atividades curriculares, mas apresentam causas
di昀椀cultem o acompanhamento das atividades cur- orgânicas que podem trazer prejuízos em uma ou
riculares. mais áreas neurológicas.
Ⓑ di昀椀culdades de comunicação, demandando a
utilização de linguagens e códigos aplicáveis. 18. Questão
Ⓒ sinalização diferenciada dos demais alunos,
demandando a utilização de linguagens e códigos (FUNDAÇÃO CASA - CETRO - 2014) O processo de ensino-
aplicáveis. -aprendizagem está associado às relações interpes-
soais. É na interação social que conseguimos reor-
ganizar o conhecimento e as funções psicológicas.
No contexto de escolarização existem muitas formas Alternativa B: INCORRETA. Todos os sujeitos possuem
de interações sociais. Assinale a alternativa que des- conhecimentos que são próprios das suas vivências
creve um tipo de relação que favorece o sucesso do e experiência, desta forma a relação ensino-apren-
processo de ensino-aprendizagem. dizagem deve acontecer na sua horizontalidade.
Alternativa C: INCORRETA. Considerando que o pro-
Ⓐ O ensino-aprendizagem é uma atividade com- cesso de ensino-aprendizagem está associado às re-
partilhada; compete ao professor ensinar, ou seja, lações interpessoais e, que o indivíduo aprende na
transmitir e socializar saberes de sua disciplina e, interação com o outro e com o meio, o respeito ao
aos alunos, assimilar e adquiri-los. A avaliação tem conhecimento do outro (aprendente ou professor)
como 昀椀nalidade veri昀椀car esta aprendizagem. precisam ser valorizados. Nesta interação as fun-
Ⓑ Educar é um ato da fala de alguém que domina ções superiores são desenvolvidas.
informações e, por isto, tem a autoridade. Informa- Alternativa D: CORRETA. Ao considerarmos a impor-
ção é poder. Não há como estabelecer uma relação tância das mediações, da interação do sujeito com
igualitária de troca, pois são encontros de gerações o meio e a formação das suas funções superiores,
diferentes, com informações diferentes. estamos entendendo a concepção sócio-histórica-
Ⓒ Na escola, a relação entre os indivíduos é marca- -cultural. Nesta concepção vemos a importância da
da pela estrutura hierárquica, na qual intervém um afetividade na construção de vínculos positivos que
elemento de autoridade ou de prestígio. Nesse tipo contribuem no processo de aprendizagem.
de relação, o indivíduo coagido deve atribuir valor Alternativa E: INCORRETA. Na educação o processo
às proposições daquele reconhecido e instituído hierárquico deve existir, uma vez que o professor
como autoridade, mas a recíproca não é verdadeira. precisa ser o adulto da situação nos processos de
Ⓓ Aceitar o outro, esta é a questão. A afetividade mediação e construção de conhecimentos, portanto
está presente em todos os momentos ou etapas do não que este seja o dono da verdade e por isto deve
trabalho pedagógico desenvolvido pelo professor desconsiderar as vivências dos seus educandos, mas
com o aluno. As condições de ensino, incluindo a deverá conduzi-los, orientá-los para que estes ela-
relação professor-aluno, devem ser pensadas e borem seus conceitos diante das situações.
desenvolvidas levando-se em conta a diversidade
dos aspectos envolvidos no processo, o outro como 19. Questão
legítimo.
Ⓔ Na escola, a relação com o outro implica a acei- (NUCLEP - BIORIO - 2014) A pedagoga Marta explicou que
tação da hierarquia como legítima na convivência. um novo corpo de conhecimentos está se desen-
Há necessidade de se estabelecer uma relação fun- volvendo graças à associação entre a psicologia e
dada na obediência, no controle da turma. Trata-se a neurociência, gerando valiosa contribuição para
de relações de poder. Em sala de aula, compete ao aprofundar o conhecimento das funções indispen-
professor controlar e direcionar a relação e impe- sáveis ao processo de aprendizagem como: per-
dir comportamentos desajustados que prejudicam e cepção, atenção, memória, abstração, raciocínio,
comprometem a aprendizagem. processamento de informação, afetividade, funções
motoras e funções executivas, dentre inúmeras ou-
Grau de Di昀椀culdade tras. A pedagoga enfatizou que a neuropsicologia:
in昀氀uências do ambiente incluindo-se, nelas, as re- as Neurociências (neste caso, ela também pode ser
lações interpessoais. chamada de Neurociência Cognitiva), e as ciências
Ⓒ considera o psíquico e o corporal como ordens do comportamento (Psicologia do Desenvolvimen-
de realidade distintas, o que não signi昀椀ca que são to, Psicolinguística, entre outras) entendendo que o
ordens de realidade autônomas e que não corres- seu enfoque central é o estudo da relação do sis-
ponde à autonomia e independência que serve de tema nervoso, comportamento, e cognição, ou seja,
base para a criação de classi昀椀cação e categorias de o estudo das capacidades mentais mais complexas
aprendizagem. como a linguagem, a memória e a consciência. (Pi-
Ⓓ é um campo do conhecimento humano que vem nheiro apud Metrink, 2011, p. 33)
se estruturando como estudo das relações entre cé- Alternativa E: INCORRETA. A linguagem, a resolu-
rebro, mente e comportamento e que trata das rela- ção de problemas e o planejamento, compõem as
ções entre cognição e comportamento, investigando funções superiores e executivas do nosso cérebro,
as diferentes funções cerebrais, com ênfase para os portanto a neuropsicologia vai além disto, busca
processos mentais superiores. compreender a relação entre o cérebro, a mente e
Ⓔ envolve estudos sobre as composições sensoriais, o comportamento.
moleculares e bioquímica do sistema nervoso e suas
diferentes, manifestações por meio de atividades 20. Questão
intelectuais como, por exemplo: a linguagem, a reso-
lução de problemas e o planejamento. (INSS - FUNRIO - 2014) Capacidade de mobilizar diversos
recursos cognitivos para enfrentar um tipo de situa-
Grau de Di昀椀culdade ções. Um exercício que passa por operações mentais
complexas que permitem determinar e realizar uma
Alternativa A: INCORRETA. A neuropsicologia é um ação adaptada à situação.
campo de conhecimento que busca entender o com-
portamento humano através das funções neurológi- O enunciado acima refere-se à noção de:
cas. Piaget trouxe uma excelente contribuição para a
neuropsicologia, seus estudos sobre a formação das Ⓐ metacognição
estruturas mentais e as fases de desenvolvimento Ⓑ autonomia
do indivíduo são informações importantes para a Ⓒ competência
compreensão do sistema nervoso humano. Ⓓ alteridade
Alternativa B: INCORRETA. A neuropsicologia busca Ⓔ heteronomia
entender o comportamento no sentido mais amplo,
as in昀氀uências que os sujeitos recebem do meio con- Grau de Di昀椀culdade
tribuem para a formação das redes neurais que te-
rão um importante papel no seu processo de apren- Alternativa A: INCORRETA. Metacognição é o proces-
dizagem e no seu desenvolvimento, porém está além so pelo qual o sujeito busca compreender suas for-
do biológico, engloba também os fatores entre o mas de pensamento.
cérebro, a mente e o comportamento, ou seja, suas Alternativa B: INCORRETA. A autonomia é uma habi-
funções. lidade que o sujeito tem de solucionar suas necessi-
Alternativa C: INCORRETA. O comportamento é rea- dades sem depender que outro o faça por ele.
ção do corpo às in昀氀uências psíquicas. A neuropsico- Alternativa C: CORRETA. É a ação que o indivíduo
logia estuda esta relação entre o cérebro, a psique e realiza mobilizando seus recursos cognitivos, plane-
o comportamento. jando, 昀氀exibilizando seu pensamento, ou seja, bus-
Alternativa D: CORRETA. “A neuropsicologia é uma cando em suas funções mentais tanto superiores
ciência que se desenvolveu inicialmente a partir da como executivas ações para resolver determinadas
convergência entre a Neurologia e a Psicologia, no situações.
objetivo comum de estudar as modi昀椀cações compor- Alternativa D: INCORRETA. “É a ideia que todo sujeito
tamentais resultantes de lesão cerebral. Atualmen- interage e depende do outro”.
te, podemos situá-la em uma área de interface entre
Alternativa E: INCORRETA. Conceito contrário a auto- Alternativa E: INCORRETA. Embora estejamos na era
nomia, o sujeito e dependente do outro. da reciclagem e muito material pode ser construído
pela criança ou pelo adulto, a reciclagem não era o
21. Questão objetivo central do método Montessori.
com sujeitos que viviam em outras comunidades, Ⓔ A inclusão questiona a 昀椀xação de modelos ideais,
com outras realidades. a normalização de per昀椀s especí昀椀cos de alunos e a
Alternativa: INCORRETA. O uso da impressa, a produ- seleção dos eleitos para frequentar as escolas.
ção do jornal da escola e a produção de livros com
escritos dos seus alunos já faziam parte da prática Grau de Di昀椀culdade
pedagógica de Freinet, portanto, ele defendia que o
sujeito, para aprender, deveria explorar e ter contato Alternativa A: INCORRETA. Ambiente inclusivos res-
com diferentes situações. peitam e consideram todas as diferenças, oferecen-
Alternativa D: CORRETA. A aprendizagem acontecia do oportunidades de aprendizagem a todos os su-
por meio das vivências dos seus educandos. Estes jeitos, independente da sua condição física, psíquica
aprendiam pelas vivências, análises e trocas. Freinet ou cultural.
defendia que os professores deveriam oportunizar Alternativa B: INCORRETA. Na escola inclusiva não
seus alunos, através de diferentes metodologias ex- deve existir um padrão de sujeito, pois estes são
ploratórias para que estes pudessem de fato apren- considerados seres singulares.
der. Portanto, o trabalho tinha uma posição central, Alternativa C: INCORRETA. Pensar em escola inclu-
como metodologia. siva é pensar em cada sujeito como tal, com suas
Alternativa E: INCORRETA. Freinet valorizava seus habilidades e suas limitações. Não se pode pensar
alunos como um todo. A relação afetiva de con昀椀ança em uma padronização de sujeitos e ideologias com
perpassava por todo seu trabalho tamanha diversidade em uma sociedade. O princípio
de tudo é o respeito pelo outro e a sua valorização.
23. Questão Alternativa D: INCORRETA. Esta é uma maneira pre-
conceituosa de se dirigir ao outro. Naturalmente so-
(IFB - IFB - 2017) Os processos de inclusão nas escolas mos seres inacabados em processo de construção,
são muito importantes e poderosos na medida em cada um com suas habilidades e com suas limita-
que rompem com paradigmas conservadores e limi- ções que precisam ser respeitadas. Todos os sujeitos
tantes que indicam haver alunos ideais e, por con- têm possibilidade de aprender.
trapartida, alunos indesejáveis. Indique a sentença Alternativa E: CORRETO. O processo de inclusão é
correta. uma luta constate dos direitos de todos, o que é
defendido pela própria constituição. Para isso, mui-
Ⓐ Ambientes escolares inclusivos podem neces- tos paradigmas precisam ser quebrados, como a
sitar que se eleja uma identidade como norma em elaboração de um único modelo que atenda a toda
relação às demais para que seja fundamentada uma demanda, a ideia do aluno perfeito, a estruturação
concepção de identidade padrão. escolar para atender aos alunos que necessitam
Ⓑ Nas escolas inclusivas, a identidade normal é tida de uma atenção diferenciada em seu processo de
como natural, generalizada e positiva em relação às aprendizagem. Tal processo é possível, portanto, as
demais, e sua de昀椀nição provêm do processo pelo escolas e os educadores precisam repensar as prá-
qual o poder se manifesta na escola, elegendo uma ticas e as ideologias nas quais ainda estão presas.
identidade especí昀椀ca através da qual as outras iden-
tidades são avaliadas e hierarquizadas. 24. Questão
Ⓒ Apesar das identidades serem transitórias, instá-
veis, inacabadas e, portanto, os alunos não serem (IFB - IFB - 2017) São muitos os pro昀椀ssionais que cola-
categorizáveis, é importante de昀椀nir certas caracte- boram com a construção da área de conhecimento
rísticas escolhidas pela equipe escolar para visuali- vinculada à Psicologia da Educação. Abaixo seguem
zação de padrões desejáveis. duas colunas, uma delas referente aos nomes des-
Ⓓ Na inclusão, pode ser necessário atribuir a certos ses pro昀椀ssionais (coluna A) e outra trazendo contri-
alunos identidades que facilitam as formas de tra- buições para o campo (coluna B).
balho, tais como: alunos especiais ou com proble-
mas de aprendizagem e outros tais.
Assertiva III: CORRETA. Por acreditar na formação so- Alternativa A: INCORRETA. Nas operações formais, o
cial do sujeito, para compreender suas relações, sua indivíduo já é capaz de abstrair diferentes situações
aprendizagem e seu comportamento é importante e posicionar-se sobre.
conhecer o sujeito na sua formação integral, as re- Alternativa B: INCORRETA. Nas operações formais,
lações que estabelecem com o meio e a cultura nos as crianças já conseguiram superar essa fase da ob-
quais está inserido. servação direta, das explorações, percepções e mo-
Assertiva IV: INCORRETA. Não é Vygotsky que defen- vimentos. Já são capazes de antecipar respostas e
de a ideia das fases de desenvolvimento, mas sim elaborar conceitos sobre.
Piaget. Alternativa C: INCORRETA. A fase das operações for-
Assertiva V: INCORRETA. As zonas de desenvolvimen- mais é a fase na qual o sujeito está 昀椀rmando sua
to descritas por Vygotsky são: Zona de desenvolvi- identidade. Por já conseguir abstrair as informações
mento Real, Zona de desenvolvimento Potencial e a e construir seus próprios conceitos, julgam-se capa-
Zona de desenvolvimento Proximal. zes de resolver as diferentes situações sozinho, um
dos aspectos da própria adolescência. “É uma fase
Resposta: Ⓐ cheia de questionamentos e instabilidade, que se
caracteriza por uma intensa busca de “si mesmo” e
26. Questão da própria identidade, os padrões estabelecidos são
questionados, bem como criticadas todas as esco-
(IFB - IFB - 2017) A partir da teoria de Piaget, sobre o lhas de vida feita pelos pais, buscando assim a liber-
período das operações formais, assinale a opção dade e auto-a昀椀rmação”1.
correta. Alternativa D: CORRETA. é a fase da abstração e da
elaboração de conceitos. Fase que os adolescentes
Ⓐ Ocorre o aparecimento da vontade como qua- acham que podem resolver todos os con昀氀itos a partir
lidade superior e que atua quando há con昀氀itos de do seu ponto de vista, é o “egocentrismo cognitivo”.
tendências ou intenções. A criança adquire uma au- Alternativa E: INCORRETA. inicialmente, a tendência
tonomia crescente em relação ao adulto, passando a do adolescente é afastar-se de todos. Progressiva-
organizar seus próprios valores morais. mente, começa a absorver características de grupos
Ⓑ Nesse período, a criança conquista, através da per- de adolescentes, como a maneira de se vestir, de fa-
cepção e dos movimentos, o universo que a cerca. lar. Isso implica nas suas relações com o outro, o que
Ⓒ No aspecto afetivo, surgem os sentimentos inte- inicialmente di昀椀culta o trabalho em grupo, pois de-
rindividuais, sendo que um dos mais relevantes é o vido ao egocentrismo cognitivo característico dessa
respeito que a criança nutre pelos indivíduos que fase, torna-se difícil, às vezes, compreender o ponto
julga superiores a ela. de vista do outro.
Ⓓ O indivíduo domina, progressivamente, a capaci-
dade de abstrair e generalizar, cria teorias sobre o 27. Questão
mundo, principalmente sobre aspectos que gostaria
de reformular. (IFB - IFB - 2017) Leia as a昀椀rmativas abaixo a partir das
Ⓔ A cooperação é uma capacidade que se desen- relações entre as teorias de Vygotsky e Piaget.
volve ao longo desse período e será um facilitador
do trabalho em grupo, que se torna cada vez mais I. Maturação, experiências físicas, transmissões
absorvente. sociais e culturais e equilibração são fatores
desenvolvidos na teoria de Piaget.
Grau de Di昀椀culdade II. Vygotsky enfatiza o aspecto interacionista, pois
considera que é no plano intersubjetivo, isto é,
Fonte: https://psicologado.com/psicologia-geral/desenvolvimento-humano/concepcoes-de-adolescencia-em-jean-piaget.
na troca entre as pessoas, que têm origem as Assertiva V: CORRETO. Vygotsky era defensor da
funções mentais superiores. ideia que a criança aprendia mediante as relações
III. Vygotsky deu ênfase ao processo de internali- que estabelecia com o meio social e cultural.
zação como mecanismo advindo da maturação Assertiva VI: INCORRETO. Piaget explicava que a
do indivíduo e que intervém no desenvolvimen- criança passava por fases distintas do desenvolvi-
to das funções psicológicas complexas. mento, pois partir dos aspectos biológicos para o
IV. A teoria de Piaget apresenta a dimensão intera- social.
cionista, mas sua ênfase é colocada na intera-
ção do sujeito com o objeto físico. Resposta: Ⓔ
V. A teoria de Vygotsky apresenta um aspecto
construtivista, na medida em que busca expli- 28. Questão
car o aparecimento de inovações e mudanças
no desenvolvimento a partir do mecanismo de (PREF. ALTAMIRA - PREF. ALTAMIRA - 2017) Diferente da teoria
internalização. de Piaget que enfatiza a existência de processos in-
VI. Para Piaget, os processos interpsíquicos ‒ par- ternos e o desenvolvimento espontâneo dos proces-
tilhados entre pessoas ‒ só podem funcionar sos mentais, Vygotsky enfatiza que:
durante a interação das crianças com os adul-
tos. À medida que a criança cresce, os proces- Ⓐ O desenvolvimento mental ocorre pelo tipo de
sos acabam por ser executados dentro das pró- alimentação que é dada à criança.
prias crianças (intrapsíquicos). Ⓑ O desenvolvimento mental da criança se desen-
volve pela interação com o meio social.
Assinale a alternativa que apresenta somente as Ⓒ O desenvolvimento mental se dá pelo uso de vita-
a昀椀rmativas CORRETAS: minas e sais minerais.
Ⓓ O desenvolvimento mental é genético.
Ⓐ I, II, IV, VI.
Ⓑ I, II, III, IV. Grau de Di昀椀culdade
Ⓒ III, IV, VI.
Ⓓ II, IV, V, VI. Alternativa: INCORRETA. O desenvolvimento mental
Ⓔ I, II, IV, V. é dado a partir das relações socioculturais que o su-
jeito estabelece.
Grau de Di昀椀culdade Alternativa: CORRETA. Vigostki defendia sempre a
importância das relações sociais do sujeito para o
Assertiva I: CORRETO. Piaget explicava na sua teo- seu desenvolvimento cognitivo.
ria a importância do processo de maturação, porém Alternativa C: INCORRETA. Vygotsky não falava dos
alertava para a necessidade do sujeito interagir com fatores orgânicos e sociais e culturais.
o meio para que as estruturas cognitivas fossem de- Alternativa D: INCORRETA. Essa ideia não é verídica.
senvolvidas. Neste processo as crianças passavam Ele acreditava que todo sujeito podia se desenvolver
pelas etapas de equilibração, assimilação e acomo- a partir das interações com o meio e os estímulos
dação. recebidos.
Assertiva II: CORRETO. Para Vygotsky a aprendizagem
acontece mediante as relações que o sujeito tem 29. Questão
com o meio cultural e social.
Assertiva III: INCORRETO. Vygotsky não abordava os (PREF. ALTAMIRA - PREF. ALTAMIRA - 2017) Capacidades cog-
mecanismos de maturação, ele focava no social e nitivas estão relacionadas aos seguintes aspectos:
não no biológico.
Assertiva IV: CORRETO. Para Piaget as estruturas Ⓐ A昀椀nidade com as habilidades manuais e emocio-
cognitivas são desenvolvidas mediante as interações nais.
que o sujeito tem com o objeto de conhecimento. Ⓑ Compreensão do outro e atuação em grupo.
Ⓒ Habilidade de equilíbrio que faz com que a crian- Alternativa C: INCORRETO. O desenvolvimento da in-
ça ande de bicicleta. teligência acontece de maneira sistemática e assis-
Ⓓ Exercitação dos sentidos, a observação, a percep- temática, no dia a dia do indivíduo.
ção, a compreensão, dentre outros. Alternativa D: CORRETA. Por toda a vida as pessoas
aprendem, sendo assim, não há um período limite, é
Grau de Di昀椀culdade um processo contínuo.
30. Questão
Grau de Di昀椀culdade
RESUMO PRÁTICO
A educação, durante seu percurso histórico, pas- de Aristóteles, a昀椀rma que somente Deus seria capaz
sou por diferentes fases. É possível pensar em edu- de reunir a essência e a existência, em termos de
cação antes do nascimento de Cristo, com as ideias igualdade” BOCK, FURTADO e TEIXEIRA, 1999, p. 35).
de Sócrates, que viveu entre 460 a.C. a 399 a.C. Nessa Na transição do século XVI para o século XVII,
época, Sócrates “já dizia que o ensino é sempre mais René Descartes fala da separação do corpo (maté-
que o ensino” (FRANCO, 2012, p. 45). Ele já transcen- ria) e da mente (espírito, alma). Assim, de昀椀ne que
dia a ideia de educação, colocando como dialética o homem possui uma substância material e uma
que se aproxima das concepções de aprendizagem substância que referencia como a psyché (mente,
da psicologia do desenvolvimento. pensamento). Assim, é possível o estudo do corpo
morto desprovido de alma e espírito.
A educação socrática comporta a ideia de um Nesse mesmo período surge Juán Amós Come-
processo de aprendizagem concreto, através do qual nius, educador tcheco que viveu entre 1592 a 1620,
o aprendiz forja o seu próprio pensamento, constrói e período da expansão marítima e da reforma da igre-
fundamenta suas próprias convicções por meio de in- ja. Foi nessa época que surgiram as grandes escolas
terações verbais com o educador (FRANCO, 2012, p. 46) jesuíticas, com o intuito de frear o protestantismo.
Nesse contexto, Comenius surge com a ideia de uma
Nessa época, a principal característica humana pedagogia que busca a “democratização do acesso
era a razão, o que diferenciava o homem dos ani- à escola e da permanência nela; preocupa-se com
mais. Nesse mesmo período (427-347 a.C.) surgem as o caráter humanizador da educação; considera a
ideias de Platão, discípulo de Sócrates, que buscava adequação da educação aos estágios de desenvol-
localizar a razão em nosso corpo, “determinando a vimento das crianças e busca, ainda, caminhos para
cabeça como o lugar que guarda a alma do homem. fazer a aprendizagem” (FRANCO, 2012, p. 49).
A medula seria, portanto, o elemento de ligação da O século XIX tem como destaque a ciência e o
alma e do corpo” (BOCK, FURTADO e TEIXEIRA, 1999, avanço do capitalismo, com o processo de industria-
p. 33). Já Aristóteles, discípulo de Platão (384 a.C.- lização:
322 a.C.), dizia que a alma e o corpo não eram disso-
ciados. “Para Aristóteles, a psyché seria o princípio É em meados do século 19 que os problemas e
ativo da vida. Tudo aquilo que cresce, se reproduz temas da psicologia, até então estudados exclusi-
e se alimenta possui a sua psyché ou alma” (BOCK, vamente pelos 昀椀lósofos, passam a ser, também, in-
FURTADO e TEIXEIRA, 1999, p. 33). vestigados pela Fisiologia e pela Neuro昀椀siologia em
Daremos um salto para 400 d. C, como o apareci- particular. Os avanços que atingiram também essa
mento do cristianismo, tornando-se a principal reli- área levaram à formulação de teorias sobre o sistema
gião da Idade Média. Nesse período, no qual a Igreja nervoso central, demonstrando que o pensamento, as
Católica monopolizava o saber, temos as ideias de percepções e os sentimentos humanos eram produtos
Santo Agostinho e São Tomás de Aquino. Santo Agos- desse sistema (BOCK, FURTADO e TEIXEIRA, 1999, p. 39).
tinho partilhava das ideias de Platão e considerava
que a alma era um meio de ligar o homem a Deus. No século XX, a psicologia cientí昀椀ca foi substi-
Já São Tomás de Aquino estava vivenciando as re- tuída pelo behaviorismo ou Teoria, Gestalt e Psica-
formas religiosas e o surgimento do protestantismo, nálise. O behaviorismo foi uma abordagem
época que estava iniciando o capitalismo, Revolu- psicológica que teve sua base fundamentada pela
ção Francesa e Industrial na Inglaterra. Este busca 昀椀siologia através de Ivan Pavlov, em seu experimen-
o conceito de essência e existência em Aristóteles e to com a salivação de cães. A partir disso, surge o
a昀椀rma que “o homem, na sua essência, busca a per- conceito principal dessa abordagem: estímulo-res-
feição através da sua existência. Porém ao contrário posta. O behaviorismo não aceitava os processos
mentais interiores, toda resposta orgânica era fruto Além desses conceitos, Freud, em análise dos
de estímulos externos. Dentre os behavioristas te- seus pacientes, descobriu que as neuroses estavam
mos: Watson, Skinner, Willians James. ligadas ao comportamento reprimido da sexuali-
Na metade do século XX, as ideias behavioristas dade nos primeiros anos de vida infantil, o que o
são questionadas e agora volta-se à ideia socrática levou a de昀椀nir as fases de desenvolvimento sexual:
de corpo e psyché, dando um passo para a Psicolo- fase oral (boca), fase anal (ânus), fase fálica (órgãos
gia da Gestalt. A tradução do termo alemão “Gestalt” genitais) e fase genital (objeto de desejo é o outro).
que mais se aproxima signi昀椀ca “forma”. Por esse Freud, na segunda década do século XX, introduz os
motivo, muitos estudiosos a chamam de Teoria da conceitos psíquicos: Id, Ego e Superego.
Forma. Abordagem psicológica, que buscava com- • Id: desejos, fantasias – princípio do prazer;
preender a ilusão de ótica através dos fenômenos • Ego: controle – princípio da realidade;
psíquicos. O que difere os behavioristas dos gestal- • Superego: exigências socioculturais – princípio
tistas é que, para estes, entre o estímulo-resposta da moralidade.
há a percepção, não podendo analisar o comporta- A Psicanálise trouxe inúmeras contribuições
mento distante de um conjunto de situações mais para a compreensão do desenvolvimento e compor-
complexas. tamento humanos. Ainda no início do século XX te-
Ainda dentro das psicologias do século XX temos mos as contribuições de Lev Vygotsky, médico russo
a psicanálise, que teve como construtor Sigmund que viveu a Primeira Guerra Mundial e atendia aos
Freud (1856-1939). Com ele, a psicologia toma um feridos. Vygotsky é o precursor da Psicologia Sócio-
novo rumo, passando agora a considerar os sonhos, -Histórica-Cultural. Esse teórico teve uma vida curta,
as fantasias, os “processos misteriosos” da nossa morreu aos 37 anos, mas seus estudos modi昀椀caram
psyché como problema de investigação cientí昀椀ca, os rumos da psicologia da época vigente.
criando a psicanálise. Vygotsky ia de encontro com as concepções
psicológicas anteriores que relacionava o desenvol-
O termo psicanálise é usado para se referir a uma vimento apenas à maturação do organismo. Ele de-
teoria, a um método de investigação e a uma prática fendia que as funções psicológicas se desenvolviam
pro昀椀ssional. Enquanto teoria, caracteriza-se por um a partir das interações do sujeito com o meio. Dessa
conjunto de conhecimentos sistematizado sobre o forma, esse teórico explicava a importância do outro
funcionamento da vida psíquica... a psicanálise, en- para a compreensão do mundo. Assim, segundo ele,
quanto método de investigação, caracteriza-se pelo a aprendizagem acontece na maturação, na intera-
método interpretativo, que busca o signi昀椀cado oculto ção, na dialética do sujeito com as relações sociais
daquilo que é manifesto por meio das ações e palavras e não como um desenvolvimento pronto e acabado,
ou pelas produções imaginárias, como os sonhos, os fruto da maturação de um sistema, desconsiderando
delírios as associações livres, os atos falhos...) (BOCK, suas relações. Portanto, para ele, o desenvolvimento
FURTADO e TEIXEIRA, 1999, p. 70). se dá de fora para dentro, das relações interpessoais
para a intrapessoal.
Na psicanálise surgem também as instâncias Segundo a Psicologia Sócio-Histórica-Cultural,
psíquicas descritas por Freud como: inconsciente, o desenvolvimento e a aprendizagem são processos
pré-consciente e consciente. interdependentes, responsáveis pelos processos
• Inconsciente: pode ser considerado como o psicológicos. Nesse processo, os indivíduos passam
local de armazenamento dos nossos sonhos, por etapas de construção de conhecimento, chama-
desejos, fantasias; das, por ele, de zonas, que são três:
• Pré-consciente: é todo conteúdo que não está • Zona de Desenvolvimento Real: refere-se ao
ao nosso alcance, na nossa percepção, na nos- que o sujeito já tem apropriado;
sa consciência, mas que em um determinado • Zona de Desenvolvimento Potencial: refere-se
momento pode vir à tona; à capacidade do sujeito de alcançar outro nível
• Consciente: é tudo aquilo que está próximo à de conhecimento;
nossa percepção. • Zona de Desenvolvimento Proximal: refere-se
aos estímulos recebidos, às experiências do su-
jeito para que este possa sair da ZDR e alcançar tera dois âmbitos da psyché da criança: afe-
a Zona de Desenvolvimento Potencial. tivo, intelectual. No afetivo, a criança adquire
Esse movimento é constante, pois enquanto su- autonomia em relação ao adulto e é capaz de
jeitos pensantes aprendemos por toda a vida: desenvolver trabalhos em grupo. No intelec-
tual, está o aparecimento das operações men-
Sintetizando, poderíamos dizer que, para Vygot- tais que darão condição de integrar uma ação
sky, as relações entre aprendizagem e desenvolvi- física ou mental para um determinado 昀椀m e
mento são indissociáveis. O indivíduo, imerso em um revertê-la.
contexto cultural, tem seu desenvolvimento movido • Operações formais (a partir dos 11-12 anos): é o
por mecanismos de aprendizagem acionados exter- momento que o adolescente sai do pensamen-
namente. A matéria-prima deste desenvolvimento to concreto para o abstrato, ou seja, é capaz de
encontra-se fundamentalmente, no mundo externo, realizar as operações no campo das ideias e
nos instrumentos culturais construídos pela humani- não do concreto.
dade. Assim, o homem, ao buscar respostas para as Durante todo o processo de desenvolvimento, o
necessidades de seu tempo histórico, cria, junto com sujeito passa por etapas de reestruturação cognitiva
os outros homens, instrumentos que consolidam o que, segundo Piaget, são:
desenvolvimento psicológico e 昀椀siológico obtido até • Equilibração: a ideia de equilibração surge a
então (BOCK, FURTADO e TEIXEIRA, 1999, p. 126). partir do momento que o sujeito entra em con-
tato com o novo e para conhecê-lo precisa ex-
Jean Piaget, fundador da epistemologia genética plorar, causando, dessa forma, o desequilíbrio;
que viveu entre 1896 e 1980, trouxe grandes contri- • Assimiliação: conceito elaborado por Piaget
buições à psicologia contemporânea. Piaget buscava que representa o processo pelo qual acres-
compreender as mudanças na inteligência do sujeito centamos novas informações aos conceitos já
mediante seu crescimento. Ele acreditava que à me- existentes em nossa cognição;
dida que o sujeito interagia com o objeto, exploran- • Acomodação: é o processo pelo qual necessita-
do-o, suas estruturas cognitivas eram modi昀椀cadas e mos modi昀椀car as informações já internalizadas
o sujeito aprendia. Explicava, também, que era por anteriormente.
meio da tentativa e do erro que essa aprendizagem Discípula de Piaget, temos Emília Ferreiro, que
ia se constituindo. Assim, este passava por alguns parte dos princípios de Piaget e de昀椀ne as fases de
esquemas: equilibração, assimilação, acomodação. desenvolvimento do processo de alfabetização. São
Conceitos principais da epistemologia genética. Pia- elas:
get de昀椀nia as fases da vida e assim as nomeou: • Garatujas: são os primeiros rabiscos das crian-
• Sensório-motora (0-2 anos): nesse estágio toda ças no papel, sem formas, sem de昀椀nições, ex-
aprendizagem passa pelos órgãos sensoriais e ploram todo espaço do papel sem perceber os
pelo desenvolvimento motor. É a fase na qual limites do mesmo;
o engatinhar, o andar e o falar estão em voga; • Icônicas: são as primeiras formas circulares que
• Pré-operatório (2-6 anos): é o período no qual o a criança faz no papel, dessas células origina-
jogo simbólico assume papel importante. Atra- rão os primeiros desenhos;
vés da representação, o sujeito constrói seus • Pré-silábica: fase da escrita na qual a criança já
conceitos e entende o mundo que o rodeia. A tem consciência que utilizamos símbolos para
linguagem está em pleno desenvolvimento. No representar nossa fala na escrita, portanto, ain-
昀椀nal dessa fase a criança procura entender a da não são capazes de relacionar tais símbolos
causa e a 昀椀nalidade das coisas, entra na fase à correspondência sonora, fazem uso de letras
dos porquês; e números aleatórios;
• Operações concretas (7-11 ou 12 anos): nessa • Silábica: nessa fase a criança inicialmente per-
fase o egocentrismo, que é uma das marcas do cebe que os sons emitidos podem ser represen-
período anterior, é superado. Nesse momento tados e passam a colocar a mesma quantidade
começa a surgir o período da lógica, ou seja, de sílabas e o número de letras, mesmo sem
coordenar diferentes pontos de vista. Isso al- correspondência sonora (ex: DHM – CAMISA). Na
330
9 Avaliação da Aprendizagem
Alternativa A: INCORRETA. O que foi proposto pela Ⓑ se os alunos alcançaram ou não os resultados es-
escola vai de encontro à perspectiva de mensuração, perados pelo professor ao término de determinada
que consiste basicamente em testes de veri昀椀cação sequência didática. É fundamental registrar os re-
e quanti昀椀cação de resultados. O projeto proposto sultados de desempenho escolar alcançados pelos
nega o julgamento de昀椀nitivo e volta à atenção para alunos para informar aos pais e à direção da escola
o acompanhamento do progresso do aluno. sobre o trabalho desenvolvido em sala de aula.
Alternativa B: INCORRETA. A concepção tecnicista se Ⓒ o seu potencial de aprendizagem, e não determi-
baseia em uma epistemologia comportamental e se nar suas capacidades em algum momento para sim-
preocupa em quanti昀椀car a aprendizagem. plesmente apontá-la. É tarefa do avaliador desen-
Alternativa C: CORRETA. Ao considerar o que já foi volver estratégias desa昀椀adoras para que a criança, a
aprendido e o que deve vir a sê-lo pelo aluno, suas partir dos conceitos que já construiu, alcance formas
experiências de aprendizagem dentro e fora da es- mais elaboradas de compreensão da realidade. As
cola, a avaliação formativa, preocupa-se com o pro- avaliações para a aprendizagem servem também
cesso de aprendizagem e com os diferentes cami- para subsidiar a ação educativa dos professores.
nhos que ela percorre, na intenção de pensar novas Ⓓ o já construído pelos alunos a partir da assimila-
estratégias para alcançar os objetivos que ainda não ção do ensinado. Todo conteúdo ensinado deve-se
foram vislumbrados. transformar em conteúdo aprendido. A avaliação es-
Alternativa D: INCORRETA. A avaliação proposta vai colar é um procedimento para medir esta aprendi-
de encontro à perspectiva somativa, a qual, prima zagem, o seu registro visa a informar o aluno e seus
pelo resultado como 昀椀m em si mesmo. Ela rompe familiares.
com a diversidade das práticas avaliativas porque Ⓔ os resultados de desempenho escolar obtidos
suas ações são sempre de昀椀nidas pelo professor, sem pelos alunos nos testes aplicados pelo governo (as
levar em conta, muitas vezes, a necessidade do alu- avaliações externas). Trata-se de uma prova de múl-
no. Sem desprezar a avaliação somativa, que pode tipla escolha elaborada a partir das expectativas
ter um papel importante no processo avaliativo, a de aprendizagem institucional e os seus resultados
avaliação formativa se utiliza dos dados da somativa informam se o aluno está no patamar insu昀椀ciente,
para traçar novos caminhos para ensinar e aprender. satisfatório ou plenamente satisfatório para o com-
Alternativa E: INCORRETA. Essa prática preza pela ponente e série ou ano escolar.
avaliação por competência e é pautada na concep-
ção tecnicista, que nega as experiências do aluno, o Grau de Di昀椀culdade
progresso do mesmo, pois visa apenas o resultado
昀椀nal, fazendo da avaliação um momento classi昀椀ca- DICA DO AUTOR: Vygotsky não trata especi昀椀camente
tório e excludente. da avaliação da aprendizagem, e sim, do processo de
aprendizagem do sujeito. É importante se apropriar
02. Questão da sua teoria para entender como ela contribui para
os processos da avaliação escolar, uma vez que o
(FUNDAÇÃO CASA – CETRO – 2014) Vygotsky traz grande con- teórico defende a mediação social como imprescin-
tribuição para a avaliação da aprendizagem. Para dível para que o desenvolvimento ocorra. Construir
ele, todas as crianças têm possibilidades intrínsecas a avaliação da aprendizagem requererá “[...] a rela-
de progresso intelectual e, assim, na perspectiva da ção educador/educando exige o processo avaliativo
avaliação para promover a aprendizagem, deve-se mediador, que, por sua vez, só sobrevive por meio
procurar analisar: do resgate à sensibilidade, do respeito do outro, da
convivência e de procedimentos dialógicos e signi昀椀-
Ⓐ o que a criança já faz sozinha e não o seu po- cativos” (HOFFMANN, 2005, p. 15).
tencial, visando a reforçar esses conceitos já cons- Alternativa A: INCORRETA. Para Vygotsky, todo su-
truídos para programar novos passos e processos de jeito tem um potencial para aprender, que deve ser
domínio de saberes. O seu registro tem por 昀椀nali- mediado por alguém mais experiente. O autor não
dade informar a família visando ao seu processo de se preocupa com o reforço da aprendizagem, mas
acompanhamento dos estudos. com a importância da mediação nesse processo.
Alternativa B: INCORRETA. A avaliação somativa visa ( ) Permite constatar se os alunos estão, de fato,
sintetizar e apresentar os resultados do processo de atingindo os objetivos pretendidos,
ensino-aprendizagem ao 昀椀nal de determinado pe- veri昀椀cando a compatibilidade entre tais objetivos e
ríodo (unidade, ano, ciclo). Ela fornece dados para os resultados efetivamente
que novos diagnósticos sejam feitos e as estratégias alcançados durante o desenvolvimento das ativida-
sejam planejadas. des propostas.
Alternativa C: CORRETA. A avaliação diagnóstica tem ( ) Visa informar ao professor e ao aluno sobre o
objetivo de “[...] conhecer o que cada um dos alunos rendimento da aprendizagem no
sabe, sabe fazer e é, e o que pode chegar a ser, sa- decorrer das atividades escolares e a localização
ber fazer ou ser [...]” (ZABALA, 1998, p. 199). Ocorre no das de昀椀ciências na organização do
início de um período especí昀椀co, pois norteia toda a ensino para possibilitar correção e recuperação.
prática pedagógica. ( ) Determina o grau de domínio do aluno em uma
Alternativa D: INCORRETA. A criticidade é uma área de aprendizagem, o que permite outorgar uma
premissa de qualquer forma de avaliação que se quali昀椀cação que, por sua vez, pode ser utilizada
preocupa com o desenvolvimento do processo de como um sinal de credibilidade da aprendizagem
aprendizagem. No entanto, esta não se aplica como realizada.
concepção de avaliação.
Alternativa E: INCORRETA. Toda forma de avaliação A sequência está correta em:
formativa tem caráter cooperativo, por entender que
os sujeitos do processo são participantes ativos do Ⓐ 2, 2, 1, 3.
ato avaliativo. Porém, a avaliação descrita na ques- Ⓑ 1, 2, 2, 3.
tão está demarcada por em tempo determinado, Ⓒ 2, 1, 3, 1.
manifestando-se no início da atividade de ensino, a Ⓓ 3, 1, 3, 2.
昀椀m de possibilitar ao professor o conhecimento so-
bre o que os alunos sabem, para a partir desses da- Grau de Di昀椀culdade
dos, ajustar o trabalho pedagógico às necessidades
educativas dos alunos. DICA DO AUTOR: É importante salientar que a ava-
liação formativa engloba a avaliação diagnóstica e a
09. Questão somativa. Além disso, elas não ocorrem em períodos
estanques, mas se colaboram em todo o processo.
(PREF. JUATUBA/MG - COSUPLAN - 2015) A avaliação é par- Item 1: DIAGNÓSTICA. Avaliação inicial que conce-
te integrante do processo ensino-aprendizagem e de dados para planejar o ato educativo, no sentido
proporciona apoio ao professor, contribuindo para de traçar os objetivos, conteúdos e estratégias de
a obtenção de produtos ou resultados de aprendi- aprendizagem baseadas na real situação dos alunos.
zagem. As avaliações as quais o professor procede Para HADJI (2001, p. 19), a avaliação diagnóstica “[...]
enquadram-se em três grandes tipos: avaliação identi昀椀ca certas características do aprendiz e faz um
diagnóstica, formativa e somativa. Considerando as balanço, certamente mais ou menos aprofundado,
funções das avaliações, relacione cada uma das a昀椀r- de seus pontos fortes e fracos. ”
mativas dadas aos tipos de avaliação a seguir. Item 2: FORMATIVA. Ocorre durante todo processo
educativo e visa acompanhar o alcance dos objeti-
1. Diagnóstica. vos propostos. Hadji (2001, p. 19) ressalta que a prin-
2. Formativa. cipal função da avaliação formativa é a de regular a
3. Somativa. atividade docente e discente. “Trata-se, portanto, de
levantar informações úteis à regulação do processo
( ) Busca a determinação da presença ou ausência de ensino-aprendizagem” (CHUEIRI, 2008, p. 58).
de habilidades e pré-requisitos, bem como a iden- Item 3: FORMATIVA. Como o quesito anterior, acom-
ti昀椀cação das causas de repetidas di昀椀culdades na panhar a aprendizagem para propor intervenções
aprendizagem. que visem melhorar o desempenho dos alunos, é
função da avaliação formativa.
“A Avaliação __________________ permite ao pro- Sendo a sala de aula um espaço marcado pela diver-
fessor detectar e identi昀椀car de昀椀ciências na forma sidade de saberes e desejos, pelo movimento, pela
de ensinar, auxiliando na reformulação do seu tra- surpresa e pela desavaliação? Assim, Esteban a昀椀rma
balho didático, visando aperfeiçoá-lo. Para que seja a necessidade de um processo avaliativo investiga-
realizada com e昀椀ciência, ela deve ser planejada em tivo, contínuo e quer ordem, para que ou para quem
função de todos os objetivos, deste modo o instru- serve esse modelo de espeite a diversidade.
tor continuará seu trabalho ou irá direcionar de ma-
neira que a maioria dos alunos alcance plenamente Em contraponto a essa perspectiva, a avaliação ho-
todos os objetivos propostos.” mogênea se caracterizaria como um:
Ⓓ modelo avaliativo marcado pela produção de re- ção à sua postura em sala de aula: desrespeita os co-
sultados parciais que se unem organicamente e se legas, os professores, atrasa-se no início das aulas,
complementam; não faz as tarefas solicitadas pelos professores, sai
Ⓔ modelo avaliativo marcado pela produção de re- constantemente mais cedo, atende celular na sala
sultados parciais e passíveis apenas de conclusões de aula, etc. Apesar das inúmeras intervenções dos
provisórias. professores e coordenadores, esse aluno demonstra
não compreender os limites estabelecidos. A escola
Grau de Di昀椀culdade tem um sistema de avaliação constituído por uma
semana de provas ao 昀椀nal de cada bimestre, com
DICA DO AUTOR: A questão apresenta con昀氀ito en- notas de 0 a 10. Ao 昀椀nal do período, as notas são
tre os quesitos, portanto, o candidato deve estar somadas e tira-se uma média. Mesmo com todas as
atento a palavras ou expressões-chave que estão questões apontadas acima, Miguel sempre tira notas
diretamente ligadas ao conceito de uma educação máximas em suas provas, entre 8 ou 10, o que deixa
homogênea, “na qual todos se igualam por seu não- os professores bastante insatisfeitos.
-saber, por sua di昀椀culdade de aprender, por serem
irrequietos, desatentos” (ESTEBAN, 2001, p. 4). As- De acordo com a situação descrita, pode-se dizer
sim, considera os alunos como iguais na maneira de que nessa escola, é preciso alterar:
pensar, aprender e agir, além de ter grande foco nos
resultados. Ⓐ o currículo das áreas de conhecimento que não
Alternativa A: INCORRETA. A avaliação homogênea desperta a curiosidade dos estudantes.
não se caracteriza pela continuidade, nem tão pouco Ⓑ as práticas didáticas que se organizam uma vez a
considera a diversidade de saberes. Para ela só exis- cada bimestre, durante uma semana.
te uma forma correta de saber, apenas uma verdade Ⓒ as abordagens das diferentes disciplinas como
sobre determinado objeto. matemática, ciências, história ou geogra昀椀a.
Alternativa B: INCORRETA. A avaliação homogênea é Ⓓ os planejamentos pedagógicos do curso e de aula
pontual, mas não respeita a diversidade, seja ela, de que parecem estar desvinculados da realidade.
saberes, de cultura, desenvolvimento ou de formas Ⓔ o sistema de normatização da avaliação que não
de aprender. favorece uma mudança de postura do estudante.
Alternativa C: INCORRETA. Essas características di-
zem respeito à um tipo de avaliação que pretende Grau de Di昀椀culdade
repensar o ato educativo, a avaliação homogênea
não considera diferentes formas de aprender, pois DICA DO AUTOR: É preciso estar atento ao que traz
concebe o processo de ensino como um ato repro- a questão, como foco principal, visto que, diante de
dutivo. uma avaliação mais aprofundada de cada quesito,
Alternativa D: INCORRETA. Na perspectiva homogê- teríamos outras respostas corretas, porque não é
nea os resultados não se complementam, porque possível pensar o processo real de mudança da ava-
como a avaliação não é considerada um processo liação, sem modi昀椀car as concepções de ensinar e
contínuo e sim um ato estanque, que ocorre de ma- aprender, o que traz aí uma série de modi昀椀cações:
neira pontual, e que privilegia sempre o resultado no currículo, nos planejamentos, nas práticas.
昀椀nal. Alternativa A: INCORRETA. Mudar a forma de avaliar
Alternativa E: CORRETA. A avaliação que se preocupa supõe uma mudança de concepção e consequente-
com a heterogeneidade da classe não visa reconhe- mente do currículo, porém, este não é o foco questão.
cer o processo da aprendizagem, mas sim, os seus Alternativa B: INCORRETA. A mudança de concepção
resultados. também perpassa pela mudança de práticas, mas
não se manifesta na questão, a qual relata a avalia-
16. Questão ção como sendo pontual, ao 昀椀nal de cada bimestre,
compiladas numa semana de provas.
(UFRB - FUNRIO - 2015) Miguel, aluno do 7º ano do Ensino Alternativa C: INCORRETA. Mais uma vez, é importan-
Fundamental, apresenta sérios problemas em rela- te dizer que uma mudança de paradigma mexeria
com toda a estrutura do processo de ensino e apren- Dentre os critérios apontados na Lei, não se veri昀椀ca
dizagem, mas as abordagens das áreas especí昀椀cas o seguinte:
não estão descritas na questão.
Alternativa D: INCORRETA. A questão não tem foco Ⓐ avaliação do desempenho do aluno, com preva-
no planejamento e sim na avaliação. lência dos aspectos quantitativos sobre os qualitati-
Alternativa E: CORRETA. O sistema de avaliação que vos e dos resultados de provas 昀椀nais.
preza pelo resultado 昀椀nal dos trabalhos da unidade Ⓑ possibilidade de aceleração de estudos para alu-
não favorece o compromisso do aluno perante a sua nos com atraso escolar.
aprendizagem. O aluno estuda apenas para conse- Ⓒ possibilidade de avanço nos cursos e nas séries
guir a nota, e, provavelmente, não para aprender. mediante veri昀椀cação do aprendizado.
Ⓓ aproveitamento de estudos concluídos com êxito.
17. Questão Ⓔ obrigatoriedade de estudos de recuperação, de
preferência paralelos ao período letivo, para os ca-
(UFRB - FUNRIO - 2015) Os testes de larga escala, ampla- sos de baixo rendimento escolar.
mente difundidos no Brasil, a partir de programas de
avaliação externa nos âmbitos municipais, estaduais Grau de Di昀椀culdade
e federais, tratam de avaliar:
Alternativa A: CORRETA. Essa questão é incorreta,
Ⓐ o desempenho dos estudantes. pois para a LDB, a “avaliação contínua e cumulativa
Ⓑ a aprendizagem dos alunos. do desempenho do aluno, com prevalência dos as-
Ⓒ o processo de ensino e aprendizagem. pectos qualitativos sobre os quantitativos e dos re-
Ⓓ a e昀椀ciência dos professores. sultados ao longo do período sobre os de eventuais
Ⓔ as escolas e seus processos didáticos. provas 昀椀nais” (Art. 24, Cap. 5).
Alternativa B: INCORRETA. A questão está correta,
Grau de Di昀椀culdade pois aceleração de estudos está prevista no pará-
grafo V da LBB 9394/96, que de昀椀ne critérios para a
Alternativa A: CORRETA. Os testes de larga escala, Avaliação.
conhecidos como avaliações externas tem a função Alternativa C: INCORRETA. No mesmo capítulo da al-
de medir o desempenho dos estudantes. ternativa anterior reza a questão da aceleração.
Alternativa B: INCORRETA. Os testes de larga escala Alternativa D: INCORRETA. O aproveitamento de es-
são incapazes de avaliar a aprendizagem, uma vez tudos também está previsto no cap. V, do art. 24.
que são propostas homogêneas de avaliação. Alternativa E: INCORRETA. A alternativa está correta,
Alternativa C: INCORRETA. Este também não é possí- pois está previsto na lei que obrigatoriedade de es-
vel de ser avaliado com exames externos, visto que, tudos de recuperação, de preferência paralelos ao
um teste não é capaz de validar este processo. período letivo, para os casos de baixo rendimento
Alternativa D: INCORRETA. A e昀椀ciência do professor escolar, a serem disciplinados pelas instituições de
não é foco das avaliações institucionais. ensino em seus regimentos.
Alternativa E: INCORRETA. Os testes de larga escala
mensuram o desenvolvimento dos estudantes, po- 19. Questão
rém, classi昀椀ca a escola, mas não os processos didá-
ticos. (UFRB - FUNRIO - 2015) Quando um professor entra na
sala de aula e diz – “Hoje, vamos fazer uma avalia-
18. Questão ção!” – essa fala possui um equívoco.
Ⓑ “Hoje, vamos fazer uma prova”, porque avaliação Alternativa D: INCORRETA. A prova é um instrumento
é um processo que acontece ao longo de todo o per- pontual, não permite o acompanhamento de todo o
curso de aprendizagem dos estudantes. processo de ensino-aprendizagem.
Ⓒ “Hoje, vamos fazer alguns exercícios de avalia- Alternativa E: INCORRETA. O relatório é um instru-
ção”, porque os exercícios darão conta de avaliar o mento legítimo de avaliação, e permite descrever
aluno integralmente. o processo de ensino-aprendizagem, mas não é so-
Ⓓ “Hoje, vamos fazer uma prova”, porque a prova é o mente ele que permite acompanhar este processo.
instrumento que possibilita acompanhar o processo
de avaliação. 20. Questão
Ⓔ “Hoje, vamos fazer um relatório sobre o proces-
so de aprendizagem”, porque só assim o professor (UNIFESP - VUNESP - 2014) Hoje existem dados de boa
pode acompanhar os conteúdos aprendidos pelos qualidade para descrever a estrutura e os resultados
alunos. de todos os níveis do sistema educacional brasileiro.
Tais informações são obtidas, principalmente, pelos
Grau de Di昀椀culdade mecanismos de avaliação adotados no Brasil.
DICA DO AUTOR: A questão trata de um assunto fá- A seguir, encontram-se relacionadas algumas das
cil, porém, possui muitas pegadinhas que podem avaliações adotadas e algumas de suas caracterís-
confundir o candidato, portanto, é importante saber ticas.
que apenas um instrumento de avaliação, geralmen-
te, não dá conta de avaliar o processo de aprendi- Avaliação Características
zagem. A não ser que o instrumento envolva outras a) O exame tem por objetivo fa-
atividades, como é o caso do portfólio, que engloba zer um diagnóstico da qualidade
uma série de atividades que podem dar subsídios do ensino que os alunos de Edu-
1. Exame
ao processo de avaliação, ou ainda o relatório, que cação Básica da rede estadual
Nacional do
descreve de maneira re昀氀exiva tudo que de mais sig- de São Paulo estão recebendo;
Ensino Médio
ni昀椀cativo ocorreu em determinado tempo. participam da prova estudantes
– ENEM.
Alternativa A: INCORRETA. Primeiro é preciso pensar de 3.º, 5.º, 7.º e 9.º anos do Ensi-
sobre a diferença entre teste e prova. Teste, testa a no Fundamental e de 3.ª série do
aprendizagem; prova apresenta evidências sobre a Ensino Médio da rede estadual.
aprendizagem, não há diferença. Ambos se con昀椀gu- b) Procura medir a capacida-
ram como um instrumento de coleta de dados, po- 2. Sistema de
de dos jovens de 15 anos para
rém, não dá conta de re昀氀etir todos os processos, vis- Avaliação de
usarem os conhecimentos que
to que, apenas um instrumento se torna ine昀椀ciente Rendimento
têm de forma a enfrentarem os
para avaliar objetivos conceituais/factuais, procedi- Escolar do
desa昀椀os da vida real, em vez de
mentais e atitudinais. No caso do teste, geralmente Estado de
simplesmente avaliar o domínio
abarca os conteúdos conceituais/factuais. São Paulo –
que detêm sobre o conteúdo do
Alternativa B: CORRETA. A prova é apenas um instru- SARESP.
seu currículo escolar especí昀椀co.
mento que recolhe dados sobre o processo de ensi-
c) Podem participar do exame
no e aprendizagem. A avaliação é algo mais amplo,
alunos que estão concluindo ou
que vai re昀氀etir sobre os dados coletados a partir do
3. Programa que já concluíram o ensino mé-
instrumento, a 昀椀m de promover a melhoria do ato
Internacional dio em anos anteriores, é utiliza-
educativo.
de Avaliação do como critério de seleção para
Alternativa C: INCORRETA. Toda atividade pode se
de Alunos – os estudantes que pretendem
con昀椀gurar em um instrumento de avaliação desde
PISA. concorrer a uma bolsa no Pro-
que tenham objetivos claros e critérios estabeleci-
grama Universidade para Todos
dos, inclusive os “exercícios”. Contudo, apenas um
(ProUni).
instrumento, é insu昀椀ciente para avaliar o aluno de
forma integral.
Ⓐ engloba todo o currículo escolar vigente no Brasil, Ⓐ Em 2005, o SAEB passou a ser composto pela Ava-
estabelecendo o que deve ser aferido por meio do liação do Rendimento Escolar (ANRESC/Prova Bra-
tipo de instrumento de medida. sil) e pela Avaliação Nacional de Educação Básica
Ⓑ é o referencial curricular mínimo do que será (ANEB).
avaliado em cada disciplina e série, informando as Ⓑ A Prova Brasil passou a ser aplicada para todas
competências e habilidades esperadas dos alunos. as escolas públicas com mais de 20 alunos, sendo
Ⓒ são procedimentos, estratégias de ensino ou os resultados disponibilizados por escola e por ente
orientações metodológicas, determinando o conteú- federativo.
do para o desenvolvimento do trabalho do professor Ⓒ A ANEB é amostral e dela participam as escolas
em sala de aula. privadas e as públicas.
Ⓓ permitem diferenciar os alunos que conhecem o Ⓓ A Avaliação Nacional da Alfabetização é uma ava-
conteúdo e já desenvolveram as competências re- liação censitária envolvendo os alunos do 3º ano do
queridas dos demais. Ensino Fundamental das escolas públicas.
Ⓔ fornecem o índice de di昀椀culdade de cada ques- Ⓔ A Prova Brasil avalia os alunos em Matemática,
tão, o que permite equilibrar as provas com ques- Língua Portuguesa, Ciências e História.
tões de diferentes graus de di昀椀culdade.
Grau de Di昀椀culdade
Grau de Di昀椀culdade
Alternativa A: INCORRETA. Esta alternativa é corre-
Alternativa A: INCORRETA. Não engloba todo o currí- ta, pois o Sistema de Avaliação da Educação Básica,
culo, mesmo porque o currículo envolve elementos, de acordo com a Portaria n.º 931, de 21 de março de
práticas e culturas individuais da cada instituição de 2005, é composto pela Avaliação Nacional da Educa-
ensino, e que não é possível mensurar. ção Básica e pela Avaliação Nacional do Rendimento
Alternativa B: CORRETA. Se refere a uma diretriz cur- Escolar.
ricular a qual todas as escolas devem adotar como Alternativa B: INCORRETA. Alternativa está correta.
base para a construção dos seus currículos, por dis- A Prova Brasil é aplicada em escolas públicas que
ciplina/ano. tenham no mínimo 20 estudantes matriculados no
quinto e no nono anos do ensino fundamental. Os Alternativa C: INCORRETA. A função da aula exposi-
resultados são publicados por escola/ município e tiva e dialogada é comunicar um determinado con-
por estados. teúdo.
Alternativa C: INCORRETA. A alternativa está corre- Alternativa D: INCORRETA. A função dos objetivos
ta. A Aneb “[...] abrange, de maneira amostral, alu- educacionais é nortear o trabalho pedagógico, ele
nos das redes públicas e privadas do país, em áreas está atrelado ao processo de avaliar, porém não tem
urbanas e rurais, matriculados na 4ª série/5ºano e a função de veri昀椀car a aprendizagem.
8ªsérie/9ºano do Ensino Fundamental e no 3º ano Alternativa E: INCORRETA. A concepção educacional
do Ensino Médio, tendo como principal objetivo ava- fundamenta as práticas pedagógicas, inclusive as
liar a qualidade, a equidade e a e昀椀ciência da educa- práticas avaliativas.
ção brasileira” (INEP)
Alternativa D: INCORRETA. A alternativa está correta 25. Questão
e trata na ANA – Avaliação Nacional da Alfabetiza-
ção, que objetiva avaliar o nível de alfabetização e (IF/BAIANO - FUNRIO - 2016) “A democracia não é, absolu-
letramento em Linguagem e Matemática, além das tamente, a ditadura da maioria. Pelo contrário, ela
condições de oferta do Ciclo de Alfabetização das pressupõe a proteção das minorias e a não repres-
redes públicas. são de ideias que possam parecer afastar-se de pa-
Alternativa E: CORRETA. Esta alternativa é a incorre- drões estabelecidos, que possam parecer absurdas
ta, pois a Prova Brasil examina os alunos em Língua (...).” (MORIN, E. Ética, cultura e educação. São Paulo:
Portuguesa e Matemática. Cortez, 2001, p. 32)
Alternativa C: CORRETA. Essa a昀椀rmativa está correta Assertiva III: CORRETA. A avaliação direciona o tra-
pois uma das formas de valorização da democracia balho da instituição como um todo, direcionando os
é reconhecer e considerar os contextos culturais dos objetivos e as metas de aprendizagem.
alunos. Assertiva IV: CORRETA. De posse da avaliação, o pro-
Alternativa D: INCORRETA. Considerando que cada fessor tem subsídios para de昀椀nir seus objetivos e
sujeito é singular, ao valorizar apenas o legado cul- critérios de aprendizagem.
tural do conjunto social, deixa-se de reconhecer a Assertiva V: INCORRETA. A avaliação é um processo
subjetividade. que não tem 昀椀m nela mesmo. Cada re昀氀exão reali-
Alternativa E: INCORRETA. Ao contrário da alternativa zada em cima dos dados coletados, possibilita um
D, esta a昀椀rmativa foca na individualidade e renega o repensar da ação educativa, que, posteriormente,
caráter social da construção do sujeito que aprende. será avaliação e assim suscetivelmente.
e aluno tomarem consciência do que foi ensinado e tivos da avaliação vão apontar em que concepção
aprendido, e a partir disso, planejar novas ações que esta se assenta, como os contrapontos da questão:
culminem na aprendizagem signi昀椀cativa. quando se preocupa em considerar a atividade do
Alternativa E: INCORRETA. É importante entender aluno, com objetivos e critérios claros, no sentido
que o acompanhamento do processo de aprendi- de fazer intervenções na prática pedagógica, é uma
zagem sem o objetivo de promoção não signi昀椀ca a prática avaliativa formativa que se fundamenta em
informalidade da avaliação. Esta, na educação in- uma pedagogia relacional; por outro lado, se o seu
fantil, está centrada no desenvolvimento integral foco for a nota, os sucessos e fracassos do aluno, a
da criança e não apenas no que se restringe ao seu avaliação está restrita à veri昀椀cação, com foco ape-
cognitivo. nas no produto, fundamentada numa pedagogia di-
retiva.
28. Questão Assertiva I: CORRETA. Analisar as produções dos alu-
nos permite ao professor repensar as suas práticas.
(EMSERH - FUNCAB - 2016) A concepção de avaliação Assertiva II: CORRETA. As atividades avaliativas pre-
atualmente defendida orienta que o(a) professor(a) cisam ser selecionadas levando em conta os objeti-
realize a avaliação, na educação infantil e nos pri- vos e os critérios de ensino propostos, além disso,
meiros anos do ensino fundamental, por meio de: precisam propiciar, ao professor e ao aluno, possi-
bilidades de percepção dos avanços e necessidades.
I. análise das produções dos alunos. Assertiva III: INCORRETA. A preocupação em julgar
II. atividades especí昀椀cas para avaliação. e classi昀椀car o aluno é uma característica da veri昀椀-
III. julgamentos sobre sucessos ou fracassos dos cação e não da avaliação. A simples veri昀椀cação se
alunos. baseia na pedagogia tradicional.
IV. notas, conceitos, estrelas, carimbos com dese- Assertiva IV: INCORRETA. Mais uma vez, as caracte-
nhos de caras tristes ou alegres. rísticas da questão se voltam para a veri昀椀cação. Os
símbolos caracterizam uma abordagem Behaviorista
Está(ão) correto(s) apenas o(s) item(ns): que preza pelo reforço positivo/negativo.
Ⓐ I, II e III. Resposta: Ⓑ
Ⓑ I e II.
Ⓒ II e III. 29. Questão
Ⓓ II e IV.
Ⓔ IV. (IF/BAIANO - FUNRIO - 2016) “A democracia não é, absolu-
tamente, a ditadura da maioria. Pelo contrário, ela
Grau de Di昀椀culdade pressupõe a proteção das minorias e a não repres-
são de ideias que possam parecer afastar-se de pa-
DICA DO AUTOR: Essa questão não é difícil, ape- drões estabelecidos, que possam parecer absurdas
nas apresenta algumas distorções. Quando, no seu (...).” (MORIN, E. Ética, cultura e educação. São Paulo:
enunciado, ela cita: “A concepção de avaliação atual- Cortez, 2001, p. 32).
mente defendida [...]”, restringe as práticas avaliati-
vas, na teoria, a práticas formativas, porém, não é Para que a avaliação seja mais democrática e inclu-
isso que ocorre na realidade da maioria das escolas. siva devemos então, tentar estabelecer com nossos
Historicamente falando, avançamos nas discussões alunos avaliações que não os coloquem afastados
sobre concepções de ensino e aprendizagem, o que com padrões de respostas que pareçam absurdas
garante avanços no processo de avaliação, mas isso como nos a昀椀rma Morin. Para considerarmos esse
não signi昀椀ca dizer que outras concepções não mais contexto de avaliação mais democrática, esta deve
existem nas práticas escolares, ou tenham 昀椀cado apresentar uma dimensão:
obsoletas. É preciso apenas ter claro que os obje-
Ⓐ racionalista, utilizando padrões didáticos tradi- mas e avaliações institucionais, assim como podem
cionais e socialmente referendados. utilizar abordagem quantitativa ou qualitativa e di-
Ⓑ tecniscista, valorizando a utilização de técnicas e ferentes instrumentos para a coleta de informações.
métodos avaliativos tecnológicos.
Ⓒ culturalista, considerando os saberes a as diversi- Em relação às várias práticas avaliativas, analise as
dades culturais trazidas pelos alunos. a昀椀rmativas a seguir, assinalando com F as falsas e
Ⓓ universalista, referendando unicamente os sabe- com V as verdadeiras.
res do legado cultural da humanidade.
Ⓔ individualista, focando os resultados de cada alu- ( ) Necessitam de um referencial teórico ou matriz
no em cada faixa etária e disciplina escolar. conceitual.
( ) Seus instrumentos determinam os objetivos da
Grau de Di昀椀culdade avaliação.
( ) Suas funções são de昀椀nidas a partir dos sujeitos
DICA DO AUTOR: É importante ressaltar que conside- envolvidos.
rar os saberes e as diferentes culturas dos alunos não ( ) Favorecem o processo de tomada de decisões
é negar a função social da escola, que deve subsi- após a análise dos dados.
diar e sistematizar os conhecimentos historicamen- ( ) Seus resultados não podem ser comunicados, são
te construídos. Mas é inseri-los na cultura, perceber sigilosos.
em que momentos, convergem e/ou divergem, a昀椀nal,
conforme cita Santos (2005), todo conhecimento é au- Assinale a sequência CORRETA.
toconhecimento e o conhecimento é local e global.
Alternativa A: INCORRETA. A dimensão racionalista ⒶVVFVF
preza pelo domínio da razão, em detrimento a outros ⒷFVVFV
aspectos do homem e da sociedade. A escola tradi- ⒸFFVVV
cional tem suas bases fundadas nesta perspectiva. ⒹVFVVF
Alternativa B: INCORRETA. A dimensão Tecnicista
preza por padrões de昀椀nidos de e昀椀cácia e e昀椀ciência. Grau de Di昀椀culdade
Os que se mostram contrários aos padrões preesta-
belecidos, são marginalizados. Assertiva I: CORRETA. Toda e qualquer prática peda-
Alternativa C: CORRETA. A cultura é diversa, e, por- gógica, inclusive a avaliação, necessita ter funda-
tanto, garante o respeito e a partilha de saberes e mentos teóricos claros. São esses referenciais que
experiências culturais. delinearam as práticas.
Alternativa D: INCORRETA. Ao prezar apenas por uma Assertiva II: INCORRETO. São os objetivos que de-
maneira de pensar e perceber o mundo, o universa- terminam o instrumento de avaliação. São eles que
lismo restringe o saber do sujeito e tenta enquadrá- sinalizam qual instrumento será mais propício para
-lo em uma única perspectiva. que o sujeito possa levantar dados sobre o processo
Alternativa E: INCORRETA. Como algumas correntes de ensino e aprendizagem.
anteriores, o individualismo forja a democracia e Assertiva III: CORRETO. São os sujeitos, suas concep-
não aceita que o sujeito aprenda com o social. ções, posturas, aprendizagens, desenvolvimento que
vão de昀椀nir a função da avaliação.
30. Questão Assertiva IV: CORRETO. Essa é a principal função da
avaliação. Qualquer veri昀椀cação tem um 昀椀m no pro-
(UFMA - UFMA - 2016) Ao abordar a didática na sala de duto, na nota, já a avaliação avança para re昀氀etir so-
aula ou a didática organizacional, depara-se com bre os porquês e como será o processo a partir das
uma questão central, que é a avaliação. Os proces- análises realizadas.
sos avaliativos, dependendo de sua intencionalida- Assertiva V: INCORRETA. Toda e qualquer avaliação
de, podem expressar-se em avaliações diagnósticas, precisa comunicar seus resultados, não com 昀椀m de
avaliações de desempenho, avaliações de progra- desquali昀椀car, como faz a veri昀椀cação, mas com o in-
tuito de conhecer como aprende, quais caminhos Alternativa E: INCORRETA. É como o professor quali-
foram percorridos para o alcance ou não de deter- 昀椀ca a avaliação que vai subsidiar o processo de en-
minada meta. sinar e aprender.
mentos contidos nesse documento. Conforme sa- co é o plano de ensino, conforme assinala Vascon-
lienta Veiga (1996), a avaliação do PPP implica sem- celos (1989).
pre tomada de decisões sobre os seus aspectos, com Alternativa B: INCORRETO. A avaliação da aprendiza-
vistas a sua melhoria e constante revisão. gem é, de fato, um processo que toma contornos di-
Alternativa D: CORRETO. Sob os pressupostos de ferentes da avaliação do PPP. Todavia, a avaliação da
uma análise crítica, a avaliação do PPP deve buscar aprendizagem deve estar pautada em pressupostos
conhecer a realidade escolar, e propondo um con- explícitos no PPP.
junto de ações alternativas mediante os problemas Alternativa C: INCORRETO. A prática da avaliação da
detectados. aprendizagem implica em tomadas de decisões so-
Alternativa E: INCORRETO. A avaliação do PPP deverá bre os resultados apresentados por meio de diferen-
ser realizada por todos os agentes que o vivenciam tes instrumentos de coleta de dados. Conforme sub-
cotidianamente. Uma avaliação externa que não linha Luckesi (2011), a avaliação da aprendizagem,
proporciona uma análise re昀氀exiva nos sujeitos que no seu sentido emancipatório, deve ultrapassar a
concretizam as ações delineadas no PPP cotidiana- mera perspectiva de classi昀椀cação dos estudantes.
mente sobre os problemas enfrentados não contri- Alternativa D: CORRETO. Conforme preconizado por
bui para o seu real sentido. Veiga (1996), o Projeto Político-Pedagógico deve ob-
jetivar sempre a melhoria da qualidade do ensino.
33. Questão Assim, a avaliação da aprendizagem se constitui im-
portante mecanismo para diagnóstico desse proces-
(IFAP - FUNIVERSA - 2016) A avaliação da aprendizagem so, com vistas a sua mudança.
escolar adquire seu sentido na medida em que se Alternativa E: INCORRETO. O professor deve conhe-
articula com um projeto pedagógico e com seu con- cer o Projeto Político-Pedagógico da instituição em
sequente planejamento de ensino. Acerca da avalia- que atua. Somente assim poderá desenvolver um
ção na perspectiva da construção do conhecimento, trabalho articulado aos pressupostos assumidos
assinale a alternativa correta. pela instituição e, consequentemente, desenvolver
um trabalho coletivo junto à comunidade escolar.
Ⓐ No PPP, devem estar descritas todas as formas de
avaliação utilizadas pelos professores em sala de 34. Questão
aula.
Ⓑ A avaliação da aprendizagem é um processo dife- (IFAP - FUNIVERSA - 2016) Cipriano Carlos Luckesi a昀椀rma
rente da avaliação do PPP, por isso não existe articu- que a avaliação, diferentemente da veri昀椀cação, en-
lação entre as duas formas de avaliar. volve ato que ultrapassa a obtenção de con昀椀gura-
Ⓒ A avaliação da aprendizagem visa à veri昀椀cação do ção do objeto, exigindo decisão do que fazer ante
conhecimento adquirido pelo estudante durante o ou com ele. A veri昀椀cação é uma ação que “congela”
processo de ensino e aprendizagem. o objeto; a avaliação, por sua vez, direciona o objeto
Ⓓ Um dos princípios do PPP é a melhoria da quali- em uma trilha dinâmica de ação. De acordo com esse
dade do ensino, sendo que a avaliação da aprendi- autor, é correto a昀椀rmar que o(a):
zagem deve ser um dos instrumentos utilizados para
identi昀椀car caminhos para que isso ocorra. Ⓐ objetivo da avaliação da aprendizagem é estabe-
Ⓔ Uma das tarefas do professor é conhecer o PPP lecer uma classi昀椀cação do educando, expressa em
para que possa direcionar suas ações pedagógicas, sua aprovação ou reprovação.
o que não interfere na forma de avaliar seus alunos. Ⓑ avaliação tem como função aferir a aprendizagem
à medida que tem servido para desenvolver o ciclo
Grau de Di昀椀culdade do medo por meio da ameaça da reprovação.
Ⓒ veri昀椀cação da aprendizagem visa à melhoria da
Alternativa A: INCORRETO. O documento que explici- qualidade e do nível de aprendizagem dos educan-
ta todas as formas de avaliação desenvolvidas pelos dos.
professores no desempenho do trabalho pedagógi-
Alternativa A: CORRETO. O ENADE avalia o rendimen- Ⓑ A avaliação de redes de Educação Básica é perió-
to de estudantes ingressantes e concluintes de cur- dica, feita pela própria escola, de forma democrática
sos de graduação no Brasil. e engloba os resultados da avaliação institucional.
Alternativa B: INCORRETO. O IDEB foi criado pelo Esses dados são analisados pela equipe escolar, no
Instituto de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira intuito de identi昀椀car as fragilidades a serem melho-
(INEP), tendo por objetivo medir a qualidade do en- radas. Essas informações não são divulgadas para
sino na Educação Básica no Brasil. a sociedade para que não se crie uma competição
Alternativa C: INCORRETO. A prova Brasil é direciona- entre escolas e sistemas.
da a alunos dos 5º e 9º ano do Ensino Fundamental Ⓒ A validade da avaliação institucional externa está
da rede pública e privada de ensino. Sendo assim, na sua função diagnóstica, liga-se à
visa avaliar o rendimento da Educação Básica no aprendizagem, possibilitando o aprendiz a recriar,
Brasil. refazer o que aprendeu, criar, propor e, nesse con-
Alternativa D: INCORRETO. O ENEM é instrumento de texto, aponta para uma avaliação global, que vai
avaliação da qualidade do Ensino Médio no Brasil. além do aspecto quantitativo, porque identi昀椀ca o
Mais recentemente, este exame tem servido como desenvolvimento da autonomia do estudante, que é
instrumento de ingresso de estudantes no Ensino indissociavelmente ético, social, intelectual.
Superior, por meio do Sistema de Seleção Uni昀椀ca- Ⓓ A avaliação na Educação Infantil é realizada me-
do – SISU. diante acompanhamento e registro do desenvol-
vimento da criança, com o objetivo de promoção,
36. Questão mesmo em se tratando de acesso ao Ensino Funda-
mental.
(IFSUL/MG - EFSUL/MG - 2016) Do ponto de vista teórico,
muitas são as formulações que tratam da avaliação. Grau de Di昀椀culdade
No ambiente educacional, ela compreende três di-
mensões básicas: I – Avaliação da aprendizagem; II Alternativa A: CORRETO. A consigna torna-se verda-
– Avaliação institucional interna e externa; III – Ava- deira ao corroborar com o que está disposto.
liação de redes de Educação Básica. É a concepção Alternativa B: INCORRETO. Ao colocar em relevo que
de educação que deve fundamentar as dimensões a avaliação da Educação Básica deve ser realizada
da avaliação e das estratégias didático pedagógi- pela própria escola, a consigna torna-se incorreta.
cas a serem utilizadas. Essas três dimensões devem Além disso, os resultados dessas avaliações reali-
estar previstas no projeto político-pedagógico para zadas devem ser divulgados para a sociedade, me-
nortearem a relação pertinente que estabelece o elo diante o princípio da transparência.
entre a gestão escolar, o professor, o estudante, o Alternativa C: INCORRETO. A avaliação institucional
conhecimento e a sociedade em que a escola se si- deve estar voltada para a análise do clima organiza-
tua. (BRASIL, PARECER CNE/CEB n. 7/2010, p. 47). Qual cional da instituição e outros aspectos que a com-
de昀椀nição de avaliação institucional está em conso- prometem. Portanto, a consigna torna-se incorreta
nância com o Parecer CNE/CEB n/ 7/2010? mediante as questões focalizadas no excerto que
passam a ser o processo de aprendizagem dos alu-
Ⓐ A avaliação institucional externa, promovida pe- nos.
los órgãos superiores dos sistemas educacionais, Alternativa D: INCORRETO. Conforme preconizado
inclui, entre outros instrumentos, pesquisas, provas, pela LDB 9394/96, art. 31, inciso 1, a avaliação na
tais como as do SAEB, Prova Brasil, ENEM e outras Educação Infantil deve ser realizada mediante o
promovidas por sistemas de ensino de diferentes acompanhamento e registro de desenvolvimento
entes federativos, dados estatísticos, incluindo os das crianças. Contudo, essa avaliação não têm sen-
resultados que compõem o Índice de Desenvolvi- tido de promoção, mesmo que para o acesso desse
mento da Educação Básica (IDEB) e/ou que o com- sujeito ao Ensino Fundamental.
plementem ou o substituem, e os decorrentes da
supervisão e veri昀椀cações in loco.
(PREF. DE GOIÂNIA - UFG - 2016) Leia o excerto: O que pre- (PREF. DE ITAQUITINDA/PE - 2016) No contexto de uma edu-
tendo introduzir é a perspectiva da ação avaliati- cação para a diversidade, alguns princípios devem
va como uma das ações pela qual se encorajaria a nortear a prática de ensino, uma vez que possibili-
reorganização do saber. Ação, movimento, provoca- tam a aprendizagem em qualquer contexto educa-
ção, na tentativa de reciprocidade intelectual entre cional. Dentre estes princípios temos:
os elementos da ação educativa. Professor e aluno
buscando coordenar seus pontos de vista, trocando I. Negociação de objetivos.
ideias, reorganizando-as. HOFFMANN, Jussara M.L. II. Práticas homogeneizadoras.
Avaliação: mito e desa昀椀o - uma perspectiva constru- III. Colaboração e apoio mútuo.
tivista. Porto Alegre: Educação e realidade. 1991. IV. Avaliação permanente.
Neste excerto, a autora apresenta um conjunto de V. Aprendizagem ativa e signi昀椀cativa.
ideias
que se refere ao paradigma da avaliação: Estão corretas:
Ⓐ III, IV e V.
Ⓐ Classi昀椀catória. Ⓑ I, II, III e IV.
Ⓑ Reprovativa. Ⓒ I, III, IV, V.
Ⓒ Mediadora. Ⓓ III e IV.
Ⓓ Diagnóstica Ⓔ Todas.
(PREF. DE MATOZINHOS/MG - FUMARC - 2016) Dentro do am- Alternativa A: INCORRETO. A sequência proposta não
biente escolar, a avaliação da aprendizagem vem estabelece relação entre conhecimentos concei-
sendo objeto de constantes estudos, com variados tuais, procedimentais e atitudinais de forma coe-
enfoques de tratamento, abordada em todos os rente.
segmentos internos e externos do contexto escolar. Alternativa B: CORRETO. A sequência estabelecida
Cada uma das atividades ou tarefa que con昀椀gura os estabelece uma correta relação com a tipologia de
conteúdos de aprendizagem no processo de ensino, conhecimentos, proposta por Zabala (1998).
são referenciais funcionais para avaliar e acompa- Alternativa C: INCORRETO. A sequência não estabele-
nhar os avanços dos alunos. Segundo Antoni Zabala ce relação entre conhecimentos conceituais, proce-
(1998), a avaliação dos conteúdos está conforme sua dimentais e atitudinais de forma coerente.
tipologia, ou seja, avaliação dos conteúdos factuais, Alternativa D: INCORRETO. A sequência não estabe-
conceituais, procedimentais e atitudinais, cada qual lece relação entre conhecimentos conceituais, pro-
com suas características. Numere os parênteses cedimentais e atitudinais de forma coerente.
considerando o seguinte critério:
40. Questão
1. Avaliação de conteúdos conceituais.
2. Avaliação de conteúdos factuais. (IFBA - FUNRIO - 2014) Pode-se dizer que o portfólio é:
3. Avaliação de conteúdos procedimentais.
4. Avaliação de conteúdos atitudinais. Ⓐ um instrumento de avaliação que permite a quan-
ti昀椀cação dos erros e acertos dos estudantes, sendo
( ) Conteúdo traduzido em conhecimento de aconte- de grande valia para a atribuição das notas 昀椀nais.
cimentos, situações, dados e fenômenos concretos Ⓑ uma ferramenta de trabalho para o professor que
e singulares, como, por exemplo, a idade de uma pode utilizá-lo como um dossiê para comprovar as
pessoa, a localização ou altura de uma montanha, notas 昀椀nais que cada estudante tirará.
nomes de acontecimentos históricos, etc. Ⓒ e昀椀ciente na obtenção de dados acerca das apren-
( ) Nas provas escritas, é conveniente propor pro- dizagens dos estudantes, constituindo-se num con-
blemas e exercícios que não correspondam ao tema junto despretensioso de tarefas realizadas ao longo
que se está trabalhando, incluir problemas de temas do ano.
anteriores e outros que ainda não tenham sido tra- Ⓓ usualmente utilizado nas salas de aula, propi-
balhados. ciando trocas e feedbacks constantes entre profes-
( ) Esses conteúdos implicam saber fazer, e o conhe- sores e alunos, posto que cada um elabora o seu.
cimento sobre o domínio deste saber fazer só pode Ⓔ um dossiê da trajetória do estudante, constituin-
ser veri昀椀cado em situações de aplicação desses con- do-se em um instrumento de registro que propicia
teúdos. a memória dos processos de ensino e de aprendi-
( ) A fonte de informação para conhecer os avanços zagem.
na aprendizagem desses
conteúdos é a observação sistemática de opiniões e Grau de Di昀椀culdade
das atuações nas atividades
grupais, nos debates, nas atividades esportivas etc. Alternativa A: INCORRETA. O portfólio, enquanto ins-
trumento de avaliação numa perspectiva dialógica
A sequência correta, de cima para baixo, é: e transformadora, busca, acima de tudo, contribuir
para a efetivação do processo de aprendizagem, sob
Ⓐ1–4–2–3 uma perspectiva qualitativa.
Ⓑ2–1–3–4 Alternativa B: INCORRETA. Torna-se incoerente a uti-
Ⓒ3–1–2–4 lização do portfólio por parte do professor como um
Ⓓ4–2–1–3 instrumento que busque, apenas, atribuir notas 昀椀-
nais para os estudantes. Este instrumento de coleta Alternativa D: INCORRETO. A concepção de ensino e
de dados se insere numa perspectiva de avaliação aprendizagem baseada nos pressupostos mecani-
formativa, devendo colaborar para a efetivação do cistas não encontra respaldo com um processo de
processo de ensino e aprendizagem. avaliação diagnóstico.
Alternativa C: INCORRETA. A consigna torna-se incor- Alternativa E: CORRETO. Sob os pressupostos de
reta quando pontua que as atividades do portfólio uma concepção de aprendizagem que concebe o
constituindo-se num conjunto despretensioso de conhecimento como algo quanti昀椀cável, a avaliação
tarefas realizadas ao longo do ano. da aprendizagem toma os contornos de uma atitude
Alternativa D: INCORRETO. A utilização do portfólio meramente classi昀椀catória.
deve ultrapassar a mera perspectiva de que cada es-
tudante elabore o seu. Torna-se necessário um tra-
balho colaborativo e de ajuda mútua entre professor
e aluno na sua elaboração.
Alternativa E: CORRETO. O portfólio, enquanto ins-
trumento de coleta de dados que se insere numa
perspectiva de avaliação mediadora e formativa é
um importante registro para a memória dos proces-
sos de ensino e aprendizagem.
41. Questão
Ⓐ Formativo.
Ⓑ Qualitativo.
Ⓒ Investigativo.
Ⓓ Diagnóstico.
Ⓔ Classi昀椀catório.
Grau de Di昀椀culdade
RESUMO PRÁTICO
Figura 1
Na perspectiva da Pedagogia Diretiva, o conhe- sinar e aprender, e não apenas ter foco no resultado
cimento é detido pelo professor. Cabe o aluno “ab- estanque deste processo. Nesse caso, a avaliação
sorver” o conteúdo e reproduzi-lo na prova, para a formativa assume um caráter de mediar a melhoria
partir daí o professor atribuir uma nota, aprovando dos processos pedagógicos, traçando um diagnós-
ou não este sujeito. tico, re昀氀etindo ações e intervenções, sem, é claro
Partindo de uma concepção que valoriza o papel desconsiderar a síntese de todo o processo que se
dos sujeitos que ensinam e aprendem, na interação constitui em um resultado. Para Esteban (2001), é in-
com o outro, com a sua cultura e com os diversos re- vestigando o processo de ensino-aprendizagem, que
cursos que lhe são disponibilizados, a avaliação não o professor rede昀椀ne o sentido da sua prática. É essa
se restringe à sua função somativa, uma vez que, o investigação e rede昀椀nição que garante à atividade
que se deseja são as melhorias no processo de en- avaliativa, o seu caráter formativo.
Figura 2
Nesse sentido, a avaliação formativa não des- de forma particular, vigiando-os de perto, procuran-
preza os objetivos de ensino, mas visa, ao longo do do auxiliá-los com certa frequência, dando explica-
processo, realizar intervenções que possam subsi- ções extras, orientando-os para alguns recursos de
diar melhores aprendizagens. Para Perrenoud, “para apoio [...] e outras estratégias” (PERRENOUD, 1999,
haver essa ação coletiva o professor acompanha in- p. 79). Dessa forma, a avaliação formativa pode ser
dividualmente as intervenções, atendendo os alunos sintetizada pelo processo descrito na 昀椀gura abaixo:
Avaliação formativa
Figura 3
É um ciclo que se inicia com um diagnóstico da dagógica; a avaliação formativa – tem a intensão de
realidade, o que dá subsídio para a construção de mediar as ações no processo de ensino e aprendiza-
um planejamento prévio sobre a ação a se desen- gem; e a avaliação somativa apresenta uma síntese
volvida e posteriormente, avaliada. Essa avaliação dos dados coletados ao 昀椀nal do processo. De todo
permite re昀氀etir não apenas sobre as aprendizagens modo, elas não acontecem de maneira fracionada,
do aluno, mas, sobretudo, sobre todo o processo de acontecem em uma práxis e não tem 昀椀m em si mes-
trabalho realizado, a 昀椀m de, mais uma vez, replane- ma, sobretudo porque a avaliação somativa já traça
jar, no sentido de buscar melhorias no ato educativo. um diagnóstico para a próxima ação formativa, con-
Assim, a avaliação diagnóstica – visa perceber forme exposto na 昀椀gura 4.
o que o aluno já sabe, para direcionar a ação pe-
Os processos não são disssociados e, essas mediações só podem ser efetivas a partir de
uma avaliação consistente e justa. “Construir a ava-
liação da aprendizagem requererá a relação educa-
dor/educando exige o processo avaliativo mediador,
DIAGNÓSTICA que, por sua vez, só sobrevive por meio do resgate à
sensibilidade, do respeito do outro, da convivência e
de procedimentos dialógicos e signi昀椀cativos” (HOF-
AV FMANN, 2005, p. 15).
FORMATIVA SOMATIVA No processo avaliativo, é preciso considerar
muitos elementos, primeiro ter clareza dos objetivos
de aprendizagem, são eles que norteiam as toma-
Figura 4 das de decisões sobre o que, quando avaliar e que
instrumentos utilizar. O critério é outro elemento in-
Na perspectiva da avaliação formativa, todos os dispensável, pois, permite que o avaliador seja mais
sujeitos tem o potencial para aprender, precisa ape- justo, ao passo que, possibilita ao avaliado saber
nas de mediações que favoreçam a aprendizagens, sobre o que está sendo avaliado.
CRITÉRIOS DEFINIDOS
NOTA COMO CONSEQUÊNCIA
E EXPOSTOS
Figura 5
É possível perceber na 昀椀gura 5 que a avaliação seu processo de aprendizagem – tarefas avaliativas.
formativa é democrática, porque considera a posi- Os instrumentos de avaliação são registros de dife-
ção do aluno e do professor como integrantes de um rente natureza” (HOFFMANN, 2001, p. 118 e 119). Ou
mesmo processo. seja, qualquer atividade sistematizada que possui
A escolha do instrumento de coleta de dados um objetivo claro e critérios contundentes pode se
também é imprescindível, uma vez que, são eles con昀椀gurar como atividade avaliativa, desde que os
que mostraram os resultados que se espera. Hof- alunos também se apropriem dela como avaliação.
fmann (2001, p. 118 – 119) destaca que “quando me Portanto, o que garante a validade do instrumento é
re昀椀ro a instrumentos de avaliação, estou falando a sua pertinência com o objetivo proposto – conteú-
sobre testes, trabalhos e todas as formas de ex- dos de aprendizagem; e, sobretudo, o que será feito
pressão do aluno que me permitam acompanhar o com os resultados obtidos.
Figura 6
Ao contrário do exposto na 昀椀gura 6, em uma dados coletados servem de base para repensar o
avaliação quantitativa, o instrumento avaliativo processo de ensino e aprendizagem, para perceber
se reduz à nota, ao resultado. Con昀椀gura-se como que objetivos foram alcançados e que outros tantos
um exame. Ao contrário, no processo da avaliação precisam ainda ser aprendidos.
formativa, o instrumento é quali昀椀cado, ou seja, os
Um dos instrumentos mais comuns no processo escola, que de昀椀na o grau de desenvolvimento e ex-
de avaliação formativa é o portfólio. O portfólio deve periência do candidato e permita sua inscrição na
ser compreendido como um termômetro do progres- série ou etapa adequada, conforme regulamentação
so de cada aluno, do trabalho pedagógico de uma do respectivo sistema de ensino; III - nos estabeleci-
turma própria atuação do docente. mentos que adotam a progressão regular por série,
Ele é de uma re昀氀exão fundamentada pelo pró- o regimento escolar pode admitir formas de pro-
prio aluno, que de posse de seu processo de apren- gressão parcial, desde que preservada a sequência
dizagem observa-o, interage e reconstrói o seu co- do currículo, observadas as normas do respectivo
nhecimento. O portfólio deve conter: as produções sistema de ensino; [...]”.
individuais e coletivas do aluno, por ele seleciona- “V - a veri昀椀cação do rendimento escolar obser-
das, com a ajuda do professor; os comentários do vará os seguintes critérios: a) avaliação contínua e
professor acerca do progresso e das necessidades cumulativa do desempenho do aluno, com prevalên-
que se apresentarem. En昀椀m, é uma coleção de ativi- cia dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos
dades desenvolvidas durante o processo de apren- e dos resultados ao longo do período sobre os de
dizagem. eventuais provas 昀椀nais; b) possibilidade de acele-
No que tange a legislação, a Lei de Diretrizes e ração de estudos para alunos com atraso escolar;
Bases da Educação – LDB 9394/96, em seu artigo 24, c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries
destaca as regras da avaliação para a educação bá- mediante veri昀椀cação do aprendizado; d) aproveita-
sica, nos níveis fundamental e médio. Essas regras, mento de estudos concluídos com êxito; e) obrigato-
embora tratem a avaliação como processo contínuo, riedade de estudos de recuperação, de preferência
regem pela classi昀椀cação, promoção e veri昀椀cação do paralelos ao período letivo, para os casos de baixo
rendimento escolar: rendimento escolar, a serem disciplinados pelas ins-
“II - a classi昀椀cação em qualquer série ou etapa, tituições de ensino em seus regimentos; [...]”.
exceto a primeira do ensino fundamental, pode ser Pode-se perceber, nos itens citados, a contradi-
feita: a) por promoção, para alunos que cursaram, ção entre avaliação como medida e uma tentativa,
com aproveitamento, a série ou fase anterior, na ainda sem muitos parâmetros, de pensar uma ava-
própria escola [...]; c) independentemente de es- liação formativa, quando trata de avaliação contínua.
colarização anterior, mediante avaliação feita pela
TRADICIONAL DEMOCRÁTICA
DISCIPLINAS CAPACIDADE
PUNIÇÃO AJUDA
RESULTADOS PROCESSO
QUANTITATIVOS DESCTIRIVO
É perceptível o quanto a legislação ainda está criando a prática, 2ª Ed. rev. – Salvador: Malaba-
presa às amarras da concepção tradicional, embora res Comunicação e Eventos, 2005.
trate de avaliação contínua e processual, continua 8. MORETTO, Vasco Pedro. Prova: um momento pri-
voltada para a classi昀椀cação e com foco nos resul- vilegiado de estudo não um acerto de contas. Rj:
tados. DP&A, 2001.
Existem ainda outros pontos na LDB 9394/96 9. PERRENOUD, Philipe. Avaliação: Da Excelência à
que causam interpretações errôneas sobre a ava- Regulação das Aprendizagens – entre duas lógi-
liação, é o caso, por exemplo, da recuperação e da cas. Porto Alegre: Arte Médicas Sul, 1999.
progressão continuada, esta última geralmente con- 10. TENÓRIO, Robinson Moreira; VIEIRA, Marcos An-
fundida como aprovação automática. A progressão tonio. Avaliação em educação como hermenêu-
continuada está ligada à organização da escola por tica à luz de argumentos possíveis entre Sartre
ciclos de aprendizagens, e não mais por séries, o que e Freire. IN: Avaliação e sociedade: a negociação
permite organizar os objetivos de aprendizagem em como caminho. Salvador: EDUFBA, 2009.
um maior tempo de aprendizagem. Isso não signi昀椀ca 11. ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensi-
abandonar o aluno a sua própria sorte, os objetivos nar. Porto Alegre: Artmed, 1998.
precisam ser cumpridos em cada etapa do ciclo e 12. HOFFMAN, J. Avaliação: mito e desa昀椀o. Editora
repensados a cada nova fase. Mediação, São Paulo, 2010.
São muitos os mitos que cercam a avaliação, 13. LUCKESI, C. Avaliação da aprendizagem escolar:
principalmente, aqueles mais sedimentados na estudos e proposições.
perspectiva tradicional de avaliação. O fato é que 14. VASCONCELOS, C. S. Planejamento: projeto de
este é um processo imprescindível no ato educativo ensino-aprendizagem e projeto político-peda-
e precisa ser encarado de outras formas, de manei- gógico. Libertad Editora, 2007.
ra a contribuir com o ensino e aprendizagem e não 15. ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar.
apenas se con昀椀gurar como resultados estanques Porto Alegre: Editora Artes Médicas Sul LTDA,
desse longo e fascinante processo de aprender. 1998.
16. VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Técnicas de en-
REFERÊNCIAS sino: por que não? Campinas, SP: Papirus, 1996.
17. DIAS SOBRINHO, José. Avaliação: políticas e re-
1. SAUL, Ana Maria. Referenciais freireanos para a formas da Educação Superior. São Paulo: Cortez,
prática da avaliação. Revista de Educação PUC- 2003.
-Campinas, Campinas, n. 25, p. 17-24, novembro 18. CALDEIRA, Anna M. Salgueiro. Avaliação e proces-
2008. so de ensinoaprendizagem. Presença Pedagógi-
2. DEPRESBITERIS, Lea. Avaliação educacional em ca, Belo Horizonte, v. 3, p. 53-61, set./out.
três atos. 2ª ed., SP: Editora SENAC São Paulo, 19. 1997.
2001. 20. PERRENOUD, Philippe. Avaliação: da excelência à
3. ESTEBAN, Maria Teresa. (org.) Avaliação: uma regulação das
prática em busca de novos sentidos. 3ª ed. RJ: 21. aprendizagens – entre duas lógicas. Porto Ale-
DP&A, 2001. gre: Artes Médicas Sul, 1999.
4. HOFFMANN, Jussara: o jogo do contrario em ava- 22. FERNANDES, Domingos. ______. Avaliar para
liação, Porto Alegre: Mediação, 2005. aprender: fundamentos, práticas e políticas. São
5. Avaliação mito e desa昀椀o: uma perspectiva cons- Paulo: EdUNESP, 2009.
trutiva, 12 ed. Porto Alegre, Educação e Realida- 23. DEPRESBITERIS, Lea. Avaliação educacional em
de, 1993. três atos. 2ª ed., SP: Editora SENAC São Paulo,
6. Avaliar para promover: as setas do caminho, Por- 2001.
to Alegre: Mediação, 2000. 24. ESTEBAN, Maria Teresa. (org.) Avaliação: uma
7. LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendi- prática em busca de novos sentidos. 3ª ed. RJ:
zagem na escola: reelaborando conceitos e re- DP&A, 2001
Identidade do Pedagogo e
10 Práticas Pedagógicas
Mônica Borges
Ⓑ A di昀椀culdade de alterar a prática, o papel da re昀氀e- com uma práxis transformadora, de uma articulação
xão e a articulação com a família. viva entre ação e re昀氀exão.
Ⓒ A di昀椀culdade de alterar a prática, a mudança na Alternativa D: INCORRETA. A relação professor-alu-
avaliação do processo ensino-aprendizagem e a ar- no não é um aspecto responsável pelo processo de
ticulação com a família. re昀氀exão e mudança da prática dos professores, mas
Ⓓ A di昀椀culdade de alterar a prática, o papel da re昀氀e- uma variável que só será modi昀椀cada se, primeira-
xão e a relação professor-aluno. mente, houver uma mudança na intencionalidade
Ⓔ A di昀椀culdade de alterar a prática, a relação pro- dos professores.
fessor-aluno e a articulação com a família. Alternativa E: INCORRETA. Mesmo que sejam variá-
veis que interferem na prática pedagógica, a relação
Grau de Di昀椀culdade professor-aluno e a articulação com a família são
posteriores a uma concepção de práxis pedagógica,
Alternativa A: CORRETA. Os três aspectos fundamen- ou seja, se os professores não se percebem como
tais para uma transformação da prática pedagógi- sujeitos re昀氀exivos da sua ação pedagógica, não po-
ca, segundo Celso Vasconcellos, estão sintetizados derão realizar mudanças na relação que estabelece
nessa alternativa: A di昀椀culdade de alterar a prática: com os alunos e com a família.
uma efetiva disposição para querer mudar mesmo
diante das di昀椀culdades (tradição pedagógica disse- 03. Questão
minada em costumes, rituais, discursos, formas de
organização) o que demanda a ponderação de que (UFAM - COMVEST - 2013) O pedagogo ocupa um amplo es-
a mudança não depende apenas do indivíduo, dado paço na organização do trabalho pedagógico. Com
que os sujeitos vivem em contextos históricos que li- base nessa a昀椀rmação pode dizer, exceto, que o pe-
mitam suas ações em vários aspectos. O papel da re- dagogo é:
昀氀exão: o compromisso com uma causa exige re昀氀exão
(elaboração teórica). A re昀氀exão é uma mediação no Ⓐ Um articulador no processo de formação cultural
processo de transformação e diz respeito ao caráter que se dá no interior da escola.
consciente e orientado a um 昀椀m da atuação huma- Ⓑ Fundamental na organização das práticas peda-
na. Também, é necessário interiorizar a mudança, ou gógicas e consequentemente na efetivação das pro-
seja, criar a partir da re昀氀exão, possibilidades que postas.
contribuam, de fato, para uma prática transformado- Ⓒ Mediador no processo ensino-aprendizagem, de
ra. A昀椀nal, o professor é o sujeito da transformação. forma a garantir a consistência das ações pedagógi-
Alternativa B: INCORRETA. A articulação com a famí- cas e administrativas.
lia é uma intervenção que só pode acontecer me- Ⓓ Fundador para que o processo ensino-aprendiza-
diante uma intencionalidade dos professores, ou gem se efetive de forma prática e consistente.
seja, qualquer inovação, antes de existir na realida- Ⓔ Intercessor na organização das práticas pedagó-
de con昀椀gura-se na imaginação do sujeito e, portan- gicas e na avaliação do processo ensino-aprendi-
to, é preciso que o mesmo interiorize a necessidade zagem.
de realizar tal intervenção o que é um indicativo de
uma prática de mudança que prevê uma escola de- Grau de Di昀椀culdade
mocrática, atenta ao diálogo com a comunidade.
Alternativa C: INCORRETA. Celso Vasconcellos trata DICA DO AUTORA: as alternativas se confundem por
a questão da avaliação na discussão que faz sobre apresentarem a ampla possibilidade de atuação do
a prática pedagógica numa perspectiva transforma- pedagogo no espaço escolar. Entretanto, os adjeti-
dora. Entretanto, não é ela que promove mudanças, vos utilizados no início de cada proposição dão pis-
mas, ao contrário, os professores serão capazes de tas que ajudam a identi昀椀car a exceção.
romper com modelos tradicionais de se conceber e Alternativa A: CORRETA. O pedagogo é aquele que
realizar processos avaliativos se, primeiramente, se domina sistemática e intencionalmente as formas
colocarem no processo de construção de um grupo de organização do processo de formação cultural
que se dá no interior das escolas a 昀椀m de favorecer, gica e contribuir com neutralidade para o desenvol-
também, o acesso à cultura erudita. vimento curricular da instituição.
Alternativa B: CORRETA. O pedagogo atua como ar-
ticulador das ações na escola, de forma que, todos Grau de Di昀椀culdade
os envolvidos no processo ensino-aprendizagem, di-
recionem de forma competente a efetivação dessas Assertiva: INCORRETA. O espaço escolar deve ter
ações. Dessa forma, o pedagogo não será o cumpridor como princípio a tomada e efetivação de decisões
de tarefas alheias à sua função, mas desenvolverá um coletivas. Assim sendo, o pedagogo não pode atuar
trabalho de assessoria ao processo ensino-apren- com atitudes impositivas, mas como mediador da
dizagem, desenvolvido na relação professor-aluno. organização das práticas educativas. É sua função
Portanto, além do conhecimento teórico, ele precisa articular o processo ensino-aprendizagem, garantin-
ter percepção e sensibilidade para identi昀椀car as ne- do a consistência das ações de昀椀nidas na proposta
cessidades dos alunos e professores. curricular de cada instituição. Portanto, não há neu-
Alternativa C: CORRETA. O pedagogo tem relevante tralidade em sua participação, assim como da parte
importância no trabalho coletivo da escola, como de nenhum envolvido nesse contexto.
mediador do processo ensino-aprendizagem tanto
do ponto de vista das ações formativas, quanto da 05. Questão
organização das ações pedagógicas com os profes-
sores. Além disso, sua importância se destaca tam- (UNIPAMPA - CESPE - 2013) Por seu caráter intencional e
bém seja nas tarefas administrativas entendidas diretivo, o ensino consiste em um trabalho didáti-
como organização racional do processo de ensino- co-pedagógico, que pressupõe construção de co-
-aprendizagem de forma a consolidar o projeto pe- nhecimento e rigor metodológico, mas que também
dagógico construído coletivamente. implica interação, compartilhamento e expressão de
Alternativa D: INCORRETA. O processo de ensino- afetividade, originando-se de um ato de criação de
-aprendizagem é sustentado pelo Projeto Político- possibilidades para a produção de conhecimentos.
-Pedagógico que é construído coletivamente por to-
dos os sujeitos envolvidos nesse processo. Portanto, Grau de Di昀椀culdade
só o pedagogo não tem o poder de garantir, sozinho,
que o processo de ensino-aprendizagem se efetive Assertiva: CORRETA. O processo de ensino exige a
de forma consistente. operacionalização de projetos, métodos e sistemas
Alternativa E: CORRETA. O pedagogo tem o papel de pedagógicos nas instituições escolares, a identi昀椀-
planejar, decidir, coordenar, executar ações, acom- cação as di昀椀culdades dos indivíduos, en昀椀m, desen-
panhar e avaliar as questões didáticas e pedagógi- volvendo práticas e didáticas pedagógicas visando o
cas de forma articulada com os demais pro昀椀ssionais, desenvolvimento do processo de aprendizagem. Ao
buscando a efetivação das ações pensadas, coleti- mesmo tempo, esse processo de ensino e aprendi-
vamente, no processo ensino-aprendizagem. Ele é, zagem precisa considerar as subjetividades, as dife-
portanto, o mediador das ações pedagógicas. renças dos sujeitos envolvidos. Portanto, é funda-
mental favorecer a interação entre esses sujeitos a
O trabalho do pedagogo institucional requer o de- 昀椀m de que a produção de conhecimentos seja cons-
senvolvimento de uma base conceitual sólida nos truída na rede de saberes e experiências oriundas
temas educacionais, além de atitudes que lhe per- de cada sujeito.
mitam atuar de forma ética. Com base nessa premis-
sa, julgue os itens a seguir, tendo como referência o 06. Questão
trabalho multidisciplinar do pedagogo.
(UNIPAMPA - CESPE - 2013) Competência é a conquista de
04. Questão iniciativa e de responsabilidade diante de situações
pro昀椀ssionais com as quais o indivíduo se confron-
(UNIPAMPA - CESPE - 2013) O pedagogo não deve assumir ta, constituindo-se como inteligência teórica que se
o papel de educador-educando, mas ter ação enér- desenvolve a partir dos conhecimentos adquiridos e
se transforma à medida que a diversidade das situa- V. Na abordagem humanista, o homem e o mun-
ções aumenta. do são inseparáveis, mas neste paradigma, o
homem se sobressai sobre o mundo por ser o
Grau de Di昀椀culdade organizador, o estruturador, o grande agente de
mudanças.
Assertiva: INCORRETA. Para ter iniciativa e respon-
sabilidade diante das situações, o pedagogo precisa Estão corretas apenas as a昀椀rmativas:
pôr em jogo os conhecimentos que possui. Portanto,
competência diz respeito ao conjunto de habilida- Ⓐ I e III.
des, atitudes e conhecimentos que o sujeito vai ad- Ⓑ I, II e III.
quirindo/construindo ao longo da vida, bem como à Ⓒ I, II, IV e V.
mobilização desses conhecimentos, valores e deci- Ⓓ II, IV e V.
sões para agir de modo pertinente numa determi-
nada situação. Ou seja, para sermos competentes, Grau de Di昀椀culdade
precisamos dominar conhecimentos. Mas também
devemos saber mobilizá-los e aplicá-los de modo Assertiva I: CORRETA. O ensino tradicional estru-
pertinente à situação. turou-se através do método pedagógico exposi-
tivo cuja matriz teórica pode ser identi昀椀cada nos
07. Questão estudos de Herbart (1776-1841). Esse ensino tradi-
cional se constituiu após a revolução industrial e
(CBTU/RJ - CONSULPLAN - 2014) O pedagogo deve analisar e se implantou nos chamados sistemas nacionais de
fazer uma adequação dos métodos e abordagens a ensino, no momento em que se consolida o poder
serem utilizadas aos objetivos e burguês, acionando-se a escola redentora da hu-
condições diferenciadas de ensino-aprendizagem. manidade, universal, gratuita e obrigatória como
Considerando os diferentes paradigmas e aborda- um instrumento de instauração da ordem demo-
gens para escolha e melhor condução dos trabalhos crática. O ensino é centrado no professor, 昀椀gura
numa empresa, analise. indispensável para transmissão de conhecimentos,
considerado como detentor do saber. Aquele que
I. Na abordagem tradicional, os ensinamentos aprende é apenas um receptor que executa as de-
são de昀椀nidos alheios à vontade daquele que terminações que lhe são impostas, que não emite
aprende, pois alguém fará o julgamento e orga- suas ideias, não interroga, nem dialoga com a au-
nizará a seleção de temas a serem repassados. toridade exterior.
II. Na abordagem comportamentalista, defende- Assertiva II: CORRETA. O comportamentalismo ou
-se um comportamento padronizado com o in- Behaviorismo foi criado basicamente pelos os pen-
tuito de manter a ordem. O homem tem de se sadores Ivan Pavlov, John B. Watson e Burrhus Fre-
submeter ao ambiente e, a partir daí, explicitar deric Skinner. A educação segundo essa abordagem
suas ações. deverá transmitir conhecimentos, assim como com-
III. Na abordagem cognitivista, o homem e o mun- portamentos éticos, práticas sociais, habilidades
do possuem relação dinâmica de trocas e atua- considerada básicas para a manipulação e controle
ção constantes. O homem, pela sua inteligência do mundo/ambiente (cultural, social etc.) Esse sis-
em constante aperfeiçoamento, modi昀椀ca-se tema educacional tem como 昀椀nalidade básica pro-
sempre e modi昀椀ca o meio em benefício próprio. mover mudanças nos indivíduos, que implicam tan-
IV. Na abordagem sociocultural, o mundo é o re- to em aquisição de novos comportamentos quanto
sultado da ação do homem e, por isso, o ho- a modi昀椀cação de comportamentos já existentes. A
mem deve pré-avaliar suas ações porque elas empresa deverá se adaptar de acordo com os com-
têm ascendência sobre o ambiente. Neste pa- portamentos que se deseja manter. Cabe a ela, por-
radigma, coloca-se nas mãos dos indivíduos as tanto, manter, conservar e em parte modi昀椀car os
responsabilidades por suas escolhas. padrões de comportamento aceito como úteis e de-
sejáveis para uma sociedade, considerando-se em
determinado contexto cultural. Os comportamentos e seu objetivo último é a autorrealização ou uso ple-
de quem aprende serão instalados e mantidos por no de suas potencialidades e capacidades. Portanto,
condicionantes e reforçadores arbitrários tais como: ele não se sobressai ao mundo, mas interage com
elogios, graus, notas, prêmios, reconhecimentos do ele de modo que, a partir da sua percepção, rece-
mestre e dos colegas, prestígio, etc. bendo os estímulos, as experiências, possa atribuir
Assertiva III: CORRETA. Piaget (1976) é o representan- lhe signi昀椀cado. Assim, é atribuído ao sujeito papel
te com maior visibilidade dessa abordagem que dá central e primordial na elaboração e criação do co-
ênfase aos aspectos biológicos na aprendizagem e nhecimento, ou seja, do desenvolvimento do seu
desenvolvimento humano. Esta abordagem consiste potencial inerente. O mundo (o ambiente externo) é
em uma teoria de etapas, uma teoria (epistemologia um fenômeno subjetivo, pois o ser humano recons-
genética) que pressupõe que os seres humanos pas- trói em si o mundo exterior.
sam por uma série de mudanças ordenadas e pre-
visíveis, tendo como pressupostos básicos de sua Resposta: Ⓑ
teoria o interacionismo, a ideia de construtivismo
sequencial e os fatores que interferem no desenvol- 08. Questão
vimento. Nessa teoria, o sujeito é concebido como
um ser dinâmico, que a todo momento, interage com (DETRAN/RO - IDECAN - 2014) Para desenvolver suas ativi-
a realidade, operando ativamente com objetos e dades em uma empresa, o pedagogo precisa de um
pessoas. Essa interação com o ambiente faz com que entendimento profundo do comportamento huma-
construa estruturas mentais e adquira maneiras de no no contexto organizacional. Considerando esta
fazê-las funcionar. O eixo central, portanto, é a in- premissa, o pedagogo deverá, exceto:
teração organismo-meio e essa interação acontece
através de dois processos simultâneos: a organiza- Ⓐ Desenvolver metodologias adequadas à utiliza-
ção interna e a adaptação ao meio, funções exerci- ção das tecnologias da informação e da comunica-
das pelo organismo ao longo da vida. ção nas práticas educativas.
Assertiva IV: INCORRETA. Tem como principal inspi- Ⓑ Ter conhecimento e uma base teórica que reúne in-
rador Paulo Freire (1975). Evidencia uma tendência vestigação e prática, dando foco para conhecimentos
interacionista, já que há interação homem-mundo, especí昀椀cos do campo educacional nas organizações.
sujeito-objeto, é essencial para que o ser humano se Ⓒ Compreender o contexto produtivo da organiza-
desenvolva e se torne sujeito de sua práxis. Consiste, ção, objetivando situar o trabalho somente como um
portanto, nas respostas dadas pelo homem à natu- processo de busca do aumento da lucratividade.
reza, aos outros homens, às estruturas sociais, e na Ⓓ Identi昀椀car os problemas pro昀椀ssionais e sociocul-
sua tentativa de ser progressivamente cada vez mais turais visando à participação de todos, despertando
o sujeito de sua práxis, ao responder aos desa昀椀os de uma visão da nova realidade do mercado de trabalho.
seu contexto. O ser humano nessa abordagem é o Ⓔ Precisa estudar e observar o que está acontecen-
sujeito da educação, pois ela se dá através da re昀氀e- do dentro da empresa e entender o seu andamento,
xão sobre o homem e pela análise do meio de vida seu desenvolvimento e porque existe um desequilí-
desse homem concreto. Ele não participará ativa- brio dentro dela.
mente da história, da sociedade, da transformação
da realidade, se não tiver condições de tomar cons- Grau de Di昀椀culdade
ciência da realidade e, mais ainda, da sua própria
capacidade de transformá-la. Alternativa A: CORRETA. A lógica das competências
Assertiva V: INCORRETA. O referencial teórico dessa refere-se às novas exigências impostas ao conjunto
abordagem tem origem no trabalho de Rogers (1972). de iniciativas voltadas à formação do trabalhador e
Essa abordagem dá ênfase ao desenvolvimento da do cidadão, devido às transformações que vêm ocor-
personalidade do indivíduo, dos seus processos e rendo na sociedade atual. Essas alterações e a con-
organização pessoal da realidade em sua capacida- sequente evolução tecnológica demandam que os
de de atuar como uma pessoa integrada. O homem processos de formação também sejam modi昀椀cados,
é considerado como uma pessoa situada no mundo sobretudo aqueles vinculados ao sistema educacio-
nal do país. A utilização das tecnologias como ferra- sexual, entre outras. Assim sendo, o Pedagogo Em-
mentas importantes no processo de construção do presarial auxilia no desenvolvimento das competên-
conhecimento, pelas suas possibilidades e poten- cias e habilidades de cada indivíduo para que cada
cialidades, destaca-se como essencial na atuação pro昀椀ssional desde o menor cargo saiba lidar com
do pedagogo na empresa. É necessário destacar que várias demandas com incertezas, com várias cultu-
não consiste apenas em utilização de máquinas e re- ras ao mesmo tempo, gerando assim um resultado
cursos avançados, mas também se referem às técni- positivo no mercado de trabalho que se apresenta
cas, conhecimentos, métodos, materiais, ferramen- na atualidade.
tas, e processos usados para resolver problemas ou Alternativa E: CORRETA. O pedagogo necessita co-
ao menos facilitar a solução dos mesmos. nhecer tudo quanto diga respeito à pessoa humana,
Alternativa B: CORRETA. O pedagogo empresarial no campo da 昀椀loso昀椀a, da psicologia, das relações
necessita de uma formação 昀椀losó昀椀ca, humanística e humanas e técnicas envolvidas no sistema organiza-
técnicas sólidas cujos conhecimentos o quali昀椀cam a cional da empresa. Deve ainda observar o que está
interagir com todos os setores da empresa desem- acontecendo no ambiente de trabalho, perceber seu
penhando sua função com propósito de provocar clima organizacional e como ele funciona. Isso deve
mudanças em favor dos funcionários, empresa e ocorrer em todos os setores para que haja uma ho-
clientela. Tendo conhecimentos do seu campo espe- mogeneidade no aprendizado e crescimento para
cí昀椀co de atuação, o Pedagogo Empresarial contribui todos. Agindo assim estará apto para orientar de
com a valorização dos saberes existentes, além de maneira e昀椀caz toda a empresa, identi昀椀cando solu-
intervir positivamente na quali昀椀cação constante dos ções práticas e adequadas diante de problemas que
funcionários, melhorando as práticas produtivas, estejam ocorrendo ou venham a ocorrer.
possibilitando uma formação constante em termos
de referenciais e valores diversi昀椀cados. 09. Questão
Alternativa C: INCORRETA. A Pedagogia empresarial
se ocupa com os conhecimentos, competências, ha- (FUNDAÇÃO CASA - CETRO - 2014) Toda a obra de Paulo Frei-
bilidades e atitudes consideradas necessárias para re é uma concepção de educação embutida numa
compreender e favorecer a melhoria da sua produti- concepção de mundo. O autor a昀椀rma que “Se a edu-
vidade. Por isso, o pedagogo desenvolve programas cação sozinha não transforma a sociedade, sem ela
de quali昀椀cação/requali昀椀cação, produz e difunde tampouco a sociedade muda” (FREIRE, 2000, p.67) .
conhecimento e adequa práticas de informação e Para se construir uma sociedade aberta, aquela em
comunicação. Entretanto, esse conjunto de saberes que a democracia possa existir, é necessário desen-
e práticas não colocam para o pedagogo o foco, SO- volver uma pedagogia:
MENTE, no aumento da lucratividade, mas no apri-
moramento organizacional oportunizando a expe- Ⓐ não diretiva, educar pelo diálogo. Aprender é um
rimentação de novas alternativas para enfrentar os ato de conhecimento da realidade concreta, isto
desa昀椀os do contexto onde atuam, promovendo um é, da situação real vivida pelo educando, e só tem
contínuo aprendizado como 昀椀loso昀椀a de vida. sentido se resulta de uma aproximação crítica des-
Alternativa D: CORRETA. De acordo com as Diretrizes sa realidade, a que se chega pelo processo de com-
Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia, preensão, re昀氀exão e crítica.
umas das atribuições do pedagogo é identi昀椀car pro- Ⓑ diretiva e transmissiva, observando a relação su-
blemas socioculturais e educacionais com postura jeito/conhecimento: sendo o sujeito aluno, o conhe-
investigativa, integrativa e propositiva em face de cimento é transmitido a ele sem direito a
realidades complexas, com vistas a contribuir para questionamentos. Somente o professor fala e o alu-
superação de exclusões sociais, étnico-raciais, eco- no escuta até conseguir decorar o que foi passado.
nômicas, culturais, religiosas, políticas e outras; de- Os conteúdos são organizados pelo professor, em
monstrar consciência da diversidade, respeitando uma sequência lógica, e a avaliação é realizada por
as diferenças de natureza ambiental-ecológica, étni- meio de provas escritas e exercícios
co-racial, de gêneros, faixas geracionais, classes so- de casa.
ciais, religiões, necessidades especiais, orientação
Ⓒ diretiva e transmissiva, observando a relação pro- tos, é importante reconhecer o destaque que é feito
fessor/aluno: o professor representante do meio so- à realidade dos sujeitos. A昀椀nal, o processo educa-
cial determina ao aluno, que é tabula rasa, o que es- tivo deve favorecer compreensão, re昀氀exão e crítica
tudar a cada novo conteúdo. Nessa relação, o ensino dos contextos socioculturais dos alunos com vistas
e a aprendizagem são polos diferentes, o professor à sua transformação.
jamais aprenderá com o aluno e o aluno jamais en- Alternativa B: INCORRETA. A pedagogia diretiva e
sinará o professor. transmissiva não abre possibilidades para a cons-
Ⓓ não diretiva, observando a relação sujeito/conhe- trução de uma sociedade aberta, democrática, pois
cimento: o sujeito sendo aluno, dependendo da sua é legitimada por uma epistemologia que a昀椀rma que
classe social, os resultados serão diferentes. Essa o sujeito é totalmente determinado pelo mundo do
pedagogia acredita que o ser humano nasce com o objeto ou meio físico e social. Quem representa este
conhecimento já programado na sua genética, ca- mundo, na sala de aula, é, por excelência, o profes-
bendo à escola possibilitar que ele desabroche. sor. Ele, e somente ele, pode produzir algum novo
Ⓔ não diretiva. O professor não diretivo acredita conhecimento no aluno. O aluno aprende se, e so-
que o aluno aprende por si mesmo. O professor tor- mente se, professor ensina. O professor acredita na
na-se um auxiliador da aprendizagem despertando transferência do conhecimento: o que ele sabe, não
o conhecimento que já existe no aluno. Aprender é importa o nível de abstração ou de formalização,
modi昀椀car suas próprias percepções. pode ser transferido ou transmitido para o aluno.
Tudo o que o aluno tem a fazer é submeter-se à fala
Grau de Di昀椀culdade do professor: 昀椀car em silêncio, prestar atenção, 昀椀car
quieto e repetir, até aderir em sua mente, o que o
DICA DO AUTORA: é preciso considerar os pressupos- professor falou. Nesse contexto, nega-se o papel do
tos desenvolvidos em cada alternativa e não apenas aluno/educando como sujeito da sua história, como
as classi昀椀cações que iniciam o enunciado de cada alguém que conhece, constrói conhecimento e é ca-
uma, haja vista que as mesmas não dão conta de tra- paz de intervir na sociedade. A ênfase está na repro-
duzir uma relação direta com a proposição da ques- dução do autoritarismo, da coação, da heteronomia,
tão: “sociedade aberta e democrática”. da subserviência, do silêncio, da morte da crítica, da
Alternativa A: CORRETA. A concepção não diretiva tra- criatividade, da curiosidade.
zida nessa alternativa não tem relação com ideia de Alternativa C: INCORRETA. A teoria que sustenta a
que o aluno aprende sozinho e que o professor não pedagogia diretiva é o empirismo. Esta alternativa
terá nenhuma importância no processo de ensino e também não re昀氀ete a perspectiva democrática que a
aprendizagem. Muito pelo contrário: ela diz-se não Pedagogia precisa desenvolver, pois não considera a
diretiva porque preconiza, defende o diálogo como capacidade de que, no processo de ensino e apren-
base primordial para que a aprendizagem aconteça. dizagem, tanto aluno/educando quanto professor
O professor que um conhecimento (conteúdo) e uma aprendam juntos. Além disso, confere ao professor
condição prévia de conhecimento (estrutura) possa uma atitude autoritária diante do aluno que é con-
transitar, por força do ensino, da cabeça do profes- siderado uma “tábula rasa”. Esta concepção teórica
sor para a cabeça do aluno. Não acredita que a men- parte do princípio de que o desenvolvimento da in-
te do aluno é tabula rasa, isto é, que o aluno, frente teligência é determinado pelo meio e não pelo sujei-
a um conhecimento novo, seja totalmente ignorante to. A ideia é que o ser humano não nasce inteligente,
e tenha que aprender tudo da estaca zero. Ele acre- mas é passivamente submetido às forças do meio
dita que tudo o que o aluno construiu até hoje em que provocam suas reações. O desenvolvimento in-
sua vida serve de patamar para continuar a construir telectual pode ser totalmente modelado.
e que alguma porta se abrirá para o novo conheci- Alternativa D: INCORRETA. Novamente, a ideia de
mento – é só questão de descobri-la: ele descobre pedagogia não-diretiva se apoia numa concepção
isto por construção. O diálogo entre professor e alu- de que o conhecimento já está, já nasce no sujeito
no é essencial, pois este se coloca como mediador cabendo ao professor apenas fazê-lo vir à tona. E
do processo de ensino e aprendizagem e ambos po- ainda delega à classe social do sujeito a razão pela
dem aprender um com o outro. Além desses aspec- qual se obtém resultados diferentes no processo de
desenvolver competências coerentes aos projetos forma, não há como se pensar numa escola emanci-
educativos dos locais onde atua. padora se ela se coloca como descompromissada do
Alternativa E: CORRETA. Os processos educativos querer fazer. Ao contrário, ela deve atuar como um
presentes nos espaços de atuação do pedagogo são instrumento de rompimento da ideologia do estado,
permeados de con昀氀itos de ordem didática, pedagó- um espaço dialético objetivando a transformação
gica e coletiva que envolve os sujeitos que deles fa- social. Por isso, os educadores comprometidos com
zem parte. Ao abordar as partes em con昀氀ito o peda- seus alunos e suas práticas, precisam ser sujeitos
gogo enquanto mediador deve identi昀椀car a situação que sistematicamente problematizam a educação e
como oportunidade de estímulo da prática de valo- sua função na sociedade contemporânea. A昀椀nal, é,
res como: solidariedade, tolerância e igualdade. Ele especialmente, através da educação que o homem
tem na mediação de con昀氀ito uma alternativa alta- constrói sua história e por isso, ela não pode se exi-
mente promissora de propor um meio de convivên- mir do papel histórico-social que possui na constru-
cia mais harmonioso, que busca criar novas formas ção de uma sociedade capaz de enfrentar os desa-
ao mediar integrando as diferenças. 昀椀os encontrados cotidianamente.
Assertiva II: CORRETA. Uma perspectiva emancipa-
11. Questão dora da educação é complexa, pois envolve diversas
dimensões, dentre elas a ética-política. Nesse sen-
(NUCLEP - BIORIO - 2014) A prática educativa emancipa- tido, a emancipação tem a ver com a predisposição
tória requer do educador uma tomada de posição dos indivíduos em se reconhecerem como sujeitos
pela missão histórica consciente e consequente da de direitos, que precisam ser conquistados com o
humanidade de destruir as relações de classe que esforço pessoal de cada um. Ao mesmo tempo em
sustentam a alienação e privam o homem de seu de- que, também, precisam se sentir responsáveis pela
senvolvimento humano. construção de uma sociedade mais igualitária colo-
cando-se a serviço de relações solidárias, comparti-
Avalie se a prática educativa deve ser: lhando intenções e ações que valorizem a vida. Ra-
zão e sensibilidade caminham juntas para que cada
I. descompromissada do querer fazer. sujeito seja capaz de olhar para si e para o outro.
II. ético-política. Uma prática educativa emancipatória tem a ver, por-
III. pro昀椀ssional. tanto, a efetivação de uma civilidade na qual o social
IV. um comprometimento com o dever e o poder. esteja acima dos interesses do capital e pressupõe
que a escola colabore na formação de pessoas capa-
Estão corretas apenas: zes de resolver con昀氀itos coletivamente. Assim, cabe
à escola lidar com conhecimentos e práticas que
Ⓐ I, II e IV. visem aos interesses da valorização e respeito ao
Ⓑ I, II e III. ser humano, ou seja, com a formação ética, enten-
Ⓒ II, III e IV. dida aqui não do ponto de vista do conteúdo didá-
Ⓓ I e II. tico, mas do convívio diário dentro de cada espaço
Ⓔ I, III e IV. educativo. Paulo Freire (1979) corrobora com estas
ideias defendendo que a educação é um instrumen-
Grau de Di昀椀culdade to essencial nesse processo de transformação da so-
ciedade, pois permite desvelar a realidade na qual
Assertiva I: INCORRETA. A prática educativa emanci- os sujeitos estão inseridos. Através dela é possível
patória leva em conta o espaço onde se desenvolvem politizar o indivíduo, favorecendo ao mesmo apro-
as ações educativas, os envolvidos nesse processo, a priar-se da realidade em que vive, tendo sobre ela
coerência entre os procedimentos adotados; e prin- um olhar crítico, inserindo-se e atuando consciente-
cipalmente, um processo de ensino e aprendizagem mente no mundo.
mais signi昀椀cativo e consistente de modo a favorecer Assertiva III: CORRETA. Outra dimensão de uma edu-
o desenvolvimento da autonomia dos sujeitos com cação emancipadora é a pro昀椀ssional. Nesse senti-
vistas a uma educação realmente para todos. Dessa do, o que se objetiva é que a educação contribua
na formação de sujeitos que, inseridos no mundo dem a aprisionar a população. É preciso corroborar
do trabalho, se contraponham ao projeto dominante na formação de pessoas que usam o poder para ir
neoliberal a atual sociedade capitalista. Para isso, contra tudo que desquali昀椀ca a vida, dando suprema-
é fundamental que a prática educativa desenvolva cia aos interesses do capital.
competências capazes de favorecer a transforma-
ção dos processos e estruturas sociais, culturais, Resposta: Ⓒ
políticas e econômicas que excluem grande parte
da população das condições dignas de vida, apesar 12. Questão
dos avanços cientí昀椀cos e tecnológicos de produção.
A perspectiva que se pretende de uma educação (TJ/GO - FGV - 2014) Segundo Paulo Freire (Pedagogia do
emancipadora do ponto de vista pro昀椀ssional não Oprimido, 1994), “O que não se pode realizar, na prá-
é mercantilista, ou seja, voltada para o mercado. A xis revolucionária, é a divisão absurda entre a prá-
educação deve estar voltada para o mundo do traba- xis de liderança e a das massas oprimidas, de forma
lho, entendido aqui não como emprego, mas como que, a destas, se restringisse a seguir as determina-
tudo aquilo que o sujeito realiza para melhorar sua ções da liderança”.
vida; só assim o trabalho é emancipatório. Apesar
de Paulo Freire não ter proposto em seus estudos De acordo com essa passagem, Freire enfatiza que:
uma re昀氀exão acerca da educação na dimensão pro-
昀椀ssional, sua teoria é bastante pertinente ao se pen- Ⓐ a dialética acima descrita é condição fundamen-
sar o mundo do trabalho, haja vista que também se tal para o restabelecimento do poder nas mãos do
pretende para este uma perspectiva humanizadora, povo e a construção, por parte deste, de uma escola
crítica, re昀氀exiva, dialética e libertadora, que tenha que atenda às suas demandas mais prementes;
como foco principal a emancipação. Nesse sentido, Ⓑ essa dicotomia existe, como condição necessária,
o trabalho permitirá às pessoas o desenvolvimento na situação de dominação, em que a elite domina-
da capacidade criativa, inventiva permitindo-lhes dora prescreve e os dominados seguem as prescri-
construírem trajetórias pro昀椀ssionais livres, que ções;
atuam como atividades educativas prazerosas em Ⓒ a dialética apresentada torna-se a condição que
função da opção que cada uma 昀椀zer. Portanto, o que impossibilita a formação crítica nas escolas brasi-
se espera é uma educação que liberte pela cons- leiras e o consequente fenômeno de exclusão em
cientização, resgatando a autonomia dos sujeitos e massa;
não uma educação que domestique e acomode. Ⓓ é justamente essa dicotomia que cria as melhores
Assertiva IV: CORRETA. A sociedade contemporânea condições para a ascensão do proletariado ao poder
tem nos colocado diante de uma ideologia dominan- e a reconstrução de uma sociedade como novas ba-
te cujo progresso tecnológico está atrelado à ideolo- ses políticas;
gia de mercado, suscitando a exploração, alienação Ⓔ o antagonismo constitutivo das sociedades mo-
e domesticação de milhões de pessoas que têm sido dernas, fomentado pelos regimes disciplinares e an-
privadas de direitos básicos como educação, traba- tidemocráticos depende diretamente dos processos
lho, cultura e lazer. Portanto, pensar numa educação políticos aos quais elas estão sujeitas.
emancipadora signi昀椀ca compreender o papel que a
escola tem diante dessa realidade, a força que seu Grau de Di昀椀culdade
discurso pode ter: mascarar, esconder, reforçar a
realidade ou anunciar, denunciar e transformar essa DICA DA AUTORA: A questão traz uma re昀氀exão sobre
mesma realidade. Aí se encontra seu compromisso a prática revolucionária, mas as alternativas não têm
com o dever e o poder. Uma educação emancipató- o foco na mesma, mas da dialética opressor-oprimi-
ria pressupõe a formação de sujeitos cada vez mais do, ou seja, a prática revolucionária mencionada na
conscientes de sua autoria a construção da socie- questão aparece apenas para se contrapor à evidên-
dade em que vivem. Requer, portanto, uma prática cia destacada na ideia de Freire.
educativa alicerçada no compromisso com a liberta- Alternativa A: INCORRETA. A educação é uma prática
ção dos processos e estruturas capitalistas que ten- social que se dá em meio às relações sociais com o
objetivo de colaborar com o processo de humaniza- verticalizada que não abre espaço para a horizontali-
ção plena dos sujeitos. Tal processo deve prever a dade, para os pares, para o diálogo. Contrariamente,
ruptura das práticas de dominação tão presentes na a escola precisa reconhecer essa dicotomia e atuar
atual sociedade, expressas nas relações construídas no sentido de romper com os padrões rígidos de
por meio de situações de exploração de uns sobre poder que cristalizam/enrijecem as ações humanas.
outros. Nesse sentido, a educação só pode ser crí- Este é, portanto, o desa昀椀o que se coloca pra escola:
tica e revolucionária favorecendo a humanização possibilitar o conhecimento de mundo de forma que
plena dos sujeitos, se ela age no sentido de trans- os sujeitos possam agir sobre ele, transcendendo as
formar essas relações. Para Freire para que haja a situações-limite que lhes são impostas como impe-
transformação da realidade é preciso a tomada de dimento para a realização de suas potencialidades
consciência da real condição material de exploração e do seu vir-a-ser. Sua atuação precisa ser no sen-
à qual os sujeitos são constantemente submetidos. tido de possibilitar a formação de uma consciência
Ao reconhecer que a exploração pela qual passa é esclarecida para o processo do defrontar-se com a
antiética, ele poderá construir a força necessária realidade, reconhecendo as situações de opressão
para promover a mudança. Um povo empoderado é e exclusão às quais os sujeitos são submetidos, a
um povo que se reconhece oprimido e que, por isso, 昀椀m de enxergando, criticamente, a ausência da ética
busca forças e alternativas para pensar e agir coleti- nas relações, construir a crença na sua capacidade
vamente em busca do atendimento às suas deman- de mudar e em união com seus pares enfrentar as
das mais prementes. condições de dominação. En昀椀m, a dialética opres-
Alternativa B: CORRETA. Apesar de uma prática re- sor-oprimido deve ser para a educação, para as es-
volucionária atentar para que haja um diálogo efeti- colas, a razão pela qual se pensa em uma prática de
vo nas relações humanas, a dicotomia apresentada re昀氀exão crítica, coletiva, participativa.
nessa questão, infelizmente, é bastante evidente na Alternativa D: INCORRETA. Mantendo uma lógica de
sociedade capitalista a qual vivemos: de um lado do- exclusão e dominação, os dominantes não abrem
minantes, de outro os dominados. Ela atua no sen- possibilidades para que a massa dos oprimidos te-
tido de “domesticar”, minimizar, rebaixar, manipular, nha ascensão. Pelo contrário, numa sociedade que
coisi昀椀car os sujeitos, reduzindo-os a puros objetos, reforça as diferenças entre as classes, não cabe se
ajustando-os às ordens de autoridades anônimas, pensar em distribuição de poder. Ao mesmo tempo
os converte em seres acríticos, não pensantes, ou em que não cria novas bases políticas, mas reforça
seja, desumaniza-os. Esta á a condição que os do- as já existentes. O processo de politização, a liber-
minantes encontram para poder fazer valer sua tação da consciência e, a consequente instauração
ideologia opressora cujos objetivos que importam de novas bases políticas pressupõe uma gama am-
são apenas aqueles que dizem respeito aos seus in- pla de elementos que se relacionam entre si e que
teresses. E ao passo em que os mesmos se deixam fazem parte de uma prática revolucionária: postura
entrar nessa lógica exploratória e exclusiva confor- política, criticidade, solidariedade, afetividade e,
mando-se com ela, aceitando-a, seguindo-a, mais os principalmente, os processos dialógicos ressaltando
sujeitos sentem a exigência de se adaptar à expecta- que o diálogo é o fator primordial da ação revolucio-
tiva do outro que cada vez mais irá oprimi-lo. Nesse nária. Como enfatiza Freire (1981), é impossível haver
contexto onde as estruturas das relações sociais são práxis revolucionária sem o diálogo.
verticalizadas não há espaço para o diálogo entre os Alternativa E: INCORRETA. O antagonismo está pre-
sujeitos. Portanto, as experiências de diálogo e de sente nas sociedades capitalistas modernas na rela-
participação são limitadas e não encontram força ção verticalizada entre opressores e oprimidos. Es-
para a transformação da realidade. truturada hierarquicamente, ela se caracteriza pelo
Alternativa C: INCORRETA. A dialética apresentada autoritarismo político e social que evidencia a cres-
não pode ser vista como obstáculo para que a esco- cente desigualdade social acentuada pelo capitalis-
la atue no sentido de transformação realidade dos mo que tem como base a matriz senhorial e escra-
sujeitos. Apesar de ser essa a lógica evidenciada na vocrata. Ao se destacar nessa estrutura hierárquica,
sociedade capitalista, o que se espera é a superação a classe burguesa universal faz valer seus princípios
dessa forma de estrutura relacional, uma estrutura nas forças produtivas, nos meios de produção e nas
relações sociais de produção, subvertendo os di- infantil e nos 3 (três) primeiros anos do ensino fun-
ferentes modos de vida e os valores existentes em damental.
outras classes. Assim, percebe-se que não são, ex- Ⓔ o curso de Licenciatura em Pedagogia destina-se,
clusivamente, os processos políticos os responsá- entre outras coisas, à formação de professores para
veis pelas relações antagônicas dessa sociedade. É exercer funções de magistério na Educação Infantil e
fundamental a compreensão de que o ser humano nos anos iniciais do Ensino Fundamental, na área de
como um ser de relações não está só no mundo, mas serviços e apoio escolar e em outras áreas nas quais
com o mundo e isso pressupõe sua condição de re- sejam previstos conhecimentos pedagógicos.
昀氀etir sobre si mesmo, suas atividades, sobre os ou-
tros, ou seja, um permanente defrontamento com o Grau de Di昀椀culdade
mundo que lhe confere possibilidades de recusar ao
conformismo com a ordem estabelecida e realizar DICA DA AUTORA: Todas as alternativas apresentam
mudanças. A manutenção, portanto, do antagonis- alguma informação acerca dos campos de atuação
mo social que caracteriza as sociedades modernas é do pedagogo. Entretanto, não contemplam todas as
algo que pode ser modi昀椀cado mediante as situações possibilidades que a sua formação garante. Portan-
de re昀氀exão-ação-re昀氀exão de todo e qualquer su- to, é preciso atenção para perceber qual delas traz
jeito, principalmente aqueles que se encontram na em integridade todas elas.
massa oprimida. Corroborando, Freire (1982, p. 105) Alternativa A: INCORRETA. O licenciado em Pedago-
“não são as situações limites, em si mesmas, gerado- gia pode exercer funções de magistério não ape-
ras de um clima de desesperança, mas a percepção nas na Educação Infantil, mas também, nos anos
que os homens tenham dela num dado momento iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de En-
histórico, como um freio a eles, como algo que eles sino Médio, na modalidade Normal, de Educação
não podem ultrapassar.” Reconhecer as situações Pro昀椀ssional na área de serviços e apoio escolar e
limite, aqui no caso o antagonismo moderno, e ter em outras áreas nas quais sejam previstos conheci-
uma consciência crítica sobre elas é que permite aos mentos pedagógicos.
sujeitos transcendê-la, para transformar o fenôme- Alternativa B: INCORRETA. Apesar de essa alternati-
no material-social em outro. va ampliar a primeira, não aborda todos os campos
de atuação do pedagogo, haja vista que além da
13. Questão Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fun-
damental ele poderá também atuar nos cursos de
(UFCA/CE - CCV/UFC - 2014) Sobre a formação e atuação do Ensino Médio, na modalidade Normal, de Educação
pedagogo é correto a昀椀rmar que: Pro昀椀ssional na área de serviços e apoio escolar e em
outras áreas nas quais sejam previstos conhecimen-
Ⓐ o licenciado em Pedagogia, no caso de sua for- tos pedagógicos. O campo de atuação do pedagogo
mação ocorrer na modalidade normal, poderá atuar ampliou-se ao longo da história e está fundamenta-
somente na educação infantil. da num conceito mais amplo de educação no qual se
Ⓑ o curso de Licenciatura em Pedagogia restringe- defende a ideia de que ela acontece em outras ins-
-se à formação de pro昀椀ssionais da educação para tâncias além da família e da escola, ou seja, as prá-
exercer funções de magistério na Educação Infantil ticas educativas estão presentes em outros espaços
e nos anos iniciais do Ensino Fundamental. da existência humana individual e social, ocorrendo
Ⓒ para a formação do licenciado em Pedagogia é ou não por meio de institucionalização e de diferen-
central o conhecimento da escola como uma insti- tes modos. É uma proposta que concebe a educação
tuição complexa que tem como função única a pro- como prática social e que, por isso, não se restringe
moção da educação pro昀椀ssional do estudante. ao contexto escolar, abrindo várias possibilidades
Ⓓ a Licenciatura em Pedagogia, etapa inicial da para o pedagogo exercer sua pro昀椀ssão.
formação do professor, pode ser oferecida na mo- Alternativa C: INCORRETA. No processo formativo no
dalidade normal, restringindo-se àqueles formados curso de Licenciatura em Pedagogia é fundamental
neste nível, o exercício do magistério na educação que aconteçam estudos acerca do principal lócus
de atuação do pedagogo: a escola. A昀椀nal, enquanto
um dos agentes do processo educativo, o pedago- escolares (atuação como formadores, consultores,
go tem o papel de desvelar contradições que estão técnicos, orientadores que desenvolvem atividades
presentes no contexto escolar assegurando a orien- pedagógicas em empresas, órgãos públicos, movi-
tação e a realização de ações que promovam aos mentos sociais, meios de comunicação); além de po-
outros agentes educativos (alunos e professores) o derem também atuar em outras instâncias realizan-
acesso aos conhecimentos historicamente produzi- do outras atribuições: produção de vídeos, 昀椀lmes,
dos pela humanidade, possibilitando, assim, que a brinquedos, livros, materiais pedagógicos, ou ainda,
escola cumpra com o seu papel social. Entretanto, na formação pro昀椀ssional. Percebe-se, portanto, que
esta alternativa encontra seu erro ao a昀椀rmar que o licenciado em Pedagogia atua no sentido de pro-
a função única da escola é a promoção da educa- mover a realização de práticas educativas nos vários
ção pro昀椀ssional do estudante. A função da escola contextos em que elas ocorrem.
é complexa, ampla e envolve diferentes aspectos:
culturais, cognitivos, afetivos, sociais e históricos. 14. Questão
Enquanto instituição social ela é fundamental para
a constituição dos sujeitos, de sua formação e para (UFCA/CE - CCV/UFC - 2014) Considerando-se o pedagogo
a evolução da sociedade. Por isso, sua função está um pro昀椀ssional da educação, sua atuação:
associada a objetivos e metas que visam a emanci-
pação humana e transformação social. Assim sendo, Ⓐ 昀椀ca restrita ao atendimento em pré-escolas pú-
é preciso que o conhecimento em suas dimensões blicas e privadas.
cientí昀椀ca e 昀椀losó昀椀ca seja socializado com qualida- Ⓑ é exclusivamente voltada para a escola, priorita-
de de forma a garantir que se tornem saberes e fa- riamente na educação infantil.
zeres necessários para os sujeitos se emanciparem Ⓒ pode ser exercida em diferentes segmentos, em
intelectualmente. Isso permitirá não apenas que os espaços escolares e não escolares.
alunos tenham uma formação pro昀椀ssional, mas para Ⓓ continua restrita à escola, mas deixa de ser ex-
a vida, ou seja, sua formação como cidadão com a clusiva na educação infantil, podendo atuar também
昀椀nalidade da emancipação humana e da transfor- nas séries iniciais do ensino fundamental.
mação política e social. Ⓔ apesar de permanecer restrita à escola, pode ser
Alternativa D: INCORRETA. Assim como as alternati- exercida na administração e planejamento da insti-
vas A e B, esta também restringe o campo de atua- tuição de ensino à qual está vinculado.
ção do pedagogo. Segundo a Resolução CNE/CP nº
1, de 15 de maio de 2006, será um professor da Edu- Grau de Di昀椀culdade
cação Infantil, Anos Iniciais do Ensino Fundamental,
das disciplinas pedagógicas para o Curso Normal do Alternativa A: INCORRETA. Durante muito tempo o
Ensino Médio e dos cursos de Educação Pro昀椀ssional processo educativo esteve ligado estritamente às
na área educacional. ações educativas realizadas na escola e era justa-
Alternativa E: CORRETA. A formação em Pedagogia mente esse o espaço de atuação do pedagogo. Po-
garante ao pedagogo atuação pro昀椀ssional em diver- rém, as transformações pelas quais a sociedade vem
sas instâncias da prática educativa, que se vinculam passando, especialmente a tecnológica e a perspec-
indireta ou diretamente à organização e aos proces- tiva do mundo globalizado, ressigni昀椀cou a concep-
sos de aquisição de saberes e modos de ação, de ção de educação e, consequentemente, os campos
acordo com os objetivos de昀椀nidos em cada instân- de atuação do pedagogo. A educação ganha priori-
cia para a formação humana. Dentre os diferentes dade, portanto, não mais apenas dentro da escola,
espaços de atuação e função pode-se destacar: os de forma institucionalizada, mas em outros âmbi-
sistemas macro, intermediário ou micro de ensino tos que tem a formação humana como objetivo. Daí
(atuando como gestores, supervisores, adminis- pode-se citar, dentre outros espaços as empresas,
tradores, planejadores de políticas educacionais, hospitais, ONGs, associações, igrejas, meios de co-
pesquisadores e a昀椀ns); as escolas (como professo- municação e projetos sociais. Essa nova perspectiva
res, gestores, coordenadores pedagógicos, pesqui- rompe com preconceitos e ideias que delegam ao
sadores, formadores); em espaços educativos não
pedagogo apenas a sala de aula como espaço para Ⓐ Com a Pedagogia adquirimos conhecimentos e
exercício da sua pro昀椀ssão. capacidades para conhecer melhor os indivíduos, as
Alternativa B: INCORRETA. A atuação do pedagogo habilidades e as competências.
não se restringe à docência, pois a prática pedagó- Ⓑ O pedagogo torna-se facilitador do processo de
gica vai além do exercício da pro昀椀ssão na sala de ensino e aprendizagem, mas não atua na formação
aula e é um equívoco pensar nesse sentido, já que do pro昀椀ssional.
a Pedagogia enquanto campo de saber que tem a Ⓒ As atuações pedagógicas se encontram apenas na
função investigativa do fenômeno educativo, possui instituição escolar.
uma ampla área de inserção dada a dimensão que Ⓓ O Pedagogo empresarial vai adotar uma postura
a Educação possui na sociedade. Assim sendo, o li- diferenciada e vai exigir a produtividade de maneira
cenciado em Pedagogia pode desenvolver qualquer mecânica, tendo em vista, em um primeiro plano, o
trabalho que esteja voltado para este 昀椀m, seja nos lucro da empresa.
contextos escolar e não escolar. Além disso, quando Ⓔ A pedagogia empresarial se ocupa com os conhe-
atua na escola, ele pode exercer a docência não só cimentos, competências e atitudes que não estão
na Educação Infantil, mas também nos anos iniciais relacionados à melhoria da produtividade.
do Ensino Fundamental, nas disciplinas pedagógicas
para o Curso Normal do Ensino Médio e nos cursos Grau de Di昀椀culdade
de Educação Pro昀椀ssional na área educacional.
Alternativa C: CORRETA. O trabalho do pedagogo não Alternativa A: CORRETA. Qualquer atividade humana
se limita apenas à escola, pois o mesmo pode atuar para ser realizada necessita do domínio de certos
em diversos espaços: hospitais, ONGs, empresas, conhecimentos a 昀椀m de que se possa garantir sua
museus, meios de comunicação, projetos sociais, efetividade e a e昀椀cácia da ação, viabilizando assim
en昀椀m, qualquer espaço onde aconteçam práticas os resultados esperados. No desenvolvimento do
educativas, os conhecimentos pedagógicos se façam Pedagogo, portanto, a formação é fundamental para
necessários e, portanto, a presença do pedagogo se que possa alicerçar sua prática pedagógica. Com
faça imprescindível. A昀椀nal, a educação se faz pre- base nos diferentes saberes presentes no seu pro-
sente em instâncias sociais que se localizam para cesso formativo, ele poderá colocar-se como media-
além da escola, ou seja, onde houver uma ação edu- dor cultural e agente de produção e transformação
cativa intencional, ali haverá a necessidade de uma nos diversos espaços educacionais onde pode atuar.
pedagogia, de um pedagogo. Assim sendo, é essencial a apropriação dos instru-
Alternativa D: INCORRETA. Apesar de a alternativa mentos culturais do saber teórico de cultura e de
ampliar a a昀椀rmação da atuação do pedagogo para as sua especialidade através das áreas cientí昀椀cas, 昀椀lo-
séries iniciais do Ensino Fundamental, ainda se limi- só昀椀cas e artísticas. Esse conjunto de conhecimen-
ta apenas ao exercício da pro昀椀ssão na escola e não tos favorece o desenvolvimento de competências
apresenta as outras possíveis instâncias de atuação que podem assim ser caracterizadas: competência
do pedagogo, conforme explicitado acima. técnica (conhecimentos na área de sua especialida-
Alternativa E: INCORRETA. Mais uma vez, essa alter- de), competência prática (conhecimentos do campo
nativa também restringe o exercício da pro昀椀ssão de trabalho), competência cientí昀椀ca (voltada para
do pedagogo à escola, o que não é correto a昀椀rmar, a construção de novos conhecimentos) e compe-
conforme já foi demonstrado nos comentários an- tência pedagógica (conhecimentos ligados ao fazer
teriores. pedagógico, construído na sua ação cotidiana nos
diferentes espaços educacionais). Uma formação
15. Questão centrada nesses saberes permite ao pedagogo com-
preender e atender os sujeitos e as demandas do
(EBSERH/HE UFSCAR - AOCP - 2015) O Curso de Pedagogia seu trabalho, bem como agir didática e autonoma-
forma o pro昀椀ssional de educação que atua em vá- mente e com competência diante dos desa昀椀os que
rios espaços não escolares, tendo em vista a forma- surgem nos processos educacionais nos quais se faz
ção humana. Assinale a alternativa correta que está presente, colaborando, assim, para a construção de
relacionada ao Curso de Pedagogia.
espaços mais humanos com vistas a uma sociedade co refere-se o todo de uma empresa: parte contábil,
mais participativa e democrática. administrativa, produção etc. O domínio pessoal diz
Alternativa B: INCORRETA. Enquanto pro昀椀ssional que respeito ao comprometimento e a capacidade de
atua em espaços não escolares sua prática está vol- aprendizagem de cada indivíduo. Os modelos men-
tada tanto para a organização de diferentes setores, tais incidem na forma de como cada indivíduo ana-
com vistas ao desenvolvimento e a integração dos lisa o mundo em sua forma de ver e agir a partir de
processos de gestão e os relacionamentos internos cultura familiar e social. A construção de uma visão
e externos, como na implementação de programas compartilhada está ligada à 昀椀gura de um líder que
com vistas aos processos de formação, aperfeiçoa- socializa com todo o grupo o seu posicionamento, o
mento, construção de conhecimentos, desenvolvi- seu modo de ver, a sua opinião em meio às opiniões
mento de competências e de habilidades. Portanto, expressas pelo coletivo. E por 昀椀m, a aprendizagem
nota-se que o pedagogo não atua somente como em equipe que se faz presente em diferentes situa-
mediador do processo de ensino e aprendizagem, ções: no esporte, no teatro, na ciência e possibilita
mas também na formação do pro昀椀ssional que atua que vivenciem experiências coletivas, de construção
nos espaços educativos não-formais identi昀椀cando em grupo, favorecendo o trabalho em equipe que é
os seus problemas, suas necessidades e oferecendo fundamental dentro de uma empresa. Assim sendo,
a intervenção necessária. produtividade e lucro será consequência desse con-
Alternativa C: INCORRETA. Os processos educativos texto que estabelece como prioridade a gestão de
não acontecem somente dentro da escola, mas em pessoas e os processos relacionais.
diferentes espaços sociais. Partindo do pressuposto Alternativa E: INCORRETA. Apesar de não ser o obje-
de que o pedagogo é responsável pela mediação de tivo principal do pedagogo em sua atuação nas em-
ações educativas, não se pode restringir sua atuação presas a produtividade da mesma, suas ações pro-
apenas aos locais formais de educação. Segundo as movem a melhora dos resultados da empresa e sua
Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação produtividade. Ele contribui signi昀椀cativa e de ma-
em pedagogia licenciatura, identi昀椀ca-se em um de neira e昀椀caz nesse processo intencional. Isto porque
seus artigos o indicativo de inserção do pedagogo as práticas pedagógicas previstas visam o desenvol-
em espaços onde seus conhecimentos pedagógicos vimento de competências e habilidades que promo-
se façam necessários. Assim sendo, essa atuação vam a melhoria do desempenho das pessoas, novas
não se limita à sala de aula, mas se estende a presí- responsabilidades e satisfação pessoal. E tudo isso
dios, ONGs, fábricas, hospitais, emissoras de rádio e é fundamental para que qualquer empresa progrida
TV, en昀椀m em diversas áreas onde ele possa intervir com seus produtos e serviços. Ou seja, a gestão de
pedagogicamente. pessoas e o processo de aprendizagem continuada,
Alternativa D: INCORRETA. Enquanto mediador dos os conhecimentos, competências e atitudes possibi-
processos educativos das empresas, o pedagogo tem litam o desenvolvimento, crescimento e permanên-
o objetivo de organizar, programar, dinamizar, en昀椀m, cia da empresa num cenário tão competitivo dentro
gerenciar os recursos de aprendizagens necessários dessa sociedade globalizada.
para atender as necessidades dos pro昀椀ssionais que
atuam nesse espaço. Dessa forma, seu foco está num 16. Questão
processo formativo que permita o desenvolvimento
de projetos de quali昀椀cação e reeducação. Como se (EBSERH HE/UFPEL - AOCP - 2015) O trabalho do Pedagogo
vê, a formação não acontece de forma mecânica e na Empresa está ligado ao processo de gestão do co-
nem direcionada apenas para a geração de lucros nhecimento. Em relação à gestão do conhecimento,
para a empresa, mas para o estabelecimento de uma assinale a alternativa correta.
organização aprendente que, segundo Senge (2002),
está fundamentada nas seguintes características: Ⓐ O conhecimento aumenta a 昀氀exibilidade organi-
pensamento sistêmico, domínio pessoal, modelos zacional e promove maior capacidade de inovação
mentais, a construção de uma visão compartilhada e isso é a única garantia de avanço que a empresa
e aprendizagem em equipe. O pensamento sistêmi- possui.
Ⓑ Ter essa gestão do conhecimento dispensa a ne- possa avançar, pois muitas variáveis interferem no
cessidade de se ter uma visão empreendedora ino- cotidiano da empresa, como por exemplo, as rela-
vadora e audaciosa do que se pretende alcançar. ções interpessoais, que é também uma das funções
Ⓒ A Gestão do Conhecimento é um processo estra- do pedagogo nesse espaço.
tégico contínuo e dinâmico que visa gerar o capital Alternativa B: INCORRETA. Apesar de a Gestão do
intangível da empresa e todos os pontos estratégi- conhecimento ser um fator fundamental para o
cos a ele relacionados e estimular a conversão do crescimento da empresa, ela não dá conta de ga-
conhecimento. Deste modo, deve fazer parte da es- rantir que isso aconteça. O avanço de uma empresa
tratégia organizacional e ter sua implantação garan- está associado a outros fatores. Por isso, uma visão
tida e patrocinada pela alta gerência, a quem deve empreendedora de inovação por parte de todos
estar subordinado todo o processo de Gestão do que atuam na empresa não pode ser descartada.
Conhecimento. Inclusive, é nesse sentido que o pedagogo desen-
Ⓓ Pelos vários aspectos relacionados à gestão do volve seu trabalho. Juntamente com a cultura orga-
conhecimento, como o papel da alta administração, nizacional, ele desempenha a função de provocar
cultura, estrutura organizacional, dispensa-se a mo- mudanças no comportamento das pessoas, a 昀椀m
tivação, pois isso está implícito na atividade do fun- de que todos tenham uma visão empreendedora
cionário. inovadora para a empresa se comprometendo com
Ⓔ A gestão do conhecimento não é necessária quan- os objetivos que ela tem e criando condições para
do se tem avaliação de desempenho. sua transformação a 昀椀m de favorecer novos ciclos
de crescimento. Em suma, a inovação e o empreen-
Grau de Di昀椀culdade dedorismo são fundamentais para a sobrevivência
das empresas, para que elas não 昀椀quem estáticas
DICA DA AUTORA: A di昀椀culdade da questão se en- diante de um cenário cotidianamente cheio de obs-
contra no fato de ser necessário um conhecimento táculos e oportunidades.
aprofundado sobre os princípios e pressupostos da Alternativa C: CORRETA. A Gestão do conhecimento
Gestão do conhecimento, a 昀椀m de avaliar se alguns dentro da empresa re昀氀ete a sociedade contemporâ-
aspectos (avaliação e motivação, por exemplo) são nea na qual o conhecimento é o elemento essencial
ou não pertinentes no trabalho que o pedagogo para a criação de estratégias transformadoras. Como
realiza. espaço educativo, as práticas pedagógicas da empre-
Alternativa A: INCORRETA. As mudanças ocorridas no sa passam a ser assim sendo, o pedagogo tem a fun-
século XX de ordem tecnológica e cientí昀椀ca, ocasio- ção de realizar um projeto educativo que tenha como
naram novos arranjos e formas organizacionais nas foco a criatividade, a subjetividade, as competências,
empresas de modo que se adequassem às exigên- o trabalho em grupo e as capacidades comunicati-
cias da sociedade moderna. A era do conhecimento vas. Ou, seja, percebe-se que a atenção das empre-
instaurada a partir desse momento levaram as em- sas está voltada para a formação do capital humano
presas a adotarem práticas, métodos e procedimen- desenvolvendo ações que favoreçam a permanência
tos voltados ao desenvolvimento e à disponibiliza- do desenvolvimento e investimento no diferencial do
ção do conhecimento numa perspectiva de gestão mercado que é o capital intelectual. Dada a impor-
da inovação e gestão do conhecimento. A Gestão do tância da Gestão de conhecimento dentro da empre-
Conhecimento objetiva favorecer a acessibilidade sa, é necessário destacar o papel da alta gerência na
de informações, a geração de novos conhecimen- de昀椀nição dos campos do conhecimento que devem
tos e a identi昀椀cação da memória organizacional (o ser o foco dos funcionários para seu aprendizado,
conhecimento capturado, e sua dinamicidade na na apresentação clara da estratégia empresarial e
relação entre aprender e armazenar esse conheci- no estabelecimento de metas que desa昀椀em e sejam
mento por parte dos que trabalham na empresa). motivadoras. A Gestão do Conhecimento implica, por-
Esses objetivos estão associados à de昀椀nição das tanto, na atuação da gerência tanto com proposição
vantagens competitivas entre uma empresa e seus de práticas que estejam de acordo com o que esta
concorrentes. Entretanto essa perspectiva de gestão perspectiva de gestão propõe, bem como com a coor-
de conhecimento não é garantia de que a empresa denação sistêmica da mesma.
Alternativa D: CORRETA. A produtividade é uma das 昀氀uxo é de sentido único, pois se acredita que só as-
palavras de ordem dentro das empresas na atuali- sim é possível se obter resultado satisfatório. Nessa
dade e é importante para o seu desenvolvimento relação quem ensina não tem nada a aprender com
como um todo. Assim sendo, a pedagogia Empresa- o outro. Dessa forma, tem-se uma prática educativa
rial se ocupa com a construção de conhecimentos e que prioriza a hierarquia em nome da transmissão
desenvolvimento de competências, habilidades e as de conhecimento favorecendo a formação de su-
atitudes consideradas fundamentais para a melho- jeitos subservientes, obedientes, limitados em sua
ria dessa produtividade. Os processos formativos na capacidade criativa, destituídos de outras formas
empresa, consideram o aprimoramento de conheci- de expressão e solidariedade. Numa perspectiva
mento dos funcionários com ideias e objetivos pre- de gestão de conhecimento e de gestão de pessoas
viamente de昀椀nidos de modo a favorecer mudanças que é o foco da atuação do pedagogo na empresa,
no desempenho individual e coletivo. Dessa forma, essa concepção “domesticadora” não se enquadra,
esse pro昀椀ssional colabora para a adoção de novas já que o que toma como referência para o seu tra-
atitudes e práticas que possibilitam um melhor de- balho é a interação entre os sujeitos, os conteúdos
sempenho de todos gerando uma maior qualidade de aprendizagem e o seu papel como mediador do
na produtividade da empresa. processo de construção de conhecimento e não de
Alternativa E: INCORRETA. O planejamento faz parte transmissor de informações. Para tanto, o mesmo
de um processo que pretende estabelecer objetivos toma como referência programas instrucionais e/ou
e metas com vistas a um resultado esperado. Ao pla- diretrizes didáticas que visam ao desenvolvimento
nejar estrategicamente o setor gerencial, compatibi- de três competências: planejar, facilitar e avaliar a
liza as oportunidades que o ambiente externo ofe- aprendizagem.
rece às condições internas, sejam elas favoráveis ou Alternativa B: INCORRETA. Numa perspectiva prag-
não, da empresa, de modo a alcançar seus objetivos mática quem ensina apenas tem o papel de propi-
futuros. Apesar de ser fundamental a participação/ ciar experiências de aprendizagem para que, quem
envolvimento de colaboradores da empresa (o pe- aprende desenvolva os seus próprios processos de
dagogo, demais funcionários e parceiros externos), pensamento orientando suas ações. O pragmatismo
sua elaboração é de responsabilidade dos setores fundamenta o conhecimento na ação e no compor-
mais altos da empresa. tamento, por isso, o conhecimento é considerado
uma ação prática que produz consequências práti-
18. Questão cas. Evidencia-se, portanto, o caráter individual que
esta concepção assume. Dessa forma, não é essa a
(EBSERH HUUF/JF - AOCP - 2015) Para o Pedagogo Empresa- perspectiva que sustenta o trabalho do pedagogo
rial, a construção do conhecimento tem um papel: na empresa, pois sua atuação visa um processo de
aprendizagem alicerçado na coletividade, na ex-
Ⓐ mecanicista. periência compartilhada através da linguagem, da
Ⓑ pragmático. observação, prática, etc. O conhecimento se inicia
Ⓒ sistemático. no individual, transita pelo grupal e então, move-
Ⓓ técnico. -se para o nível da empresa. O pedagogo considera
Ⓔ humanizador. que, numa perspectiva de Gestão de conhecimento,
os processos de aprendizagem se entrelaçam entre
Grau de Di昀椀culdade conjuntos de conhecimentos individuais, práticas in-
dividuais e parcerias com outros sujeitos dentro da
Alternativa A: INCORRETA. A perspectiva mecanicis- própria empresa ou com outras organizações. Nesse
ta, concebe o processo educativo como uma relação sentido, se evidenciam as competências essenciais
vertical, na qual quem ensina tem todas as vanta- da empresa e o conhecimento coletivo é construído.
gens e competências, é uma autoridade que possui Alternativa C: INCORRETA. O conhecimento que se
um repositório do conhecimento e, quem aprende, visa construir dentro da empresa através da medi-
tem todas as insu昀椀ciências cabendo-lhe receber to- cação do pedagogo não é um conhecimento siste-
dos os conhecimentos que o outro lhe transfere. O mático. Isto por que, este é caracterizado pela racio-
nalidade, exatidão e veri昀椀cação. Diz respeito a um objetivo do pedagogo dentro da empresa, quando o
conhecimento que é sistemático, metódico e que que está em jogo é sua mediação no processo de
prevê experimentação, validação e comprovação construção de conhecimento. Os funcionários não
como uma forma de representação do real, se valen- são máquinas e não se espera que se comportem
do da análise das partes isoladas. Mas, o que as em- como tal. A construção do conhecimento por cada
presas têm buscado hoje, dentro de uma concepção pessoa só é passível de acontecer se cada uma en-
de Gestão de conhecimento e de pessoas, é a cons- contra um sentido para e por quê aprender. Assim
trução de um conhecimento que provoque mudan- sendo, a construção do conhecimento para o peda-
ças em algo ou alguém, tornando tanto o indivíduo gogo não tem um papel tecnicista.
quanto a empresa mais e昀椀cientes. Assim sendo, o Alternativa E: CORRETA. A construção do conheci-
pedagogo empresarial a ruptura do paradigma hie- mento tem um papel humanizador para o pedagogo,
rárquico, autoritário e dogmático, que não concebe porque visa contribuir para o desenvolvimento inte-
todos que atuam na empresa como pessoas capazes gro do sujeito, num processo permanente e contínuo
de contribuir para o desenvolvimento na empresa. de busca dos seus valores como cidadão e pro昀椀ssio-
No mundo globalizado que sustenta concepções e nal. Desta forma a Educação cumpre com seu obje-
práticas de mercado a divisão do trabalho em partes, tivo qual é contribuir para o desenvolvimento inte-
a hierarquia administrativa, o controle minucioso e gral do indivíduo atendendo às suas especi昀椀cidades
as especialidades dentro da empresa não contri- sociais no processo de humanização. O trabalho do
buem para a integração, interação, o trabalho cole- pedagogo não se volta exclusivamente para a produ-
tivo. Por isso, se obscurece a interface das relações tividade da empresa (ela é consequência), mas para
que se constituem como essenciais nos processos o ser humano em sua totalidade dentro do espaço
de construção do conhecimento. Nesse sentido, uma onde está considerando-o um sujeito que aprende,
prática de formação tecnicista não contempla essa que atua conscientemente na realidade na qual está
nova visão empresarial, pois se concebe a presença inserido e que constrói o conhecimento a partir do
de um transmissor de conteúdos e de funcionários seu potencial criador, da sua intuição, sentimentos,
que assimilam e executam as atividades a ele indi- sensações e emoções. Em oposição à compartimen-
cadas reproduzindo o que lhes foi ensinado. E quan- tação, à desarticulação, à descontinuidade, à frag-
do se fala em organização aprendente o pedagogo mentação essa perspectiva humanizadora de cons-
se apresenta, não como aquele que transmite ver- trução do conhecimento objetiva a integração, a
ticalmente conhecimentos, mas que se coloca como articulação, a continuidade, a inter-relação na teoria
mediador do processo de produção e construção do e nas práticas educativas. Esta é uma perspectiva,
conhecimento aprimorando estratégias capazes de portanto, que aponta para práticas humanizadoras
revelar os saberes já construídos e as competências dentro e fora da empresa. O pedagogo vê a pessoa
já presentes nas empresas. em sua totalidade, em toda sua complexidade a 昀椀m
Alternativa D: INCORRETA. A discussão sobre cons- de que sua mediação no processo de construção do
trução do conhecimento não encontra relação com conhecimento dentro da empresa contribua para a
uma visão tecnicista. Isto porque o que fundamenta evolução da humanidade.
uma visão técnica do conhecimento é o saber fazer,
a operacionalização e coloca como prioridade a su- 19. Questão
pervalorização da técnica em detrimento das ativi-
dades de pensar, de compreender e de questionar. (PREF. JUATUBA/MG - CONSULPLAN - 2015) Segundo Libâneo
Nesse contexto, quem aprende dentro da empresa, (2008) “[...] pedagogo é o pro昀椀ssional que atua em
seria executor de um processo concebido por uma várias instâncias da prática educativa, direta ou in-
equipe que planeja e controla ações sustentadas diretamente ligadas à organização e aos processos
na "neutralidade", objetividade e imparcialidade do de transmissão e assimilação de saberes e modos de
processo educativo. Os indivíduos, portanto, seriam ação, tendo em vista objetivos de formação humana
submetidos a forças do ambiente, num cenário de [...]”. Quando nos referimos à educação, podemos
culturas divididas, valores individuais e os estilos de atribuir diversas funções sobre o papel do pedagogo
vida cada vez mais desumanizadores. Não é esse o
no processo educacional. Acerca destas funções, as- desenvolve saberes, possui competências e infor-
sinale a a昀椀rmativa incorreta. mações a realidade escolar e, por isso, está apto a
trabalhar individual e coletivamente. E como cada
Ⓐ O pedagogo tem como objetivo organizar e orien- um faz parte também da dinâmica organizacional
tar o trabalho dos demais pro昀椀ssionais para que a da escola, sua participação na gestão democrática e
escola atinja suas metas, pois a construção de uma nos processos decisórios da escola é de fundamen-
escola democrática é um dos principais desa昀椀os tal importância. Nesse contexto, o pedagogo possui
do século XXI. E a escola, para ser democrática, ne- a função de articulador do processo educativo de
cessita, portanto, do trabalho pedagógico e ações toda a comunidade escolar. Cabe a ele a organiza-
humanas que envolvam todos os sujeitos da ação ção de um trabalho pedagógico que esteja de acordo
educativa. com as intenções educativas da escola de modo a
Ⓑ O trabalho educativo deve estar orientado para a possibilitar que os objetivos sejam alcançados.
formação do indivíduo de maneira integral, que vise Alternativa B: CORRETA. O cenário de mundo globa-
o desenvolvimento dos aspectos cognitivos, afetivos, lizado da atual sociedade aponta para a ruptura de
físicos e sociais. A aprendizagem deve ser, portanto, determinados paradigmas referentes a concepção
mediada por práticas pedagógicas construtivas que de ser, humano, de sujeito, bem como de seu proces-
levem o sujeito à prática re昀氀exiva, sendo capaz de so formativo. O desa昀椀o proposto pela atual socieda-
exercer sua autonomia, criatividade, sensibilidade e de é a superação de barreiras que de昀椀nem limites
humanidade. para a cultura, para o conhecimento e permeiam
Ⓒ O pedagogo deve orientar e mediar o trabalho as relações interpessoais e de poder dentro da es-
pedagógico desenvolvido na instituição de ensino, cola. O que se propõe é a substituição de padrões
exercendo um papel central como articulador do burocráticos, tecnicistas, fragmentados e formalis-
processo educativo, mas sozinho não tem poder tas por paradigmas holísticos, globais, integrais no
para estimular a participação da comunidade na que diz respeito à concepção de processo educativo,
gestão da escola. Esse é um desa昀椀o político e social, de formação de sujeito. Tal perspectiva sinaliza a
engendrado em bases complexas da organização da necessidade de ressigni昀椀cação das práticas peda-
sociedade, extrapolando as ações pelas quais o pe- gógicas. Torna-se, portanto, um desa昀椀o trabalhar a
dagogo responde. ressigni昀椀cação das ações pedagógicas no sentido
Ⓓ O pedagogo é o responsável pelo conjunto insti- de pensá-las a partir da integralidade do sujeito, ou
tucional, bem como integrar os diversos setores da seja, pensar no ser humano de forma mais ampla.
escola, além de ser responsável pelas atividades bu- Para além dos aspectos cognitivos, uma educação
rocráticas. A função do pedagogo escolar é, portan- integral visa também uma atenção aos aspectos
to, organizar o trabalho administrativo e 昀椀nanceiro, afetivos, físicos e sociais. Assim sendo, as práticas
todavia deve exercer uma gestão democrática, que educativas pensadas, orientadas e mediadas pelo
leve em consideração a opinião de todos os sujeitos pedagogo devem desenvolver as seguintes dimen-
que compõem a escola e 昀氀exíveis para a tomada de sões: artística, estética, musical, afetiva, espiritual,
decisões. os valores, a saúde, o corpo, en昀椀m, toda e qualquer
dimensão que possibilite ao sujeito o exercício da
Grau de Di昀椀culdade sua autonomia, criatividade, sensibilidade e huma-
nidade.
Alternativa A: CORRETA. A construção de uma esco- Alternativa C: CORRETA. O grande desa昀椀o colocado
la democrática é uma das metas da educação para para o pedagogo que atua na escola é o de articu-
este século. Essa perspectiva aponta para uma ges- lar o processo educativo a partir da participação da
tão escolar assumida com a participação do peda- comunidade escolar na gestão da mesma. Ele pre-
gogo e que possibilita condições reais e igualitárias cisa investir no desenvolvimento de um trabalho
a todos os pro昀椀ssionais para exercer um papel ativo coletivo que considere a participação de todos os
na mesma se envolvendo com todas as etapas de envolvidos na comunidade escolar, ou seja, de to-
elaboração e efetivação das atividades pedagógicas. dos e todas que se interessam pela vida da escola.
A昀椀nal, qualquer pro昀椀ssional que da escola faz parte, Mesmo que ele seja o responsável pela organização
e orientação do processo educativo, se não tiver o do-se de forma cada vez mais metodicamente
envolvimento de todos os sujeitos envolvidos na ta- rigorosa do objeto cognoscível, torna-se curio-
refa de educar os objetivos do processo de ensino sidade epistemológica;
e aprendizagem não serão alcançados. A participa- II. ensinar exige bom senso: a vigilância do bom
ção da comunidade está legalmente regulamentada senso tem grande importância na avaliação
na Brasil e é fundamental porque além de permitir que o professor, a todo momento, deve fazer de
sua participação nas atividades decisórias de cada sua prática;
instituição, se abre possibilidades para que a classe III. ensinar exige curiosidade: sem a curiosidade o
trabalhadora se coloque também como responsável professor não aprende e nem ensina;
por sua organização. Esta é uma forma, inclusive de IV. ensinar exige liberdade e autoridade: quanto
a escola colaborar com a ruptura de condicionantes mais criticamente a liberdade assume o limite
engendrados na sociedade capitalista que expres- necessário, tanto menos autoridade ela tem
sam suas características: individualismo, exclusão para continuar lutando em seu nome.
social, perspectiva de transformação de direitos em V. ensinar exige disponibilidade para o diálogo: o
serviços, a expressão de suas características. professor se sente seguro porque não há razão
Alternativa D: INCORRETA. O papel do pedagogo para se envergonhar por desconhecer algo.
está voltado para a coletividade tanto do ponto
de vista do exercício de uma gestão democrática Com base nas a昀椀rmativas anteriores, marque a op-
considerando a opinião e a 昀氀exibilidade para a to- ção em que todas as alternativas estejam corretas:
mada de decisões de todos os sujeitos que fazem
parte da escola, quanto em relação à sua respon- Ⓐ I, II e IV apenas.
sabilidade em organizar os recursos pedagógicos e Ⓑ I, III, IV apenas.
didáticos e mediar a prática educativa contribuindo Ⓒ II, III e V apenas.
para a prática dos professores. Dessa forma, não é Ⓓ II, III, IV e V apenas.
de sua responsabilidade lidar com as questões bu- Ⓔ I, IV e V apenas.
rocráticas, administrativas e 昀椀nanceiras da escola.
Quem desempenha essa função é o diretor. Ele é Grau de Di昀椀culdade
responsável pelo conjunto institucional, bem como
integrar os diversos setores da escola, além de ser Assertiva I: INCORRETA. Para Paulo Freire, a curiosi-
responsável pelas atividades burocráticas. O diretor dade ingênua (que se associa ao senso comum) é a
escolar é quem organiza o trabalho administrativo e mesma curiosidade que, quando se torna epistemo-
昀椀nanceiro, apesar de contar com a participação de lógica (ou seja, re昀氀ete sobre a natureza, as etapas e
outros atores educativos dentro de uma perspectiva os limites do conhecimento), adquire as condições
de gestão democrática. necessárias para uma compreensão mais ampla da
realidade. Portanto, essa curiosidade aponta para
20. Questão uma abertura para se estabelecer uma relação entre
o que o sujeito já sabe e o que ele pode aprender.
(IFB - FACTOS -2017) Um dos clássicos escritos por Paulo Portanto, uma das tarefas mais importantes da prá-
Freire traz como título “Pedagogia da Autonomia: sa- tica educativa é o desenvolvimento da curiosidade
beres necessários à prática educativa”. Nessa obra, crítica, ou seja, aproximar-se do conhecimento sem
é abordada a questão da formação docente aliada à se submeter a ele, não aceitando discursos autoritá-
re昀氀exão sobre a prática educativa-progressista para rios, mas que se concentra na pesquisa, nos estabe-
o desenvolvimento da autonomia do ser dos edu- lecimentos de relações e na re昀氀exão com liberdade
candos. e autonomia intelectual.
Com base nos escritos, leia atentamente as a昀椀rma- Assertiva II: CORRETA. O bom senso é abordado por
tivas a seguir: Paulo Freire como a capacidade de um agir 昀氀exível
entre as questões formais que regem a sala de aula
I. ensinar exige criticidade: a curiosidade ingênua e sobre regras claras e justas postas para os alunos.
não é a mesma curiosidade que, aproximan- Ensinar exige, portanto, o bom senso do professor
para guiá-lo em situações cotidianas da sala de aula, te da liberdade é a ética. Quando a liberdade rompe
situações pedagógicas, por vezes, con昀氀ituosas que os limites da ética ela se nega da mesma forma que
exigem sua autonomia e liberdade pra que a apren- se tivesse sido sufocada. Portanto, quanto mais cri-
dizagem dos alunos não seja prejudicada por outras ticamente a liberdade assume o limite necessário,
questões que não apontam para o ato educativo. tanto mais autoridade ela tem para continuar lutan-
O formalismo insensível e o autoritarismo não tem do em seu nome.
espaço na sala de aula. O bom senso adverte o pro- Assertiva V: CORRETA. A capacidade de o profes-
fessor de que o exercício de sua autoridade toman- sor estar aberto para o diálogo não tem a ver com
do decisões que favoreçam o aprendizado, orientar uma postura rígida de que tudo sabe e não precisa
tarefas, cobrar responsabilidades, acompanhar e apender mais nada, mas ao contrário, coloca o pro-
avaliar a produção não pode ser confundida com au- fessor numa atitude de abertura para fazer uso dos
toritarismo. É preciso, portanto, educar o bom senso conhecimentos que já possui e, ao mesmo tempo,
para que haja a superação de ações meramente ins- reconhecer que pode e deve aprender mais, por-
tintivas nas relações de sala de aula. que ele não domina todos os conhecimentos e não
Assertiva III: CORRETA. Um das práticas principais é o dono da verdade. Essa “humildade pedagógi-
de um Pedagogia das autonomia é aquela que fa- ca” confere ao professor o lugar de mediador da
vorece a curiosidade tanto do estudante quanto do aprendizagem, haja vista que o diálogo diminui a
professor. Sem a curiosidade é impossível aprender distância entre ele e seus alunos favorecendo um
e ensinar, porque é através da capacidade investi- conhecimento sobre os modos de ser e viver dos
gativa, imaginativa e inventiva do professor que ele mesmos e abrindo possibilidades para o respeito
vai rompendo e ultrapassando os limites conhecidos às diferenças. Dessa forma, a relação de reciproci-
(gostos, interesses, saberes), assume e favorece aos dade que se estabelece não anula o outro, mas o
seus alunos, e a si mesma, a possibilidade de re昀氀e- desperta para a escuta e a fala.
xão crítica diante das situações do cotidiano, contri-
buindo para o movimento do pensamento. A昀椀nal, a Resposta: Ⓒ
re昀氀exão crítica é o ponto de partida para a prática
docente, pois é ela que permite que os alunos acom- 21. Questão
panhem dúvidas do professor, re昀氀itam, relacionem,
situem o conhecimento num contexto, completem (PREF. DE RIO ABAIXO - IDECAN - 2016) Podemos identi昀椀car, a
o raciocínio e formulem uma conclusão. Nesse con- todo tempo, os pressupostos que embasam a ação
texto, o professor que faz uso do autoritarismo im- docente, por meio das falas e das práticas em am-
põe obstáculo ao exercício da curiosidade. A昀椀nal, a bientes educativos. A concepção de conhecimento
curiosidade que nega a outra, nega-se a si mesma. que o educador adota para si, mesmo que de forma
Assertiva IV: INCORRETA. O equilíbrio entre liberda- inconsciente, determina, em grande parte, sua prá-
de e autoridade é um exercício indispensável para a tica pedagógica, ou seja, a forma como ele entende
conquista da disciplina necessária no processo de que o aluno conhece, tende a direcionar o seu fa-
ensino e aprendizagem. É no exercício da autoridade zer pedagógico, no sentido de que a aprendizagem
do professor que ele abre espaço para uma prática, ocorra. A concepção que subjaz à fala do professor
que não se baseia na defesa do seu ponto de vista “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”
como único, mas para uma prática aberta e dialógi- está embasada nos princípios de aprendizagem:
ca. A base para isso é o respeito entre professor e
alunos a partir do estabelecimento de alguns limites Ⓐ inatistas.
que não podem ser transgredidos. Se de um lado se Ⓑ empiristas.
tem a autoridade democrática do professor e do ou- Ⓒ interacionistas.
tro a liberdade dos alunos, a tendência é que ambos Ⓓ construtivistas.
evoluem para uma relação franca e de respeito mú-
tuo. A liberdade deve se exercitar assumindo suas Grau de Di昀椀culdade
decisões, pois ela amadurece no confronto com ou-
tras liberdades. E qual o limite da liberdade? O limi-
porcionar uma nova compreensão da realidade e do de dos sujeitos contribuindo pra o desenvolvimento
conhecimento a partir da articulação entre, além e de sua formação intelectual e emocional.
através das diferentes disciplinas procurando-se as- Alternativa C: INCORRETA. Uma educação emancipa-
sim uma compreensão da complexidade que envol- dora é entendida como sinônimo de problematiza-
ve o movimento do pensamento humano no mundo ção da realidade, com vistas à transformação social.
pós-moderno. O cuidado que se deve ter é de não Portanto, ao contrário de uma educação bancária
deixar de se preservar a singularidade de cada disci- que se sustenta no depósito de informações no su-
plina e acabar se convertendo todo o conhecimento jeito gerando passividade intelectual, ela propõe a
a uma única área. construção coletiva dos conhecimentos valorizando
Alternativa D: INCORRETA. A multidisciplinaridade os saberes que cada um traz consigo a partir da sua
defende a ideia do trabalho conjunto de diferentes trajetória de vida. É uma educação que pretende a
disciplinas, ao mesmo tempo, sem, porém, a neces- transformação dos sujeitos (inquietação e investiga-
sidade de se evidenciar relações que possam existir ção temática) como forma de também se transfor-
entre as mesmas. mar a realidade.
Alternativa D: INCORRETA. A perspectiva emancipa-
23. Questão dora de educação prevê uma prática pedagógica
que colabore na formação de sujeitos autônomos,
(PREF. DE CALMON - CURSIVA - 2017) Uma educação emanci- pensantes, capazes de se autogovernar e governar
padora baseia-se: outrem. Dessa forma, o papel do professor não é o
de transmissor de conteúdo, mas de um agente de
Ⓐ Numa forma de educação em que se valorize mais transformação na medida em que desenvolve ações
os alunos que apresentam maior capacidade memo- de formação integral criando uma harmonia entre es-
rização de informações. tudo e trabalho de forma a dialogar com a educação
Ⓑ Numa forma de educação na qual o papel do pro- crítica e transformadora sugerida por Paulo Freire.
fessor, de transmissor, passe a ser de incentivador
da aprendizagem. A respeito da relação professor-aluno no processo
Ⓒ Em que o discente tem um papel de agente passi- de ensino-aprendizagem, julgue os itens subse-
vo diante das explicações do professor. quentes.
Ⓓ Num processo de aprendizagem em que o profes-
sor é um mero transmissor de conteúdo. 24. Questão
Grau de Di昀椀culdade (SEDF - QUADRIX - 2017) Na perspectiva comportamenta-
lista, o professor deve recompensar os alunos pela
Alternativa A: INCORRETA. Uma educação emancipa- realização correta das tarefas.
dora preconiza o desenvolvimento da autonomia in-
telectual e moral dos alunos. Dessa forma, a ênfase Grau de Di昀椀culdade
não está no sujeito que memoriza informações, mas
em sujeitos que estejam abertos para a transforma- Assertiva: CORRETA. Na perspectiva comportamen-
ção social e, por isso, mais re昀氀exivos e críticos dian- talista, a aprendizagem acontece mediante estímu-
te da realidade atual. los e respostas na relação que o sujeito estabelece
Alternativa B: CORRETA. O papel do professor numa com o meio. É através, portanto, das in昀氀uências que
educação emancipadora deve ser o de quem estimu- o meio exerce sobre o comportamento que a pessoa
la o aluno a explorar diversas possibilidades de ação vai aprendendo. Dessa forma, quanto mais estímu-
nas suas experiências cotidianas, promovendo sem- los ela recebe, mais respostas positivas dará acerca
pre atividades que encoraje seus alunos para a re昀氀e- do seu aprendizado. Nesse sentido, o professor que
xão, pois o que se espera dos mesmos é que sejam trabalha a partir dessa teoria, estimula a aprendiza-
participantes ativos do processo de planejamento, gem dos alunos mediante as recompensas que vai
construção e avaliação do conhecimento. Para tanto, dando: medalhas, por exemplo.
é fundamental que o professor considere a totalida-
(SEDF - QUADRIX - 2017) A perspectiva construtivista ado- (SEDF - QUADRIX - 2017) Em uma perspectiva Walloniana,
ta um princípio segundo o qual, o docente é a 昀椀gura a afetividade é confundida com permissividade, o
central do processo de ensino-aprendizagem. que limita a autoridade do professor.
Grau de Di昀椀culdade
RESUMO PRÁTICO
gogo. A昀椀nal, enquanto um dos agentes do proces- A gestão do conhecimento dentro da empre-
so educativo, o pedagogo tem o papel de desvelar sa re昀氀ete a sociedade contemporânea, na qual o
contradições que estão presentes no contexto es- conhecimento é o elemento essencial para a cria-
colar, assegurando a orientação e a realização de ção de estratégias transformadoras. Como espaço
ações que promovam aos outros agentes educativos educativo, nas práticas pedagógicas da empresa, o
(alunos e professores) o acesso aos conhecimentos pedagogo tem a função de realizar um projeto edu-
historicamente produzidos pela humanidade, pos- cativo que tenha como foco a criatividade, a subje-
sibilitando, assim, que a escola cumpra com o seu tividade, as competências, o trabalho em grupo e
papel social. Entretanto, essa alternativa encontra as capacidades comunicativas. Ou seja, percebe-se
seu erro ao a昀椀rmar que a função única da escola é que a atenção das empresas está voltada para a
a promoção da educação pro昀椀ssional do estudan- formação do capital humano, desenvolvendo ações
te. A função da escola é complexa, ampla e envolve que favoreçam a permanência do desenvolvimento
diferentes aspectos: culturais, cognitivos, afetivos, e investimento no diferencial do mercado que é o
sociais e históricos. Enquanto instituição social, ela capital intelectual. Dada a importância da gestão
é fundamental para a constituição dos sujeitos, de de conhecimento dentro da empresa, é necessário
sua formação e para a evolução da sociedade. Por destacar o papel da alta gerência na de昀椀nição dos
isso, sua função está associada a objetivos e metas campos do conhecimento que devem ser o foco dos
que visam à emancipação humana e transformação funcionários para seu aprendizado, na apresentação
social. Assim sendo, é preciso que o conhecimento, clara da estratégia empresarial e no estabelecimen-
em suas dimensões cientí昀椀ca e 昀椀losó昀椀ca, seja so- to de metas que desa昀椀em e sejam motivadoras. A
cializado com qualidade, de forma a garantir que se gestão do conhecimento implica, portanto, na atua-
tornem saberes e fazeres necessários para os sujei- ção da gerência tanto com proposição de práticas
tos se emanciparem intelectualmente. Isso permiti- que estejam de acordo com o que essa perspectiva
rá não apenas que os alunos tenham uma formação de gestão propõe, bem como com a coordenação
pro昀椀ssional, mas para a vida, ou seja, sua formação sistêmica da mesma.
como cidadão com a 昀椀nalidade da emancipação hu- Então, apesar de não ser o objetivo principal do
mana e da transformação política e social. pedagogo a sua atuação nas empresas, suas ações
Um campo onde também tem sido enfatizada a tendem a promover a melhora dos resultados destas
atuação do pedagogo é o empresarial. As mudan- e sua produtividade. Ele contribui signi昀椀cativa e e昀椀-
ças ocorridas no século XX de ordem tecnológica cazmente nesse processo intencional. Isso porque as
e cientí昀椀ca ocasionaram novos arranjos e formas práticas pedagógicas previstas visam ao desenvolvi-
organizacionais nas empresas de modo que se ade- mento de competências e habilidades que promo-
quassem às exigências da sociedade moderna. A era vam a melhoria do desempenho das pessoas, novas
do conhecimento instaurada a partir desse momen- responsabilidades e satisfação pessoal. E tudo isso
to levou as empresas a adotarem práticas, métodos é fundamental para que qualquer empresa progrida
e procedimentos voltados ao desenvolvimento e à com seus produtos e serviços. Ou seja, a gestão de
disponibilização do conhecimento numa perspecti- pessoas e o processo de aprendizagem continuada,
va de gestão da inovação e gestão do conhecimen- os conhecimentos, competências e atitudes possibi-
to. A gestão do conhecimento objetiva favorecer a litam o desenvolvimento, crescimento e permanên-
acessibilidade de informações, a geração de novos cia da empresa num cenário tão competitivo dentro
conhecimentos e a identi昀椀cação da memória orga- dessa sociedade globalizada.
nizacional (o conhecimento capturado e sua dinami- Além disso, nas empresas o pro昀椀ssional de Pe-
cidade na relação entre aprender e armazenar esse dagogia possui competências para atuar no setor
conhecimento por parte dos que trabalham na em- de recursos humanos com vistas à identi昀椀cação, se-
presa). Esses objetivos estão associados à de昀椀nição leção e desenvolvimento de pessoas para atuarem
das vantagens competitivas entre uma empresa e nesse espaço colaborando de forma cada vez mais
seus concorrentes. quali昀椀cada para que a empresa alcance os objetivos
organizacionais. Nesse sentido, se utiliza de estraté-
392
11 TICs e EAD
Mônica Borges
presenciais, para os níveis de titulação acadêmica II. Tutorial é um software de orientação a um de-
de Mestrado e Doutorado. De acordo com o MEC, os terminado conhecimento, contendo informa-
programas de pós-graduação stricto sensu a distân- ção organizada de acordo com uma sequência
cia devem cumprir o mesmo programa e legislação pedagógica.
dos cursos presenciais. Além disso, devem cumprir, III. Por suas características peculiares, os cursos
obrigatoriamente, as seguintes exigências: ativida- de especialização a distância são desobrigados
des e provas presenciais, exames de quali昀椀cação das exigências quanto ao corpo docente feitas
presenciais e defesas de dissertação ou tese tam- pelo Ministério de Educação para os cursos
bém presenciais. presenciais.
Alternativa III: INCORRETA. O artigo 2, inciso III do IV. Por suas especi昀椀cidades, os cursos oferecidos
Decreto nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005, a昀椀r- na modalidade a distância têm duração dife-
ma que a educação a distância poderá ser ofertada rente da dos mesmos cursos na modalidade
para a modalidade educação especial, respeitadas presencial.
as especi昀椀cidades legais pertinentes. Portanto, não
há impedimento legal, mas, ao contrário, uma de昀椀- Grau de Di昀椀culdade
nição do direito garantido a este público para que
seu processo educativo também possa acontecer à Alternativa A: INCORRETA. Na linguagem das novas
distância, salvo algumas especi昀椀cidades quanto ao tecnologias chama-se modelagem ou simulação a
uso de recursos necessários e adaptações curricu- utilização de recursos que oportunizam o acesso
lares para atender aos alunos com diferentes tipos personalizado de maneira automática às informa-
de de昀椀ciência. ções hipermidiáticas (de昀椀nição dos conteúdos, es-
Alternativa IV: INCORRETA. A primeira parte da alter- truturação dos links, dentre outros). Dessa forma,
nativa apresenta uma informação correta, pois, de são consideradas as características, motivações,
fato, para que um diploma obtido tanto na modali- preferências e metas, necessidades e expectativas
dade EAD quanto em outras, seja validado é necessá- do aprendiz, ou seja, a modelagem ou simulação diz
rio que seja registrado. Entretanto, esse registro não respeito à modelação do per昀椀l do aprendiz no am-
está determinado para ser feito exclusivamente pela biente virtual para que o mesmo faça o uso de forma
Secretaria de Educação a Distância do Ministério da satisfatória.
Educação. O Artigo 5º do Decreto nº 5.622/2005, a昀椀r- Alternativa B: CORRETA. Tutorial é um termo de ori-
ma expressamente que os certi昀椀cados serão expedi- gem inglesa comumente utilizado na área da infor-
dos por instituições credenciadas, e terão validade mática para explicar a o funcionamento de um de-
nacional, sendo idêntico ao que ocorre nos progra- terminado programa, produto ou sistema a pessoas
mas presenciais. Assim sendo, se toma como válido que não sabem ou tem di昀椀culdade para utilizá-los.
o que a Lei 9394/96 preconiza em seu parágrafo § Ele é, portanto, um pequeno guia com uma sequên-
1º: os diplomas expedidos pelas universidades serão cia de instruções e etapas apresentadas numa or-
por elas próprias registrados, e aqueles conferidos dem lógica e cujo grau de complexidade vai aumen-
por instituições não-universitárias serão registrados tando.
em universidades indicadas pelo Conselho Nacional Alternativa C: INCORRETA. Os docentes dos cursos
de Educação. de especialização realizados na modalidade EAD,
seguem às mesmas exigências feitas àqueles que
02. Questão atuam na modalidade regular de ensino conforme
consta no Art. 24. do Decreto nº 5.622/2005. O mes-
(FUB - CESPE - 2013) Julgue os próximos itens, relativos a mo a昀椀rma que a oferta de cursos de especialização
ambientes virtuais de aprendizagem. a distância, por instituição devidamente credencia-
da, deverá cumprir, além do disposto neste Decreto,
I. Na linguagem das novas tecnologias, chama-se os demais dispositivos da legislação e normatização
modelagem ou simulação a atividade de cons- pertinentes à educação, em geral, quanto à titulação
trução de cenários de aprendizagem mediada do corpo docente. Dessa forma, encontra-se no Art.
pelo computador. 4° da Resolução nº 1, de 8 de junho de 2007, que
estabelece normas para o funcionamento de cursos Considerando os estudos recentes sobre novas lin-
de pós-graduação lato sensu, em nível de especia- guagens, ambientes de aprendizagem e os diferen-
lização, as seguintes exigências: “O corpo docente tes artefatos culturais, faz-se urgente considerar:
de cursos de pós-graduação lato sensu, em nível de
especialização, deverá ser constituído por profes- Ⓐ o tema que é amplo, exigindo conexões que ga-
sores especialistas ou de reconhecida capacidade nham proporções imprevistas e tendem a se multi-
técnico-pro昀椀ssional, sendo que 50% (cinquenta por plicar, fragilizando o já instituído, o que poderia im-
cento) destes, pelo menos, deverão apresentar titu- pedir a adesão dos/das pro昀椀ssionais da instituição
lação de mestre ou de doutor obtido em programa escolar, já que a grande maioria não teve acesso a
de pós-graduação stricto sensu reconhecido pelo essas múltiplas linguagens.
Ministério da Educação.” Ⓑ os aspectos tais como a formação precária nas
Alternativa D: INCORRETA. De acordo com de昀椀nição áreas tecnológicas que se re昀氀ete na impossibilida-
legal presente no Art. 3º, parágrafo 1º do Decreto de de a equipe pedagógica produzir/desenvolver
nº 5.622/2005, os cursos e programas oferecidos na materiais a partir do paradigma da cibercultura,
modalidade a distância, deverão ser projetados com entendendo suas relações com o processo ensino-
a mesma duração de昀椀nida para os respectivos cur- -aprendizagem.
sos na modalidade presencial. Ⓒ os inúmeros entraves para a adequação da es-
trutura do prédio das escolas em função da in-
03. Questão de昀椀nição daquilo que pode ser adotado, a 昀椀m de
garantir o ambiente virtual como recurso para de-
(CEFET/RIO - CESGRANRIO - 2014) Durante a discussão pro- senvolver as habilidades necessárias entre os do-
movida entre educadores de uma escola, três pro- centes e discentes.
fessores apresentaram os seguintes comentários: Ⓓ as experiências pedagógicas que admitem uma
gama de materiais didáticos digitais em rede como
Professor X: — É preciso lutar por uma maior valo- um campo cujo quadro teórico requer uma ação de
rização da escola, superando a perda de espaço na conhecimento e formulação multidisciplinar.
vida das crianças e dos adolescentes. Passo mais Ⓔ as di昀椀culdades advindas da falta de formação
tempo pedindo para eles desligarem seus aparelhos contínua, da estrutura precária para o engajamento
— se desconectarem —, do que trabalhando os con- no debate sobre novas formas de ensino-aprendi-
teúdos das aulas. zagem,
aprendizagem em rede e reavaliação das práticas
Professor Y: — Na verdade, a escola não consegue pedagógicas presenciais.
acompanhar as mudanças advindas, sobretudo, do
processo de automação que é galopante! Sinto-me Grau de Di昀椀culdade
desa昀椀ado todo o tempo pelas inúmeras possibilida-
des que eles apresentam. Alternativa A: INCORRETA. É notável o grande avan-
ço tecnológico na sociedade contemporânea. Junto
Professor Z: — Eu vejo a comunidade discente afas- com ele vieram algumas preocupações e dentre elas
tada das propostas pedagógicas, dedicando seu uma que se volta para o papel da educação: a preo-
tempo livre para dominar os recursos dos iPods e cupação com a in昀氀uência das mesmas no processo
iPad... vejo uma mudança bem agressiva no compor- de ensino-aprendizagem, haja vista as múltiplas que
tamento dessa garotada. elas oferecem. Isto porque se coloca a exigência de
que a escola se posicione no sentido de compreen-
A partir desses relatos e do diagnóstico realizado so- der as transformações engendradas pelas tecnolo-
bre outras aprendizagens e tecnologias, um dos te- gias, produzindo o conhecimento pedagógico sobre
mas em destaque para o fórum permanente da esco- ele ou se virar para a realidade cuja informação tem
la foi a interação da comunidade escolar pensando sido a base da sociedade. Não há como negar que as
as interfaces da Web como Blogs, Twitter, Facebook, tecnologias da informação e da comunicação (TICs)
com jogos eletrônicos e com ambientes virtuais. são ferramentas que criam condições de modi昀椀car
as formas que as pessoas têm para se relacionarem, formação que permita aos professores perceberem
construírem e transmitirem conhecimentos. Por isso, que sua função é muito mais abrangente do que o de
as novas linguagens e as novas formas de aprender um simples transmissor de informação.
não fragilizam o que já era realizado nos processos Alternativa C: INCORRETA. Este é um dos argumen-
educativos, mas potencializa o que é e pode ser tos apresentados para que se instaure nas escolas
feito. O desa昀椀o que se coloca é o empoderamento práticas pedagógicas que façam uso das tecnologias
dessa verdade pelo o professor que deverá perceber no processo de ensino e aprendizagem. Entretanto,
que a inclusão das tecnologias na sua prática peda- se consideramos que os alunos fazem uso das tec-
gógica é diferente daquela adotada em salas de aula nologias, da internet e das redes sociais fora da es-
com uma perspectiva tradicional de ensino e apren- cola, pode-se perceber que não é o fato de a escola
dizagem. Há de se reconhecer que muitos professo- não oferecer condições para isso que se deixará de
res não conseguem perceber essa diferença e isto fazê-lo. É evidente que deve haver uma constante
por conta do seu processo formativo, muitas vezes busca pela estruturação das escolas com espaços
com um currículo onde a formação para o uso das destinados ao desenvolvimento do conhecimento
tecnologias na educação esteve ausente ou porque tecnológico nas mesmas, principalmente, via elabo-
não teve acesso às múltiplas linguagens oferecidas ração e efetivação de políticas públicas. Entretanto,
pelas mesmas. Mas, isso não pode ser considerado o ambiente virtual como recurso favorável para a
impedimento, entrave para limitar a interação dos aprendizagem dos alunos, pode instaurar indepen-
alunos e professores com as tecnologias. É preciso dente do espaço físico da escola. Até porque com
se considerar as políticas de formação continuada a criação dos ambientes virtuais de aprendizagem,
para os professores de modo que construam sabe- a sala de aula se abre para outros espaços em no-
res necessários para a compreensão acerca da in- vos processos para ensinar e aprender. As relações
teração entre conteúdo e tecnologia, estratégias de comunicativas entre alunos e professores se tornam
aprendizagem e de ensino, já que seu papel é o de comuns fora da sala de aula. Eles interagem através
criar novas possibilidades para ensinar e aprender. de e-mail, listas de discussões, fóruns, chats, redes
Alternativa B: INCORRETA. Apesar de ser importante sociais em qualquer lugar, a qualquer hora. Portan-
considerar a ine昀椀ciência dos processos formativos to, experimentos educacionais de qualidade podem
para o professor na área tecnológica não pode se ser realizados através das tecnologias, à distância,
determinar a impossibilidade de que a equipe pe- sem que se tenha a garantia de estruturação do es-
dagógica produza ou desenvolva materiais para que paço físico da escola.
a tecnologia se faça presente nas relações entre ci- Alternativa D: CORRETA. Ao se contemplar a pers-
bercultura e o processo ensino-aprendizagem. Isto pectiva de um trabalho pedagógico que faz uso
porque o que está em questão não é apenas o arte- dos materiais didáticos digitais em rede, signi昀椀ca
fato material, mas atitudes, práticas, pensamento e pensar o processo de ensino e aprendizagem numa
valores desenvolvidos a partir das redes de saberes perspectiva multidisciplinar. Isto porque a ques-
disponibilizados no ambiente da informática (sa- tão central são as bases conceituais engendradas
las de bate-papo virtuais (chats), redes sociais, si- a partir das tecnologias digitais e redes de comu-
tes de relacionamento, programas de conservação nicação. Primeiramente, é preciso considerar que
como Microsoft Network Live Messenger (MSN)). A a aprendizagem é um processo de conexão entre
cibercultura está mais relacionada com a desterri- as informações e, portanto, os materiais educativos
torialização do acesso à informação, ou seja, a uma em rede contemplam a junção dos saberes oriun-
nova forma de se aprender, às novas con昀椀gurações dos das diversas áreas de conhecimento. Outro
das relações no processo de ensino aprendizagem, à aspecto relevante é a possibilidade de se manter
ampliação da inserção cultural, destacando a impor- ativa e as conexões de saberes através das trocas
tância às situações de comunicação interativa entre e a dinâmica do 昀氀uxo de informações compartilha-
alunos e professores. Se a ênfase for apenas aos das, tanto pelos professores como pelos alunos.
materiais, eles podem se tornar apenas como ele- Além disso, o uso das tecnologias permite que os
mentos “motivadores” e “animadores” para as aulas. usuários selecionem as informações conforme sua
O que se coloca como essencial, é, portanto, uma necessidade e interesse.
Alternativa E: INCORRETA. Apesar de esta alterna- ensino e aprendizagem se constitui como um fator
tiva apontar algumas di昀椀culdades encontradas no inovador das práticas pedagógicas possibilitando
processo educativo para que as tecnologias se fa- novas formas de ensinar e aprender. Os resultados
çam presentes nas práticas pedagógicas referentes são vários: os alunos sentem-se mais motivados,
ao ensino e aprendizagem, algumas questões pre- ampliação qualitativa das trocas de informações em
cisam ser consideradas. Primeiramente, a forma- sala de aula, o aluno tem papel mais ativo na bus-
ção docente para o uso das tecnologias precisa ser ca de soluções das suas necessidades, estimula a
garantida em políticas públicas que ofereçam aos aprendizagem na medida em que a investigação das
professores condições de re昀氀etirem sobre sua prá- soluções para as situações de estudo tanto por alu-
tica e repensar suas ações a partir da inclusão das nos quanto por professores se torna mais frequente,
tecnologias na sala de aula. Outra questão é que o superação das formas tradicionais na relação ensi-
engajamento do debate sobre novas formas de en- nar e aprender, dentre outras. Entretanto, a tecnolo-
sino e aprendizagem e a reavaliação das práticas gia não é fundamental, no sentido de que não seja
pedagógicas presenciais não estão atreladas a uma possível, sem ela, acontecer o desenvolvimento do
estrutura precária do espaço escolar. Elas advêm de processo de aprendizagem dos sujeitos. Assim fosse,
um processo contínuo de formação, inicial e conti- só se aprenderia em espaços onde ela se faz presen-
nuada, que possibilite, inclusive, uma postura crítica te e não é isso que vemos ao longo da história e das
dos professores no sentido de buscar as mudanças experiências pedagógicas em diferentes contextos.
no espaço físico da escola, ou seja, essa questão não As tecnologias são, portanto, importantes, mas não
é causa, mas consequência. a razão do sucesso educacional.
Alternativa B: INCORRETA. Como abordado nos co-
04. Questão mentários acerca da alternativa anterior, a tecnolo-
gia não garante por si só um processo de ensino e
(IFBA - FUNRIO - 2014) A tecnologia apresenta-se como aprendizagem e昀椀caz. O uso das tecnologias poten-
meio, como instrumento para colaborar no desen- cializa as práticas pedagógicas na medida em que
volvimento do processo ensino-aprendizagem. A oportuniza diferentes formas de se buscar e cons-
tecnologia reveste-se de um valor relativo e depen- truir o conhecimento, armazenar e transmitir os sa-
dente desse processo. beres construídos. Elas proporcionam novas formas
de representar o mundo através de diferentes lin-
Com a a昀椀rmação acima podemos dizer que a tecno- guagens: oral, escrita, visual e audiovisual, conecta-
logia: das ao mesmo tempo num mesmo espaço.
Alternativa C: INCORRETA. É possível compartilhar
Ⓐ é fundamental para o desenvolvimento do pro- avanços nas aprendizagens através das tecnologias,
cesso de aprendizagem dos sujeitos. mas isso é muito relativo, pois não há uma relação
Ⓑ garante, por si só, um processo de ensino e apren- direta entre o que o sujeito aprende e sua neces-
dizagem exitoso e e昀椀caz. sidade de compartilhar com outros. Alguém pode,
Ⓒ permite que os avanços nos processos de apren- portanto, aprender, mas não dispor de interesse
dizagens sejam compartilhados entre os diferentes em fazer uso das tecnologias para compartilhar o
sujeitos que dele participam. que aprendeu. Esta prática está mais diretamente
Ⓓ não é um 昀椀m em si mesmo e a mediação dos su- ligada ao uso dos ambientes virtuais de aprendi-
jeitos em aprendizagem torna-se fundamental para zagem (AVAs) presentes nos cursos de EAD. A partir
garantir o sucesso do processo. da interatividade que esses ambientes oferecem,
Ⓔ inexiste enquanto instrumento de mediação pe- alunos e professores podem fazer uso dos mesmos
dagógica dos processos de ensino e aprendizagem. para trocar informações, experiências, argumentar
ideias, conceitos, opiniões, experienciando situa-
Grau de Di昀椀culdade ções de compartilhamento dos saberes construídos
e os avanços conseguidos no processo de ensino e
Alternativa A: INCORRETA. É indiscutível a a昀椀rmação aprendizagem.
de que a utilização das tecnologias no processo de
ferramentas importantes para que a aprendizagem municação (TIC) e das previsões sobre o seu futuro
a distância aconteça: conteúdos, páginas interativas, na educação formal e escolar altera, em função do
links, recursos audiovisuais fóruns, textos virtuais potencial educacional dado, essas tecnologias e os
escritos, tarefas, chat (bate-papo), glossário, redes objetivos a serem alcançados com a sua incorpora-
sociais, etc. Dessa forma, o trabalho conjunto entre ção. Analise as a昀椀rmativas sobre a avaliação da in-
aluno e professor não se restringe à busca de infor- corporação das TIC na educação escolar e assinale
mações em textos impressos. com V as verdadeiras e com F as falsas.
Alternativa C: INCORRETA. A partir da interatividade
existente na EAD, alunos e professores podem trocar ( ) As TIC vistas como conteúdos curriculares, como
informações, experiências, argumentar ideias, con- objeto de ensino e aprendizagem, apresentam uma
ceitos, opiniões. Dessa forma, a aprendizagem vai avaliação relativamente positiva, e as perspectivas
acontecendo, tanto pela aquisição de novos sabe- de futuro são otimistas.
res quanto pela transformação/ressigni昀椀cação dos ( ) A incorporação das TIC com a 昀椀nalidade de tornar
saberes já construídos. A comunicação e interação mais e昀椀cientes e produtivos os processos de ensino
estabelecidas favorecem a construção coletiva de e aprendizagem apresentam resultados bem positi-
conhecimento. Nesse processo há o retorno, fee- vos devido ao seu grande uso nas salas de aula.
dbacks, indagações, sugestões, ponderações, acrés- ( ) No tocante às atividades docentes, a incorporação
cimos de ideias o que evidencia que um processo das TIC não é necessariamente um fator transforma-
educativo fundamentado na dialogicidade e, por- dor e inovador das práticas educacionais.
tanto, 昀氀exível e não linear. ( ) Ao considerar as TIC como instrumentos media-
Alternativa D: INCORRETA. Conforme já abordado an- dores dos processos intra e interpsicológicos impli-
teriormente, a educação que acontece na modalida- cados no ensino e aprendizagem, com o proveito de
de a distância, não prevê uniformidade nos tempos seu potencial para a promoção de novas formas de
e ritmos de estudo dos alunos. Pelo contrário, ela aprender e ensinar, os estudos de avaliação apre-
considera a autonomia e a independência dos mes- sentam resultados, em geral, muito positivos, salvo
mos. O discente constrói conhecimentos de forma raras exceções.
diversi昀椀cada e particular gerenciando o seu tempo
e as suas necessidades e interesses. Dessa forma, Assinale a alternativa que apresenta a sequência
é incorreto a昀椀rmar que um aluno busca ajustar seu correta.
ritmo de aprendizagem aos dos outros.
Alternativa E: INCORRETA. Na educação a distância, o Ⓐ V F V F.
ensino será sempre mediatizado pela interação en- Ⓑ F V F V.
tre o dispositivo midiático e a gestão da condução Ⓒ V F F V.
do ensino próprio ao aluno. E como as possibilidades Ⓓ F V V F.
dessa interação acontecer são diversas, devido as fer-
ramentas pedagógicas disponibilizadas nos ambien- Grau de Di昀椀culdade
tes virtuais de aprendizagem, certamente, o aluno
encontrará muitas formas para realizar a navegação: Alternativa A: CORRETA. As tecnologias da informa-
videoaulas, vídeos, áudios, grá昀椀cos, textos, blogs, ção e comunicação no contexto educacional são
e-portfolios, fóruns, YouTube, audiographics, dentre conteúdos ou objeto de ensino e aprendizagem,
outras. Essas ferramentas disponíveis para navega- pois atuam como ferramentas de transformação
ção permitem aos alunos diferentes modalidades de do ambiente, muitas vezes, tradicional da sala de
aprendizagem, aumentando a interatividade. aula possibilitando a potencialização das práticas
pedagógicas bem como da aprendizagem no senti-
06. Questão do em que oferecem vários recursos tanto na busca
ou construção/produção do conhecimento. Dentro
(IFNMG - GESTÃO DE CONCURSOS - 2014) Para Coll, Mauri e On- da sala de aula elas precisam manter relação dire-
rubia (2010), a avaliação do estado em que está a ta com os conteúdos previstos para a aprendizagem
incorporação das Tecnologias de Informação e Co- dos alunos bem como com as concepções de ensino
e aprendizagem que sustentam as diferentes práti- ensinar e aprender, sobre o per昀椀l do estudante con-
cas pedagógicas. temporâneo e as exigências/demandas colocadas
Alternativa B: INCORRETA. A utilização das mídias na pela atual sociedade do conhecimento sejam re昀氀e-
educação torna e昀椀ciente e produtivo o processo de tidas e consideradas.
ensino e aprendizagem na sala de aula, na medida Alternativa D: INCORRETA. Apesar de as TICs atuarem
em são criados novos espaços de aprendizagem, como instrumentos mediadores dos processos intra
novas formas de representação da realidade e são e interpsicológicos implicados no ensino e aprendi-
ampliados os contextos e o incentivo aos processos zagem, com o proveito de seu potencial para a pro-
cooperativos de produção de conhecimento. Entre- moção de novas formas de aprender e ensinar, os
tanto, os resultados não são diretamente positivos, melhores resultados não virão, diretamente, através
pois não basta introduzir todo aparato tecnológico delas, mas se faz necessário uma compreensão do
nas salas de aula sem se atribuir uma relação com que, realmente, se espera da educação. A昀椀nal, a tec-
uma concepção mais renovada de educação. Práti- nologia é parte e não o todo no processo. Parale-
cas tradicionais através das tecnologias não ofere- lo ao seu uso é fundamental que a escola construa
cem possibilidade de resultados mais satisfatórios. com toda a comunidade escolar um currículo que
Para tanto, os recursos que oferece devem contribuir promova as aprendizagens necessárias para uma
para com a transformação da realidade, a formação transformação social com vistas a uma contínua
social do sujeito e o desenvolvimento do pensamen- emancipação dos sujeitos.
to re昀氀exivo e da consciência crítica. Nesse sentido,
as TICs apresentam um cenário bastante otimista, 07. Questão
considerando os resultados positivos quanto ao seu
uso na educação. (IFNMG - GESTÃO DE CONCURSOS - 2014) Segundo Coll e Mo-
Alternativa C: INCORRETA. As tecnologias são um nereo (2010), os novos cenários educacionais emer-
fator transformador e inovador das práticas educa- gentes na Sociedade da Informação questionam o
cionais, quando facilitam a comunicação, mediam a ponto em que inicia e termina a ação de escolas e
re昀氀exão e a colaboração, a dinâmica entre os sujei- professores. Analise as a昀椀rmativas sobre esses ce-
tos, favorecendo a adoção de postura pesquisadora nários educacionais.
entre alunos e professores através da troca de ideias
e opiniões. A presença das tecnologias da informa- I. Um dos cenários seria de salas de aula e es-
ção e comunicação na sala de aula possibilitam a colas com mais e melhores infraestruturas,
construção de novas relações do sujeito social com equipamentos de TIC e com aproveitamento
o conhecimento, transformando a relação emissão/ das potencialidades dessas tecnologias para
recepção em uma relação dialógica que favorece a o ensino e aprendizagem por meio de projetos
cocriação do conhecimento e de soluções criativas pedagógicos e didáticos.
para as necessidades educacionais. O docente pode II. Um cenário com redução das salas de aula e
encontrar, portanto, nas tecnologias mais recursos de escola para outros espaços, restringindo o
para dar suporte à sua prática pedagógica de forma uso das TIC.
que os alunos possam ter mais acesso à informação, III. Um cenário global e onipresente, tornando
estabelecer relações com saberes que superam os possível o aprendizado em quase qualquer lu-
limites dos materiais tradicionalmente utilizados, gar e situação via TIC e desenvolvimento das
ampliar a comunicação e a articulação com a comu- tecnologias móveis.
nidade escolar e a sociedade de forma mais aberta e
昀氀exível. Entretanto, não necessariamente, o docente A partir dessa análise, pode-se concluir que estão
encontra todos esses benefícios ao introduzi-las nas corretas:
salas de aula. É preciso algumas mudanças na sua
forma de conceber a educação diante do atual con- Ⓐ I e II apenas.
texto social, político, econômico e cultural. Dentre Ⓑ I e III apenas.
os desa昀椀os que se coloca para o docente pode-se Ⓒ II e III apenas.
destacar a necessidade de que sua concepção sobre Ⓓ I, II e III.
terários de não literários, analisar e relacionar os viduais dos alunos virtuais a 昀椀m de que a mediação
elementos e funções do processo comunicativo li- do processo de ensino e aprendizagem aconteça de
terário, com vistas às suas in昀氀uências na vida social forma mais satisfatória para se alcançar os objetivos
e cultural. estabelecidos.
Alternativa C: CORRETA. A Constituição de 1988, tem Alternativa E: INCORRETA. A pedagogia interativa tem
como princípio educacional a garantia do direito sua base nos estudos acerca do conceito de interati-
incondicional e indisponível de todos os alunos à vidade realizado pelo professor Marcos Silva (2000).
educação. Essa garantia não se restringe ao aces- Ela pressupõe a ruptura da lógica da transmissão ce-
so e permanência dos estudantes em sala de aula, dendo lugar a um formato de ensino e aprendizagem
mas se amplia para outros espaços de aprendizagem onde a liberdade dialógica, a cooperação, cocriação
onde possa acontecer o processo de ensino e apren- e a horizontalização nas relações entre professo-
dizagem, como acontece no caso dos cursos on-li- res e alunos se sobreponham às práticas verticais,
ne que são realizados a distância via internet. No imperativas e unilaterais. Ao mesmo tempo em que
entanto, para que isso aconteça é necessário que o essa perspectiva pedagógica requer a reconstrução
direito à diferença seja garantido, haja vista que ele de conhecimentos e do conceito de avaliação de
é determinante para que a participação dos alunos modo que os sujeitos envolvidos sejam ativos.
no processo escolar geral, aconteça, considerando-
-se as capacidades de cada um. Nesse sentido, de- 09. Questão
ve-se considerar que os direitos sejam iguais para
todos e que existem diferenças entre os estudantes (METRO/DF - IADES - 2014) No que se refere ao conceito e à
diferença entre os estudantes de diferentes nature- prática do e-learning, assinale a alternativa correta.
zas: religiosas, culturais, de gênero, físicas etc. É isso
que uma pedagogia centrada nas diferenças propõe: Ⓐ Compreende um modelo de ensino que faz uso de
diferenciar para incluir. Signi昀椀ca reagir contra os va- tecnologias na busca por oportunizar momentos de
lores impostos pela sociedade dominante e rejeitar formação não presencial.
o pluralismo, como algo natura, que é, simplesmen- Ⓑ Exige obrigatoriamente a presença do gestor na
te, a incorporação da diferença pela mera aceitação elaboração e tomada de decisões acerca do que é
do outro, sem con昀氀itos, sem confronto. Portanto, as pertinente ser ensinado nos processos formativos.
preocupações apontadas na questão dizem respei- Ⓒ Trata-se de um modelo que prescinde da utiliza-
to às premissas que o processo da Pedagogia das ção da tecnologia nos processos desenvolvidos.
diferenças defende e que é necessária para que os Ⓓ Atua de maneira descontextualizada da cena con-
alunos de um modo geral, e mais especi昀椀camente, temporânea da educação corporativa e, por isso,
os que realizam cursos on-line se sintam incluídos caiu no ostracismo, nos últimos anos, no âmbito
no processo educacional. empresarial.
Alternativa D: INCORRETA. No contexto de ensino e Ⓔ Defende que as situações de aprendizagem de-
aprendizagem da educação on-line, o desa昀椀o que vem ocorrer exclusivamente a distância.
se coloca constantemente é saber como, de fato,
os sujeitos aprendem. Paralelo a isso com a mesma Grau de Di昀椀culdade
importância está na necessidade de explorar, ao
máximo, o potencial que a ferramenta tecnológica Alternativa A: CORRETA. O e-learning foi um con-
para atender o maior número possível de alunos, ceito criado para se referir a todas as formas de
considerando suas diferenças individuais. Nesse aprendizagem via web e quer dizer “aprendizagem
sentido, se impõe a realização de uma de昀椀nição de eletrônica”. Ele é um modelo de ensino on-line não
quem seja o aluno virtual, ou seja, aquele sujeito au- presencial, que tem como base o uso de tecnologia
tônomo, que gere seu processo de aprendizagem e é através da Internet para o seu bom funcionamento,
capaz de autodirigir e autorregular este processo. Ao portanto, se caracteriza pela distância física entre
se considerar que na educação on-line as interações aluno e professor.
acontecem através de uma interface digital, é funda- Alternativa B: INCORRETA. Enquanto modalidade de
mental conhecer mais sobre as características indi- formação à distância, o e- learning implica a dispo-
nibilização de materiais referentes aos conteúdos aula) ou à distância tendo sempre por suporte os
de ensino conforme os recursos que a ferramenta recursos disponibilizados na Internet/web.
tecnológica oferece. A presença do gestor é de suma
importância no acompanhamento do envolver os 10. Questão
professores autores em todas as etapas do processo
de seleção de conteúdos e elaboração do material (METRO/DF - IADES - 2014) Com relação aos processos de
didático. A gestão prevê decisões referentes ao pla- educação pro昀椀ssional e educação a distância, assi-
nejamento, organização, direção e supervisão das nale a alternativa correta.
ações da mesma forma como acontece na educação
presencial. Entretanto, a sua presença nesse pro- Ⓐ O formato vigente de educação pro昀椀ssional reme-
cesso não se faz obrigatória, já que a modalidade te unicamente ao modelo norte-americano, sem so-
conta com a presença de tutores, autores, revisores, frer in昀氀uências ou interferências de outros modelos.
especialistas de EAD, webdesigners, dentre outros, Ⓑ Conciliar educação pro昀椀ssional com educação
que serão responsáveis pela formatação 昀椀nal do a distância, em processos de formação, exige altos
trabalho pedagógico num processo de construção custos por parte da instituição, o que faz com que
coletiva. esse modelo seja pouco rentável e e昀椀caz.
Alternativa C: INCORRETA. Conforme abordado aci- Ⓒ Uma empresa que faz uso da educação a distân-
ma, o e-learning é uma modalidade educativa que cia pode dispensar todo o respectivo quadro de for-
necessita do uso de meio eletrônico para que pos- madores, uma vez que, nesse modelo, o formador é
sa ser realizada. Através de um ambiente virtual de completamente prescindível.
aprendizagem, os recursos de comunicação, de ges- Ⓓ O uso da educação a distância nos processos de
tão e de distribuição de conteúdos digitais de uma formação é uma exclusividade de instituições que
plataforma e-learning são disponibilizados. Portan- atuam nas áreas de tecnologia.
to, não há como desprezar as tecnologias. Ⓔ A educação a distância surgiu na Europa na pri-
Alternativa D: INCORRETA. A educação corporativa meira metade do século 19, sendo a corrente mais
tem conseguido quebrar as barreiras físicas e tem predominante a que registra na Suécia, em 1833, a
conseguido disseminar o conhecimento em uma primeira experiência nesse campo de ensino.
velocidade surpreendente. Tal premissa pode ser
con昀椀rmada na utilização do ensino à distância – o Grau de Di昀椀culdade
e-learning – como uma ferramenta de grande valor
no desenvolvimento dos talentos dentro das organi- Alternativa A: INCORRETA. O formato vigente de edu-
zações. Entre os diversos motivos que estimulam a cação pro昀椀ssional remete a diferentes modelos:
utilização dessa plataforma nas empresas, pode-se alemão, francês, austríaco, português, argentino e
destacar: a agilidade no processo de capacitação e israelense, transitando entre propostas que cami-
administração melhor do tempo, aumento na efetivi- nham no sentido do prosseguimento dos estudos,
dade dos resultados de seu corpo de colaboradores, de preparação para o trabalho, do segmento cien-
aumento da qualidade dos serviços prestados aos tí昀椀co e tecnológico ou da complementaridade da
clientes, melhoria do desempenho dos pro昀椀ssionais educação pro昀椀ssional, em escolas ou nas empresas.
nas várias frentes de trabalho executados. Portan- Alternativa B: INCORRETA. A educação a distância
to, alinhado às culturas, as demandas sociais e ao é uma estratégia que amplia as possibilidades de
mercado da educação global, a prática do e-learnig acesso à educação como um todo e, especi昀椀camen-
tem se tornado crescente dentro das instituições or- te, na educação pro昀椀ssional. Dentre os fatores que
ganizacionais. indicam seus benefícios estão: minimização do des-
Alternativa E: INCORRETA. Uma plataforma e-lear- locamento gerando a economia de tempo e dinhei-
ning pode ser utilizada tanto no ensino on-line como ro, o ensino independente que acontece quando e
no tradicional presencial como no semipresencial. onde os sujeitos têm possibilidades de realizar, ge-
Dessa forma, componentes das unidades de ensi- renciando seu processo de ensino e aprendizagem, o
no podem ser abordadas presencialmente (sala de atendimento personalizado e a interatividade entre
os membros que dele fazem parte. Assim sendo, os
altos custos e a ine昀椀ciência dos processos formati- Ⓐ que todos os diplomas certi昀椀cados em cursos
vos não podem ser considerados como indicadores dessa modalidade por instituições credenciadas e
para que essa conciliação entre educação pro昀椀ssio- registradas têm validade nacional;
nal e educação à distância aconteça. Ⓑ que pelo menos 15% das matrículas na educação
Alternativa C: INCORRETA. Como em todo processo pública de nível básico deve ser ofertada pelas re-
formativo, a atuação do formador é imprescindível, des na modalidade de educação a distância;
pois enquanto pro昀椀ssional habilitado, ele é res- Ⓒ que cursos dessa modalidade podem se estrutu-
ponsável por dar suporte aos seus colaboradores, rar com 100% de sua carga horária a distância, inclu-
produzir conteúdo multimídia, ou seja, material pe- sive no que diz respeito à avaliação do aluno;
dagógico apropriado de acordo com os objetivos e Ⓓ a educação a distância como modalidade o昀椀cial
a gestão do programa de educação a distância da para todos os níveis e modalidades de ensino, com a
empresa. exceção da educação especial;
Alternativa D: INCORRETA. O uso da educação a dis- Ⓔ a educação a distância como modalidade o昀椀cial
tância nos processos de formação não é uma ex- para todos os níveis e modalidades de ensino, com a
clusividade de instituições que atuam nas áreas de exceção da educação pro昀椀ssional.
tecnologia. Mas, pode se fazer uso dessa modalida-
de educativa em todos os processos formativos, a Grau de Di昀椀culdade
saber: no ensino fundamental, médio, superior e na
pós-graduação. DICA DO AUTORA: apesar de ser uma questão fácil, é
Alternativa E: CORRETA. Segundo pesquisas indicam, preciso ter conhecimento do
em 1833, na Suécia, surgiu o primeiro curso pro昀椀ssio- Decreto nº 5.622, de 2005, na íntegra.
nalizante a distância: o curso de contabilidade que Alternativa A: CORRETA. O referido Decreto determi-
era ministrado através de correspondências. Ainda na em dois artigos a validade nacional dos diplomas
no século XIX, um professor de taquigra昀椀a publicou dos cursos oferecidos na modalidade à distância
um anúncio em um jornal em Boston, manifestando quando expedidos por instituições credenciadas e
seu desejo em ensinar sua matéria por correspon- registradas: Art. 36-D em relação aos diplomas de
dência. E em 1840, Pitman iniciou o primeiro curso cursos de educação pro昀椀ssional técnica de nível mé-
regular de taquigra昀椀a nessa modalidade. dio e Art. 48. Sobre os diplomas de cursos superiores
reconhecidos.
11. Questão Alternativa B: INCORRETA. O Art. 2o, inciso I do De-
creto nº 5.622, de 2005, determina que a educação a
(TJ/GO - FGV - 2014) Apesar do crescimento nacional da distância poderá ser ofertada para a educação bási-
oferta de educação a distância, essa modalidade ca, nos termos do art. 30 deste mesmo decreto, pri-
de ensino tem sido alvo de fortes críticas por par- meiro de昀椀ne que aconteça nas seguintes situações:
te de diversos pro昀椀ssionais da educação. Uma das complementação de aprendizagem ou em situações
críticas mais recorrentes é a da falta de condições emergenciais. Além disso, ao contrário de apresen-
materiais e estruturais nas redes de ensino para que tar percentual de oferta de matrículas, indica os
se mantenha uma educação de qualidade. Apesar critérios para que a educação à distância aconteça
dos protestos, essa modalidade de ensino tem sido para alunos da Educação Básica. Assim sendo, pode-
desenvolvida por diversas políticas públicas por sua rão realizar seus estudos nessa modalidade os alu-
capacidade de levar a oferta das diferentes modali- nos que: estejam impedidos, por motivo de saúde,
dades e níveis de ensino às pessoas em áreas isola- de acompanhar ensino presencial; sejam portadores
das e de difícil acesso. Nesse sentido, a educação a de necessidades especiais e requeiram serviços es-
distância tem encontrado cada vez mais estímulos, pecializados de atendimento; se encontram no ex-
sob a bandeira da democratização do ensino. O De- terior, por qualquer motivo; vivam em localidades
creto nº 5.622 de 2005, que regulamenta o Art. 80 que não contem com rede regular de atendimento
da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional escolar presencial; compulsoriamente sejam trans-
(Lei nº 9.394/96), é um exemplo dessa tendência, na feridos para regiões de difícil acesso, incluindo mis-
medida em que institui:
sões localizadas em regiões de fronteira; ou estejam Alternativa A: INCORRETA. Dentro da escola, as TICs
em situação de cárcere. atuam como ferramentas pedagógicas no processo
Alternativa C: INCORRETA. O decreto deixa claro, em de ensino e aprendizagem, ou seja, como estraté-
seu § 1o que a educação a distância organiza-se se- gias cognitivas de aprendizagem. Elas possibilitam
gundo metodologia, gestão e avaliação peculiares, a aquisição de conhecimento com criatividade, juízo
para as quais deverá estar prevista a obrigatorie- de valor, desenvolvimento da autoestima dos alunos
dade de momentos presenciais. Portanto, não são e dinamismo permitindo que adquiram novos va-
100% de atividades a distância. Inclusive, deter- lores. Se elas são concebidas como ferramenta de
mina no Art. 4o que a “avaliação do desempenho informática, o seu potencial 昀椀ca reduzido ao ensino
do estudante para 昀椀ns de promoção, conclusão de puramente técnico da informática, gera aulas des-
estudos e obtenção de diplomas ou certi昀椀cados contextualizadas, sem relações entre as disciplinas,
dar-se-á no processo, mediante” a realização de haja vista que o foco seria apenas a formação tec-
exames presenciais. nológica para a atuação pro昀椀ssional dos sujeitos no
Alternativa D: INCORRETA. A educação a distância é futuro da sociedade.
de昀椀nida no Decreto nº 5.622, de 2005, como moda- Alternativa B: INCORRETA. As Tecnologias de Infor-
lidade o昀椀cial para todos os níveis e modalidades de mação e Comunicação, comumente, utilizadas na
ensino, inclusive para a educação especial, confor- escola, são consequência de um processo de desen-
me expresso no Art. 2o, inciso III. volvimento da informática, das telecomunicações e
Alternativa E: INCORRETA. A educação a distância é das mídias eletrônicas ao longo da história. Sua pre-
de昀椀nida no Decreto nº 5.622, de 2005, como moda- sença no espaço escolar não promove, portanto, o
lidade o昀椀cial para todos os níveis e modalidades de desenvolvimento de outras tecnologias, mas atua no
ensino, inclusive para a educação pro昀椀ssional, con- sentido de atender ao interesse e necessidades dos
forme expresso no Art. 2o, inciso IV, abrangendo os educandos de modo a favorecer a integração dos es-
seguintes cursos e programas: técnicos, de nível mé- tudantes, a aprendizagem no legitimando as inten-
dio; e tecnológicos, de nível superior. ções educativas dos diferentes contextos escolares.
Alternativa C: CORRETA. Para os jovens, as tecno-
12. Questão logias oferecem um espaço de expressão e desco-
berta. Ela trouxe para eles ferramentas para que as
(UNIFESP - VUNESP - 2014) Os professores reconhecem manifestações típicas dessa fase da vida sejam exer-
que os alunos já não são os mesmos e que está em cidas. Através da internet e dos games, os jovens,
gestação um novo processo de aquisição de conhe- por exemplo, experimentam papéis sociais, ampliam
cimentos, ainda desconhecido por eles e pela es- suas relações interpessoais e o contato com as in-
cola. No entanto, apesar dos desa昀椀os que trazem à formações. Os elementos disponibilizados nesses
instituição escolar, a integração das Tecnologias de novos espaços contribuem para a formação da iden-
Informação e Comunicação (TIC) no quotidiano da tidade dos jovens. Do ponto de vista pedagógico é
escola, de modo criativo, crítico e competente é: importante que as tecnologias sejam usadas para a
formação de sujeitos conscientes, críticos e engaja-
Ⓐ ferramenta de informática fundamental para a dos na atual sociedade do conhecimento.
formação. Alternativa D: INCORRETA. Uma perspectiva criativa,
Ⓑ importante no desenvolvimento dos meios ele- crítica e competente do uso das tecnologias na esco-
trônicos. la não é consequência, resultado do uso de software
Ⓒ essencial para a formação do jovem. e hardware. Ainda que se considere o computador
Ⓓ resultado do uso de software e hardware na escola. (hardware) tanto do ponto de vista do processa-
Ⓔ essencial para fortalecer as mídias sociais. mento de dados, quanto do software e suas diversas
possibilidades (acesso a informações, edição textos,
Grau de Di昀椀culdade automatização de processos) o uso do mesmo não
pode se fazer presente na escola como técnica, ou
seja, de conscientização do estudante para o uso da
informática. O que se objetiva é um uso com vistas à num universo estimulante e motivador para a apren-
formação cidadã dos sujeitos. Logo, é preciso opor- dizagem,
tunizar ao aluno a possibilidade de agir, criar sobre
o software, tomando decisões em relação a algum Ⓐ disponibilizam oportunidades in昀椀nitas de desen-
problema e, se isso acontece, ele se torna sujeito volvimento cognitivo e socioafetivo dos alunos.
ativo de sua aprendizagem e o processo de cons- Ⓑ fortalecem a memória e as habilidades de adap-
trução e reconstrução do conhecimento faz de cada tação dos alunos.
aprendizagem uma descoberta. E esse é o papel que Ⓒ trazem o mundo (virtual) para dentro dos indiví-
as tecnologias devem exercer na escola. duos, na construção de liderança.
Alternativa E: INCORRETA. Estamos em uma con昀椀gu- Ⓓ disponibilizam o armazenamento de informações
ração social diferente que impõe a necessidade de e a memória dos dados.
a educação se adaptar às novas demandas formati- Ⓔ estabelecem a comunicação por computador e
vas que surgem nesse contexto. As redes sociais se internet na sala de aula.
entrelaçam ao cotidiano da escola e podem ser um
elemento explorado por professores no desenvol- Grau de Di昀椀culdade
vimento das atividades da escola, pois apresentam
uma dinâmica de funcionamento que favorece aos Alternativa A: CORRETA. Os relacionamentos esta-
sujeitos o interesse em participar, a contribuir com belecidos por todos os envolvidos no cotidiano da
conteúdos e informações, a interagir com diferentes escola deixam transparecer os múltiplos, temporais
pessoas e espaços, a inovação de experiências, as e heterogêneos conhecimentos, habilidades de re-
relações com a diversidade, dentre outros. Entre- lacionamento interpessoal e conteúdos da cultura.
tanto, uma prática criativa, crítica e competente em Esses elementos são fruto de uma construção que
relação ao uso das TICs na escola, não está condi- acontece ao longo do tempo, na socialização fami-
cionada ao uso das mídias sociais na mesma. Até liar, escolar, numa constante integração de ordem
porque se não fazem parte de uma proposta peda- cognitiva e afetiva. Pode-se a昀椀rmar que todos os ob-
gógica com vistas à e昀椀cácia do processo de ensino e jetos de conhecimento são, ao mesmo tempo, cogni-
aprendizagem, podem gerar retrocessos em relação tivos e afetivos, e as pessoas são, simultaneamente,
ao que se é esperado. Ainda, é preciso considerar portanto, sujeitos de conhecimento e de afeto. As-
que as próprias mídias possuem limitações que po- sim sendo, as tecnologias utilizadas na escola, con-
dem interferir no desenvolvimento satisfatório das sideradas também como objeto de conhecimento,
atividades, como por exemplo, a exposição dos alu- favorecem novas perspectivas de desenvolvimento,
nos e a impossibilidade de garantir a privacidade interação, comunicação e crescimento inter e in-
dos mesmos. trapessoal. Isto se dá através das diferentes ações
que delas emanam e nas quais os alunos realizam
13. Questão explorando mais ainda a sua capacidade inventiva
e criadora. Ao promover a agilidade, o comando, a
(UNIFESP - VUNESP - 2014) Segundo alguns autores, como tentativa e o erro ou o ato de experimentar, as tec-
Pierre Lévy, pode-se a昀椀rmar que uma técnica não nologias contribuem no processo de aprendizagem
é boa nem má, mas neutra por ser essencialmen- haja vista que esse processo possibilita que o aluno
te condicionante do seu meio, o que signi昀椀ca abrir pense, elabore e aja, buscando resolver suas dúvi-
possibilidades e opções culturais que, sem ela, não das e desa昀椀os. Dessa forma, o desenvolvimento cog-
poderiam ser pensadas concretamente. Os ambien- nitivo vai acontecendo. Além disso, as tecnologias
tes educacionais suportados pelas Tecnologias de na educação disponibilizam oportunidades para
Informação e Comunicação – TIC apresentam para que os alunos se desenvolvam social e afetivamen-
a educação desa昀椀os de diversas ordens, desde o te já que manifestam sua interioridade através das
“simples” uso das ferramentas técnicas até à verda- representações que fazem para compor sua leitura,
deira apropriação do conteúdo simbólico que pode para criar ou recriar conhecimentos e para interagir
adequá-las. Ao mesmo tempo em que se constituem com outros. Portanto, de fato, as TICS oportunizam
Ⓑ meio e instrumento para colaborar no desenvol- que os alunos desenvolvam uma postura crítica,
vimento do processo de aprendizagem. criativa e interativa diante do acesso e construção/
Ⓒ instrumento essencial para favorecer a aprendi- reconstrução do conhecimento. Entretanto, esta é
zagem dos alunos. uma postura que independe da presença das tecno-
Ⓓ elemento essencial para resolver ou solucionar logias na sala de aula. Ela é decorrente das práticas
os problemas educacionais do Brasil. pedagógicas que concebem o ensino e a aprendiza-
Ⓔ solução para melhorar o desempenho nas avalia- gem como um processo horizontal e não vertical, ou
ções nacionais (SAEB) e internacionais (PISA). seja, um processo em que professor se coloca como
mediador e os alunos sujeitos do processo de cons-
Grau de Di昀椀culdade trução do conhecimento. Ele não é mais, portanto, o
transmissor de informações. Assim sendo, seja com
Alternativa A: INCORRETA. É inquestionável a impor- tecnologia, ou sem tecnologias, essa nova forma de
tância que as tecnologias têm hoje para a educação. se conceber o processo de aprendizagem se relacio-
Elas contribuem para que novas formas de ensinar na a uma nova visão de construção do conhecimento
e aprender façam parte do processo de ensino e que envolve professores e alunos, como superação
aprendizagem. Isto porque oferecem uma série de das formas tradicionais na relação de ensino-apren-
recursos que e meios potencializadores da apren- dizagem. Assim sendo, a tecnologia não pode ser
dizagem que podem oportunizar um melhor desen- concebida como instrumento essencial para favore-
volvimento dos alunos em diferentes aspectos e, ao cer a aprendizagem dos alunos, mas como coadju-
mesmo tempo, do professor que rea昀椀rma sua postu- vante importante nesse processo.
ra de mediador e não mais transmissor de conheci- Alternativa D: INCORRETA. As tecnologias são ferra-
mento na prática pedagógica. Entretanto, apesar de mentas que modi昀椀cam as relações professor-alu-
tornar esse processo mais interativo e, por isso, mais no, as relações educacionais e, diferentes aspectos,
interessante, as tecnologias da informação não ga- oportunizando a ampliação do espaço de ensino e
rantem por si qualidade no ensino, nem tampouco a aprendizagem. No entanto, é importante destacar
solução das di昀椀culdades de aprendizagem. É preciso que as mudanças no processo de ensino, não depen-
considerar que as mesmas estão a serviço do pro- dem essencialmente do uso das tecnologias na sala
cesso de construção e assimilação do conhecimento de aula, mas de tantos outros aspectos que in昀氀uen-
favorecendo aprendizagens mais signi昀椀cativas para ciam a dinâmica do ensinar e aprender, como por
os alunos. exemplo, as características próprias de cada lugar,
Alternativa B: CORRETA. De fato, as tecnologias da cultura, objetivos e intenções de cada escola. Assim
comunicação e informação colaboram no desenvol- sendo, a presença das tecnologias no processo edu-
vimento do processo de aprendizagem. Isto porque cativo pode contribuir ao passo em que melhora a
são meios que favorecem a construção do conheci- sala, mas não pode dar conta de resolver todos os
mento como elemento imprescindível para a melho- problemas que existem nesse processo.
ria social, oportunizando expressões multiculturais Alternativa E: INCORRETA. A introdução das tec-
e integração universal dos sujeitos. A escola, ao nologias na prática pedagógica só tem sentido se
fazer uso das tecnologias, em sua prática pedagó- objetivar a melhoria da qualidade de ensino, ou,
gica, encontra, nas mesmas, ferramentas para que seja, proporcionar um processo de ensino e apren-
se transforme de transmissora de conhecimentos dizagem e昀椀caz. E se, de fato, ela é utilizada como
em organizadora de aprendizagens oferecendo aos ferramenta para potencializar a aprendizagem dos
alunos condições necessárias para aprender a obter alunos desa昀椀ando-os a buscar, construir e recons-
a informação, para construir o conhecimento e ad- truir conhecimentos, os resultados em quaisquer
quirir competências. Nesse sentido, as tecnologias tipos de avaliação tendem a ser mais satisfatórios.
atuam como agregadoras de conhecimento. Entretanto, não é mérito desta ou daquela tecnolo-
Alternativa C: INCORRETA. Por meio da utilização das gia uma consequente melhoria dos resultados. Essa
tecnologias nas práticas pedagógicas é possível vis- situação é consequência de práticas pedagógicas
lumbrar um estímulo para a aprendizagem, haja vis- voltadas para o desenvolvimento das competências
ta que as mesmas oferecem recursos e meios para necessárias para a formação integral dos sujeitos
nos diferentes anos seriais. É evidente que, diante do poder industrial. A tecnologia está sujeita ao
da inserção das tecnologias na escola, os sistemas con昀氀ito histórico entre os detentores dos meios de
de avaliação da aprendizagem precisam desenvol- produção na sociedade capitalista e a mão de obra
ver novos olhares para perceber a aprendizagem dos assalariada. Assim, ela organiza, perpetua ou modi-
alunos em seus diferentes percursos. Portanto, um 昀椀ca as relações sociais através da manifestação do
resultado melhor em termos de avaliação da apren- pensamento e dos padrões de comportamento do-
dizagem, não virá pela tecnologia, haja vista que ela minantes, nela expressos.
á apenas uma parte e não todo, mas por um proces- Alternativa B: INCORRETA. Apesar de a mediação
so de compreensão do que seja, de fato, ensinar e tecnológica ser, por vezes, adotada com o objetivo
aprender, nessa sociedade contemporânea respei- primeiro de estabelecer relações intrínsecas entre
tando as especi昀椀cidades da educação como um todo educação e preparação para o mundo do trabalho,
e da própria tecnologia. este não é seu objetivo primeiro. Sua utilização no
contexto educacional visa ao desenvolvimento do
15. Questão potencial cognitivo dos alunos e se dá num ambien-
te em condições favoráveis, para que os mesmos
(DETRAN/MT - UFMT - 2015) No que diz respeito ao uso das desenvolvam projetos individuais, participem de
Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) discussões, interajam com os colegas e professores,
nas práticas pedagógicas fundamentadas nas teo- seja incentivado para o trabalho independente e
rias críticas, é incorreto a昀椀rmar: cooperativo de modo a sistematizar as informações
para criar conhecimento de forma signi昀椀cativa e
Ⓐ As TIC precisam ser consideradas como produtos crítica. Dessa forma, o uso das tecnologias com 昀椀ns
da atividade humana, historicamente construídas, mercadológicos sai de cena e se dá lugar a intenção
portanto como artefatos sociais e culturais que ex- de ser uma ferramenta que possibilite a construção
pressam relações de poder, intenções e interesses de um projeto condizente com a realidade.
diversos. Alternativa C: CORRETA. Os ambientes interativos
Ⓑ A mediação tecnológica é adotada com o objetivo permitem interações síncronas e assíncronas, ou
primeiro de estabelecer relações intrínsecas entre seja, oferecem condições para que discussões, ba-
educação e preparação para o mundo do trabalho, te-papos ou outras formas de interação aconteçam
observando, sobretudo, a lógica da competitividade em tempo real ou não. Através desses ambientes os
instaurada no mundo globalizado. sujeitos se conhecem, modi昀椀cam-se uns aos outros,
Ⓒ Os ambientes interativos (como chats e grupos de debatem diferentes temas, negociam as interações,
discussão on-line) mostram-se como recursos po- criando às vezes regras próprias. Esses espaços pos-
tenciais nas relações educacionais. sibilitam diálogos intensos para a aproximação dos
Ⓓ No mundo marcado pela tecnologia, a escola ne- interagentes sem que haja proximidade física.
cessita fazer uso das TIC não apenas para democra- Alternativa D: CORRETA. O grande desa昀椀o do uso das
tizar o acesso a elas como também para favorecer a tecnologias na educação é fazer com que as mes-
compreensão das potencialidades da educação. mas promovam melhorias na qualidade do ensino
e não sejam apenas bens produzidos socialmente e
Grau de Di昀椀culdade que precisam ser democratizados na escola. O que
se espera é que as tecnologias da informação e da
Alternativa A: CORRETA. Toda e qualquer tecnologia comunicação sejam capazes de facilitar o desenvol-
é resultado de relações sociais de produção que se vimento das competências necessárias para a eman-
estabelecem na sociedade. Portanto, ela é um modo cipação dos sujeitos na atual sociedade do conheci-
de produção, uma totalidade de dispositivos e in- mento. Portanto, quando são utilizadas no processo
venções que fazem parte de uma sociedade. Ela não de ensino e aprendizagem as tecnologias não são
é neutra, haja vista que incorpora valores da socie- apenas recursos em potencial para a aprendizagem,
dade industrial e, por isso, resulta num veículo de mas uma ferramenta cada vez mais importante para
dominação cultural, controle social e concentração a vida.
16. Questão Art. 32º, inciso II, terá por objetivo a formação básica
do cidadão, mediante, dentre outras coisas, à com-
(DETRAN/MT - UFMT - 2015) O expressivo desenvolvimento preensão do ambiente natural e social, do sistema
das Tecnologias da Informação e da Comunicação político, da tecnologia, das artes e dos valores em
(TIC) ocorrido nas últimas décadas potencializou a que se fundamenta a sociedade. Quando trata do
Educação a Distância (EAD). Em relação a essa te- Ensino Médio destaca, no Inciso IV do Art. 35º, que
mática, marque V para as a昀椀rmativas verdadeiras e este terá, dentre outras, a 昀椀nalidade de favorecer a
F para as falsas. compreensão dos fundamentos cientí昀椀co-tecnológi-
cos dos processos produtivos, relacionando a teoria
( ) O uso das TIC na educação foi previsto na Lei com a prática, no ensino de cada disciplina. Quan-
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 do trata do currículo do Ensino Médio, em seu Art.
exclusivamente para a modalidade a distância, uma 36º, Inciso I, ressalta que o mesmo deverá destacar
vez que a educação presencial fundamenta-se no a educação tecnológica básica. Se referindo à Edu-
diálogo e na interação direta entre os atores envol- cação Pro昀椀ssional, a Lei em seu Art. 39º, menciona
vidos no processo educativo. que a mesma deve acontecer integrada às diferentes
( ) A EAD altera os conceitos de espaço e tempo his- formas de educação, ao trabalho, à ciência e à tec-
toricamente adotados pelas escolas e universidades, nologia. E ao abordar a Educação Superior, destaca
pois permite intercomunicação síncrona e assíncro- que sua 昀椀nalidade, dentre outras, conforme consta
na entre educadores e educandos posicionados em em seu Art. 43º, é incentivar o trabalho de pesquisa
diferentes contextos geográ昀椀cos e culturais. e investigação cientí昀椀ca, com vistas ao desenvol-
( ) A educação a distância é potencializada pela in- vimento da ciência e da tecnologia e da criação e
tegração de várias mídias que podem ser acessadas difusão da cultura, como modo de desenvolvimento
tanto em tempo real como no horário favorável a do entendimento do homem e do meio em que vive.
cada educador e educando. Alternativa B: INCORRETA. A tecnologia com seus
( ) O professor que atua na EAD precisa estar aten- recursos digitais possibilita a diminuição das dis-
to ao ritmo de cada aluno, às suas formas pessoais tâncias, a 昀氀exibilidade e a adaptação às exigências
de navegação. Na condição de docente não impõe; atuais promovendo a interação social do indivíduo.
acompanha, sugere, incentiva, questiona, aprende A educação à distância oferece dois recursos distin-
junto com o aluno. tos de ensino:
Síncrono, que se dá quando os sujeitos do processo
Assinale a sequência correta. de ensino e aprendizagem (professor/tutor e aluno)
se comunicam em tempo real via web, através de
Ⓐ V, F, V, F telefone, chat, videoconferência, webconferência,
Ⓑ V, V, F, F dentre outros recursos, podendo discutir, perguntar,
Ⓒ F, V, V, V interagir simultaneamente.
Ⓓ F, F, F, V Assíncrono, acontece quando os sujeitos do pro-
cesso de ensino e aprendizagem (professor/tutor
Grau de Di昀椀culdade e aluno), não estão na sala de aula ou conectados
em tempo real. A participação acontece quando os
DICA DO AUTORA: A alternativa que merece maior alunos se inscrevem, participam e terminam quan-
atenção é a letra A, devido à necessidade de conhe- do querem. Necessariamente não se tem a presença
cimento da Lei de Diretrizes e Bases da Educação do professor/tutor naquele momento. Seu retorno
Nacional, a Lei 9494/96. para o aluno, tirando dúvidas, respondendo ques-
Alternativa A: INCORRETA. É possível observar na tões e participando de outras formas, acontece em
referida Lei que o uso das tecnologias aparece em momentos diferentes do tempo daquele.
diferentes artigos, tanto como conteúdo curricular Alternativa C: CORRETA. As mídias interativas são uti-
quanto como recurso didático e não apenas quan- lizadas para facilitar o processo de ensino e apren-
do se refere à modalidade de Educação a Distância. dizagem e potencializar a colaboração e interação
Ao se referir ao Ensino Fundamental a Lei, em seu entre os interagentes participantes de um curso à
distância independendo de tempo e lugar. Dentre Alternativa B: CORRETA. As redes sociais, assim como
elas, pode-se citar: e-mail, fórum ou lista de discus- a escola, também são capazes de favorecer a intera-
são, Webblogs ou Blogs, FTP, Chat, videoconferência, ção e a construção de conhecimentos e valores. Elas
audioconferência e teleconferência. potencializam atividades realizadas em grupo, pois,
Alternativa D: INCORRETA. Na educação a distância através das mesmas, os alunos podem se relacionar
evidencia-se o papel do professor/tutor como al- com outros sujeitos criando contextos de produção
guém que estimule e motive os alunos para a apren- coletiva de conhecimento numa rede cooperativa de
dizagem através do gerenciamento do seu tempo aprendizagem. Além disso, as redes sociais podem
e seu ritmo de aprendizagem. O seu desa昀椀o é pro- tornar a sala de aula um ambiente mais interativo e
mover a participação, a comunicação, a interação e dialógico, já que o modelo unidirecional da comuni-
o confronto de ideias, ou seja, ele atua como me- cação, no qual o professor fala e o aluno ouve, tende
diador dos processos de ensino e de aprendizagem. a ser substituído por um modelo de redes em que
Além disso, é de sua responsabilidade também criar todos os sujeitos interagentes têm seu espaço para
um ambiente que, através do uso das tecnologias, falar e ser escutado.
minimize as distâncias dando segurança ao aluno Alternativa C: INCORRETA. A aula expositiva, geral-
para se envolver no processo de busca do conhe- mente, recebe bastantes críticas, pois sua concep-
cimento e possibilite a construção coletiva do co- ção está associada à das teorias educacionais mais
nhecimento, a transgressão de receitas prontas e tradicionais. E tal postura mantida em relação a esta
acabadas contribuindo para a construção de novos metodologia didática, tal como concebida, realmen-
saberes e novos olhares sobre a realidade. te não dialoga com perspectivas mais renovadas de
educação. Ou seja, a ela está atrelada a ideia de um
17. Questão professor que apresenta as informações para os alu-
nos, transferindo para eles conhecimentos de mun-
(UFRB/BA - FUNRIO - 2015) A didática hoje leva em conta do que foram construídos por ele ao longo de sua
as novas tecnologias eletrônicas de comunicação e trajetória não abrindo espaço para novas constru-
informação (TICs). Inúmeras são as estratégias didá- ções ou ressigni昀椀cações. Nesse sentido, a presença
ticas que podem ser utilizadas considerando as TICs, das tecnologias da informação e da comunicação no
exceto: processo de ensino e aprendizagem 昀椀ca limitada ao
uso sem técnica e dissociado dos objetivos didáticos
Ⓐ gestão de espaços virtuais de aprendizagem. em determinado momento do processo de ensino-
Ⓑ utilização das redes sociais. -aprendizagem; ou à uma ênfase dada ao recurso em
Ⓒ aulas de exposição frontal. detrimento ao próprio conteúdo; ou apenas, ainda,
Ⓓ trabalhos colaborativos em redes. à pré-formatação na apresentação de informações.
Ⓔ metodologias midiáticas. Alternativa D: CORRETA. É evidente que a aprendi-
zagem colaborativa não depende, necessariamente,
Grau de Di昀椀culdade da tecnologia para que possa ocorrer, mas ela tem
criado oportunidades para que se crie um ambiente
Alternativa A: CORRETA. As ferramentas disponibi- colaborativo no processo de ensino e aprendizagem.
lizadas pelas diferentes tecnologias contemporâ- As tecnologias potencializam os momentos em que
neas atuam no sentido de minimizar as di昀椀culdades professores e alunos pesquisam, discutem e cons-
existentes entre professores e alunos causados pela troem tanto individual, quanto coletivamente seus
distância física. Com os espaços virtuais de aprendi- conhecimentos. Um exemplo é o computador que
zagem é possível criar um ambiente em que alunos contribui para a organização de diversas atividades
e professores, apesar de geogra昀椀camente distantes, e pode ser utilizado para que os alunos colaborem
se sintam próximos participando de um processo de mutuamente nas atividades grupais. Essa carateriza-
aprendizado colaborativo. Além disso, favorecem o ção lhe dá um lugar de grande destaque como recur-
armazenamento, a distribuição e o acesso às infor- so para a aprendizagem colaborativa.
mações no tempo e lugar de昀椀nidos pelos sujeitos. Alternativa E: CORRETA. A constante evolução das
mídias tecnológicas proporcionam condições fa-
Ⓐ I, III e IV Assinale:
Ⓑ II, III e IV
Ⓒ I e III Ⓐ se somente a a昀椀rmativa I estiver correta.
Ⓓ I, II e III Ⓑ se somente a a昀椀rmativa II estiver correta.
Ⓔ II e III Ⓒ se somente a a昀椀rmativa III estiver correta.
Ⓓ se somente as a昀椀rmativas II e III estiverem cor-
Grau de Di昀椀culdade retas.
Ⓔ se todas as a昀椀rmativas estiverem corretas.
DICA DO AUTORA: Para responder a essa questão é
fundamental um conhecimento especí昀椀co do Art. Grau de Di昀椀culdade
80º da Lei 9394/96.
Alternativa I: CORRETA. Esta determinação está ex- Alternativa I: INCORRETA. A grande evolução das no-
pressa na Lei 9394/96 em seu Art. 80º: “O Poder vas tecnologias da informação e da comunicação
Público incentivará o desenvolvimento e a veicula- provocaram grandes transformações na sociedade e
impulsionaram o seu uso dentro da sala de aula no contram-se no lócus de atuação da sua pro昀椀ssão
sentido de promover novas ideias de conhecimento, não encontram tempo necessário nem políticas de
de ensino e de aprendizagem. Sendo a escola um es- formação continuada para lidar com ferramentas e
paço, realmente, de construção do conhecimento e técnicas mais elaboradas.
socialização do saber, a utilização das ferramentas
tecnológicas permite um trabalho mais signi昀椀cativo Resposta Ⓓ
com os conteúdos, porque favorece a ampliação e a
criação de novas formas de trabalho, possibilitando 20. Questão
que os alunos pesquisem, antecipem e con昀椀rmem
ideias, experimentem, criem soluções e construam (IFB - FACTOS - 2017) Em relação ao uso de tecnologias
novas formas de representação do conhecimento. digitais no processo ensino e aprendizagem, leias as
Assim, a melhoria na aprendizagem acontece. a昀椀rmações a seguir e marque (V) (para as verdadei-
Alternativa II: CORRETA. Além de contribuir com a ras) ou (f) (para as falsas).
aprendizagem dos alunos ludicamente, porque en-
volve e atrai, desperta atenção e interesse dos mes- I. ( ) Com a utilização de tecnologia em sala de
mos, a relação de poder professor-aluno ganha uma aula o professor assume um papel secundário
nova dinâmica com a incorporação das novas tecno- no processo de ensino e aprendizagem.
logias no processo educativo. Elas aproximam pro- II. ( ) A Internet é muito útil para a realização de
fessores e alunos, pois se (re)criam novas linguagem pesquisas acadêmicas, de onde o aluno pode
e ampliam-se as possibilidades de expressão. O pro- copiar livremente qualquer conteúdo sem citar
fessor torna-se um animador da inteligência coletiva autoria ou fonte.
dos grupos e sua atividade está mais voltada para III. ( ) O uso de recursos multimídia, como imagens,
o acompanhamento e a gestão das aprendizagens, sons e vídeos, quando bem aplicados, forne-
promovendo uma relação mais horizontal entre ele cem um meio mais atraente de aprendizagem.
e seus alunos. Sua postura não é de dominador, mas IV. ( ) A simples utilização de um computador pelo
de colaborador. O seu foco é a emancipação humana, professor, por si só, já garante a melhoria do
dos sujeitos, dos seus alunos e por isso essa aproxi- processo de ensino e aprendizagem.
mação tende a ser ampliada no trabalho pedagógico
desenvolvido através das tecnologias. Assim, a rela- A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:
ção com o professor 昀椀ca menos autoritária e mais
colaborativa na construção do conhecimento. Ⓐ F, V, F, V
Alternativa III: CORRETA. Os dois maiores desa昀椀os Ⓑ V, F, V, F
encontrados para que a tecnologia faça parte das Ⓒ F, V, V, V
práticas pedagógicas dos professores, dizem res- Ⓓ V, V, F, F
peito à infraestrutura das escolas e a formação Ⓔ F, F, V, F
docente. Na escola pública o problema situa-se na
falta de investimentos substanciais, tanto em equi- Grau de Di昀椀culdade
pamentos, quanto em processos formativos para os
pro昀椀ssionais da educação. Pesquisas indicam que o Assertiva I: INCORRETA. As tecnologias da informa-
número de computadores nas escolas públicas é in- ção e da comunicação permitem uma ampliação nos
su昀椀ciente e, além disso, são geralmente instalados modos de aprender dos sujeitos e novas formas de
em locais impróprios ao uso pedagógico e na maio- pensar sobre a realidade, pois oferecem espaços
ria das vezes a conexão com a internet tem baixa de aprendizagem abetos, contínuos e não lineares.
velocidade. Muitas escolas, inclusive, não possuem Entretanto, o processo de ensino e aprendizagem
o mínimo de condições para receberem o aparato requer algumas outras ações que não são garanti-
tecnológico, já que não têm, por exemplo, energia das pela interatividade dos sujeitos apenas com as
elétrica. Os professores, por sua vez, possuem um tecnologias. Dentre muitas outras, pode-se destacar:
dé昀椀cit em sua formação acadêmica com relação ao o estabelecimento de vínculos, o trabalho conjunto,
uso das ferramentas tecnológicas, e quando já en- a atuação no coletivo, a partilha de experiências, a
tematização de conteúdos experiênciais, a solução logo, análise da informação e criticidade dos dados.
de con昀氀itos e identi昀椀cação de di昀椀culdades de com- Portanto, é fundamental que o uso do computador
preensão. Assim sendo, o professor participação ati- esteja associado a um planejamento intencional do
va mediando todas essas situações. professor com vistas a aprendizagem signi昀椀cativa
Assertiva II: INCORRETA. Dada a grande rede de co- dos alunos.
nhecimentos produzidos e disseminados na inter-
net, os alunos encontram na mesma uma grande Resposta: Ⓔ
possibilidade de ampliarem seus saberes a partir da
busca que fazem em diferentes espaços disponibili- 21. Questão
zados do ambiente digital. Isso, torna o aprendizado
mais dinâmico e signi昀椀cativo. Ela, portanto, é uma (IFB - FACTOS - 2017) Nos cursos presenciais da educação
excelente ferramenta para qualquer tipo de apren- pro昀椀ssional tecnológica e mesmo no ensino supe-
dizagem, especialmente aquelas em que quem está rior, muitas instituições fazem uso de um ambiente
aprendendo assume o controle. Entretanto, é preci- virtual de ensino e aprendizagem para auxiliar na
so cautela tanto na forma com as pesquisas nesse mediação docente. Nesse momento temos vincula-
ambiente é solicitada, bem como a forma como os do à educação presencial, ferramentas e potencia-
alunos fazem uso das informações disponíveis. É lidades do ensino a distância. As ferramentas de
fundamental mostrar para os alunos que a busca comunicação, disponibilizadas no referido ambiente
na rede é uma prática social de leitura e que o seu virtual podem ser classi昀椀cadas de duas formas (sín-
uso pode favorecer uma série de aprendizagens: o cronas e assíncronas Coluna A), e possuem vários
desenvolvimento da habilidade de leitura e inter- exemplos (Coluna B).
pretação de textos; expansão do universo textual,
desenvolvimento da capacidade de análise e síntese Coluna A Coluna B
das informações; re昀氀exões sobre questões de ética e (I) Síncronas ( ) e-mail
cidadania relativas à propriedade intelectual, dentre (II) Assíncronas ( ) fórum
outras. Para tanto, o professor precisa planejar (cla- ( ) chat
reza na proposta de pesquisa e falta de orientação ( ) lista de discussão
adequada aos alunos) com vistas a essas aprendi- ( ) webconferência
zagens a 昀椀m de que o aluno não restrinja esse mo- ( ) blog
mento de contato com a internet para apenas copiar
e colar informações. Assinale a alternativa que contém a sequência COR-
Assertiva III: CORRETA. As várias ferramentas dispo- RETA de associação, de cima para baixo.
níveis nas tecnologias contemporâneas têm atraído
os sujeitos para novas formas de aprendizagem. Ⓐ II, II, I, II, I, II
Isso, porque, os recursos midiáticos favorecem: no- Ⓑ I, I, II, I, II, I
vas formas de acesso à informação, articulação e Ⓒ II, I, II, I, II, II
ampliação da imaginação individual, a negociação Ⓓ I, II, II, II, I, II
entre grupo e o compartilhamento de informações, Ⓔ II, I, I, II, I, I
rede昀椀nição nos modelos mentais, modernização das
técnicas de comunicação e mobilização imediata Grau de Di昀椀culdade
dos saberes práticos, representação de novos estilos
de raciocínio e de conhecimento. Dessa forma, o uso Alternativa A: CORRETA. No ambiente virtual de
dos recursos midiáticos contribui signi昀椀cativamente aprendizagem (AVA) existem diferentes ferramen-
para o processo de aprendizagem. tas que possibilitam que o processo de ensino e
Assertiva IV: INCORRETA. O fato de apenas incluir o aprendizagem aconteça. Elas são classi昀椀cadas em
computador na prática pedagógica não garante a síncronas e assíncronas. As ferramentas síncronas
aprendizagem, pois a construção do conhecimento são aquelas que exigem a participação simultânea
supõe reelaboração e ressigni昀椀cação da informação de estudantes e professores em momentos (dia e
num processo coletivo e social que necessita de diá- horário), previamente combinados. As que inde-
pendem de tempo e lugar marcados, por alunos e Alternativa B: INCORRETA. Hardware se refere ao
professore, ou seja, acontecem no momento de livre conjunto de elementos físicos que compõe um com-
escolha de ambos, se classi昀椀cam como assíncronas. putador, ou seja, é tudo aquilo que diz respeito à
Assim sendo, essa alternativa destaca corretamen- parte material do equipamento. Aí se incluem tan-
te exemplos de cada uma delas. Síncronas: chat e to os componentes internos (disco duro, placa mãe,
webconferência. Assíncronas: e-mail, fórum, lista de microprocessador, circuitos, cabos, etc.) quanto os
discussão e blog. externos (scanner, impressora).
Alternativa B: INCORRETA. E-mail, fórum, lista de dis- Alternativa C: INCORRETA. As tecnologias digitais
cussão e blog: assíncronas. Chat e webconferência: contemporâneas podem contribuir signi昀椀cativa-
síncronas. mente para o processo de ensino e aprendizagem.
Alternativa C: INCORRETA. E-mail, fórum, lista de dis- Entretanto, por si só elas não garantem isso. O que
cussão e blog: assíncronas. Chat e webconferência: se defende é uma aprendizagem onde a qualidade
síncronas. da comunicação entre alunos e professores seja
Alternativa D: INCORRETA. E-mail, fórum, lista de dis- ampliada no sentido de promover a construção do
cussão e blog: assíncronas. Chat e webconferência: conhecimento e da postura crítica. Assim sendo, o
síncronas. ensino híbrido é um modelo possível de combinação
Alternativa E: INCORRETA. E-mail, fórum, lista de dis- entre a tecnologia digital e as interações presen-
cussão e blog: assíncronas. Chat e webconferência: ciais. Portanto, não é um tipo de material educativo.
síncronas. Alternativa D: INCORRETA. O ambiente virtual de en-
sino e aprendizagem é um espaço utilizados nos pro-
22. Questão cessos de Educação a Distância. Nele é possível criar
um ambiente em que alunos e professores, apesar
(IFB - FACTOS - 2017) Quando o assunto é informática de geogra昀椀camente distantes, se sintam próximos
educativa, podemos tratar de materiais educacio- participando de um processo de aprendizado cola-
nais que permitem a interação do aluno com con- borativo. Além disso, favorecem o armazenamento,
teúdos e exercícios disponíveis em meio digital de a distribuição e o acesso às informações no tempo
modo a complementar uma situação de aprendiza- e lugar de昀椀nidos pelos sujeitos. Assim sendo, não se
gem, vinculando, para sua utilização, uma avaliação constitui um tipo de material pedagógico, mas um
prévia para veri昀椀car se está adequado ao conteúdo ambiente onde a aprendizagem pode acontecer.
pretendido, bem como ao público-alvo. Alternativa E: CORRETA. Os objetos de aprendizagem
Marque a alternativa correta que corresponde à no- são um material digital que pode ser acessado atra-
menclatura do tipo de material educacional de昀椀ni- vés do computador, especialmente, pela internet e
do: utilizado num tempo curto (uma ou duas aulas) ten-
do sempre o foco de um objetivo único de aprendi-
Ⓐ portal; zagem (cada objeto atende a um objetivo especí昀椀-
Ⓑ hardware; co). De modo geral os Objetos de Aprendizagem (OA)
Ⓒ ensino híbrido; estão associados a conteúdos que se bene昀椀ciam das
Ⓓ ambiente virtual de ensino e aprendizagem; potencialidades oferecidas pelas tecnologias. Fazen-
Ⓔ objetos de aprendizagem. do uso dos AO, os alunos têm uma interação maior
no processo de aprendizagem e o professor se apro-
Grau de Di昀椀culdade xima mais dos interesses daqueles. São exemplos de
objetos de aprendizagem: vídeos, animações, jogos
Alternativa A: INCORRETA. PORTAL: um portal é um interativos e simulações e hipertextos.
site na internet que atua como centro de aglome-
ração de outros sites ou subsites que estão sob ou 23. Questão
não, controle da empresa que gesta o portal. Ele é,
portanto, uma página da internet que disponibiliza (PREF. DE SÃO LUIS - CESP - 2017) A respeito de Tecnologia
diferentes serviços, tais como: chats, fóruns, notícias Assistiva (TA), assinale a opção correta.
e ligações para outros sites.
Ⓐ No contexto das avaliações, não se deve empre- Alternativa C: CORRETA. A Tecnologia Assistiva é um
gar a TA, para não con昀椀gurar situação de privilégio conjunto de recursos e serviços que visam contri-
para o estudante com de昀椀ciência. buir para a ampliação habilidades de pessoas com
Ⓑ Cabe ao pro昀椀ssional habilitado em informática a de昀椀ciência, incapacidade ou mobilidade reduzida
operacionalização dos recursos da TA. de forma a proporcionar uma vida independente e
Ⓒ A TA visa promover a funcionalidade relacionada à inclusiva. Na escola, o uso TA objetiva a participa-
atividade e à participação de pessoas com de昀椀ciên- ção dos alunos nas atividades da rotina escolar de
cia, incapacidade ou mobilidade reduzida, visando, acordo com os objetivos de aprendizagem comuns.
por exemplo, sua autonomia e inclusão social. Alguns exemplos de TA na escola: materiais pedagó-
Ⓓ O termo tecnologia assistiva refere-se aos re- gicos acessíveis, os recursos que favorecem o acesso
cursos de acessibilidade ao computador, como, por ao computador, os recursos para mobilidade, locali-
exemplo, teclados programáveis e teclados virtuais, zação e sinalização e mobiliário adequado às neces-
para pessoas com de昀椀ciência ou mobilidade redu- sidades posturais.
zida. Alternativa D: INCORRETA. Os recursos da TA ofere-
Ⓔ O objetivo central da TA é a alfabetização de pes- cem às pessoas com de昀椀ciência possibilidades de
soas com de昀椀ciência. aumentar, manter ou melhorar suas habilidades
funcionais. Assim sendo, não se resumem aqueles
Grau de Di昀椀culdade que garantem acesso ao computador, mas a todo
material que se preste a essa 昀椀nalidade. Então, vão
Alternativa A: INCORRETA. A avaliação da aprendiza- desde uma simples bengala a um sistema computa-
gem é uma das questões educacionais que sempre dorizado complexo. Podem ser brinquedos, roupas,
foi motivo de preocupação para os professores e, computadores, softwares e hardwares especiais,
mais ainda, quando essa se refere aos alunos com dispositivos para adequação da postura, equipa-
algum tipo de de昀椀ciência. Entretanto, é preciso mentos de comunicação chaves e acionadores es-
ressaltar que os mesmos devem ser avaliados, as- peciais, aparelhos de escuta auxílios visuais dentre
sim como acontece com seus colegas. E o processo muitos outros.
avaliativo deve basear-se numa nova forma de pen- Alternativa E: INCORRETA. Conforme explicitado nas
sar aprendizagem e a avaliação eliminando, dentre alternativas acima, a TA atua no sentido de oportu-
outras questões, o estabelecimento de parâmetros nizar aos sujeitos com de昀椀ciência, incapacidade ou
para se comparar um aluno com outro, a de昀椀nição mobilidade reduzida a realização, a participação
de um mesmo ritmo de aprendizagem para todos e a em diferentes atividades do cotidiano. A escola é
lógica da exclusão. Dessa forma, é fundamental uti- um espaço onde ela tem fundamental importância,
lizar a TA para avaliar também, haja vista que o fato entretanto, sua função não se restringe a ela, muito
de se adequarem às reais necessidades dos alunos, menos ao processo de alfabetização, que é apenas
não quer dizer que não proponham desa昀椀os. Justa- um dentre tantos outros objetivos do processo de
mente, ela é utilizada para que os sujeitos sejam ca- ensino e aprendizagem.
pazes de, através delas, entenderem o que sabem e
o que não sabem ainda e, ao mesmo tempo avança- 24. Questão
rem em seus conhecimentos, em sua aprendizagem.
Alternativa B: INCORRETA. Enquanto recurso peda- (IFB - FACTOS - 2017) A Sociedade do Conhecimento ou
gógica que atua no sentido de favorecer o processo Sociedade em Tempo Real, marcada pelas descober-
de ensino e aprendizagem dos sujeitos com alguma tas e progressos cientí昀椀cos, possui acesso cada vez
limitação física ou cognitiva, a Tecnologia Assistiva mais rápido e a grande quantidade de informações.
envolve o trabalho de diferentes pro昀椀ssionais, den- As tecnologias digitais, apresentando características
tre os quais pode-se citar: Professor, Fisioterapeuta, como a interatividade, a não linearidade e a realida-
Terapeuta ocupacional, Fonoaudiólogo, Psicólogo, de virtual atuam como mediadoras na construção do
Médico, Enfermeiro, Engenheiro, e também do pro- conhecimento. Nesse sentido, é desejável um pro-
昀椀ssional habilitado em informática, mas não somen- fessor preparado para interagir com uma geração
te ele, como a alternativa sugere. mais dinâmica e curiosa, como discutido por Veen
e Vrakking (2009), denominada “Homo Zappiens”, um único momento ou situação. Isto, porque, possi-
conhecida também como ‘Geração Espontânea’, por bilita que o professor construa diferentes conheci-
ser imediatista. mentos sobre as novas tecnologias, sua integração
VEEN, Wim; VRAKKING, Ben. Homo Zappiens: educando na era no trabalho pedagógico e de superar os obstáculos
digital. Porto Alegre: Artmed, 2009. administrativos e pedagógicos em toda sua atuação,
o que acontece ao longo de muitos anos. Por isso,
Considerando o texto acima e a formação de pro- a formação continuada vai oferecendo ao professor
fessores, leia as alternativas a seguir e marque a condições para que ele recontextualize, cotidiana-
correta. mente, o processo de ensino e aprendizagem a par-
tir do conhecimento da realidade na qual trabalha,
Ⓐ A formação docente não deve se dar apenas em do reconhecimento das suas ansiedades, inquieta-
um dado momento ou situação, mas sim ao longo ções, e di昀椀culdades ao longo do tempo. Além disso,
de toda a vida. os saberes adquiridos com o tempo vão 昀椀cando ob-
Ⓑ A formação continuada do professor se dá na soletos, cedendo, por vezes, espaço ao desinteresse
universidade enquanto o docente é aluno do curso dos alunos. Dessa forma, o professor vai construin-
de licenciatura, independente da área de conheci- do os saberes dos quais necessita para utilizar as
mento. tecnologias de forma consciente, compatibilizando
Ⓒ O conhecimento de recursos tecnológicos, por as necessidades de seus alunos e os objetos peda-
parte do docente, é o su昀椀ciente para se ter êxito gógicos que se propõe alcançar.
em sala de aula. Alternativa B: INCORRETA. As atividades de formação
Ⓓ A formação docente para a atuação com tecnolo- fazem parte da trajetória de vida do professor e do
gias digitais cabe àqueles que atuam na educação seu fazer pedagógico e contemplam dois processos: a
básica. formação inicial e a formação continuada. O que dife-
Ⓔ O exercício da pro昀椀ssão docente requer exclusi- rencia uma e outra é o fato de que a formação inicial
vamente uma sólida formação nos conteúdos cientí- acontece nas universidades, nos espaços acadêmi-
昀椀cos próprios da disciplina em que atua. cos, e a continuada acontece ao longo do exercício da
docência. Mas, é importante destacar que as universi-
Grau de Di昀椀culdade dades também se constituem em espaços onde a for-
mação continuada acontece, devido ao fato de mui-
Alternativa A: CORRETA. Uma sociedade cada vez tos professores retornarem a elas para fazer um outro
mais tecnológica põe à escola o desa昀椀o de dialogar curso de graduação ou um curso de especialização,
com a mesma de modo que os currículos incluam mestrado, doutorado ou outras propostas formativas
as habilidades e competências necessárias para que (seminários, palestras, grupos de estudo, etc.) ofe-
as diferentes tecnologias estejam a serviço da am- recidas por esses espaços. Além das possibilidades
pliação das formas de aprender e das conhecimen- encontradas nas universidades, há que se considerar
to, alunos e professores maneiras de pensar. Isso outros espaços, especialmente a escola, onde o pro-
porque, imersos nessa Sociedade do Conhecimen- fessor vai construindo sua identidade pro昀椀ssional. É
to torna-se visível que as práticas tradicionais não na escola, principalmente, onde acontecem as inte-
atendem às demandas contemporâneas acerca do rações entre pares que favorecem a compreensão da
ensinar e aprender. Nesse contexto, coloca-se como própria experiência individual e coletiva.
questão fundamental e essencial a atuação do pro- Alternativa C: INCORRETA. Só o conhecimento acerca
fessor e sua formação. Espera-se uma formação que dos recursos tecnológicos não garante que o profes-
colabore na construção das competências necessá- sor consiga êxito no processo de ensino e aprendi-
rias para que o trabalho com as tecnologias aconte- zagem. E isso decorre do fato de que, para que uma
ça na sala de aula de forma signi昀椀cativa. É preciso, mudança signi昀椀cativa aconteça na sala de aula, é
inclusive, que seu processo formativo aconteça a necessário romper com modelos educacionais que
partir dos mesmos princípios que norteiam sua ação aprisionam, alienam e impedem a transformação
com os alunos. Convém ressaltar que a formação do- da realidade, a qual todos estão inseridos. Torna-
cente deve ser continuada e não apenas situada em -se fundamental, portanto, que o professor permita
o acesso a novos espaços de aprendizagem, novas pois nas interações há a possibilidade de se re昀氀etir
formas de conhecimento e novas interações entre e adaptar o que se aprendeu. Através dessa meto-
todos os sujeitos envolvidos no processo educativo. dologia, a aprendizagem cooperativa se efetiva, pois
Alternativa D: INCORRETA. A formação docente para em grupo a pesquisa tem uma abrangência maior, já
o trabalho com as tecnologias deve atender às ne- que diferentes pontos de vista são compartilhados,
cessidades de todos os pro昀椀ssionais que trabalham favorecendo não só a coleta de informações, mas a
no processo educativo, haja vista, que em todos os transformação da informação em conhecimento
segmentos do ensino as tecnologias devem estar
pressentes colaborando para o ensino, aprendiza- 26. Questão
gem, a produção de conhecimentos e a formação da
cidadania. (STJ - CESPE - 2015) Google Docs e Wiki são recursos da
Alternativa E: INCORRETA. No exercício da docência, internet que permitem a escrita colaborativa e o
os professores se deparam diferentes situações pro- compartilhamento da autoria do texto, desde que
blemáticas para as quais os conhecimentos apenas os interessados em fazê-lo tenham a autorização do
especí昀椀cos da sua área de atuação, não dão conta administrador do grupo.
de resolver. Para administrá-los e tentar solucioná-
-los, ele necessita de outros saberes oriundos das Grau de Di昀椀culdade
múltiplas interações com outras fontes de saberes
de diferentes naturezas. Segundo Tardif (2002), essa Assertiva: INCORRETA. O Google Docs é um serviço
gama de saberes diz respeito aos conhecimentos para web que permite, através de seus aplicativos, a
pessoais dos próprios professores; aqueles que pro- colaboração, em tempo real, na edição/criação dos
cedem das instituições de formação escolar e da for- documentos, ou seja, os usuários colaboram mutua-
mação pro昀椀ssional; os saberes oriundos dos dados mente uns com os outros. Além disso, os documen-
pessoais, dos livros didáticos utilizados no trabalho tos também podem ser visualizados, compartilha-
e da experiência pessoal cotidiana na pro昀椀ssão, na dos, salvos, lidos e editados por qualquer usuário.
sala de aula e na escola. Atualmente, ainda permite o recurso de publicação
No que concerne às novas tecnologias aplicadas à direta em um blog. O Wiki é uma ferramenta também
educação, julgue os próximos itens. editável e colaborativa. O seu conteúdo é pensado
e de昀椀nido pelos usuários da web, promovendo uma
25. Questão rede integrada pela troca de informações. Ambos,
pelo fato de serem ferramentas web, são recursos
(STJ - CESPE - 2015) A webquest promove o trabalho em são gratuitos e o usuário não necessita de licencia-
grupo, a pesquisa colaborativa e o compartilhamen- mento de uso.
to de ideias para a resolução de uma tarefa.
27. Questão
Grau de Di昀椀culdade
(STJ - CESPE - 2015) Fóruns ou listas de discussão são
Assertiva: CORRETA. A webquest é uma metodologia espaços on-line criados para se debater assuntos
criada com o objetivo de estimular a pesquisa e o acerca dos quais os participantes tenham realizado
pensamento crítico. Sua principal ferramenta de uso estudos prévios.
é a internet. Foi idealizada por Bernie Dodge em 1995
e possui, atualmente, mais de dez mil páginas na Grau de Di昀椀culdade
web fruto de um trabalho coletivo de educadores de
vários lugares do mundo. Apresenta uma proposta Assertiva: CORRETA. De fato, tanto os fóruns quan-
diferenciada de pesquisa, haja vista que promove o to as listas de discussão são ferramentas presentes
trabalho em grupo de forma construtiva e colabora- nos Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAS) que
tiva. O seu uso permite que os sujeitos não apenas colaboram para que o processo de ensino e apren-
adquiram novos conhecimentos, mas também algu- dizagem aconteça. Enquanto espaços de comuni-
mas habilidades, especialmente as interpessoais, cação assíncrona (os interlocutores interagem no
29. Questão
RESUMO PRÁTICO
Descartes e predominou nos séculos XIX e XX com processo educativo. A princípio, uma das questões
privilégio à objetividade, à neutralidade em oposi- que não se pode perder de vista é que:
ção às subjetividades, de compartimentarização do
conhecimento, sendo este separado da complexida- [...] estamos diante de um ecossistema comuni-
de da realidade, para uma visão holística, global que cativo formado não pelas máquinas ou meios, mas
compreende a dinamicidade interativa que as tec- por linguagens, saberes e escritas, pela hegemonia
nologias oferecem. Pode-se trazer à tona da re昀氀e- da linguagem audiovisual sobre a tipográ昀椀ca que
xão o conceito de rizoma apresentado por Delleuze desordenam e remodelam as formas de aquisição
e Guatarri (1995) como uma forma de compreensão do saber e do conhecimento” (MARTÍN-BARBERO,
dessa nova realidade. Convém destacar, que apesar 1996 apud SARTORI e SOARES, 2005, p. 2).
de os referidos autores não tomarem a educação
para o seio de duas discussões, suas ideias ajudam a E, pensar nessa premisssa, signi昀椀ca compreen-
elucidar essa nova concepção de sociedade na qual der que o compromisso da escola no processo de
estamos inseridos. Se para eles há uma negação da formação dos estudantes na contemporaneidade
universalidade dos conhecimentos, prima-se pela não é o mesmo que ela tinha há algumas décadas.
multiplicidade de sentidos criados em diferentes di- Mudam-se os paradigmas, as formas de aprender,
mensões nos chamados “territórios do real”, ou seja, mobilizadas pelas transformações nas lógicas polí-
são modos de aprenderes/saberes que tendem a ser ticas, econômicas, culturais e sociais. Muda também
inventados e reinventados na construção de realida- a educação: do ponto de vista dos alunos e alunas,
des e que, por isso, podem ser desconstruídos, des- dá-se ênfase à possibilidade de uma formação inte-
territorializados. Assim sendo, diferentemente da gral capaz de dialogar com as demandas atuais e, do
rami昀椀cação hierarquizada do saber metafotrizada ponto de vista do(a) docente, evidencia-se a neces-
na imagem da árvore, a visão rizomática da estru- sidade de aquisição de novas competências.
tura do conhecimento não determina começo nem Em face dos processos de aprendizagem opor-
昀椀m para o saber. tunizados pelas tecnologias, algumas questões tor-
Essa nova forma de conceber a realidade apon- nam-se essenciais e dizem respeito, justamente, a
ta, portanto, para o grande desa昀椀o posto para a so- uma nova concepção de ensino e aprendizagem que
ciedade: ela precisa tomar consciência e participar se pretende ser a mobilizadora de novas práticas
da construção de uma nova sociedade democrática educativas: ao invés da transmissão unidirecional
para que se possa enfrentar o futuro com um olhar de informação, prioriza-se a interação e a troca de
mais crítico (LÉVY, 2004). Nesse contexto, como pen- informação entre professor e aluno; da reprodução
sar a relação entre tecnologias e educação? Quais passiva de informações procura-se garantir o estí-
os desa昀椀os colocados para a escola do ponto de mulo à criatividade dos estudantes e, em oposição a
vista dessa nova sociedade da informação e do co- um currículo padronizado, à falta de acesso à educa-
nhecimento? Partindo-se de duas formas diferentes ção de qualidade, à educação “bancária”, destaca-se
de olharmos para a realidade, conforme abordado uma educação por toda a vida e centrada no aluno.
anteriormente, podemos ver nas tecnologias a pos- Nesse contexto entra em cena a Educação a
sibilidade de ser um veículo de transmissão de in- Distância, que vem se consolidando para a demo-
formação apenas com um 昀椀m em si mesmas, produ- cratização dos processos de ensino e aprendizagem
toras de isolamento, exploração e dependência ou mediados pelas tecnologias. Tal modalidade edu-
como potencializadoras das possibilidades cogniti- cacional oportuniza o 昀氀uxo de relações síncronas
vas dos alunos e alunas (OLIVEIRA, 2007). Como diz e assíncronas entre os membros participantes nos
Shaff (1998, p. 24), “nenhum avanço do conhecimen- Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAS).
to humano é em si reacionário ou negativo, já que Esse cenário aponta para uma passagem do en-
tudo depende de como o homem o utiliza como ser sino presencial marcado pela tradição do giz e da
social”. Ora, aí então é que reside a autonomia que sala de aula para o contexto da educação on-line
a escola encontra para lidar com as tecnologias no caracterizado pelo espaço digital da internet com
todas as suas ferramentas comunicacionais: fóruns,
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12 Educação Especial
DICA DAS AUTORAS: apesar das opções serem eviden- Ⓐ Dependência, invalidez e incapacidade.
tes, respondê-las com a昀椀rmativas exigirá um conheci- Ⓑ Dependência, de昀椀ciência e invalidez.
mento da lei citada, uma vez que a LIBRAS já é reconhe- Ⓒ De昀椀ciência, de昀椀ciência permanente e incapacidade.
cida como meio legal de expressão e comunicação dos Ⓓ Incapacidade permanente, de昀椀ciência permanente
usuários surdos e deve ser reconhecida por todos os e invalidez.
Ⓑ Os processos psicológicos superiores sempre apa- altas habilidades, os que apresentam di昀椀culdades de
recem em primeiro lugar na vida de uma pessoa e, por aprendizagem sem serem portadores de de昀椀ciência e
essa razão, não sofrem a mediação da cultura. muito menos outros grupos, como é o caso dos negros,
Ⓒ Todos os processos psicológicos que con昀椀guram ciganos, anões, índios etc. O convívio com as diferenças
o crescimento de uma pessoa são fruto da interação potencializa as aprendizagens. A partir dessa perspecti-
constante que mantém com um meio culturalmente va, o sentido da busca de uma educação inclusiva fun-
organizado. damenta-se em uma escola:
Ⓓ A competência cognitiva dos sujeitos está fortemen-
te vinculada aos processos psicológicos superiores que Ⓐ Aberta à comunidade que possua crianças e jovens
são a experiência primeira, independente da interação comprometidos cognitivamente para garantir que os
social e cultural. direitos dessas minorias excluídas sejam exercidos.
Ⓔ O crescimento pessoal é o processo pelo qual o ser Ⓑ De educação especial com recursos diferenciados e
humano torna sua a cultura do grupo social em que que possa atender apenas aqueles que estudantes que
vive de tal forma que as experiências educativas 昀椀cam necessitam de ações educativas especiais.
anuladas. Ⓒ Que tenha turmas diferenciadas, nas quais os alunos
com necessidades educativas especiais possam com-
Grau de Di昀椀culdade por classes especí昀椀cas para eles.
Ⓓ Ressigni昀椀cada em suas funções sociais e políticas e
Alternativa A: INCORRETA. A criança é um ser ativo em em suas práticas pedagógicas para garantir a aprendi-
processo de desenvolvimento, apesar das experiências zagem e a participação de qualquer estudante.
vividas no processo uterino. Ⓔ Que discrimine as diferenças e as categorize a 昀椀m de
Alternativa B: INCORRETA. A criança sofre mudanças poder atender às necessidades especiais educativas de
qualitativas no decorrer de seu desenvolvimento e tem cada criança ou jovem de maneira e昀椀ciente.
postura ativa, sem a qual é impossível ocorrerem as
mudanças comportamentais. Grau de Di昀椀culdade
Alternativa C: CORRETA. Salvaguardando a昀椀rmativas de
Vygotsky (1998), o ser humano é culturalmente socioin- Alternativa A: INCORRETA. A política de educação inclu-
teracionista. siva propõe uma educação de qualidade para todos e
Alternativa D: INCORRETA. As experiências sociais co- não se limita a garantir apenas para crianças e jovens
laboram modi昀椀cando a zona de desenvolvimento cognitivamente comprometidos os seus direitos educa-
proximal do aprendiz, oportunizando a condição de cionais.
aprender a aprender por intermédio das interações, Alternativa B: INCORRETA. Está incorreta, pois o princí-
cooperando assim para o con昀氀ito cognitivo de ideias. pio de educação inclusiva fundamenta-se numa escola
Alternativa E: INCORRETA. Segundo Sacristan (2013), que oferece um ambiente adequado para o desenvol-
promover atos educativos tanto micro quanto macro, vimento das potencialidades de todos os educandos,
os quais transformam nosso crescimento potencial, com (re)planejamentos e (re)estruturações da dinâmi-
exige uma (re)interpretação da educação à luz da plu- ca escolar. Salvaguardando a Declaração Mundial de
ralidade de pensamentos e no respeito à diversidade Educação para Todos que foi tão bem discutida e se
cultural. Trazendo para a educação especial, esta deve propôs uma educação inclusiva fundamentada na es-
ser compreendida no contexto de atos educativos, pro- cola em Jomtien (1990): “satisfazer as necessidades bá-
movendo a eliminação das barreiras que impedem o sicas de aprendizagem, o desenvolvimento pleno das
acesso à aprendizagem. potencialidades humanas, a melhoria da qualidade de
vida e do conhecimento, e a participação do cidadão na
06. Questão transformação cultural de sua comunidade”. E, atender
apenas aos que necessitam de recursos diferenciados
(IF/BA – FUNRIO – 2014) Em relação à educação escolar, não numa escola especial, é estagnar a matriz de política
raramente, associa-se inclusão aos portadores de de- pública de inclusão.
昀椀ciência apenas. Entretanto, quase sempre 昀椀cam fora Alternativa C: INCORRETA. Apesar da Resolução nº 2/
dessa categoria, e não deveriam 昀椀car, os portadores de 2001 destacar que haverá, quando necessário, em ca-
ráter extraordinário, escolas especiais para alunos com Alternativa A: INCORRETA. A Resolução nº 2/2001 está
múltiplas de昀椀ciências, com di昀椀culdades de sinalização vinculando a oferta do serviço de atendimento edu-
e comunicação e que venham causar riscos a si e ao ou- cacional especializado para pessoas que apresentem
tro, não se discute a composição de turmas especí昀椀cas di昀椀culdades acentuadas de aprendizagem ou limita-
para esse público. ções no processo de desenvolvimento. O enunciado
Alternativa D: CORRETA. Ato inclusivo sugere criar con- da questão com a palavra “exceto” elimina esse direito
dições que respeitem as singularidades. É alcançar assegurado no documento, tornando, assim, a questão
meios para uma aprendizagem que valorize a cons- irregular.
trução mental do aprendiz, enfrentando o grande de- Alternativa B: INCORRETA. O enunciado dessa questão
sa昀椀o de construir práticas em favor da aprendizagem alude ao sujeito que apresenta especi昀椀cidades, e não
autêntica do aprendiz, de mudanças qualitativas nas deve ser considerado aluno público-alvo da educação
práticas, causando, assim, a transformação dos atos especial.
da condição micro, em favor do crescimento potencial Alternativa C: INCORRETA. A Resolução nº 2/2002 cor-
humano. Exige mudança de paradigma, reconhecendo responde às Diretrizes da Educação Especial, sobre ter
todos os aprendizes como protagonistas e não expec- sinalização diferenciada dos demais alunos, deman-
tadores. dando a utilização de outras linguagens, o que está no
Alternativa E: INCORRETA. Não basta discriminar di- per昀椀l do aluno público-alvo da educação especial, mas
ferenças, é preciso compreender que a mudança de- não atende ao enunciado da questão desse edital.
pende, principalmente, da transformação da mentali- Alternativa D: INCORRETA. Se o público alvo da Educa-
dade do sujeito, apesar das mudanças curriculares, e ção Especial são pessoas com de昀椀ciências, transtornos,
a disponibilização de recursos e serviços serem muito distúrbios, di昀椀culdade de aprendizagem permanente e
importantes sem um processo de dentro que implica altas habilidades ou superdotação, para efeito da re-
re昀氀exão individual, irá esbarrar nos obstáculos, co- solução nº2/2001, os aprendizes que possuem grande
laborando, assim, para uma educação inserida e não facilidade de aprendizagem que os levem a dominar
inclusiva. rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes, não
devem ser excluídos.
07. Questão Alternativa E: CORRETA. Esta questão dá margem para
uma interpretação ambígua. O documento nacional
(IF/PR – CETRO – 2014) Segundo a Resolução nº 02/2001 do elucida aquele aluno que apresentar di昀椀culdades não
CNE/CEB, consideram-se educandos com necessida- vinculadas a uma causa orgânica especí昀椀cas, poderá
des educacionais especiais os que, durante o processo ser per昀椀l do Atendimento Educacional Especializado
educacional, apresentarem, exceto: (AEE). Porém, por apresentar bom acompanhamento
das atividades curriculares e interação com outros alu-
Ⓐ Di昀椀culdades acentuadas de aprendizagem ou limita- nos, além de limitações vinculadas uma causa orgânica
ções no processo de desenvolvimento que di昀椀cultem o especí昀椀ca, a Resolução nº 02/2001 considera público-
acompanhamento das atividades curriculares. -alvo da Educação Especial exceto essa especi昀椀cidade.
Ⓑ Di昀椀culdades de comunicação, demandando a utili-
zação de linguagens e códigos aplicáveis. 08. Questão
Ⓒ Sinalização diferenciada dos demais alunos, deman-
dando a utilização de linguagens e códigos aplicáveis. (NUCLEP – BIORIO – 2014) O papel da educação especial na
Ⓓ Grande facilidade de aprendizagem que os levem a perspectiva inclusiva é muito importante e não pode
dominar rapidamente conceitos, procedimentos e ati- ser negado, dentro dos limites de suas atribuições, sem
tudes. que sejam extrapolados os espaços de atuação especí-
Ⓔ Bom acompanhamento das atividades curriculares 昀椀ca. Essas atribuições complementam e apoiam o pro-
e interação com outros alunos, porém com limitações cesso de escolarização:
vinculadas uma causa orgânica especí昀椀ca.
Ⓐ Para alunos com de昀椀ciência leves regularmente ma-
Grau de Di昀椀culdade triculados nas escolas adequadas.
Ⓑ De alunos com de昀椀ciência regularmente matricula- Alternativa E: INCORRETA. Está incorreto, pois não bas-
dos nas escolas comuns. ta discriminar diferenças, é preciso compreender que
Ⓒ De alunos com de昀椀ciência matriculados somente a mudança depende principalmente da transformação
nas escolas públicas. da mentalidade do sujeito, apesar das mudanças curri-
Ⓓ De alunos com de昀椀ciências visual e auditiva regu- culares, além da disponibilização de recursos e serviços
larmente matriculados nas escolas públicas e privadas. serem muito importantes sem um processo de dentro
Ⓔ Parcial para alunos com de昀椀ciência regularmente que implica re昀氀exão individual, o que irá esbarrar nos
matriculados nas escolas regulares e especí昀椀cas. obstáculos, colaborando, assim, para uma educação in-
serida e não inclusiva.
Grau de Di昀椀culdade
09. Questão
Alternativa A: INCORRETA. Está incorreta, pois a política
de educação inclusiva propõe uma educação de quali- (POLICIA MILITAR/MG – IBFC – 2015) A concretização da escola
dade para todos e não se limita a garantir apenas para inclusiva baseia-se na defesa intransigente de princí-
crianças e jovens cognitivamente comprometidos os pios e valores éticos, nos ideais de cidadania, justiça e
seus direitos educacionais. igualdade para todos, em contraposição aos sistemas
Alternativa B: INCORRETA. Está incorreta, pois o princí- hierarquizados de desigualdades e inferioridade. Esses
pio de educação inclusiva fundamenta-se numa escola ideais podem ser alcançados por meio da conjunção de
que oferece um ambiente adequado para o desenvol- esforços e da disposição individual e coletiva para re-
vimento das potencialidades de todos os educandos, ver práticas e posturas. Nesse sentido, são destacados
com replanejamento e reestruturação da dinâmica da alguns fatores, a seguir, que favorecem a transformação
escola. E, atender apenas aos que necessitam de re- da escola para que ela se torne inclusiva:
cursos diferenciados numa escola especial, é estagnar
a matriz de política pública de inclusão. Garante a Lei I. Valorização das diferenças como objeto de co-
Brasileira de Inclusão da Pessoa com De昀椀ciência, Esta- nhecimento, fenômeno educativo e manifestação
tuto da Pessoa com De昀椀ciência, Lei nº 13.146/15, que se da complexidade e heterogeneidade da natureza
destina assegurar e promover, em condições de igual- humana.
dade, o exercício dos direitos e das liberdades funda- II. O desenvolvimento de estratégias de ensino que
mentais por pessoa com de昀椀ciência, visando à sua in- respeitem diferentes sistemas expressivos, rit-
clusão social e cidadania. mos, estilos de aprendizagem e a manifestação de
Alternativa C: INCORRETA. Está incorreta. Apesar da Re- valores, talentos e habilidades.
solução nº 2/2001 destacar que haverá, quando neces- III. Uma concepção de currículo linear, com um siste-
sário, em caráter extraordinário, escolas especiais para ma fechado, imutável, capaz de re昀氀etir e direcio-
alunos com múltiplas de昀椀ciências, com di昀椀culdades de nar as experiências vividas.
sinalização e comunicação e que venham causar riscos IV. Organização 昀氀exível dos tempos e dos espaços
a si e ao outro, não se discute a composição de turmas escolares, arranjos organizacionais e estratégias
especí昀椀cas para esse público. de ensino condizentes com as necessidades dos
Alternativa D: CORRETA. Opção adequada, pois o ato alunos.
inclusivo sugere criar condições que respeitem as sin- V. Atividades que possibilitem o diálogo, a interação
gularidades, além de alcançar meios para uma apren- grupal, o exercício de cooperação, solidariedade,
dizagem que valorize a construção mental do aprendiz, espírito crítico e a criatividades.
enfrentando o grande desa昀椀o de construir práticas em
favor da aprendizagem autêntica deste, de mudanças Estão corretos apenas os itens:
qualitativas nas práticas, causando, assim, a transfor-
mação dos atos a nível micro, em favor do crescimento Ⓐ II, III, IV e V apenas.
potencial humano. Exige mudança de paradigma, reco- Ⓑ I, II, IV e V apenas.
nhecendo todos os aprendizes como protagonistas e Ⓒ I, III, IV e V apenas.
não expectadores. Ⓓ II, III, IV apenas.
Ⓐ O atendimento escolar desses alunos terá início na ensino, a educação não se estruturou na perspectiva da
educação infantil, nas creches e pré-escolas, assegu- inclusão e do atendimento às necessidades educacio-
rando-lhes os serviços de educação especial sempre nais especiais, limitando o cumprimento do princípio
que se evidencie, mediante avaliação e interação com a constitucional que prevê a igualdade de condições para
família e a comunidade, a necessidade de atendimento o acesso e permanência na escola e a continuidade nos
educacional especializado. níveis mais elevados de ensino (2007, p. 9).
Ⓑ O atendimento aos alunos com necessidades edu-
cacionais especiais deve ser realizado em escolas es- 12. Questão
pecí昀椀cas de educação especial, em qualquer etapa ou
modalidade da educação básica. (PREF. CRISTÁLIA/MG – COTEC – 2015) Conforme o Parecer CNE/
Ⓒ Nas classes especiais, o professor deve desenvolver CP n.º 5/2005, “Inclusão e atenção às necessidades
o mesmo currículo desenvolvido nas classes comuns, educacionais especiais são exigências constitutivas da
sem qualquer adaptação. educação escolar, como um todo. Por conseguinte, os
Ⓓ A partir do desenvolvimento apresentado pelo aluno professores deverão sentir-se sempre desa昀椀ados a tra-
e das condições para o atendimento inclusivo, a família balhar com postura ética e pro昀椀ssional, acolhendo os
deve decidir quanto ao seu retorno à classe comum. alunos que demonstrem qualquer tipo de limitação ou
de昀椀ciência”. Entre as características dessas limitações
Grau de Di昀椀culdade ou de昀椀ciências, não se encontra:
Alternativa A: CORRETA. À garantia das matrículas dos Ⓐ As que os impeçam de realizar determinadas ativi-
alunos especiais preferencialmente na rede regular, dades.
assegura o direito ao Atendimento Educacional Espe- Ⓑ As que os levem a apresentar di昀椀culdades extrema-
cializado (AEE) desde a educação infantil, e os sistemas mente acentuadas para a realização de determinadas
de ensino terão que se organizar-se para atender esses atividades.
alunos, oferecendo-lhes condições para uma educação Ⓒ As inerentes à situação temporária de fome.
de qualidade. Ⓓ As que requeiram meios não convencionais ou não
Alternativa B: INCORRETA. A lei assegura a matrícula utilizados por todos os demais alunos para alcançar
preferencialmente na rede regular, a oferta do tipo de determinados objetivos curriculares ou, ainda, realizar
atendimento educacional especializado, nos centros apenas parcialmente determinadas atividades.
educacionais especializados ou por meio de recursos
e serviços educacionais especiais para apoiar, comple- Grau de Di昀椀culdade
mentar, suplementar. E, se necessário, substituir os ser-
viços educacionais “comuns”, garantindo a educação Alternativa A: INCORRETA. Como o documento traz uma
escolar e promovendo o desenvolvimento das poten- negativa dentre as a昀椀rmativas que não se encontra no
cialidades e habilidades dos alunos com necessidades Parecer nº 5/2005 das Diretrizes Curriculares Nacionais
educacionais, em todas as etapas e modalidades da para o Curso de Pedagogia, percebemos que a opção
educação básica. A se destaca como relevante nas investigações sobre
Alternativa C: INCORRETA. O que se discute constan- as especi昀椀cidades de como crianças aprendem. Nesse
temente nos documentos o昀椀ciais, na legislação brasi- sentido, para o enunciado dessa questão, ela deve ser
leira, é a oferta de métodos, técnicas e currículo ade- julgada como incorreta.
quado para atender as necessidades do aluno e não Alternativa B: INCORRETA. Mais uma vez, o corpo do
apenas da instituição. parecer aponta especial atenção em relação aos estu-
Alternativa D: INCORRETA. A昀椀nal, o princípio da educa- dantes que apresentarem di昀椀culdades extremamente
ção inclusiva assegura o direito de todos na educação acentuadas para a realização de determinadas ativi-
regular. Embora documento Plano de Desenvolvimento dades. Para as di昀椀culdades acentuadas, é possível fa-
da Educação: razões, princípios e programas, publicado zer uso da tecnologia assistiva. Garantida pela Lei nº
pelo Ministério da Educação (BRASIL, 2007), contrarie a 13.146/15, cabe ao Estado, em seus três níveis – Federal,
concepção sistêmica da transversalidade da educação Estadual e Municipal –, garantir o direito da pessoa com
especial nos diferentes níveis, etapas e modalidades de de昀椀ciência. No Art. 3o, no inciso III – “tecnologia assis-
tiva ou ajuda técnica: produtos, equipamentos, dispo- Ⓓ Alianças entre a União, Estados e Municípios com
sitivos, recursos, metodologias, estratégias, práticas o setor privado, as Organizações Não Governamentais
e serviços que objetivem promover a funcionalidade, (ONGs), grupos religiosos, comunidade local e famílias.
relacionada à atividade e à participação da pessoa com Ⓔ Financiamento das políticas públicas em educação
de昀椀ciência ou com mobilidade reduzida, visando à sua somente a cargo da União.
autonomia, independência, qualidade de vida e inclu-
são social”. Nesse sentido, a a昀椀rmativa está coerente Grau de Di昀椀culdade
com o parecer, mas em se tratando do enunciado pre-
sente na pergunta, não será possível selecioná-la como Alternativa A: INCORRETA. O documento sugere o forta-
correta. lecimento das alianças em todos os níveis, reconhecen-
Alternativa C: CORRETA. Essa a昀椀rmação não se encontra do o papel de todos que trabalham em favor da educa-
no corpo do parecer como um desa昀椀o para o professor ção, bem como dos órgãos educacionais.
trabalhar com uma postura ética e pro昀椀ssional. A ques- Alternativa B: INCORRETA. Para esse princípio, não se
tão da privação econômica é uma demanda complexa fazem restrições com o setor privado. As alianças efeti-
que exige mudanças qualitativas na dimensão político, vas contribuem signi昀椀cativamente para o planejamen-
social e econômica do país. A criança ou sujeito que to, implementação, administração e avaliação dos pro-
apresenta privações econômicas poderá apresentar gramas de educação básica.
problemas nas aprendizagens. E, certamente, o cérebro Alternativa C: INCORRETA. Não se pretende direcionar
não estará nutrido de forma adequada para produzir as os holofotes para o setor privado e as Organizações
sinapses correta. Não Governamentais, mas a articulação entre os se-
Alternativa D: INCORRETA. Rezam documentos o昀椀ciais tores sociais em favor de uma educação de qualidade
que os estudantes têm direito a acessar todo o reper- para todos.
tório curricular, construindo, quando necessário, as Alternativa D: CORRETA. O fortalecimento de alianças
devidas adaptações. Por isso, cabe o acompanhamento promove a união, reconhecendo o papel educacional
sistemático das Salas de Recursos Multifuncionais nas de todos os envolvidos (famílias, setor educacional,
escolas comuns, a partir das ações desses professores, grupos religiosos, organizações não-governamentais),
mesmos daqueles que não se encontrem capacitados que será a parte fundamental para a renovação da edu-
(HORA, 2015). cação de qualidade para todos.
Alternativa E: INCORRETA. A proposta do fortalecimento
13. Questão das alianças e as autoridades responsáveis pela edu-
cação aos níveis nacional, estadual e municipal têm a
(PREF. JABOATÃO DOS GUARARAPES/PE – AOCP – 2015) O artigo 7º da obrigação prioritária de proporcionar educação básica
Declaração Mundial de Educação para Todos, publicado para todos. É compromisso político de todos.
em Jontiem (Tailândia), em 1990, estimula a prática que
se tornou comum nas políticas públicas em educação 14. Questão
executadas no Brasil a partir do referido ano, cuja ca-
racterística é: (PREF. JABOATÃO DOS GUARARAPES/PE – AOCP – 2015) A modalidade
de educação especial ampliou-se nos últimos anos por
Ⓐ Responsabilidade da União, Estados e Municípios conta das novidades que surgiram em torno da temá-
no completo 昀椀nanciamento da educação pública sem tica. Tais novidades são resultados de um signi昀椀cativo
alianças com outros setores da sociedade. número de pesquisas e discussões que deram um novo
Ⓑ União, Estados e Municípios realizando alianças para entendimento para essa modalidade de ensino. Em
a execução do 昀椀nanciamento da educação com Orga- 2013, a redação do artigo 58º da LDBEN nº 9.394/96 foi
nizações Não Governamentais (ONGs), mas não com o alterada, levando em consideração as novas exigências
setor privado. do sistema de ensino para a modalidade de educação
Ⓒ Protagonismo do setor privado, das Organizações especial. A nova redação do referido artigo é:
Não Governamentais (ONGs) e de grupos religiosos no
昀椀nanciamento das políticas públicas em educação. Ⓐ “Entende-se por educação especial, para os efeitos
desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida
preferencialmente na rede regular de ensino, para edu- adolescentes com: de昀椀ciência, transtornos globais do
candos com de昀椀ciência, transtornos globais do desen- desenvolvimento e altas habilidades, está contempla-
volvimento e altas habilidades ou superdotação”. da em qual meta do documento?
Ⓑ “Entende-se por educação especial, para os efeitos
desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida Ⓐ 20.
preferencialmente na rede regular de ensino, para edu- Ⓑ 05.
candos com de昀椀ciência e altas habilidades”. Ⓒ 18.
Ⓒ “Entende-se por educação especial, para os efeitos Ⓓ 04.
desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida Ⓔ 09.
preferencialmente na rede regular de ensino, para edu-
candos com altas habilidades ou superdotação”.
Grau de Di昀椀culdade
Ⓓ “Entende-se por educação especial, para os efeitos Alternativa A: INCORRETA. Essa meta diz respeito à am-
desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida pliação do investimento público em educação pública
preferencialmente na rede regular de ensino, para edu- de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% do
candos com de昀椀ciência”. Produto Interno Bruto (PIB) do país no quinto ano de
Ⓔ “Entende-se por educação especial, para os efeitos vigência dessa lei e, no mínimo, o equivalente a 10% do
desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida PIB ao 昀椀nal do decênio.
preferencialmente na rede regular de ensino, para edu- Alternativa B: INCORRETA. A meta 05 diz respeito a al-
candos com de昀椀ciência ou superdotação”. fabetizar todas as crianças, no máximo, até o 昀椀nal do
terceiro ano do ensino fundamental.
Grau de Di昀椀culdade Alternativa C: INCORRETA. Essa meta é a tentativa de
assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos
Alternativa A: CORRETA. Essa opção é a mais completa de carreira para o(a)s pro昀椀ssionais da educação básica
para efeitos da lei. Consideram-se alunos público-alvo e superior pública de todos os sistemas de ensino. E,
da educação especial aqueles que apresentam: de昀椀- para o plano de carreira do(a)s pro昀椀ssionais da edu-
ciências sensoriais e motoras, transtornos de aprendi- cação básica pública, a qual tomará como referência o
zagem, superdotação e ou altas habilidades. Embora os piso salarial nacional pro昀椀ssional, de昀椀nido em lei fede-
últimos representem uma minoria, ainda se encontram ral, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição
invisíveis em nossas escolas. da República Federativa do Brasil (BRASIL,1988).
Alternativa B: INCORRETA. Porque a oferta do atendi- Alternativa D: CORRETA. Os princípios do PNE represen-
mento é oportunizada também para alunos com trans- tam o desejo da sociedade civil em universalizar para
tornos e síndromes. a população de 4 a 17 anos com de昀椀ciência, transtor-
Alternativa C: INCORRETA. O artigo 58 da LDB não limita nos globais do desenvolvimento e altas habilidades
o atendimento, apenas aos superdotados e altas ha- ou superdotação. Bem acessos à educação básica e ao
bilidades. Atendimento Educacional Especializado (AEE), prefe-
Alternativa D: INCORRETA. A educação especial não ofe- rencialmente na rede regular de ensino, com a garantia
rece serviço apenas para alunos com de昀椀ciência. de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos
Alternativa E: INCORRETA. A educação especial não se multifuncionais, classes, escolas ou serviços especiali-
restringe a alunos com superdotação e altas habilidades. zados, públicos ou conveniados.
Alternativa E: INCORRETA. A meta 09 do PNE procura
15. Questão elevar a taxa de alfabetização da população com 15
anos ou mais para 93,5% até 2015 e, até o 昀椀nal da vi-
(PREF. JABOATÃO DOS GUARARAPES/PE – AOCP – 2015) O Plano Na- gência desse PNE, erradicar o analfabetismo absoluto
cional de Educação (PNE) é o documento que norteia e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional.
as ações do Estado nacional em relação às políticas pú-
blicas em educação no período de 10 anos. Em julho de 16. Questão
2014 foi aprovado o Plano Nacional de Educação com
vigência para a próxima década. A modalidade de Edu- (UFCA – CCV/UFC – 2014) Segundo a Constituição da Repúbli-
cação Especial que abrange, segundo o PNE, crianças e ca Federativa do Brasil (1988), no seu artigo 208, o dever
do Estado com a Educação será efetivado mediante a mento e altas habilidades ou superdotação, é um dever
garantia de: constitucional do Estado e sua oferta tem início:
RESUMO PRÁTICO
espaços a serem constantemente discutidos, como ganizarem atividades adaptadas para o aluno com
os conhecimentos que giram em torno deste tema. de昀椀ciência que se apontaram os obstáculos, ainda
A inclusão dos alunos com de昀椀ciência no ensino re- poucos enfrentados.
gular abre fronteiras e extrapola os parâmetros da Acreditamos que não basta apenas contemplar
educação especial. É articular o currículo formal às os conhecimentos sistemáticos desenvolvidos por
especi昀椀cidades do aluno com de昀椀ciência. E o des- elas, é necessário ir além, remeter às re昀氀exões so-
preparo docente, bem como as di昀椀culdades de or- bre a dimensão política e ideológica dos currículos
ganizarem atividades adaptadas para o aluno com como fator determinantes das culturas que deve ser
de昀椀ciência que se apontaram os obstáculos, ainda veiculada pelas instâncias escolares, cuja compre-
poucos enfrentados. ensão exige exames epistemológicos e políticos.
Acreditamos que não basta apenas contemplar
os conhecimentos sistemáticos desenvolvidos por
elas, é necessário ir além, remeter às re昀氀exões so- REFERÊNCIAS
bre a dimensão política e ideológica dos currículos [ACRESCENTADAS AO TEXTO SÍNTESE]
como fator determinantes das culturas que deve ser
veiculada pelas instâncias escolares, cuja compre- 1. VYGOTSK, Lev Semiónovich. A construção do pensa-
ensão exige exames epistemológicos e políticos. mento e da linguagem / Lev Semenovich Vygotsky: tra-
É na formação pedagógica sob a perspectiva dução Paulo Bezerra. 2ª. ed. – São Paulo : WMF Martins
inclusiva que se ultrapassam om embasamentos Fontes, 2009. (Biblioteca pedagógica).
teóricos para envolver parcerias colaborativas com 2. _____. A formação social da mente: o desenvolvi-
os pais, corpo docente e alunos. Ademais, é trans- mento dos processos psicológicos superiores / L. S.
formando a rotina da escola que se pode permitir Vygotsky ; org. Michael Cole. [et. al]; tradução Cipolla
a colaboração igualmente signi昀椀cativa de todos os Neo, Luíz S. M. Barreto, Solange C. Affeche. – 7.ª Ed. – São
envolvidos. Esses processos de inclusão é para além Paulo : Martins Fontes, 2007. – (Psicologia e pedagogia).
da sala de aula, mas, é na sala de aula que se tem
mais condições de colaborar com a formação e au- REFERÊNCIAS
tonomia dos futuros cidadãos.
Por último, os improvisos podem acarretar nos 1. AMÓS COMENIO, Juan, Didáctica Magna. Ed. 11 Méxi-
constantes fracassos e evasões destes alunos no co: editorial Porrúa, 2000.
ensino regular. E muitas dessas barreiras são aces- 2. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Edu-
sibilidades arquitetônicas, curriculares, didáticas e cação Especial. Diretrizes Nacionais para a Educa-
avaliativas. É salutar ressalvar que não atuem como ção Especial na Educação Básica. Secretaria de Edu-
meros transmissores de conteúdos sobre/para a in- cação Especial - MEC/SEESP, 2001.
clusão, mas sim tornarem-se mediadores de ações 3. _____. Ministério da Educação. Plano de Desenvol-
pedagógicas, façam uso das Tecnologias Assistivas, vimento da Educação: razões, princípios e progra-
das políticas e das ações geradoras de aprendizes mas. Brasília: MEC, 2007.
do agora em prol de um futuro próximo inclusivo. 4. ______.13.146, de 6/julho/2015. Lei brasileira de in-
Até porque estes pequenos serão os responsáveis clusão da pessoa com de昀椀ciência. Brasília, DF: Edi-
pelas ações de convivências inclusivas das próximas ções Câmara, 2015. p. 6-31.
gerações. 5. ______. Saberes e práticas da inclusão: desenvol-
Apesar de muitos discursos da inclusão, pou- vendo competências para o atendimento às neces-
cos se resguardam em suas práticas como aqueles sidades educacionais especiais de alunos com altas
espaços a serem constantemente discutidos, como habilidades/superdotação. [2. ed.] / coordenação
os conhecimentos que giram em torno deste tema. geral SEESP/MEC. Brasília: MEC, Secretaria de Edu-
A inclusão dos alunos com de昀椀ciência no ensino re- cação Especial, 2006.
gular abre fronteiras e extrapola os parâmetros da 6. CRUZ, Fernanda Miranda da. Uma perspectiva enun-
educação especial. É articular o currículo formal às ciativa das relações entre linguagem e memória no
especi昀椀cidades do aluno com de昀椀ciência. E o des- campo da Neurolinguísticas / Fernanda Miranda da
preparo docente, bem como as di昀椀culdades de or- Cruz. - Campinas, SP: [s.n.], 2004.
13 Língua Portuguesa
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Instrução: As questões de 1 a 3 referem-se ao texto abaixo, produzido pela agência de publicidade Famiglia,
expressa uma resposta à campanha realizada, em 2007, pela prefeitura de São Paulo para “limpar a cidade”
da poluição visual causada pelos outdoors. Leia-o atentamente antes de responder às questões.
01. Questão
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: MEDIO 04. Questão
conseguirmos consumir determinados produtos Há que se dormir oito horas por noite e traba-
que, por conta do preço, não teríamos condições de lhar outras oito por dia, mais as cinco comendo são
consumir de outra maneira. Ao informar ao cliente vinte e uma.
que, na padaria, há consórcio de pão, 昀椀ca implícito Sobram três, desde que você não pegue trânsito.
que o produto está caro, pouco acessível aos con- As estatísticas comprovam que assistimos três horas
sumidores. de TV por dia.
Alternativa D: INCORRETA. O autor do texto não está Menos você, porque todos os dias você vai cami-
criticando o crescimento de consórcios em padarias nhar ao menos meia hora (por experiência própria,
já que, na realidade, as pessoas não fazem consór- após quinze minutos dê meia volta e comece a vol-
cios para a compra desse produto. tar, ou a meia hora vira uma).
E você deve cuidar das amizades, porque são
05. Questão como uma planta: devem ser regadas diariamente, o
que me faz pensar em quem vai cuidar delas quando
Exigências da vida moderna eu estiver viajando.
Deve-se estar bem informado também, lendo
Dizem que todos os dias você deve comer uma dois ou três jornais por dia para comparar as infor-
maçã por causa do ferro. mações.
E uma banana pelo potássio. Ah! E o sexo! Todos os dias, tomando o cuidado
E também uma laranja pela vitamina C. Uma de não se cair na rotina. Há que ser criativo, inova-
xícara de chá verde sem açúcar para prevenir a dia- dor para renovar a sedução. Isso leva tempo – e nem
betes. estou falando de sexo tântrico.
Todos os dias deve-se tomar ao menos dois li- Também precisa sobrar tempo para varrer, pas-
tros de água. E uriná-los, o que consome o dobro sar, lavar roupa, pratos e espero que você não tenha
do tempo. um bichinho de estimação. Na minha conta são 29
Todos os dias deve-se tomar um Yakult pelos horas por dia.
lactobacilos (que ninguém sabe bem o que é, mas A única solução que me ocorre é fazer várias
que aos bilhões, ajudam a digestão). Cada dia uma dessas coisas ao mesmo tempo! Por exemplo, tomar
Aspirina, previne infarto. Uma taça de vinho tinto banho frio com a boca aberta, assim você toma água
também. Uma de vinho branco estabiliza o sistema e escova os dentes. Chame os amigos junto com os
nervoso. Um copo de cerveja, para... não lembro bem seus pais. Beba o vinho, coma a maçã e a banana
para o que, mas faz bem. O benefício adicional é que junto com a sua mulher... na sua cama.
se você tomar tudo isso ao mesmo tempo e tiver um Ainda bem que somos crescidinhos, senão ainda
derrame, nem vai perceber. teria um Danoninho e se sobrarem 5 minutos, uma
Todos os dias deve-se comer 昀椀bra. Muita, mui- colherada de leite de magnésio.
tíssima 昀椀bra. Fibra su昀椀ciente para fazer um pulôver. Agora tenho que ir.
Você deve fazer entre quatro e seis refeições É o meio do dia, e depois da cerveja, do vinho e
leves diariamente. E nunca se esqueça de mastigar da maçã, tenho que ir ao banheiro.
pelo menos cem vezes cada garfada. Só para comer, E já que vou, levo um jornal... Tchau! Viva a vida
serão cerca de cinco horas do dia... com bom humor!!!
E não esqueça de escovar os dentes depois de VERÍSSIMO, Luís Fernando. Exigências da vida moderna.
comer. Ou seja, você tem que escovar os dentes Disponível em http://pensador.uol.com.br/frase/MzI3NDUz/
depois da maçã, da banana, da laranja, das seis re- Acesso em: 01/11/2015. Adaptado.
feições e enquanto tiver dentes, passar 昀椀o dental,
massagear a gengiva, escovar a língua e bochechar (PREF. DE IBIRAÇU - CONSULPLAN - 2015) Consideran-
com Plax. Melhor, inclusive, ampliar o banheiro e do-se as características que de昀椀nem o gênero tex-
aproveitar para colocar um equipamento de som, tual crônica, quais podem ser encontradas no texto
porque entre a água, a 昀椀bra e os dentes, você vai de Luís Fernando Veríssimo?
passar ali várias horas por dia.
Ⓐ Presença de re昀氀exões de cunho pessoal e utili- Alternativa D: INCORRETA. O texto não é narrativo,
zação do discurso indireto livre. não é 昀椀ccional e não tem linguagem formal.
Ⓑ Interlocução constante com leitor e a aborda-
gem de acontecimentos cotidianos. 06. Questão
Ⓒ Presença de argumentação objetiva e de colo-
quialismo na fala das personagens. (PREF. DE IBIRAÇU - CONSULPLAN - 2015) No texto, o
Ⓓ Gênero narrativo 昀椀ccional e linguagem predomi- cronista trata de um tema contemporâneo que diz
nantemente formal e conotativa. respeito, sobretudo, à(ao):
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: FÁCIL Ⓐ preocupação com dietas impossíveis de serem
seguidas.
DICA DO AUTOR: O conceito de “gênero textual” é Ⓑ desperdício de tempo com complexos hábitos
relativamente recente e está cada dia mais presen- de higiene.
te nas provas de concursos. Segundo os linguistas, Ⓒ excesso de tarefas que a vida moderna impõe
os gêneros textuais são formas textuais, escritas ou às pessoas.
orais, por meio das quais realizamos todas as nossas Ⓓ falta de tempo para execução das habituais ta-
interações verbais, ou seja, qualquer processo co- refas domésticas.
municativo só é possível por meio de algum gênero
textual. Os gêneros têm características mais ou me- Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: FÁCIL
nos estáveis de composição e têm funções ou objeti-
vos enunciativos especí昀椀cos. Ata de reunião, receita Alternativa A: INCORRETA. Não há, no texto, nenhum
médica, bula de remédio, procuração, crônica, carta momento em que o cronista fale sobre dietas im-
pessoal, bilhete, conversa telefônica são exemplos possíveis.
de gêneros que usamos em nossa vida diária. Alternativa B: INCORRETA. O autor cita, no texto, vá-
Alternativa A: INCORRETA. Para que os leitores te- rios hábitos de higiene bucal que, segundo se acre-
nham acesso às vozes e aos pensamentos dos per- dita, seriam necessários, mas não discute nem o
sonagens, os escritores fazem uso dos discursos desperdício de tempo nem se refere a tais hábitos
direto, indireto e indireto-livre. No discurso direto, como complexos.
a fala do personagem/testemunha é transcrita exa- Alternativa C: CORRETA. O texto, de maneira bem-hu-
tamente como foi enunciada. Para distingui-la da morada e irônica, trata do excesso de tarefas a que
voz do narrador/autor, é comum o uso do travessão estamos submetidos contemporaneamente.
ou das aspas. No discurso indireto, o narrador/au- Alternativa D: INCORRETA. O texto está questionando
tor conta, ele próprio, aquilo que o personagem/a o excesso de tarefas que nos leva à falta de tempo,
testemunha teria dito e, no discurso indireto-livre, mas não está discutindo a falta de tempo para as
a voz do narrador se mistura com o pensamento da tarefas domésticas nem defendendo que devemos
personagem – e são os leitores, no ato da leitura, usar mais nosso tempo para as tarefas domésticas.
que devem diferenciar as vozes do texto –. Na crô-
nica “Exigências da vida moderna”, Luís Fernando 07. Questão
Veríssimo não faz uso do discurso indireto-livre. Não
há vozes de personagens no texto. Você sabe com quem está falando?
Alternativa B: CORRETA. No texto, o cronista conversa
com o leitor (usa “você” em todo o texto e, no 昀椀nal, Não nos parece uma tarefa fácil conciliar dese-
ainda se despede) acerca de todos os imperativos a jos (que geralmente são ilimitados e odeiam con-
que estamos submetidos em nossa vida cotidiana. troles) e a questão fundamental de cumprir regras,
Alternativa C: INCORRETA. A argumentação não é ob- seguir leis e construir espaços públicos seguros e
jetiva; ao contrário, o cronista insere-se no proble- igualitários, válidos para todos, numa sociedade que
ma. Ele, assim como o leitor, também sofre com as também tem o seu lado claramente aristocrático e
in昀椀nitas exigências da vida moderna.
hierárquico. Um sistema que ama a democracia, mas (CRF/RO – FUNCAB - 2015) Sobre o texto, é correto
também gosta de usar o “Você sabe com quem está a昀椀rmar que o autor aborda hábito recorrente no
falando? ”. O nosso amor simultâneo pela igualdade Brasil, relacionado à pergunta feita no título que
e, a seu lado, o nosso afeto pelo familismo e pelo pode ser comprovado pelo seguinte fragmento:
partidarismo governados pela ética de condescen-
dência tão nossa conhecida, que diz: nós somos di- Ⓐ “a minha liberdade teoricamente ilimitada tem
ferentes e temos biogra昀椀a; para os amigos tudo, aos de se ajustar à sua”.
inimigos (e estranhos, os que não conhecemos) a lei! Ⓑ “nós somos diferentes e temos biogra昀椀a”.
O resultado dessa tomada de posição, básica Ⓒ “a questão fundamental de cumprir regras, se-
numa democracia, é simples, mas muitas vezes igno- guir leis e construir espaços públicos seguros e igua-
rado entre nós: a minha liberdade teoricamente ilimi- litários”.
tada tem de se ajustar à sua, e as duas acabam pro- Ⓓ “quem chega primeiro é atendido em primeiro
movendo uma conformidade voluntária com limites, lugar”.
com fronteiras cívicas que não podem ser ultrapassa- Ⓔ “um laço de amizade não faz de alguém um su-
das, como a de furar a 昀椀la ou a de dar uma carteirada. percidadão”.
Na sua simplicidade, a 昀椀la é um dos melhores,
se não for o melhor, exemplos de como operam os Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: MEDIO
limites numa democracia. Seus princípios são simples
e reveladores: quem chega primeiro é atendido em Alternativa A: INCORRETA. O fragmento “a minha li-
primeiro lugar. Numa 昀椀la, portanto, não vale o ocul- berdade teoricamente ilimitada tem de se ajustar à
to. Ou temos uma clara linha de pessoas, umas atrás sua” é o trecho que ilustra o que seria, para o autor,
das outras, ou a vaca vai para o brejo. Quando eu era a democracia: a conciliação entre o desejo indivi-
menino, lembro-me bem de como era impossível ter dual e o cumprimento de regras e a construção de
uma 昀椀la no Brasil. As velhas senhoras e as pessoas espaços públicos seguros e igualitários.
importantes (sobretudo os políticos) não se confor- Alternativa B: CORRETA. O fragmento “nós somos
mavam com suas regras e traziam como argumento diferentes e temos biogra昀椀a” é usado, no primeiro
para serem atendidos, passando na frente dos outros, parágrafo, para ilustrar a consequência, contrária à
ou a idade, ou o cargo, ou conhecimento com quem ideia de democracia, de uma sociedade aristocrática
estava atendendo, ou algum laço de família. Hoje, sa- e hierárquica como a brasileira. A ideia de que “nós
bemos que idosos e de昀椀cientes não entram em 昀椀la. somos diferentes e temos biogra昀椀a” explica a exis-
Mas estamos igualmente alertas para o fato de que tência, num sistema democrático, da pergunta “você
um cargo ou um laço de amizade não faz de alguém sabe com quem está falando?”, tão comum na vida
um supercidadão com poderes ilimitados junto aos brasileira.
que estão penando numa 昀椀la por algumas horas. Alternativa C: INCORRETA. O fragmento destaca a
Do mesmo modo e pela mesma lógica, ninguém ideia do que seria a democracia.
pode ser sempre o primeiro da 昀椀la (e nem o último), Alternativa D: INCORRETA. O fragmento descreve os
como ninguém pode ser campeão para sempre. Se princípios da 昀椀la, usado, no texto, para justi昀椀car a
isso acontece, ou seja, se um time campeão mudar 昀椀la como o exemplo de uma fronteira cívica que não
as regras para ser campeão para sempre, então o fu- pode ser ultrapassada na democracia.
tebol vai pros quintos dos infernos. Ele simplesmente Alternativa E: INCORRETA. O fragmento se opõe ao
acaba com o jogo como uma disputa. Na disputa, o familismo e ao partidarismo que geram a pergunta
adversário não é um inimigo; numa 昀椀la, quem está na “você sabe com quem está falando?”.
frente não é um superior. O poder ilimitado e conge-
lado ou 昀椀xo em pessoas ou partidos, como ocorre nas 08. Questão
ditaduras, liquida a democracia justamente porque
ele usurpa os limites nos quais se baseia a 昀椀la. (CRF/RO – FUNCAB - 2015) Considerando o con
DA MATTA, Roberto junto do texto, é correto a昀椀rmar que o autor:
Adaptado de revistatrip.uol.com.br.
Ⓐ faz uma re昀氀exão sobre como usufruir da liberda- do-o e permitindo que a temperatura seja man-
de e da igualdade sem ofender os outros e sem levar tida. Por isso, é fundamental que adultos bebam
o sistema a uma anarquia. pelo menos 2 litros da água por dia para garantir
Ⓑ defende a ideia de que, embora o cidadão seja um bom funcionamento de seu organismo.
livre, é fundamental manter a hierarquia, marca de 2. Alimentação: Comer é fundamental para manter
“modernidade”. a saúde do corpo, no entanto, a ingestão de bons
Ⓒ estimula a hierarquia e o enriquecimento dos alimentos faz toda a diferença. O consumo diário
poderosos por meio daquilo que é o teste mais claro de legumes e verduras precisa ser incentivado
do limite e da igualdade. desde a infância, eles atuam de forma importante
Ⓓ impulsiona a transformação democrática que para manter o bom funcionamento do organismo.
mantém o argumento dos laços superando a ordem. Os grãos, as carnes e as frutas também devem fa-
Ⓔ difunde a ética de condescendência e do poder zer parte das refeições, pois fornecem nutrientes
ilimitado. que o corpo precisa para funcionar corretamente.
É importante também consumir os alimentos com
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: FÁCIL moderação para se ter uma vida saudável.
Exercícios físicos: Gostar de praticar exercícios
Alternativa A: CORRETA. O autor do texto defende físicos não é unanimidade, infelizmente. No entan-
que a democracia é o sistema que concilia liberdade to, é preciso incluí-lo nos hábitos diários de saúde.
individual com igualdade de direitos. A昀椀nal, "É melhor prevenir do que remediar". Sendo
Alternativa B: INCORRETA. Em nenhum momento do assim, mesmo que você não goste muito de praticá-
texto, o autor defende a hierarquia como marca da -los, faça isso pensando em sua saúde e bem-estar
modernidade; na verdade, ela a problematiza. ao longo dos próximos anos. O importante é adquirir
Alternativa C: INCORRETA. O autor não estimula a o hábito de praticar exercícios sempre.
hierarquia; ao contrário, ele defende uma socieda- Descanso: Ter momentos de relaxamento e um
de democrática, igualitária, em que as regras sejam bom período de sono também auxiliam no bom anda-
respeitadas por todos. mento da saúde. Porém, com a vida corrida que muitas
Alternativa D: INCORRETA. O autor defende que uma pessoas levam atualmente, esses momentos 昀椀cam
sociedade em que laços de familiaridade desrespei- cada vez mais escassos. Para começar você pode ter
tam as regras da coletividade tem di昀椀culdade para a uma hora para dormir. Estipule com base no seu tempo
construção democrática. de sono. Separe pelo menos algum momento na sema-
Alternativa E: INCORRETA. O autor se opõe à ética na para momentos de lazer. Passeie, encontre amigos,
da condescendência e ao poder ilimitado. No último faça uma caminhada, vá ao cinema, en昀椀m, faça algo
parágrafo, ele a昀椀rma que o poder ilimitado, típico que goste. Dê esse presente para você mesmo.
das ditaduras, acaba com a democracia. Faça exames pelo menos uma vez por ano: Pro-
cure seu médico para exames de rotina, desta forma
09. Questão você poderá também prevenir o aparecimento de
algumas doenças. De昀椀na um mês em sua agenda e a
5 cuidados básicos com a saúde para ter uma vida cada ano, faça uma visita a seu especialista para um
plena controle de sua saúde.
Cuide de sua saúde, ela é indispensável para
Manter-se saudável e ativo é uma das grandes uma vida feliz!
alegrias da vida. É importante sentir-se bem sem- FINHOLDT, Renata. Disponível em: http://familia.com.br.
pre, porém para manter a saúde é preciso cuidar Acesso em: 30 set. 2015 (adaptado).
dela diariamente. Assim, recomendam-se pequenos
cuidados para que seu corpo e mente permaneçam 10. Questão
em equilíbrio por muito mais tempo.
1. Beba água: A água faz muito bem ao organismo, (UNIFAP – UNIFAP - 2015) Sobre a compreensão glo-
ela atua em todas as funções do corpo hidratan- bal do texto depreende-se que:
Alternativa D: INCORRETA. O autor não entra no mé- DICA DO AUTOR: Para responder a esta questão, é
rito de que as pessoas não descansem por conta da necessário conhecer o assunto “funções da lingua-
organização de seu tempo. Em nenhum momento do gem”. Como explicamos em uma das questões ante-
texto, aparece essa discussão. riores, são seis as funções da linguagem: referencial,
emotiva, apelativa, fática, metalinguística e poética.
13. Questão Quando a mensagem tem como objetivo transmitir
informações, dizemos que ela tem, predominante-
Sinto-me um pouco intrusa vasculhando minha mente, função referencial ou denotativa. Quando
infância. Não quero perturbar aquela menina no seu o objetivo da mensagem é expressar os sentimen-
o昀椀cio de sonhar. Não a quero sobressaltar quando tos, as emoções do emissor, dizemos que ela tem,
se abre para o mundo que tão intensamente adivi- predominantemente, função emotiva ou expressi-
nha, nem interromper sua risada quando acha graça va. Quando o objetivo da mensagem é persuadir o
de algo que ninguém mais percebeu. destinatário, in昀氀uenciando seu comportamento, a
Tento remonta-la aqui num quebra-cabeças que função da linguagem é a apelativa, também chama-
vai formar um retrato — o meu retrato? Certamente da de conativa. Quando o objetivo da mensagem é
faltarão algumas pegas. Mas, falhada e fragmentaria, o de estabelecer ou manter o canal de comunica-
esta sou eu, e me reconheço assim em toda a minha ção aberto, dizemos que a função é fática. Quando
incompletude. o objetivo é falar sobre a própria linguagem, dize-
Algumas destas narrações já publiquei. São meu mos que a função predominante é a metalinguística.
rebanho, e posso chama-las de volta quando quiser. Quando o foco da mensagem é a elaboração artísti-
Muitas eu mesma vi e vivi; outras apanhei soltas no ca, a sonoridade, a construção metafórica, dizemos
ar, pois sempre há quem se exponha a uma criança que o texto tem função poética.
que 昀椀nge não escutar nem enxergar muita coisa da Alternativa A: CORRETA.. No texto, destaca-se a fun-
sua vida ao res-do-chão. ção emotiva, pois o objetivo da autora é falar de si
Aqui onde estou — diante deste computador, mesma, e a função poética, pois, para falar de si,
nesta altura e deste ângulo a昀椀nal compreendo que explora amplamente a linguagem 昀椀gurada, a cons-
não são as palavras que produzem o mundo, pois trução metafórica.
este nem ao menos cabe dentro delas. Assim aquela Alternativa B: INCORRETA. As funções apelativa e re-
menina dançando no pátio na chuva não cabia no ferencial não poderiam ser as predominantes, já que
seu protegido cotidiano: procurava sempre o susto os objetivos principais do texto não são nem persua-
que viria além. dir o leitor nem informar.
Então en昀椀ava-se atrás dos biombos da imagi- Alternativa C: INCORRETA. As funções metalinguísti-
nação, colocava as máscaras e espiava o belo e o ca e fática não poderiam ser as predominantes, já
intrigante, que levaria o resto de sua vida tentando que o texto não está focado nem na explicação do
descrever. código usado nem na preocupação de manter aberto
Lya Luft, Mar de dentro, p. 13-14 o canal.
Alternativa D: INCORRETA. Apesar de a função emo-
(CIA DAS DOCAS - IBFC - 2015) No texto, destaca-se o tiva ser predominante no texto, a função referencial
emprego de duas funções da linguagem. São elas: não é. O objetivo de um texto de função referencial é
informar, o que faz com que a linguagem denotativa,
Ⓐ emotiva e poética literal seja uma marca. Observe como a escritora Lya
Ⓑ apelativa e referencial Luft constrói seu texto usando metáforas; seu foco é
Ⓒ metalinguistica e fática a elaboração artística da mensagem.
Ⓓ referencial e emotiva
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: DIFÍCIL
15. Questão
mente exibidas em atos públicos sem que se consi- Alternativa A: CORRETA.. O autor do texto defende
dere estar ameaçada a ordem estabelecida. que houve um avanço institucional no país iniciado
Reforma agrária deixou de ser um anátema, e a depois do 昀椀m da ditadura militar. Para desenvolver
desapropriação de terras ociosas é comum mesmo sua argumentação, faz uma abordagem histórica e
em governos que a esquerda considera de direita ou comparativa usando como referência o Comício da
conservadores. Central do Brasil, organizado pelo então presidente
Continua, é verdade, a batalha ideológica entre João Goulart, em 1964.
ruralistas e o Movimento dos Trabalhadores Sem Alternativa B: INCORRETA. O autor do texto não de-
Terra, mas ela se dá no campo das ideias, sem que fendeu que há atraso ideológico no Brasil.
se chame a tropa para resolvê-la. Pena que ainda Alternativa C: INCORRETA. A recordação do Comício
continuemos primitivos o su昀椀ciente para que haja da Central do Brasil não serviu para que o autor de-
mortes no campo (além de trabalho escravo), mas, fendesse sua importância. Se consideramos o texto
de todo modo, ninguém pensa em chamar o Exército globalmente, veri昀椀camos que o autor usou o Comí-
por causa dessa carência. cio como referência para defender o avanço institu-
Nos quase 30 anos transcorridos desde o 昀椀m do cional do país.
ciclo militar, foi possível, dentro da mais absoluta Alternativa D: INCORRETA. O Comício da Central do
ordem e legalidade, promover o impeachment de Brasil não é lembrado com a 昀椀nalidade de defen-
um presidente, ao contrário do ocorrido em 1964, der que ainda existe oposição entre reacionários e
ano em que Jango foi impedido à força de exercer progressistas; o episódio que “funcionou como um
o poder. acelerador” para o golpe militar é lembrado para
Votei pela primeira vez para presidente em mostrar que embora existam divergências ideológi-
1989, quando já tinha 46 anos. Meus 昀椀lhos também cas, elas se dão no campo das ideias.
votaram pela primeira vez naquela ocasião, o que Alternativa E: INCORRETA. No último parágrafo, o au-
signi昀椀ca que uma geração inteira teve capada parte tor a昀椀rma explicitamente que, embora tenha havido
essencial de sua cidadania durante tempo demais. avanço institucional, tal avanço não foi acompanha-
Hoje, votar para presidente é tão rotineiro que 昀椀- do pela qualidade das instituições.
cou até meio monótono. Democracia é assim mesmo.
Pena que esse avanço institucional inegável não 16. Questão
tenha sido acompanhado por qualidade das institui-
ções. Espero que esse novo passo não leve 50 anos. “Faz hoje exatos 50 anos do chamado Comício
Clovis Rossi, Folha de São Paulo, 13/03/2014 da Central do Brasil, que funcionou como acelerador
para a conspiração já em andamento que acabaria
(SUSAM/AM - FGV - 2014) O texto começa pela re- por depor o presidente constitucional João Belchior
cordação do comício do ex-presidente João Goulart. Marques Goulart, apenas 18 dias depois”.
Essa recordação tem a 昀椀nalidade de
(SUSAM/AM - FGV - 2014) Pelas informações contidas
Ⓐ servir de ponto de referência para avaliação do nesse parágrafo do texto, podemos inferir que:
avanço institucional do Brasil.
Ⓑ criticar nosso passado político em função de um Ⓐ o Comício da Central do Brasil foi o causador di-
imenso atraso ideológico. reto da deposição do presidente.
Ⓒ mostrar como esse ato político teve importância Ⓑ a realização do Comício deu início a uma conspi-
na nossa história política. ração subversiva.
Ⓓ indicar a oposição, ainda existente, entre reacio- Ⓒ a deposição do presidente João Goulart foi um
nários e progressistas. ato contra as instituições.
Ⓔ atuar como ponto de comparação com o pro- Ⓓ o tempo entre o Comício e a deposição é visto
gresso na qualidade das instituições. hoje como bastante longo.
Ⓔ o Comício foi organizado com a 昀椀nalidade de
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: DIFÍCIL acelerar a deposição do presidente.
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: DIFÍCIL têm prescrito uma maior ingestão de 昀椀bras porque
elas são bené昀椀cas para o funcionamento do intes-
Alternativa A: INCORRETA. O autor a昀椀rma que o Co- tino e para a diminuição da absorção de açúcares e
mício foi um “acelerador” e não um causador direto gorduras pelo organismo. É a essa prescrição que o
da deposição do presidente João Goulart. cronista está se referindo quando escreve “todos os
Alternativa B: INCORRETA. A conspiração contra o dias deve-se comer muita 昀椀bra”. O termo “pulôver”
presidente não se iniciou com o Comício; ela já “es- não pertence ao campo dos vegetais. Como as 昀椀bras,
tava em andamento”. além de serem usadas na alimentação, também são
Alternativa C: CORRETA.. É possível inferir que a usadas na fabricação de produtos têxteis, o autor faz
deposição do presidente foi um ato contra as insti- uma brincadeira.
tuições, pois o autor informa que uma conspiração Alternativa B: CORRETA.. Fibras, além de serem usa-
acabou por depor um presidente constitucional (ou das na alimentação, também são usadas na fabri-
seja, um presidente que foi selecionado de acordo cação de produtos têxteis, como o pulôver. O autor
com os ritos e ditames previstos na Constituição). brinca que uma das exigências da atualidade seria
Alternativa D: INCORRETA. Ao escrever “apenas 18 comer diariamente uma quantidade de 昀椀bras similar
dias depois”, o autor está a昀椀rmando que o tempo à quantidade necessária para se tecer uma peça de
entre o Comício e a deposição foi curto. roupa.
Alternativa E: INCORRETA. O Comício foi organizado Alternativa C: INCORRETA. “Pulôver” não poderia
pelo governo Goulart; não poderia, portanto, ter sido pertencer ao campo semântico dos alimentos, já
organizado para depor o presidente. que uma grande quantidade de 昀椀bras não produz
um alimento.
SEMÂNTICA Alternativa D: INCORRETA. “Pulôver” não poderia
pertencer ao campo semântico dos medicamentos,
17. Questão já que uma grande quantidade de 昀椀bras não produz
um medicamento.
O fragmento a ser analisado na próxima questão
pertence ao texto “Exigências da vida moderna”, de 18. Questão
Luís Fernando Veríssimo, que está na seção “Inter-
pretação de Texto” deste capítulo. Os fragmentos que compõem as alternativas da
questão a seguir pertencem ao texto “Você sabe com
(PREF. DE IBIRAÇU - CONSULPLAN - 2015) No fragmen- quem está falando?”, de Roberto Da Matta, que está
to “Todos os dias deve-se comer 昀椀bra. Muita, muitís- na seção “Interpretação de Texto” deste capítulo.
sima 昀椀bra. Fibra su昀椀ciente para fazer um pulôver.”
(6º§), é possível inferir, de acordo com o contexto, (CRF/RO - 2015 - FUNCAB) A alternativa em que a ex-
que o termo “pulôver” pertence ao campo semân- pressão ou a palavra destacada pode ser substituída
tico do(s): corretamente pela que se encontra entre os parên-
teses sem alterar o sentido original do texto é:
Ⓐ vegetais.
Ⓑ vestuário. Ⓐ “Não nos parece uma tarefa fácil CONCILIAR de-
Ⓒ alimentos. sejos” (contestar)
Ⓓ medicamentos. Ⓑ “seguir leis e construir espaços públicos seguros
e IGUALITÁRIOS” (oponentes)
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: FÁCIL Ⓒ “O nosso amor SIMULTÂNEO pela igualdade.”
(coincidente)
Alternativa A: INCORRETA. As 昀椀bras são constituin- Ⓓ esultado dessa TOMADA DE POSIÇÃO, básica
tes naturais encontrados principalmente nos ali- numa democracia” (dúvida)
mentos de origem vegetal. Nutricionistas e médicos Ⓔ “as duas acabam promovendo uma conformida-
de VOLUNTÁRIA com limites” (imposta)
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: FÁCIL Então en昀椀ava-se atras dos biombos da imaginação,
colocava as mascaras e espiava o belo e o intrigante,
Alternativa A: INCORRETA. “Conciliar”, no contexto, que levaria o resto de sua vida tentando descrever.
tem o sentido de “combinar, aliar, unir”. Lya Luft, Mar de dentro, p. 13-14
Alternativa B: INCORRETA. O sentido de “espaços
igualitários”, no contexto, é de “espaços em que as (CIA DAS DOCAS - 2015 - IBFC) No texto, alternam-
pessoas tenham igualdade de direitos”. -se exemplos de conotação e denotação. Assinale a
Alternativa C: CORRETA.. No contexto, o adjetivo “si- opção em que NÃO ocorre o emprego conotativo da
multâneo” signi昀椀ca “coincidente”, porque o autor linguagem.
está explicando que a sociedade brasileira ama a
igualdade, característica fundamental da democra- Ⓐ "São meu rebanho, e posso chama-las de volta
cia, ao mesmo tempo, que ama o familismo e o par- quando quiser." (3°§)
tidarismo. Ⓑ "outras apanhei soltas no ar, pois sempre há
Alternativa D: INCORRETA. “Tomada de posição” não quem se exponha a uma criança"(3°§)
poderia signi昀椀car “dúvida”, já que tomar posição en- Ⓒ "Aqui onde estou — diante deste computador,
volve decisão. nesta altura e deste ângulo" (4°§)
Alternativa E: INCORRETA. “Voluntária” signi昀椀ca “que Ⓓ "Então, en昀椀ava-se atrás dos biombos da imagi-
age de acordo com sua própria vontade, espontanea- nação, colocava as mascaras" (5°§)
mente”; seria, portanto, o inverso de “imposta”.
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: MEDIO
19. Questão
DICA DO AUTOR: Para responder a esta questão, é
Sinto-me um pouco intrusa vasculhando minha preciso lembrar os conceitos de “conotação” e “de-
infância. Não quero perturbar aquela menina no seu notação”. A conotação é o uso da língua em sentido
o昀椀cio de sonhar. Não a quero sobressaltar quando 昀椀gurado, enquanto a denotação é o uso da língua
se abre para o mundo que tão intensamente adivi- em sentido denotativo, literal.
nha, nem interromper sua risada quando acha graça Alternativa A: CORRETA.. O trecho é conotativo, por-
de algo que ninguém mais percebeu. que o rebanho a que a narradora refere-se são suas
Tento remonta-la aqui num quebra-cabeças que narrativas, seus textos.
vai formar um retrato — o meu retrato? Certamente Alternativa B: CORRETA.. A autora diz que algumas
faltarão algumas pegas. Mas, falhada e fragmentaria, histórias que escrevera haviam sido vividas por ela
esta sou eu, e me reconheço assim em toda a minha outras histórias teriam sido apanhadas no ar. A au-
incompletude. tora usa o sentido 昀椀gurado para se referir às histó-
Algumas destas narrações ja publiquei. São meu rias que não viveu e que a teriam inspirado.
rebanho, e posso chama-las de volta quando quiser. Alternativa C: INCORRETA. Nesse fragmento, não há
Muitas eu mesma vi e vivi; outras apanhei soltas no conotação. Todas as palavras estão sendo usadas
ar, pois sempre há quem se exponha a uma criança em seu sentido literal.
que 昀椀nge não escutar nem enxergar muita coisa da Alternativa D: CORRETA.. Biombos são anteparos usa-
sua vida ao res-do-chão. dos para separar espaços. A autora usa a imagem dos
Aqui onde estou — diante deste computador, biombos para a sua imaginação. Ela diz que a criança
nesta altura e deste ângulo a昀椀nal compreendo que que havia sido se escondia nesses espaços para ob-
não são as palavras que produzem o mundo, pois servar o belo e o intrigante da vida, aquilo que seria,
este nem ao menos cabe dentro delas. Assim aquela durante sua existência, a matéria de sua escrita.
menina dançando no patio na chuva não cabia no
seu protegido cotidiano: procurava sempre o susto
que viria além.
Assinale a opção em que a estratégia de valorização Tiros, gritos de dor se faziam ouvir também do
está identi昀椀cada corretamente. lado dos bandeirantes; as setas, atingindo o alvo, se-
lavam com o sangue paulista o território de Cuiabá;
Ⓐ Bom / matiza positivamente uma ação. muitos mordiam a terra já na ânsia da morte.
Ⓑ Bastante / indica a grande dimensão de uma Os coxiponés abandonaram as trincheiras levan-
qualidade. do a vitória, que suas buzinas e maracas celebravam
Ⓒ Positivo / mostra qualidade surpreendente. numa melodia monótona e triste e que a mata ecoou
Ⓓ Formidável / refere-se a quantidades pequenas, tristemente.
mas signi昀椀cativas. Nos bastidores da História de Mato Grosso. Cuiabá: SEC-MT;
Ⓔ Atraso / alude a quantidades e qualidades ne- Integrar: Defanti, 2012.
gativas.
(UFMT - 2014 - UFMT) A linguagem 昀椀gurada é uma das
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: DIFÍCIL marcas da escrita do historiador Rubens de Men-
donça, o que dá a seu texto subjetividade. Assinale o
Alternativa A: CORRETA.. O adjetivo “bom” dá um trecho que NÃO traz linguagem 昀椀gurada.
valor positivo à ação de olhar para trás, para o pas-
sado. Ⓐ Atrás das trincheiras mostravam-se bustos de
Alternativa B: INCORRETA. “Bastante” acrescenta in- índios, gesticulando extraordinariamente, num formi-
tensidade ao verbo “progredir”. gar humano, numa confusão indescritível, que permi-
Alternativa C: INCORRETA. “É um dado positivo” não tiu aos paulistas carregarem de novo as suas armas.
expressa qualidade surpreendente ou admirável, Ⓑ Tiros, gritos de dor se faziam ouvir também do
expressa que houve algo bom, apesar dos muitos lado dos bandeirantes; as setas, atingindo o alvo, se-
problemas. lavam com o sangue paulista o território de Cuiabá;
Alternativa D: INCORRETA. O adjetivo “formidável” muitos mordiam a terra já na ânsia da morte.
expressa intensidade, grandiosidade. Ⓒ Os paulistas deitaram-se no chão, era essa a tá-
Alternativa E: INCORRETA. O termo “atraso” é negati- tica usada, e responderam com uma descarga contra
vo, mas não se refere a quantidades. as trincheiras, que alcançou os indígenas
Ⓓ Os coxiponés abandonaram as trincheiras levan-
24. Questão do a vitória, que suas buzinas e maracas celebravam
numa melodia monótona e triste e que a mata ecoou
O fundador de Cuiabá tristemente.
(METRÔ/DF - 2014 - IADES) Se, no lugar dos verbos Alternativa B: INCORRETA. A regência de “esquecer”
destacados no verso “Escolho os 昀椀lmes que eu não está seguindo regras da norma padrão, mas a de
vejo no elevador” (linha 4), fossem empregados, res- gostar, não. Para a frase 昀椀car correta, seria necessá-
pectivamente, Esquecer e gostar, a nova redação, de rio o uso da preposição “de” (em “dos quais”).
acordo com as regras sobre regência verbal e con- Alternativa C: INCORRETA. A regência de “esquecer”
cordância nominal prescritas pela norma-padrão, está seguindo regras da norma padrão, mas a de
deveria ser gostar, não. O verbo “gostar” não é acompanhado
pela preposição “a” (observe como ninguém escre-
Ⓐ Esqueço dos 昀椀lmes que eu não gosto no elevador. veria “eu gosto a futebol”).
Ⓑ Esqueço os 昀椀lmes os quais não gosto no elevador. Alternativa D: INCORRETA. A regência de “esquecer”,
Ⓒ Esqueço dos 昀椀lmes aos quais não gosto no ele- segundo as regras da norma padrão, está incorreta.
vador. De acordo com os gramáticos normativistas, o verbo
Ⓓ Esqueço dos 昀椀lmes dos quais não gosto no ele- “esquecer” sem o pronome (como em esqueço-me)
vador. não deve ser acompanhado por preposição.
Ⓔ Esqueço os 昀椀lmes dos quais não gosto no eleva- Alternativa E: CORRETA.. A regência de esquecer está
dor. correta, já que, de acordo com as regras da norma
padrão, o verbo “esquecer” sem o pronome (como
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: DIFÍCIL em esqueço-me) não deve ser acompanhado por
preposição. E a regência de “gostar” também está
DICA DO AUTOR: Esse é um tópico de regência con- correta, já que a preposição “de” foi usada antes do
siderado difícil, porque, na fala cotidiana, é pouco pronome relativo.
comum, no Português brasileiro, o uso de preposição
antes do pronome relativo. Por exemplo: em vez de 32. Questão
os falantes dizerem “Futebol é o esporte de que mais
gosto”, dizem “Futebol é o esporte que mais gosto”. As verdades da razão
Normalmente, os falantes do Português brasileiro (in-
clusive os de alto grau de escolaridade) nem sentem Raciocinar não é algo que aprendemos na so-
falta da preposição, por isso esse tópico tem sido as- lidão, mas algo que inventamos ao nos comunicar
sunto recorrente em provas de concurso. e nos confrontar com os semelhantes: toda razão é
Observe a frase que usamos como exemplo: “Futebol fundamentalmente conversação. “Conversar” não
é o esporte de que mais gosto.” O vocábulo “que” é o mesmo que ouvir sermões ou atender a vozes
é pronome relativo porque retoma o termo ante- de comando. Só se conversa – sobretudo só se dis-
rior. Se essas duas orações fossem desmembradas cute – entre iguais. Por isso o hábito 昀椀losó昀椀co de
em dois períodos distintos, teríamos: “Futebol é o raciocinar nasce na Grécia, junto com as instituições
esporte.” e “Gosto mais do esporte”. Nesse segundo políticas da democracia. Ninguém pode discutir com
período, 昀椀ca evidente que a preposição é necessá- Assurbanipal ou com Nero, e ninguém pode conver-
ria. O verbo “gostar” é transitivo indireto, ou seja, sar abertamente em uma sociedade em que existem
esse verbo rege um objeto indireto, e a preposição castas sociais inamovíveis. [...] A昀椀nal de contas, a
“de” marca justamente essa regência (quem gosta disposição a 昀椀losofar consiste em decidir-se a tratar
gosta de). Por isso, a preposição “de” é aquela que os outros como se também fossem 昀椀lósofos: ofere-
devemos colocar antes do pronome relativo. cendo-lhes razões, ouvindo as deles e construindo
Alternativa A: INCORRETA. De acordo com as regras a verdade, sempre em dúvida, a partir do encontro
da norma padrão, o verbo “esquecer” sem o pro- entre umas e outras.
nome (como em esqueço-me) não deve ser acom- [...] Oferecemos nossa opinião aos outros para
panhado por preposição. Além disso, o verbo “gos- que a debatam e por sua vez a aceitem ou refutem,
tar”, como explicamos acima, é transitivo indireto e não simplesmente para que saibam “onde estamos
“pede” a preposição “de”, que deveria ter sido colo- e quem somos”. E é claro que nem todas as opini-
cada antes do pronome relativo. ões são igualmente válidas: valem mais as que têm
melhores argumentos a seu favor e as que melhor se o pronome “nos” fosse eliminado, “ao” não pode-
resistem à prova de fogo do debate com as objeções ria ser substituído por “à”. Essa alteração deixaria a
que lhe sejam colocadas. oração sem sentido.
[...] A razão não está situada como um árbitro Alternativa C: CORRETA.. A preposição “a” é obrigató-
semidivino acima de nós para resolver nossas dis- ria por causa do verbo “oferecer” (VTDI).
putas; ela funciona dentro de nós e entre nós. Não Alternativa D: INCORRETA. O sentido não é o mesmo
só temos que ser capazes de exercer a razão em nos- e podemos veri昀椀car isso substituindo “em” pela lo-
sas argumentações como também – e isso é muito cução “por intermédio de”.
importante e, talvez, mais difícil ainda – devemos
desenvolver a capacidade de ser convencidos pe- 33. Questão
las melhores razões, venham de quem vierem. [...] A
partir da perspectiva racionalista, a verdade busca- (ELETROBRAS/AC - 2014 - IBEG) De acordo a norma padrão
da é sempre resultado, não ponto de partida: e essa e com o período “O que leva à desistência também
busca incluía conversação entre iguais, a polêmica, pode estar in昀氀uenciando a incapacidade desses jo-
o debate, a controvérsia. Não como a昀椀rmação da vens de se adequarem a outro ambiente”, o uso do
própria subjetividade, mas como caminho para al- sinal indicativo de crase:
cançar uma verdade objetiva através das múltiplas
subjetividades. Ⓐ seria facultativo se, entre “leva” e “desistência”,
Fernando Savater. “As verdades da razão”. In: As perguntas fosse empregado o pronome aquela.
da vida. São Paulo: Martins Fontes, 2001. Ⓑ poderia ocorrer diante de “incapacidade”.
Ⓒ seria obrigatório caso o termo “outro ambiente”
(MAPA - 2014 - CONSULPLAN) Em uma oração, os termos se fosse substituído por uma outra circunstância.
relacionam entre si em uma relação de dependên- Ⓓ seria proibido se o termo “outro” fosse substi-
cia. A partir de tal aspecto, analise as assertivas a tuído pelo pronome aquele.
seguir e identi昀椀que a correta. Ⓔ seria inviável, nas duas ocorrências, caso os
verbos “ in昀氀uenciando” e “se adequarem” fossem
Ⓐ Em “atender a vozes” (1º§), “a” pode ser subs- substituídos, respectivamente por causando e se
tituído por “às” sem que haja alteração de sentido. expressarem.
Ⓑ Em “algo que inventamos ao nos comunicar”
(1º§), “ao” pode ser substituído por “à” se “nos” for Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: MEDIO
eliminado.
Ⓒ Em “Oferecemos nossa opinião aos outros” (2º§), Alternativa A: INCORRETA. Se entre “leva” e “desis-
a preposição é obrigatória, de acordo com o termo tência” fosse empregado o pronome “aquela”, ainda
regente. assim haveria crase. A crase, nesse caso, seria resul-
Ⓓ Em “consiste em decidir-se” (1º§), “em” estabe- tado da junção do “a” preposição exigido pelo verbo
lece a mesma relação vista no uso da locução “por “leva” com o “a” inicial de “aquela”. Ficaria assim:
intermédio de”. “leva àquela desistência”.
Alternativa B: INCORRETA. A crase seria obrigatória
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: FÁCIL antes de “incapacidade”, já que esse substantivo é
feminino.
Alternativa A: INCORRETA. A alteração estaria correta Alternativa C: INCORRETA. Não haveria crase antes de
já que o artigo de “vozes” é “as”; o sentido, entretan- “uma outra circunstância” já que o artigo não seria
to, seria alterado já que o artigo de昀椀nido determina mais “a”, seria “uma” (e a crase é o sinal grá昀椀co que
o substantivo. “Atender a vozes de comando” signi昀椀- marca a união do “a” preposição com o “a” artigo).
ca atender a vozes de comando quaisquer, enquanto Alternativa D: INCORRETA. O pronome aquele inicia
“atender às vozes de comando” signi昀椀ca atender a com “a”, portanto a crase deveria ser usada. Ficaria
vozes de comando especí昀椀cas. assim: “se adequarem àquele ambiente”.
Alternativa B: INCORRETA. A forma “ao” antes de ver-
bos no in昀椀nitivo corresponde a “quando”. Portanto,
Alternativa E: CORRETA.. O verbo “causando” é tran- “a” e o substantivo “aula” é feminino. Pelo mesmo
sitivo direto, portanto não é acompanhado por pre- motivo, há crase em “explicou à professora”.
posição (causando a incapacidade). O verbo “se ex-
pressarem” é acompanhado pela preposição “em”, CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL
logo a crase não poderia ser usada (se expressarem
em outro ambiente). 35. Questão
Ⓐ A maior parte dos países enfrentará problemas Alternativa A: CORRETA.. O adjetivo “inverídica” está
com a falta de alimentos. concordando com o substantivo “notícia” a que se
Ⓑ Os Estados Unidos não acatam as propostas de refere.
Lovelock. Alternativa B: CORRETA. O adjetivo “necessário”, da
Ⓒ Não sou dos que acreditam nas teorias de uma construção “é necessário”, quando seguido de artigo
catástrofe planetária. feminino, deve 昀椀car no feminino. Se a construção “é
Ⓓ Ele a昀椀rma que haverá muitos problemas decor- necessário” não for seguida de artigo, o adjetivo “ne-
rentes do aquecimento global. cessário” deve ser usado no masculino. Observe: “é ne-
Ⓔ É possível que se intensi昀椀que, nos próximos dez cessária a participação” ou “é necessário participação”.
anos, os esforços para reduzir os níveis de poluição. Alternativa C: INCORRETA. A concordância de “tal
qual” é feita da seguinte maneira: “tal” concorda
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: DIFÍCIL com o termo antecedente e “qual” com o termo pos-
terior. Logo, a frase correta seria: Sua opinião era tal
Alternativa A: CORRETA.. O verbo está no singular quais as ideias do cientista.
concordando com “a maior parte”. Alternativa D: CORRETA.. “Colocada” está no femini-
Alternativa B: CORRETA. O verbo está no plural con- no singular, pois concorda com “questão”, e “as mais
cordando com o plural do nome do país. ponderadas” está no feminino plural para concordar
Alternativa C: CORRETA.. O verbo está no plural con- com “opiniões”.
cordando com o pronome “os” (não sou daqueles). Alternativa E: CORRETA.. A expressão “dado o” (ou
Alternativa D: CORRETA.. Quando o verbo “haver” é “dada a”) é regida pelo substantivo a que se refe-
usado com sentido de existir, deve 昀椀car no singular. re. Para concordar com “circunstâncias”, “dadas as”
O verbo haver, nesse caso, é impessoal. está no feminino plural.
Alternativa E: INCORRETA. O verbo “intensi昀椀que” de-
veria estar no plural para concordar com o núcleo 38. Questão
do sujeito “esforços”. A oração “que se intensi昀椀quem
esforços” está na voz passiva sintética. Observe O fragmento a ser analisado nesta questão per-
como ela corresponde à passiva analítica: “esforços tence ao texto “Acredite, progredimos sim”, de Clovis
são intensi昀椀cados”. Com a oração na voz passiva Rossi, que está na seção “Interpretação de Texto”
analítica, podemos ter certeza de que “esforços” é o deste capítulo.
sujeito paciente da oração.
(SUSAM/AM - 2014 - FGV) “Faz hoje exatos 50 anos”; “há 29
37. Questão anos”. Sobre as estruturas gramaticais dessas duas
frases do texto, assinale a a昀椀rmativa correta.
(JUCEC - CETREDE - 2015) Atentando para as normas
da concordância nominal, assinale a alternativa IN- Ⓐ A primeira frase também poderia estar escrita
CORRETA: “Fazem hoje exatos 50 anos”.
Ⓑ A segunda frase também poderia estar escrita
Ⓐ Assim que abriu o jornal, o leitor mais atento jul- “Devem haver hoje 29 anos”.
gou inverídica aquela notícia. Ⓒ As duas formas verbais não podem ser 昀氀exiona-
Ⓑ É necessária a participação direta dos cidadãos das em número.
na tomada de decisões que afetam a sociedade. Ⓓ As duas formas verbais se referem a tempo pas-
Ⓒ Sua opinião era tal qual as ideias do cientista. sado.
Ⓓ Diante de qualquer questão colocada em deba- Ⓔ Só a primeira frase está escrita de forma grama-
te, suas opiniões eram sempre as mais ponderadas. ticalmente errada.
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: FÁCIL Alternativa D: CORRETA.. Quando o sujeito da oração
subordinada é o pronome “quem”, o verbo deve ser
Alternativa A: INCORRETA. Nenhum dos dois verbos usado, preferencialmente, na terceira pessoa.
poderia ser usado no plural, pois são impessoais. Alternativa E: CORRETA.. Quando o sujeito composto é
Alternativa B: INCORRETA. A segunda oração poderia formado por núcleos sinônimos ou quase sinônimos,
se escrita “Deve haver hoje 29 anos”, com a locução o verbo pode ser usado singular ou no plural.
verbal no singular.
Alternativa C: CORRETA.. Os verbos “fazer” e “haver” 40. Questão
quando expressam tempo transcorrido não vão para
o plural, pois são impessoais. (IF/PI - 2014 – FUNRIO) As alternativas abaixo contêm
Alternativa D: INCORRETA. As duas formas verbais se frases extraídas de um jornal de grande circulação.
referem ao tempo transcorrido, mas a questão pedia Em cada uma delas, há pelo menos um desvio gra-
que o candidato avaliasse a estrutura gramatical e matical, exceto numa. Qual?
não o valor semântico dos verbos.
Alternativa E: INCORRETA. As duas orações estão cor- Ⓐ E eles sabem porque a vida não é melhor: o di-
retas, pois os verbos devem ser usados no singular, nheiro público é desperdiçado, os governos de ma-
já que são impessoais. neira geral têm projetos imediatistas de poder.
Ⓑ Isolado e pressionado por líderes do partido,
39. Questão preocupadas com eventuais abalos à imagem do go-
verno, o prefeito combinou com o governador uma
(PETROBRAS - 2014 - CESGRANRIO) A concordância “rendição” conjunta.
verbal NÃO está em consonância com a norma-pa- Além da polêmica que derrubou a proposta de uma
drão em: Constituinte especí昀椀ca, não há consenso também no
Congresso sobre qual o melhor instrumento de con-
Ⓐ A maior parte dos alunos admiram seus profes- sulta popular: plebiscito ou referendo.
sores. Ⓓ Para o jornal francês, os shoppings brasileiros
Ⓑ Fazem anos que a educação brasileira tem bus- deixam claro a tensão social e racial latente que
cado novos métodos. pode fazer o país derrapar a qualquer momento.
Ⓒ Não sou dos que acreditam em uma educação Ⓔ O ganho para compensar o cancelamento do
tradicional. reajuste virá da redução do percentual recolhido,
Ⓓ Foi dona Clotilde quem despertou o desejo dos mas podem haver outros benefícios.
alunos por aprender.
Ⓔ Prezar e amar é fundamental para o processo de Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: MEDIO
ensino-aprendizagem.
Alternativa A: INCORRETA. A gra昀椀a correta seria “por
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: DIFÍCIL que”, já que se trata de uma pergunta indireta (dica:
observe como é possível colocar a palavra “motivo”
Alternativa A: CORRETA.. O verbo “admirar”, nesse depois de “por que”).
contexto, pode 昀椀car no plural, concordando com Alternativa B: INCORRETA. O adjetivo “preocupadas”
“alunos”, ou pode ser usado no singular, concordan- deveria estar no masculino para concordar com “lí-
do com “a maior parte”. deres”.
Alternativa B: INCORRETA. O verbo “fazer” com sen- Alternativa C: CORRETA.. Não há desvio gramatical na
tido de tempo transcorrido deve ser usado no singu- frase.
lar, pois é impessoal. Alternativa D: INCORRETA. O adjetivo “claro” deveria
Alternativa C: CORRETA.. O verbo “acreditar” está no estar no feminino para concordar com “tensão”.
plural para concordar com o pronome “os” (da con- Alternativa E: INCORRETA. O verbo “haver” (e conse-
tração “dos”). quentemente a locução “pode haver”) quando tem
que me faz pensar em quem vai cuidar delas quando quanto”, sem alteração semântica.
eu estiver viajando. Ⓓ No trecho “Melhor, inclusive, ampliar o banheiro
Deve-se estar bem informado também, lendo dois e aproveitar para colocar um equipamento de som,
ou três jornais por dia para comparar as informações. porque (...) você vai passar ali várias horas por dia.”
Ah! E o sexo! Todos os dias, tomando o cuidado (8º§), o termo “inclusive” tem a função de introduzir
de não se cair na rotina. Há que ser criativo, inova- uma reti昀椀cação relacionada à informação anterior-
dor para renovar a sedução. Isso leva tempo – e nem mente apresentada no texto. No contexto, pode ser
estou falando de sexo tântrico. substituído pelo “aliás”, sem mudança semântica.
Também precisa sobrar tempo para varrer, pas-
sar, lavar roupa, pratos e espero que você não tenha Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: MEDIO
um bichinho de estimação. Na minha conta são 29
horas por dia. Alternativa A: INCORRETA. O termo “porque” pode
A única solução que me ocorre é fazer várias ser substituído por “pois”; entretanto, ele introduz
dessas coisas ao mesmo tempo! Por exemplo, tomar não uma ideia de causa, mas uma explicação para a
banho frio com a boca aberta, assim você toma água a昀椀rmação feita na oração anterior. Dizer que as ami-
e escova os dentes. Chame os amigos junto com os zades são como uma planta justi昀椀ca a advertência
seus pais. Beba o vinho, coma a maçã e a banana de que devemos cuidar delas.
junto com a sua mulher... na sua cama. Alternativa B: CORRETA.. Segundo o texto, depois de
Ainda bem que somos crescidinhos, senão ainda dormir 8h, de trabalhar mais 8h e de passar mais 5h
teria um Danoninho e se sobrarem 5 minutos, uma comendo, nós só teríamos 3 h para as demais ativi-
colherada de leite de magnésio. dades e, então, o autor faz a ressalva: “desde que
Agora tenho que ir. você não pegue trânsito”. Trata-se, portanto de uma
É o meio do dia, e depois da cerveja, do vinho e condição. Se não pegarmos trânsito, poderemos fa-
da maçã, tenho que ir ao banheiro. zer outras atividades nas três horas do dia que nos
E já que vou, levo um jornal... Tchau! Viva a vida restam. Além disso, a locução conjuntiva “desde que”
com bom humor!!! pode ser substituída por “contanto que”. Se 昀椀zermos
VERÍSSIMO, Luís Fernando. Exigências da vida moderna. isso, veremos que não há mudança de sentido.
Disponível em http://pensador.uol.com.br/frase/MzI3NDUz/ Alternativa C: INCORRETA. O conector “mas” esta-
Acesso em: 01/11/2015. Adaptado. belece relação semântica de adversidade. Até esse
ponto a alternativa estaria correta. A conjunção
(PREF.A DE IBIRAÇU - 2015 - CONSULPLA) Consideran- “mas”, entretanto, não pode ser substituído por
do a organização das ideias e as estruturas linguísti- “porquanto”, que signi昀椀ca “porque”, “visto que”. Essa
cas do texto, assinale a alternativa em que a análise substituição alteraria o sentido do texto.
está correta. Alternativa D: INCORRETA. O termo “ inclusive”, no
texto, não introduziu uma reti昀椀cação, uma corre-
Ⓐ No excerto “E você deve cuidar das amizades, ção ao que havia sido dito antes. O cronista a昀椀rma
porque são como uma planta...” (12º§), o “porque” que, além de todos os cuidados bucais, nós deve-
introduz ideia de causa, podendo ser substituído mos também aumentar o banheiro, tornando-o mais
pelo “pois”, sem modi昀椀cação de sentido. confortável. O sentido do termo “inclusive”, nesse
Ⓑ No período “Sobram três, desde que você não contexto, foi de “com inclusão de” ou “também”.
pegue trânsito.” (10º§), a locução conjuntiva “des-
de que” apresenta valor semântico de condição, 45. Questão
podendo ser substituída pelo “contanto que”, sem
prejuízo de sentido. (CRF RO 2015 – FUNCAB) A oração destacada em
Ⓒ No fragmento “Um copo de cerveja, para... não “Hoje, sabemos QUE IDOSOS E DEFICIENTES NÃO EN-
lembro bem para o que, mas faz bem.” (5º§), o co- TRAM EM FILA.” É:
nector “mas” estabelece relação semântica de ad-
versidade e pode ser substituído pelo termo “por-
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: MEDIO Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: MEDIO
Alternativa A: INCORRETA. A oração em destaque não Alternativa A: INCORRETA. O termo anterior a “por
é coordenada, porque depende sintaticamente da isso” é a locução verbal “seja mantida”.
oração principal, já que completa o sentido do ver- Alternativa B: INCORRETA. Depois do termo “por
bo “sabemos”. isso” não há um exemplo.
Alternativa B: CORRETA.. A oração destacada completa Alternativa C: INCORRETA. O termo “por isso” não
o sentido do verbo “sabemos”, funcionando como um relaciona a função da água à quantidade ideal; ele
objeto direto. Chamamos esse tipo de oração de ora- estabelece uma relação de conclusão entre as ideias.
ção subordinada substantiva objetiva direta. Alternativa D: CORRETA.. O termo “por isso” conecta
Alternativa C: INCORRETA. O complemento do verbo ideias, estabelecendo entre elas o sentido de con-
saber não é indireto já que não é necessária prepo- clusão. O autor conclui que as pessoas adultas de-
sição. Logo, a oração não pode ser objetiva indireta. vem beber, pelo menos, dois litros de água, já que
Alternativa D: INCORRETA. Não se trata de uma ora- defende que a água faz bem ao organismo, atuando
ção adverbial. Observe como toda a oração funciona em todas as funções do corpo.
como um substantivo funciona. Por isso, nós a cha- Alternativa E: INCORRETA. A 昀椀nalidade da água não
mamos de oração subordinada substantiva. pode ser beber dois litros, ideia que está depois do
Alternativa E: INCORRETA. Não se trata de uma ora- termo “por isso”. A 昀椀nalidade da água está expressa
ção adverbial, já que ela ocupa o lugar de um objeto no primeiro período.
direto e não se um adjunto adverbial.
47. Questão
46. Questão
Sinto-me um pouco intrusa vasculhando minha
(UNIFAP - 2015 - UNIFAP) Para responder a esta ques- infância. Não quero perturbar aquela menina no seu
tão, é necessário recorrer ao 2º parágrafo do texto o昀椀cio de sonhar. Não a quero sobressaltar quando
que está na seção “Interpretação de Texto” deste ca- se abre para o mundo que tão intensamente adivi-
pítulo. Para que não precise buscar o texto em outra nha, nem interromper sua risada quando acha graça
seção, o parágrafo foi copiado a seguir: de algo que ninguém mais percebeu.
Tento remonta-la aqui num quebra-cabeças que
1. Beba água: A água faz muito bem ao organismo, vai formar um retrato — o meu retrato? Certamente
ela atua em todas as funções do corpo hidratan- faltarão algumas pegas. Mas, falhada e fragmentaria,
do-o e permitindo que a temperatura seja man- esta sou eu, e me reconheço assim em toda a minha
tida. Por isso, é fundamental que adultos bebam incompletude.
pelo menos 2 litros da água por dia para garantir Algumas destas narrações ja publiquei. São meu
um bom funcionamento de seu organismo. rebanho, e posso chama-las de volta quando quiser.
Muitas eu mesma vi e vivi; outras apanhei soltas no
No 2º parágrafo, o conectivo “por isso” foi emprega- ar, pois sempre há quem se exponha a uma criança
do com a 昀椀nalidade de: que 昀椀nge não escutar nem enxergar muita coisa da
sua vida ao res-do-chão.
Ⓐ remeter o leitor à ideia expressa pelo termo an- Aqui onde estou — diante deste computador,
terior. nesta altura e deste ângulo a昀椀nal compreendo que
Ⓑ introduzir uma exempli昀椀cação sobre a ideia an- não são as palavras que produzem o mundo, pois
terior.
este nem ao menos cabe dentro delas. Assim aquela da morte”, de José Saramago, que está copiado na
menina dançando no pátio na chuva não cabia no seção “Signi昀椀cação de vocábulos” deste capítulo.
seu protegido cotidiano: procurava sempre o susto
que viria além. (FACELI 2015 - FUNCAB) “Com o gesto da mão direita
Então en昀椀ava-se atrás dos biombos da imaginação, que já lhe conhecemos fez desaparecer as duzentas
colocava as máscaras e espiava o belo e o intrigante, e noventa e oito cartas, depois, CRUZANDO SOBRE A
que levaria o resto de sua vida tentando descrever. MESA OS MAGROS
Lya Luft, Mar de dentro, p. 13-14 BRAÇOS, deixou descair a cabeça sobre eles”
O segmento destacado mostra formas reduzidas; a
(CIA DAS DOCAS - 2015 - IBFC) Considere o trecho forma reduzida do verbo “cruzar” poderia ser ade-
abaixo para responder à questão: quadamente substituída, mantendo o sentido do
"Não a quero sobressaltar quando se abre para texto, por:
o mundo que tão intensamente adivinha, nem inter-
romper sua risada quando acha graça de algo que Ⓐ mas cruza sobre a mesa os magros braços.
ninguém mais percebeu." (1°§) quando cruzou sobre a mesa os magros braços.
Os dois fragmentos destacados no trecho relacio- Ⓑ caso cruze sobre a mesa os magros braços.
nam-se sintático-semanticamente. Assinale a opção Ⓒ se cruzasse sobre a mesa os magros braços.
que indica, corretamente, o tipo de relação sintática Ⓓ embora cruzasse sobre a mesa os magros braços.
que há entre eles e o valor semântico explicitado.
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: MEDIO
Ⓐ dependencia sintatica; oposição
Ⓑ independencia sintatica; adição DICA DO AUTOR: Para responder a esse tipo de ques-
Ⓒ dependencia sintatica; tempo tão, faça a substituição da oração original pela ora-
Ⓓ independencia sintatica; conclusão ção dada na alternativa e veri昀椀que se o sentido do
texto é alterado ou não.
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: MEDIO Alternativa A: INCORRETA. A oração “cruzando sobre
a mesa os magros braços” não expressa adversidade
Alternativa A: INCORRETA. As orações não depen- em relação à oração “deixou descair a cabeça sobre
dem sintaticamente uma da outra, ou seja, são duas eles”.
orações independentes: “não quero sobressaltar a Alternativa B: CORRETA. Se substituirmos a oração
criança” e “não quero interromper sua risada”. Além “cruzando sobre a mesa os magros braços” por
disso, não há oposição entre elas. “quando cruzou sobre a mesa os magros braços, ve-
Alternativa B: CORRETA.. As orações em destaque remos que o sentido do período original se mantém,
são independentes sintaticamente, são duas ora- ou seja, as orações “cruzando sobre a mesa os ma-
ções coordenadas. Como são duas negações, a rela- gros braços” e “deixou descair a cabeça sobre eles”
ção que se estabelece entre elas é de adição. estabelecem uma relação de tempo entre si.
Alternativa C: INCORRETA. São duas orações inde- Alternativa C: INCORRETA. A oração “cruzando sobre
pendentes e entre elas não se estabelece ideia de a mesa os magros braços” não indica uma condição
tempo. para a ideia expressa na oração “deixou descair a
Alternativa D: INCORRETA. São duas orações sintati- cabeça sobre eles”.
camente independentes, mas a segunda oração não Alternativa D: INCORRETA. A oração “cruzando sobre
é uma conclusão do que está expresso na primeira. a mesa os magros braços” não indica uma condição
para a ideia expressa na oração “deixou descair a
48. Questão cabeça sobre eles”.
Alternativa E: INCORRETA. A oração “cruzando sobre
O período a ser analisado nesta questão per- a mesa os magros braços” não expressa uma conces-
tence ao fragmento do romance “As intermitências são, logo não poderia ser iniciada por “embora”.
ter visto a serpente não é causa nem explicação para Alternativa E: INCORRETA. O uso de “embora” e de
que pescadores morram afogados. “cujos” não apenas altera o sentido original do texto,
como também cria um período incoerente.
51. Questão
52. Questão
O enunciado desta questão faz referência a li-
nhas de um texto que não foi copiado aqui porque O parágrafo que está copiado a seguir pertence
sua leitura não é necessária à resolução. ao texto “As verdades da razão” que está inteiro na
seção “Regência verbal, regência nominal e crase”
(PETROBRAS 2014 - CESGRANRIO) O período “Ter- deste capítulo. Para responder à questão, é neces-
minada a aula, os meninos faziam 昀椀la junto à dona sária apenas a consulta ao parágrafo.
Clotilde, pedindo para carregar sua pasta.” (58-59)
pode ser reescrito, mantendo-se o sentido original [...] A razão não está situada como um árbitro
e respeitando-se os aspectos de coesão e coerência, semidivino acima de nós para resolver nossas dis-
da seguinte forma: putas; ela funciona dentro de nós e entre nós. Não
só temos que ser capazes de exercer a razão em nos-
Ⓐ Quando terminava a aula, os meninos faziam 昀椀la sas argumentações como também – e isso é muito
junto à dona Clotilde e pediam para carregar sua importante e, talvez, mais difícil ainda – devemos
pasta. desenvolver a capacidade de ser convencidos pe-
Ⓑ Porque terminava a aula, os meninos faziam 昀椀la las melhores razões, venham de quem vierem. [...] A
junto à dona Clotilde, além de pedir para carregar partir da perspectiva racionalista, a verdade busca-
sua pasta. da é sempre resultado, não ponto de partida: e essa
Ⓒ Ao terminar a aula, os meninos faziam 昀椀la junto busca incluía conversação entre iguais, a polêmica,
à dona Clotilde, apesar de pedirem para carregar sua o debate, a controvérsia. Não como a昀椀rmação da
pasta. própria subjetividade, mas como caminho para al-
Ⓓ Terminando a aula, os meninos faziam 昀椀la junto cançar uma verdade objetiva através das múltiplas
à dona Clotilde, que pedia para carregar sua pasta. subjetividades.
Fernando Savater. “As verdades da razão”. In: As perguntas
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: FÁCIL da vida. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
Alternativa A: CORRETA.. A oração “terminada a aula” (MAPA - 2014 - CONSULPLAN) Os termos destacados
expressa tempo em relação à oração principal. A em “Não como a昀椀rmação da própria subjetividade,
oração “pedindo para carregar sua pasta”, por sua mas como caminho para alcançar uma verdade ob-
vez, pode ser substituída por “e pediam para car- jetiva através das múltiplas subjetividades.” (3º§)
regar sua pasta”, pois as orações expressam duas indicam, respectivamente, uma relação de:
ações dos alunos que se somam: eles faziam 昀椀la e Ⓐ ressalva e explicação.
pediam para carregar a pasta da professora. Ⓑ oposição e explicação.
Alternativa B: INCORRETA. Segundo o texto original, Ⓒ oposição e 昀椀nalidade.
os alunos não faziam porque a aula tinha terminado. Ⓓ explicação e 昀椀nalidade.
A mudança alterou o sentido do período.
Alternativa C: INCORRETA. A oração “ao terminar a Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: FÁCIL
aula” expressa tempo, então estaria correta. O pro-
blema o uso de “apesar de” para a última oração. Alternativa A: INCORRETA. A conjunção “mas” não co-
Alternativa D: INCORRETA. Quem pedia para carregar necta as orações estabelecendo apenas uma ressal-
a pasta eram os meninos e não dona Clotilde. va, ou seja, fazendo uma correção e o termo “para”
estabelece entre os termos uma relação de 昀椀nalida- esperava que acontecesse, não acontece. A oração
de e não de explicação. em destaque não expressa concessão.
Alternativa B: CORRETA. A conjunção “mas” é adver-
sativa, ela opõe duas ideias. O vocábulo “para” esta- ORTOGRAFIA
belece relação de 昀椀nalidade – alcançar uma verdade
objetiva é um objetivo, um 昀椀m. 54. Questão
Alternativa C: INCORRETA. A conjunção “mas” opõe
duas ideias, porém o termo “para” não estabelece (JUCEC - 2015 - CETREDE) A alternativa cujas palavras
relação de explicação. Alcançar uma verdade não é se escrevem, respectivamente, com “ç” e “s” (como
explicação para o caminho do debate de ideias; é em “invenção” e ascensão”) é:
uma 昀椀nalidade desse caminho.
Alternativa D: INCORRETA. A conjunção “mas” é ad- Ⓐ diver__ão – compreen__ão.
versativa; não poderia estabelecer relação de expli- Ⓑ expan__ão – preten__ão.
cação. Ⓒ execu__ão – preten__ão.
Ⓓ infra__ão – execu__ão.
53. Questão Ⓔ preten__ão – conver__ão.
Alternativa B: INCORRETA. “Pestilência” é acentua- Ⓐ “metrô” (linha 1) é acentuado por ser um monos-
da porque é uma paroxítona terminada em ditongo; sílabo tônico terminado em vogal.
“habitará” é acentuada, pois é uma oxítona termina- Ⓑ “Alguém” (linha 3) ilustra um caso especial da
da em “a”; e “vívida” é acentuada, pois é uma pro- língua portuguesa: quando empregado no plural,
paroxítona. deixa de ser acentuado.
Alternativa C: INCORRETA. “Bagdá” é acentuada, pois Ⓒ “crítica” (linha 6) e “Só” (linha 1) são acentuados
é uma oxítona terminada em “a”; “Islândia” é acen- por serem, respectivamente, proparoxítono e mo-
tuada, pois é uma paroxítona terminada em ditongo; nossílabo tônico terminado em “o”.
e “óculos” é acentuada, pois é uma proparoxítona. Ⓓ os autores deveriam ter empregado Mais no lu-
Alternativa D: INCORRETA. “Sustentável” é acentua- gar de “Mas” (linha 9).
da, pois é uma paroxítona terminada em “l”; “políti- Ⓔ “mal” (linha 18) está grafado incorretamente, já
cas” é acentuada, pois é uma proparoxítona; e “ozô- que a forma correta seria mau.
nio” é acentuada, pois é uma paroxítona terminada
em ditongo. Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: MEDIO
Alternativa E: INCORRETA. “Rússia” é acentuada, pois
é uma paroxítona terminada em ditongo; “lâmpadas” Alternativa A: INCORRETA. A palavra “metrô” é acen-
é acentuada, pois é uma proparoxítona; e “Canadá” é tuada, pois é uma oxítona terminada em “o”.
acentuada, pois é um oxítona terminada em “a”. Alternativa B: INCORRETA. “Alguém” é acentuada,
pois é uma oxítona terminada em “em” (ninguém,
56. Questão também, porém...).
Alternativa C: CORRETA.. A palavra “crítica” é acen-
Nada tanto assim tuada, pois é uma proparoxítona e “só” é acentuada,
pois é um monossílabo tônico terminado em “o”.
1 Só tenho tempo pras manchetes no metrô Alternativa D: INCORRETA. O termo “mais” é usado
E o que acontece na novela Alguém me conta no cor- para indicar soma, adição e o termo “mas” é usado
redor para expressar adversidade, oposição; logo, os auto-
4 Escolho os 昀椀lmes que eu não vejo no elevador res usaram a forma adequada para expressar o que
Pelas estrelas que eu encontro desejavam.
6 Na crítica do leitor Alternativa E: INCORRETA. “Mal”, na linha 18, é advér-
7 Eu tenho pressa bio (é o oposto de “bem”), logo está grafado corre-
E tanta coisa me interessa Mas nada tanto assim tamente. A gra昀椀a “mau” estaria correta se a palavra
10 Eu tenho pressa fosse um adjetivo (e se fosse o contrário de “bom”).
E tanta coisa me interessa
12 Mas nada tanto assim 57. Questão
13 Só me concentro em apostilas
Coisa tão normal Leio os roteiros de viagem (Gás Brasiliano - IESES - 2013) Assim como a pala-
15 Enquanto rola o comercial vra “sola", citada no texto, há outros casos de pa-
Conheço quase o mundo inteiro por cartão postal lavras homônimas em língua portuguesa. Assinale a
18 Eu sei de quase tudo um pouco e quase tudo mal. alternativa que completa corretamente o período a
Leoni & Bruno Fortunato. Kid Abelha e os Abóboras Selva- seguir:
gens. LP Seu Espião. Warner Music, 1984 Daqui _____ pouco, será aberta a ________ da câma-
ra, o que gera alguma ________.
(METRÔ/DF - 2014 - IADES) Acerca da acentuação e
da ortogra昀椀a dos vocábulos utilizados no texto, é Ⓐ há – cessão – tenção.
correto a昀椀rmar que: Ⓑ há – seção – tensão.
Ⓒ à – seção – tenção.
Ⓓ a – sessão – tensão.
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: DIFÍCIL indiretas. Podemos veri昀椀car isso colocando depois
dos termos “por que” a palavra “motivo”.
Alternativa A: INCORRETA. O verbo “haver” é usado Alternativa B: CORRETA.. O vocábulo “porque”, ape-
para a ideia de tempo transcorrido e não de tem- sar de ter sido usado no início da frase, signi昀椀ca
po futuro. O substantivo “cessão” signi昀椀ca “o ato de “pois”.
ceder” e esse sentido é inadequado ao contexto. O Alternativa C: CORRETA.. Grafamos “porquê” quando
substantivo “tenção” signi昀椀ca “ intenção, plano” e o termo é um substantivo (e signi昀椀ca “o motivo”).
esse sentido é inadequado ao contexto. Observe como ele está acompanhado do artigo “o”.
Alternativa B: INCORRETA. O verbo “haver” é usado Alternativa D: CORRETA.. A primeira ocorrência (por
para a ideia de tempo transcorrido e não de tempo que) corresponde a “pelo qual” e a segunda corres-
futuro e o substantivo “seção” signi昀椀ca “um segmen- ponde a “pois”.
to, uma parte de um todo”, sentido inadequado ao
contexto. PONTUAÇÃO
Alternativa C: INCORRETA. O uso da crase em “daqui
a pouco” está inadequado, pois usamos crase antes 59. Questão
de substantivos femininos. O substantivo “seção”
signi昀椀ca “um segmento, uma parte de um todo” e O texto de onde o período a ser analisado foi re-
esse sentido é inadequado ao contexto. O substanti- tirado está na seção “Relações semânticas e período
vo “tenção” signi昀椀ca “ intenção, plano” e esse senti- composto” deste capítulo.
do é inadequado ao contexto.
Alternativa D: CORRETA. A expressão “daqui a pou- (UFMG - 2015 - UFMG) Leia este trecho:
co” é grafada com “a” (preposição); está, portanto, Ficam mais “alegres”, sentem-se poderosos, sem
correta. O substantivo “sessão” signi昀椀ca “um espaço limites, porém se esquecem de metade das coisas
de tempo que dura uma reunião” e esse sentido é que ocorreram na noite anterior.
adequado ao contexto. O substantivo “tensão”, es- Em relação ao emprego de sinais de pontuação, es-
crito com “s”, signi昀椀ca “qualidade ou estado do que tão corretas as a昀椀rmativas, exceto:
é tenso” e esse sentido é adequado ao contexto.
Ⓐ o uso das aspas em “alegres” realça esse termo,
58. Questão sinalizando que, no contexto, seu sentido é digno de
destaque.
(Gás Brasiliano - IESES - 2013) Quanto ao sentido que Ⓑ o emprego de vírgula no fragmento “Ficam mais
queremos dar ao que dizemos/escrevemos, precisa- “alegres”, sentem-se poderosos” separa duas ora-
mos empregar adequadamente os porquês. Pensan- ções coordenadas.
do nisso, assinale a única alternativa incorreta: Ⓒ o emprego de vírgula em “, porém” separa essa
Ⓐ A direção a questionou porque ela não soube palavra de natureza corretiva, explicativa, em um
dizer porque não pôde comparecer. período composto.
Ⓑ Porque vale a pena investir no Brasil, continua- Ⓓ o uso de vírgula no fragmento “sentem-se po-
mos nossa luta. derosos, sem limites” separa termos de uma mesma
Ⓒ O porquê do cancelamento foi questionado por função sintática.
muitos, porque não havia clareza nas informações.
Ⓓ Ensinei-lhe o caminho por que vim, porque que-
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: DIFÍCIL
ria que ele também conhecesse a paisagem.
DICA DO AUTOR: Essa questão foi considerada difícil
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: MEDIO porque exige o conhecimento de algumas regras de
uso da vírgula: as vírgulas separam orações coorde-
Alternativa A: INCORRETA. Nas duas ocorrências, nadas assindéticas, orações coordenadas sindéticas
o termo deveria ter sido grafado separado e sem e termos de mesma função sintática. Além disso,
acento (“por que”), já que se trata de duas perguntas exige o conhecimento de funções sintáticas e o re-
mas não está explícito na oração. O termo “na visão que”) fosse usada em vez dos dois pontos, o sentido
de Lovelock” não tem um verbo elíptico. da frase se perderia.
Alternativa C: INCORRETA. Vocativo é o termo usado
para que nos dirijamos a alguém, como, por exem- 63. Questão
plo, em “Maria, seu quarto está uma bagunça!”.
Alternativa D: CORRETA.. O termo “na visão de Lo- O parágrafo que está copiado a seguir pertence
velock” é um adjunto adverbial. Dizemos que está ao texto “As verdades da razão” que está inteiro na
deslocado, porque o lugar original do adjunto ad- seção “Regência verbal, regência nominal e crase”
verbial seria o 昀椀nal da oração. Quando estão deslo- deste capítulo. Para responder à questão, é neces-
cados, os adjuntos adverbiais devem ser separados sária apenas a consulta ao parágrafo.
por vírgula.
Alternativa E: INCORRETA. Não se trata de uma ora- [...] A razão não está situada como um árbitro
ção, já que não há verbo. semidivino acima de nós para resolver nossas dis-
putas; ela funciona dentro de nós e entre nós. Não
62. Questão só temos que ser capazes de exercer a razão em nos-
sas argumentações como também – e isso é muito
(UFMT - 2014 - UFMT) Leia o trecho abaixo de Clarice importante e, talvez, mais difícil ainda – devemos
Lispector. desenvolver a capacidade de ser convencidos pe-
Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilha- las melhores razões, venham de quem vierem. [...] A
ções a que me submetia: continuava a implorar-lhe partir da perspectiva racionalista, a verdade busca-
emprestados os livros que ela não lia. da é sempre resultado, não ponto de partida: e essa
Sobre os sinais de pontuação empregados no texto, busca incluía conversação entre iguais, a polêmica,
assinale a a昀椀rmativa correta. o debate, a controvérsia. Não como a昀椀rmação da
própria subjetividade, mas como caminho para al-
Ⓐ Se a vírgula fosse colocada após notava, 昀椀caria cançar uma verdade objetiva através das múltiplas
também correta: Na minha ânsia de ler eu nem no- subjetividades.
tava, as humilhações a que me submetia: continuava Fernando Savater. “As verdades da razão”. In: As perguntas
a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia. da vida. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
Ⓑ A vírgula separa uma expressão adverbial no
início da frase, fora da ordem canônica da língua (MAPA 2014 - CONSULPLAN) Considerando as várias
portuguesa. funções da vírgula e sua importância, identi昀椀que o
Ⓒ Os dois pontos foram empregados para antece- motivo pelo qual as vírgulas foram empregadas em
der a fala da personagem do texto. “[...] e essa busca incluía conversação entre iguais, a
Ⓓ Os dois pontos poderiam ser substituídos por uma polêmica, o debate, a controvérsia.” (3º§).
conjunção com valor semântico de consequência.
Ⓐ Separar uma enumeração.
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: MEDIO Ⓑ Separar uma aposição explicativa.
Ⓒ Separar expressões reti昀椀cativas.
Alternativa A: INCORRETA. A vírgula após “notava” Ⓓ Separar termos que serão retomados por pro-
昀椀caria incorreta, pois separaria o verbo de seu com- nome.
plemento. O termo “as humilhações” é objeto direto
do verbo “notava”. Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: FÁCIL
Alternativa B: CORRETA.. O adjunto adverbial des-
locado (no caso, “na minha ânsia de ler”) deve ser Alternativa A: CORRETA.. “A conversação entre iguais,
separado do resto da oração por vírgula. a polêmica, o debate, a controvérsia” é uma enume-
Alternativa C: INCORRETA. Depois dos dois pontos, ração de meios por intermédio dos quais a verdade
não há fala de personagem. seria buscada.
Alternativa D: INCORRETA. Se uma conjunção com
valor semântico de consequência (como “de modo
Alternativa B: INCORRETA. Reti昀椀car signi昀椀ca corrigir. para ter suas virtudes em primeiro plano. Sempre
Os termos “a conversação entre iguais”, “a polêmi- há um problema que desmerece ou desabona até o
ca”, “o debate”, “a controvérsia”, no contexto em que melhor dos melhores.
estão, não têm função de fazer correção. HERMANN, Rosana. Blônicas, 24 maio 2006. Disponível em:
Alternativa C: INCORRETA. O aposto explicativo é <http://blonicas.zip.net.> Acesso em: 07 fevereiro 2014.
um termo que explica ou esclarece outro termo da Adaptado
oração. Os termos separados por vírgulas não estão
funcionando como explicações. (SOPH - 2014 - FUNCAB) Em “A terceira e última lei
Alternativa D: INCORRETA. Os termos não são re- do internauta brasileiro médio é a lei da virtude e
tomados por pronome no texto. Para veri昀椀car isso, compensação: ‘a cada virtude corresponde um de-
basta ler o período posterior. feito contrário de igual intensidade e no sentido de
derrubar a pessoa’.” (§ 5), os dois-pontos foram usa-
64. Questão dos para indicar:
O fragmento a ser analisado nesta questão per- Ⓐ uma enumeração de fatos antecipados pelo nar-
tence ao texto “As leis do internauta médio” que está rador.
na seção “Referenciação” deste capítulo. Copiamos Ⓑ a voz do protagonista, na progressão narrativa.
abaixo apenas um trecho do 5º parágrafo, no qual o Ⓒ um desvio proposto pelo discurso.
fragmento a ser analisado está. Apenas este trecho é Ⓓ detalhamento de algo dito anteriormente.
su昀椀ciente para que a questão seja resolvida. Ⓔ uma pausa na progressão discursiva.
do?”, de Roberto Da Matta, que está na seção “Inter- (FACELI - 2015 - FUNCAB) Considerando o contexto
pretação de Texto” deste capítulo. em que se produziu a colocação do pronome oblí-
quo destacado “aproveite o melhor que puder o
(CRF/RO - 2015 - FUNCAB) Assinale a alternativa em tempo que LHE resta”, pode-se a昀椀rmar, corretamen-
que, obedecendo-se, à colocação adequada, subs- te, que foi assim realizada porque:
tituiu-se corretamente por um pronome oblíquo, o
termo destacado em “Não nos parece uma tarefa fá- Ⓐ a gramática normativa recomenda o uso da pró-
cil conciliar DESEJOS”. clise na presença de atratores, como é o caso do
substantivo tempo, que atrai o pronome oblíquo.
Ⓐ Não nos parece uma tarefa fácil conciliá-los. Ⓑ o pronome deve ser colocado antes do verbo,
Ⓑ Não nos parece uma tarefa fácil conciliar-lhes. quando iniciam orações subordinadas adjetivas.
Ⓒ Não nos parece uma tarefa fácil a conciliar. Ⓒ o verbo, em orações subordinadas, impõe o uso
Ⓓ Não nos parece uma tarefa fácil conciliar-los. da próclise.
Ⓔ Não nos parece uma tarefa fácil lhes conciliar. Ⓓ quando há no período elementos com ideia
comparativa, deve-se usar a ênclise.
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: FÁCIL Ⓔ a gramática normativa impõe o uso da próclise
na presença de atratores dos pronomes pessoais
Alternativa A: CORRETA. O pronome oblíquo a ser oblíquos, como é o caso do pronome relativo.
usado deve ser o pronome “os” porque o termo “de-
sejos” é um objeto direto. O pronome “lhes” apenas Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: MEDIO
seria adequado se se tratasse de um objeto indireto
(e o termo “desejos” pudesse ser substituído por “a Alternativa A: INCORRETA. A próclise é recomendada
eles”). A forma “los” aconteceu por questões fônicas na presença de atratores, mas o substantivo não é
─ o pronome “os” está acompanhando um verbo um dos atratores do pronome oblíquo.
terminado em “r”. Por 昀椀m, a colocação enclítica é Alternativa B: INCORRETA. Não há essa regra para
adequada porque não há motivo para a próclise, ou uso da próclise.
seja, não há termo que atraia o pronome para antes Alternativa C: INCORRETA. O verbo não impõe co-
do verbo. locações pronominais. É a palavra que antecede o
Alternativa B: INCORRETA. O pronome “lhes” apenas verbo que pode atrair o pronome para antes dele.
poderia ser usado se o termo a ser substituído fosse Alternativa D: INCORRETA. O “lhe” está em posição
um objeto indireto. A forma “lhes” corresponde a “a proclítica. Não houve ênclise.
eles”. Alternativa E: CORRETA.. Os pronomes oblíquos são
Alternativa C: INCORRETA. Esta alternativa nem tem atraídos para a posição proclítica por algumas pa-
o uso de um pronome oblíquo. lavras, entre elas os pronomes relativos. O termo
Alternativa D: INCORRETA. Quando usamos a forma “que” é um pronome relativo porque inicia uma ora-
“los”, precisamos retirar o “r” do verbo. ção adjetiva. Para ter certeza de que se trata de um
Alternativa E: INCORRETA. Além de o pronome “lhes” pronome relativo, observe como ele retoma o termo
ser inadequado para substituir “desejos”, a prócli- antecedente (tempo) e como ele pode ser substituí-
se seria também inadequada porque não há motivo do por “o qual”.
para que ela aconteça.
67. Questão
66. Questão
O enunciado desta questão faz referência a um
O período a ser analisado nesta questão per- texto que não copiamos aqui, porque a leitura do
tence ao fragmento do romance “As intermitências texto não é necessária à resolução da questão.
da morte”, de José Saramago, que está copiado na
seção “Signi昀椀cação de vocábulos” deste capítulo. (PETROBRAS - 2014 - CESGRANRIO) No trecho “luga-
res onde se tocava música africana.” (. 31-32), a co-
locação do pronome em destaque se justi昀椀ca pela que a substituição por “Me sigam até a verdade” im-
mesma regra que determina sua colocação em: plicaria:
Ⓐ O aluno se sentiu inebriado ao ver o seio da pro- Ⓐ uma aproximação maior com o público leitor
fessora. através do uso de uma linguagem atual.
Ⓑ Os professores que se envolvem com o ensino Ⓑ inadequação linguística, incorrendo em incom-
devem ser respeitados. preensão da mensagem a ser transmitida.
Ⓒ Recorrer-se ao amor é uma estratégia para ga- Ⓒ desacordo do uso quanto à colocação do prono-
rantir a aprendizagem. me oblíquo de acordo com a norma padrão.
Ⓓ Muitos educadores lembram-se sempre de sua Ⓓ uma manifestação de caráter popular em que há
missão em sala de aula. preocupação com o uso da norma padrão da língua.
Ⓔ O pianista se deve entregar de corpo e alma a
sua arte. Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: FÁCIL
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: DIFÍCIL Alternativa A: INCORRETA. O uso do pronome antes
do verbo não é sinal de atualidade da linguagem.
DICA DO AUTOR: No trecho “lugares onde se tocava Alternativa B: INCORRETA. Se o pronome oblíquo
música africana”, o pronome “se” foi atraído para a fosse colocado em posição proclítica a mensagem
posição proclítica (ou seja, para antes do verbo) pelo seria compreendida do mesmo modo.
pronome relativo. “Onde” é pronome relativo, pois Alternativa C: CORRETA.. De acordo com uma das re-
substitui o antecedente “lugares” (a oração é “toca- gras de colocação pronominal prescritas pelos gra-
va-se música africana nos lugares”). máticos normativos, o pronome oblíquo não deve
Alternativa A: INCORRETA. O pronome “se” foi colo- ser usado antes do verbo em início de frase.
cado antes do verbo, mas, de acordo com as regras Alternativa D: INCORRETA. Apenas a mudança na co-
prescritas pelos normativistas, deveria estar em po- locação do pronome não faria a manifestação ter ca-
sição enclítica, já que substantivos não são atratores ráter popular. Além disso, se o pronome fosse usado
de pronomes. em posição proclítica, a norma padrão da língua não
Alternativa B: CORRETA.. “Que”, nesse contexto, é um estaria sendo usada.
pronome relativo e isso justi昀椀ca o uso da próclise. 69. Questão
Essa é a mesma regra para uso da próclise do trecho
destacado pelo enunciado da questão. O enunciado da questão faz referência a um tex-
Alternativa C: INCORRETA. O pronome está em posi- to que não foi copiado aqui, porque, para resolver a
ção enclítica, pois, de acordo com os gramáticos nor- questão, não é necessário consultá-lo.
mativos, não se inicia frase com pronome oblíquo.
Alternativa D: INCORRETA. O pronome está em po- (SEDAM/RO - 2014 - FUNCAB) “E eu sacudo AS MÃOS
sição enclítica, pois, de acordo com os gramáticos molhadas de tempo [...]” (§6)
normativos, substantivos não são justi昀椀cativa para Substituindo corretamente os elementos destaca-
a próclise. dos no fragmento por um pronome em posição pro-
Alternativa E: INCORRETA. O pronome deveria estar clítica, como seria reescrita a oração?
em posição enclítica, pois, de acordo com os gramá-
ticos normativos, substantivos não são justi昀椀cativa Ⓐ E eu sacudo-las molhadas de tempo.
para a próclise. Ⓑ E eu sacudo-lhes molhadas de tempo.
Ⓒ E eu as sacudo molhadas de tempo.
68. Questão Ⓓ E eu sacudo-nas molhadas de tempo.
Ⓔ E eu lhes sacudo molhadas de tempo.
(MAPA - 2014 - CONSULPLAN) Quanto à linguagem
utilizada na mensagem expressa nos cartazes leva- Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: MEDIO
dos pelos personagens da charge, é correto a昀椀rmar
Ⓒ é um elemento remissivo que faz referência ana- (UFMT - 2014 - UFMT) Sobre elementos coesivos no
fórica a ideias já introduzidas no texto. texto, analise as a昀椀rmativas.
Ⓓ consiste na repetição da mesma palavra na pro-
gressão narrativa. I. Na linha 2, disso refere-se à ideia de que Cuiabá
Ⓔ Antecipa a ideia a ser apresentada posterior- tem a vida mais cara do país.
mente. II. Na linha 4, os pronomes lo, nas duas ocorrências,
e o retomam o sentido do mesmo referente: jaú.
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: FÁCIL III. Na linha 6, Outros e muitos recuperam o senti-
do da palavra cambionegrista. IV - Na linha 5, o
Alternativa A: INCORRETA. O pronome “isso” não pronome lhe refere-se aos bens dos deputados.
está se referindo a algo fora do texto; está se refe-
rindo a uma informação anterior. Estão corretas as a昀椀rmativas:
Alternativa B: INCORRETA. A alternativa B está re-
petindo a a昀椀rmação da alternativa A. Os elemen- Ⓐ II, III e IV, apenas.
tos contextuais estão fora do texto, mas o pronome Ⓑ I, II e IV, apenas.
“ isso” retoma algo do próprio texto. Ⓒ I e III, apenas.
Alternativa C: CORRETA.. Fazer uma “referência ana- Ⓓ I, II, III e IV.
fórica” é fazer uma referência a algo que está antes
no texto. O pronome “ isso” retoma a ideia de que a Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: MEDIO
morte conhece tudo a respeito das pessoas.
Alternativa D: INCORRETA. A palavra “ isso” não está Assertiva I: CORRETA. O termo “disso” retoma a ideia
repetindo a mesma palavra. do primeiro período de que Cuiabá sempre foi a ter-
Alternativa E: INCORRETA. O pronome “isso” não ra de vida mais cara do Brasil.
anuncia algo que vem depois; ele recupera algo que Assertiva I: INCORRETA. O pronome “lo” retoma o
foi dito antes. termo “jaú” (fez o jaú em postas e veio vender o jaú
pelas lavras), mas o pronome “o” recupera a ideia de
72. Questão que Joaquim Pinto foi vender o jaú nas lavras pelo
dobro do preço.
A carestia em Cuiabá Assertiva III: CORRETA. Os pronomes “outros” e “mui-
tos” referem-se ao termo “cambionegrista” (outros
Cuiabá sempre foi a terra de vida mais cara do cambionegristas vieram depois e hoje existem mui-
BRASIL. Quem ler “Os Anais do Senado da Câmara tos cambionegristas).
de Cuiabá” certi昀椀ca disso. Barbosa de Sá não fez se- Assertiva IV: CORRETA. O pronome “lhe” substitui o
gredo. Pintou as coisas com cores realistas. Conta o termo “dos deputados”.
nosso primeiro cronista que, no ano de 1723, um tal Resposta: Ⓒ
Joaquim Pinto comprou um jaú no Porto Geral por
uma quarta de ouro, fê-lo em postas e veio vendê-lo 73. Questão
pelas lavras, em que dobrou a parada. Sabendo-o,
os deputados con昀椀scaram-lhe os bens para pagar O parágrafo que está copiado a seguir pertence
o quinto a El-Rei do negócio que havia feito. Esse ao texto “As verdades da razão” que está inteiro na
Joaquim Pinto foi o primeiro cambionegrista que seção “Regência verbal, regência nominal e crase”
aparece na nossa história. Outros vieram depois e deste capítulo. Para responder à questão, é neces-
hoje existem muitos. sária apenas a consulta ao parágrafo.
[...] A razão não está situada como um árbitro Alternativa D: CORRETA.. Nesse contexto, o pronome
semidivino acima de nós para resolver nossas dis- “ isso” está se referindo a algo que está depois dele.
putas; ela funciona dentro de nós e entre nós. Não O que é mais importante e mais difícil do que “exer-
só temos que ser capazes de exercer a razão em nos- cer a razão em nossas argumentações” é “desenvol-
sas argumentações como também – e isso é muito ver a capacidade de ser convencidos pelas melhores
importante e, talvez, mais difícil ainda – devemos razões”.
desenvolver a capacidade de ser convencidos pe-
las melhores razões, venham de quem vierem. [...] A 74. Questão
partir da perspectiva racionalista, a verdade busca-
da é sempre resultado, não ponto de partida: e essa As leis do internauta médio
busca incluía conversação entre iguais, a polêmica,
o debate, a controvérsia. Não como a昀椀rmação da Sinto-me à vontade para falar desta criatura
própria subjetividade, mas como caminho para al- nascida da estatística, o brasileiro médio conectado
cançar uma verdade objetiva através das múltiplas à rede, porque ele só existe no mundo virtual da ma-
subjetividades. temática. Portanto, não ofende ninguém. Sim, por-
Fernando Savater. “As verdades da razão”. In: As perguntas que, o brasileiro médio, dentro ou fora da rede, pra
da vida. São Paulo: Martins Fontes, 2001. começar, ofende todo mundo mas não aceita críticas
e não leva desaforos pra sua homepage.
Ao longo de mais de uma década de comunica-
(MAPA - 2014 - CONSULPLAN) A partir de mecanis- ção online tenho observado atentamente o com-
mos linguísticos que permitem uma sequência lógi- portamento deste internauta médio e, mesmo sem
co-semântica entre as partes do texto, identi昀椀que a competência analítica e sem dados de pesquisa te-
referenciação corretamente estabelecida quanto ao nho, senão conclusões, uma coleção de sentimentos
destacado em “– e isso é muito importante e, talvez, sobre os milhões de pessoas com quem já me rela-
mais difícil ainda –” (3º§). cionei, direta ou indiretamente. E uma coisa posso
a昀椀rmar: o internauta médio não é burro, mas é mui-
Ⓐ A capacidade de exercer a razão em nossas ar- to impulsivo, agressivo, crítico, reativo e sobretudo
gumentações. pessimista.
Ⓑ O exemplo dado de comparação entre razão e A primeira lei do internauta médio é a lei da não
árbitro semidivino. inércia: nada 昀椀ca como está, pois tudo o que existe
Ⓒ A consciência de que a razão não está situada de bom ou ruim, sempre tende a piorar. Vejo a apli-
como um árbitro semidivino. cação desta lei diariamente nos comentários do meu
Ⓓ O desenvolvimento da capacidade de sermos blog. São frases como ‘esse blog já foi melhor’, ‘anti-
convencidos pelas melhores razões. gamente você postava mais’, ‘você já era’, ‘ isso aqui
já teve melhores dias’. Mas isso é pinto comparado
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: MEDIO à demonstração de força da primeira lei durante os
ataques do PCC. Todo mundo que soube de um fato
Alternativa A: INCORRETA. O pronome “isso” é o su- em sua cidade, disse que foi no seu bairro. Se foi
jeito da oração que está entre travessões. A oração no bairro, na hora de contar, as pessoas transferiam
entre travessões está intercalada à oração “como os tiros para sua rua. E se foi de fato nas imedia-
também devemos desenvolver a capacidade”; está, ções de sua rua, no relato virou ‘praticamente em
portanto, referindo-se a essa oração. frente à minha casa, escola, trabalho’. Todo mundo
Alternativa B: INCORRETA. O pronome “isso” não tem fez questão de exagerar e dramatizar todos os fatos.
nenhum relação com o primeiro período do parágra- Sem contar a onda de boatos, sempre no sentido de
fo. piorar o que já era péssimo. Virou quase uma febre,
Alternativa C: INCORRETA. O pronome “ isso” não tem uma mania.
nenhum relação com o primeiro período do parágra- A segunda lei é o princípio fundamental da di-
fo. nâmica do julgamento dos outros. A resultante de
tudo que age sobre uma pessoa é igual ao produto
de suas medidas (como estatura, idade, massa) pe- também a mim, pois embora a cronista seja expe-
los seus bens materiais. Mesmo sendo solidário com riente é muito exagerada; e apesar de alguns poucos
o coitadinho, mesmo tendo compaixão pelos que bens não tem uma linda imagem; e, principalmente,
sofrem, o internauta brasileiro médio gosta mesmo porque nenhuma crônica escrita é tão boa que não
é de poder, fama e ostentação. É isso que ele quer, é possa ser piorada na edição.
isso que o atrai, para o bem ou para o mal e por isso HERMANN, Rosana. Blônicas, 24 maio 2006. Disponível em:
ele exige que todos os seus ídolos, aqueles a quem <http://blonicas.zip.net.> Acesso em: 07 fevereiro 2014.
ele adora odiar, mantenham essas características Adaptado
em dia, para que ele possa invejá-los e tentar des-
truí-los no conforto de sua casa. Brasileiro não gosta (SOPH - 2014 - FUNCAB) Produz-se evidente equívoco
de chutar cachorro morto, gosta de chutar cachor- de leitura, quando se a昀椀rma que o pronome em des-
ro feio. Feio e pobre. Só passam pelos critérios de taque se refere à passagem do texto indicada em:
julgamento os que têm corpos perfeitos e fortunas
visíveis, obtidos por qualquer meio lícito ou ilícito. Ⓐ “QUE age sobre uma pessoa” (§ 4) / produto de
A terceira e última lei do internauta brasileiro suas medidas
médio é a lei da virtude e compensação: ‘a cada vir- Ⓑ ...Fama e ostentação"
tude corresponde um defeito contrário de igual in- Ⓒ "para que ele possa invejá-LOS..."
tensidade e no sentido de derrubar a pessoa’. Basta Ⓓ "e por isso ELE exige..."
perceber um ponto positivo de um ser humano para Ⓔ "para falar DESTA..."
que a terceira lei entre em ação dizendo que ‘em
compensação ela tem um defeito péssimo’. Exem- Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: FÁCIL
plos vividos e observados são coisas como ‘o Jô é in-
teligente mas é gordo’, ‘a Miriam Leitão é competen- Alternativa A: INCORRETA. Quando voltamos ao 4º
te mas é esquisita’, ‘a Gisele é perfeita mas é chata’, parágrafo, vemos que o termo “que” retoma o que
‘a Sabrina é gostosa mas é burra’, ‘o Silvio Santos é está antes dele e não o que está depois.
rico mas é doido’. Nem os ídolos do futebol esca- Alternativa B: CORRETA. O pronome “isso” recupera
pam. Agora o alvo preferido é o Ronaldinho Gaúcho, o que está antes dele: “poder, fama e ostentação”. Se
‘que joga bonito mas é feio que dói’. Como se ser o substituirmos o pronome “isso” por essa enumera-
melhor jogador do mundo não fosse su昀椀ciente para ção, con昀椀rmaremos a resposta.
um craque de futebol. Ronaldinho, Xuxa e até Ayrton Alternativa C: CORRETA. O pronome “los” recupera,
Senna já foram desabonados por diferentes razões, anaforicamente, o termo “todos os seus ídolos”.
inclusive as de foro íntimo, como a orientação sexu- Alternativa D: CORRETA. O pronome “ele” refere-se
al de alguns. Talvez a única pessoa que tenha esca- ao termo “o internauta brasileiro médio”
pado ilesa o昀椀cialmente seja o Rei Roberto Carlos, já Alternativa E: CORRETA. O pronome “esta” refere-se
que ninguém diz ou escreve que ele é famoso mas é ao termo que está depois dele: “o brasileiro médio
perneta. Mas isso, apenas porque o internauta mé- conectado à rede”.
dio tem medo de atacar as instituições consagradas.
(A última vez que ouvi falar sobre a perna mecânica 75. Questão
de Roberto foi numa letra de música do ousadíssimo
porém extinto Joelho de Porco, que a chamava de Procuradorias comprovam necessidade de
Margarida.) Em suma, ninguém é bom o su昀椀ciente rendimento satisfatório para renovação do FIES
para ter suas virtudes em primeiro plano. Sempre
há um problema que desmerece ou desabona até o O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Edu-
melhor dos melhores. cação (FNDE) não pode ser obrigado a prorrogar
O resultado desses enunciados compõe um contratos do Fundo de Financiamento ao Estudante
quadro triste e sombrio do internauta médio, que do Ensino Superior (Fies) a estudantes com baixo
pode não corresponder a você. Talvez porque você rendimento acadêmico. Essa foi a defesa da Advo-
não faça parte da média. Ou porque a lei se aplica cacia-Geral da União (AGU) acatada pela Justiça para
impedir o aditamento indevido aos 昀椀nanciados, sem Federal, órgão da AGU. Ref.: Ação Ordinária nº 40279-
observar as regras do Ministério da Educação (MEC). 03.2013.4.01.3300 - 5ª Vara Federal/BA e Ação Ordinária nº
Em duas ações, as estudantes pediam a pror- 36536-82.2013.4.01.3300 - 9ª Vara Federal/BA.
rogação do 昀椀nanciamento estudantil, independen- (Leane Ribeiro. Disponível em: http://www.agu.gov.br.)
temente do baixo rendimento acadêmico por elas
apresentado. Uma das autoras alegava que enfren- (AGU - 2014 - IDECAN) A coesão textual é o instru-
tou problemas pessoais, pois sua 昀椀lha estaria do- mento através do qual os vários segmentos de um
ente, o que a levou a ter um baixo rendimento na texto estão interligados e relacionam-se entre si.
universidade. Dentre os termos destacados nos trechos a seguir,
A Procuradoria Federal no estado da Bahia (PF/ assinale a correta relação identi昀椀cada.
BA) e a Procuradoria Federal junto ao Fundo (PF/
FNDE) esclareceram que a Portaria Normativa MEC Ⓐ “[…] pois sua 昀椀lha estaria doente […]” (2º§) / es-
nº 15/2011, que dispõe sobre o Fies, estabelece que tudantes.
o não aproveitamento acadêmico em pelo menos Ⓑ “[…] baixo rendimento acadêmico por elas apre-
75% das disciplinas cursadas pelo estudante impede sentado.” (2º§) / duas ações.
a manutenção do 昀椀nanciamento. Ⓒ “[…] o que a levou a ter um baixo rendimento na
Os procuradores destacaram que 昀椀cou compro- universidade.” (2º§) / uma das autoras.
vado, no caso da primeira autora, que os documen- Ⓓ “[…] pois ela foi aprovada em apenas duas das
tos anexados para comprovar a enfermidade da 昀椀lha seis matérias cursadas […]” (5º§) / argumentação.
se referiam a uma outra pessoa sem qualquer rela- Ⓔ “Essa foi a defesa da Advocacia-Geral da União
ção de parentesco com a estudante, além de serem (AGU) acatada pela Justiça […]” (1º§) / prorrogação
de datas posteriores aos semestres que a universi- dos contratos do FIES.
tária teve baixo rendimento.
No caso da segunda estudante, a AGU reiterou Grau de Di昀椀culdade
os mesmos argumentos, pois ela foi aprovada em
apenas duas das seis matérias cursadas no primeiro Alternativa A: INCORRETA. O pronome “sua” refere-
semestre de Engenharia Civil do Centro Universitário -se ao termo “uma das autoras”.
Estácio da Bahia, e também usufruiu do aditamento Alternativa B: INCORRETA. O pronome “elas” recupe-
excepcional concedido pela Comissão Permanente ra, no segundo parágrafo, o termo “as estudantes”.
de Supervisão e Acompanhamento (CSPA) da insti- Alternativa C: CORRETA.. O pronome “a” recupera o
tuição, mas teve novamente aproveitamento acadê- termo “uma das autoras”.
mico insatisfatório no 1º semestre de 2013. Alternativa D: INCORRETA. O pronome “ela” retoma,
As procuradorias destacaram, ainda, que a legis- no quinto parágrafo, o termo “a segunda estudante”.
lação atribui à CSPA a competência de excepcional- Alternativa E: INCORRETA. O pronome “essa” recupe-
mente autorizar, por uma única vez, a continuidade ra a ideia do primeiro período do texto de que o FNDE
do 昀椀nanciamento, quando há baixo rendimento não pode ser obrigado a prorrogar contratos do Fies
acadêmico do aluno. Como a estudante obteve ren- a estudantes com baixo rendimento acadêmico.
dimento inferior pela segunda vez, ela perdeu qual-
quer direito a prorrogação do 昀椀nanciamento pelas MORFOLOGIA
regras do Fies.
Acolhendo os argumentos da Advocacia-Geral, 76. Questão
tanto a 5ª Vara Federal da Seção Judiciária da Bahia
quanto a 9ª Vara Federal do estado reconheceram O fragmento a ser analisado nesta questão foi
ser legal a decisão do FNDE de rejeitar o pedido de retirado do texto “Você sabe com quem está falan-
prorrogação das estudantes. do?”, de Roberto Da Matta, que está na seção “Inter-
pretação de Texto” deste capítulo.
A PF/BA e a PF/FNDE são unidades da Procuradoria-Geral
(CRF/RO - 2015 - FUNCAB) Em “com fronteiras cívicas
que não podem ser ultrapassadas.”, a palavra QUE:
são verbos que apresentam formas que não obede- sintaticamente, é classi昀椀cada como predicativo do
cem ao paradigma de sua conjugação. sujeito.
Alternativa E: INCORRETA. Todos os verbos são no-
cionais e têm valor dinâmico na expressão da ação 79. Questão
verbal.
Os fragmentos a serem analisados nesta ques-
78. Questão tão pertencem ao texto “Acredite, progredimos sim”,
de Clovis Rossi, que está na seção “Interpretação de
O período a ser analisado nesta questão per- Texto” deste capítulo.
tence ao fragmento do romance “As intermitências
da morte”, de José Saramago, que está copiado na (SUSAM/AM - 2014 - FGV) Todas as frases a seguir
seção “Signi昀椀cação de vocábulos” deste capítulo. mostram uma forma verbal de in昀椀nitivo sublinha-
(FACELI - 2105 - FUNCAB) “Há quem diga, com humor da. A forma de sua nominalização só NÃO está ade-
menos macabro que de mau gosto, que ela leva a昀椀- quada em:
velada uma espécie de sorriso permanente, mas isso
não é verdade” Ⓐ “...que acabaria por depor o presidente constitu-
Com relação aos componentes destacados do tre- cional João Belchior Marques Goulart, apenas 18 dias
cho, é correto a昀椀rmar que: depois” / acabaria no depoimento do presidente...
Ⓑ “É bom olhar para trás para veri昀椀car que, pelo
Ⓐ MAS inicia uma oração subordinada concessiva. menos no terreno institucional, o país progrediu
Ⓑ ISSO é um pronome adjetivo demonstrativo. bastante...” / para a veri昀椀cação de que...
Ⓒ a palavra QUE, em todas as ocorrências, é uma Ⓒ “...o que era o mesmo que acenar para o con-
conjunção integrante. servadorismo civil e militar...” / era o mesmo que o
Ⓓ PERMANENTE é um adjetivo. aceno...
Ⓔ a palavra VERDADE é, sintaticamente, advérbio. Ⓓ “...Jango aproveitou o comício para assinar dois
decretos...” / para a assinatura de dois decretos...
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: DIFÍCIL Ⓔ “...sem que se chame a tropa para resolvê-la...” /
para a sua resolução...
Alternativa A: INCORRETA. “Mas” é uma conjunção
coordenativa, pois inicia uma oração coordenada Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: MEDIO
adversativa.
Alternativa B: INCORRETA. “Isso” é um pronome DICA DO AUTOR: Nominalizar é transformar a forma
substantivo e não um pronome adjetivo. Ele é um verbal em nome (substantivo).
pronome substantivo, porque funciona como um Alternativa A: INCORRETA. O verbo “depor” com sen-
substantivo funciona (no caso, como núcleo do su- tido de “destituir do cargo”, quando nominalizado,
jeito da oração “isso não é verdade”). passa a “deposição”. “Depoimento” também vem de
Alternativa C: INCORRETA. A primeira ocorrência de “depor”, mas com sentido de “testemunhar”.
“que” compõe uma conjunção subordinativa compa- Alternativa B: CORRETA. O substantivo do verbo “ve-
rativa (menos... do que). Apenas a segunda ocorrên- ri昀椀car” é “veri昀椀cação”.
cia de “que” é uma conjunção integrante. Alternativa C: CORRETA. O substantivo do verbo
Alternativa D: CORRETA.. O vocábulo “permanente” “acenar” é “aceno”.
está acrescentando uma característica ao substanti- Alternativa D: CORRETA. O substantivo do verbo “as-
vo “sorriso”, por isso é classi昀椀cado morfologicamen- sinar” é “assinatura”.
te como adjetivo.
Alternativa E: INCORRETA. A palavra “verdade”, mor-
fologicamente, é classi昀椀cada como substantivo e,
Alternativa E: CORRETA.. O substantivo do verbo “re- Num deles mora uma agigantada serpente. Ela cons-
solver” é “resolução”. titui o terror dos banhistas e canoeiros.
O pescador incauto é atraído pelo minhocão e
80. Questão quando menos espera morre afogado. Vários cano-
eiros a昀椀rmam já terem visto a terrível serpente.
O fragmento citado nesta questão pertence ao A sua estória é horripilante. Ela tem matado
texto “Acredite, progredimos sim”, de Clovis Rossi, muita gente. O minhocão não é propriamente um
que está na seção “Interpretação de Texto” deste mito, mas sim um monstro.
capítulo. Roteiro Histórico & Sentimental da Vila Real do Bom Jesus
de Cuiabá. Cuiabá: SEC-MT; Integrar; Defanti, 2012.
“Espero que esse novo passo não leve 50 anos”.
A forma verbal sublinhada pertence ao presente do (UFMT - 2014 - UFMT) Sobre a linguagem do texto, as-
subjuntivo do verbo “levar”. Assinale a opção que sinale a a昀椀rmativa INCORRETA.
indica a forma verbal que está incorretamente con-
jugada nesse mesmo tempo e pessoa. Ⓐ Em Ela tem matado muita gente, a expressão
verbal indica ação continuada.
Ⓐ Requeira (requerer). Ⓑ O termo naquele é um pronome possessivo for-
Ⓑ Intervenha (intervir). mado com a junção da preposição em.
Ⓒ Entretenha (entreter.) Ⓒ Em pescador incauto, o adjetivo pode ser substi-
Ⓓ Frequente (frequentar). tuído por imprudente ou ingênuo.
Ⓔ Antepõe (antepor). Ⓓ O termo velozmente liga-se ao ato de correr, in-
dicando circunstância de modo.
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: DIFÍCIL
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: FÁCIL
Alternativa A: CORRETA.. O presente do subjuntivo de
“requerer” é “que eu requeira”. Alternativa A: CORRETA. A locução “tem matado” in-
Alternativa B: CORRETA.. O presente do subjuntivo dica que a serpente continua matando no presente.
de “ intervir” é “que eu intervenha” (o verbo “ inter- Alternativa B: INCORRETA. O termo naquele e a con-
vir” é conjugado como o verbo “vir”). tração do pronome demonstrativo “aquele” com a
Alternativa C: CORRETA.. O presente do subjuntivo de preposição “em”.
“entreter” é “que eu entretenha” (o verbo “entreter” Alternativa C: CORRETA. “Incauto” signi昀椀ca “que não
é conjugado como o verbo “ter”). tem cautela”; pode, portanto, ser substituído por
Alternativa D: CORRETA. O presente do subjuntivo de “ imprudente ou ingênuo”.
“frequentar” é “que eu frequente”. Alternativa D: CORRETA. Em “o rio corre velozmente”,
Alternativa E: INCORRETA. O presente do subjuntivo o advérbio “velozmente” está acrescentando ideia
de “antepor” é “que eu anteponha” ( verbo “ante- de modo ao verbo “correr”.
por” se conjuga como o verbo “pôr”.
82. Questão
81. Questão
(IF/PI - 2014 - FUNRIO) As alternativas abaixo trans-
Minhocão do Pari crevem alguma palavra empregada no texto e pro-
põem a formação de uma palavra derivada. Numa
No rio Cuiabá acima existe um lugar denomi- delas, porém, a palavra proposta não serve como
nado Pari. A água naquele trecho do rio corre veloz- exemplo de derivação. Assinale-a:
mente. Além do mais tem uma quantidade de poços.
Ⓐ apagar /apagamento.
pode ter sido formada por derivação parassintética, Alternativa D: INCORRETA. O predicado não é verbo-
pois não há nela pre昀椀xo. E a palavra “economia” é -nominal, é nominal. O verbo “ser” é um verbo de
primitiva, não foi formada por meio de redução. ligação e “falsamente libertadas” é um predicativo
Alternativa D: INCORRETA. A palavra “corresponden- do sujeito.
tes” não pode ter sido formada por derivação pre-
昀椀xal apenas, pois ao radical foram acrescentados 88. Questão
pre昀椀xo e su昀椀xo; a palavra “expressividade” não tem
pre昀椀xo; e a palavra “economia” é primitiva, não foi O fragmento a ser analisado nesta questão foi
formada por meio de redução. retirado do texto “Você sabe com quem está falan-
SINTAXE do?”, de Roberto Da Matta, que está na seção “Inter-
pretação de Texto” deste capítulo.
87. Questão
(CRF/RO - 2015 - FUNCAB) Na passagem para a pas-
O texto de onde os fragmentos que compõem siva analítica do verbo destacado em “O poder ilimi-
a questão a seguir foram retirados está na seção tado e congelado ou 昀椀xo em pessoas ou partidos [...]
“Relações semânticas e período composto” deste LIQUIDA a democracia”, a correspondência correta
capítulo. de 昀氀exão verbal está expressa em:
I. Os verbos usados são signi昀椀cativos, por isso Ⓐ "que tão intensamente adivinha" — objeto indi-
fundamentais à ideia do predicado nas orações. reto
II. ME é pronome pessoal oblíquo. Ⓑ "o mundo que tão intensamente" — adjunto ad-
III. NO BRASIL atribui ideia de lugar ao trecho a que verbial
se refere. Ⓒ "Não a quero sobressaltar" — objeto direto
Ⓓ "ninguém mais percebeu" — sujeito
Está correto apenas o que se a昀椀rma em:
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: MEDIO
Ⓐ I.
Ⓑ II. Alternativa A: INCORRETA. O termo “que” é um pro-
Ⓒ III. nome relativo porque substitui o termo anteceden-
Ⓓ I e II. te “mundo”. Se observarmos a relação do termo
Ⓔ II e III. “mundo” com a oração, veremos que “mundo” é o
objeto direto do verbo “adivinha” (a criança tão in-
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: MEDIO tensamente adivinha o mundo). O pronome relativo
“que” funciona nesse contexto, portanto, como ob-
DICA DO AUTOR: Essa questão envolve não apenas jeto direto.
conhecimentos de sintaxe, mas também conheci- Alternativa B: CORRETA.. O vocábulo “tão” está dan-
mentos de morfologia e semântica. do intensidade ao advérbio “ intensamente”. Sabe-
Assertiva I: INCORRETA. Os verbos usados são “era”, mos que apenas os advérbios modi昀椀cam advérbios.
“lembro-me” e “ter”. O verbo ser não é signi昀椀cativo; Se o vocábulo “tão” é, morfologicamente, advérbio,
é um verbo de ligação. Ele participa da construção sintaticamente é um adjunto adverbial.
de predicados nominais, como em “eu era menino” Alternativa C: CORRETA.. O pronome oblíquo “a”
e “era impossível”. Nessas orações, os termos funda- substitui o termo “a criança”, funcionando como ob-
mentais não são os verbos, são o substantivo “meni- jeto direto (alguém não quer sobressaltar a criança).
no” e o adjetivo “impossível”, respectivamente. Alternativa D: CORRETA.. O termo “ninguém” é sujei-
Assertiva II: CORRETA. O pronome “me” é classi昀椀cado to do verbo “percebeu”.
morfologicamente como pronome pessoal oblíquo.
Assertiva III: CORRETA. O termo “no Brasil” atribui 91. Questão
ideia de lugar ao fragmento. O Brasil era o lugar
onde era impossível ter uma 昀椀la quando o autor do O período a ser analisado nesta questão per-
texto era criança. tence ao fragmento do romance “As intermitências
Resposta: Ⓔ
da morte”, de José Saramago, que está copiado na da morte”, de José Saramago, que está copiado na
seção “Signi昀椀cação de vocábulos” deste capítulo. seção “Signi昀椀cação de vocábulos” deste capítulo.
(FACELI - FUNCAB - 2015) Sobre os elementos desta- (FACELI - FUNCAB - 2015) Em “CARA SENHORA, lamen-
cados do fragmento “Se a morte havia sonhado com to comunicar-lhe que a sua vida terminará no prazo
a esperança de alguma surpresa que a viesse distrair irrevogável e improrrogável de uma semana.” os ter-
dos aborrecimentos da rotina, estava servida.”, leia mos destacados compõem a função de:
as a昀椀rmativas.
Ⓐ vocativo.
I. O verbo “haver” como auxiliar da expressão HA- Ⓑ aposto.
VIA SONHADO 昀椀ca no plural se o sujeito estiver Ⓒ sujeito.
no plural. Ⓓ adjunto adnominal.
II. “DE ALGUMA SURPRESA” é objeto indireto da pri- Ⓔ complemento nominal.
meira oração.
III. QUE é uma conjunção integrante. Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: FÁCIL
Está correto o que se a昀椀rma em: Alternativa A: CORRETA.. O vocativo é o termo usado
para interpelar diretamente o receptor. Nesse perío-
Ⓐ I, apenas. do, a personagem escreve a alguém a quem chama
Ⓑ II, apenas. de “cara senhora”.
Ⓒ I e II, apenas. Alternativa B: INCORRETA. O aposto tem a função de
Ⓓ I, II e III. explicar outro termo da oração principal, como em
Ⓔ I e III, apenas. “Antônio, administrador da empresa, já deu início à
reunião.”
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: MEDIO Alternativa C: INCORRETA. O sujeito do verbo “la-
mento” é “eu”. É possível reconhecê-lo pela desi-
DICA DO AUTOR: Essa questão tem assuntos de mor- nência verbal.
fologia e de sintaxe. Alternativa D: INCORRETA. O adjunto adnominal se
Assertiva I: CORRETA. O verbo “haver”, na locução associa a substantivos que ocupam a posição de nú-
verbal “havia sonhado”, varia de acordo com o su- cleo de uma função sintática qualquer; não é o caso
jeito. Por exemplo: as pessoas haviam sonhado com do termo “cara senhora”.
a esperança. O verbo “haver” não varia quando tem Alternativa E: INCORRETA. O complemento nominal
sentido de existir, de acontecer. completa o sentido de substantivos, adjetivos ou
Assertiva II: INCORRETA. “De alguma surpresa” não advérbios e o termo “cara senhora” não tem essa
pode ser um objeto direto, pois não é um comple- função.
mento verbal. Observe como o termo está comple-
mentando um nome (esperança). 93. Questão
Assertiva III: INCORRETA. O termo “que” não é uma
conjunção; é um pronome relativo. Observe como O fragmento a ser analisado nesta questão per-
ele tem a função de substituir o termo que o ante- tence ao texto “Acredite, progredimos sim”, de Clovis
cede e como, nesse contexto, pode ser substituído Rossi, que está na seção “Interpretação de Texto”
por “a qual”. deste capítulo.
Resposta: Ⓐ
(SUSAM/AM - 2014 - FGV) “Ajuda-memória: o comício
92. Questão foi organizado pelo governo Goulart. Havia uma pro-
fusão de bandeiras vermelhas pedindo a legalização
O período a ser analisado nesta questão per- do ainda banido Partido Comunista Brasileiro, o que
tence ao fragmento do romance “As intermitências era o mesmo que acenar para o conservadorismo ci-
vil e militar com o pano vermelho com que se atiça o
touro na arena”. Sobre as formas verbais desse seg- (METRÔ DF 2014 - IADES) Conforme a norma-padrão,
mento do texto, assinale a a昀椀rmativa correta. a oração “As obras foram iniciadas em janeiro de
1992” (linha 8) poderia ser reescrita da seguinte ma-
Ⓐ A frase “o comício foi organizado pelo governo neira:
Goulart” está na voz passiva e sua forma ativa cor-
respondente é “o governo Goulart organizou o co- Ⓐ Iniciou-se as obras em janeiro de 1992.
mício”. Ⓑ Se iniciou as obras em janeiro de 1992.
Ⓑ A forma verbal “havia” não tem sujeito expresso Ⓒ Iniciaram-se as obras em janeiro de 1992.
e equivale a “existiam”. Ⓓ Teve início as obras em janeiro de 1992.
Ⓒ A forma verbal “pedindo” equivale a “que embo- Ⓔ Deu-se início as obras em janeiro de 1992.
ra pedissem”.
Ⓓ A forma verbal “acenar” equivale à forma desen- Grau de Di昀椀culdade
volvida “estar acenando”.
Ⓔ A forma verbal “se atiça” exempli昀椀ca o que se DICA DO AUTOR: A oração destacada está na voz pas-
denomina construção com sujeito indeterminado. siva analítica. Observe como a oração é formada por
um sujeito paciente (que sofre a ação expressa pelo
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: MEDIO verbo) e por uma locução verbal. Observando as al-
ternativas dadas como possibilidades de resposta,
Alternativa A: CORRETA.. A frase “o comício foi orga- percebe-se que a prova está veri昀椀cando se o candi-
nizado pelo governo Goulart” está na voz passiva, dato sabe passar a oração da voz passiva analítica
pois o sujeito está sofrendo a ação expressa pelo para a voz passiva sintética, observando a concor-
verbo (chamamos esse tipo de sujeito de sujeito pa- dância verbal.
ciente). Para passarmos a frase para a voz ativa, de- Alternativa A: INCORRETA. O verbo deveria estar no
vemos colocar o termo que é agente na voz passiva plural para concordar com o sujeito “as obras”, que
no lugar do sujeito e o termo que é sujeito paciente está no plural.
no lugar do complemento verbal: o governo Goulart Alternativa B: INCORRETA. O verbo deveria estar no
organizou o comício. plural para concordar com o sujeito “as obras”, que
Alternativa B: INCORRETA. A forma verbal “havia” não está no plural.
tem sujeito, é impessoal, e equivale a “existia”, pois Alternativa C: CORRETA.. O verbo “iniciar” está no
o núcleo do sujeito do verbo “existir” (o verbo existir plural concordando com o núcleo do sujeito “obras”.
tem sujeito) é “profusão”. Alternativa D: INCORRETA. O verbo “ter” deveria ter
Alternativa C: INCORRETA. A forma verbal “pedindo” sido usado no plural para concordar com o núcleo
equivale a “que pediam...”. do sujeito.
Alternativa D: INCORRETA. Se substituirmos “acenar” Alternativa E: INCORRETA. O verbo “dar” está concor-
por “estar acenando”, veremos que o sentido do tre- dando com o sujeito. O problema dessa alternativa
cho muda. não é o verbo, é a ausência da crase antes do subs-
Alternativa E: INCORRETA. O sujeito de “se atiça” está tantivo “obras” (quem dá início dá início a alguma
expresso; é “o touro”. A frase está na voz passiva sin- coisa).
tética. Podemos veri昀椀car isso, passando a frase para
a voz passiva analítica (o touro é atiçado). 95. Questão
(MAPA - 2014 - CONSULPLAN) Considerando as fun- DICA DO AUTOR: A oração “por que não se fez nada
ções estabelecidas sintaticamente pelas palavras antes?” está na voz passiva sintética, logo o “se” é
em determinada oração, identi昀椀que o termo ou ex- pronome apassivador e “nada” é sujeito paciente. A
pressão destacado(a) cuja função sintática DIFERE oração corresponde à forma passiva analítica “por
dos demais: que nada foi feito antes?”.
Alternativa A: INCORRETA. O verbo “pensou” é transi-
Ⓐ “[...] ouvindo as deles e construindo a verdade tivo indireto; não pode, portanto, compor a voz pas-
[...]” (1º§) siva sintética. O pronome “se”, nesse caso, é índice
Ⓑ “[...] sociedade em que existem castas sociais de indeterminação do sujeito.
inamovíveis.” (1º§) Alternativa B: INCORRETA. O verbo “falou” é transiti-
Ⓒ “Por isso o hábito 昀椀losó昀椀co de raciocinar nasce vo indireto; não pode, portanto, compor a voz passi-
na Grécia [...]” (1º§) va sintética. O pronome “se”, nesse caso, é índice de
Ⓓ “‘Conversar’ não é o mesmo que ouvir sermões indeterminação do sujeito.
ou atender a vozes de comando.” (1º§) Alternativa C: INCORRETA. O verbo “acreditou” é
transitivo indireto; não pode, portanto, compor a
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: MEDIO voz passiva sintética. O pronome “se”, nesse caso, é
índice de indeterminação do sujeito.
Alternativa A: INCORRETA. O termo destacado é obje- Alternativa D: INCORRETA. O verbo “esteve” é intran-
to direto do verbo “construindo”. Nas demais letras sitivo e “no local” é adjunto adverbial. O pronome
da questão, os termos destacados são sujeitos. “se”, nesse caso, é índice de indeterminação do su-
Alternativa B: CORRETA.. O termo destacado é sujeito jeito.
do verbo “existem”. A classi昀椀cação do pode causar Alternativa E: CORRETA.. O verbo “contratou” é tran-
dúvida, porque, nesse caso, o sujeito está posposto sitivo direto. O “se”, nesse caso, é pronome apas-
ao verbo. Para termos certeza de que se trata do su- sivador e “ninguém” é sujeito paciente. Na passiva
jeito, podemos colocá-lo antes do verbo e podemos analítica a oração seria “por que ninguém foi con-
colocá-lo no singular. Fazendo isso, observaremos tratado antes?”.
que o verbo também irá para o singular.
Alternativa C: CORRETA.. O termo em destaque é su- 97. Questão
jeito do verbo “nasce”.
Alternativa D: CORRETA.. “Conversar” é sujeito do O texto a que pertence o período a ser analisado
verbo “é”. nesta questão não foi copiado aqui, porque, para a
solução da questão, sua leitura não é necessária.
96. Questão
(Eletrobras/AC - 2014 - IBEG) A respeito das ques-
(IF/PI - FUNRIO - 2014) O cidadão se dirigiu à autori- tões morfossintáticas que envolvem o trecho “Maíra
dade e perguntou: – Por que não se fez nada antes? alerta que a qualidade da Educação Básica no Brasil
Nessa pergunta foi empregado o pronome SE com o é um tema que preocupa cada vez mais as grandes
mesmo valor morfossintático que ocorre na seguinte empresas.”, marque a alternativa correta.
frase:
Ⓐ Há três orações que se relacionam por coorde-
Ⓐ Por que não se pensou nisso antes? nação.
Ⓑ Por que não se falou nele antes? Ⓑ A 2ª oração é subordinada, pois desempenha a
Ⓒ Por que não se acreditou nela antes? função de complemento verbal da 1ª.
Ⓓ Por que não se esteve no local antes? Ⓒ A 3ª oração apresenta uma explicação sobre o
Ⓔ Por que não se contratou ninguém antes? substantivo “tema”, por isso classi昀椀ca-se como coor-
denada sindética explicativa.
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: MEDIO Ⓓ Apenas a 2ª oração está constituída por um pre-
dicado verbal, pois apresenta um verbo que expres-
sa uma ação realizada pelo sujeito.
Ⓔ O termo “as grandes empresas” é o sujeito da Alternativa D: CORRETA.. O verbo falava é intransitivo
3ª oração. porque não tem complemento. O termo “diferente”
não é complemento é um adjunto adverbial.
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: DIFÍCIL Alternativa E: INCORRETA. A 2ª oração é complemen-
to do verbo “perguntaram”, que é transitivo direto
Alternativa A: INCORRETA. O período é formado por e indireto.
três orações, mas elas não se relacionam por coor-
denação. Trata-se de orações subordinadas. CORRESPONDÊNCIA OFICIAL
Alternativa B: CORRETA. A 2ª oração é subordinada
e complementa o verbo “alerta” da primeira oração. 99. Questão
Observe como a 2ª oração expressa o que Maíra aler-
ta. Trata-se de uma oração subordinada substantiva (UNIFAP - 2015 - UNIFAP) Os gêneros Institucionais
objetiva direta. ou burocráticos fazem parte do processo de leitura
Alternativa C: INCORRETA. A 3ª oração funciona e produção textuais que circulam nas Instituições
como um adjetivo; não é, portanto, uma coordenada. públicas ou privadas. Sobre esses gêneros pode-se
Trata-se de uma oração subordinada adjetiva. informar que:
Alternativa D: INCORRETA. O verbo da 2ª oração é o
verbo “ser”; a 2ª oração é constituída, portanto, por I. Estão presentes somente na comunicação inter-
predicado nominal. na da Instituição.
Alternativa E: INCORRETA. O sujeito do verbo “preo- II. Possuem uma estrutura de昀椀nida, são limita-
cupa” é o pronome relativo “que” que está substi- dos, fazem uso de recursos linguísticos próprios
tuindo o termo antecedente “tema”. O termo “as como modalizadores verbais e expressões for-
grandes empresas” é o complemento verbal. mulaicas. Iii - entre eles destacam-se o ofício, o
memorando, o parecer técnico e o requerimento.
98. Questão III. Podem ser usados no mesmo contexto situacio-
nal, pois a intenção comunicativa desses gêne-
Acerca das relações sintáticas no período “Pergunta- ros é sempre a mesma.
ram para a professora por que o Gaúcho falava dife-
rente.”, marque a alternativa correta. Assinale a opção que apresenta as alternativas cor-
retas:
Ⓐ Há duas orações coordenadas entre si.
As duas orações apresentam o mesmo sujeito. Ⓐ somente II e III
Ⓑ Apenas a 1ª oração apresenta predicado verbal. Ⓑ somente II, III e IV
Ⓒ Apenas a 2ª oração apresenta verbo intransitivo. Ⓒ somente I, III e IV
Ⓓ A 2ª oração funciona como complemento do ter- Ⓓ somente I e III
mo “professora” Ⓔ I, II, III e IV
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: MEDIO Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: MEDIO
Assertiva IV: INCORRETA. Cada gênero é usado para não deve ser citado pelo cargo que ocupa.
uma 昀椀nalidade especí昀椀ca. Por exemplo: o memoran- Ⓑ É uma forma de comunicação interna e, depen-
do é um tipo de comunicação eminentemente inter- dendo da 昀椀nalidade, também externa ao órgão de
na, que se caracteriza pela agilidade e pela simpli- origem.
cidade, enquanto o requerimento é um documento Ⓒ A rapidez e a simplicidade de procedimentos bu-
por meio do qual se solicita algo a uma autoridade e rocráticos devem acompanhar o trâmite do memo-
se caracteriza pela formalidade. rando em qualquer órgão.
Resposta: Ⓐ Ⓓ Os despachos ao memorando são dados numa
folha de protocolo separada, onde se alistam aque-
100. Questão les que foram emitidos no dia.
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: FÁCIL 102. Questão
Alternativa A: CORRETA.. O memorando é um docu- “Os atos o昀椀ciais, aqui entendidos como atos de
mento usado na comunicação interna. caráter normativo, ou estabelecem regras para a
Alternativa B: INCORRETA. Os fechos adequados para conduta dos cidadãos, ou regulam o funcionamento
a correspondência o昀椀cial são “respeitosamente” e dos órgãos públicos, o que só é alcançado se em sua
“atenciosamente”. elaboração for empregada a linguagem adequada.”
Alternativa C: INCORRETA. Na ata, os números sem- Manual de Redação da Presidência da República.
pre devem ser escritos por extenso.
Alternativa D: INCORRETA. A ata é o documento (AGU - 2014 - IDECAN) Acerca da linguagem utilizada
usualmente usado para registrar as decisões de uma nos atos e comunicações o昀椀ciais, é correto a昀椀rmar
reunião ou assembleia. O parecer é o texto por meio que se trata do uso de
do qual se apresenta uma opinião técnica.
Ⓐ uma linguagem erudita.
101. Questão Ⓑ riqueza de 昀椀guras de linguagem.
Ⓒ norma padrão com presença de vocabulário téc-
(CRM/MS - 2014 – MSCONCURSOS) A correspondên- nico.
cia o昀椀cial conhecida como memorando possui algu- Ⓓ uma linguagem especí昀椀ca, restrita a determina-
mas características que lhe são peculiares. Assinale do grupo.
a alternativa que menciona uma delas. Ⓔ expressões pessoais características de tal gêne-
ro textual.
Ⓐ A forma e estrutura do memorando é a do pa-
drão ofício, excetuando-se que o seu destinatário Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: MEDIO
RESUMO PRÁTICO
MORFOLOGIA ADJETIVO
As classes de palavras são substantivo, artigo, Adjetivos são palavras que caracterizam o subs-
adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, prepo- tantivo (contador atento) ou que estabelecem, com
sição, conjunção e interjeição. o substantivo, relações de tempo, espaço, proce-
dência etc. (relatório semanal, bairro italiano, vinho
SUBSTANTIVO português).
A locução adjetiva é o termo formado por mais
Substantivos são as palavras com que se no- de uma palavra e equivale a um adjetivo. As locu-
meiam os seres (empresa, contador), as qualidades ções adjetivas são iniciadas por preposição. Por
(maldade, inteligência), os estados (saúde, felicida- exemplo: A locução “de contabilidade” corresponde
de), os processos (entrega, adequação). ao adjetivo “contábil”.
Podem ser classi昀椀cados como:
• Simples (formados por apenas um radical, como ARTIGO
“livro”) e compostos (formados por mais de um
radical, como “livro-caixa”). Artigos são palavras que se antepõem aos subs-
• Concretos (são aqueles que dão nome aos seres, tantivos e que os determinam. Os artigos podem ser
reais ou imaginários, que têm existência inde- de昀椀nidos (o, a, os, as) ou inde昀椀nidos (um, uma, uns,
pendente, como imposto e estoque) e abstratos umas).
(são os que designam ações, estados, qualida-
des, sentimentos, ou seja, seres cuja existência NUMERAL
depende sempre da existência de outro ser,
como gerenciamento, saúde, generosidade, Numerais são as palavras que indicam quanti-
compromisso, orgulho etc.). dade exata de seres ou o lugar que os seres ocupam
• Próprios (são aqueles que dão nome a um único em uma série (primeiro, segundo etc.).
ser, de uma dada espécie, como Clara e Salva- Podem ser: cardinais (um, dois, três), ordinais
dor) e comuns (são os que nomeiam todos os (primeiro, segundo, terceiro), multiplicativos (dobro,
elementos de uma dada espécie, como funcio- tripo) e fracionários (meio, dois terços)
nário e cidade).
Há ainda um tipo especí昀椀co de substantivo co- VERBO
mum, os chamados de coletivos: aqueles que, no
singular, fazem referência a um conjunto de seres, Verbos são as palavras que podem variar em nú-
como código (de leis), banda (de músicos), constela- mero (singular e plural), pessoa (1ª, 2ª ou 3ª), modo
ção (de estrelas) etc. (indicativo, subjuntivo e imperativo), tempo (presen-
• Primitivos (são os substantivos que não têm te, pretérito perfeito, futuro do presente etc.), voz
origem em outros substantivos da língua. Por (ativa, passiva e re昀氀exiva) e aspecto. Indicam ações,
exemplo: 昀氀uxo) e derivados (são os substanti- processos, estados, mudanças de estado e fenôme-
vos formados a partir de radical já existente. Por nos meteorológicos.
exemplo: 昀氀uxograma, a昀氀uência).
A locução verbal é formada por um verbo auxi- é “a Medida Provisória” e, porque sofre a ação
liar e um verbo principal. O verbo auxiliar expressa expressa pelo verbo, é chamado de sujeito pa-
as noções gramaticais de número, pessoa, tempo, ciente. O pronome “se”, nesse caso, é chamado
modo, aspecto e voz e, na locução verbal, o verbo de pronome apassivador.
auxiliar é o único a ser conjugado. O verbo principal Na voz re昀氀exiva, o sujeito pratica e sofre a ação
é responsável pela ideia principal da locução verbal expressa pelo verbo. Por exemplo: Ele se preparou
e é usado sempre na forma nominal (ou seja, no in- para o concurso. O sujeito “ele” praticou a ação (pre-
昀椀nitivo, no gerúndio ou no particípio). parou) e a sofreu ao mesmo tempo (preparou a si
Por exemplo: A empresa tinha iniciado a inves- mesmo).
tigação de problemas administrativos. A locução
“tinha iniciado” é formada pelo auxiliar “tinha”, no A noção de aspecto verbal
pretérito imperfeito do indicativo, e pelo verbo prin-
cipal “ iniciado”. O aspecto verbal informa a maneira como o lo-
Os auxiliares mais frequentes são ser, haver, ter cutor (ou seja, aquele que fala ou escreve) considera
e estar. Exemplos: A auditoria foi contratada median- a ação expressa pelo verbo. Veja as oposições as-
te licitação; eu hei de passar no concurso; a receita pectuais a seguir:
tinha facilitado a prestação de contas; o pro昀椀ssional
estava se dirigindo ao local de trabalho quando o • Aspecto pontual / aspecto durativo: oposição
incidente aconteceu. aspectual que indica que a ação expressa pelo
verbo dura menor ou maior extensão de tempo.
As vozes verbais Exemplos:
A voz verbal indica a relação entre o verbo e o Aspecto pontual: O contador acabou de realizar
sujeito desse verbo. São três as vozes verbais: a ati- o fechamento da folha de pagamento.
va, a passiva e a re昀氀exiva. Aspecto durativo: O contador continua a fazer o
Na voz ativa, o fato expresso pelo verbo é pra- fechamento da folha de pagamento.
ticado pelo sujeito. Por exemplo: Em “Os deputados
aprovaram a Medida Provisória que aumenta pro- • Aspecto incoativo / aspecto conclusivo: o pri-
gressivamente o Imposto de Renda sobre ganhos meiro indica o início de uma ação e o segundo,
de capital”, o sujeito do verbo “aprovaram” é “os o 昀椀m.
deputados”. Exemplos:
Na voz passiva, o fato expresso pelo verbo não é Aspecto incoativo: Comecei a analisar a viabili-
praticado pelo sujeito. Nesse caso, o sujeito sofre a dade do projeto.
ação verbal e outro (o agente da passiva) é quem age. Aspecto conclusivo: Acabei de analisar a viabili-
• Voz passiva analítica: A Medida Provisória que dade do projeto.
aumenta progressivamente o Imposto de Renda
sobre ganhos de capital foi aprovada pelos de- • Aspecto contínuo / aspecto descontínuo: oposi-
putados. Nessa frase, o sujeito da locução verbal ção aspectual que indica continuidade ou des-
“foi aprovada” é “a Medida Provisória” e nós o continuidade da ação expressa pelo verbo.
chamamos de sujeito paciente; o termo “pelos Exemplos:
deputados” é chamado de agente da passiva. Aspecto contínuo: O boleto continua a ser envia-
• Voz passiva sintética: Aprovou-se a Medida Pro- do pelo correio.
visória que aumenta progressivamente o Impos- Aspecto descontínuo: O boleto voltou a ser en-
to de Renda sobre ganhos de capital. O sujeito viado pelo correio.
PRONOME Pron.
Pessoa grama- pessoal Pron. pessoal do
Pronome é a palavra que: tical do caso caso oblíquo
• recupera o conteúdo de um termo já menciona- reto
do antes. 1ª pessoa do
Eu Me, mim, comigo
Exemplos: singular
As Micro e Pequenas Empresas são importantes 2ª pessoa do
para qualquer economia. Elas são excelentes empre- Tu Te, ti, contigo
singular
gadoras e geradoras de empregos. O pronome “elas”
3ª pessoa do Se, si, consigo, o, a,
recupera o termo “As Micro e Pequenas Empresas”. Ele / ela
singular lhe, ele, ela
As Micro e Pequenas Empresas são importantes
1ª pessoa do
para qualquer economia e isso se dá por vários mo- Nós Nos, conosco, nós
plural
tivos. O pronome “isso” recupera a ideia de que as
Micro e Pequenas Empresas são importantes para 2ª pessoa do
Vós Vos, convosco, vós
qualquer economia. plural
• acompanha um substantivo, limitando a signi昀椀- 3ª pessoa do Eles / Se, si, consigo, os,
cação dele. Exemplo: Essas empresas são mais plural elas as, lhes, eles, elas
ágeis que as de maior porte.
Em Português brasileiro, o pronome “você”,
Quando os pronomes substituem outros ter- originalmente pronome de tratamento porque
mos, dizemos que são pronomes substantivos; procedente da forma “Vossa Mercê”, é usado como
quando acompanham um substantivo são prono- pronome pessoal de 2ª pessoa, substituindo o pro-
mes adjetivos. Então, nas frases dadas como exem- nome “tu”. O pronome “você” (ou “vocês”, no plural)
plo, os pronomes “elas” e “ isso” são chamados de é usado sempre com a forma verbal de 3ª pessoa.
pronomes substantivos e o pronome “essas”, que
acompanha o substantivo “empresas”, é chamado Pronomes de tratamento
de pronome adjetivo. Os pronomes de tratamento são também, como
os pronomes do caso reto e os do caso oblíquo, pro-
CLASSIFICAÇÃO DOS PRONOMES: nomes pessoais.
Dependendo da idade, da posição social, da
Dependendo do papel que exercem nas frases, posição hierárquica ou do grau de intimidade que
os pronomes podem ser de diferentes tipos. temos com o interlocutor, devemos nos dirigir a ele
de forma mais ou menos cerimoniosa.
Pronomes Pessoais Apesar de os pronomes de tratamento perten-
Os três elementos de um ato de comunicação cerem à 2ª pessoa (já que se referem à pessoa com
são chamados de pessoas gramaticais. quem o locutor fala), gramaticalmente exigem a con-
cordância do verbo em 3ª pessoa.
1ª pessoa gramatical ser que fala ou escreve. Alguns pronomes de tratamento:
ser com quem se fala ou
2ª pessoa gramatical
para quem se escreve. Pronomes de Tratamento
o assunto, ou seja, a Vossa alteza V.A. príncipes e duques
respeito do que a pri- altas autoridades do
3ª pessoa gramatical
meira pessoa fala ou Vossa Excelência V.Exª. governo e das forças
escreve. armadas
Os dados sobre contratação e demissão de fun- As preposições podem ser de dois tipos:
cionários certamente comporão o relatório. • Essenciais (ou seja, as que sempre atuam como
preposições): a, ante, após, até, com, contra, de,
• Advérbio associado a um adjetivo: desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob,
As lideranças do sindicato 昀椀caram muito preo- sobre, trás.
cupadas com a elevação do índice de desemprego. • Acidentais (as que funcionam como preposição
Os índices mesmo que levemente alterados im- em certo contexto): afora, consoante, como, du-
pactarão a economia. rante, exceto, fora, mediante, segundo, senão,
tirante, visto, conforme, salvo, malgrado etc.
• Associado a outro advérbio:
Essa situação muito provavelmente trará conse- Locução prepositiva
quências positivas para a empresa. É uma locução prepositiva o conjunto de duas
É preciso executar o procedimento bem rapida- ou mais palavras que têm o valor de uma preposi-
mente. ção. A última palavra dessas locuções é sempre uma
preposição.
Advérbios interrogativos Exemplos: abaixo de, acima de, apesar de, atrás
Alguns advérbios (de lugar, tempo, modo ou cau- de, através de, de acordo com, dentro de, depois de,
sa) podem ser usados em enunciados interrogativos embaixo de, em frente a, em vez de, junto de, perto de.
(perguntas diretas ou indiretas).
Exemplos: Combinações e contrações
Onde estão as planilhas? (lugar) As preposições podem unir-se com palavras
Quero saber onde estavam as planilhas. (lugar) de outras classes gramaticais. Se não há perda de
Quando poderemos iniciar o relatório? (tempo) elemento fonético na junção entre a preposição e
Não sabemos quando devemos iniciar o relató- a palavra de outra classe, chama-se esse fenôme-
rio. (tempo) no de combinação. Se há perda fonética, a junção
Como você gostaria que eu redigisse o docu- da preposição com outra palavra recebe o nome de
mento? (modo) contração.
Por que os dados ainda não foram divulgados?
(causa) Combinação Contração
Diga-me por que os dados ainda não foram di- ao = a (preposição) + o do = de (preposição) + o
vulgados. (causa) (artigo) (artigo)
aos = a (preposição) + dum = de (preposição) +
PREPOSIÇÃO os (artigo) um (artigo)
aonde = a (preposição) na = em (preposição) +
As preposições são palavras invariáveis que + onde (pronome) a (artigo)
ligam outras palavras entre si, estabelecendo rela- desta = de (preposição)
ções de sentido entre elas. + esta (pronome)
São consideradas conectivos, ou seja, elementos neste = em (preposição)
de ligação entre termos. As preposições podem in- + este (pronome)
troduzir: à = a (preposição) + a
• Complementos verbais: Obedeço aos protocolos. (artigo)
• Complementos nominais: Continuo 昀椀el aos meus
ideias.
• Locuções adjetivas: Ela é uma pessoa de palavra.
• Locuções adverbiais: Agi com rapidez.
• Orações reduzidas: Ao receber as informações
necessárias, ele 昀椀nalizou o relatório.
Sujeito predicativo objeto direto Podem ser transitivos diretos e indiretos (VTDI):
do sujeito quando têm como complementos tanto um objeto
O gestor da equipe de昀椀niu diligente a função direto quanto um objeto indireto. Por exemplo: Em
de cada colaborador. “O pro昀椀ssional explicou todo o procedimento ao
VTD cliente.”, o termo “todo o procedimento” é objeto
sujeito VTD objeto direto direto e “ao cliente” é objeto indireto (iniciado pela
As mudanças tornaram os processos de venda preposição “a”). Trata-se, portanto, de um VTDI.
mais ágeis e 昀氀exíveis. • Verbos de ligação: são aqueles que ligam o su-
predicativo do objeto jeito a um termo do predicado chamado predi-
Atenção: se, em vez de adjetivo, houver um ad- cativo do sujeito. Os verbos de ligação podem
vérbio, o predicado já não será verbo-nominal, mas expressar estado permanente (ser), estado
apenas verbal. transitório (estar), mudança de estado (昀椀car,
Exemplo: tornar-se), continuidade de estado (continuar) e
O gestor da equipe de昀椀niu diligentemente a fun- aparência de estado (parecer). Exemplos: Impos-
ção de cada colaborador. advérbio to e burocracia são desa昀椀o às vendas; A clien-
te estava animada com o prognóstico; A jovem
PREDICAÇÃO VERBAL estudante se tornou uma excelente pro昀椀ssional.
• Verbos Intransitivos: são aqueles que não preci- Os termos integrantes são os complementos ver-
sam de complemento, ou seja, não são acompa- bais, os complementos nominais e o agente da passiva.
nhados nem pelo objeto direto nem pelo objeto
indireto. Podem vir acompanhados pelos adjun- Complementos verbais
tos adverbiais. Os complementos verbais completam o sentido
Em “Cheguei cedo, no trabalho.”, o verbo “che- dos verbos. São o objeto direto e o objeto indireto.
gar” é intransitivo. Os termos “cedo” e “no trabalho” • Objeto direto: é o termo que completa o sentido
são adjuntos adverbiais de tempo e lugar, respecti- dos verbos transitivos diretos.
vamente. O verbo chegar, então, é classi昀椀cado como Exemplo: Em “Aquele empresário desconhece o
intransitivo. custo real de suas mercadorias.”, o termo “o custo
• Verbos Transitivos: são aqueles cujo sentido de- real de suas mercadorias” é objeto direto do verbo
pende de um complemento (objeto direto e/ou “desconhece”.
objeto indireto). Observação: é possível que, em certos contextos,
Podem ser transitivos diretos (VTD): quando o o objeto direto esteja acompanhado por preposição.
complemento não é iniciado por preposição. Por Trata-se do objeto direto preposicionado. Isso pode
exemplo: Em “A contadora exercia sua pro昀椀ssão acontecer, por exemplo:
com dedicação.”, o verbo “exercia” precisa do com- Quando o complemento do verbo é um prono-
plemento “sua pro昀椀ssão”. Como esse complemento me pessoal tônico, como mim, ti, si, ele(s), ela(s).
não tem preposição, trata-se de um objeto direto. O Exemplo: Em “Ela indicou a ele.”, o verbo “ indicar”
verbo é classi昀椀cado como VTD. é VTD, mas está acompanhado pela preposição “a”.
Podem ser transitivos indiretos (VTI): quando o Se substituirmos o pronome por um substantivo,
complemento é iniciado por preposição. Por exem- poderemos veri昀椀car isso. Veja: “Ela indicou o amigo”.
plo: Em “O candidato ansiava pelo resultado do con- Quando é necessário desfazer uma ambiguida-
curso.”, o verbo “ansiava” precisa do complemento de: Em “Venceu à crise o empresário.”, apesar de o
“pelo resultado”. Como esse complemento é iniciado verbo “vencer” ser transitivo direto, para que 昀椀que
pela preposição “por” (por + o = pelo), dizemos que claro quem venceu e quem foi vencido, é necessário
o verbo é transitivo indireto. usar a preposição “a”.
Os termos acessórios são o adjunto adnominal, São adjuntos adverbiais os termos que, na
o adjunto adverbial e o aposto. morfologia, classi昀椀camos como advérbio e locução
adverbial. Os adjuntos adverbiais se associam a
Adjunto adnominal verbos, acrescentando-lhes circunstâncias ou in-
Adjuntos adnominais são os termos que se as- tensi昀椀cando seu sentido, e se associam também a
sociam a substantivos, especi昀椀cando, precisando ou adjetivos ou a outros advérbios, intensi昀椀cando seu
modi昀椀cando seu sentido. Correspondem, na Morfo- sentido.
logia, aos termos que classi昀椀camos como artigos, Exemplos:
adjetivos, locuções adjetivas, pronomes adjetivos e Ele sempre examina os relatórios cuidadosa-
numerais adjetivos. mente. (circunstância de modo)
Exemplo: A entrega dos pareceres técnicos era feita regu-
larmente. (circunstância de tempo)
O artigo do pesquisador foi publicado Aquele caso foi bem difícil de resolver. (inten-
Morfologia Artigo loc. Adjetiva sidade)
Sintaxe ADN ADN A gerência reagiu muito favoravelmente às ações
estabelecidas pelo relatório. (intensidade)
em dois reconhecidos periódicos.
Morfologia numeral adjetivo
Aposto
Sintaxe ADN ADN É o termo que explica, esclarece, desenvolve ou
resume outro termo da oração.
Observação: Distinção entre adjunto adnominal
e complemento nominal Tipos de Aposto:
A locução adjetiva pode ser, sintaticamente, ou • Explicativo
adjunto adnominal ou complemento nominal. En- Exemplo: John Davison Rockefeller, um dos ho-
tão, quando se trata de uma locução adjetiva, como mens mais ricos da História, era contador, investidor
distinguir o adjunto adnominal do complemento e empresário.
nominal?
Classi昀椀cação da oração
Principais conjunções Relações semânticas
coordenada sindética
Aditiva e, mas também, não As conjunções aditivas estabelecem
Exemplo: Não apenas obedece às regras de só entre dois termos ou duas orações a
segurança da empresa, mas também as re- ideia de adição.
conhece como as mais adequadas.
Adversativa mas, porém, contudo, As conjunções adversativas estabe-
Exemplo: Fiz corretamente o procedimento, todavia. lecem entre termos ou orações uma
no entanto o resultado não foi o esperado. relação de oposição.
Conclusiva logo, portanto, por As conjunções conclusivas iniciam
Exemplo: As estratégias de marketing fo- isso, por conseguinte. as orações que têm valor conclusivo.
ram e昀椀cientes para atrair novos clientes,
portanto haverá aumento na lucratividade
do negócio.
Explicativa pois, porque. As conjunções explicativas iniciam
Exemplo: Comprometa-se com o trabalho, as orações que explicam algo a昀椀r-
porque a crise tem gerado aumento no nú- mado na oração principal.
mero de desempregados.
Alternativa ou... ou, ora... ora, As conjunções alternativas estabe-
Exemplo: Ou você renegocia prazos para o seja... seja. lecem entre palavras ou orações re-
pagamento das prestações ou não conse- lações de alternância, de exclusão.
guirá honrar compromissos.
Exemplo: O técnico explicou que muitos micro- Exemplo 2: Os deputados aprovaram a Medida
empreendedores desconhecem a necessidade de Provisória que aumenta progressivamente o Impos-
recolhimento mensal. to de Renda sobre ganhos de capital.
• Objetivas Indiretas: funcionam como objeto in- A oração sublinhada é restritiva porque apenas
direto da oração principal. uma MP foi aprovada, aquela que aumenta progres-
Exemplo: Lembrou-se de que ainda não tinha sivamente o IR sobre ganhos de capital.
concluído o parecer. • Explicativas: esclarecem um termo da oração
• Completivas Nominais: funcionam como com- principal. No exemplo a seguir, a oração adjetiva
plemento nominal da oração principal. esclarece algo sobre o pro昀椀ssional. Não se tra-
Exemplo: Estou curiosa para ver o resultado do ta de restrição ao vocábulo porque a ideia é a
processo seletivo. de que reconhecimento e ascensão na carreira
• Apositivas: funcionam como aposto da oração são desejos de qualquer pro昀椀ssional que está
principal. ingressando em uma organização.
Exemplo: Só lhe digo isto: não haja com impru- Exemplo: O pro昀椀ssional, que ingressa numa or-
dência! ganização, almeja reconhecimento e ascensão na
carreira.
As Orações Subordinadas Adjetivas Observação: Na escrita, podemos ainda identi-
São introduzidas pelos pronomes relativos que, 昀椀car as orações adjetivas pelo uso das vírgulas. As
quem, o qual (e 昀氀exões), quanto, onde, como, cujo explicativas sempre estão separadas da principal
(e 昀氀exões). Classi昀椀cam-se como restritivas ou expli- por vírgulas; as restritivas, nunca.
cativas.
• Restritivas: restringem, limitam a signi昀椀cação do As Orações Subordinadas Adverbiais
termo antecedente.
Exemplo 1: Os contadores que estão se adap- Indicam a circunstância em que ocorre a ação
tando à Era Digital terão um importante papel na expressa pelo verbo da oração principal. São intro-
economia. duzidas pelas conjunções subordinativas.
Observe como a oração restringe o sentido do As conjunções subordinativas introduzem as
substantivo “contadores”. Apenas aqueles que estão orações subordinadas adverbiais. Essas conjunções,
se adaptando à Era Digital terão papel importante assim como as conjunções subordinativas, também
na economia. expressam sentidos variados, estabelecendo rela-
ções semânticas entre as orações.
Classi昀椀cação da oração
Principais conjunções Relações semânticas
subordinada adverbial
Causal porque, visto que, As conjunções subordinativas cau-
Exemplo: Muitas empresas não conseguem pois que, como sais indicam a causa do fato expres-
executar seus planos de crescimento por- so na oração principal.
que os funcionários não estão motivados e
não buscam aprimoramento.
Comparativa como, (mais) que, As conjunções subordinativas com-
Exemplo: Assim como todos os outros instru- (menos) que, assim parativas estabelecem uma relação
mentos de gestão são atualizados periodica- como, tal qual de comparação entre os fatos ex-
mente, o 昀氀uxo de caixa também deve ser. pressos nas duas orações.
Concessiva embora, ainda que, se As conjunções subordinativas con-
Exemplo: No último ano, embora o número bem que, conquanto, cessivas concedem ou admitem uma
de diligências para 昀椀scalização tenha sido mesmo que ideia contrária à ideia expressa na
maior, o quantitativo de processos abertos oração principal.
resultantes de autuações diminuiu.
Classi昀椀cação da oração
Principais conjunções Relações semânticas
subordinada adverbial
Condicional se, caso, uma vez que, As conjunções subordinativas con-
Exemplo: Se ele comprar mercadorias a desde que, salvo se, dicionais expressam condição sob
mais, corre o risco de perdê-las por prazo sem que a qual se realiza a oração principal.
de validade.
Conformativas conforme, segundo, As conjunções subordinativas con-
Exemplo: Conforme anunciado pela Receita consoante, como formativas exprimem adequação ou
Federal do Brasil, o programa gerador da conformidade com a oração princi-
Declaração de IRPF 2016 foi liberado para pal.
download.
Consecutivas tão... que, tal... que, As conjunções subordinativas con-
Exemplo: O Exame de Su昀椀ciência está tão tanto... que, de modo secutivas exprimem consequência
exigente que o índice de aprovação está que, de forma que... da oração principal.
baixo.
Finais para que, a 昀椀m de As conjunções subordinativas 昀椀nais
Exemplo: Estou me especializando em contro- que, de sorte que, de indicam a 昀椀nalidade para a qual se
ladoria a 昀椀m de ser promovido na empresa. modo que, porque destina a oração principal.
Proporcionais à medida que, à pro- As conjunções subordinativas pro-
Exemplo: À medida que vou me quali昀椀can- porção que, quanto porcionais expressam ideia de pro-
do, novas possibilidades de trabalho na mais... menos... porção.
área vão surgindo.
Temporais quando, mal, logo As conjunções subordinativas tem-
Exemplo: “Quando o contabilista comete que, assim que, sem- porais indicam em que tempo ocor-
infrações previstas no Código de Ética, es- pre que, depois que... reu o que está a昀椀rmado na oração
tas são analisadas e julgadas pela Câmara principal.
de Ética e Disciplina do Conselho Regional
de Contabilidade.” (Abordagens éticas para
o pro昀椀ssional contábil, pág.22)
Morar/ residir – normalmente vêm introduzidos b) no sentido de almejar, pretender → VTI (exige
pela preposição em. a preposição a).
Exemplo: Maria mora em Florianópolis. / Maria Exemplo: O funcionário aspirava a uma promoção.
reside em Florianópolis.
• Assistir
Obedecer/desobedecer – exigem a preposição a. a) no sentido de prestar assistência, ajudar, so-
Exemplo: Alguns funcionários obedecem às re- correr → VTD
gras da empresa. / Alguns funcionários desobede- Exemplo: O gerente assistia os trainees da sua
cem às regras da empresa. equipe.
b) no sentido de ver, presenciar → VTI (exige a
Preferir - exige dois complementos: um sem pre- preposição a).
posição e o outro com a preposição a. Exemplo: Antes da mudança de diretoria, os
Exemplo: Pre昀椀ro Administração Financeira a Re- funcionários não podiam assistir à apresentação
cursos Humanos. trimestral dos resultados da companhia.
c) no sentido de caber, pertencer → VTI (exige a
Simpatizar/antipatizar – exigem a preposição com. preposição a).
Exemplo: Simpatizo com a área de Recursos Hu- Exemplo: Assiste ao empregado o direito de re-
manos/Antipatizo com a área de Recursos Humanos. ceber pelas horas extras trabalhadas.
d) no sentido de morar, residir → VI (exige a pre-
Verbos que apresentam mais de uma regência posição em).
Exemplo: O funcionário assistiu em Itabuna por
• Agradar muito tempo.
a) no sentido de acariciar → VTD.
Exemplo: Maria agradava a colega que havia sido • Atender
hostilizada pelo chefe. Quando o complemento é pessoa, é mais comum
b) no sentido de ser agradável → VTI. o uso do objeto direto. Se não se trata de pessoa,
Exemplo: Os resultados da empresa agradaram utiliza-se, indiferentemente, objeto direto ou objeto
aos diretores. indireto, embora seja mais comum o uso do objeto
indireto.
• Agradecer Exemplos: João atenderá os fornecedores por
a) no sentido de mostrar-se grato, quando o ob- ordem de chegada.
jeto for coisa → VTD. A recepcionista sempre atendia aos telefonemas
Exemplo: O cliente agradeceu o atendimento da de maneira educada.
equipe.
b) no sentido de manifestar gratidão, quando o • Esquecer, esquecer-se/lembrar, lembrar-se
objeto for pessoa ou ser personi昀椀cado → VTI. a) Quando não são pronominais, são usados sem
Exemplo: O cliente agradeceu à equipe de aten- preposição.
dimento. Exemplo: Esqueci o relatório de vendas em casa.
c) no sentido de manifestar gratidão e/ou re- b) Quando são pronominais, são acompanhados
compensar, retribuir, quando se refere a coisas e pela preposição de.
pessoas → VTDI. Exemplo: Lembrava-se sempre de atualizar a po-
Exemplo: O cliente agradeceu o excelente aten- sição do Contas a Pagar.
dimento à equipe.
• Proceder
• Aspirar a) no sentido de ter fundamento → VI (sem pre-
a) no sentido de cheirar, sorver → VTD posição).
Exemplo: O funcionário aspirou produto tóxico.
Regra: se os substantivos são de gêneros dife- Regra: se o predicativo estiver anteposto ao su-
rentes e estão no singular → o adjetivo vai para o jeito e o verbo de ligação estiver no singular → o ad-
masculino plural ou concorda com o substantivo jetivo concordará com o substantivo mais próximo.
mais próximo. Exemplo: Está elevada a meta e as taxas.
Exemplos:
a alegria e o comprometimento preservados. • Mesmo
ou Essa palavra pode ser pronome, advérbio ou pa-
a alegria e o comprometimento preservado. lavra denotativa de inclusão.
Regra: se os substantivos têm o mesmo gênero, Regra: quando é pronome de reforço, concorda
mas têm números diferentes → o adjetivo conser- com o substantivo a que se refere.
va o gênero dos substantivos e vai para o plural ou Exemplo: Os gestores mesmos resolveram pre-
ainda pode conservar o gênero dos substantivos, encher os formulários.
mas concordar em número com o substantivo mais Regra: quando é advérbio (mesmo= realmente),
próximo. é invariável.
Exemplos: Exemplo: A assistente resolveu mesmo o problema.
taxas e meta preservadas. Regra: quando é palavra denotativa de inclusão
ou (mesmo=inclusive), é invariável.
taxas e meta preservada. Exemplo: Mesmo um estagiário pode atualizar as
Regra: se os substantivos são de gêneros dife- informações no sistema.
rentes e estão no plural → o adjetivo geralmente vai
para o plural e para o gênero do substantivo mais • Anexo
próximo. Mas, pode acontecer também de o adjetivo Regra: o adjetivo “anexo” deve concordar com o
ir para o masculino plural. substantivo que modi昀椀ca.
Exemplos: Exemplos: Os resultados da empresa estão ane-
impostos e taxas elevadas. xos à mensagem.
ou As demonstrações 昀椀nanceiras foram anexas ao
impostos e taxas elevados. relatório da administração.
Regra: se os substantivos são de gêneros e nú- Obs.: a expressão “em anexo” é invariável. Exem-
meros diferentes → o adjetivo pode ir para o mas- plo: As planilhas estão sendo enviadas em anexo.
culino plural ou ser usado com gênero e número do
substantivo mais próximo. • Bastante
Exemplos: Regra: quando “bastante” é pronome, concorda
índice e taxas alterados. com o substantivo a que se refere.
ou Exemplo: Durante a auditoria, bastantes proce-
índice e taxas alteradas. dimentos foram realizados.
Regra: quando “bastante” é advérbio, é invariável.
• Adjetivo com função de predicativo: Exemplo: Os investidores estavam bastante es-
Regra: se o sujeito composto for constituído por perançosos.
substantivos de mesmo gênero → o adjetivo con- • É bom, é proibido, é necessário
cordará com o gênero dos substantivos e irá para o Regra: quando o substantivo que atua como su-
plural. jeito da oração “é necessário” vem precedido por um
Exemplo: a alegria e a responsabilidade estão elemento determinante, como o artigo → o adjetivo
preservadas. concorda em gênero e número com o substantivo.
Regra: se o sujeito composto for constituído por Exemplos: A cautela no manuseio do equipa-
substantivos de gêneros diferentes → o adjetivo irá mento é necessária.
para o masculino plural. É proibida a entrada de pessoas não autorizadas.
Exemplo: a responsabilidade e o humor estão
preservados.
Regra: quando o substantivo não vem precedido • Sujeito composto formado por pessoas gramati-
por determinante → o adjetivo permanece no mas- cais diferentes.
culino singular. Regra: o verbo irá para o plural e 昀椀cará na pes-
Exemplos: É necessário cautela no manuseio do soa de número mais baixo.
equipamento. • eu + tu/você + ele → verbo na 1ª pessoa do
É proibido entrada de pessoas não autorizadas. plural (nós)
• eu + tu ou eu + você → verbo na 1ª pessoa do
• Meio plural (nós)
Essa palavra pode ser numeral ou advérbio. • eu + ele → verbo na 1ª pessoa do plural (nós)
Regra: quando é numeral (meio= metade), con- • tu/você + ele → verbo na 2ª ou 3ª pessoas do
corda com a palavra a que se refere. plural (vós, vocês)
Exemplo: Ele realizou a reunião em meia hora. Exemplos:
Regra: quando é advérbio (meio= um pouco), é Eu, você e ele estaremos na empresa no sábado,
invariável. à noite.
Exemplos: O administrador 昀椀cou meio preocu- Você e Mário estarão na empresa no sábado, à
pado com a situação da empresa. noite.
A administradora 昀椀cou meio preocupada com a
situação da empresa. • Sujeito composto seguido de aposto recapitu-
lativo (tudo, nada, ninguém, nenhum, cada um)
CONCORDÂNCIA VERBAL Regra: o verbo 昀椀ca no singular, concordando com
o aposto.
Regra geral: o verbo concorda em número e pes- Exemplo: Os melhores especialistas, consultores
soa com o núcleo do sujeito a que se refere. e sistemas, tudo tem sido contratado para aprimorar
Exemplos: os controles internos da companhia.
O presidente nomeia os líderes das áreas no iní-
cio de cada ciclo. • Núcleos do sujeito ligados por “com”
Os presidentes nomeiam os líderes das áreas no Regra: quando se deseja atribuir a ação verbal a
início de cada ciclo. todos os elementos → verbo vai para o plural
Exemplo: O coordenador com os assistentes ela-
Casos especiais: boraram a ementa do curso de capacitação.
• Sujeito composto anteposto ao verbo: Regra: quando se deseja realçar a ação do ante-
Regra geral: sujeito formado por elementos co- cedente → verbo concorda com o antecedente (nor-
ordenados → verbo no plural. malmente, nesse caso, o segmento introduzido por
Exemplos: "com" 昀椀ca entre vírgulas)
O PIS e a COFINS são impostos incidentes sobre Exemplo: O coordenador, com os assistentes,
a receita. elaborou a ementa do curso de capacitação.
O PIS e a COFINS têm a mesma base de cálculo.
• Núcleos do sujeito ligados por “nem"
Outros casos de sujeito composto anteposto ao Regra: o verbo é, normalmente, usado no plural,
verbo: mas pode ser usado também no singular.
• Sujeito composto formado de palavras sinônimas Exemplo: Nem Ana nem Paula vieram trabalhar
Regra: verbo 昀椀ca no plural ou concorda com o hoje.
núcleo mais próximo. Obs.: o verbo 昀椀cará obrigatoriamente no plural
Exemplos: Alegria e contentamento marcou a quando “nem... nem...” estiver seguido de substan-
reação da equipe à notícia do resultado da empresa. tivos no plural.
ou
Alegria e contentamento marcaram a reação da
equipe à notícia do resultado da empresa.
• Núcleos do sujeito ligados por "ou" • O pronome relativo "que" na função de sujeito
Regra: quando a ação verbal se refere a todos Regra: o verbo concorda com o termo antece-
os elementos do sujeito → o verbo vai para o plural. dente.
Exemplo: Um administrador ou um contador são Exemplos: Fui eu que solicitei o material.
capazes de ocupar essa função. Foi o supervisor que solicitou o material.
Regra: quando se trata de uma reti昀椀cação → o
verbo concorda com o elemento mais próximo. • Expressões partitivas (a maior parte de, grande
Exemplo: O presidente ou o vice pode assinar o número de, a maioria de, uma parte de) + subs-
documento. tantivo no plural
Regra: quando a ação verbal se aplica a um dos Regra: o verbo pode ser usado no singular, con-
elementos apenas → o verbo 昀椀ca no singular, con- cordando com o núcleo da expressão partitiva, ou
cordando com o mais próximo. no plural, concordando com o substantivo subse-
Exemplo: João ou Antônio me substituirá duran- quente à expressão.
te minhas férias. Exemplos: A maior parte das empresas daquele
grupo está sendo investigada.
• Sujeito constituído pelas expressões "Um e ou- ou
tro", “nem um nem outro” A maior parte das empresas daquele grupo es-
Regra: o verbo pode ser usado no singular ou no tão sendo investigadas.
plural.
Exemplos: Um e outro já chegou. / Um e outro • Expressões que indicam quantidade aproximada
já chegaram. (mais de, menos de, perto de) + numeral
Nem um nem outro veio trabalhar. / Nem um Regra: o verbo concorda com o numeral.
nem outro vieram trabalhar. Exemplos: Cerca de mil funcionários entraram
em greve.
• Sujeito composto posposto ao verbo Mais de um funcionário reclamou das condições
Regra geral: o verbo 昀椀ca no plural ou concorda de trabalho.
com o núcleo mais próximo.
Exemplos: • Porcentagem
Devem entrar em vigor, a partir de janeiro, a Regra: quando o sujeito é composto pela ex-
nova diretriz do CFC e os novos pronunciamentos pressão numérica de uma porcentagem → o verbo
contábeis. concorda com a expressão numérica.
ou Exemplo:
Deve entrar em vigor, a partir de janeiro, a nova A maior incidência de desemprego ocorre entre
diretriz do CFC e os novos pronunciamentos contá- os 20 e 24 anos e 65% têm menos de 30 anos de idade.
beis. Regra: quando a expressão numérica indicativa
de porcentagem vier acompanhada de substanti-
Outro caso de sujeito composto posposto ao vo → o verbo concordará com o numeral ou com o
verbo: substantivo.
Regra: quando a ação for re昀氀exiva → o verbo vai Exemplos:
para o plural. 10% da população brasileira tem dado entrada
Exemplo: Abraçaram-se líder e liderado. no seguro desemprego.
ou
• O pronome relativo "quem" na função de sujeito 10% da população brasileira têm dado entrada
Regra: o verbo é usado na 3ª pessoa do singular no seguro desemprego.
ou concorda com o termo antecedente.
Exemplos: • Pronome de tratamento em posição de sujeito
Fui eu quem solicitou o material. Regra: o verbo 昀椀cará sempre na 3ª pessoa.
ou Exemplo: Vossa Excelência será bem-vindo.
Fui eu quem solicitei o material.
priorizar, o que pode ser feito de duas maneiras: O funcionário que se predispôs a ajudá-lo não
conscientizando os colaboradores de que a saúde tinha o conhecimento necessário.
é um patrimônio de valor inestimável e que a ali- • conjunções subordinativas
mentação está entre os 40% dos fatores que mais Exemplo: Quando a transferiram de unidade, ela
matam ou invalidam pessoas em todo o mundo, se- não se adaptou.
gundo a Organização Mundial de Saúde, e utilizando • preposição “em” seguida de gerúndio
ferramentas (palestras, cursos e técnicas) que dão Exemplo: Em se tratando do artigo 29, caso um
suporte psicológico e maturidade disciplinar para segurado tenha doença grave, ele pode solicitar a
mudanças de hábito.” (Disponível em http://www. antecipação do pagamento a que tem direito.
catho.com.br/carreira-sucesso/gestao-rh/investir-
-na-qualidade-de-vida-do-funcionario-aumenta-a- Além disso, justi昀椀cam também a próclise:
-produtividade-da-empresa. Acesso em 06/02/2016.) • frases exclamativas
• introduzindo um esclarecimento ou uma ex- Exemplo: Como me sinto bem aqui!
plicação: • frases interrogativas
Exemplos: Na faculdade, descobri uma pro昀椀ssão Exemplo: Quando te chamaram?
maravilhosa: a contabilidade. • frases que exprimam desejo
Disse-me algo importante: que eu fora aprovada Exemplo: Que Deus nos ajude!
em todas as fases da seleção.
• Mesóclise
COLOCAÇÃO PRONOMINAL A mesóclise ocorre apenas quando os verbos es-
tão no futuro do presente ou no futuro do pretérito
Os pronomes pessoais oblíquos átonos, em rela- (desde que a próclise não se justi昀椀que).
ção aos verbos, podem ser usados em três posições. Exemplo:
Entregar-lhe-ei o resultado da pesquisa de sa-
• Próclise tisfação assim que estiver pronto.
No Português brasileiro a tendência dos falantes Se precisassem, procurar-me-iam em minha sala.
é de usar o pronome em posição proclítica, ou seja, Se houver um dos elementos que justi昀椀que a
antes do verbo. A gramática normativa estabelece, ocorrência de próclise, a mesóclise é desfeita.
entretanto, que a próclise ocorre apenas quando Exemplo: Isso nos levará a procurar ajuda. (o
houver palavras que “atraiam” o pronome para an- pronome “isso” atrai o oblíquo “nos”)
tes do verbo.
Palavras que atraem os pronomes oblíquos jus- • Ênclise
ti昀椀cando a próclise: A ênclise é, segundo a gramática normativa, ba-
• palavras de sentido negativo seada no Português escrito de Portugal, a posição
Exemplos: “normal” do pronome. Por isso, os gramáticos norma-
Não nos dirigiu a palavra enquanto realizava os tivos prescrevem que só não se usa a ênclise se hou-
procedimentos. ver justi昀椀cativa para a próclise ou para a mesóclise.
Ninguém lhes informou que deveriam elaborar A ênclise é necessária quando houver:
todos os relatórios 昀椀nanceiros em um dia. • verbo iniciando a oração
• advérbios Exemplo: Entregou-me as informações solicitadas.
Exemplos: Sempre me pedem ajuda. • verbo no imperativo a昀椀rmativo
Recentemente nos interessamos pela contabili- Exemplo: Certi昀椀que-se de que as alterações pro-
dade gerencial. postas foram realizadas.
• pronomes substantivos (inde昀椀nidos, demons- • verbo no gerúndio
trativos, relativos) Exemplo: Os contadores precisam reconhecer
Exemplos: Alguém me procurou na recepção da as necessidades de seus clientes, oferecendo-lhes
empresa? soluções pertinentes.
Isso nos leva a solicitar ajuda.
Agora observe outro exemplo: Muitos impostos Algumas frases usadas como exemplos foram
são apurados com base na receita da companhia. O retiradas dos seguintes textos:
ISS é um deles. 10. Abordagens éticas para o pro昀椀ssional contábil. Con-
Nesse segundo exemplo, o termo referencial é selho Federal de Contabilidade. Brasília: CFC, 2003.
“ISS”, pois é ele quem remete ao referente “ impos- 11. Investir na qualidade de vida do funcionário au-
tos” que está na frase anterior. Logo, dizemos, nesse menta a produtividade da empresa. Publicado em
caso, que “ISS” é hipônimo de “impostos”. 14/03/2011. Disponível em http://www.catho.com.
br/carreira-sucesso/gestao-rh/investir-na-qualida-
• Expressões caracterizadoras: de-de-vida-do-funcionario-aumenta-a-produtivi-
dade-da-empresa. Acesso em 06/02/2016.
A expressão caracterizadora é um recurso de
coesão valioso porque, além de ligar as partes do
texto, ainda acrescenta informações ao termo refe-
rente.
Exemplo: Antônia se formou em 2003. A dedica-
da administradora trabalha em sua própria empresa
desde então.
O termo “a dedicada administradora” retoma o
termo “Antônia” da primeira frase e ainda acrescen-
ta a informação de que Antônia é uma administra-
dora dedicada.
REFERÊNCIAS
guma coisa. No geral, a maioria das construções Ⓓ Se o candidato B ganhou as eleições, então Bra-
fundamentais da lógica proposicional fala de sília é a capital do Brasil.
situações contingenciais, em que, para determi- Ⓔ Se Brasília é a capital do Brasil, então o candida-
narmos a verdade ou falsidade de alguma coisa, to B ganhou as eleições.
precisamos conhecer os valores de verdade das
condições iniciais. Grau de Di昀椀culdade
• Equivalência: é quando temos duas a昀椀rmações
aparentemente distintas, mas que trazem o DICA DO AUTOR: Sim, nesta questão temos a de昀椀nição
mesmo valor de verdade. Isso acontece em mui- de silogismo, e por isso ela está aqui (podem ler a
tas situações – por exemplo, “x = 4” e “3x = 12” de昀椀nição de silogismo descrita na dica do autor da
são a昀椀rmações equivalentes; isso signi昀椀ca que, primeira questão, e comparem com esta da segunda
se for verdade que x = 4, então é necessariamen- questão).
te verdade que 3x = 12, e vice-versa (inclusive, Juntemos essas informações com a noção de “ impli-
vamos abordar mais sobre isso ao falarmos de cação lógica”:
conectivos lógicos). • Implicação (ou condicional): também conhecida
Vamos agora à questão. Está dito que, na eleição como “se... então”, é a relação entre duas a昀椀r-
para presidente, no segundo turno, o candidato A mações em que uma primeira é vista como uma
será eleito ou não será eleito. “hipótese” (que pode ser verdadeira ou falsa) e a
Pelas de昀椀nições que vimos acima, isso é claramente outra é uma “tese”. Funciona da seguinte forma:
uma tautologia (a昀椀rmação que sempre será verdade, caso a hipótese seja verdadeira, então podemos
independente das condições), pois ela a昀椀rma que a昀椀rmar que a tese é verdadeira também. Porém,
um evento X (candidato A será eleito) vai acontecer caso a hipótese seja falsa, então não podemos
ou não vai acontecer (“X ou não-X”). a昀椀rmar nada sobre a tese (ela ainda pode ser
Resposta: Ⓑ verdadeira, mas também pode ser falsa).
O símbolo usado para indicar uma implicação lógica
02. Questão é este: “⇒”.
Agora, tudo que precisamos fazer é aplicar o que
(IBEG – ELETROBRÁS / ACRE – 2014) Um Silogismo é um ter- aprendemos para encontrar a resposta correta.
mo 昀椀losó昀椀co perfeito com o qual Aristóteles desig- Vamos começar transformando as a昀椀rmações em
nou a argumentação lógica perfeita, constituída de linguagem simbólica:
três proposições declarativas que se conectam de Chamamos “A” a a昀椀rmação de que “Brasília é a ca-
tal modo que a partir das duas premissas iniciais é pital do Brasil”.
possível deduzir uma conclusão. De acordo com as Chamamos “B” a a昀椀rmação de que “o PT ganhou as
declarações a seguir: eleições para presidente”.
Chamamos “C” a a昀椀rmação de que “o candidato B
I. Se Brasília é a capital do Brasil, então o PT ga- perdeu as eleições”.
nhou as eleições para presidente. Temos então que:
II. Se o PT ganhou as eleições para presidente, en- A proposição I diz que “A implica em B” (ou ainda,
tão o candidato B perdeu as eleições. “A ⇒ B”).
Já a proposição II diz que “B implica em C” (ou ainda,
É possível concluir que: “B ⇒ C”).
Agora, aplicando a noção de silogismo: “A ⇒ B” e “B ⇒
Ⓐ Se o PT ganhou as eleições para presidente, en- C” signi昀椀cam, juntos, que “A ⇒ C” (“A implica em C”).
tão Brasília é a capital do Brasil. Ou seja: “se Brasília é a capital do Brasil, então o
Ⓑ Se o PT perdeu as eleições para presidente, en- candidato B perdeu as eleições”.
tão Brasília é a capital do Brasil. Resposta: Ⓒ
Ⓒ Se Brasília é a capital do Brasil, então o candida-
to B perdeu as eleições.
Ⓐ O céu é azul e a Terra não é redonda. (IDECAN – SECRETARIA DE PORTOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
Ⓑ Se a Terra não é redonda, então o céu não é azul. – 2014) A昀椀rmar que não é verdade que “se Pedro não
Ⓒ O céu não é azul se, e somente se, a Terra não é brasileiro, então João é corintiano” é equivalente
é redonda. a dizer que:
Ⓓ A Terra é redonda e o céu não é azul.
Ⓐ ou Pedro é brasileiro ou João não é corintiano.
Grau de Di昀椀culdade Ⓑ Pedro não é brasileiro e João não é corintiano.
Ⓒ Pedro não é brasileiro ou João não é corintiano.
DICA DO AUTOR: Vamos agora ao conceito de “negação Ⓓ se João não é corintiano, então Pedro é brasileiro.
lógica”. Uma negação lógica acontece quando, dada Ⓔ se Pedro não é brasileiro, então João é corintiano.
uma proposição qualquer com valores de verdade
conhecidos, a昀椀rmamos uma outra proposição sobre Grau de Di昀椀culdade
o mesmo tema, mas com todos os valores de verda-
de invertidos. Quando fazemos isto, estamos negan- DICA DO AUTOR: Vamos direto à questão. A proposição é:
do a proposição anterior. “se Pedro não é brasileiro, então João é corintiano”.
O símbolo usado para indicar uma negação lógica Chamamos de “A” a a昀椀rmação de que “Pedro é bra-
é este: “¬”. sileiro”.
Dito isso, vamos destacar aqui a negação da impli- Chamamos de “B” a a昀椀rmação de que “João é corin-
cação lógica: thiano”.
Como a nossa a昀椀rmação começa com “Pedro não é
p q p⇒q ¬(p ⇒ q) p ⇒ ¬q brasileiro”, então na verdade estamos começando
V V V F F com a negação de A, ou seja, “¬A” (lê-se “não-A”).
V F F V V Assim, a nossa proposição se tornou um “¬A ⇒ B”, em
linguagem simbólica.
F V V F F
Para negar isso, escrevemos então “¬A < ¬B” (“não-A
F F V F F
e não-B”).
Voltando à linguagem textual, temos que “Pedro não
Portanto, temos aqui que a conjunção entre a verda- é brasileiro e João não é corintiano”.
de da hipótese e a falsidade da tese (ou a negação Resposta: Ⓑ
da tese) é a negação da implicação lógica.
Com isso, podemos resolver esta questão e também 05. Questão
a próxima.
Esclarecido esse assunto, vamos à questão. A pro- (BIORIO – NUCLEP – 2014) Sempre que é feriado, Adamas-
posição é: “se a Terra é redonda, então o céu é azul”. tor vai pescar ou vai ao cinema. Hoje não é feriado.
Chamamos de “A” a a昀椀rmação de que “a Terra é re- Assim, hoje Adamastor:
donda”.
Chamamos de “B” a a昀椀rmação de que “o céu é azul”. Ⓐ não foi pescar nem foi ao cinema.
Assim, a nossa proposição se tornou um “A ⇒ B”, em Ⓑ foi pescar mas não foi ao cinema.
linguagem simbólica. Ⓒ foi ao cinema mas não foi pescar.
Para negar isso, escrevemos então “A<¬B” (“A e Ⓓ pode ter ido ao cinema ou ido pescar.
não-B”). Ⓔ não foi pescar.
Ⓐ
Como já dissemos antes, não podemos a昀椀rmar nada
sobre a tese. Mas, isso nos diz mais ainda: signi昀椀ca
que a tese pode ser verdade ou não, e isso não con-
tradiz em nada a implicação lógica.
Sendo assim, devemos 昀椀car atentos a isso. Ⓑ
Vamos agora à questão.
A primeira proposição é: “sempre que é feriado,
Adamastor vai pescar ou vai ao cinema”. Podemos
reescrever assim: “se é feriado, então Adamastor vai
pescar ou vai ao cinema”. Ⓒ
Chamamos de “A” a a昀椀rmação de que “é feriado”.
Chamamos de “B” a a昀椀rmação de que “Adamastor
vai pescar”.
Chamamos de “C” a a昀椀rmação de que “Adamastor
vai ao cinema”. Ⓓ
Para descrevermos a situação em que pelo menos
uma das situações entre B e C acontece, escrevemos
a disjunção “B ou C” (em linguagem simbólica, “B >
C”). Grau de Di昀椀culdade
Assim, a nossa proposição se tornou um “A ⇒ (B >
C)”, em linguagem simbólica. DICA DO AUTOR: Agora, vamos às questões de lógica
Em seguida, surge a informação de que “hoje não é pura. Puzzles lógicos ou questões que testam a inte-
feriado”. Portanto, o valor de verdade para A no dia ligência visual serão abordados aqui.
de hoje é falso. Sendo assim, todas as possibilidades Esta, por exemplo, é uma questão de pura observa-
de valor de verdade para B e C mantêm a implicação ção. Se você for atento a detalhes visuais, poderá ver
verdadeira, como podemos ver abaixo: rapidamente qual é a resposta correta.
As alternativas A, B e C trazem a mesma 昀椀gura; a úni-
A B>C A ⇒ (B >C) ca diferença é que essa 昀椀gura aparece rotacionada
F V V em ângulos diferentes.
F F V
Já a alternativa D traz uma 昀椀gura que é “espelhada” um chefe e três funcionários. A tabela abaixo mostra
em relação às demais (compare as 昀椀guras das alter- as escalas de plantão para quatro dias:
nativas B e D).
Resposta: Ⓓ Dia Equipe
1 Márcio, Batista, Cardoso e Dorival
07. Questão 2 Márcio, Batista, Lopes e Gastão
3 Batista, João, Cardoso e Lopes
(BIORIO – NUCLEP – 2014) No planeta distante de XFRYW,
4 Dorival, Lopes, Batista e Gastão
cada ano tem 262 dias. JCV mora nesse planeta e
resolveu dar uma festa na qual quer ter certeza de
que ao menos duas pessoas fazem aniversário no Nessas escalas há dois chefes e cinco funcionários.
mesmo dia. para isso, JCV terá de reunir no mínimo a Os chefes são:
seguinte quantidade de pessoas:
Ⓐ Cardoso e Batista.
Ⓐ 263. Ⓑ Márcio e Lopes.
Ⓑ 524. Ⓒ Cardoso e Gastão.
Ⓒ 1.580. Ⓓ Dorival e João.
Ⓓ 36.460. Ⓔ Lopes e João.
Ⓔ 42.520.
Grau de Di昀椀culdade
Grau de Di昀椀culdade
DICA DO AUTOR: Aqui nós temos um pequeno puzzle. Se
DICA DO AUTOR: Para esta questão, enunciaremos o Teo- você gosta de jogos de raciocínio, pode se divertir
rema de Dirichlet, também conhecido como o Princí- com esta questão e, quando descobrir a resposta
pio das Casas dos Pombos: (ou quando se cansar), pode conferir aqui.
“Se n pombos devem ser postos em m casas, e se n Sabemos que as equipes que 昀椀cam de plantão num
> m, então pelo menos uma casa irá conter mais de certo setor são formadas por um chefe e três funcio-
um pombo.” nários. Sabemos também que existem sete integran-
Dito isto, é fácil ver que, dado que temos m casas, tes da empresa, sendo dois chefes e cinco funcioná-
o número mínimo de pombos para atingirmos essa rios, para montar essas equipes.
condição do teorema é m + 1. Pensando bem, o que precisamos encontrar são
Resolução duas pessoas que:
Seja o planeta XFRYW, com seus 262 dias por ano. 1. não estejam trabalhando juntas em nenhuma
Assim, sabemos que, se JCV chamar 262 pessoas para equipe;
a sua festa, ainda existe a possibilidade de cada uma 2. não deixem passar nenhum dia sem ter um deles
fazer aniversário num dia diferente. na equipe.
Porém, basta adicionar mais 1 pessoa à festa que, Se encontrarmos duas pessoas que satisfazem a
pelo Princípio das Casas dos Pombos, teremos pelo essas condições, então esses dois são os principais
menos duas pessoas fazendo aniversário no mesmo candidatos a serem os chefes das equipes.
dia do ano do planeta XFRYW. Dito isso, é só observar: e então podemos ver que
Sendo assim, JCV deve reunir, no mínimo, 263 pessoas. Cardoso e Gastão preenchem os requisitos (Cardoso
Resposta: Ⓐ está nos dias 1 e 3; Gastão está nos dias 2 e 4). Além
disso, checamos que nenhum outro par de membros
08. Questão de equipe que satisfaça aos postulados acima.
Portanto, vimos que Cardoso e Gastão são os chefes
(BIORIO – NUCLEP – 2014) As equipes que 昀椀cam, a cada das equipes.
turno, de plantão num certo setor são formadas por Resposta: Ⓒ
Grau de Di昀椀culdade
Agora, vamos ao tempo de leitura: João demora 4 mi- “Foi ano da segunda metade do século XX” e “a soma
nutos e meio (4,5 minutos) para ler uma página; para de seus algarismos é 22”. Isso nos dá 5 possibilida-
ler 49 páginas, ele gastará o tempo de: des: 1957, 1966, 1975, 1984 e 1993.
49 × 4,5 = 220,5 minutos. Agora, vamos para a a昀椀rmação 2, que tem informa-
Agora, vamos converter isso para minutos e segundos: ções muito sutis: “começou num domingo e termi-
220,5 minutos = 220 minutos e 30 segundos. nou numa segunda-feira”. E agora, ninguém sabe de
Por 昀椀m, para converter de minutos para horas, usa- cor o calendário desses anos pra saber até mesmo
remos o algoritmo da divisão com resto: os dias da semana! O que fazer?
220 minutos ÷ 60 = 3 horas, com resto de 40 minutos. Calma, não vamos nos desesperar. Vamos trabalhar
Logo, 220,5 minutos = 3h 40min 30s. com o que nós conhecemos.
Resposta: Ⓑ - Quantos dias tem um ano normal? 365 dias, ok.
- E um ano bissexto? Esse tem 366 dias.
11. Questão - Em que isso vai nos ajudar? Em tudo.
Todos sabem que uma semana tem 7 dias. Então, o
(CONSULPLAN – MAPA – 2014) Considere os seguintes da- que precisamos fazer é veri昀椀car quantas semanas
dos de certo ano: têm um ano comum, e quantos dias sobram. Dividi-
remos 365 dias de um ano por 7 dias de uma semana,
• foi ano da segunda metade do século XX; através do algoritmo da divisão com resto:
• começou num domingo e terminou numa segun- 365 ÷ 7 = 52 semanas, com resto de 1 dia.
da-feira; Isso signi昀椀ca que um ano comum só poderia come-
• a soma de seus algarismos é 22. çar num domingo e terminar num domingo! (ou co-
meçar numa segunda e terminar numa segunda, ou
O ano em questão é: começar em qualquer outro dia da semana e termi-
nar no mesmo dia da semana). Portanto, o ano em
Ⓐ 1966. questão só pode ser bissexto – e, de fato, ao dividir
Ⓑ 1975. 366 por 7, obtemos 52 semanas com resto de 2 dias
Ⓒ 1984. (domingo e segunda, ok).
Ⓓ 1993. Agora, um pouco mais de conhecimentos gerais: um
ano bissexto corresponde obrigatoriamente a um
Grau de Di昀椀culdade número múltiplo de 4 (exemplos: 2004, 2008, 2012).
Isso nos dá a informação de que o ano em questão é
DICA DO AUTOR: Nesta questão, voltamos a trabalhar o 1984 (faça a divisão de 1984 por 4 e verá que o re-
com o algoritmo da divisão com resto, mas, além sultado é um número inteiro, ou que o resto é zero;
disso, precisamos de alguma cultura geral para re- ou seja, 1984 ÷ 4 é uma divisão exata).
solver esta questão. Em especial, precisamos co- Resposta: Ⓒ
nhecer anos bissextos e, acima de tudo, precisamos
PERCEBER que vamos trabalhar com anos bissextos; OPERAÇÕES COM FRAÇÕES/
interpretação é tudo aqui. PORCENTAGEM
Anos bissextos são anos que têm 366 dias, e nós os
identi昀椀camos da seguinte maneira: todo ano bissex- 12. Questão
to é um múltiplo de 4 (ou seja, se dividirmos o nú-
mero do ano por 4, teremos uma divisão exata, com (IDECAN – SECRETARIA DE PORTOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
resto igual a 0). – 2014) A geratriz da dízima periódica 0,2333... é uma
Resolução fração do tipo p/q, em sua forma irredutível. O valor
Para descobrir qual é o ano do qual a questão está de p + q é:
falando, vamos começar analisando as informações
mais simples: no caso, as a昀椀rmações 1 e 3: Ⓐ 37.
Ⓑ 38. Ⓐ 0.
Ⓒ 39. Ⓑ 1/5.
Ⓓ 40. Ⓒ 2/5.
Ⓔ 41. Ⓓ 3/5.
Ⓔ 1/2.
Grau de Di昀椀culdade
Grau de Di昀椀culdade
DICA DO AUTOR: Vamos agora às frações. Esta é uma
questão bem direta, em que precisamos procurar a DICA DO AUTOR: Essa questão é muito rápida de se fazer,
fração geratriz de uma dízima periódica. Existe uma mas também é muito fácil de errar – e também de
fórmula para isso, mas aqui vamos mostrar que ela perder tempo tentando resolvê-la – se não conhe-
não é necessária, pois existe um método muito mais cermos bem os fundamentos básicos a respeito dos
lógico, sem deixar de ser simples. números racionais (conjunto numérico no qual as
Primeiramente, vamos chamar essa fração de “x” frações estão incluídas).
(como uma incógnita simples). Então: O fundamento que precisamos saber é que, no con-
x = 0,2333... junto dos números racionais, todo número diferente
Multiplicando essa equação por 10, para que o pe- de zero possui inverso multiplicativo. Isso signi昀椀ca:
ríodo comece da primeira casa decimal: no conjunto dos números racionais, toda divisão
10x = 2,3333... possível é exata (usamos o termo “possível” aqui
Multiplicando novamente por 10 elevado à quanti- para lembrar que é impossível dividir por zero).
dade de algarismos do período (neste caso, 101 = 10, Pronto. A dica acima resolve a questão, pois, se toda
mesmo): divisão possível entre números racionais é exata,
100x = 23,3333... isso signi昀椀ca que toda divisão entre números racio-
Agora, vamos subtrair as duas últimas equações que nais deixa resto igual a zero.
temos: Resposta: Ⓐ
100x=23,3333…
{ 10x=2,3333… RAZÕES E PROPORÇÕES
E então:
90x = 21 14. Questão
Agora que eliminamos o período, podemos escrever
a fração e colocá-la na forma irredutível: (CAIP – FUMEC / CEPROCAMP – 2015) Em determinado con-
x = 21 = 7 curso somente para os cargos A e B, os candidatos
90 30 podiam apenas se inscrever para um desses cargos.
Portanto, temos que p = 7 e q = 30. Ao 昀椀nal do prazo para as inscrições, identi昀椀cou-se
Logo, p + q = 7 + 30 = 37. que razão entre o número de candidatos inscritos
Resposta: Ⓐ para o cargo A e o número de candidatos inscritos
para o cargo B podia ser representada pela fração
13. Questão 7/9. Sabendo-se que 5.600 candidatos se inscreve-
ram nesse concurso, é correto a昀椀rmar que o número
(IADES – SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL – de candidatos inscritos para o cargo A foi:
2014) A dona da confeitaria havia cortado vários bo-
los iguais em pedaços de 1/5, e haviam sobrado 7 Ⓐ 4.356.
desses pedaços. Ela separou-os de dois em dois, ob- Ⓑ 2.450.
tendo 3 pacotes com 2/5 de bolo em cada, sobrando Ⓒ 1.244.
ainda 1/5. Fazendo-se a divisão usual, tem-se 7/5 ÷ Ⓓ 3.801.
2/5 = 7/2 = 31/2. Apesar dos resultados diferentes, é
correto a昀椀rmar que o resto da divisão matemática Grau de Di昀椀culdade
de 7/5 por 2/5 é igual a:
n
Ⓐ 7! C k= n
Ⓑ 72 k! × (n-k)!
Ⓒ (7)7
Ⓓ 7+7 Legenda: n e k são números naturais e “x!” é a nota-
Ⓔ 2×7 ção para “x fatorial” (vide exemplo acima).
Um pai comprou 6 barras de chocolate, sendo 2 de
Grau de Di昀椀culdade chocolate branco e as outras de chocolate preto. Esse
pai pretende entregar 1 para cada um de seus 6 昀椀lhos.
DICA DO AUTOR: Começaremos agora as questões de Essa é uma questão de combinação porque o que
Análise Combinatória. Primeiramente, vamos usar precisamos fazer é contar as possibilidades de “du-
o conceito de permutação, que ocorre quando te- plas de 昀椀lhos” que receberão chocolate branco.
mos que descobrir de quantas maneiras podemos Aplicaremos então a fórmula para a combinação de
organizar uma quantidade qualquer de elementos 6 elementos, 2 a 2:
numa 昀椀la.
6
Segue a fórmula básica para a permutação de n ele- C2 = 6!
mentos: 2! × 4!
P(n) = n!
Legenda: n é um número inteiro positivo, P(n) é a C 62 = 6 x 5 = 15 formas diferentes de distribuir
função “permutações de n” e n! é chamado de “n fa- 2x1 os chocolates
torial”.
Exemplo para uma permutação de 5 elementos: P(5) Resposta: Ⓐ
= 5! = 5 × 4 × 3 × 2 × 1 = 120 possibilidades.
Temos 7 candidatos a prefeito. Podemos organizá- ESTATÍSTICA BÁSICA E PROBABILIDADE
-los em P(7) = 7! posições (sim, é só isso a questão).
Resposta: Ⓐ 20. Questão
Grau de Di昀椀culdade
DICA DO AUTOR: Questões de Estatística envolvem ha- Com base nas informações do grá昀椀co acima, avalie
bilidade em leitura de tabelas, grá昀椀cos e, às vezes, as a昀椀rmações I e II:
noções de Probabilidade. Algumas questões de Pro- I. O número de pessoas que leram apenas dois li-
babilidade podem precisar também de noções de vros corresponde, necessariamente, a 6,25% do
Análise Combinatória (o assunto anterior), mas ge- número total de pessoas.
ralmente não é o caso. II. A razão entre o número de pessoas que leram
Para esta questão, precisamos apenas ler a tabela apenas quatro livros e o número total de pesso-
corretamente. as corresponde, necessariamente, a 0,4125.
Queremos saber o número estimado de 昀椀lhos dos 25 Os valores lógicos das a昀椀rmações I e II, nessa or-
candidatos 昀椀nalistas de um determinado concurso. dem, são:
Calcularemos então:
• Filhos dos candidatos com 0 昀椀lhos: 5 × 0 = 0 (pa- Ⓐ verdade e verdade.
rece um cálculo estúpido, mas é bom ter método). Ⓑ falsidade e falsidade.
• Filhos dos candidatos com 1 昀椀lho: 7 × 1 = 7. Ⓒ verdade e falsidade.
• Filhos dos candidatos com 2 昀椀lho: 5 × 2 = 10. Ⓓ falsidade e verdade.
• Filhos dos candidatos com 3 昀椀lho: 3 × 3 = 9.
• Filhos dos candidatos com mais de 3 昀椀lhos: 5 × Grau de Di昀椀culdade
4 = 20 ou mais.
Agora podemos encontrar o total estimado de 昀椀lhos: DICA DO AUTOR: Para esta questão, devemos interpre-
0 + 7 + 10 + 9 + “20 ou mais” = 46 ou mais 昀椀lhos. Ou tar apropriadamente o grá昀椀co. Inclusive, quando
seja, o número de 昀椀lhos é necessariamente maior interpretamos corretamente o grá昀椀co, vemos que
ou igual a 46. só precisamos veri昀椀car uma das duas proposições
Resposta: Ⓒ usando cálculos (a outra é respondida apenas com
a interpretação).
21. Questão Vamos veri昀椀car a proposição I:
25 pessoas, de um total de 400, leram apenas 2 li-
(CAIP – FUMEC / CEPROCAMP – 2015) Considere o grá昀椀co vros. O percentual de pessoas que leram apenas 2
abaixo com informações sobre o número de livros livros é, portanto, igual a 25/400 × 100% = 6,25% (pro-
lidos por 400 pessoas, em determinado período. posição I é verdadeira).
Agora vamos à proposição II:
Observando o grá昀椀co, vemos que não há uma in- vamos deixar isso para a própria resolução da ques-
formação precisa sobre pessoas que leram apenas tão (e também para o resumo da teoria, no 昀椀nal do
4 livros; portanto, nada pode se a昀椀rmar em relação capítulo). Aqui, vamos apenas de昀椀nir a condição ne-
à razão exata de pessoas que leram apenas 4 livros cessária e su昀椀ciente para que duas matrizes possam
(proposição II é falsa). ser multiplicadas:
Resposta: Ⓒ Sejam as matrizes A e B. O produto A × B existe se e
somente se o número de colunas de A for igual ao
MATRIZES E DETERMINANTES número de linhas de B, e o produto B × A existe se
e somente se o número de colunas de B for igual ao
22. Questão número de linhas de A.
Primeiramente, vamos escrever a matriz A na sua
(IDECAN SECRETARIA DE PORTOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA forma extensa:
2014) Dadas as matrizes A = (aij)2×3 em que aij = i – j e A = (aij)2×3; aij = i – j
( (
A= 11 a12 a13
B = (bij)3×2 em que bij = i2 – j. Seja a matriz C a matriz a 0 -1 -2
resultante do produto das matrizes A e B, nesta or- ( a21 a22 a23 ( 1 0 -1
dem. Assim, o elemento C11 será:
Da mesma forma, vamos escrever a matriz B na sua
Ⓐ 17. forma extensa:
Ⓑ 18. B = (bij)3×2; bij = i2 – j
Ⓒ 19. b11 b12( 0 -1
(
Ⓓ –18. (
B= b21 b22 ( 3 2
Ⓔ –19. b31 b32 8 7
{
2x+3y+2z=12
x+3y+2z=13
23. Questão
x+2y+2z=11
(CAIP – FUMEC / CEPROCAMP – 2015) Fixou-se uma meta para a re- É correto a昀椀rmar que x + y + z é igual a:
ceita relativa à venda de X unidades de um determinado
produto. Se cada unidade desse produto for vendida a R$ Ⓐ 1.
45,00, a receita das vendas supera a meta em R$ 600,00. Ⓑ 3.
Se cada unidade desse produto for vendida a R$ 40,00, a Ⓒ 5.
receita das vendas será R$ 120,00 abaixo da meta. Nessas Ⓓ 7.
condições, é correto a昀椀rmar que X é igual a: Ⓔ 9.
{
Primeiro, vamos atribuir incógnitas: “x” para o nú- 2x+3y+2z=12
mero de unidades de um produto e “y” para a meta x+3y+2z=13
de receita pela venda dos produtos. x+2y+2z=11
Vamos armar agora a primeira equação: “se cada
unidade desse produto for vendida a R$ 45,00, a re- Para descobrir o valor de x, podemos fazer a dife-
ceita das vendas supera a meta em R$ 600,00”; isso rença entre a equação I e a equação II. O resultado
é o mesmo que: é o seguinte:
45x = y + 600 2x – x + 3y – 3y + 2z – 2z = 12 – 13
Agora, a segunda equação: “se cada unidade desse x = –1
produto for vendida a R$ 40,00, a receita das vendas Agora, descobrimos o valor de y fazendo a diferença
será R$ 120,00 abaixo da meta”; isso signi昀椀ca: entre a equação II e a equação III. E este é o resul-
40x = y – 120 tado:
Temos aqui as duas equações; faremos agora a dife- x – x + 3y – 2y + 2z – 2z = 13 – 11
rença entre elas: y=2
45x – 40x = y – y + 600 – (–120) Com os valores de x e y, tudo que precisamos é subs-
5x = 720 titui-los na equação III:
x = 144 unidades do produto. –1 + 2(2) + 2z = 11
Resposta: Ⓐ 2z = 11 – 3
z = 8/2 = 4
24. Questão Agora, fazemos o somatório: –1 + 2 + 4 = 5.
Resposta: Ⓒ
(IDECAN – SECRETARIA DE PORTOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
– 2014) Um estudante, ao resolver um problema, che-
gou ao seguinte sistema linear:
Ⓓ “Serei aprovado e não estudarei muito ou não 2- “(A ∧ ¬B) ∨ (¬A ∧ B)”, que signi昀椀ca “A e não-
estudarei muito e não serei aprovado.” -B, ou não-A e B”.
Ⓔ “Não serei aprovado e não estudarei muito ou Voltando à linguagem textual a partir da forma
estudarei muito e não serei aprovado.” 2, temos a a昀椀rmação de que “estudarei muito e não
serei aprovado ou serei aprovado e não estudarei
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: MEDIO muito”.
Resposta: Ⓑ
DICA DO AUTOR: Agora, vamos falar mais sobre a
equivalência lógica – agora explorando a relação bi- 28. Questão
condicional (também conhecida como “se e somente
se”), em que duas a昀椀rmações não precisam dizer a (CAIP – FUMEC - CEPROCAMP – 2015) Se Cláudio é analista de
mesma coisa, mas mesmo assim a implicação mútua sistemas, então André e Márcia são professores. Se
acontece. Arnaldo não é advogado, então Mirian é analista de
Como já vimos na breve de昀椀nição acima, a re- sistemas e João é dentista. Constata-se que João não
lação bicondicional é verdadeira quando “A implica é dentista e que André não é professor. Conclui-se
em B” e, ao mesmo tempo, “B implica em A” (vale no- corretamente dessas informações que:
tar que a implicação simples não é recíproca). Desta
forma, vamos ver a tabela-verdade da negação da Ⓐ Arnaldo é advogado e Cláudio não é analista de
bicondicional: sistemas.
Ⓑ Arnaldo não é advogado e Cláudio é analista de
p q p⇔q ¬(p ⇔ q) p ⇔ ¬q sistemas.
V V V F F Ⓒ Mirian não é analista de sistemas e Márcia não
V F F V V é professora.
F V F V V Ⓓ Mirian é analista de sistemas e Márcia é pro-
fessora.
F F V F F
Se você for buscar logo acima (questão 5), verá Traduzindo essas conclusões (“D” e “¬A”) para a
que a coluna dos valores de verdade de “p ⇒ q” é linguagem textual, temos que “Arnaldo é advogado”
idêntica à de “¬q ⇒ ¬p”. Portanto, a implicação di- e “Cláudio não é analista de sistemas”.
reta é mesmo equivalente à contrapositiva. E repito: Resposta: Ⓐ
isso é uma ferramenta que dá um grande diferencial
na maioria dos concursos que envolvem questões de 29. Questão
raciocínio lógico e matemática.
Nesta questão, temos duas proposições para (FUNDATEC – SECRETARIA DA SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL – 2014)
analisar. São elas: Dadas as proposições, analise:
• Se Cláudio é analista de sistemas, então André e
Márcia são professores; I. Todos os motoristas são responsáveis.
• Se Arnaldo não é advogado, então Mirian é ana- II. Nenhum motorista é responsável.
lista de sistemas e João é dentista. III. Alguns motoristas não são responsáveis.
Chamamos de “A” a a昀椀rmação de que “Cláudio é IV. Existem motoristas responsáveis.
analista de sistemas”. V. Não existem motoristas que são responsáveis.
Chamamos de “B” a a昀椀rmação de que “André é
professor”. Dentre as alternativas a seguir, selecione aquela
Chamamos de “C” a a昀椀rmação de que “Márcia é que associa corretamente uma proposição categóri-
professora”. ca com a sua negação.
Chamamos de “D” a a昀椀rmação de que “Arnaldo
é advogado”. Ⓐ A negação da proposição IV é a proposição III.
Chamamos de “E” a a昀椀rmação de que “Mirian é Ⓑ A negação da proposição I é a proposição III.
analista de sistemas”. Ⓒ A negação da proposição II é a proposição III.
Chamamos de “F” a a昀椀rmação de que “João é Ⓓ A negação da proposição I é a proposição II.
dentista”. Ⓔ A negação da proposição I é a proposição V.
Então, o que temos em linguagem simbólica é: “A
⇒ (B ∧ C)” (lê-se “A implica em B e C”) e “¬D ⇒ (E ∧ Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: MEDIO
F)” (lê-se “não-D implica em E e F”).
Agora, podemos destrinchar cada uma das pro- DICA DO AUTOR: Aqui, vamos precisar de uma noção
posições acima em outras proposições, mais sim- inicial sobre os quanti昀椀cadores lógicos.
ples: Quanti昀椀cadores são marcadores lógicos que
• “A ⇒ (B ∧ C)” pode ser destrinchada em duas indicam quantidades. Mas não são como números,
proposições: “A ⇒ B” e “A ⇒ C” – a昀椀nal, a verda- que indicam quantidades exatas; em vez disso, eles
de de A implica na verdade tanto de B, quanto indicam duas formas básicas de quanti昀椀cação:
de C. • a existência (símbolo “∃”; lê-se “existe”);
• Da mesma forma, “¬D ⇒ (E ∧ F)” pode ser des- • a universalidade (símbolo “∀”; lê-se “para
trinchada em “¬D ⇒ E” e “¬D ⇒ F”. todo”).
Agora, temos duas informações dadas na ques- Quando dizemos que “existe elemento com a
tão: “João não é dentista” (¬F) e “André não é pro- propriedade P”, estamos dizendo que “alguns ele-
fessor” (¬B). Aplicaremos então a contrapositiva mentos têm a propriedade P”. Podem ser todos?
nas proposições “A ⇒ B” e “¬D ⇒ F”. O resultado é Podem (mas não necessariamente). Mas com certeza
o seguinte: existe pelo menos um.
• “A ⇒ B”; logo “¬B ⇒ ¬A”.
• “¬D ⇒ F”; logo “¬F ⇒ D”.
Da mesma forma, quando dizemos que “para marcar uma das duas como verdadeira; por isso é
todo elemento a propriedade P é válida”, estamos importante estudarmos os quanti昀椀cadores lógicos.
dizendo que “todos os elementos têm a propriedade
P”. Sabemos quantos são? Não exatamente; mas po- 30. Questão
demos garantir que são todos.
Agora, como negar proposições com quanti昀椀ca- (IDECAN – SECRETARIA DE PORTOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
dores? Vejamos aqui: – 2014) Se é verdade que “alguns candidatos são es-
• A negação da existência é a não-existência. En- tudiosos” e que “nenhum aventureiro é estudioso”,
tão, dizer que “não existe elemento com a pro- então, também é necessariamente verdade que:
priedade P” é o mesmo que dizer que “todos os
elementos não têm a propriedade P”; logo, é Ⓐ algum candidato é aventureiro.
uma universalidade em relação à negação de P. Ⓑ algum aventureiro é candidato.
• Já a negação da universalidade é a não-univer- Ⓒ nenhum aventureiro é candidato.
salidade. Ou seja, dizer que “nem todo elemento Ⓓ nenhum candidato é aventureiro.
possui a propriedade P” é o mesmo que dizer Ⓔ algum candidato não é aventureiro.
que “existe elemento que não possui a proprie-
dade P”; portanto, é uma existência em relação Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: Difícil
à negação de P.
Alternativa A: INCORRETA. “Existem motoristas res- DICA DO AUTOR: Agora é hora de aplicar o que apren-
ponsáveis” e “alguns motoristas não são responsá- demos sobre quanti昀椀cadores lógicos e silogismos.
veis” não são nem mesmo proposições excludentes, Aqui, vamos transformar tudo em linguagem
quanto mais a negação uma da outra. simbólica: candidatos serão representados pela le-
Alternativa B: CORRETA. “Todos os motoristas são tra “c”, aventureiros pela letra “a” e pessoas estudio-
responsáveis” e “alguns motoristas não são respon- sas pela letra “s”.
sáveis” são a negação exata uma da outra (uma é a Agora, vamos às proposições:
universalidade, a outra é a não-universalidade). • “Alguns candidatos são estudiosos”; isso é o
Alternativa C: INCORRETA. “Nenhum motorista é mesmo que dizer que “existem candidatos que
responsável” e “alguns motoristas não são respon- são estudiosos”. Em linguagem simbólica, escre-
sáveis” também não são proposições excludentes vemos “∀s ∃c (c = e)” (lê-se “para todo s, existe
(idem à alternativa A). c tal que c = s”).
Alternativa D: INCORRETA. “Todos os motoristas são • “Nenhum aventureiro é estudioso”; isso é o mes-
responsáveis” e “nenhum motorista é responsável” mo que dizer “todo aventureiro não é estudio-
são a昀椀rmações excludentes; porém, CUIDADO: “to- so”. Em linguagem simbólica, escrevemos “∀a
dos” e “nenhum” são ambos quanti昀椀cadores de uni- ∀s (s ≠ a)” (lê-se “para todo a e para todo s, te-
versalidade e, como vimos acima, nós negamos uma mos s ≠ a”).
universalidade a昀椀rmando a existência de um caso Juntando as duas proposições simbólicas (aqui
contrário. entra a primeira parte do silogismo): “∀a ∀s ∃c (c
Alternativa E: INCORRETA. “Todos os motoristas são = s; s ≠ a)” (lê-se “para todo a e para todo s, existe c
responsáveis” e “não existem motoristas que são tal que c = s, com s ≠ a”).
responsáveis” também são a昀椀rmações excludentes; Vamos transformar isso em linguagem textual
mas, assim como a alternativa D, essas proposições agora:
não se negam. Uma maneira de pensar nisso sem - “∀a ∀s ∃c (c = s; s ≠ a)”; isso signi昀椀ca que, “exis-
usar quanti昀椀cadores é que essas a昀椀rmações (assim tem candidatos que são estudiosos, dos quais ne-
como as da alternativa D) não representam todas as nhum é aventureiro”.
possibilidades (portanto, elas podem ser falsas ao Agora, reparando bem, esta informação sobre
mesmo tempo). ser ou não ser estudioso está sobrando no texto; po-
Observação: Como podemos ver aqui, as alternati- demos eliminar isso (aqui vem a segunda parte do
vas D e E são bastante tentadoras e muitos podem silogismo) e 昀椀camos com a seguinte frase: “existem
candidatos que não são aventureiros”; simbolica- Agora, vamos à altura: pela informação de que “Joa-
mente, temos: “∀a ∃c (c ≠ a)” (lê-se “para todo a, quim é mais alto que o administrador”, podemos
existe c tal que c ≠ a”). dizer que Joaquim é mais alto que Lorico. Porém, te-
Por 昀椀m, isso signi昀椀ca que “algum candidato não mos a informação de que “Lorico não é o mais baixo
é aventureiro”. dos três”; isso nos obriga a determinar que Mendon-
Resposta: Ⓔ ça é o mais baixo dos três.
Portanto, Mendonça é o mais baixo e Joaquim é o
LÓGICA PURA engenheiro.
Resposta: Ⓔ
31. Questão
32. Questão
(BIORIO – NUCLEP – 2014) Joaquim, Mendonça e Lorico
são funcionários da Nuclep. Um é engenheiro, outro (CONSULPLAN – MAPA – 2014) Em três xícaras – uma gran-
é mecânico e o terceiro é administrador. Joaquim é de, uma média e uma pequena – foram colocadas
mais alto do que o administrador. Mendonça é me- uma certa quantidade de chá com temperaturas di-
cânico. Lorico não é o mais baixo dos três. Assim: ferentes. Considere que:
Ⓐ Lorico é o engenheiro e é o mais baixo. 1. ou a xícara grande recebeu chá morno ou a xí-
Ⓑ Mendonça é o mais alto e Joaquim é o adminis- cara média recebeu a menor quantidade de chá;
trador. 2. A quantidade de chá colocada na xícara maior
Ⓒ Joaquim é o mais baixo e Lorico é o administra- foi inferior à da xícara que recebeu chá quente,
dor. e a xícara pequena não foi a que recebeu a maior
Ⓓ Lorico é o mais alto e Joaquim é o administrador. quantidade de chá;
Ⓔ Mendonça é o mais baixo e Joaquim é o enge- 3. o chá frio não foi colocado na xícara média e a
nheiro. xícara pequena recebeu mais chá do que a de
tamanho grande.
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: MEDIO
Desejando servir uma criança com chá morno,
DICA DO AUTOR: Temos aqui outros dois puzzles um adolescente com chá frio e um adulto com chá
(este e a próxima questão), cuja forma de resolver quente, deve-se entregar a eles, respectivamente, as
é chocar as informações para descobrir as respos- xícaras:
tas por eliminação. Faremos isso nesta questão e na
questão seguinte. Ⓐ pequena, grande e média
Começaremos listando os nomes dos funcionários – Ⓑ média, pequena e grande
Joaquim, Mendonça e Lorico – e suas funções – um é Ⓒ grande, pequena e média
engenheiro, outro é mecânico e o terceiro é adminis- Ⓓ grande, média e pequena
trador. Além disso, vemos pelas informações a seguir
que a questão quer que classi昀椀quemos os três pela Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: Difícil
altura também.
Vamos analisar agora a informação de que “Joaquim DICA DO AUTOR: Vamos começar juntando algumas
é mais alto do que o administrador”: isso signi昀椀ca, informações:
em primeira mão, que Joaquim não é o administra- Na a昀椀rmação 3, é dito que a xícara pequena recebeu
dor. Juntando isso com o fato de que “Mendonça é mais chá do que a xícara grande. Ao mesmo tempo,
mecânico”, temos que Joaquim só pode ser enge- na a昀椀rmação 2, é dito que a xícara pequena não re-
nheiro. cebeu a maior quantidade de chá.
Como Mendonça é mecânico e Joaquim é engenhei- Isso nos permite concluir que existe uma xícara que
ro, temos que Lorico é o administrador. recebeu mais chá do que a pequena, e só pode ter
sido a xícara média (já que a grande recebeu me-
nos). Pronto, agora temos a informação sobre a Vamos na ordem das informações dadas sobre o nú-
quantidade de chá em cada xícara: mero que queremos encontrar:
• Grande = menor quantidade de chá; • “Não tem algarismos comuns com 231”; 2, 3 e 1
• Média = maior quantidade de chá; não fazem parte do número.
• Pequena = o meio termo. • “Tem um único algarismo em comum com 192,
Agora, na a昀椀rmação 1, é dito que “ou a xícara grande mas que não está na mesma posição”; como 1 e
recebeu chá morno ou a xícara média recebeu a menor 2 não fazem parte do número, sobra o 9, o qual,
quantidade de chá”; como a xícara média não recebeu no nosso número, não estará no meio.
a menor quantidade de chá (na verdade, recebeu a • “Tem um único algarismo em comum com 409,
maior), então a xícara grande recebeu chá morno. que está na mesma posição”; como sabemos
Por 昀椀m, voltando à a昀椀rmação 3, temos que o chá frio que o 9 é algarismo do número, então 4 e 0 não
não foi colocado na xícara média; como o chá frio fazem parte do número; além disso, este é o po-
também não foi colocado na xícara grande (que re- sicionamento do 9 no nosso número.
cebeu chá morno), então o chá frio só pode ter sido • “Tem um algarismo em comum com 408, mas
servido na xícara pequena. que não está na mesma posição”; como sabe-
E, por eliminação, vemos que a xícara média recebeu mos que 4 e 0 não fazem parte do número, te-
chá quente. mos que o 8 faz parte do número, mas não está
Concluímos entregando as xícaras: a criança recebe na posição da direita (assumida pelo 9).
a xícara grande, o adolescente recebe a xícara pe- • “Tem um único algarismo comum com 510, na
quena e o adulto recebe a xícara média. mesma posição”; como 1 e 0 não fazem parte
Resposta: Ⓒ do número, resta o 5 na posição da esquerda.
Isso nos diz que o 8 só pode estar na posição
33. Questão do meio.
Agora podemos ver que o número em questão é o
(IADES – SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL 589.
– 2014) Certo número de três algarismos, em com- Resposta: Ⓓ
paração com os números 192, 231, 408, 409 e 510,
apresentou as seguintes propriedades: não ter al- TEORIA DOS CONJUNTOS
garismos comuns com 231; ter um único algarismo
em comum com 192, mas que não está na mesma 34. Questão
posição; ter um único algarismo em comum com 409,
que está na mesma posição; ter um algarismo em (IDECAN – SECRETARIA DE PORTOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA –
comum com 408, mas que não está na mesma po- 2014) Dados os conjuntos A = {a, b, c, d, e, f} e B = {b, d,
sição; ter um único algarismo comum com 510, na g, h, i}, assinale a alternativa INCORRETA.
mesma posição.
Com base nessas informações, o número é: Ⓐ b⊂A
Ⓑ B⊄A
Ⓐ 498. Ⓒ A ∩ B = {b, d}
Ⓑ 549. Ⓓ A – B = {a, c, e, f}
Ⓒ 581. Ⓔ A ∪ B = {a, b, c, d, e, f, g, h, i}
Ⓓ 589.
Ⓔ 809. Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: Fácil
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: MEDIO DICA DO AUTOR: Começamos a seção de Teoria dos
Conjuntos. Vamos começar explicando alguns sinais
DICA DO AUTOR: Por 昀椀m, mais um puzzle, desta vez de relações de elemento com conjunto, ou de con-
envolvendo números e algarismos. Devemos organi- juntos com outros conjuntos:
zar e confrontar as informações para descobrirmos
o número referido.
• 2012 é bissexto e começa num domingo; então, Arredondaremos 27,5 para cima: 28 anos. Além disso,
ele termina numa segunda-feira. sabemos que, se um deles tiver 28 anos, o outro terá
• 2013 não é bissexto e começa numa terça-feira; 27 anos (pois 28 + 27 = 55).
então, ele termina numa terça-feira. Isso nos diz que Pedro tem mais do que 28 anos (29
• 2014 não é bissexto e começa numa quarta-feira; anos, no mínimo).
então, ele termina numa quarta-feira. Já a soma da idade dos dois irmãos mais velhos de
• 2015 não é bissexto e começa numa quinta-feira; Pedro é 61; isso signi昀椀ca que um dos irmãos mais ve-
então, ele termina numa quinta-feira. lhos de Pedro pode ter, no máximo, 61 ÷ 2 = 30,5 anos.
• 2016 é bissexto e começa numa sexta-feira; en- Arredondaremos 30,5 para baixo: 30 anos. Além dis-
tão, ele termina num sábado. so, sabemos que, se um deles tiver 30 anos, o outro
• 2017 não é bissexto e começa num domingo; en- terá 31 anos (pois 30 + 31 = 61).
tão, ele termina num domingo. Isso nos diz que Pedro tem menos do que 30 anos
Resolvida a questão: o dia 31 de dezembro de (29 anos, no máximo).
2017 é um domingo. Confrontando as informações acima, já sabemos a
Resposta: Ⓑ idade de Pedro (29 anos) e também a dos seus qua-
tro irmãos (27 e 28 pros mais novos, 30 e 31 pros mais
36. Questão velhos).
Agora é só fazer conta de somar.
(BIORIO – NUCLEP – 2014) A soma das idades dos dois ir- Daqui a 11 anos, as idades dos cinco irmãos serão de
mãos mais novos de Pedro é 55, e a soma das idades 38, 39, 40, 41 e 42 anos, e a soma das idades será de
de seus dois irmãos mais velhos é 61. Daqui a onze 38 + 39 + 40 + 41 + 42 = 200 anos.
anos, a soma das idades dos cinco irmãos será igual a: Resposta: Ⓔ
Uma torneira enche um tanque de 7,68 m3 em 4 horas. Além disso, sabemos que 500 pessoas foram atendi-
Vamos começar transformando essa unidade de me- das em novembro.
dida de m3 em litros: Chamaremos agora o número de pessoas atendidas
7,68 m3 = 7,68 × 1.000 = 7.680 litros. no mês de outubro de “x”.
Transformaremos também as 4 horas em minutos: Assim, temos uma proporção direta: x está para
4 horas = 4 × 60 = 240 minutos. 100% = 1, assim como 500 está para 125% = 1,25.
Agora podemos escrever que a vazão da torneira é x/1 = 500/1,25
de 7.680 litros por 240 minutos. Vamos simpli昀椀car Portanto:
essa fração: x = 500 ÷ 1,25 = 400 pessoas.
Vazão = 7.680/240 = 768/24 = 256/8 = 32 litros por mi- Resposta: Ⓒ
nuto.
Resposta: Ⓐ SEQUÊNCIAS
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: Difícil
DICA DO AUTOR: Esta questão também é de combi- DICA DO AUTOR: Vamos começar. Supomos uma se-
nação pelo seguinte motivo: para chegar do ponto nha de 6 caracteres; todos os caracteres podem (ou
A ao ponto B pelas linhas de grade, vamos obrigato- não) ser repetidos, e cada caractere é um evento in-
riamente andar por 11 segmentos da grade, sendo 4 dependente dos demais. Então, aqui nós aplicamos
deles na direção vertical. Precisamos então de昀椀nir o princípio multiplicativo.
de quantas formas diferentes podemos tomar esses Além disso, para cada caractere, podemos usar uma
caminhos na vertical. letra minúscula, uma letra maiúscula ou um algaris-
Faremos isso com uma combinação de 11 elementos, mo numérico. Cada uma dessas possibilidades é um
4 a 4: caso isolado, que exclui os demais casos. Portanto,
C4^11 = 11!/(4! × 7!) aplicamos o princípio aditivo aqui.
C_4^11 = (11×10×9×8)/(4×3×2×1) = 11 × 10 × 3 = 330 for- Assim, para cada caractere temos 26 + 26 + 10 pos-
mas diferentes de traçar o caminho de A até B. sibilidades.
Resposta: Ⓒ Por 昀椀m, para formarmos a senha de 6 caracteres,
multiplicamos 6 fatores de “26 + 26 + 10”.
43. Questão Isso nos dá o resultado de (26 + 26 + 10)6 senhas
diferentes.
(FUNDATEC – SECRETARIA DA SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL – 2014) Resposta: Ⓒ
Quantas senhas de exatamente 6 caracteres podem
ser formadas sabendo que o usuário poderá esco- 44. Questão
lher entre 26 letras maiúsculas, 26 letras minúsculas,
10 algarismos e poderá repetir a escolha? (IDECAN – SECRETARIA DE PORTOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA –
2014) Sabe-se que um livro possui 828 páginas, sendo
Ⓐ 6 × (26 + 26 + 10) todas numeradas. Quantas vezes o algarismo 2 foi
Ⓑ 6 × (26 × 26 × 10) usado?
Ⓒ (26 + 26 + 10)6
Ⓓ (26)6 + (26)6 + (10)6 Ⓐ 270.
Ⓔ (26)2 + (26)2 + (10)2 Ⓑ 271.
Ⓒ 272.
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: MEDIO Ⓓ 273.
Ⓔ 274.
DICA DO AUTOR: Agora vamos ao Princípio Funda-
mental da Contagem. Na verdade, este é o primeiro Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: MEDIO
assunto que vemos quando trabalhamos com Aná-
lise Combinatória, pois é a partir daqui que surgem DICA DO AUTOR: Aqui nós vamos usar novamente o
todas as fórmulas relativas ao assunto. Princípio Fundamental da Contagem. Mas, desta vez,
O Princípio Fundamental da Contagem é bastante vamos nos focar um pouco mais no Princípio Aditivo.
intuitivo e compreende duas proposições básicas: Seja um livro com 828 páginas. Para contarmos
• Princípio Aditivo: quando o universo de possibi- quantas vezes o algarismo 2 foi usado, devemos se-
lidades pode ser separado em dois grupos mu- parar em vários casos:
tuamente excludentes, contamos os casos sepa- • Quantas vezes o 2 foi usado na casa das unidades;
radamente e depois somamos os resultados; • Quantas vezes o 2 foi usado na casa das dezenas;
• Princípio Multiplicativo: quando temos eventos • Quantas vezes o 2 foi usado na casa das centenas.
independentes que ocorrem simultaneamente, 'Vamos começar. Na casa das unidades, o 2 foi usado
sem interferência de um evento sobre o outro, uma vez a cada 10 páginas, até a página 820; depois
contamos as possibilidades de cada evento e foi usado mais uma vez (página 822). Logo, o 2 foi
depois fazemos multiplicamos os resultados. usado 82 + 1 = 83 vezes na casa das unidades.
Em seguida, vemos que, na casa das dezenas, o 2 foi Agora vamos aos eventos favoráveis (comissões
usado 10 vezes a cada 100 páginas, até a página 800; formadas por pessoas do mesmo sexo); mas, antes
depois foi usado mais 9 vezes (páginas 820 a 828). disso, devemos separar os eventos favoráveis em
Logo, o 2 foi usado 80 + 9 = 89 vezes na casa das dois casos excludentes:
dezenas. • A comissão é formada apenas por mulheres;
Por 昀椀m, sabemos que, na casa das centenas, o 2 foi • A comissão é formada apenas por homens.
usado exatamente 100 vezes (páginas 200 a 299). Para o primeiro caso, temos 20 mulheres. Faze-
Agora somamos os casos e descobrimos que o alga- mos a combinação de 20 elementos, 3 a 3:
rismo 2 foi usado 100 + 89 + 83 = 272 vezes no total. C320 = 20!/(3! × 17!)
Resposta: Ⓒ C320 = (20×19×18)/(3×2×1) = 20 × 19 × 3 = 1.140 co-
missões diferentes.
ESTATÍSTICA BÁSICA E PROBABILIDADE Para o segundo caso, temos 10 homens. Fazemos
a combinação de 10 elementos, 3 a 3:
45. Questão C_3^20 = 10!/(3! × 7!)
C_3^20 = (10×9×8)/(3×2×1) = 5 × 3 × 8 = 120 comis-
(IDECAN – SECRETARIA DE PORTOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLI- sões diferentes.
CA – 2014) Em um setor de uma determinada empre- Desta forma, temos 1.140 + 120 = 1.260 comissões
sa trabalham 30 pessoas, sendo 20 mulheres. Uma diferentes com pessoas do mesmo sexo.
comissão de 3 funcionários será formada, de forma Por 昀椀m, fazemos a razão dos casos favoráveis
aleatória, por sorteio. A probabilidade de esta co- pelos casos possíveis:
missão ser formada por pessoas do mesmo sexo é, • Probabilidade = 1.260/4.060 × 100%
aproximadamente: • Probabilidade = 12.600/406%
• Probabilidade ≅ 31%.
Ⓐ 17% Resposta: Ⓓ
Ⓑ 20%
Ⓒ 27% MATRIZES E DETERMINANTES
Ⓓ 1%
Ⓔ 35% 46. Questão
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: Difícil (IDECAN – SECRETARIA DE PORTOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
– 2014) Se o determinante de uma matriz é igual a um
DICA DO AUTOR: Temos agora uma questão de Pro- valor x, representamos como det(A) = x. Sendo B uma
babilidade – uma questão bastante trabalhosa, por matriz quadrada de ordem 3 e det(B) = 4, é correto
sinal. Sugerimos ao leitor um bom estudo de Análise a昀椀rmar que o valor de det(3B) será igual a:
Combinatória antes de tentar resolver essa questão.
Além disso, deixaremos aqui a de昀椀nição básica de Ⓐ 4.
uma probabilidade: Ⓑ 12.
Probabilidade= (Casos favoráveis)/(Casos possíveis) Ⓒ 36.
Observação: É fácil ver que a probabilidade de um Ⓓ 96.
evento qualquer ser favorável sempre será um valor Ⓔ 108.
entre 0 e 1 (ou entre 0% e 100%).
Primeiramente, vamos calcular os casos pos- Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: Fácil
síveis: de um setor com 30 funcionários, podemos
formar comissões diferentes com 3 funcionários fa- DICA DO AUTOR: Para essa questão, vamos recordar
zendo a combinação de 30 elementos, 3 a 3: algumas propriedades dos determinantes. Em es-
C330 = 30!/(3! × 27!) pecial, devemos nos lembrar de duas propriedades
C330 = (30×29×28)/(3×2×1) = 5 × 29 × 28 = 4.060 co- para responder a esta questão:
missões diferentes.
49. Questão
Grau de Di昀椀culdade
Grau de di昀椀culdade: MEDIO DICA DO AUTOR: E agora falaremos um pouco mais
sobre medidas de área; de fato, uma unidade de área
DICA DO AUTOR: Esta questão envolve mais “visão pode ter qualquer formato, além de poder ser me-
geométrica” do que cálculo, propriamente. E qual é dida com qualquer unidade de área (neste caso, a
a visão geométrica que precisamos aqui: é a noção nossa unidade de área é uma moeda de 25 centavos).
de que uma área se relaciona com duas grandezas Começamos esta questão descobrindo qual é o com-
de comprimento (uma relativa à base, outra relativa primento dos lados da mesa.
à altura). Se a mesa é quadrada, então o seu perímetro é igual
Caso o leitor tenha problemas em visualizar a ques- a 4 vezes o lado (P = 4L). Sendo o perímetro igual a
tão, sugerimos usar um sistema de coordenadas, 320cm, então temos 4L = 320cm ⇒ L = 80cm.
transformando este problema de Geometria Plana Agora, vamos calcular quantas moedas são necessá-
num problema de Geometria Analítica. rias para preencher um lado da mesa.
Seja um quadrilátero qualquer. Estabelecendo um Cada moeda tem o diâmetro de 2,5cm. Como o lado
dos lados como base, temos também uma altura re- da mesa mede 80cm, então precisamos de 80cm ÷
lativa, que é perpendicular a essa base. 2,5cm = 32 moedas para preencher um lado da mesa.
Ao duplicarmos todos os lados, signi昀椀ca que nós du- Então, para preencher a mesa toda, precisaremos de
plicamos a base e também a altura. 32 昀椀leiras com 32 moedas em cada (pois a área da
Desta forma, a área, que é dada como k × b × h (sen- mesa quadrada é igual a L²).
do b a base, h a altura e k uma constante relativa ao Por 昀椀m, as moedas são de R$0,25. Então, 32 昀椀leiras
formato do polígono), 昀椀cará igual a k × 2b × 2h. de 32 moedas de R$0,25 totalizarão 32 × 32 × R$0,25 =
Isso é o mesmo que dizer que a nova área é 22 (k × b 32 × R$8,00 = R$256,00.
× h). Nota: isso acontece com qualquer polígono, não Resposta: Ⓑ
apenas com quadriláteros.
Resposta: Ⓑ
RESUMO PRÁTICO
p q p<q p q ¬q ¬p ¬q ⇒ ¬p
V V V V V F F V
V F F V F V F F
F V F F V F V V
F F F F F V V V
p q p<q ¬(p < q) ¬p >¬q Estas são as formas clássicas de identi昀椀car con-
V V V F F tradições. Não pode ser verdade uma a昀椀rmação e a
V F F V V sua negativa, ao mesmo tempo. Quando chegamos a
situações como estas, temos certeza de que estamos
F V F V V
diante de uma contradição.
F F F V V
Similarmente às questões de lógica proposi- Isso caracteriza os elementos que estão apenas
cional, temos que trabalhar com a昀椀rmações, nem em A (ou que estão em A, mas não em B).
sempre verdadeiras, para chegarmos a uma conclu- - Exclusão de A em relação a B: B – A.
são sólida. Diferentemente das questões de lógica Em verdade, B – A = B – (A ∩ B).
proposicional, as questões de lógica pura não são Isso caracteriza os elementos que estão apenas
focadas nos fundamentos explicados acima (embora em B (ou que estão em B, mas não em A).
eles possam ser úteis).
Em verdade, o problema de lógica pura é uma si- PRINCÍPIO DA INCLUSÃO E EXCLUSÃO
tuação que precisamos resolver usando o nosso ra-
ciocínio lógico, ou conteúdos matemáticos, ou sem Este princípio surge como uma consequência
sequer mencionarmos um assunto qualquer. São das operações de exclusão acima, assim:
como um jogo de quebra-cabeça (ou puzzle). Isso (A ∩ B) = Todos os elementos de A e B + todos os
signi昀椀ca que, se estivermos acostumados a resolver elementos apenas de A + todos os elementos apenas
problemas quaisquer usando a lógica, então não de B.
teremos grandes di昀椀culdades com essas questões. (A ∩ B) = (A ∩ B) + A – (A ∩ B) + B – (A ∩ B)
(A ∩ B) = A + B – (A ∩ B)
TEORIA DOS CONJUNTOS Em verdade, o conceito de separação de conjun-
tos é o que fundamenta o uso do Diagrama de Venn.
Para este assunto, temos alguns fundamentos Eis um exemplo do Diagrama de Venn para dois con-
que nos ajudarão a resolver questões. Em primeiro juntos:
lugar, falaremos do conceito de união, interseção,
inclusão e separação de conjuntos; noções de lógica A B
proposicional podem nos ajudar aqui.
E bem, já que tivemos um exemplo de como fun- Digo que estas propriedades são importantes
ciona uma raiz, então vamos detalhar isso melhor: porque elas resolvem alguns problemas em expres-
sejam 3 números – a, m, n – pertencentes ao conjun- sões algébricas, em especial quando temos algumas
to dos números inteiros (ou racionais, ou reais), com incógnitas.
a > 0 (ou seja, a deve ser positivo) e n ≠ 0 (ou seja, n Observação: Essas propriedades não valem para
não pode ser 0). Então: as operações de subtração e divisão – exceto se tra-
n
√am = a(m⁄n) tarmos a subtração como uma soma com números
Agora, falaremos sobre a de昀椀nição e as proprie- negativos e a divisão como uma multiplicação de
dades da operação de potenciação. frações (trataremos de operações com frações no
Primeiramente, a0 = 1, para qualquer a ≠ 0 (intei- próximo tópico).
ro, racional ou real). E an, para n inteiro e positivo (n
> 0), é igual a: a × a × a ×... × a (“n” vezes). ALGORITMO DA DIVISÃO COM RESTO
petidos ou não. Caso os fatores primos se repitam, números e efetue a conta (exemplo: para 18 e 20,
escrevemos a sua potência. fazemos 22 × 32 × 5 = 180). Este será o MMC de
Exemplo: 140 = 22 × 5 × 7. todos os números em questão.
Observação: Vale lembrar também que, se dois
MÁXIMO DIVISOR COMUM E MÍNIMO ou mais números quaisquer têm o MDC = 1, então eles
MÚLTIPLO COMUM são chamados de primos entre si, ou coprimos. Neste
caso, o MMC entre eles será igual ao seu produto.
• De昀椀nição de Máximo Divisor Comum (MDC) Exemplo: entre 8 e 15, o MDC é igual a 1 (8 = 23, 15
O MDC entre dois números é, como o próprio = 3 × 5) e o MMC é igual a 120 (23 × 3 × 5 = 8 × 15 = 120).
nome diz, o maior número que divide os dois, ao
mesmo tempo, resultando em quocientes inteiros e OPERAÇÕES COM FRAÇÕES /
restos iguais a zero. O mesmo vale para o MDC entre PORCENTAGEM
mais do que dois números – embora, no geral, pro-
blemas que envolvam MDC envolvem apenas dois Aqui, de昀椀niremos rapidamente as operações de
números. soma e de multiplicação entre frações.
Sejam a, b, c, d, números inteiros, com b e d dife-
• De昀椀nição de Mínimo Múltiplo Comum (MMC) rentes de zero, então a/b e c/d são frações, e fazem
O MMC entre dois números é, como o próprio parte do conjunto dos números racionais (Q). a e c
nome diz, o menor número que, simultaneamente, são chamados numeradores, enquanto b e d são os
é múltiplo de ambos. O mesmo vale para o MMC denominadores.
de mais do que dois números – e diferente do que
acontece com os problemas de MDC, existe uma boa SOMA DE FRAÇÕES
quantidade de problemas de MMC entre mais do que
dois números. a + c = a×d+c×b
b d b×d
• Como Achar o MDC e o MMC entre Dois ou Mais Exemplo: 2 + 1 = 2×4+1×5 = 8+5 = 13
Números 5 4 5x4 20 20
Os passos para o MDC são os seguintes: Observação: Podemos usar também a noção de
I. Efetue a fatoração de cada um dos números en- MMC para de昀椀nirmos o denominador (veja “simpli昀椀-
volvidos (exemplo: 18 e 20; fatorando 18, temos 2 cação de frações”).
× 32; fatorando 20, temos 22 × 5).
II. Encontrados os fatores primos de cada número MULTIPLICAÇÃO DE FRAÇÕES
original, escreve somente os que forem comuns
a ambos (exemplo: para 18 e 20, escrevemos 2). a×c=axc
III. Coloque sobre cada fator primo comum o menor b d cxd
expoente dentre os apresentados na fatoração Exemplo: 3 × 5 = 3 x 5 = 15
dos números e efetue a conta (exemplo: para 18 8 6 8 x 6 48
e 20, temos apenas o 2). Este será o MDC de to-
dos os números em questão. SIMPLIFICAÇÃO DE FRAÇÕES
Os passos para o MMC são os seguintes: Quando temos uma fração a/b qualquer, sabe-
I. Igual ao passo I para encontrar o MDC. mos que ela será igual a 2a, 3a, 10a, etc..
II. Encontrados os fatores primos de cada número 2b 3b 10b
original, escreva todos eles, sem repetir, num Quando podemos fazer a operação contrária (ou
único produto (exemplo: para 18 e 20, escreve- seja, dividir a e b por um número comum), dizemos
mos 2 × 3 × 5). que estamos simpli昀椀cando a fração. Quando não
III. Coloque sobre cada fator primo o maior expo- existir mais um número comum que possa dividir a e
ente dentre os apresentados na fatoração dos b, dizemos que a fração é irredutível.
Exemplo: SEQUÊNCIAS
96 = 96÷2 = 48 = 48÷2 = 24 = 24÷2 = 12 = 12÷2 = 6 = 6÷3
144 144÷2 72 72÷2 26 36÷2 18 18÷2 9 9÷3 Questões sobre sequências, quando não esta-
= 2/3 (2/3 é a forma irredutível de 96/144). mos falando de sequências especí昀椀cas (progressões
aritmética ou geométrica, especialmente), costu-
PORCENTAGEM mam exigir o mesmo tipo de raciocínio que é pedido
Questões de operações com frações costumam nas questões de lógica pura. É como um quebra-ca-
apresentar algumas noções de porcentagem, que beça que precisamos desvendar. Ou seja, devemos
nada mais é do que uma fração de denominador observar a sequência e encontrar um padrão que
igual a 100 (ou ainda, 100% = 1). satisfaça a sua construção. Isso servirá para desco-
Exemplo 1: 75% = 75/100 = 0,75. brirmos os termos seguintes.
Exemplo 2: 40% de 90 = 90 × 40/100 = 360/100 = 36. Vale somar um termo com o próximo (ou fazer a
De qualquer modo, ao lidarmos com questões diferença entre eles), dividir um termo pelo anterior,
deste assunto, tudo que precisamos nos lembrar é o que vier. Às vezes, depende mais de intuição do que
da máxima: toda fração é uma divisão. de conhecimento matemático, mas é o que esse tipo
de questão pede: a observação de padrões lógicos.
RAZÕES E PROPORÇÕES Dito isso, vamos nos aprofundar mais nos tipos
mais simples de sequências lógicas: as Progressões
Razão nada mais é do que outro nome para “fra- Aritméticas e as Progressões Geométricas (essas no-
ção”. A relação de igualdade entre duas razões é o ções podem nos ajudar mesmo quando a sequência
que chamamos de proporção. Aqui, as questões dão dada não é de nenhum dos dois tipos).
mais ênfase na parte de estabelecer as proporções.
Para isso, falaremos um pouco sobre proporção di- PROGRESSÕES ARITMÉTICAS
reta e inversa.
Questões de progressão aritmética podem se
PROPORÇÃO DIRETA apresentar de muitas maneiras. Então, deixarei aqui
algumas fórmulas úteis para a resolução das ques-
Sejam a e b grandezas diretamente proporcio- tões deste assunto.
nais (diferentes de 0). Então, podemos dizer que a = Fórmula para encontrar a razão da PA, conhecen-
k × b, onde k é a razão entre a e b. do o valor de 2 termos e suas posições, n e k:
Exemplo: 2 torneiras abertas por um período de r = an-ak
1 hora vazam 100 litros de água. Se 昀椀carem abertas n-k
por 2 horas, vazarão 200 litros de água. Ou seja: Legenda: an é o termo da PA que está na posição
100/1 = 200/2, ou 200 = 2 × 100. n e ak é o termo da PA que está na posição k, e k é
menor que n.
PROPORÇÃO INVERSA Fórmula para descobrir o termo n de uma PA,
dado que conhecemos o primeiro termo e a razão:
Sejam a e b grandezas inversamente proporcio- an = a1 + (n – 1)r
nais. Então podemos dizer que a = k/b, onde k é a Legenda: an é o termo da PA que está na posição
razão inversa entre a e b. n, a1 é o primeiro termo e r é a razão da PA.
Exemplo: 2 torneiras abertas enchem uma caixa Fórmula para descobrir o próximo termo de uma
d’água em 1 hora e meia. Se tivéssemos 3 torneiras, PA, conhecendo a sua razão:
a caixa d’água 昀椀caria cheia em 1 hora. Ou seja: 1,5 × 2 an = an-1 + r
= 1 × 3, ou 1,5 = 3/2.
usar para resolver uma questão deste assunto. Po- resposta é: 5 possibilidades para o primeiro membro
rém, o carro-chefe da análise combinatória é o Prin- da família × 4 possibilidades para o segundo × 3 pos-
cípio Fundamental da Contagem. sibilidades para o terceiro = 60 maneiras diferentes.
“Se n pombos devem ser postos em m casas, e se lhor se preparar, pois o assunto é grande – inclusive,
n > m, então pelo menos uma casa irá conter mais de não abordaremos tudo do assunto neste livro; reco-
um pombo.” mendamos um livro didático complementar caso o
Observação: neste livro, as questões de Princí- leitor queira se aprofundar no assunto.
pio da Casa dos Pombos foram inseridas na seção
de lógica pura. DEFINIÇÃO E REPRESENTAÇÃO DE UMA MATRIZ
0 5 -1 (
• Matriz Transposta
Dada uma matriz A, existe uma matriz C única tal
F= (-5 0 3 ; note que Ft = –F.
1 -3 0
que as linhas de A são iguais às colunas de C (em
quantidade e também em elementos), e vice-versa. • Matriz Identidade
Chamamos B de matriz transposta de A. Uma matriz identidade é uma matriz quadrada
Podemos nos referir à transposta como At (no com as seguintes características:
caso acima, temos que C = At). • Os elementos da diagonal principal são todos
Exemplo: iguais a 1;
( 0 3 (
A= 03 -12 -21 ; C=
( ( -1 2
• Os demais elementos são todos iguais a 0.
Simbolicamente, as matrizes identidade de or-
-2 1
dem n são representadas como “In” (I2 para a identi-
; então C = A (ou A = C ).
t t
dade de ordem 2, I3 para a identidade de ordem 3, e
assim por diante).
Vale notar que (At)t = A (a transposta de uma ma-
triz transposta é a própria matriz original). OPERAÇÕES COM MATRIZES
REFERÊNCIAS
15 Informática
(SEDAM/RO – FUNCAB – 2014) Observe a planilha criada no Alternativa A: INCORRETA. O botão exibido é utiliza-
BrOf昀椀ce Calc 2.0 do para alinhar textos à esquerda. O texto da célula
A4 está centralizado.
Alternativa B: CORRETA. O botão exibido é utilizado
para alinhar textos no centro assim com está na cé-
lula A4.
Alternativa C: INCORRETA. O botão exibido é utiliza-
do para alinhar textos à direita. O texto da célula A4
está centralizado.
Alternativa D: INCORRETA. O botão exibido é utiliza-
do para criar listas enumeradas, não tendo qualquer
relação com a formatação de texto.
O ícone que permite alinhamento conforme o da cé- Alternativa E: INCORRETA. O botão exibido é utiliza-
lula A4 é: do para recuar parágrafos, não tendo qualquer rela-
ção com a formatação de texto.
Ⓐ
02. Questão
574 Informática
Alternativa B: INCORRETA. Qualquer e-mail, contido ASSERTIVA: CORRETA. O phishing lidera hoje o rou-
ou não no Catálogo de Endereços, pode ser incluído bo de identidade de usuários, é engenharia social e
como destinatário de um e-mail. usa mensagens de e-mail para solicitar informações
Alternativa C: INCORRETA. Não necessariamente. con昀椀denciais dos clientes. Phishing é popular entre
Isso depende de cada aplicativo de e-mail e de con- os criminosos, pois é muito mais fácil de enganar al-
昀椀gurações existentes nesse aplicativo. guém a clicar em um link malicioso em um e-mail
Alternativa D: INCORRETA. O que ocorre é o inverso, aparentemente legítimo do que tentar romper as
destinatários em cópia (Cc) não conseguem ver os defesas de um computador.
destinatários ocultos (Cco).
Alternativa E: CORRETA. As mensagens de e-mail po- 08. Questão
dem conter texto, 昀椀guras, arquivos, HTML ou a mis-
tura deles. (POLICIA FEDERAL – CESPE – 2014) A computação em nuvem,
mecanismo muito utilizado atualmente, dispensa o
06. Questão hardware para armazenamento de dados, que 昀椀cam
armazenados em softwares.
(POLICIA FEDERAL – CESPE – 2014) A ativação do 昀椀rewall do
Windows impede que emails com arquivos anexos ( ) CORRETA ( ) INCORRETA
infectados com vírus sejam abertos na máquina do
usuário. Grau de Di昀椀culdade
Grau de Di昀椀culdade
576 Informática
578 Informática
23. Questão
580 Informática
(PREF. MUNICIPAL DE ITUPIRANGA/PR - 2015 - IMA) Estando na (PREF. MUNICIPAL DE ITUPIRANGA/PR - 2015 - IMA) No BrOf昀椀ce
área de trabalho do Windows 7, quando o usuário estão disponíveis diversos aplicativos voltados à
pressiona a combinação de teclas: Windows + F, sur- produtividade, sendo inclusive estes similares aos
girá a caixa de diálogo: encontrados no pacote Microsoft Of昀椀ce, sendo cor-
respondente do PowerPoint o BrOf昀椀ce:
Ⓐ Localizar.
Ⓑ Executar. Ⓐ Writer.
Ⓒ Windows Explorer. Ⓑ Impress.
Ⓓ Encerrar o Windows. Ⓒ Calc.
Ⓓ Draw.
Grau de Di昀椀culdade
Grau de Di昀椀culdade
Alternativa A: CORRETA. Essa combinação é utilizada
para buscar arquivos e pastas. Alternativa A: INCORRETA. O Writer é o correspon-
Alternativa B: INCORRETA. Windows + R é a combina- dente do Microsoft Of昀椀ce.
ção usada para abrir a caixa de diálogo para execu- Alternativa B: CORRETA. O Impress é o correspon-
tar comandos. dente do Microsoft PowerPoint.
Alternativa C: INCORRETA. Windows + E é a combina- Alternativa C: INCORRETA. O Calc é o correspondente
ção usada para abrir o Windows Explorer. do Microsoft Excel.
Alternativa D: INCORRETA. ALT + F4, sem janelas Alternativa D: INCORRETA. O Draw é o corresponden-
abertas, encerra o Windows e desliga o computador. te do Corel Draw.
Há também a combinação Windows + L que encerra
o Windows, mas não desliga o computador. 29. Questão
582 Informática
Alternativa C: INCORRETA. A opção Buscar busca na Ⓒ O navegador Internet Explorer oferece o recur-
página corrente a palavra digitada no diálogo que é so de salvar uma 昀椀gura de uma página da Web, sem
exibido. abri-la.
Alternativa D: INCORRETA. Editar é a opção que en- Ⓓ É possível criar um atalho na área de trabalho da
globa as operações de copiar, colar e recortar. página da Web que está sendo exibida.
(FUMEC - 2015 - CAIPIMES) A 昀椀gura abaixo representa a Alternativa A: INCORRETA. URL não é uma linguagem.
parte superior da janela do Word 2007 e o espaço URL se refere ao endereço de rede no qual se encon-
contornado se refere à guia que contém botões cor- tra algum recurso, como por exemplo, um arquivo de
respondentes à formatação de parágrafos. Não fa- computador ou um dispositivo periférico (impresso-
zendo parte desse conjunto o botão: ra, unidade de rede etc.) ou um site na internet.
Alternativa B: CORRETA. Somente alguns tipos de
Ⓐ Classi昀椀car arquivos não é possível anexar a um e-mail, como
Ⓑ Lista de vários níveis. arquivos executáveis (e.g. exe), para evitar que pro-
Ⓒ Mostrar marcas de parágrafo. gramas maliciosos sejam enviados em massa para
Ⓓ Cor da fonte. usuários desavisados, por exemplo.
Alternativa C: CORRETA. Utilizando a barra de menu
Grau de Di昀椀culdade ou o botão direito do mouse sobre a 昀椀gura, é possí-
vel salvar uma 昀椀gura sem sequer abri-la.
Alternativa A: INCORRETA. O botão de classi昀椀car é Alternativa D: CORRETA. Ao criar esse atalho, o na-
o segundo, da direita para a esquerda da primeira vegador é aberto automaticamente e, em seguida,
linha. abre-se a página que foi salva como atalho.
Alternativa B: INCORRETA. O botão de lista de vários
níveis é o terceiro, da esquerda para a direita, da pri- 32. Questão
meira linha.
Alternativa C: INCORRETA. O botão de classi昀椀car é o (FUMEC - 2015 - CAIPIMES) Analise abaixo as a昀椀rmações
primeiro, da direita para a esquerda da primeira linha. em geral sobre o PowerPoint 2007 e identi昀椀que-as
Alternativa D: CORRETA. O botão de cor da fonte está como (V) verdadeiras ou (F) falsas.
no bloco à esquerda ao bloco contornado, na segun-
da linha, da direita para a esquerda.
Uma apresentação personalizada básica é
31. Questão ( ) uma apresentação separada ou uma apre-
sentação que inclui alguns slides originais.
(FUMEC - 2015 - CAIPIMES) Sobre a navegação na internet e Uma apresentação personalizada com hi-
( ) perlinks é uma forma rápida de navegar
mensagens eletrônicas, é INCORRETO a昀椀rmar: para uma ou mais apresentações separadas.
A guia Inserir tem o conjunto mais abran-
Ⓐ URL consiste numa linguagem de marcação uti- gente de itens a serem inseridos, inclusive
lizada para a produção de algumas páginas da Web ( )
formas, hiperlinks, cabeçalhos e rodapés e
que permite criação de documentos que podem ser sons.
lidos em praticamente qualquer tipo de computador O painel de tarefas Personalizar Animação
e transmitidos pela internet. permite ver informações importantes sobre
Ⓑ Além de mensagens de e-mail simples contendo um efeito de animação, incluindo o tipo de
( )
efeito de animação, a ordem de vários efei-
texto, é possível anexar praticamente qualquer tipo tos de animação entre si e uma parte do tex-
de arquivo em uma mensagem como: documentos, to do efeito de animação.
imagens e música e também pode-se encaminhá-la
a outras pessoas sem precisar digitá-la novamente.
Você̂ pode visualizar a animação de textos e slides individuais, a slide mestre ou a espaços reser-
( ) objetos para um slide ou para a apresenta- vados em layouts do slide.
ção inteira.
Assertiva V: CORRETA. Um dos principais recursos do
Você̂ pode adicionar sons de arquivos do PowerPoint é poder visualizar um único slide sem ter
seu computador, de uma rede, ou do Micro-
( ) soft Media Gallery, gravar os seus próprios de percorrer toda a apresentação.
sons para serem adicionados a uma apre- Assertiva VI: CORRETA. Também é possível tocar uma
sentação ou utilizar música de um CD. prévia de um som e também tornar o ícone de som
invisível durante uma apresentação de slides ocul-
A sequência correta, de cima para baixo, é: tando-o ou fazendo com que ele se mova para fora
do slide na área cinza. Também, somente os arqui-
Ⓐ V – V – V – V – V – V. vos de som no formato .wav (WAV: um formato de
Ⓑ V – F – V – V – F – V. arquivo no qual o Windows armazena sons como
Ⓒ F – V – V – V – F – V. waveforms. Esses arquivos têm a extensão .wav. De-
Ⓓ V – V – F – F – V – V. pendendo de vários fatores, um minuto de som pode
ocupar de 644 quilobytes a 27 megabytes de armaze-
Grau de Di昀椀culdade namento) podem ser incorporados – todos os outros
tipos de arquivos de mídia são vinculados.
Assertiva I: CORRETA. Use uma apresentação perso- Resposta: Ⓐ
nalizada básica para dar apresentações separadas
para grupos diferentes em sua organização. Por 33. Questão
exemplo, se a sua apresentação contiver um total de
cinco slides, você pode criar uma apresentação per- (DETRAN/MT - 2015 - UFMT) Considere a 昀椀gura apresenta-
sonalizada chamada "Local 1" que inclui apenas os da abaixo de uma planilha do LibreOf昀椀ce Calc 4.2.5.2
slides 1, 3 e 5. Você pode criar uma segunda apresen- (idioma Português) em sua con昀椀guração padrão de
tação personalizada chamada "Local 2" que inclui os instalação.
slides 1, 2, 4 e 5. Quando você cria uma apresentação
personalizada de uma apresentação, você sempre
pode executar a apresentação inteira em sua ordem
sequencial original.
Assertiva II: CORRETA. Além de facilitar a navegação,
utilize uma apresentação personalizada com hiper- De acordo com a planilha, o texto exibido na célula
links para organizar o conteúdo de uma apresenta- D2 pode ser obtido pela fórmula:
ção. Por exemplo, se você cria uma apresentação
personalizada principal sobre a nova organização Ⓐ =CONCATENAR(A2; " - "; B2)
geral da sua empresa, é possível criar uma apresen- Ⓑ =SOMA(A2; " - "; B2)
tação personalizada para cada departamento da sua Ⓒ =UNIR(A2; " - "; B2)
organização e vinculá-los a essas exibições da apre- Ⓓ =STRING(A2; " - "; B2)
sentação principal.
Assertiva III: CORRETA. A guia de Inserir, comparada Grau de Di昀椀culdade
com as demais, tem o conjunto mais abrangente de
itens que, além dos itens já mencionados, também Alternativa A: CORRETA. A função CONCATENAR com-
consta 昀椀guras, tabelas, caixas de texto, comentários bina os valores passados para a função, seja uma
etc. célula ou um número ou caractere qualquer.
Assertiva IV: CORRETA. A animação é uma excelente Alternativa B: INCORRETA. A função SOMA somente
maneira de focalizar em pontos importantes, con- aceita valores numéricos.
trolar o 昀氀uxo de informações e aumentar o interes- Alternativa C: INCORRETA. Embora exista o recurso
se do espectador na sua apresentação. Você pode de união de células no LibreOf昀椀ce, não existe essa
aplicar efeitos de animação a textos ou objetos em função.
584 Informática
Alternativa D: INCORRETA. Essa função também não nar sinos e assobios para o Firefox. Você pode ob-
é encontrada no LibreOf昀椀ce e funções de texto não ter complementos para comparar preços, veri昀椀car o
são usadas para concatenações. tempo, mudar o visual do Firefox, ouvir música, ou
mesmo atualizar o seu per昀椀l no Facebook. Personali-
34. Questão zando, assim, o Firefox com estilos e recursos extras.
E o Firefox Sync, além de sincronizar os favoritos,
(DETRAN/MT - 2015 - UFMT) A coluna da esquerda apresen- históricos e preferências, também pode sincronizar
ta funcionalidades do Firefox 34.0.5 e a da direita, o senhas, complementos, preferências, dentre outros.
que cada uma permite realizar. Numere a coluna da Resposta: Ⓑ
direita de acordo com a da esquerda.
35. Questão
Coluna 1ª
1 Barra de pesquisa (DETRAN/MT - 2015 - UFMT) A respeito de periféricos, ana-
2 Modo privativo lise as a昀椀rmativas.
3 Complemento
I. A tela de monitor LCD é formada por duas pla-
4 Firefox Sync cas de vidro e, atrás de uma delas, encontra-se
Coluna 2ª o tubo de raios catódicos, responsável por gerar
Personalizar o Firefox com estilos e recursos a imagem.
( )
extras. II. Nas impressoras a jato de tinta, utiliza-se uma
Navegar na internet sem guardar informa- cabeça de impressão móvel, a qual se move ho-
( ) rizontalmente pelo papel enquanto a tinta é es-
ções sobre sites e páginas visitados.
pirrada por minúsculos esguichos.
Sincronizar os favoritos, históricos e prefe-
III. Em mídias ópticas Blu-ray, utilizam-se células de
( ) rências do Firefox entre diferentes compu-
memória 昀氀ash para aumentar a capacidade de
tadores e/ou dispositivos.
armazenamento em relação aos DVD e aos CD-
Buscar rapidamente na Internet, por meio -ROM.
( )
do mecanismo de pesquisa.
Está correto o que se a昀椀rma em:
Marque a sequência correta.
Ⓐ II, apenas.
Ⓐ 2, 1, 3, 4. Ⓑ II e III, apenas.
Ⓑ 3, 2, 4, 1. Ⓒ I, apenas.
Ⓒ 1, 3, 2, 4. Ⓓ I e III, apenas.
Ⓓ 4, 3, 1, 2.
Grau de Di昀椀culdade
Grau de Di昀椀culdade
DICA DO AUTOR: O monitor tradicional é que é for-
DICA DO AUTOR: A barra de pesquisa, além de Buscar mado por tudo de raios catódicos. Telas de LCD pos-
rapidamente na Internet, por meio do mecanismo suem um líquido (do inglês, Liquid Crystal Display)
de pesquisa, também permite acessar todos os seus entre as placas de vidro. Já as mídias de Blu-ray uti-
mecanismos de pesquisa favoritos. O Modo Privativo lizam o mesmo material dos DVDs e CD-ROMs, contu-
ou Navegação Privativa permite navegar na internet do utilizam um raio diferente para gravar e ler os da-
sem guardar informações sobre sites e páginas visi- dos do disco. Por 昀椀m, as impressoras a jato de tinta
tados. Também inclui Proteção contra rastreamen- utilizam, de fato, uma cabeça de impressão móvel, a
to na navegação privada, a qual impede que seja qual se move horizontalmente pelo papel enquanto
rastreado enquanto navega. Os complementos são a tinta é espirrada por minúsculos esguichos.
como os aplicativos que você instala para adicio- Resposta: Ⓐ
586 Informática
(NUCLEP - 2014 - BIORIO) Um funcionário da NUCLEP aces- Alternativas A e C: INCORRETAS. Esse atalho não
sou o Windows Explorer do sistema operacional Win- existe nativamente. É preciso criá-lo manualmente.
dows XP, em um microcomputador versão desktop e Alternativa B: INCORRETA. O atalho correto é CTRL+J.
executou os seguintes procedimentos: Alternativa D: CORRETA. Esse atalho é do Windows e
• Selecionou a pasta DOCUMENTOS no disco C: tem prioridade sobre o atalho do IE 9.
• Para selecionar todos os arquivos gravados nes- Alternativa E: INCORRETA. O atalho padrão para des-
sa pasta, ele executou um atalho de teclado. ligar a máquina, no Windows, é o ALT + F4.
site con昀椀gurado como página inicial do Firefox Mo- Alternativa B: INCORRETA. Sendmail é uma infraes-
zilla, ele deve acionar o ícone (imagem abaixo) ou trutura de e-mail de propósito geral suporta funções
executar o seguinte atalho de teclado: básicas de e-mail, como SMTP.
Alternativa C: INCORRETA. Airmail é um cliente de
Ⓐ Ctrl + Home e-mail para Mac OSX e iOS.
Ⓑ Alt + Home Alternativa D: INCORRETA. Cardmail é um nome para
Ⓒ Shift + F11 diferentes produtos relacionados a e-mail.
Ⓓ Alt + F11 Alternativa E: INCORRETA. Greenmail é mais conhe-
Ⓔ Ctrl + F11 cida como uma técnica do mercado 昀椀nanceiro para
in昀氀acionar preços.
Grau de Di昀椀culdade
44. Questão
Alternativa A: INCORRETA. Essa combinação não é
um atalho válido no Firefox. (SEDAM/RO - 2014 - FUNCAB) Suponha que ao utilizar um
Alternativa B: CORRETA. Essa combinação é universal aplicativo no ambiente operacional Linux, o mesmo
em qualquer sistema operacional compatível com o não esteja mais respondendo e você queira 昀椀naliza-
Firefox, como o Linux e Mac OSX. -lo. Para tal operação, o comando a ser utilizado é:
Alternativa C: INCORRETA. F11 é utilizada para co-
locar a aba aberta em tela cheia. Essa combinação Ⓐ end
com Shift não é válida. Ⓑ kill
Alternativa D: INCORRETA. F11 é utilizada para co- Ⓒ shell
locar a aba aberta em tela cheia. Essa combinação Ⓓ jobs
com Alt não é válida. Ⓔ rm
Alternativa E: INCORRETA. F11 é utilizada para co-
locar a aba aberta em tela cheia. Essa combinação Grau de Di昀椀culdade
com Ctrl não é válida.
Alternativa A: INCORRETA. end não é um comando
43. Questão válido.
Alternativa B: CORRETA. kill, seguido do identi昀椀cador
(NUCLEP - 2014 - BIORIO) No uso dos recursos do correio do programa em execução, encerra-o imediatamen-
eletrônico, existem diversos sites na internet que te.
oferecem uma infraestrutura de e-mail para que Alternativa C: INCORRETA. shell é a denominação
usuário possa criar, modi昀椀car, excluir ou mesmo para um tipo de terminal de linha de comando.
imprimir mensagens de correio, como por exemplo, Alternativa D: INCORRETA. jobs não é um comando
Yahoo, Hotmail ou Gmail. Essa infraestrutura é co- válido.
nhecida como: Alternativa E: INCORRETA. rm é um comando de ex-
clusão de arquivos e pastas.
Ⓐ WebMail
Ⓑ SendMail 45. Questão
Ⓒ AirMail
Ⓓ CardMail (SEDAM/RO - 2014 - FUNCAB) Sobre o sistema operacional
Ⓔ GreenMail Linux, é correto a昀椀rmar que:
588 Informática
46. Questão
(DETRAN/MT - 2015 - UFMT) A 昀椀gura abaixo ilustra um fragmento de tela da área de trabalho do Microsoft Word 2007
(idioma Português) com algumas regiões destacadas e numeradas de 1 a 6.
590 Informática
Alternativa A: INCORRETA. (#) causa um erro de sin- Alternativa D: INCORRETA. (<) é normalmente utiliza-
taxe e não corresponde a nenhuma operação lógica do em operações lógicas.
ou matemática. Alternativa E: CORRETA. ( : ) é utilizado para delimitar
Alternativa B: INCORRETA. ( | ) é normalmente utili- intervalos de células, como o requerido pela fórmula
zado em operações booleanas (AND, OR, etc.). SOMA.
Alternativa C: INCORRETA. (<) é normalmente utiliza-
do em operações lógicas.
51. Questão
(SEDAM/RO - 2014 - FUNCAB) Observe, na imagem abaixo, a sequência de comandos executados no sistema opera-
cional Linux.
Sobre essa sequência de comandos, é correto a昀椀r- Alternativa C: INCORRETA. O comando cd.. muda do
mar que: diretório corrente para o anterior ou parente.
Alternativa D: INCORRETA. O comando ls lista arqui-
Ⓐ [/home] é o diretório raiz. vos e/ou pastas existentes no diretório corrente.
Ⓑ db.cache é o nome de um diretório. Alternativa E: CORRETA. O comando cd é usado para
Ⓒ o comando cd.. remove o diretório home. navegar entre diretórios e pastas.
Ⓓ na primeira linha, o comando ls cria o diretório
home.
Ⓔ o comando cd etc muda o diretório corrente
para o diretório etc.
Grau de Di昀椀culdade
Alternativa A: INCORRETA. O diretório raiz é o [/].
Alternativa B: INCORRETA. db.cache é um arquivo do
tipo .cache
RESUMO PRÁTICO
WINDOWS Segurança
A Central de Segurança do Windows pode aju-
Atalhos dar a aumentar a segurança de seu computador
Os atalhos de teclado são combinações de duas inspecionando o status de vários componentes fun-
ou mais teclas que você pode usar para executar damentais da segurança do computador, inclusive
uma tarefa que normalmente exigiria um mouse ou con昀椀gurações de 昀椀rewall, atualizações automáticas
outro dispositivo apontador. Atalhos de teclado po- do Windows e con昀椀gurações de software antimalwa-
dem facilitar o seu trabalho com o PC, permitindo re, de segurança da Internet e do Controle de Conta
que você poupe tempo e esforços ao trabalhar com de Usuário.
o Windows e outros aplicativos. Um 昀椀rewall pode ajudar a impedir que hackers
A maioria dos aplicativos também fornece teclas ou softwares mal intencionados (como worms) ob-
de aceleração que facilitam o trabalho com menus tenham acesso ao seu computador através de uma
e outros comandos. Con昀椀ra os menos de aplicativos rede ou da Internet. Um 昀椀rewall também pode aju-
para conhecer as teclas de aceleração. Se uma letra dar a impedir o computador de enviar software mal
de uma palavra estiver sublinhada em um Menu, isso intencionado para outros computadores. O Windows
geralmente signi昀椀ca que você pode pressionar a te- veri昀椀ca se o computador está protegido por um sof-
cla Alt junto com a tecla sublinhada em vez de clicar tware 昀椀rewall. Se o 昀椀rewall está desativado, a Cen-
nesse item de Menu. Quando estiver usando um te- tral de Segurança exibirá uma noti昀椀cação e colocará
clado virtual, você também pode ver alguns atalhos um ícone da Central de Segurança na área de noti昀椀-
quando pressionar a tecla Ctrl. cação. Para mais informações, acesse [2].
592 Informática
INTERNET Firefox
O Firefox é um navegador é um navegador livre
Chrome e multi-plataforma desenvolvido pela Mozilla Foun-
O Google Chrome é um navegador desenvolvido dation, gratuito e de código aberto. O Mozilla Firefox
pelo Google, gratuito e de código aberto. O navega- funciona em vários sistemas operacionais, como
dor está disponível em mais de 51 idiomas para as Microsoft Windows, Mac OS X, Linux, dentre outros.
plataformas Windows, Mac OS X, Android, Ubuntu, Segundo seus desenvolvedores, o objetivo do Fire-
Debian, Fedora e openSUSE. Atualmente, o Chrome é fox é ser um navegador que inclua as opções mais
o navegador mais utilizado no mundo. O navegador usadas pela maioria dos usuários, de modo que o
594 Informática
torne o melhor possível. Outras funções não incluí- Um exemplo prático dessa nova realidade é o Of昀椀ce
das originalmente encontram-se disponíveis através Online, da Microsoft, serviço que dá acesso a recur-
de extensões e plugins nos quais qualquer pessoa sos básicos de edição de textos, apresentações de
possa criar um. Os principais recursos nativos do slides, entre outras funcionalidades, de maneira
Firefox são: completamente on-line. Tudo o que o usuário pre-
• Navegação por abas; cisa fazer é criar uma conta e utilizar um navegador
• Bloqueador de janelas indesejadas; de internet compatível, o que é o caso da maioria
• Gerenciador de downloads; dos browsers da atualidade. O usuário não precisa
• Temas; se preocupar com nenhum desses aspectos, apenas
• Extensões (ou add-ons); em acessar e utilizar. As principais vantagens de se
• Plugins; utilizar computação em nuvem são:
• Modo Privativo. • Na maioria dos casos, o usuário pode acessar as
aplicações, independente do seu sistema opera-
Mecanismos de Busca cional ou do equipamento usado;
O mecanismo de busca é “um banco de dados • O usuário não precisa se preocupar com a estru-
que ajuda as pessoas a encontrar informações na In- tura para executar a aplicação - hardware, pro-
ternet de acordo com palavras ou termos digitados cedimentos de backup, controle de segurança,
pelos usuários”. manutenção, entre outros;
Os mecanismos de busca vasculham a Internet • Compartilhamento de informações e trabalho
diariamente, e armazenam todas as informações colaborativo se torna mais fáceis, pois todos os
encontradas num banco de dados de forma organi- usuários acessam as aplicações e os dados do
zada. Quando o usuário faz uma busca na Internet, mesmo lugar: a nuvem;
esse banco de dados é acessado e retorna com to- • Dependendo do fornecedor, o usuário pode
das as informações relacionadas à palavra ou ter- contar com alta disponibilidade: se um servidor
mo pesquisado. O Google é o mecanismo de busca parar de funcionar, por exemplo, os demais que
mais utilizado no mundo e vale mais de centenas de fazem parte da estrutura continuam a oferecer
bilhões de dólares. Contudo, há muitos outros me- o serviço;
canismos desse tipo, como o Microsoft Bing, da Mi- • O usuário pode contar com melhor controle de
crosoft, Yahoo, da empresa Yahoo, Duck Duck Go, um gastos. Muitas aplicações em cloud computing
mecanismo livre e de código aberto e muitos outros. são gratuitas e, quando é necessário pagar, o
usuário só o faz em relação aos recursos que
Computação em nuvem usar ou ao tempo de utilização. Não é necessá-
"Computação em nuvem", por de昀椀nição, diz res- rio, portanto, pagar por uma licença integral de
peito à entrega sob demanda de recursos de TI e uso, tal como é feito no modelo tradicional de
aplicativos pela Internet, com modelo de de昀椀nição fornecimento de software;
de preço conforme a utilização. A computação em • Dependendo da aplicação, o usuário pode pre-
nuvem oferece uma forma simples de acessar servi- cisar instalar um programa cliente em seu com-
dores, armazenamento, bancos de dados e um con- putador ou dispositivo móvel. Mas, nesses casos,
junto amplo de serviços de aplicativo pela Internet. todo ou a maior parte do processamento (e até
Com a cloud computing, muitos aplicativos, assim mesmo do armazenamento de dados) 昀椀ca por
como arquivos e outros dados relacionados, não conta das "nuvens".
precisam mais estar instalados ou armazenados no
computador do usuário ou em um servidor próximo. Periféricos
Esse conteúdo passa a 昀椀car disponível nas nuvens,
isto é, na internet. Os periféricos são dispositivos de comunicação
Ao fornecedor da aplicação cabem todas as com o mundo exterior. Existem dois tipos básicos de
tarefas de desenvolvimento, armazenamento, ma- periféricos: os de entrada e os de saída. Os periféri-
nutenção, atualização, backup, escalonamento, etc. cos de entrada são aqueles que recebem informa-
ções de fora do dispositivo, como um computador be o dado produzido pelo dispositivo. Exemplos de
pessoal. Exemplos típicos de periféricos de entrada periféricos de saída são a impressora, o monitor de
são o teclado e o mouse. Os periféricos de saída exi- vídeo, dentre outros.
Nome Descrição
Principal periférico de saída que exibe ao usuário as principais informações do sistema.
Monitor
Há vários tipos de monitores, como LCD, CRT, Plasma, dentre outros.
Periférico de entrada que permite o usuário posicionar uma seta (apontador) através
Mouse
da interface grá昀椀ca dos aplicativos.
Periférico de entrada que permite o usuário inserir dados através de diversas teclas,
Teclado
inclusive com combinações.
Periférico de entrada e saída que recebe e envia dados de rede de e para um dispositi-
vo, como o computador. Um modem ADSL (de internet de alta velocidade), por exemplo,
Model
é capaz de transformar o sinal analógico do telefone para o sinal digital do computador,
para troca de dados através da linha de telefone.
Periférico de entrada e saída que recebe e envia dados de rede de e para um dispositi-
vo, como o computador. Um modem ADSL (de internet de alta velocidade), por exemplo,
Modem
é capaz de transformar o sinal analógico do telefone para o sinal digital do computador,
para troca de dados através da linha de telefone.
REFERÊNCIAS
1. http://windows.microsoft.com/pt-br/windows/ke-
yboard-shortcuts#keyboard-shortcuts= windows-8
2. http://windows.microsoft.com/pt-br/windows-vis-
ta/using-windows-security-center
3. http://windows.microsoft.com/pt-br/windows-
-vista/What-is-the-Windows-Experience-In-
dex?749bb040
4. http://www.devmedia.com.br/comandos-importan-
tes-linux/23893#ixzz43h7RkGe8
5. https://pt.wikibooks.org/wiki/Linux_para_inician-
tes
6. https://pt.wikipedia.org/wiki/Google_Chrome
7. https://pt.wikipedia.org/wiki/Recursos_do_Mo-
zilla_Firefox
8. https://pt.wikipedia.org/wiki/Mozilla_Firefox
9. http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/10375/10375_4.
PDF
10. https://aws.amazon.com/pt/what-is-cloud-compu-
ting/
11. http://www.infowester.com/cloudcomputing.php
596 Informática
Formato: 17×24 cm
Tipogra昀椀as: Fira Sans, Farsan e Pridi.
Papeis: Offset 75 mg