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ENGENHARIA CIVIL
Ressalto Hidráulico
BARREIRAS - BA
2021
SUMÁRIO
Introdução 3
Objetivos 5
Materiais 6
Procedimentos 7
Resultados e Discussões 11
Conclusão 20
Referências 21
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1. INTRODUÇÃO
Ressalto hidráulico ou salto hidráulico pode ser definido como o fenômeno que ocorre em um
escoamento onde há a transição de um escoamento supercrítico ou torrencial pra um escoamento
subcrítico ou fluvial. O escoamento é caracterizado onde ocorre um aumento brusco no nível da
água, em uma curta distância, havendo perda de energia nessa transição devido à grande
turbulência que ocorre, possuindo grandes ondulações e entrada de ar. O ressalto é utilizado
principalmente como dissipador de energia cinética, encontrado principalmente ao pé de um
vertedor de barragem. Em um leito uniforme e com escoamento permanente ele ocupa uma
posição fixa.
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Figura 2-Tipos de ressalto hidráulico em função do número de Froude a montante
Temos que no ressalto ondulado a transição ocorre de maneira gradual, sem haver uma grande
variação, já no ressalto fraco já podemos perceber que ocorre uma separação na superfície líquida,
mas apresentando ainda aspecto ondular e com baixa perda de carga. No ressalto oscilante, o
ressalto possui a tendência de se deslocar a jusante, não guardando posição junto a sua fonte
geradora. Em ressalto estacionário já temos que a dissipação de energia varia entre 45% e 70% a
montante.
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2. OBJETIVOS
O principal objetivo da prática experimental consiste na análise dos diferentes tipos de ressalto
hidráulico, procurando identificar as suas principais características e como eles são formados,
observando os principais fatores, tais como a perda de energia que ocorre, buscando identificar o
regime de escoamento através do número de Froude.
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3. MATERIAIS
Canal de seção retangular com paredes de acrílico
Reservatório
Bomba hidráulica
Vertedor de parede espessa
Tomadas de pressão
Piezômetros
Comporta
Régua
Água no canal
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4. PROCEDIMENTOS
Q
Y2 Y1
Ressalto Hidráulico
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Q
Y1
Y2
Lr
Q
Y2 Y1
Lr
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Q
Y2 Y1
Lr
Q
Y2 Y1
Lr
Q
Y2 Y1
Alturas Alternadas
4.3. Inicialmente elevou-se a altura da comporta até uma determinada altura e logo após
observou-se a alteração na profundidade da água a montante e a jusante até sua
estabilização, buscando observar como atuam as alturas alternadas e sua influência no
escoamento (Figura 10 e 11).
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Figura 10-Elevação da comporta
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5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Após realizar a observação com o que ocorreu no escoamento em regime permanente com a
inserção de uma elevação no fundo, foi possível obter os seguintes dados:
Após realizar a observação com o que ocorreu no escoamento em regime permanente com a
inserção de uma elevação no fundo, foi possível obter os seguintes dados:
Com o escoamento é permanente e de regime fluvial, da posse dos dados apresentados na Tabela
1 conseguimos determinar a vazão de escoamento, a vazão unitária, a profundidade crítica e a
energia crítica do escoamento, determinados pelas fórmulas a seguir:
Q=C D m A1 √2 gh
em que:
Q = vazão no diafragma (m3 s-1);
CD = coeficiente de descarga (adimensional);
m = relação entre as áreas das seções 2 e 1 (adimensional);
A1 = área da seção 1 (m2);
g = aceleração da gravidade (m s-2);
h = diferença de carga de pressão entre as seções 1 e 2 (m).
2
A 2 π∗R 22 ( 0,02)
m= = = =0,44
A 1 π∗R 12 ( 0,03)2
2 2
A 1=π∗R 1 =( 0,03 ) =0,00283
Com os dados obtidos acima conseguimos determinar a vazão pela fórmula do diafragma:
m3
Q=0,675∗0,44∗0,00283∗√ 2∗9,81∗0,169=0,00153 ou 1,53 l/s
s
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Conseguimos determinar a vazão específica pela fórmula seguinte e os valores já fornecidos,
valendo salientar que a mesma só se dá para canais retangulares, com a largura do canal b=102
mm ou b=0,102m:
Q 0,00153
q= = =0,015 m2 / s
b 0,102
Conseguimos determinar a profundidade crítica pela seguinte fórmula, já determina a vazão crítica
“q”:
q2 8 0,0152
Yc=
√ √
8
g
=
9,81
=0,0284 m
Yc∗3 0,0284∗3
Ec= = =0,0426 m
2 2
Parâmetro Parte 02
Vazão escoada (Q) 0,00153 m 3 /s
Podemos notar para uma pequena elevação o fundo do canal e com um regime de escoamento
fluvial, o nível d`água decresce.
Ressalto hidráulico
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Com a observação dos diferentes tipos de ressalto hidráulico obteve-se os dados apresentados na
tabela a seguir:
h 1=77,5−73,4=4,1 cm ou 0,041m
h 3=91,6−76,2=15,4 cm ou 0,154 m
2
A 2 π∗R 22 ( 0,02)
m= = = =0,44
A 1 π∗R 12 ( 0,03)2
2 2
A 1=π∗R 1 =( 0,03 ) =0,00283
A partir desses dados podemos determinar a vazão característica para cada experimento, no qual
os cálculos serão apresentados a seguir, utilizando a fórmula que já foi demonstrada na parte de
elevação no fundo do canal (fórmula do Diafragma):
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Com a largura do canal b=102 mm ou b=0,102m, podemos determinar a vazão específica pela
seguinte fórmula:
Q 0,000754
q 1= = =0,0073m 2 /s
b 0,102
Q 0,000754
q 2= = =0,0073 m2 / s
b 0,102
Q 0,00146
q 3= = =0,0143 m2 / s
b 0,102
Q 0,00125
q 4= = =0,0122 m 2 /s
b 0,102
Temos que para o canal de seção retangular a altura hidráulica é igual à altura d`água,
conseguimos determinar o número de Froude através da seguinte equação:
q
Fr=
√ g y3
Para o cálculo desse parâmetro iremos considerar o nível d`água a montante do ressalto hidráulico,
onde Y=Y1, para todos os escoamentos apresentados. Seguem os cálculos do numero de Froude:
0,0073
( Fr 1 ) 1= =1,55
√ 9,81∗13,13
0,0073
( Fr 1 ) 2= =2,33
√ 9,81∗13,13
0,0073
( Fr 1 ) 3= =3,08
√ 9,81∗13,13
0,0073
( Fr 1 ) 4= =5,04
√ 9,81∗13,13
Portanto, com o parâmetro do número de Froude ( Fr 1 ) conseguimos determinar o tipo de
escoamento que está ocorrendo para cada experimento. Para o experimento 1 temos ( Fr 1 ) 1=1,55,
logo o número de Froude a montante 1,0<( Fr 1 ) <1,7, temos o tipo de ressalto ondulado e com ( Fr 1 ) >1 o
regime de escoamento a montante é fluvial. Para o experimento 2 temos ( Fr 1 ) 2=2,33, logo o número
de Froude a montante 1,7<( Fr 1 ) <2,5, temos o tipo de ressalto fraco. Já para o experimento 3 temos
( Fr 1 ) 3=3,08, logo o número de Froude a montante 2,5<( Fr 1 ) <4,5, temos o tipo de ressalto oscilante.
Por fim para o experimento 4 temos ( Fr 1 ) 4=5,04, logo o número de Froude a montante 4,5< ( Fr 1 )
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<9,0, temos o tipo de ressalto estacionário e como ( Fr 1 ) >1 para todos os escoamentos, temos que o regime
de escoamento a montante é torrencial, em todos os casos.
Pela fórmula seguinte conseguimos determinar a profundidade do nível d`água que se encontra a jusante do
ressalto:
( Y 2 ) 2=0,5∗10,0∗√ 1+8∗2,332−1=28,33mm
( Y 2 ) 3=0,5∗13,0∗ √ 1+8∗3,082−1=50,50 mm
Entretando determinamos a profundidade teórica que o canal teria após o ressalto hidráulico,
como ocorre imprecisões nas medições devido a grande turbulência em alguns escoamentos,
notamos uma pequena diferença entre as profundidades calculadas e observadas em experimento.
Altura do ressalto:
1 ( YLj2 )=4,00
2 ( YLj2 )=4,60
3 ( YLj2 )=5,20
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4 ( YLj2 )=6,05
Logo temos que:
( Lr ) 2=4,60∗18,10=82,20 mm
( Lr ) 3=5,20∗37,50=195,00 mm
( Lr ) 4=6,05∗45,16=273,21mm
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H2/H1 X Fr
8.00
7.00
6.00
5.00
h2/h1
4.00
3.00
2.00
1.00
0.00
1 2 3 4
Froude
TEÓRICO MEDIDO
Podemos conclui que quanto maior for a diferença entre os níveis d`água a montante e a jusante
do ressalto, maior será a intensidade do mesmo.
Alturas alternadas
Na comporta, considerando uma situação ideal onde não ocorre uma perda de carga, as alturas são ditas
alternadas onde para a mesma vazão não ocorre a perda de carga ou energia. Entretanto conseguimos
determinas os parâmetros já apresentados, através dos cálculos a seguir:
h 1=84,3−75,9=8,4 cm ou 0,0840 m
2
A 2 π∗R 22 ( 0,02)
m= = = =0,44
A 1 π∗R 12 ( 0,03)2
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2 2
A 1=π∗R 1 =( 0,03 ) =0,00283
Q 0,00341
q= = =0,0334 m2 / s
b 0,102
Para o cálculo desse parâmetro (número de Froude) iremos considerar o nível d`água a montante
da comporta, onde Y=Y1.
0,0334
( Fr 1 ) = =1,33
√ 9,81∗40,03
Profundidade a jusante da comporta, apresentada a seguir:
Y 2=0,5∗16,0∗( √ 1+8∗1,332−1)=23,14 mm
q2 8 0,0334 2
Yc=
√ √
8
g
=
9,81
=0,321m
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Parâmetro Parte 08
Vazão escoada (Q) 0,00341 m 3 /s
Altura da água a montante da comporta (y1) – medida 40 mm
Para esse escoamento podemos notar que Fr1>1, onde o escoamento a montante se encontra em
regime subcrítico ou torrencial.
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6. CONCLUSÃO
Portanto, podemos concluir que para ressaltos hidráulicos os dados obtidos foram satisfatórios de
modo que algumas imprecisões se deram onde a depender do tipo de ressalto hidráulico há grande
turbulência, não permitindo se obter algumas medidas com precisão. Os valores obtidos foram
bem próximos aos valores teóricos calculados, sendo possível determinar a partir do número de
Froude a montante os tipos de ressalto, conseguimos determinar como ondulado, fraco, oscilante e
estacionário. Onde pode-se comprovar que o ressalto ele se forma somente se o escoamento for
torrencial e a singularidade formar a altura requerida Y 2 no regime fluvial, caso contrário o regime
continua a ser torrencial, válido para qualquer formato de canal, que nesse caso foi retangular.
Podemos também notar que o comprimento do ressalto se dá em aproximadamente 6Y 2, conforme
tese de alguns autores.
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MELO PORTO, R.DE “Hidráulica Básica”. EESC USP. São Carlos, São
Paulo,2006.
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