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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA

CENTRO DAS CIÊNCIAS EXATAS E DAS TECNOLOGIAS

ENGENHARIA CIVIL

Ressalto Hidráulico

Relatório - Aula prática 02

MICHEL MATOS DA SILVA

Orientador: Luiz Gustavo Henriques do Amaral

BARREIRAS - BA
2021
SUMÁRIO

Introdução 3

Objetivos 5

Materiais 6

Procedimentos 7

Resultados e Discussões 11

Conclusão 20

Referências 21

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1. INTRODUÇÃO

Ressalto hidráulico ou salto hidráulico pode ser definido como o fenômeno que ocorre em um
escoamento onde há a transição de um escoamento supercrítico ou torrencial pra um escoamento
subcrítico ou fluvial. O escoamento é caracterizado onde ocorre um aumento brusco no nível da
água, em uma curta distância, havendo perda de energia nessa transição devido à grande
turbulência que ocorre, possuindo grandes ondulações e entrada de ar. O ressalto é utilizado
principalmente como dissipador de energia cinética, encontrado principalmente ao pé de um
vertedor de barragem. Em um leito uniforme e com escoamento permanente ele ocupa uma
posição fixa.

A seguir podemos observar um aspecto habitual de um ressalto Hidráulico, onde são


demonstradas as suas principais características:

Figura 1-Ressalto hidráulico-livro do R. de Melo Porto 4º edição

Ocorre a diminuição da velocidade média na direção do escoamento, formando uma acentuada


turbulência, como ocorre a dissipação da energia cinética ao longo do ressalto Hidráulico, dizemos
que as profundidades Y1 e Y2 apresentadas na Figura 1 são as alturas ou profundidades conjugadas
de ressalto. O ressalto estacionário fica confinado entre duas seções, onde uma se encontra a
montante em regime torrencial de escoamento e a outra a jusante, em regime fluvial de
escoamento, essa é a condição primordial para que ocorra o ressalto hidráulico.

A agitação que ocorre devido a turbulência favorece a penetração de ar no escoamento formando


bolhas e favorecendo a dissipação de energia. Temos então, que a diferença de cotas entre as
linhas de energia são a perda de carga.

De acordo a velocidade média do escoamento - o número de Froude nessa seção - temos


diferentes aspectos físicos que caracterizam os ressaltos Hidráulicos, temos alguns tipos na figura
a seguir:

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Figura 2-Tipos de ressalto hidráulico em função do número de Froude a montante

Temos que no ressalto ondulado a transição ocorre de maneira gradual, sem haver uma grande
variação, já no ressalto fraco já podemos perceber que ocorre uma separação na superfície líquida,
mas apresentando ainda aspecto ondular e com baixa perda de carga. No ressalto oscilante, o
ressalto possui a tendência de se deslocar a jusante, não guardando posição junto a sua fonte
geradora. Em ressalto estacionário já temos que a dissipação de energia varia entre 45% e 70% a
montante.

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2. OBJETIVOS

O principal objetivo da prática experimental consiste na análise dos diferentes tipos de ressalto
hidráulico, procurando identificar as suas principais características e como eles são formados,
observando os principais fatores, tais como a perda de energia que ocorre, buscando identificar o
regime de escoamento através do número de Froude.

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3. MATERIAIS
 Canal de seção retangular com paredes de acrílico
 Reservatório
 Bomba hidráulica
 Vertedor de parede espessa
 Tomadas de pressão
 Piezômetros
 Comporta
 Régua
 Água no canal

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4. PROCEDIMENTOS

Elevação no fundo do canal

4.1. Primeiramente foi necessário realizar a preparação do equipamento, com o


acionamento da bomba hidráulica e abertura do registro do circuito hidráulico, de modo a
manter uma vazão constante e a realização do posicionamento de uma pequena elevação
no fundo do canal (3mm);
4.1.1. Posteriormente fez-se necessário observar o que ocorreu no escoamento no trecho em
que foi adicionado a elevação no fundo do canal;

Q
Y2 Y1

Figura 3-Escoamento com pequena elevação no fundo do canal

Ressalto Hidráulico

4.2. O equipamento já estava preparado decorrente ao experimento I, a bomba


hidráulica e abertura do registro do circuito hidráulico, de modo a manter um escoamento
constante ao longo do canal;
4.2.1. Posteriormente inseriu-se uma comporta de maneira gradual em um determinado
trecho do canal, causando uma elevação no nível d´água a montante da comporta
(Figura 4).
4.2.2. A seguir, adicionou-se um vertedor de parede espessa em um trecho posterior ao qual
se encontra a comporta, de maneira a induzir a criação do ressalto Hidráulico (Figura
5).

7
Q

Y1
Y2

Figura 4-Inserção da comporta no escoamento

Figura 5-Inserção do vertedor

4.2.3. Posteriormente observou-se os diferentes tipos de ressaltos hidráulicos, anotando-se as


alturas a montante e jusante com auxílio de uma régua, comprimento do ressalto e as
cargas a montante e jusante, com auxílio do piezômetro para posterior determinação de
outras características, variando para cada tipo de ressalto.

Lr

Q
Y2 Y1

Figura 6-Resssalto ondulado

Lr

8
Q
Y2 Y1

Figura 7-Ressalto Fraco

Lr

Q
Y2 Y1

Figura 8-Ressalto Oscilante

Lr

Q
Y2 Y1

Figura 9-Ressalto Estacionário

Alturas Alternadas

4.3. Inicialmente elevou-se a altura da comporta até uma determinada altura e logo após
observou-se a alteração na profundidade da água a montante e a jusante até sua
estabilização, buscando observar como atuam as alturas alternadas e sua influência no
escoamento (Figura 10 e 11).

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Figura 10-Elevação da comporta

Figura 11- Estabilização do nível d`água

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5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Elevação no fundo do canal

Após realizar a observação com o que ocorreu no escoamento em regime permanente com a
inserção de uma elevação no fundo, foi possível obter os seguintes dados:

Altura da elevação Carga Piezométrica Carga Piezométrica Largura do Canal


a Montante a Jusante
3 mm 80,2cm 60,3cm 10,2cm
Tabela Erro! Nenhum texto com o estilo especificado foi encontrado no documento.- Dados obtidos com pequena elevação no
fundo do canal

Após realizar a observação com o que ocorreu no escoamento em regime permanente com a
inserção de uma elevação no fundo, foi possível obter os seguintes dados:

Com o escoamento é permanente e de regime fluvial, da posse dos dados apresentados na Tabela
1 conseguimos determinar a vazão de escoamento, a vazão unitária, a profundidade crítica e a
energia crítica do escoamento, determinados pelas fórmulas a seguir:

Q=C D m A1 √2 gh

em que:
Q = vazão no diafragma (m3 s-1);
CD = coeficiente de descarga (adimensional);
m = relação entre as áreas das seções 2 e 1 (adimensional);
A1 = área da seção 1 (m2);
g = aceleração da gravidade (m s-2);
h = diferença de carga de pressão entre as seções 1 e 2 (m).

Para o cálculo, serão considerados os seguintes valores: CD = 0,675, R1 = 30mm ou 0,03m, R2 =


20mm ou 0,02m; g=9,81 e h é a diferença de carga de pressão entre a saída e a entrada do diafragma.

h=80,2−63,3=16,9 cmou 0,169 m

Para m temos que:

2
A 2 π∗R 22 ( 0,02)
m= = = =0,44
A 1 π∗R 12 ( 0,03)2

2 2
A 1=π∗R 1 =( 0,03 ) =0,00283

Com os dados obtidos acima conseguimos determinar a vazão pela fórmula do diafragma:

m3
Q=0,675∗0,44∗0,00283∗√ 2∗9,81∗0,169=0,00153 ou 1,53 l/s
s
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Conseguimos determinar a vazão específica pela fórmula seguinte e os valores já fornecidos,
valendo salientar que a mesma só se dá para canais retangulares, com a largura do canal b=102
mm ou b=0,102m:

Q 0,00153
q= = =0,015 m2 / s
b 0,102

Conseguimos determinar a profundidade crítica pela seguinte fórmula, já determina a vazão crítica
“q”:

q2 8 0,0152
Yc=
√ √
8

g
=
9,81
=0,0284 m

Para determinarmos a energia específica temos a seguinte equação, como já determinamos a


profundidade crítica “Yc”:

Yc∗3 0,0284∗3
Ec= = =0,0426 m
2 2

Na tabela a seguir são apresentados os dados obtidos nesse escoamento:

Parâmetro Parte 02
Vazão escoada (Q) 0,00153 m 3 /s

Vazão unitária (q) 0,015 m 2 /s

Profundidade crítica (yc) 0,0284 m

Energia crítica (Ec) 0,0426 m

Tabela 2- Parâmetros relativos ao escoamento

Podemos notar para uma pequena elevação o fundo do canal e com um regime de escoamento
fluvial, o nível d`água decresce.

Ressalto hidráulico

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Com a observação dos diferentes tipos de ressalto hidráulico obteve-se os dados apresentados na
tabela a seguir:

Parâmetro Parte 04 Parte 05 Parte 06 Parte 07


Altura da água a montante do 13,1mm 10,0mm 13,0mm 8,0mm
ressalto (y1) – medida
Altura da água a jusante do 28,0mm 33,0mm 60,0mm 56,0mm
ressalto (y2) – medida
Comprimento do ressalto (Lr) 120mm 120mm 210mm 260mm
– medido
Tabela 3-Parâmetros medidos relativos ao ressalto hidráulico

Como o escoamento é permanente conseguimos determinar a vazão através da fórmula do


diafragma, fórmula já apresentada na primeira parte que trata sobre a elevação no fundo do canal.
Para o cálculo, serão considerados os seguintes valores: CD = 0,675, R1 = 30mm ou 0,03m, R2 =
20mm ou 0,02m; g=9,81 e h é a diferença de carga de pressão entre a saída e a entrada do diafragma.

h 1=77,5−73,4=4,1 cm ou 0,041m

h 2=79,1−75,0=4,1 cmou 0,041 m

h 3=91,6−76,2=15,4 cm ou 0,154 m

h 4=93,2−81,8=11,4 cmou 0,114

Para m temos que:

2
A 2 π∗R 22 ( 0,02)
m= = = =0,44
A 1 π∗R 12 ( 0,03)2

2 2
A 1=π∗R 1 =( 0,03 ) =0,00283

A partir desses dados podemos determinar a vazão característica para cada experimento, no qual
os cálculos serão apresentados a seguir, utilizando a fórmula que já foi demonstrada na parte de
elevação no fundo do canal (fórmula do Diafragma):

Q 1=0,675∗0,44∗0,00283∗√ 2∗9,81∗0,041=0,000754 m3 / s ou 0,754 l/s

Q 2=0,675∗0,44∗0,00283∗√ 2∗9,81∗0,041=0,000754 m3 / s ou 0,754 l/ s

Q 3=0,675∗0,44∗0,00283∗√ 2∗9,81∗0,154=0,00146 m3 /s ou 1,46 l/s

Q 4=0,675∗0,44∗0,00283∗√ 2∗9,81∗0,114=0,00125 m 3 /s ou 1,25 l/s

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Com a largura do canal b=102 mm ou b=0,102m, podemos determinar a vazão específica pela
seguinte fórmula:

Q 0,000754
q 1= = =0,0073m 2 /s
b 0,102

Q 0,000754
q 2= = =0,0073 m2 / s
b 0,102

Q 0,00146
q 3= = =0,0143 m2 / s
b 0,102

Q 0,00125
q 4= = =0,0122 m 2 /s
b 0,102

Temos que para o canal de seção retangular a altura hidráulica é igual à altura d`água,
conseguimos determinar o número de Froude através da seguinte equação:

q
Fr=
√ g y3
Para o cálculo desse parâmetro iremos considerar o nível d`água a montante do ressalto hidráulico,
onde Y=Y1, para todos os escoamentos apresentados. Seguem os cálculos do numero de Froude:

0,0073
( Fr 1 ) 1= =1,55
√ 9,81∗13,13
0,0073
( Fr 1 ) 2= =2,33
√ 9,81∗13,13
0,0073
( Fr 1 ) 3= =3,08
√ 9,81∗13,13
0,0073
( Fr 1 ) 4= =5,04
√ 9,81∗13,13
Portanto, com o parâmetro do número de Froude ( Fr 1 ) conseguimos determinar o tipo de
escoamento que está ocorrendo para cada experimento. Para o experimento 1 temos ( Fr 1 ) 1=1,55,
logo o número de Froude a montante 1,0<( Fr 1 ) <1,7, temos o tipo de ressalto ondulado e com ( Fr 1 ) >1 o
regime de escoamento a montante é fluvial. Para o experimento 2 temos ( Fr 1 ) 2=2,33, logo o número
de Froude a montante 1,7<( Fr 1 ) <2,5, temos o tipo de ressalto fraco. Já para o experimento 3 temos
( Fr 1 ) 3=3,08, logo o número de Froude a montante 2,5<( Fr 1 ) <4,5, temos o tipo de ressalto oscilante.
Por fim para o experimento 4 temos ( Fr 1 ) 4=5,04, logo o número de Froude a montante 4,5< ( Fr 1 )

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<9,0, temos o tipo de ressalto estacionário e como ( Fr 1 ) >1 para todos os escoamentos, temos que o regime
de escoamento a montante é torrencial, em todos os casos.

Pela fórmula seguinte conseguimos determinar a profundidade do nível d`água que se encontra a jusante do
ressalto:

Y 2=0,5∗Y 1∗( √ 1+8 Fr 12−1)


Calculando para todos os escoamentos:

( Y 2 ) 1=0,5∗13,1∗√ 1+ 8∗1,55 2−1=22,90 mm

( Y 2 ) 2=0,5∗10,0∗√ 1+8∗2,332−1=28,33mm

( Y 2 ) 3=0,5∗13,0∗ √ 1+8∗3,082−1=50,50 mm

( Y 2 ) 4=0,5∗8,0∗ √1+8∗5,042 −1=53,16 mm

Entretando determinamos a profundidade teórica que o canal teria após o ressalto hidráulico,
como ocorre imprecisões nas medições devido a grande turbulência em alguns escoamentos,
notamos uma pequena diferença entre as profundidades calculadas e observadas em experimento.

Conseguimos também determinar o comprimento de cada ressalto, apresentados a seguir:

Altura do ressalto:

Yr 1=Y 2−Y 1=22,90−13,1=9,80 mm

Yr 2=Y 2−Y 1=28,33−10=18,10 mm

Yr 3=Y 2−Y 1=50,50−13,0=37,50 mm

Yr 4=Y 2−Y 1=53,16−8,0=45,16 mm

Comprimento do ressalto, determinando LJ/Y2 através do gráfico adimensional do comprimento


do ressalto pelo livro do porto 8ª edição:

1 ( YLj2 )=4,00
2 ( YLj2 )=4,60
3 ( YLj2 )=5,20
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4 ( YLj2 )=6,05
Logo temos que:

Lr= ( YLj2 )∗Yr


( Lr ) 1=4,00∗9,80=39,20 mm

( Lr ) 2=4,60∗18,10=82,20 mm

( Lr ) 3=5,20∗37,50=195,00 mm

( Lr ) 4=6,05∗45,16=273,21mm

Todos os parâmetros relacionados aos ressaltos se encontram na tabela a seguir:

Parâmetro Parte 04 Parte 05 Parte 06 Parte 07


0,000754 m / s 0,000754 m / s 0,00146 m 3 /s
3 3
Vazão escoada (Q) 0,00125 m 3 /s
Vazão unitária (q) 0,0073 m 2 /s 0,0073 m2 /s 0,0143 m2 /s 0,0122 m 2 /s
Altura da água a montante do 13,1 mm 10,0 mm 13,0 mm 8,0 mm
ressalto (y1) – medida
Número de Froude na seção de 1,55 2,33 mm 3,08 mm 5,04 mm
montante (Fr1)
Altura da água a jusante do 28,0 mm 33,0 mm 60,0 mm 56,0 mm
ressalto (y2) – medida
Altura da água a jusante do 22,90 mm 28,33 mm 50,50 mm 53,16 mm
ressalto (y2) - calculada
Comprimento do ressalto (Lr) – 120 mm 120 mm 210 mm 260 mm
medido
Comprimento do ressalto (Lr) – 39,20 mm 82,20 mm 195 mm 271,21 mm
calculado
Classificação do ressalto Ondulado Fraco Oscilante Estacionário
Tabela 3-Parâmetros relativos às demonstrações do ressalto hidráulico

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H2/H1 X Fr
8.00
7.00
6.00
5.00
h2/h1

4.00
3.00
2.00
1.00
0.00
1 2 3 4
Froude

TEÓRICO MEDIDO

Analisando os pontos obtidos experimentalmente, percebemos que foram satisfatórios,


pois se apresentaram de uma forma aproximadamente linear. O que pode ser demonstrado pela
linha de tendência linear da dispersão dos pontos apresentada no gráfico. O único ponto que se
afastou mais dessa tendência foi o ponto que corresponde ao número de Froude de 3,08.
Provavelmente isso deve ter acontecido devido à dificuldade de fazer uma leitura precisa
durante a realização do experimento.

Podemos conclui que quanto maior for a diferença entre os níveis d`água a montante e a jusante
do ressalto, maior será a intensidade do mesmo.

Alturas alternadas

Na comporta, considerando uma situação ideal onde não ocorre uma perda de carga, as alturas são ditas
alternadas onde para a mesma vazão não ocorre a perda de carga ou energia. Entretanto conseguimos
determinas os parâmetros já apresentados, através dos cálculos a seguir:

Como o escoamento é permanente conseguimos determinar a vazão através da fórmula do


diafragma. Para o cálculo, serão considerados os seguintes valores: CD = 0,675, R1 = 30mm ou
0,03m, R2 = 20mm ou 0,02m; g=9,81 e h é a diferença de carga de pressão entre a saída e a entrada do
diafragma.

h 1=84,3−75,9=8,4 cm ou 0,0840 m

Para m temos que:

2
A 2 π∗R 22 ( 0,02)
m= = = =0,44
A 1 π∗R 12 ( 0,03)2

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2 2
A 1=π∗R 1 =( 0,03 ) =0,00283

A partir desses dados podemos determinar a vazão característica:

Q=0,675∗0,44∗0,00283∗√ 2∗9,81∗0,0840=0,00341 m3 / s ou 3,41 l/s

Podemos determinar a vazão específica pela seguinte fórmula:

Q 0,00341
q= = =0,0334 m2 / s
b 0,102

Para o cálculo desse parâmetro (número de Froude) iremos considerar o nível d`água a montante
da comporta, onde Y=Y1.

0,0334
( Fr 1 ) = =1,33
√ 9,81∗40,03
Profundidade a jusante da comporta, apresentada a seguir:

Y 2=0,5∗16,0∗( √ 1+8∗1,332−1)=23,14 mm

Conseguimos determinar a profundidade crítica pela seguinte fórmula:

q2 8 0,0334 2
Yc=
√ √
8

g
=
9,81
=0,321m

Todos os parâmetros relacionados ao escoamento com comporta encontram-se na tabela a seguir:

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Parâmetro Parte 08
Vazão escoada (Q) 0,00341 m 3 /s
Altura da água a montante da comporta (y1) – medida 40 mm

Vazão unitária (q) 0,0334 m 2 /s


Número de Froude a montante da comporta (Fr 1) 1,33

Altura da água a jusante da comporta (y2) – medida 16 mm

Altura da água a jusante da comporta (y2) – calculada 23,14 mm

Profundidade crítica (yc) 32,10 mm


Tabela 4-Parâmetros relativos ao escoamento

Para esse escoamento podemos notar que Fr1>1, onde o escoamento a montante se encontra em
regime subcrítico ou torrencial.

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6. CONCLUSÃO

Portanto, podemos concluir que para ressaltos hidráulicos os dados obtidos foram satisfatórios de
modo que algumas imprecisões se deram onde a depender do tipo de ressalto hidráulico há grande
turbulência, não permitindo se obter algumas medidas com precisão. Os valores obtidos foram
bem próximos aos valores teóricos calculados, sendo possível determinar a partir do número de
Froude a montante os tipos de ressalto, conseguimos determinar como ondulado, fraco, oscilante e
estacionário. Onde pode-se comprovar que o ressalto ele se forma somente se o escoamento for
torrencial e a singularidade formar a altura requerida Y 2 no regime fluvial, caso contrário o regime
continua a ser torrencial, válido para qualquer formato de canal, que nesse caso foi retangular.
Podemos também notar que o comprimento do ressalto se dá em aproximadamente 6Y 2, conforme
tese de alguns autores.

No experimento da altura conjugada podemos perceber como se da a estabilização do nível d´água


sem que ocorra a perda de energia. Para todos os experimentos foi possível determinar a altura
crítica (Yc), a qual fará com que o escoamento mude de regime e consequentemente nos permite
avaliar qual era o regime antes da elevação. Portanto é de suma importância saber determinar esse
coeficiente quando se deseja variar o regime para tal atividade e consequentemente as
características a depender do ressalto hidráulico desejado.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AZEVEDO NETTO, J.M. “Manual de Hidráulica”. Edgard Blücher. São


Paulo,1957.

MELO PORTO, R.DE “Hidráulica Básica”. EESC USP. São Carlos, São
Paulo,2006.

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