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Materiais Magnéticos
162
Capítulo 9
Materiais Magnéticos
9.1. Introdução
Materiais magnéticos são componentes vitais da maioria dos equipamentos
eletromecânicos, razão pela qual a compreensão do magnetismo e dos
materiais magnéticos é essencial a qualquer projeto a eles relacionados. Os
componentes magnéticos estão, usualmente, “escondidos” no interior das
montagens não sendo aparentes, diretamente, ao usuário final. Diferentes de
outras características dos materiais, as propriedades magnéticas não podem
ser sentidas, vistas, degustadas ou ouvidas, o que dificulta compreensão dos
conceitos associados às mesmas. O objetivo deste capítulo é funcionar como
um guia prático para:
Camadas
Eletrônicas
Figure 9.1 – Camadas eletrônicas em
um átomo de ferro
Núcleo
Camada vazia
Campo
Magnético
1 WEBER = 1 VOLT-SEGUNDO
Fluxo
Magnético Ø
166
Outro conceito que se tornou aparente foi que, em uma situação onde
um material magnético era inserido em uma bobina (figura 9.3), o fluxo (ou
densidade de fluxo) era, na realidade, o resultado de dois componentes: as
contribuições da bobina e do núcleo de ferro, que se somam resultando em
um fluxo final expresso por:
a) Diamagnéticos
b) Paramagnéticos
c) Antiferromagnéticos
d) Ferromagnéticos
e) Ferrimagnéticos
9.3.2.Saturação Magnética
Bentreferro = Hentreferro
Hentreferro Bamostra
170
Curva
Normal
Curva Intrínseca
Entreferro
A densidade do fluxo na amostra será reduzida, pois este não mais flui
diretamente através da mesma, mas “escapa” ao seu redor (figura 9.8,
esquerda), em direção oposta ao seu fluxo interno, influenciando sua
desmagnetização. Se o entreferro aumenta, a “fuga” se torna maior e, como
resultado, o fluxo magnético é mais reduzido. De forma semelhante ao que
ocorre na curva de desmagnetização, o deslocamento do fluxo magnético
dependerá da dimensão do entreferro e da geometria do imã magnetizado.
= DE / DI
Figure 9.12 – Coeficientes de Permeância para ímãs tubulares com magnetização axial
175
Energia = B x H
1 joule = 107ergs
= Fluxo
Entreferro
Força magnetizante
(Ampere-espira)
Correntes
Parasitas Figure 9.17 – Perdas em forma
de energia térmica
Campo
Magnético
180
externo for retirado. Estes materiais são extremamente úteis para direcionar,
concentrar e formatar campos magnéticos, sendo de larga aplicação na
indústria eletro-eletrônica.
Sinalizadores
Área de comunicações - telefonia, tubos de microondas e filtragens
Acessórios automotivos - sistemas de partida, motor de arranque, travas
elétricas, vidros elétricos, limpadores de pára-brisas e sensores diversos
Periféricos de computadores e equipamentos de escritório incluindo
máquinas de fax, impressoras e copiadoras
Motores industriais, atuadores para robótica e sistemas de controle de vôo
Unidades de suspensão e propulsão para veículos que funcionam por
levitação magnética
Sistemas de reprodução sonora (ex., alto-falantes), relógios, sistemas de
pesagem, fornos de microondas
Pequenos motores e atuadores em câmaras e gravadores, tanto de voz
como de vídeo
Aceleradores de partículas e lasers eletrônicos utilizados em física, indústria
e área militar
Átomo
Barreira de Bloch
A - Desmagnetizado
B - Magnetização Parcial
D - Saturação
Um dos mais antigos ímãs produzidos, utilizado desde a década de 30, que
permanece como o carro-chefe dos ímãs permanentes industriais, por
desenvolver altas densidades de fluxo, a um preço econômico. Produzidos
mediante métodos tradicionais de fundição, os ímãs de Alnico são ligas
complexas de alumínio, níquel, cobalto (al – ni - co), cobre e ferro. São
utilizados em aplicações variadas, como motores CC, medidores elétricos,
instrumentação de veículos, alto-falantes, separadores e sensores.
Configurações
de Ímãs de alnico
Para uso mais eficiente do alnico o mesmo deve ser magnetizado após a
montagem, com os pólos magnéticos já inseridos na configuração final do
circuito. A saturação magnética no local de uso final requer a aplicação de uma
força magnetizante 4 a 5 vezes superior à força coercitiva do material. Para o
alnico V, uma força magnetizante de 3.000 oersteds (240 kA/m) é
recomendada. Para o alnico VIII, a forca magnetizante deve ser, no mínimo, de
7.000 oersteds (560 kA/m). A força magnetizante necessita ser aplicada
somente de forma momentânea, razão pela qual magnetizadores impulsivos,
utilizando descargas capacitivas, são geralmente utilizados. Magnetizadores de
corrente contínua são também efetivos.
Sua utilização inicial foi nos VCMs ( “Voice Coil Motors”), em “hard disks”
(“HDs”), aplicação que ainda responde por 55% do total de vendas. Outras
aplicações incluem motores de alto desempenho, motores DC sem escovas,
separação magnética, sensores de ressonância magnética e alto-falantes.
Ligas
9 - 20 550 - 990 40 - 85 47 - 90 4-7
Isotrópicas
+ 0.03 1030
Ligas 35 - 65 1100-1300 45 - 75 47 - 62 – 0.02
1.5- 5 a – a
Anisotrópicas 30 - 80 700 - 900 100 - 140 105- 150 0.07 1180
Ímãs
5-7 300 - 400 45 - 75 55 - 85 2-3
Aglomerados
Ligas 1.1a1. -
60 - 70 600 - 700 350- 450 400- 450 – 0.35 800
Platina-Cobalto 2 0.01a0.02
Ferrites Duros
6.5 a 9 190 a 220 125 a 145 210a270 1.2
Isotrópicos
Ferrites Duros
0.8 a 11 60 a 240 50a 160 175a240 1.1
Aglomerados
NOTA: Os valores dos materiais aglomerados com aglomerante orgânico, são em função da parte do
volume total ocupado pelo pó magnético e do processo de fabricação.
Estado
Massa Específica Mecânica Dimensão
Metalúrgico
Ímãs fundidos e Ligas quebradiças e Fundido, sinterizado Forma alongada e
aglomerados : 6 a duras, usináveis ou aglomerado com massas
Ligas de alumínio- 7.3g/cm³ apenas por retífica tratamento térmico normalmente entre
níquel-cobalto-ferro- Ímãs aglomerados : 5.2 1g e alguns
titânio a 5.5 g/cm³ quilogramas.
Núcleo tipo U
Núcleo tipo PQ
Núcleo tipo EC
Núcleo tipo E
Núcleo tipo ETD Núcleo tipo U
Planar de
Núcleo para Baixo Custo
supressão
em cabos
Núcleo para
supressão em cabos
chatos (tipo fita) Núcleo EFD -
EPC
potência, permitindo que o ruído comum aos mesmos seja filtrado enquanto o
sinal desejado passa através do modo comum do filtro,
9.4.2.2.2. Pó de Ferro
Matéria Misturador
Lavagem e Secagem
Altas Pressões
(30-35 TSI)
Cura térmica
Pintura e Cura Teste Final
Desbaste e
Acabamento
Isolamento das
partículas com
filme dielétrico
de alta tempera-
tura Desbaste/Acabamento
Separação
granulométrica Compressão
Inspeção Final
Decapagem
e Embalagem
Recozimento
Pintura/Cura
4. Termicamente estável
Conformação
Laminação dos núcleos ao Recozimento
Adequar largura Filme isolante redor do
mandril
Recozimento
Impregnação
Corte dos núcleos Controle
Dimensional
Teste Final
1. Altíssima permeabilidade
1. Requerem o uso de invólucro para
garantir as máximas propriedades 2. Baixas perdas no núcleo
2. Alto custo
3. Coercitividade extremamente baixa
3. Bmax limitado (8.000 gauss)
1. Alta magnetostricção
1. Requerem o uso de invólucro para garantir as
máximas propriedades 2. Bmax na faixa de 21 a 22 kgauss
2. Custo elevado
3. Resposta em freqüência limitada em virtude
das altas perdas no núcleo
4. Maiores perdas no núcleo que os materiais do
tipo Permalloy
212
1. Baixa magnetostricção
1. Requerem o uso de invólucro para garantir
as máximas propriedades 2. Saturação na faixa de 14.000
gauss
2. Custo elevado
3. Resposta em freqüência limitada em virtude 3. Alta resistividade volumétrica
das altas perdas no núcleo
4. Maiores perdas no núcleo que os materiais
do tipo Permalloy
1. Baixa magnetostricção
1. Requerem o uso de invólucro para garantir
as máximas propriedades 2. Saturação na faixa de 14.000
gauss
2. Custo muito elevado
3. Permeabilidade moderada 3. Alta resistividade volumétrica
(aproximadamente 5.000)
4. Baixa perda no núcleo, em altas
freqüências
1. Baixíssima magnetostricção
1. Requerem o uso de invólucro para garantir as
máximas propriedades 2. Laço de histerese ultra quadrado
2. Custo muito elevado
3. Baixíssima coercitividade
3. Bmax baixo (aproximadamente 5.500)
4. Alta resistividade volumétrica
O termo núcleo de fita (“tape core”) pode se referir não somente aos
núcleos toroidais convencionais, mas também ao núcleos C e E, denominação
esta justificada pelo fato destes núcleos serem enrolados e recozidos de forma
similar às versões toroidais. Os núcleos C e E utilizam os mesmos materiais
dos toróides, à exceção do material amorfo, para o qual não é disponível a
versão de fitas cortadas (“cut tapes”). O processo de fabricação é similar ao
do núcleo de fita, mas, ao invés de serem encapsulados, os núcleos são
impregnados com epoxi e cortados ao meio. Esta técnica permite a produção
de núcleos tri-fásicos – algo que seria impossível com um toróide. Em razão
desta flexibilidade pode-se afirmar que praticamente não existe limite para a
dimensão de um “núcleo de fita cortado”, mas na prática eles estão limitados a
uma largura de fita de 2,00 polegadas.
Bobinamento
Laminação Recozimento
5. Baixo custo
1. Ferros :
C Si Mn P S Al Ti
1 2 3 4 5 6 7
0,005 0,02 0,03 0,005 0,010 0,002 0,002
a a a a a a a
0,030 0,10 0,20 0,015(A) 0,030(A) 0,08 0,10
(A)
Para melhor usinagem, os limites de P e S podem ser ultrapassados, mediante acordo
entre fabricante e consumidor.
c) Características físicas:
Espessura 50 Hz 60 Hz
nominal (mm) 1,0 T 1,5 T 1,0 T 1,5 T
0,50 2,6 a 4,3 5,8 a 10,5 3,3 a 5,6 7,3 a 13,3
0,65 2,8 a 5,0 7,0 a 12,0 3,6 a 6,3 8,2 a 15,5
c) Características físicas:
Espessura 50 Hz 60 Hz
nominal (mm) 1,0 T 1,5 T 1,0 T 1,5 T
0,35 0,8 a 1,5 2,0 a 3,6 1,0 a 1,9 2,5 a 4,6
0,50 2,6 a 4,3 5,8 a 10,5 3,3 a 5,6 7,3 a 13,3
0,65 2,8 a 5,0 7,0 a 12,0 3,6 a 6,3 8,2 a 15,5
Espessura 50 Hz 60 Hz
nominal (mm) 1,0 T 1,5 T 1,0 T 1,5 T
0,27 0,78 a 0,92 1,15 a 1,40 1,03 a 1,21 1,51 a 1,85
0,30 0,85 a 1,07 1,25 a 1,60 1,12 a 1,41 1,65 a 2,00
0,35 0,97 a 1,23 1,43 a 1,85 1,25 a 1,61 1,81 a 2,45
Estado
Magnéticas Elétricas Mecânicas Dimensões
metalúrgico
Indução para Limite de escoamento, Normalizado
Produtos diferentes valores alongamento e e revenido ou
Resistividade ----
Fundidos de intensidade de resiliência temperado e
campo magnético revenido
Indução para Limite de resistência à Normalizado Conforme
Produtos diferentes valores tração, alongamento, e revenido ou solicitação do
Resistividade
Forjados de intensidade de resiliência e resistência temperado e comprador
campo magnético à flexão revenido
Limite de resistência à Laminado a Espessura,
tração, alongamento, quente ou a largura e
Indução para
estado de superfície, frio comprimento
Produtos diferentes valores
Resistividade capacidade de corte (eventual)
Planos de intensidade de
por estampagem, fator ( 0.5 a 3.0mm
campo magnético
de aplainamento e sugerido)
empeno lateral.
Resistência ao
40 a 16 J 136 a 16 J --------------
impacto
2500 A/m - 1.45 a 1.30T 5000 A/m - 1.65 a
5000 A/m - 1.60 a 1.50T 1.45T
Indução --------------
10000A/m - 1.80 a 15000A/m -1.82 a
1.65T 1.75T
* a 0.2% de alongamento ** Lo = 5,65vSo *** Lo = 80 mm
226
d) Aplicações principais:
9.4.2.3.1. Introdução
Revestimentos
Parâmetro GNO GO
Frequência (f) 50 ou 60 Hz 50 ou 60 Hz
GO GNO
Aplicações
E 004 E 005 E 006 E 105 E 110 E 115 E 125 E 137 E 145 E 157 E 170 E 185 E 230
Transformadores
de Força
Transformadores
de Distribuição
Hidrogeradores /
Turbogeradores
Transformadores
p/ Industria
Eletro-Eletrônica
Transformadores
p/ Máquinas de
Solda
Transformadores
Reguladores de
Tensão
Reatores de
Potência /
Amplificadores
Grandes Motores
de CC e CA
Médios Motores
de CC e CA
Pequenos
Motores de CC e
CA
Medidores de
Energia
Reatores p/
Sistemas de
Iluminação
Compressores
Herméticos
Perfil U + Perfil I
ou
Perfil U + Perfil U
EPM
EPM
Perfil L + Perfil L
EPM
Perfil E + Perfil E
ou
Perfil E + Perfil I
EPM
EPM EPM
0
Figura 9.30 – Corte a 45
233
Transformadores de Soldagem
Núcleos Silectron C
Transformadores Retificadores
Núcleos Silectron C e E
Núcleos Supermendur C e E
234
Transformadores de Pulso
Núcleos Silectron C
Núcleos cortados Permalloy, Supermalloy, Deltamax e Supermendur
Permalloy, Supermalloy, Deltamax, Namglass I, Namglass II e
Supermendur
Toróides Silectron
Indutores de Potência
Permalloy, Supermalloy e Deltamax
MPP, SUPER-MSS, HI-FLUX
Indutores EMI
Núcleos Silectron C
Permalloy, Supermalloy e Deltamax
Namglass I e Namglass
MPP, SUPER-MSS, HI-FLUX
235
Filtros de Alto Q
MPP
Transformadores de Potência
Toróides de fita Namglass II, Permalloy e Supermalloy
Núcleos cortados Permalloy, Supermalloy e Deltamax
Núcleos Bobinados
Transformadores Flyback
1) Potência
2) Aplicações Automotivas
Altas freqüências
Núcleos bobinados Permalloy para magnetômetros utilizados em
bússolas
MPP, HI-FLUX, SUPER-MSS e Silectron para aplicações magnéticas
nos sistemas especiais de ignição
Baixas freqüências
Transformadores de soldagem
Estruturas especiais de Silectron para sistemas de injeção de
combustível
4) Instrumentação
5) Utilitários elétricos
6) Equipamentos médicos
8) Telecomunicações
9) Equipamentos militares
GLOSSÁRIO DE TERMOS
PARA A INDÚSTRIA MAGNÉTICA
Amorfo Material magnético que não possui estrutura cristalina.
Ampere-espira por Unidade de força magnetizante no sistema MKSA, H, e definida pela
metro Lei de Ampère. Os ampere-espiras são por metro de trajeto
magnético.
Amplificador Magnético Equipamento que utiliza material com núcleo de histerese quadrado
– “magamp” para fornecer uma impedância série. Esta impedância é “desligada”
em um tempo pré-determinado durante um pulso de tensão.
Anisotrópico Possuindo propriedades que são dependentes da direção
considerada no material. Ver também, “isotrópico” e “grão orientado”.
Armadura Pedaço de ferro magnético macio colocado entre – ou nas – faces
dos pólos de um ímã permanente para reduzir a relutância do
entreferro e portanto reduzir o fluxo de escapamento do material.
Torna também o ímã menos susceptível às influências
desmagnetizantes.
Auto Indutância O mesmo que indutância.
AWG “American Wire Gauge”. Um sistema de unidades utilizado como
bitola para condutores magnéticos.
Banda de Corte Faixa de frequência na qual um indutor ou capacitor apresenta alta
impedância.
Banda de Passagem Faixa de frequência na qual um indutor ou capacitor apresenta baixa
impedância.
Bases Tubulares para Para núcleos maiores, onde as bobinas para injeção em moldes não
bobinas ("Coil Form" ou são disponíveis, bases tubulares são utilizados para se bobinar as
“Coil base tubes”) fitas magnéticas.
Blindagem Folhas de material de fina espessura que protegem componentes
sensíveis da EMI (Interferência eletromagnética) irradiada.
Bm Indução Máxima.
Bobina Molde para injeção no qual os enrolamentos são bobinados, em
muitos dos núcleos tipo C, tipo pote ( “pot cores) e laminados.
Bobina Bifilar Duas tiras de material magnético enroladas conjuntamente.
Bobina de Busca Bobina condutora, usualmente com área e número de espiras
conhecidos, utilizada como fluxímetro para medir alterações de
fluxos, concatenados com a bobina.
Bobina de Controle Bobina de um “magamp” ou de um reator saturável utilizado para
controlar a quantidade de energia magnética que o núcleo absorverá
antes de entrar em saturação.
Bobina Multifilar Técnica de bobinamento onde uma espira simples consiste de dois
ou mais fios magnéticos operando em paralelo. Isto reduz alguns dos
efeitos de segunda ordem típicos associados com um único
condutor. Tipicamente, são bobinas bifilares, trifilares, etc..
Bobina Primária Bobina de transformador que fornece a FMM de excitação para o
núcleo.
Bobina Secundária A bobina de um transformador que fornece, para a carga, energia
elétrica obtida a partir da energia magnética induzida no núcleo.
Bobinas de Carga Indutores utilizados para compensar a capacitância de linhas de
transmissão longas.
Calibragem (de um ímã Processo de reduzir a saída magnética de um ímã permanente
permanente) saturado a um valor preciso, usualmente conseguido pela aplicação
de um campo magnético permanente reverso, em incrementos
discretos, até que a saída desejada seja alcançada. Também
denominado, por vezes, de “sintonia” do ímã.
Caminho Magnético Trajeto que o fluxo magnético segue em um circuito magnético.
Campo de Escape Campo associado à divergência do fluxo, a partir do trajeto mais
(‘Fringing Fields”); Fluxo curto entre os pólos de um circuito magnético. Quando o fluxo passa
239
Médio equipamento.
Estabilização Tratamento de um material magnético com a finalidade de aumentar
a permanência (estabilidade) de suas propriedades magnéticas em
determinadas aplicações, causando o aparecimento das perdas
anteriormente ou durante a instalação ou montagem, mas
anteriormente à aplicação dos testes e de seu uso.
Fator de Indutância (AL) Constante do núcleo utilizada para calcular a indutância, baseada no
número de espiras ao quadrado. O valor é dado em milihenries por
1000 espiras quadrado, o que é o mesmo que nanohenries por
espira quadrado.
L = AL N2 nanohenries
Ferrites Material magnético doce com baixa permeabilidade e perdas por
correntes parasitas extremamente reduzidas. Os mais comuns são
de níquel-zinco, manganês-zinco e magnésio-zinco.
Ferrites de Manganês- Material magnético doce utilizado em núcleos sinterizados e
Zinco caracterizado por baixas correntes parasitas. Usado para núcleos de
transformadores e indutores. Comparados aos ferrites de níquel-
zinco, apresentam maiores valores de densidade de fluxo de
saturação, mas maiores perdas em correntes de altas freqüências.
Ferrites de Níquel - Material para ferrite doce que apresenta baixa permeabilidade e
Zinco baixíssimas perdas por correntes parasitas. Outros ferrites comuns
são de manganês – zinco e magnésio – zinco.
Ferro Sinterizado Ferro particulado, submetido a altas pressões e sinterizado para
adquirir forma estrutural. Este tipo de material, ocasionalmente, é
utilizado em aplicações magnéticas, mas normalmente exibe perdas
excessivas no núcleo.
Ferro Carbonyl Pó de ferro magnético, de alto custo, utilizado em núcleos de ferro
sinterizados de baixa permeabilidade.
Ferro Esponjoso Ferro particulado de baixo custo utilizado para confecção de núcleos
sinterizados de alta permeabilidade. Este mesmo material é
largamente utilizado para sinterização na indústria metalúrgica.
Ferromagnetismo Materiais ferromagnéticos possuem campos atômicos que se alinha
paralelamente com os campos externos aplicados criando um campo
magnético total muito superior ao campo aplicado. Materiais
ferromagnéticos possuem permeabilidades muito superior à unidade.
Acima da Temperatura de Curie, os materiais ferromagnéticos
tornam-se paramagnéticos.
Filtro AC Circuito de filtragem que remove freqüências indesejadas
(harmônicas) da maioria das correntes AC. A definição inclui alguns
filtros EMI.
Filtro de Modo Comum Filtro para interferências eletromagnéticas – “EMI filter”-, o qual é
bobinado com ambos os condutores da fonte de potência, de forma
que o ruído, que não é comum a ambos os condutores, é filtrado. O
sinal desejado passa através do filtro de modo comum sem
obstrução.
Filtros DC Circuito de filtragem que remove o “ripple AC” de correntes
contínuas.
Filtros de Alto Q Circuito de filtragem (indutor e/ou capacitor) que possui alto Q. É
muito sensível à frequência e corta ou permite a passagem somente
das frequência situadas dentro de uma faixa estreita.
Filtros EMI Filtram ruídos indesejáveis (“EMI = electromagnetic interference”)
Fio de Litz Tipo especial de fio consistindo de muitos filamentos ( algumas
vezes, centenas) de material magnético enrolado de forma conjunta
para formar um condutor simples. Este tipo de fio oferece vantagens
sobre um fio monopolar em altas freqüências.
Flux 1 Na situação de testes pulsados especiais utilizados para avaliar
núcleos bobinados. Corresponde a Bm + Br.
Fluxímetro Instrumento que mensura a alteração do fluxo, utilizando uma bobina
de busca (“search coil”). A corrente na bobina de busca causada
pelo movimento relativo em relação ao ímã é integrada. Utilizando-se
243
estabilizado.
Perdas no núcleo Potência dissipada em um material magnético que a densidade de
fluxo se altera. Também denominada “perdas no ferro” ou “perdas
por excitação”.
Perdas por Corrente Perdas no núcleo associadas à resistividade elétrica do material
Parasita (“Eddy Current magnético e tensões induzidas no interior do material. As correntes
Loss”) parasitas são inversamente proporcionais à resistividade do material
e proporcionais à taxa de variação da densidade de fluxo. As
correntes parasitas e as perdas por histerese são os dois mais
importantes fatores de perdas no núcleo. As perdas por correntes
parasitas tornam-se dominantes em núcleos sinterizados à medida
que a freqüência aumenta.
Perdas pulsadas As perdas no núcleo excitados por sinais pulsados são bastante
diferentes das perdas com sinais senoidais ou em forma de onda
quadrada. São necessárias, geralmente, curvas especiais para se
determinar, precisamente, as perdas no núcleo. Existem, por outro
lado, métodos para se estimar as perdas pulsadas a partir das
curvas de perdas convencionais.
Permalloy – 4 - 79 Liga composta por 4% molibdênio, 79% níquel, 17% ferro utilizada
Molibdênio - Permalloy para confecção de núcleos de fita e laminados.
Permeabilidade Habilidade de um material carregar o fluxo magnético, em
comparação ao ar ou vácuo, que possuem, por definição,
permeabilidade unitária.
Permeabilidade Inicial Limite da permeabilidade incremental quando a força magnetizante
variante, sem polarização, tende a zero. Em razão do entreferro
distribuído dos núcleos sinterizados, a permeabilidade inicial e a
incremental, sem polarização, são essencialmente iguais
Permeabilidade Normal Razão entre a indução normal para a força magnetizante
-µ correspondente. No sistema cgs, a densidade de fluxo no vácuo é
numericamente igual à força magnetizante e, consequentemente, a
permeabilidade magnética é numericamente igual à relação entre a
densidade de fluxo e a força magnetizante. Portanto,:
µ=B/H
Nota: Em um meio anisotrópico a permeabilidade é função da
orientação do meio pois, em geral, a força magnetizante o fluxo
magnético não são paralelos.
Permeabilidade A permeabilidade de um material magnético expressa em unidades
Absoluta físicas efetivas, e não relativa à permeabilidade do vácuo. A
permeabilidade dos materiais magnéticos é raramente expressa em
termos da permeabilidade absoluta. A prática mais usual é a
utilização da permeabilidade relativa.
Permeabilidade de Relação entre a alteração na densidade de fluxo e mudanças
Recuo ( “Recoil” ) incrementais no campo aplicado (H), nas imediações de H = 0.
Adimensional, em qualquer sistema.
µ0 µr = B/H em unidades MKSA.
µr = B/H em unidades CGS
Permeabilidade do A permeabilidade de um volume ocupado pelo vácuo. Algumas
Vácuo - o vezes denominada constante magnética. A permeabilidade do vácuo
é uma constante arbitrária utilizada com a permeabilidade relativa
para definir o campo magnético (força magnetizante), H, sendo
responsável pela contribuição do material magnético à densidade
total de fluxo. No sistema MKSA, possui magnitude de x 10-7, com
dimensão de Henries por metro. No sistema CGS, a permeabilidade
do vácuo possui magnitude igual a 1 (adimensional). No sistema
MKSA foi escolhida de forma que as unidades práticas para
medições elétricas de tensão e corrente fossem consistentes com
as quantidades magnéticas correspondentes.
Permeabilidade Razão entre a mudança na densidade de fluxo magnético em
Incremental relação à alterações ocorridas no campo magnético (força
249
magnetizante)
µ = (1/µo) B/ H em unidades MKSA
µ = B/ H em unidades CGS
As variações no campo magnético são pequenas ou “incrementais”,
podendo decorrer da adição de um campo polarizador estacionário
(DC). Para núcleos sinterizados, os dados sobre permeabilidade são
considerados incrementais, a menos que haja observação em
contrário. Em razão do entreferro distribuído dos núcleos
sinterizados, a permeabilidade inicial e a incremental, sem
polarização, são essencialmente iguais.
Permeabilidade Inicial Permeabilidade relativa de um material magnético para níveis de
fluxos extremamente reduzidos.
Permeabilidade Líquida Permeabilidade de um circuito magnético quando todos os materiais,
entreferros e FMMs são levados em consideração. O mesmo que
permeabilidade efetiva.
Permeabilidade Pulsada Permeabilidade de um material magnético quando a excitação é na
forma de um pulso unipolar de curta duração.
Permeabilidade Relativa Permeabilidade de um material comparada com a permeabilidade do
vácuo. Isto é o que normalmente se especifica como a
permeabilidade do material.
Permeâmetro Instrumento utilizado para verificar a permeabilidade de núcleos de
baixa permeabilidade como o MPP e ferro sinterizado. Este tipo de
instrumento é preferível à ponte de indutância, pois é melhor
adaptado a testes de alta velocidade. Em materiais magnéticos
permanentes, o instrumento é utilizado para medir, e por vezes
registrar, as características magnéticas de um corpo de teste.
Também denominado “histeresegrama”.
Permeância Recíproco da relutância, R, medida em maxwells por Gilbert
Pó de ferro Material utilizado na fabricação de núcleos magnéticos macios
sinterizados, na forma de partículas finamente granuladas,
misturadas com materiais ligantes e isolantes. Esta mistura é
prensada e curada termicamente para gerar os núcleos de indutores.
Polarização DC Corrente contínua aplicada à bobina de um núcleo, adicionalmente à
qualquer corrente alternada. Indutância com polarização DC é uma
especificação comum para núcleos sinterizados. A indutância
decresce gradualmente, de forma calculada, com o aumento da
polarização DC.
Pólos Magnéticos Norte O polo norte de um ímã (ou bússola) é atraído para o polo norte
e Sul geográfico da terra (que é, por definição, o polo sul magnético) e o
polo sul magnético de um ímã é atraído para o polo sul geográfico da
terra. O polo norte de um ímã ou bússola é designado pela letra “N”,
o o outro polo pela letra “S”. O polo norte (N) de um ímã atrairá o
polo sul (S ) de outro ímã: pólos diferentes se atraem.
Ponte Ver Ponte de Indutância.
Ponte de Indutância Instrumento utilizado para medir diretamente a indutância de um
equipamento.
Ponto de Operação Ponto na curva de desmagnetização definido pelas coordenadas (Bd
/ Hd ) ou o ponto dentro da curva de desmagnetização definido pelas
coordenadas (Bm ,Hm ).
Produto Energético Energia que um material magnético pode fornecer para um circuito
magnético externo quando operando em um ponto de sua curva de
desmagnetização; expressa em megaGauss-Oersteds (MGOe). Ver
também BHmax.
Produto Energético – Bd Indica a energia que um material magnético pode fornecer a um
x Hd circuito magnético externo quando operando no ponto Bd, Hd de sua
curva de desmagnetização; medida em megaGauss-Oersteds
(MGOe) ou kiloJoules por metro cúbico (kJ/m3).
Produto Energético Produto de Bd e Hd que fornece o valor máximo. Ver também
Máximo (BHmax) “BHmax”
250
mecânicos.
Sistema CGS Sistema Centimetro-Grama-Segundo, o mais antigo sistema de
unidade e ainda utilizado na especificação das características dos
núcleos sinterizados. Utilizam-se as unidades para força
magnetizante, densidade de fluxo magnético, comprimento, massa e
tempo.
Temperatura de Curie – Temperatura de transição acima da qual um material perde suas
Tc propriedades (ferro)magnéticas. Muitas referências consideram que
o material ferromagnético torna-se paramagnético (fracamente
magnético).
Temperatura de Curie:, Temperatura acima da qual os materiais ferromagnéticos se tornam
Tc paramagnéticos, perdendo substancialmente todas suas
propriedades magnéticas permanentes. Algumas referências
colocam que os materiais se tornam não magnéticos acima da
temperatura de Curie.
Temperatura de Após manufaturados, muitos tipos de materiais magnéticos (duros e
Estabilização macios) podem passar por ciclos térmicos para torná-los menos
sensíveis a extremos subseqüentes de temperatura
Tempo de Parâmetro mensurado nos núcleos bobinados como parte do teste
Chaveamento especial de pulso geralmente aplicado. É uma indicação direta da
permeabilidade do material magnético e das perdas no núcleo.
Tensão DC Recozimento de um material magnético em presença de um campo
magnético DC, para melhorar suas propriedades magnéticas.
Tesla Unidade dos sistema MKSA (SI) para densidade de fluxo magnético
definida pela Lei de Faraday. Uma tesla representa um volt-segundo
por metro quadrado por espira. Uma tesla eqüivale a 10.000 Gauss
Teste de Malha EI Método para observação das propriedades dinâmicas de um laço de
histerese de um núcleo magneticamente macio. Este teste é
freqüentemente utilizado quando os núcleos devem ser combinados
para utilização em pares..
Teste Epstein Método padrão de avaliar lâminas delgadas de ligas magnéticas para
verificação de permeabilidade e perdas no núcleo.
Testes Pré-embalagem Núcleos de fita normalmente são testados após o recozimento, mas
antes de serem encapsulados ou imersos em epoxi. Isto permite
novo recozimento se o núcleo falha no teste, recuperando núcleos
que seriam sucateados.
Trajetória de Retorno Um ímã constitui, tipicamente, somente uma parte de um circuito
magnético. Materiais magnéticos macios, como o aço, são utilizados
para conduzir o fluxo magnético até o entreferro ou até a região de
trabalho para interação com os outros componentes. Este condutor
para o circuito magnético é referido como a “trajetória de retorno”,
sendo usualmente projetado para minimizar fluxos de escape e
dispersão.
Transdutor de Efeito Equipamento que produz uma tensão de saída dependente de uma
Hall tensão DC aplicada e um campo magnético incidente. A magnitude
da saída é uma função da intensidade de campo e do ângulo de
incidência existente com o equipamento Hall.
Transformador Equipamento que funciona com indutor e transformador.
"Flyback"
Transformador de Casa- Transformadores que isolam eletricamente dois circuitos, mas que
mento de Impedância são projetados de maneira a otimizar a transferência de energia
Transformador de O transformador que está imediatamente “acima” de nossa parede
Distribuição externa.
Transformador de Transformador de baixa potência, com função de isolamento,
isolamento (“Drive utilizado em eletrônica para controle de circuitos integrados.
Transformer”)
Transformador Inversor Transformador projetado de tal forma que uma potência DC aplicada
é convertida em potência AD (aproximada à uma onde quadrada).
Geralmente, o núcleo é levado à saturação para melhor rendimento.
Transformador Transformador projetado para produzir uma tensão contínua, se
252
33) Explique como as perdas podem ser reduzidas pelo corte a 450 das chapas
para núcleos de transformadores.
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