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FUNÇÕES DA LITERATURA

Alguns filósofos como Platão, Aristóteles, São Tomás de Aquino e Antônio Candido
possuem visões equivalentes no que diz respeito à definição de literatura, sendo esta definida
como uma imitação da realidade ou como uma forma de conhecimento da mesma.

Dentre essas definições encontram-se características intrínsecas da literatura, que são


o conteúdo intuitivo individual e a criatividade expressiva do artista. Richard Bamberger trata
do estímulo á leitura em uma publicação pioneira do Brasil, sintetiza as funções da literatura,
bem como: Leitura informativa, leitura escapista, leitura literária e leitura cognitiva. É possível
verificar como essas definições podem ser detectadas em diversos docentes e discentes, todas
essas funções cumprem o papel de formar leitores e atender a natureza dos textos escritos.

Podemos observar as funções da literatura em três vertentes: a da abrangência, a da


relação comunicativa e dos objetivos da formação de leitores. Quanto à abrangência se dá por
meio individual ou social; é o momento de diálogo entre dois seres, autor e leitor, o primeiro
contato geralmente silencioso e em solidão, é o momento de encontro entre leitor com o livro,
em que ele o decifra, compreende e interpreta as palavras dos autor. Após essa interação
individual a leitura pode ser socializada na forma de diálogo. Já o privado ou público concerne
na leitura silenciosa e conservação particular dos volumes, o público é a existência de livros e
materiais de leitura em sala de aula, bibliotecas escolares ou públicas propícias a circulação de
volumes e de leituras.

No que diz respeito à relação autor-mensagem-leitor encontramos ações de informar,


educar, entreter, persuadir e expressar uma opinião ou ideia, que são as relações existentes no
circuito mais importante da escrita.

Partindo para os objetivos da formação dos leitores, detecta-se que a criança que fala
pouco, que não desenha ou utiliza outro tipo de linguagem não tem os pensamentos bem
organizados. Enquanto que a convivência com poemas, narrativas ou textos dramáticos, além
da ilustração ou das imagens visuais que passaram a interagir no mundo da literatura infantil,
faz com que a criança desenvolva habilidades de manuseio, de entendimento e interação entre
diversas linguagens.

REFERÊNCIAS

COSTA, Marta Morais. Funções da literatura. In Metodologia do ensino da literatura infantil.


Curitiba IBPEX, 2007, p.14-37.
LEITURA E PRÁTICA SOCIAL NO DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS NO ENSINO MÉDIO

Dewey (1938-1997) afirma que a escola há quase mais um século é uma instituição
diferente de qualquer outra forma de organização humana, essas formas ficam muito
evidentes quando consideramos as suas maneiras de dividir o tempo e o espaço, tipos de
assuntos e avaliações.

A leitura é um instrumento por excelência na qual se discute algumas características


das praticas de leitura e letramento não-escolar, a fim de estabelecer algumas relações
possíveis com as praticas escolares, de uso da escrita, bem como a leitura e prática social com
situações concretas e através da linguagem em suas diferentes modalidades, são situações
sociais com objetivos e com modos sociais de interação, as quais determinam os tipos de
contextos podem ser construídos pelos participantes e quais as interações possíveis.

Uma pesquisa no ensino médio traz muitos exemplos dessa nossa capacidade de
contextos: alunos de quem nada se expressa, porque “não são leitores“ ou “não gostam de
ler”, de fato não entendem o texto que lhes é apresentado. Por outro lado esses mesmos
alunos conseguem entender textos de nível semelhante se o professor acredita em sua
capacidade.

Partindo para a prática escolar (situada), Swales (1990) chama de pré-gêneros os


gêneros abstratos ou gêneros privilegiados, que diz respeito às grandes categorias ou tipos,
que transcendem as redes de práticas sociais específicas. Dessa forma este recurso torna-se
importante para a construção de relações entre as praticas escolares e não-escolares dos
jovens e adolescentes.

O letramento segundo ribeiro (2003), não é resultante apenas das mudanças


cognitivas, são mudanças que a escrita pode provocar nas representações dos estudantes, mas
também das mudanças que as pessoas são capazes de fazer e que de fato fazem com a escrita
quando a usam em práticas exclusivas.

REFERÊNCIAS

Ângela B. Kleiman

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