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Outras legislações
Lei 8.689 (1993): dispões sobre a extinção do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social
(INAMPS).
Decreto n/ 1.651 (1995): regulamenta o Sistema Nacional de Auditoria no âmbito do SUS.
PLANEJASUS (2006):
- Articulação de planejamento nas 3 esferas de governo.
- Ascendente de local a federal.
- Gestão em saúde.
Normas Operacionais Básicas (NOB).
NOB 93: formas progressivas de gestão municipalizada das ações de saúde.
- Municípios passaram a ter tetos financeiros.
- Início da municipalização da saúde – definindo estados e municípios como gestores.
NOB 96: tem por finalidade promover, consolidar o pleno exercício da função de gestor da atenção à saúde de
seus munícipes pelo município.
- Concepção ampliada de saúde, em consonância com a concepção determinada pela Constituição.
- Fortalecimento das instâncias colegiadas.
- Desenvolvimento da Programação Pactuada e Integrada (PPI)
Decreto n° 7.508 (2011): regulamenta a Lei 8080.
- Regiões de saúde: APS; RUE; RAPS; Atenção ambulatorial especializada e hospitalar; vigilância em saúde.
- Portas de entrada – serviços especiais de acesso aberto.
- Protocolo clínico e diretriz terapêutica, RENAME.
- Comissões intergestores.
- Contrato Organizativo da ação Púbica da Saúde (COAP).
Comissões intergestores: pactuam as regras de continuidade do acesso às ações e serviços. Monitorar a
integralidade e a equidade.
3 esferas governamentais:
- Federal: MS, Conselho Nacional de Saúde, Comissão Intergestores tripartite.
- Estadual: SES, Conselho Estadual de Saúde, Comissão Intergestores Bipartite.
- Município: SMS, CMS.
COAP: acordo de colaboração firmado entre os 3 entes federativos, no âmbito de uma região de saúde com o
objetivo de organizar e integrar as ações e os serviços de saúde.
- Indicadores de saúde
- Criterios de avaliação de desempenho
- Forma de controle e fiscalização de sua execução.
NOAS (01/2001):
- Plano Diretor de Regionalização, definindo que compete ao gestor estadual a sua confecção.
- Todos os municípios da microrregião devem ser, no mínimo, gestores da atenção básica ampliada.
NOB/SUS 01/1996: promoveu um avanço no processo de descentralização, criando novas condições de gestão
para os municípios e estados.
Pacto pela Saúde (2006): duas legislações fundamentais (portarias 399 e 699 compromisso de gestão).
- Reformas institucionais. Promove inovações nos processos e instrumentos de gestão.
- Pacto de gestão do SUS + Pacto em defesa do SUS + Pacto pela vida.
Nova proposta de organização do sistema:
- Pacto de gestão: Gestão compartilhada e solidária que considera as diferenças regionais e regiões sanitárias.
Transferência de recursos em blocos de financiamento:
- Atenção Básica
- Média e alta complexidade
- Vigilância em saúde
- Assistência farmacêutica
- Gestão do SUS
- Investimentos em saúde
- Pacto pela vida: saúde do idoso; saúde mental; saúde do trabalhador; saúde do homem; CA de colo uterino e
mama; mortalidade materno-infantil; doenças endêmicas; promoção à saúde; fortalecimento da atenção básica;
deficiência; violência.
- Pacto em defesa do SUS: ações concretas e articuladas pelas 3 instâncias federativas no sentido de reforçar o
SUS como política de Estado.
Norma Operacional da Assistência à Saúde (NOAS): promover maior equidade na alocação de recursos e no
acesso da população às ações e serviços de saúde em todos os níveis de atenção.
Plano Diretor de Regionalização (PDR): instrumento de ordenaçao do processo de regionalização da assistência
em cada Estado e no Distrito Federal. Deve ser elaboradoo na perspectiva de garantir o acesso aos cidadãos, o
mais próximo possível de sua residência, a um conjunto de ações e serviços vinculados principalmente:
- À assistência pré-natal, parto e puerpério;
- ao acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil;
- à cobertura universal do esquema preconizado pelo PNI para todas as faixas etárias;
- a ações de promoção da saúde e prevenção de doenças;
- ao tratamento de intercorrências mais comuns na infância;
- ao atendimento de afecções agudas de maior incidência.
Conferência de Alma Ata (1978): cuidados de saúde primários – solução para as necessidades básicas dos povos.
Carta de Ottawa (1986): estabelecer políticas saudáveis; criar ambientes favoráveis à saúde; desenvolver
competências pessoais; reforçar a ação comunitária; reorientar os serviços os serviços de saúde.
PRIMEIRO CONTATO
INTEGRALIDADE
- Medidas de promoção individuais e coletivas. Identificação de determinantes individuais e coletivos
(biopsicossociais).
- Medidas de proteção individuais e coletivas. Vigilâncias em saúde. Identificação de riscos, vulnerabilidades e
desgastes individuais e coletivos.
- Danos, agravos e sequelas individuais e coletivas (ambientais). Medidas de recuperação individuais e coletivas.
Redução de danos, assistência e reabilitação.
LONGITUDINALIDADE: acompanhamento do paciente ao longo do tempo por profissionais da equipe de APS.
COORDENAÇÃO DO CUIDADO: estabelecer conexões de modo a alcançar o objetivo maior de prover/atender às
necessidades dos usuários na oferta de cuidados em saúde com elevado valor, qualidade e continuidade.
- Gestão de lista de espera
- Protocolos incidentes críticos
- Prontuário eletrônico
ORIENTAÇÃO FAMILIAR E COMUNITÁRIA
COMPETÊNCIA CULTURAL
*Descentralização
Ficha D: uso por todos os profissionais para registro diário da produtividade da equipe.
Princípios doutrinários
Princípios organizacionais
Gestão
Financiamento
Ações do SUS
1. Princípios organizacionais
Regionalização e hierarquização: conhecimento dos problemas de saúde específicos
- Regionalização: processo de articulação entre os serviços que já existem visando a um comando unificado.
- Hierarquização dos níveis de complexidade de atenção (nível primário 80%; secundário 15%; terciário 5%).
Deve garantir formas de acesso.
Resolutividade
Descentralização: distribuição de responsabilidade entre vários níveis de governo. Reforço do poder municipal.
Participação social (Lei 8142/1990): Conselhos de Saúde. Conferências de saúde. Composição paritária de
usuários em relação ao conjunto dos demais segmentos representados (governo, prestadores de serviço,
profissionais de saúde).
Complementaridade do setor privado: celebração de contrato. Segue lógica do SUS. Preferência para
filantrópicos.
2. Princípios doutrinários
Universalidade: garantia de atenção à saúde a todo e qualquer cidadão.
Equidade: tratar desigualmente os desiguais (pessoas distintas com necessidades distintas).
Igualdade ≠ equidade
Integralidade: o sistema deve estar preparado para ouvir o usuário, entendê-lo considerando seu contexto social
e, a partir daí, atender às demandas e necessidades de cada pessoa. Considera as pessoas como um todo,
atendendo a todas as suas necessidades. É importante a integração de ações, incluindo:
- Diagnóstico
- Tratamento
- Prevenção
- Reabilitação
Gestão no SUS
Municipal – implantar ações de promoção, proteção e recuperação da saúde e gerir os serviços públicos de saúde
(laboratórios, hemocentros, etc)
Estadual – consolidar as necessidades municipais, corrigir distorções existentes e executar ações que não cabem aos
municípios ou às quais não estejam aptos.
Federal – liderar o conjunto de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, identificando riscos e
necessidades nas diferentes regiões, além de controlar e fiscalizar procedimentos. Financiamento (políticas de
recursos humanos).
Financiamento do SUS
Federal – recursos da união. CSLL. PIS + COFFINS. Verbas direcionadas da União e dos estados aos municípios.
Emenda Constitucional n° 29/2000: obriga os 3 níveis de governo a destinar parte de seus recursos para a saúde.
- Estados: 12% da arrecadação de impostos.
- Municípios: 15% de sua receita total.
- Não define claramente o que podia ou não ser gasto com recursos financeiros da saúde.
- Regulamenta a progressividade do IPTU.
- Reforça o papel do controle e da fiscalização dos Conselhos de Saúde.
Funções do SUS:
Prevenção
Cura e reabilitação
Vigilância epidemiológica
Vigilância sanitária
Vacinações
Saneamento básico
Promoção à saúde:
- Educação em saúde
- Bons padrões de alimentação e nutrição
- Adoção de estilo de vida saudável
- Uso e desenvolvimento de aptidões
- Aconselhamento
Proteção à saúde:
- Vigilância epidemiológica
- Vigilância sanitária
- Vacinações
- Saneamento básico
- Exames periódicos
Cura e reabilitação:
- Atendimento médico
- Atendimento odontológico
- Diagnóstico e tratamento oportuno
- Acidentes e danos
- Limitação da invalidez
- Reabilitação
Vigilância epidemiológica (Lei 8.080/1990): “conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou
prevenção de qualquer mudança os fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a
finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos”. Informações para
conhecer e acompanhar o estado de saúde da comunidade e desencadear oportunamente as medidas dirigidas à
prevenção e ao controle das doenças e agravos à saúde.
Vigilância sanitária: garantir a qualidade de serviços, meio ambiente, meio de trabalho e produtos.
Já ocorria no Brasil desde 1970 (programas de residência em Medicina Comunitária no RS, RJ e PE).
Objetivos:
Abordagem centrada na pessoa: explorar a doença e a experiência da pessoa em estar doente. Entender a
pessoa como um todo. Intensificar a relação médico-paciente.
“Conversa direta com o diagnóstico”.
Abordagem familiar:
- Família nuclear
- Família complexa
- Família extensa
Estágios do ciclo vital
Crises normativas (gravidez, inclusão da criança na escola)
Crises paranormativas (separação-divórcio, infrações legais)
Ferramentas de abordagem familiar:
- Genograma: árvore familiar. Quadro trigeracional. Sintomas inespecíficos, utilização excessiva dos serviços de
saúde; doenças crônicas, isolamento, problemas emocionais graves, situações de risco familiar (violência
doméstica, drogadição), mudanças no ciclo de vida. Valor diagnóstico e terapêutico.
- Ecomapa: desenho complementar ao genograma, principalmente relações intrafamiliares e da família com o
meio que a cerca.
- F.I.R.O. (Fundamental Interpersonal Relations Orientations): avalia sentimentos de membros familiares nas
relações cotidianas. Mudanças de papeis familiares. Inclusão, controle e intimidade.
- P.R.A.C.T.I.C.E: entendimento do problema de ordem clínica, comportamental ou relacional.
P – presenting problem
R – Roles and structure
A – affect
C – communication
T – Time of life cycle
I – illness in family
C – Coping with stress
E – ecology
- A.P.G.A.R. familiar: reflete a satisfação de cada membro da família – estado funcional da família.
A – adaptation
P – partnership
G – growth
A – affection
R – resolve
Visitas domiciliares
População-alvo:
MEDICINA LEGAL
Resolução n° 1.779 (2005) do CFM que regulamenta a responsabilidade médica na emissão da Declaração de Óbito.
Causas de morte
Todas as doenças, estados mórbidos ou lesões que produziram a morte, ou que contribuíram para ela, e as
circunstâncias do acidente ou da violência que produziu essas lesões.
Causa básica de morte: (a) a doença ou lesão que iniciou a cadeia de acontecimentos patológicos que
conduziram diretamente à morte; ou (b) as circunstâncias do acidente ou violência que produziu a lesão fatal.
Causa terminal de morte: evento mais recente, que levou diretamente à morte e é consequência das causas
intermediárias e básica de morte.
Preenchimento da D.O.:
Parte I:
- Linhas A, B, C e D
- Linha A: causa terminal da morte. Linhas B e C, causas intermediárias, e a linha D, causa básica da morte.
- Caso não existam 4 causas a colocar, preencher sempre iniciando-se pela linha A, sendo que a última linha
preenchida será considerada causa básica de morte.
Parte II:
- Outras patologias que a pessoa apresentava e que pioraram suas condições clínicas, contribuindo para a cadeia
de eventos que levou à morte.
OBS: Tendo ocorrido qualquer sinal de vida extrauterina, não se trata de óbito fetal, mas sim de óbito de recém-
nascido. Nesse caso deverá ser expedida também a Declaração de Nascido Vivo.
É vedado ao médico:
Art. 83: atestar óbito quando não o tenha verificado pessoalmente ou quando não tenha prestado assistência ao
paciente, salvo, no ultimo caso, se o fizer como plantonista, médico substituo ou em caso de necropsia e
verificação médico-legal.
Art. 84: deixar de atestar óbito de paciente ao qual vinha prestando assistência, exceto quando houver indícios
de morte violenta.
Atestado médico: declaração pura e simples, por escrito, de um fto médico e suas possíveis consequências. É um
documento particular, elaborado sem compromisso prévio e independente de compromisso legal, fornecido por
qualquer médico que esteja no exercício regular de sua profissão, tem unicamente o objetivo de sugerir um estado
de sanidade ou de doença, anterior ou atual, para fins de licença, dispensa ou justificativa de faltas de serviço, entre
outros.
É vedado ao médico:
Art. 80. Expedir documento médico sem ter praticado ato profissional que o justifique, que seja tendencioso ou
que não corresponda à verdade.
Art. 81. Atestar como forma de obter vantagem.
Art. 86. Deixar de fornecer laudo médico ao paciente ou a seu representante legal quando aquele for
encaminhado ou transferido para continuação do tratamento ou em caso de solicitação de alta.
Art. 91. Deixar de atestar atos executados no exercício profissional, quando solicitado pelo paciente ou por
seu representante legal.
O médico assistente deverá especificar o tempo concedido de dispensa à atividade, necessário para recuperação
do paciente e estabelecer o diagnóstico, quando expressamente autorizado pelo paciente.
Quando solicitado pelo paciente ou seu representante legal para fins de perícia médica deverá observar o
provável tempo de repouso estimado necessário, que complementará o parecer fundamentado do médico
perito, a quem cabe legalmente a decisão do benefício previdenciário.
Prontuário
Todo o acervo documental padronizado, organizado e conciso, referente ao registro dos cuidados médicos
prestados, assim como dos documentos pertinentes a essa assistência. É um documento essencial quando
necessário avaliar evolução do estado de saúde do periciado.
É o principal instrumento de defesa do médico quando precisa provar sua inocência em processos judiciais ou ético-
profissionais. Por essa razão, deve sempre estar completo e legível.
É vedado ao médico:
Notificação: comunicação compulsória feita pelos médicos às autoridades competentes de um fato profissional, por
necessidade social ou sanitária, como acidentes de trabalho e doenças infectocontagiosas.
BIOÉTICA
Código de Ética Médica: participação dos setores da sociedade e a classe médica. Mescla de código moral com
código administrativo que regula a profissão médica.
14 capítulos.
26 princípios fundamentais
11 normas diceológicas
117 normas deontológicas
4 disposições gerais.
Capítulo III – Responsabilidade profissional: a responsabilidade médica é pessoal e não pode ser presumida. Não se
pode assumir responsabilidade por ato médico que não praticou ou do qual não participou. O médico deve respeitar
o desejo do paciente/responsável, exceto em caso de risco iminente de morte (Testemunha de Jeová).
Capítulo V – Relação com pacientes e familiares. O Médico deve orientar o paciente sobre todos os seus riscos e
procedimentos necessários independentemente do desejo da família.
Capítulo VII – Relação entre médicos. Não praticar concorrência desleal. Não acobertar erro ou conduta antiética de
outro médico. Não deixar de encaminhar o paciente que lhe foi enviado para procedimento especializado de volta
ao médico assistente e, na ocasião, fornecer-lhe as devidas informações sobre o ocorrido no período em que por ele
se responsabilizou. Não deixar de informar ao substituto o quadro clínico dos pacientes sob sua responsabilidade ao
ser substituído após plantão.
Capítulo VIII – Remuneração profissional. O médico pode cobrar honorários do paciente assistido em instituições
particulares de forma justa e digna. Não exercer a profissão com interação ou dependência da indústria
farmacêutica. Não se pode exercer simultaneamente função médica e farmacêutica, na qual haja total relação entre
sua prescrição e a venda de produtos.
Capítulo IX – Sigilo profissional. Não deve quebrar o sigilo profissional mesmo que haja larga divulgação ou estado
de juízo, exceto se houver permissão do paciente por escrito. O adolescente/criança tem direito ao sigilo médico,
desde que tenha capacidade de discernimento, inclusive a seus pais ou representantes legais, salvo quando a não
revelação possa acarretar dano ao paciente.
Capítulo X – Documentos médicos. Não pode atestar óbito quando não o tenha verificado. Proibido expedir
documento médico a paciente ao qual não tenha prestado ato médico que o justifique.
O prontuário é do paciente!
Capítulo XI – Publicidade médica. Participação na divulgação de assuntos médicos somente em caráter exclusivo de
educação e esclarecimento da sociedade. Proibido anunciar títulos científicos que não possa comprovar e
especialidade ou área de atuação para a qual não esteja qualificado e registrado no CRM.
Capítulo XIV – Disposições gerais. O CRM tem poder punitivo ou de suspender um médico que tenha violado um dos
princípios do código.
Não pode tirar selfie. Não se pode fazer propaganda de antes e depois.
Sensibilidade, especificidade e acurácia são propriedades referentes a testes diagnósticos (valores fixos).
Curva ROC: relação sensibilidade com especificidade no plano cartesiano. Visa encontrar o ponto de equilíbrio
(ponto de corte = ombro da curva) entre sensibilidade e número de falsos positivos.
Eixo y: sensibilidade
Eixo x: 1 – especificidade OU 100 – especificidade = falsos positivos
↑Sensibilidade ↑FP
Quanto maior a área entre a curva e o eixo das abscissas, maior a acurácia do teste diagnóstico.
Objetivos: definir ponto de corte. Comparar testes conforme poder discriminatório.
Triagem neonatal
Colo uterino (Papanicolau)
Mamografia
Cólon (PSOF)
Saúde e doença
Saúde (OMS – 1948): não só ausência de doença, mas completo estado de bem estar físico, social e mental.
Doença: teoria “negativa” da saúde.
Biomédico:
- Agentes externos ser humano.
- “Máquina de Rube Goldberg” = fisiologia do organismo.
História natural da doença/Ecológico: Leavel l & Clark (1976) gráfico com curva de Gauss:
- Níveis de prevenção.
- Período pré-patogênese (possibilidade de estímulo à doença): prevenção primária (promoção de saúde e
proteção específica).
- Período de patogênese (alterações de tecidos + horizonte clínico): prevenção secundária (diagnóstico precoce
e tratamento limitação da incapacidade) e prevenção terciária (reabilitação).
- Prevenção quaternária: extensão de Leavell e Clark. Não realizar iatrogenias. A qualquer estágio da
patogênese.
- Prevenção primordial: muito semelhante à prevenção primária (medidas gerais – promoção de saúde – MEV).
Determinantes sociais: ruptura no entendimento do adoecimento.
- “Visão macro” interferindo no micro contexto social influencia a saúde da população = laranja dos
determinantes.
- Fatores individuais estilo de vida redes sociais e comunitárias condições econômicas, culturais e
ambientais gerais.
- Determinantes: distais (estruturais), intermediários (rede social comunitária) e proximais (indivíduo).
Biopsicossocial.
EPIDEMIOLOGIA
Epidemiologia clínica: identificar a causa de doenças; estudar a história natural e prognóstico da doença; avaliar
as medidas terapêuticas tanto existentes como em desenvolvimento.
Epidemiologia descritiva: estimar a extensão da doença na comunidade (tempo, pessoa e lugar – quando?
Quem? Onde?)
Políticas públicas: construir conhecimento para desenvolver políticas de saúde.
Pesquisa em epidemiologia
MEDIDAS DE FREQUÊNCIA
Natureza da relação:
- Razão: divisão entre dois números que podem ter unidades diferentes.
- Proporção: o numerador é um subconjunto do denominador.
Proporções não indicam risco!
- Coeficientes: divisão entre o número de pessoas que sofreu o evento dividido pelo número de pessoas sob
risco de sofrer o evento.
2 tipos:
- Incidência: n° casos novos / população sob risco.
- Prevalência: n° casos existentes / população sob risco.
- Índices: aproximação do coeficiente.
Indicadores expressos por coeficientes:
- Mortalidade geral = n° óbitos (em tempo e local) = RISCO DE MORRER
população sob risco (tempo e local)
- Mortalidade específica = n° de óbitos por determinada causa (tempo e local) = RISCO DE MORRER por causa
população sob risco (tempo e local)
- Letalidade = n° de óbitos por determinada doença (tempo e local) = RISCO DE A DOENÇA MATAR
n° de doentes (tempo e local)
Causas de morte no Brasil: (1) doenças cardiovasculares, (2) neoplasias, (3) causas externas (no sexo masculino 2°
lugar), (4) respiratórias.
MORTALIDADE INFANTIL
MORTALIDADE EM MÃES
Risco = incidência
Incidência: número de casos novos que ocorrem durante um tempo em um determinado local dividido pela
população sob risco de adoecer neste mesmo período e local. Dedicada a doenças agudas na população. 2 tipos
conforme o tempo:
- Incidência cumulativa: quantos casos novos dessa doença surgiram em uma população? (descrição)
- Densidade de incidência: denominador = soma de unidades de tempo de cada indivíduo em pessoas-tempo
(avaliação de risco)
Taxa de ataque = incidência
= n° de casos em pessoas expostas a um fator de risco (num tempo e local)
População exposta a um fator de risco (em um tempo e local)
Prevalência: número de casos existentes que ocorrem num ponto ou tempo especificado e local dividido pela
população sob risco de adoecer no mesmo período e local. Dedicada a doenças crônicas e estáveis na
população. 2 tipos:
- No ponto (uso raro em saúde) – eleições.
- No período.
↑Prevalência:
- Incidência
- Imigração
- Tratamento que aumente sobrevida, mas não cure
↓Prevalência:
- Mortes
- Curas
- Emigrações
Prevalência = incidência x tempo de duração da doença (somente em população muito estável).
Tipos de doenças:
Doenças infectocontagiosas:
- Infecciosas x contagiosas
- Transmissão direta ou indireta
- Transmissão direta imediata: há contato físico entre o reservatório ou fonte de infecção e o novo hospedeiro
suscetível.
- Transmissão direta mediata: não há contato físico entre o reservatório ou fonte de infecção ao novo
hospedeiro. Transmissão por meio de secreções oronasais (gotículas de Flugge).
- Transmissão horizontal ou vertical
Crônicas não transmissíveis
Causas externas
Doenças crônicas não transmissíveis (DCNT): 7/10 mortes no Brasil são DCNT.
Tempo:
- Tendência histórica
- Tendência cíclica
- Tendência esporádica
Variações cíclicas e tendência secular:
- Gráfico: frequência da doença X tempo (anos)
- Tendência secular: queda de incidência e prevalência, mas com espículas
- Variação cíclica: periódica, pode ser sazonal (ex: acidentes ofídicos no verão, doenças respiratórias no inverno).
Variação irregular/esporádica:
- Endemia: nível de casos esperado.
- Epidemia: número de casos superior ao esperado.
Epidemia de sarampo: diminuição da cobertura vacinal (abaixo de 95%). SP mais de 5000 casos confirmados (>80%
dos casos do Brasil).
N° casos x período
Faixa endêmica (média de ± 2DP)
Limiar epidêmico (se cruzar a linha = momento da epidemia > 2DP acima da média de incidência anterior).
Surto epidêmico: epidemia limitada a um local (não atinge maiores proporções).
Se dois casos da mesma doença (conforme média histórica nos anos anteriores) forem registrados já é
caracterizado epidemia, ou doença nova.
Vigilância em saúde: observação e análise permanentes da situação da saúde da população. Cuidado integral por
meio da promoção da saúde.
Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) – 2003: ações de vigilância, prevenção, controle de doenças e promoção à
saúde – única estrutura do MS. Descentralização das ações – fortalecimento dos municípios.
1. Coleta de dados: gerar informação; ocorre em todos os níveis no sistema de saúde; qualidade, disponibilidade de
dados.
Para obtenção, utilizam-se os seguintes meios
- Notificação compulsória
- Prontuários médicos
- Atestados de óbito
- Exames laboratoriais e bancos de sangue
- Investigação de casos e epidemias
- Inquéritos comunitários
- Imprensa e população
- Sistemas-sentinela
- Busca ativa
Tipos de dados:
- Dados demográficos, ambientais e socioeconômicos.
- Morbidade
- Mortalidade
- Notificação precoce de emergências de saúde pública, surtos e epidemias
2. Processamento de dados
3. Análise e interpretação dos dados processados
4. Recomendação das medidas de prevenção e controle apropriadas
5. Promoção das ações de prevenção e controle indicadas
6. Avaliação de eficácia e efetividade das medidas adotadas
7. Divulgação de informações pertinente
Ações de vigilância epidemiológica se aplicam, em geral, às doenças transmissíveis, mas podem ser estendidas a
doenças não transmissíveis (anomalias congênitas, desnutrição, doenças crônico-degenerativas) e outros
agravos (violência, acidentes).
Exemplos de ações de vigilância epidemiológica:
Febre amarela
- Manter erradicada a febre amarela urbana e controlar a silvestre
- Notificar caso ou suspeita
- Mapear áreas de transmissão
- Identificar população de risco
- Vigilância de epizootias
- Vigilância entomológica
- Diagnóstico precoce
- Vacinação
- Educação
Notificação compulsória:
Notificação semanal
Subnotificação:
Casos assintomáticos;
Casos sintomáticos que não procuram o serviço de saúde;
Casos que procuram o serviço de saúde, mas não são diagnosticados;
Casos diagnosticados, mas não registrados e/ou informados.
Notificação negativa: funciona como indicador de eficiência do sistema de informações. Notificar a ausência de
casos.
Doenças cardiovasculares
Câncer Tabagismo, alimentação não saudável, sedentarismo.
Diabetes
Doenças respiratórias crônicas
Acurácia – componentes:
1. Bioestatística
Quantitativas (numéricas) – tendência central (média, mediana, moda) e dispersão (desvio padrão)
- Contínuas (aceitam números fracionários): temperatura, altura, idade.
- Discretas (não aceitam frações): número de filhos.
Qualitativas (categóricas) - percentagem
- Ordinais (existe ordenação entre as categorias): classe social, estadiamento do câncer.
- Nominais (sem ordenamento): sexo, cor dos olhos, nacionalidade.
Comparar grupos: teste t (2 médias: categórica com contínua), ANOVA (3+ grupos), teste t pareado (antes-depois
para amostras dependentes. Não pareado para amostras independentes), Qui-quadrado (comparação de
proporções) ou teste de Fisher (equivalente do Qui-quadrado, quando 1 das variáveis é <5).
Correlacionar uma variável a um desfecho: correlação de Pearson (comparação entre 2 variáveis contínuas de
distribuição normal), correlação de Spearman, regressão logística.
Medidas de associação
Estudos longitudinais
IC = se eu repetir um estudo várias vezes, 95% das amostras vão incluir o RR verdadeiro.
Risco atribuível ou redução do risco absoluto: quanto do risco á atribuído à exposição a uma intervenção?
(subtração)
= R.A em expostos – R.A em não expostos
Número necessário para tratar (NNT): a cada 100 indivíduos tratados, x morreram a menos. Quantos indivíduos
precisam ser tratados para que 1 pessoa se beneficie.
NNT = 100
RRA
Casos e controles
Não há incidência = não há risco! (A e C são números muito pequenos, pois são raros os desfechos positivos).
VIES: qualquer erro sistemático que leve a uma estimativa errada do RR ou OR no desfecho da doença.
Seleção
- Randomização inadequada os grupos são muto diferentes
- Auto seleção
- Perda de seguimento
- Principal estratégia: randomização (fatores de confusão estão contrabalanceados pela probabilidade)
- Outras estratégias: análise multivariável (regressão logística, regressão linear múltipla, regressão de Cox).
Confusão: há algum intermediário entre fator em estudo e desfecho.
- Pode ser feito controle estatístico através de análise multivariada.
Principal estratégia:
- Antes do início: randomização
- Após o início: controle estatístico
Aferição: os grupos são avaliados de maneira diferente
- Principal estratégia: mascaramento
Outras estratégias:
- Padronização dos métodos
- Desfechos duros
- Treinamento e certificação dos avaliadores
- Calibração de instrumentos
ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Quanto à temporalidade:
Longitudinais:
- Coorte: prospectivo
- Caso-controle: retrospectivo
Seccional: transversal
Estudo transversal/seccional:
Estudo de coorte: inicia avaliando pacientes sem o desfecho (sem prevalência), dentre expostos e não expostos.
Caso-controle
Tipos:
Outros estudos:
Relato de caso e série de casos (baixo impacto epidemiológico por não haver comparativo)
Estudos ecológicos:
- Áreas geográficas definidas;
- Não há individualização.