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Ciência da Informação:
o passado e a atualidade
Antônio Felipe Corrêa da Costa GÊNESE HISTÓRICA do saber. O suporta fisíco da informação -
para o acesso à mesma - deveria ser feito
A compreensão racional de um todo com- em fichas padronizadas, e o seu conteúdo
plexo* exige o conhecimento de sua estru- expresso em linguagem internacional. O
tura, suas propriedades e interações. Para acesso físico ao documento seria dado
ser compreendida em seu conceito e em através da grande biblioteca centrai con-
toda a sua abrangência, a Ciência da In- cebida. O acesso ao conteúdo informativo
formação deve ser posicionada no quadro do documento deveria ser obtido por meio
histórico da Ciência. de um padrão de normalização - regras
comuns para o tratamento analítico dos
De acordo com um fenômeno muito documentos, adotando-se um sistema de
freqüente na história das ciências, pode-se classificação único, origem da atual Clas-
dizer - parafraseando a genealogia bíblica sificação Decimal Universal (CDU).
- que a Biblioteconomia gerou a Bibliogra-
fia, a Bibliografia gerou a Documentação, e Em 1930, John C. Dana formou, com um
esta gerou a Ciência da Informação. Ou, grupo de dissidentes da American Library
como afirmam alguns autores, gerou a In- Association (ALA), a Special Libraries As-
formatologia ou o estudo da informação1. sociation, com a conseqüente criação do
American Documentation Institute (ADI).
Para Zaher & Gomes2, a Bibliografia é ins-
trumento indispensável para o controle e a
divulgação do desenvolvimento científico e Em 1931, Otlet e La Fontaine criaram o
Resumo Instituto Internacional de Documentação
tecnológico e, para o seu aperfeiçoamento,
têm sido tentados técnicas e métodos no- (IID).
O artigo aborda o quadro teórico e o
desenvolvimento histórico da área interdisciplinar vos. A tentativa de se fazer o controle bi-
Em 1937, realizou-se o Congresso Mundial
Ciência da Informação. Parte do conceito de bliográfico universal data do século XVI,
informação e de sua importância como fator de de Documentação.
em conseqüência da invenção da impren-
desenvolvimento social. Apresenta os conceitos de
sa e do volume crescente da produção bi-
Ciência da Informação segundo as tendências Em 1938, como conseqüência dessa reali-
européia e americana. Procura mostrar a bliográfica.
zação, o IID foi transformado em Fede-
abrangência e a interdisciplinaridade da disciplina
ração internacional de Documentação
e as relações existentes entre a Ciência da Para Shera3, a idéia de elaborar um levan-
Informação/Biblioteconomia/Documentação. (FID). Surgia, assim, a Documentação.
tamento bibliográfico universal recua
Aborda os dois tipos de pesquisas realizadas na
área - pura e aplicada, evidenciando as nove
ao tempo de Johann Tritheim e Konrad
categorias de pesquisas realizadas. Apresenta a Gesner, nos idos de 1595. Entre muitas Durante o período da Segunda Guerra
posição da Ciência da Informação no panorama proposições formuladas, a melhor foi, na Mundial (1939-45), as atividades do ADI e
científico internacional contemporâneo e a sua época, a de Paul Otlet e Henri La Fontaine, de Documentação foram interrompidas.
colocação no cenário nacional da atualidade. os quais consideraram o controle bibliográ- Todos os esforços voltaram-se para o
fico universal como o resultado da conju- Conflito Mundial, com conseqüências múl-
* Considera-se complexo, segundo o Novo Di- gação de esforços para se fazer o controle tiplas para as atividades de Documen-
cionário da Língua Portuguesa, de A. B. de Holan- bibliográfico em nível nacional. Os dois tação. Entre eles, o aumento considerável
da Ferreira, o adjetivo "que abrange ou encerra idealistas belgas conceberam uma grande de literatura científica resultante da de-
muitos elementos ou partes; observável sob dife- monstração do valor prático da Ciência du-
biblioteca central que teria a função de
rentes aspectos". Como substantivo, significa gru-
po ou conjunto de coisas, fatos ou circunstâncias reunir e divulgar o conhecimento gerado
rante a Guerra. Os problemas criados para
que têm qualquer ligação entre si. em todos os países e em todos os ramos a comunicação dessa explosão de docu-

Ci. Inf., Brasília, 19(2): 137-43, jul./dez. 1990


Ciência da Informação: o passado e a atualidade

mentos não impediu, contudo, o progresso transmissão de informações, como a me- Na Rússia, A.I. Mikhailow, do VINITI*, ao
da Ciência. canização e a microfilmagem, propôs a publicar a obra Fundamentos da Infor-
criação de um aparelho mecanizado, o mação Científica, recebeu a sugestão para
A necessidade de se obter novas infor- Memex, onde poderiam ser armazenados chamar a nova disciplina de Informática
mações científicas e técnicas, quase sem- livros, registros e comunicações, com a (Informação + Automática). Mikhailow
pre num rápido espaço de tempo, motivou possibilidade de serem as informações re- usou o termo, em 1966, considerando-o
os técnicos - engenheiros, químicos, físi- cuperadas facilmente quando necessário. um nome novo para a Informação Científi-
cos e biólogos - a deixar seus laboratórios O Memex atuaria como um suplemento ca. Entretanto, já antes, em junho de 1962,
de pesquisas para organizar serviços es- ampliado e familiar à memória humana. na França, Phillipe Dreyfus havia divulga-
peciais de informação, chamados por eles do o artigo L'lnformatique, na revista Ges-
de serviços/centros de informação. A partir de 1950, acentuou-se a separação tion6. O conceito de Mikhailow não consi-
entre a Biblioteconomia e a Documen- derou o aspecto qualitativo da informação
Em decorrência do interesse especial pela tação. A Biblioteconomia seguiu duas - ou seja, a sua avaliação.
coleta de dados e informações necessá- tendências distintas. Nos Estados Unidos
rias para as atividades dos técnicos, esta- da América do Norte - de economia capi- Nos Estados Unidos, o termo Documen-
beleceu-se o ensino da Documentação talista, a atitude competitiva originou a tação perdeu seu interesse prático. Para
como disciplina especial, distinta da Biblio- tendência democrática, voltada para a isso, contribuíram três fatos importantes:
teconomia. A Biblioteconomia continuou a prestação de serviços, com a criação e
tarefa do tratamento e controle da pro- funcionamento dos serviços de infor- 1. A American Library Association (ALA)
dução bibliográfica crescente: livros, pe- mação. Na Europa, os países - com ex- negou-se a usar o nome Documen-
riódicos e outros documentos. Contudo, o ceção da Inglaterra, que seguia seus pro- tação em sua nova divisão, chaman-
crescimento bibliográfico tomou-se maior gramas de trabalho nos moldes das biblio- do-a de Division of Information Science
do que a capacidade de controle do que tecas norte-americanas - permaneciam and Automation.
era produzido, gerando-se, então, um sério com a tendência erudita, originada na An-
impasse a ser resolvido. tigüidade, com os serviços bibliotecários 2. O American Documentation Institute
mantendo uma atitude sofisticada e con- (ADI) passou a chamar-se American
servadora. Continuou-se a estudar os fun- Society for Information Science (ASIS).
Em 1945, Bush escreveu As we may
damentos e a promoção da Classificação
think, artigo clássico no qual fez a previsão
Decimal Universal (CDU). 3. Em 1966, passou a ser editado
de uma nova e revolucionária tecnologia
o Annual Review of Information Science
Segundo Pereira4, para Bush, "instrumen-
Com o término da Segunda Grande Guer- and Technology (ARIST).
tos já disponíveis, se desenvolvidos ade-
ra, apareceram novas disciplinas, resulta-
quadamente, permitirão ao homem o aces-
do de estudos para solucionar problemas O termo Documentação passou a ser
so e comando sobre a herança do conhe-
práticos enfrentados na Guerra. Entre substituído, sistematicamente, por Infor-
cimento dos séculos. A perfeição desses
elas, a Pesquisa Operacional, a Análise de mação. Segundo Sambaquy1, passou-se a
instrumentos pacíficos deverá ser o primei-
Sistemas, a Cibernética e a Teoria dos Jo- usar a expressão Técnica de Informação"
ro objetivo de nossos cientistas, tão logo
gos. para designar a Biblioteconomia do tipo
eles saiam de seu trabalho na guerra". O
não tradicional, mais voltada para o trata-
autor abordou alguns processos já então
Os centros de documentação, criados du- mento dos dados e da informação do que
disponíveis de coleta, armazenamento e
rante e após o Conflito, eram administra- do livro ou documento.
dos por profissionais de outras especiali-
dades. Por não obedecerem a normas es-
Em 1962, o Geórgia Institute of Techno-
pecíficas para o tratamento da Documen-
logy (GIT) realizou um Congresso sobre a
tação, prejudicavam os serviços progra-
formação de técnicos de informação. Fo-
mados, ao tentar criar novos processos
ram indicadas cinco categorias de técni-
nem sempre de acordo com a experiência
cos necessários para realizar o trabalho
comprovada petos bibliotecários. Segundo
de tratamento da informação:
Shera3, "muitos desses membros não dis-
simulavam o seu desdém pelos bibliotecá-
• Bibliotecário (Librarian)
rios.
Pessoa com treinamento formal em Biblio-
A partir de 1950, o uso sistemático do
teconomia, bacharel por Escola de Biblio-
computador contribuiu para agilizar os tra-
teconomia reconhecida.
balhos da Bibliografia, Documentação e
das bibliotecas especializadas.
• Bibliotecário Especializado
5 (Special Librarian)
Segundo Harmón , apareceu, nessa épo-
ca, uma atividade chamada, primeiro, Do-
Pessoa com formação intelectual ou
cumentação, depois, Recuperação da In-
tendência especial por determinada disci-
formação, e, após passar por vários mode-
plina, conhecendo bem a literatura de um
los, chamou-se Ciência da Informação.
assunto específico e as necessidades de
seus usuários.
CONCEITO DE CIÊNCIA DA
INFORMAÇÃO • Bibliotecário Especializado em Ciência
(Science Librarian)
O termo Ciência da Informação existe há
* VINITI - Vsesojuznyl Institut Naucnotechlceses-
algum tempo. O conceito despertou, à Pessoa com treinamento formal em Biblio-
koi Informacii. (Instituto Nacional para a Informação época de sua formulação, controvérsias, teconomia e conhecimento especializado
Científica e Tecnológica) conforme as duas tendências seguidas. em determinado campo científico.

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Ciência da Informação: o passado e a atualidade

• Analista de Publicações Técnicas ABRANGÊNCIA E Harmón5 considera o objetivo principal da


(Technical Literature Analyst) INTERDISCIPLINARIDADE DA Ciência da Informação diminuir as frontei-
CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO ras do conhecimento e aumentar a
Pessoa com facilidade especial para redi- abrangência da compreensão humana. Na
gir e conhecimento profundo da literatura A Ciência da Informação trata do conjunto busca de tal meta, desenvolve um proces-
sobre determinado campo do saber, apta a de conhecimentos relativos à origem, cole- so de produção, coleta, organização, inter-
compreender perfeitamente os textos ana- ta, organização, armazenamento, interpre- pretação, armazenamento, recuperação,
lisados. tação, recuperação, transferência, trans- disseminação e uso da informação. Tendo
formação e utilização da informação8. No surgido como uma expansão e transfor-
• Técnico em Informação desempenho dessas funções, a disciplina mação da Documentação e da Recupe-
(Information Scientist) pesquisa a representação da informação ração da Informação, incorporou os vários
em sistemas naturais e/ou artificiais; o uso conceitos e objetivos da Comunicação,
Pessoa que acompanha o desenvolvimen- de códigos para a transferência eficiente das Ciências do Comportamento e das
to da Ciência da Informação, procurando das mensagens; o estudo das técnicas e demais disciplinas cooperantes. Nesse
conhecer os métodos a serem emprega- dos meios de processamento da infor- momento, a Ciência da Informação passou
dos no armazenamento e recuperação da mação, enfatizando o uso do computador e a ser considerada uma área de investi-
informação. Com as seguintes caracterís- de seus sistemas de programação. gação subjetiva, objetiva e prática, e seus
ticas: a) Interesse pela informação em si diversos ramos seguiram um processo de
mesma, ou por si mesma; b) interesse pela Para Borko8, a Ciência da Informação, ao tentativa e erro. O autor previra, para o iní-
pesquisa teórica e prática relativa aos pro- investigar as técnicas e os métodos que cio dos anos 70, o término do período de
cessos de informação; c) capacidade para possibilitam a compreensão melhor das crescimento unificado e do aspecto gene-
planejar novas soluções para os proble- propriedades, do comportamento e do flu- ralista da Ciência da Informação, ocorren-
mas da Informação Científica e Tecnológi- xo da informação, assume um caráter al- do, então, a formação de um corpo disci-
ca e da Comunicação em geral. tamente interdisciplinar. Isto significa que a plinar completo. Para 1990, seu prognósti-
Ciência da Informação é derivada e está co era o do aparecimento de um supra-sis-
As cinco categorias apresentam-se rela- relacionada com outros campos do conhe- tema integrando todo o conhecimento hu-
cionadas entre si. cimento humano, tais como a Matemática, mano. Momento lúdico, em que a Ciência
a Lógica, a Psicologia, a Lingüística, a da Informação teria atingido a plenitude de
No Congresso do Geórgia Institute of Tecnologia de Computadores, a Pesquisa seu desenvolvimento, com maturidade e
Technology (GIT), foi apresentado o con- Operacional, a Administração, as Artes intensa especialização dentro de seus ra-
ceito de Ciência da Informação, com cono- Gráficas e, muito intrinsecamente, com a mos.
tação mais ampla, incluindo seu aspecto Biblioteconomia e a Documentação. A Bi-
qualitativo, ou seja, de avaliação: blioteconomia e a Documentação são apli- Contudo, para Rees & Saracevic11, a
cações da Ciência da Informação. A Do- Ciência da Informação não é comparada à
"Ciência da Informação é a disciplina que cumentação é um dos diversos compo- Biblioteconomia, Documentação, Recupe-
investiga as propriedades e o comporta- nentes da Ciência da Informação e rela- ração da Informação ou a qualquer outra
mento da informação, as forças que regem ciona-se com a aquisição, armazenamen- disciplina. Definiram-na como o "estudo
o seu fluxo e os métodos naturais e/ou ar- to, recuperação e transferência da infor- dos fenômenos da Comunicação e das
tificiais de processá-la para se conseguir mação, em suas diversas formas: livros, propriedades dos sistemas de Comuni-
acessibilidade e uso ótimos". O conceito periódicos, relatórios etc. Conforme a natu- cação. A Ciência da Informação investiga
sintetiza três outras definições, com pon- reza da coleção e as necessidades de in- técnicas e métodos que possibilitam a
tos comuns e algumas diferenças entre si, formação dos usuários, a Documentação compreensão melhor das propriedades, do
dadas por Robert S. Taylor7, no capítulo enfatiza o uso do Processamento de Da- comportamento e fluxo da informação."
de sua autoria Professional aspects of In- dos, da Reprografia e das microformas Envolve a Análise de Sistemas, os aspec-
formation Science, publicado no ARIST. como técnicas de tratamento da infor- tos mesológicos da informação e da Co-
mação. municação, dos meios de informação, da
A Ciência da Informação, de natureza in- Análise Lingüística, da organização do flu-
terdisciplinar, designa o campo mais am- Para Brandão9 e Sambaquy1, a zona de xo da informação e da interação homem-
plo, com propósitos de pesquisa e análise, maior contato ou relacionamento é a que sistema de informação.
e tem por objetivo o estudo dos fenômenos existe entre a Biblioteconomia e a Ciência
da Informação, por serem ambas altamen- A Ciência da Informação produz uma lite-
ligados à produção, organização, difusão e
te interdisciplinares, na medida em que a ratura baseada na investigação e desco-
utilização da informação em todos os
Ciência da Informação estabelece um con- bertas teóricas. A Biblioteconomia e a Do-
campos do conhecimento.
junto de noções comuns à Bibliotecono- cumentação aplicam os resultados dessas
mia. Estas noções basilares servem para pesquisas, trocando-se experiências e be-
O Instituto Brasileiro de Bibliografia e Do-
solucionar problemas específicos a ambas nefícios mútuos entre ambos os grupos.
cumentação (IBBD), atual Instituto Brasilei-
e orientam a Biblioteconomia para chegar
ro de Informação em Ciência e Tecnologia
rapidamente a um estágio mais avançado,
(IBICT), através do seu Curso de Mestra-
através da prestação de serviços eficien-
do em Ciência da Informação, a partir de
tes a um número maior de usuários, com o PESQUISA EM CIÊNCIA DA
1984, em convênio com a Escola de Co- INFORMAÇÃO
menor custo possível.
municação (ECO), da Universidade Fede-
ral do Rio de Janeiro (UFRJ), adotou o
Para Borko & Doyle10, a Ciência da Infor- A Ciência da Informação e a Bibliotecono-
conceito e a terminologia americanos. mia são aliadas naturais. A pesquisa em
mação apoia o seu caráter interdisciplinar
na Documentação, Comunicação e Pes- Biblioteconomia deve contar, como afirma
quisa Lingüística e atua como uma verda- Shera3, com a participação de especialis-
deira ciência interdisciplinar ao envolver es- tas de diversas áreas do conhecimento,
forços de bibliotecários, lógicos, lingüistas, porque o bibliotecário não possui formação
engenheiros, matemáticos e cientistas do capaz de fazê-lo desenvolver sozinho
comportamento. seus projetos.

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Ciência da Informação: o passado e a atualidade

A Ciência da Informação, com o objetivo No Brasil, a Bibliografia Brasileira de Ciên-


de fornecer um conjunto de procedimentos cia da informação, 1984/86, v.7, editada
que visam a melhorar as técnicas e méto- peto Instituto Brasileiro de Informação em
dos voltados para o acúmulo e transferên- Ciência e Tecnologia (IBICT), está dividida
cia do conhecimento, pode ser vista sob em nove categorias de pesquisas:
dois aspectos:
Aspectos Gerais
- Estudo da Ciência
• Sob o aspecto de pesquisa pura
- Associações e sociedades profis-
sionais. Congressos
Quando investiga determinados aspectos
- Aspectos legais e éticos
da área de informação sem se preocupar
- Informação e sociedade
com a aplicação prática da pesquisa.
- História do livro e das bibliotecas
• Sob o aspecto de pesquisa aplicada
Ensino, Pesquisa e Atividade Profis-
sional
Quando realiza trabalhos práticos com re-
- Formação profissional
sultados voltados para a aplicação de téc-
- Pesquisa
nicas e métodos que possam contribuir pa-
ra o desenvolvimento da Informação - Profissional da informação
Científica e Tecnológica através de produ-
tos e serviços. Organização das Atividades de In-
formação e de Bibliotecas
O volume de pesquisas em Ciência da In- - Custos e avaliação
- Planejamento e administração
formação tem se tornado tão importante,
que a Unesco, junto com a Federação In- - Planos, programas e consultorias in-
ternacionais
ternacional de Documentação (FID),
- Planos, programas e consultorias
mantém um sistema de informações sobre
nacionais
pesquisa e desenvolvimento em andamen-
- Bibliotecas
to nas áreas de bibliotecas, informação e
arquivos, chamado International Informa- - Normas e normalização
tion System on Research in Documenta-
tion (ISORID). Estudos da Literatura e do Documen-
to
- Aspectos gerais e teóricos
CATEGORIAS DE PESQUISAS EM - Livros
CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO - Publicações seriadas
- Documentos publicados - secundá-
O Current Research and Development in rios
Scientific Documentation informa que, tra-
- Documentos terciários - conden-
dicionalmente, as pesquisas em Ciência
sações
da Informação são realizadas nas seguin- - Documentos de distribuição restrita
tes categorias:
- Terminologia
- Guias e Indicadores
a) Necessidades e uso da informação - f) Planejamento de sistemas de infor-
estudos de comportamento de usuá- mação - centros de informação, recu- Entrada, Tratamento, Armazenamen-
rios, citações, padrões de comunicação peração da informação, mecanização to da Informação
e uso da literatura. dos processos bibliográficos e dissemi- - Aspectos gerais e teóricos
nação seletiva da informação. - Seleção e aquisição
b) Elaboração e reprodução de docu- - Catalogação e referenciação
mentos - estudos de composição de g) Análise e avaliação - estudos compa- - Acervos
texto, com auxilio de computadores, rativos, qualidade da indexação, padro- - Análise de conteúdo para processo
microformas, registro e armazenamen- nizações, métodos de teste e avaliação de classificação e de indexação
to, editoração e writing (redação). de desempenho, qualidade das tra- - Indexação pré-coordenada
duções. - Indexação pós-coordenada
c) Análise Lingüística - linguagem de - Sistemas de classificação
máquina, lexicógrafia, Processamento h) Identificação de padrões, modelos - Formalização das línguas naturais
da Linguagem Natural (texto), Psico- semânticos - processamento da ima- - Organização e estrutura de catálo-
lingüística e Análise Semântica. gem e análise da fala. gos
- Organização e estrutura de arquivos
d) Traduções - tradução mecanizada e i) Sistemas adaptáveis - estudos de in- - Interface de sistemas
os meios auxiliares de tradução. teligência artificiai, resolução de pro- - Armazenamento da informação
blemas e sistemas autoprogramáveis. - Tradução
e) Resumos, classificação, codificação
e indexação - sistemas de classifi- Recuperação e Disseminação da In-
cação e indexação, análise de texto, formação
classificação mecanizada, indexação, - Aspectos gerais e teóricos
elaboração de resumos e estudos de - Interação usuário-sistema
vocabulários. - Recuperação
- Atividades de informação e referên-
cia

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Ciência da Informação: o passado e a atualidade

- Circulação e empréstimo PANORAMA INTERNACIONAL cumentação na América Latina e nas Anti-


- Orientação e formação do hábito de Ihas. Especialistas em cada uma das três
leitura áreas debateram problemas relativos à in-
O progresso da sociedade deve se de- formação em arquivos, bibliotecas e cen-
- Promoção do uso senvolver de modo integral. Antes de ser
- Estudos e medidas de avaliação da um idealismo, tal imperativo tornou-se tros de documentação, procurando sua in-
recuperação tegração em sistemas regionais, nacionais
condição essencial no mundo moderno. e internacionais. O Brasil foi representado
Alguns elementos são fundamentais para no Seminário que concluiu serem deficien-
Transferência e Uso da Informação
7 - Aspectos gerais e teóricos
- Usuários
que o processo ocorra, como a educação
continuada e a transferência da informação
tes os serviços de informação nos países
da América Latina e nas Antilhas, embora
gerada pela atividade cientifica e tecnoló- fosse possível assinalar diferentes níveis
- Comunicação e transferência da in- gica, possibilitando aos responsáveis pe-
de desenvolvimento. A deficiência era
formação em Ciências las atividades de planejamento e gerência
- Comunicação e inovação da infor- a tomada consciente de decisões. causada pela falta de uma política oficial de
desenvolvimento dos órgãos responsáveis
mação em Tecnologia
pela informação.
A Organização das Nações Unidas para a
8 Outros Aspectos da Informação e de Educação, Ciência e Cultura (Unesco), or-
Biblioteca
- Cópia, duplicação, microfilmagem
ganismo internacional da Organização das
Em Paris, em setembro de 1974, a Unesco
organizou, junto com a Federação interna-
cional de Documentação (IFLA/FID), Fe-
Nações Unidas (ONU), desde a sua
criação em 1946, segundo Rolim12 e Za- deração Internacional das Associações de

9 Áreas Correlatas
- Lingüística
- Comunicação
her13, tem procurado melhorar, em todo o
inundo e com ênfase especial nos países
Bibliotecários (IFLA-FIAB) e o Conselho
Internacional de Arquivos (CIA), a Con-
em desenvolvimento, os meios de infor- ferência Intergovernamental sobre o Plane-
- Arquivologia mação, tomando esta uma prioridade nos jamento de Infra-Estruturas Nacionais de
- Editoração seus planos de trabalho. Nos últimos 15 Documentação, Bibliotecas e Arquivos.
- Ciência da Computação e Informáti- anos, tem-se incumbido de facilitar o
ca acesso dos povos à literatura e à arte, ofe- A Conferência baseou-se no princípio de
- Telemática recendo os meios de eliminar as barreiras que "a informação representa parte es-
- Estatística que impedem a circulação das idéias, co- sencial dos recursos de uma nação e que
- Administração mo também tem procurado encontrar so- o acesso à mesma é um dos direitos fun-
luções sistemáticas para os problemas de damentais do homem". Teve como um dos
seleção, controle e disseminação da in- objetivos mais importantes "a definitiva in-
formação entre os indivíduos, procurando tegração dos serviços de bibliotecas, in-
encontrar um reequilibrio na circulação en- formação e arquivos num todo sistemático
tre países ricos em informação e países de atividades e serviços, de modo que as
carentes de informação. Para esse fim, respectivas infra-estruturas ou sistemas
destinou grande parte de seus recursos ao nacionais de informação fossem criados
desenvolvimento das bibliotecas, dos ar- com base nessa orientação". Esse objeti-
quivos e de outros modernos veículos de vo foi concretizando, bem como as reco-
comunicação de massa. mendações do Seminário de Washington,
D.C., ao ser criado, nesse mesmo ano de
Ainda, segundo Zaher, a partir de 1967, 1974, pela Unesco, o programa de Siste-
deliberou que fossem desenvolvidos estu- mas Nacionais de Informação (National In-
dos sobre a possibilidade de ser criado um formation Systems - Natis).
Sistema Mundial de informação Cientifica,
interligando os sistemas de informação já As recomendações da Conferência de Pa-
existentes através de uma. estreita coope- ris façam endossadas, por todos, os con-
ração internacional. Em 1971, foi criado o gressos brasileiros de especialistas na
programa Unisist, com o princípio básico área de informação realizados após 1975.
da "colaboração internacional,-nacional e
regional, com o fim de facilitar a troca de Segundo Zaher13, "ambos os programas
informações e dados entre os sistemas de lançados pela Unesco - o Unisist e o
informação existentes e de contribuir para Natis - desempenharam a função de cata-
o desenvolvimento da Ciência e da Tecno- lisadores na promoção dos veículos de in-
logia13. formação junto aos meios governamentais,
atraindo a atenção para o problema da falta
Colocando em prática seus propostos, a de planejamento, que impede o desenvol-
Unesco patrocinou uma série de reuniões vimento ideal das bibliotecas, centros de
regionais, para promover o planejamento documentação e arquivos".
das infra-estruturas nacionais de docu-
mentação, bibliotecas e arquivos e o de- Em 1976, os programas Unisist e Natis
senvolvimento de Sistemas Nacionais de foram fundidos no Programa Geral de In-
Informação (National Information Systems formação (PGI) da Unesco, que incluiu
- Natis)14. nos seus objetivos o desenvolvimento de
sistemas especializados de informação
Dentro desse princípio, foi realizado, em nos campos da Educação, Cultura, Ciên-
Washington, D.C., de 6 a 17 de novembro cia e Tecnologia, além de assumir a res-
de 1972, o Seminário Interamericano sobre ponsabilidade pelo planejamento e desen-
a Integração dos Serviços de Informação volvimento das infra-estruturas nacionais
de Arquivos, Bibliotecas e Centros de Do- de informação.

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Ciência da Informação: o passado e a atualidade
Atualmente, nos países desenvolvidos, mundial quanto Q livre acesso às bibliote- fica e Tecnológica (SNICT), evolução na-
esse campo ocupa uma posição seme- cas. tural do SICT"15. O SNICT tinha como ob-
lhante à de outras áreas do conhecimento jetivos a coleta, tratamento e difusão sis-
consideradas tradicionalmente como de As três áreas estariam, assim, inter-rela- temática e permanente de informações
maior prestígio, tanto na formação de re- cionadas: a Ciência da Informação, além atualizadas para as áreas de Ciência e
cursos humanos e nas atividades de pes- de ser teórica, está vinculada a aplicações Tecnologia.
quisa e desenvolvimento, como na estrutu- práticas. A Biblioteconomia e a Arquivolo-
ra-profissional e organizacional - avaliada gia, mesmo voltadas para a aplicação de Costa17, informa-nos que o CNPq desen-
em termos de trabalhos e de sua influência técnicas, também realizam pesquisas em volveu estudos com o grupo criado para a
no setor social. O governo desses países seus âmbitos respectivos para produzirem implantação do SNICT e, após quase dois
tem promovido a organização do fluxo de novos conhecimentos. anos, apresentou suas conclusões e uma
informações técnicas para as indústrias e minuta de decreto encaminhadas à Pre-
organizações de pesquisas tecnológicas, CENÁRIO NACIONAL sidência da República. Apesar de reco-
por reconhecerem seu papel essencial na nhecido como medida indispensável à ace-
expansão industrial e comercial e no pro- O Brasil tem auferido benefícios proporcio- leração do processo de desenvolvimento
cesso de inovação tecnológica. nados pela cooperação dada pela Unesco econômico nacional, o SNICT nunca che-
à Educação, Cultura, Ciência e Tecnolo- gou a ser colocado em prática.
gia. Esforços estão sendo feitos em re-
Segundo o Natis, a Ciência da Informação, lação à informação em Ciência e Tecnolo- Em dezembro de 1974, foi aprovado o II
a Biblioteconomia e a Arquivologia seriam gia, com a adoção de medidas eficazes Plano Nacional de Desenvolvimento, que
atividades que deveriam atuar de forma in- para a solução de muitos problemas. Con- não mencionava explicitamente um siste-
tegrada. tudo, o controle global da atividade infor- ma nacional de informação, mas informava
macional merece análise e planejamento, sobre transformações que o CNPq iria so-
A Biblioteconomia é uma disciplina aplica- pois, segundo Cunha, "há necessidade ur- frer para dotar-se de "flexibilidade adminis-
da, dirigida à aplicação das técnicas de co- gente de uma definição e implantação de trativa e financeira", transformando-se em
leta, organização e difusão da informação fato de uma política nacional de infor- fundação, com a denominação de Conse-
registrada em diferentes tipos de suportes mação"15. lho Nacional de Desenvolvimento Científi-
materiais. Compreende as bibliotecas, co e Tecnológico. A medida realizou-se em
centros de documentação, serviços e sis- Para Carneiro16, a criação, em 1954, do março de 1976.
temas de informação. Faz o tratamento Instituto Brasileiro de Bibliografia e Docu-
dos materiais produzidos em origens di- mentação (IBBD), sob os auspícios da A idéia sistêmica unitária do SNICT foi
versas, cujo conteúdo está relacionado Unesco, a pedido do Governo do Brasil, abandonada, com o surgimento de dois
com a necessidade de prover os usuários grupos, segundo Cunha15:
com o planejamento de Lydia de Queiroz
com informações necessárias sobre o uni- Sambaquy, foi um esforço importante nes-
verso do conhecimento ou parte dele. se sentido. Desde sua criação, o IBBD
1) Informações centralizadas
vinculou-se às mudanças que se iniciavam
no País, sob o impulso do então Conselho
A Arquivologia é uma disciplina aplicada, A serem elaboradas dentro do CNPq, sob
Nacional de Pesquisas e, anos mais tarde,
dirigida também à aplicação das técnicas a coordenação do Sistema Nacional de
o Banco Nacional de Desenvolvimento
de coleta, organização e difusão da infor- Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico
Econômico, através de financiamentos ne-
mação contida em documentos produzidos (SNDCT).
cessários e com planos a longo prazo.
como resultado das atividades desenvolvi-
Numa atuação benéfica para o desenvol-
das por pessoa física ou jurídica, docu- 2) Informações descentralizadas
vimento, o IBBD procurou modernizar os
mentando essas atividades para pesquisa
métodos de Bibliografia e Documentação,
futura. Sob a responsabilidade de bibliotecas, re-
com a formação de pessoal qualificado pa-
des e sistemas de informação de alguns
ra os serviços de bibliotecas e arquivos.
Os documentos de arquivos, devido à fra- organismos como os Ministérios da Indús-
Após mais de 20 anos de serviços presta- tria e Comércio, das Relações Exteriores,
gilidade e perecibilidade, exigem cuidados
dos em Bibliografia e Documentação, ape-
especiais para conservação. As funções Instituto Nacional da Propriedade Indus-
sar das crises enfrentadas, o IBBD foi trial, Empresa Brasileira de Pesquisa
que desempenham na difusão dos conhe- transformado no Instituto Brasileiro de
cimentos por eles acumulados fizeram Agropecuária, Secretaria Especial do Meto
Informação em Ciência e Tecnologia Ambiente, Instituto Brasileiro de Geografia
com que se integrassem nos sistemas de (IBICT),em1976.
informação de seus países, nas infra-es- e Estatística, Serviço Federal de Proces-
truturas nacionais de informação, como fa- samento de Dados, Petrobrás, Financiado-
tores de desenvolvimento cultural, econô- Em setembro de 1970, segundo Cunha, "a ra de Estudos e Projetos, Centro Técnico
mico e político. administração federal incluiu no programa de Aeronáutica, Instituto de Pesquisas
de metas e bases para a ação governa- Rodoviárias, Superintendência de Desen-
Por manterem os arquivos relações estrei- mental a criação do Sistema Nacional de volvimento da Pesca, Fundação Oswaldo
tas com as bibliotecas, a Unesco agregou Informações sobre Ciência e Tecnologia Cruz, Instituto Nacional de Pesquisas da
num mesmo departamento os assuntos re- (SICT), que contaria com a colaboração do Amazônia, Instituto de Matemática Pura e
lativos aos mesmos, definindo sua política então Ministério do Planejamento e dos Aplicada e do Centro de Pesquisas e De-
de atuação, inicialmente, através do pro- Ministérios das Relações Exteriores, senvolvimento da Bahia.
grama Natis. Indústria e Comércio, Aeronáutica e do
Conselho Nacional de Pesquisas Apoiado nas recomendações da Con-
A importância dos arquivos e as obri- (CNPq)"15. ferência Intergovernamental da Unesco, de
gações impostas pelos mesmos à admi- 1974, e com base nos resultados da reu-
nistração pública e às entidades privadas Em 1971, ainda segundo Cunha, "com a nião dos membros do grupo de trabalho
tomam necessário o amparo através de introdução do l Plano Nacional de Desen- especifico reunido em Teresópolis, RJ, em
legislação especial. O livre acesso aos ar- volvimento, estava prevista a implantação 5 e 6 de junho de 1978, o CNPq elaborou
quivos é tão importante para a cultura do Sistema Nacional de Informação Cientí- um Documento de Avaliação e Perspecti-

Ci. Inf., Brasília, 19(2): 137-43, jul./dez. 1990


Ciência da Informação: o passado e a atualidade

vas para Ciência da Informação, Bibliote- Mesmo diante desta última constatação
conomia e Arquivologia18. O documento melancólica, mas realística, é impossí-
salientou que as três áreas têm se desen- vel não admitir o pensamento de EA
volvido sempre ligadas ao avanço de ou- Haeffner, ao afirmar "ser o progresso téc-
tras áreas do conhecimento e da própria nico devido, principalmente, à utilização,
evolução social, recebendo e gerando in- por indivíduos criativos, de conhecimento
formações que devem ter um tratamento facilmente acessível e disseminado am-
adequado para facilidade de uso. plamente, visando à criação e ao desen-
volvimento de novos produtos, métodos e
Seguindo as recomendações da Con- processos". Momento em que se torna ne-
ferência da Unesco, o documento preco- cessário que a difusão dos conhecimentos
nizou a "definitiva integração dos serviços gerados seja realizada de modo eficaz - o
de bibliotecas, informação e arquivos"..., e que é feito pela informação, insumo vital
que "esse princípio de integração não de- para o desenvolvimento da Ciência, da
veria ser apenas retórico, mas de adoção Tecnologia, para o bem-estar da socieda-
indispensável, em nível organizacional e de e para o enobrecimento do homem e da
em termos de política de planejamento, própria vida.
pesquisa e de formação de recursos hu-
manos".

CONCLUSÃO

O mundo vive, hoje, um momento novo, de REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


realização rápida e inesperada, ainda que
1. SAMBAQUY, L de Q. Da Biblioteconomia à 13. ZAHER, C.R. Sistemas Nacionais e Interna-
há muito planejada. Encurtaram-se as
lnformática.Ciência da Informação, Rio de cionais de Informação. In: Congresso Bra-
distâncias entre os povos - num átimo, o Janeiro, 7(1):51-60,1978. p.52. sileiro de Biblioteconomia e Documen-
conhecimento salta do cérebro do seu tação, 9., Porto Alegre, 1977. Anais do 9º
criador para as mãos de quem o utiliza. É 2. ZAHER, C.R. & GOMES, H.E. Da Bibliografia Congresso Brasileiro & V Jornada Sul-
possível constatar que a própria História à Ciência da Informação: um histórico e Rio-Grandense de Biblioteconomia e Do-
uma posição. Ciência da Informação, Rio cumentação. Porto Alegre, 3 a 8 de julho
vem mudando literalmente o seu curso, an-
de Janeiro, 7(1): 5-7,1972. de 1977. Porto Alegre, 1977. 2v. p.22-7.
tevendo-se que tais processos de mudan-
ça e crescimento hão de perdurar enquan- 3. SHERA, J. Of Librarianship, Documentation 14. GREEN, S. EL NATIS: tema para los anos 70.
to houver o homem sobre a face da Terra, and Information Science. Unesco Bulletin Boletin de Ia Unesco para Ias bibliotecas,
for Libraries, 22(2): 58-65,1968. Paris, 29(3):125-32, 1975.
no uso pleno de sua inteligência e capaci-
dade criativa. A forma imaginada para a 4. PEREIRA, M. de N.F. Geração, comunicação 15. CUNHA, M.B. da Sistemas de informação no
sociedade do futuro, o seu projeto, a idea- e absorção de conhecimento científico- planejamento para o desenvolvimento. In:
lização de seu governo aí está, definitiva tecnológico em sociedade dependente; Congresso Brasileiro de Biblioteconomia
em seu propósito de tomar-se diferente do um estudo de caso: o Programa de Enge- e Documentação, 9., Porto Alegre, 1977.
nharia Química - COPPE/UFRJ - 1979. Anais do 9º Congresso Brasileiro & V Jor-
que era - ainda que, infelizmente, nem
Ciência da Informação, Brasília, nada Sul-Rio-Grandense de Biblioteco-
sempre bem acabada, nas mãos de seus 1O(2):9-25,1981. nomia e Documentação. Porto Alegre, 3 a
dirigentes. Tornou-se real, pois, a ante- 8 de julho de 1977. Porto Alegre, 1977.
visão de Aldous Huxley "de um futuro no 5. HARMÓN, G. On the evolution of Information 2v.p.11-21.
qual o domínio quase integral das técnicas Science. JASIS, 22(4): 235-41,1971.
16. CARNEIRO. P. A Unesco e a Informação.
e do saber científico produz uma socieda- 6. DREYFUS, P. L'lnformatique. Gestion, Paris, Ciência da Informação, Rio de Janeiro,
de totalitária e desumana". 5:240-1, 1962. 6(1):3-8, 1977. p.3.

7. TAYLOR, R.S. Professional aspects of 17. COSTA, J. F. da. O Sistema Nacional de In-
Information Science and Technology. Ire formação Cientifica e Tecnológica -
CUADRA, C.A., ed. Annual Review of SNICT. Revista de Biblioteconomia de
Information Science and - Technology Brasília, Brasília, 1 (2): 97-107,1973.
- ARIST, 1, 1966.
18. SEPLAN/CNPq. Avaliação e Perspectivas
8. BORKO, H. Information Science: What is It? 1978: Ciência da Informação, Biblioteco-
Information Science: American Documentation, 19(1):3-5, nomia e Arquivologia. Brasília, D. F.,
the past and nowadays 1968. 1978.

9. BRANDÃO, N.H. A interdisciplinaridade da


Abstract Biblioteconomia. Boletim ABDF. Nova Sé-
rie, Brasília, 5(4): 21-44, out/dez. 1982.
The paper describes the theoretical aspect and the
historical development of the interdisciplinary area 10. BORKO, H. & DOYLE, L. B. The changing
of Information Science. It starts with the concept of horizon of information retrieval. The
Intormation and its importance as a factor of social American Behavioral Scientist, 7(2):3-8,
development. The concepts of Information Science 1964.
according to European and North-American trends
are outlined. It details the comprehensive and 11. REES, A. & SARACEVIC, T. Education for
interdisciplinary features of the discipline and the Information Science and its relation to
relationship that exlsts among Information Librarianship. In: Key papers in
Science/Librarianship/Documentation, as well as Information Science. Washington, D.C., Antônio Felipe Corrêa da Costa
shows the basic and applied researches carríed out 1972. Mestre em Ciência da Informação pela Escola de
in this area, emphasizing the nine research Comunicação da Universidade Federal do Rio de
categories accomplished. The author presents the Janeira Economista, bibliotecário/documentalista,
12. ROUM, M. da G. M. A organização das
Information Science situation on the current Nações Unidas. Brasília, D. F., Empresa tradutor e técnico em informação do IBICT/CPO -
International scientific point of view and on the Brasileira de Planejamento de Transpor- Biblioteca de Política Científica e Tecnológica.
Brazilian scenary of nowadays. tes, 1977.

Ci. Inf., Brasília, 19(2): 137-43, jul./dez. 1990


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filmes e vídeos nacionais na área de ciência e tecnologia
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