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#AULA01 – INTENSIVÃO DO SETOR FISCAL Prof.

Fellipe Guerra

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#AULA01 – INTENSIVÃO DO SETOR FISCAL Prof. Fellipe Guerra

1. OBETIVO DO EVENTO

Apresentar uma visão que vai mudar sua percepção da área fiscal, a partir de um

método que vai acelerar o seu aprendizado sobre tributos e Sistema Público de

Escrituração Digital (SPED).

2. FASE 1 DO SETOR FISCAL

A FASE 1 do setor fiscal, será apresentado diferenças entre PESSOAS FÍSICAS e

PESSOAS JURÍDICAS, assim focado nos principais tributos no ambiente federal, estadual

e municipal.

A diferença entre a pessoa física e a pessoa jurídica é que, enquanto o termo

pessoa física se refere a um indivíduo concreto, a pessoa jurídica representa um sujeito

abstrato.

Em linhas gerais, a pessoa jurídica é uma entidade que reúne pessoas e

patrimônio com uma finalidade, que pode ser prestar um serviço, produzir um bem ou

vender um produto. São exemplos as empresas, as associações, as fundações, os

partidos políticos, as igrejas, as administrações públicas, dentre outros.

Ainda que seja formada por uma ou mais pessoas físicas, que são as responsáveis

pela entidade criada, a pessoa jurídica possui uma personalidade jurídica independente e

diferenciada em relação a cada um de seus membros.

Já a pessoa física é todo ser humano enquanto indivíduo, do seu nascimento até a

morte. Essa designação é um conceito jurídico e se refere especificamente ao indivíduo

enquanto sujeito detentor de direitos e de deveres. Para que uma pessoa física exista

perante o poder público, portanto, não é preciso que ela tenha um Cadastro de Pessoas

Físicas (CPF), que é o registro dos cidadãos para fins fiscais.

Ao contrário da pessoa física, que já adquire o reconhecimento de seus direitos e

deveres a partir do momento em que nasce, a pessoa jurídica precisa ser formalmente

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criada e registrada perante os órgãos competentes para existir legalmente. Os registros

mais comuns são o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e as inscrições

municipais e estaduais.

Agora, iremos tratar sobre aspectos conceituais dos tributos que, em regra, são

devidos as PESSOAS JURÍDICAS:

 ISS-QN (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza)

 ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços)

 IRPJ (Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas)

 CSLL (Contribuição Social sobreo Lucro Líquido)

 PIS (Programa de Integração Social)

 COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social)

a. ISS-QN – Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza

O ISS, imposto da competência municipal, apresenta inúmeros exemplos de

cobrança cumulativa. A cumulatividade ocorre quando o serviço é prestado para outra

empresa também prestadora de serviço. Assim, se uma empresa de construção civil

constrói ou reforma um hospital, ou se uma empresa de decoração decora um hotel, o

usuário do serviço arca com o ônus do imposto constante da fatura. Não há permissão

para o aproveitamento do imposto e para o abatimento do ISS devido pelo hospital ou

pelo hotel.

Legislação aplicável:

 Código Tributário Nacional (CTN)

 Lei Complementar Federal 116/2003

 Código Tributário do Município

 Regulamento do ISSQN do município

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Fato Gerador do ISSQN

Por determinação constitucional o fato gerador de qualquer imposto deve ser

determinado por lei complementar. Com relação ao ISSQN, a situação jurídica em que

faz surgir a obrigação de pagar o imposto sobre serviços é tratada no art. 1º da Lei

Complementar nacional n° 116/2003, nos seguintes termos:

Art. 1º - O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de


competência dos Municípios e do Distrito Federal, tem como fato
gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa, ainda que
esses não se constituam como atividade preponderante do prestador.
§ 1º - O imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior
do País ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País.
§ 2º - Ressalvadas as exceções expressas na lista anexa, os serviços
nela mencionados não ficam sujeitos ao Imposto Sobre Operações
Relativas à Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços de
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS,
ainda que sua prestação envolva fornecimento de mercadorias.
§ 3º - O imposto de que trata esta Lei Complementar incide ainda sobre
os serviços prestados mediante a utilização de bens e serviços públicos
explorados economicamente mediante autorização, permissão ou
concessão, com o pagamento de tarifa, preço ou pedágio pelo usuário
final do serviço.
§ 4º - A incidência do imposto não depende da denominação dada ao
serviço prestado.

Portanto, o fato gerador do imposto sobre serviços de qualquer natureza é a

prestação de serviços constantes da lista de serviços anexa a lei que instituiu o imposto

ou na lei modificadora da original, independentemente da natureza da pessoa que o

exerça ou da denominação dada ao serviço e ainda, independe de ser a prestação do

serviço atividade preponderante do prestador.

Lista de Serviços

A análise da ocorrência da hipótese de incidência do ISSQN deve ser

complementada estudo da Lista de Serviços, pois é ela que descreve os serviços que

podem ser alcançáveis pelo imposto. A Lista de Serviços complementa o artigo que o

prescreve o fato gerador do imposto. Só desta forma será possível saber se determinada

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prestação de serviço gera a obrigação de pagar o ISSQN ou se é um fato gerador do

ICMS, de outro imposto ou não é alcançável por nenhum outro imposto.

Abaixo segue a lista de serviços anexa à Lei Complementar nº 116/2003 sem suas

respectivas sub-divisões:

1 - Serviços de informática e congêneres.

2 - Serviços de pesquisas e desenvolvimento de qualquer natureza.

3 - Serviços prestados mediante locação, cessão de direito de uso e


congêneres.

4 - Serviços de saúde, assistência médica e congêneres.

5 - Serviços de medicina e assistência veterinária e congêneres.

6 - Serviços de cuidados pessoais, estética, atividades físicas e congêneres.

7 - Serviços relativos a engenharia, arquitetura, geologia, urbanismo,


construção civil, manutenção, limpeza, meio ambiente, saneamento e congêneres.

8 - Serviços de educação, ensino, orientação pedagógica e educacional,


instrução, treinamento e avaliação pessoal de qualquer grau ou natureza.

9 - Serviços relativos a hospedagem, turismo, viagens e congêneres.

10 - Serviços de intermediação e congêneres.

11 - Serviços de guarda, estacionamento, armazenamento, vigilância e


congêneres.

12 - Serviços de diversões, lazer, entretenimento e congêneres.

13 - Serviços relativos a fonografia, fotografia, cinematografia e reprografia.

14 - Serviços relativos a bens de terceiros.

15 - Serviços relacionados ao setor bancário ou financeiro, inclusive aqueles


prestados por instituições financeiras autorizadas a funcionar pela União ou por
quem de direito.

16 - Serviços de transporte de natureza municipal.

17 - Serviços de apoio técnico, administrativo, jurídico, contábil, comercial e


congêneres.

18 - Serviços de regulação de sinistros vinculados a contratos de seguros;


inspeção e avaliação de riscos para cobertura de contratos de seguros; prevenção e
gerência de riscos seguráveis e congêneres.

19 - Serviços de distribuição e venda de bilhetes e demais produtos de loteria,


bingos, cartões, pules ou cupons de apostas, sorteios, prêmios, inclusive os
decorrentes de títulos de capitalização e congêneres.

20 - Serviços portuários, aeroportuários, ferroportuários, de terminais


rodoviários, ferroviários e metroviários.

21 - Serviços de registros públicos, cartorários e notariais.

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22 - Serviços de exploração de rodovia.

23 - Serviços de programação e comunicação visual, desenho industrial e


congêneres.

24 - Serviços de chaveiros, confecção de carimbos, placas, sinalização visual,


banners, adesivos e congêneres.

25 - Serviços funerários.

26 - Serviços de coleta, remessa ou entrega de correspondências, documentos,


objetos, bens ou valores, inclusive pelos correios e suas agências franqueadas;
courrier e congêneres.

27 - Serviços de assistência social.

28 - Serviços de avaliação de bens e serviços de qualquer natureza.

29 - Serviços de biblioteconomia.

30 - Serviços de biologia, biotecnologia e química.

31 - Serviços técnicos em edificações, eletrônica, eletrotécnica, mecânica,


telecomunicações e congêneres.

32 - Serviços de desenhos técnicos.

33 - Serviços de desembaraço aduaneiro, comissários, despachantes e


congêneres.

34 - Serviços de investigações particulares, detetives e congêneres.

35 - Serviços de reportagem, assessoria de imprensa, jornalismo e relações


públicas.

36 - Serviços de meteorologia.

37 - Serviços de artistas, atletas, modelos e manequins.

38 - Serviços de museologia.

39 - Serviços de ourivesaria e lapidação.

40 - Serviços relativos a obras de arte sob encomenda.

Local da Incidência do ISSQN

Outro elemento que precisa ser apreciado, quando do exame do fato gerador do

ISSQN, é o local da incidência do imposto (elemento espacial do fato gerador), para

poder saber onde ocorreu o fato gerador e a quem a exação é devida, ou seja, a qual

sujeito ativo (município) o imposto deve ser pago.

Como regra geral, o ISSQN é devido no estabelecimento ou domicílio do prestador

do serviço. Todavia, o artigo 3º da LC Federal 116/2003 traz exceções a essa regra,

citando serviços cujo ISSQN é devido no local da prestação.

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Sujeição Passiva

No CTN, o sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao

pagamento do tributo. Este pode ser considerado contribuinte quando é a pessoa que

pratica o fato gerador e responsável quando tem ligação com o fato gerador e a lei o

obriga a pagar o imposto.

Responsável/Contribuinte Substituto

O contribuinte do ISSQN na LC n° 116/2003 é tratado no seu artigo 5º, como

sendo o prestador do serviço.

A LC n° 116/2003, buscando retirar qualquer dúvida em relação à possibilidade ou

não da transferência a terceiros da responsabilidade pelo pagamento do imposto,

reproduziu, com pequenas modificações, em seu art. 6º, o disposto no artigo 128 do

CTN, nos seguintes termos: “Os Municípios e o Distrito Federal, mediante lei, poderão

atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa,

vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do

contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial

da referida obrigação, inclusive no que se refere à multa e aos acréscimos legais”.

Base de Cálculo

A Lei Complementar nº 116/2003, ao tratar da base de cálculo do ISSQN em seu

artigo 7º, estabeleceu que a base de cálculo será o preço do serviço. Esta é a regra geral

para a base de cálculo do imposto.

A citada norma complementar prevê ainda no parágrafo segundo do seu artigo 7º,

que na base de cálculo dos serviços previstos nos itens 7.02 e 7.05 da Lista de Serviços

não se inclui o valor dos materiais fornecidos pelo prestador dos serviços.

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Alíquotas

Atualmente, em relação à alíquota do ISSQN, a EC nº 37/2002 estabeleceu que a

sua alíquota mínima será de 2% (dois por cento) e a LC n° 116/2003 estabeleceu que a

sua alíquota máxima será de 5% (cinco por cento). Desta forma a legislação municipal

pode estabelecer qualquer alíquota para o ISSQN, deste que obedecido ao limite máximo

de 5% e ao mínimo de 2%.

ISSQN e o Simples Nacional

A opção pelo SN não exime que o prestador de serviços sofra a retenção do ISS

de acordo com a Legislação do Município onde estiverem estabelecidos. A Alíquota a ser

utilizada deverá ser indicada pelo prestador do serviço, observado as regras do SIMPLES

NACIONAL.

Na hipótese de a microempresa ou empresa de pequeno porte estar sujeita à

tributação do ISS no Simples Nacional por valores fixos mensais, não caberá à retenção

na fonte.

O prestador dos serviços deve informar, no "corpo" da Nota Fiscal de Serviços, a

alíquota do ISSQN que será retido na fonte.

Caso a microempresa ou empresa de pequeno porte constate que houve diferença

entre a alíquota utilizada e a efetivamente apurada, ela deverá ser recolhida no mês

subseqüente ao do início de atividade em guia própria do Município.

Também não será eximida a responsabilidade do prestador de serviços quando a

alíquota do ISS informada no documento fiscal for inferior à devida, hipótese em que o

recolhimento dessa diferença será realizado em guia própria do Município.

Caso a ME ou EPP não informe a alíquota do ISSQN na Nota Fiscal de Serviços, o

tomador deverá efetuar a retenção aplicando a maior alíquota do Imposto Municipal

prevista nos anexos da Lei Complementar nº. 123/2006.

Quando do cálculo do SIMPLES NACIONAL, informar quanto da receita auferida

foi retida na fonte, para que o contribuinte pague em duplicidade o Imposto em questão.

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b. ICMS – Imposto sobre a Circulação das Mercadorias e Serviços

O ICMS na Constituição Federal de 1988 – consoante o art. 155, incisos II, da

CF/1988, somente os Estados e o Distrito Federal tem competência tributária privativa

para instituir o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre

Prestações de Serviço de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação –

ICMS, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.

Principais normas atinentes à Legislação Tributária do ICMS - Lei Complementar

87, de 13 de setembro de l996, e suas posteriores alterações, que estabeleceu normas

gerais destinadas a regular, em todo o País, a instituição do ICMS, nos termos definidos

no inciso XII, do art. 155 da CF/88. Já a Lei 12.670, de 27 de dezembro de 1996, e suas

posteriores alterações.

Constituição Federal de 1988

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:

I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;

II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de

serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as

operações e as prestações se iniciem no exterior;

III - propriedade de veículos automotores.

§ 1.º O imposto previsto no inciso I:

I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da

situação do bem, ou ao Distrito Federal

II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se

processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito

Federal;

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III - terá competência para sua instituição regulada por lei complementar:

a) se o doador tiver domicilio ou residência no exterior;

b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu

inventário processado no exterior;

IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal;

§ 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:

I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação

relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado

nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal;

II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação:

a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações

ou prestações seguintes;

b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores;

III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos

serviços;

IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de

um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá

as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação;

V - é facultado ao Senado Federal:

a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de

iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros;

b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico

que envolva interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e

aprovada por dois terços de seus membros;

VI - salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos termos

do disposto no inciso XII, "g", as alíquotas internas, nas operações relativas à circulação

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de mercadorias e nas prestações de serviços, não poderão ser inferiores às previstas

para as operações interestaduais;

VII - em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a

consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-á:

a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto;

b) a alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte dele;

VIII - na hipótese da alínea "a" do inciso anterior, caberá ao Estado da localização

do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a

interestadual;

IX - incidirá também:

a) sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física

ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua

finalidade, assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao

Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da

mercadoria, bem ou serviço;

b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com

serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios;

X - não incidirá:

a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços

prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do

montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores;

b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive

lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica;

c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º;

d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão

sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita;

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XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre

produtos industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a

produto destinado à industrialização ou à comercialização, configure fato gerador dos

dois impostos;

XII - cabe à lei complementar:

a) definir seus contribuintes;

b) dispor sobre substituição tributária;

c) disciplinar o regime de compensação do imposto;

d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável,

o local das operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços;

e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e

outros produtos além dos mencionados no inciso X, "a"

f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro

Estado e exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias;

g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal,

isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.

h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma

única vez, qualquer que seja a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto

no inciso X, b;

i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também

na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço.

§ 3º À exceção dos impostos de que tratam o inciso II do caput deste artigo e o

art. 153, I e II, nenhum outro imposto poderá incidir sobre operações relativas a energia

elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do

País.

§ 4º Na hipótese do inciso XII, h, observar-se-á o seguinte:

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I - nas operações com os lubrificantes e combustíveis derivados de petróleo, o

imposto caberá ao Estado onde ocorrer o consumo;

II - nas operações interestaduais, entre contribuintes, com gás natural e seus

derivados, e lubrificantes e combustíveis não incluídos no inciso I deste parágrafo, o

imposto será repartido entre os Estados de origem e de destino, mantendo-se a mesma

proporcionalidade que ocorre nas operações com as demais mercadorias;

III - nas operações interestaduais com gás natural e seus derivados, e

lubrificantes e combustíveis não incluídos no inciso I deste parágrafo, destinadas a não

contribuinte, o imposto caberá ao Estado de origem;

IV - as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação dos Estados e

Distrito Federal, nos termos do § 2º, XII, g, observando-se o seguinte:

a) serão uniformes em todo o território nacional, podendo ser diferenciadas por

produto;

b) poderão ser específicas, por unidade de medida adotada, ou ad valorem,

incidindo sobre o valor da operação ou sobre o preço que o produto ou seu similar

alcançaria em uma venda em condições de livre concorrência;

c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplicando o disposto no art.

150, III, b.

§ 5º As regras necessárias à aplicação do disposto no § 4º, inclusive as relativas à

apuração e à destinação do imposto, serão estabelecidas mediante deliberação dos

Estados e do Distrito Federal, nos termos do § 2º, XII, g.

§ 6º O imposto previsto no inciso III:

I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal;

II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização.

Lei Kandir - ICMS

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A Lei Kandir, lei complementar brasileira nº 87 publicada em 13 de setembro

de 1996, entrou em vigor em 01 de novembro de 1996 no Brasil, dispõe sobre

o imposto dos estados e do Distrito Federal, nas operações relativas à circulação de

mercadorias e serviços (ICMS). A lei Kandir isenta do tributo ICMS os produtos e serviços

destinados à exportação. A lei tem este nome em virtude do seu autor, Antônio Kandir, à

época ministro do Planejamento do Governo Fernando Henrique Cardoso.

Surgiu da necessidade de estimular as exportações. Usando como lema "Exportar

é o que importa".

Como o ICMS é um imposto estadual, e pelo decreto ser federal, ficou acordado

que a União compensaria os estados essa perda. Em 2020, o STF homologou este

acordo.

A Lei Complementar nº 87/1996 prevê a isenção do pagamento do Imposto sobre

Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre as exportações de produtos

primários, como itens agrícolas, semielaborados ou serviços.

Feita pelo então ministro do Planejamento Antonio Kandir, no governo de

Fernando Henrique Cardoso, a medida de isenção fiscal tem o objetivo de dar maior

competitividade ao produto brasileiro no mercado internacional.

Por conta da desoneração deste tributo de competência estadual, a lei sempre

provocou polêmica entre os governadores e exportadores, que alegam perda de

arrecadação devido à isenção do imposto nesses produtos.

c. IRPJ (Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas) e CSLL (Contribuição


Social sobre o Lucro Líquido)

Desde a instituição do chamado sistema de bases correntes a partir do ano-

calendário de 1992, o Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas - IRPJ e a Contribuição

Social sobre o Lucro Líquido - CSLL são devidos na medida em que os rendimentos e

lucros forem sendo auferidos. A apuração dos valores a pagar se faz num período dado

pela lei. É o chamado período de apuração.

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O período de apuração que era mensal até o ano-calendário de 1996, agora é

como regra, trimestral. A apuração anual, com recolhimentos mensais por estimativa é

uma opção deferida às pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real, obrigatoriamente ou

por terem escolhido esta sistemática de tributação.

As empresas optantes pelo lucro presumido apuram o imposto de renda e a

contribuição social sobre o lucro trimestralmente.

Para a apuração do IRPJ e CSLL, temos regimes tributários específicos para

adequação a realidade das empresas:

 Microempreendedor Individual (MEI)

 Simples Nacional (específico para Microempresas e Empresas de Pequeno

Porte)

 Lucro Presumido

 Lucro Arbitrado

 Lucro Real

d. PIS (Programa de Integridade Social) e COFINS (Contribuição para o


Financiamento da Seguridade Social

As contribuições ao Programa de Integração Social e ao Programa de Formação do

Patrimônio do Servidor Público (PIS/PASEP) e a Contribuição para o Financiamento da

Seguridade Social (COFINS), que são de competência da União, encontram sua

fundamentação legal na Constituição Federal no artigo 195 que diz:

A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e

indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União,

dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:

I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei,

incidentes sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº. 20, de 1998)

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a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a

qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;

(Incluído pela Emenda Constitucional nº. 20, de 1998)

b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº. 20, de

1998)

c) o lucro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº. 20, de 1998)...

Isenção / Não Incidência

As contribuições não incidem sobre:

 exportação de mercadorias para o exterior;

 vendas a empresa comercial exportadora com o fim específico de

exportação;

 o faturamento correspondente a vendas de materiais e equipamentos, bem

assim da prestação de serviços decorrentes dessas operações, efetuadas

diretamente a Itaipu Binacional;

 a prestação de serviços para pessoa física ou jurídica residente ou

domiciliada no exterior, cujo pagamento represente ingresso de divisas;

 do transporte internacional de cargas ou passageiros

Base de Cálculo das Contribuições

A base de cálculo das contribuições é o faturamento, assim entendido como a

receita bruta da pessoa jurídica qualquer que seja o tipo de atividade por ela exercida e a

classificação contábil adotada para as receitas, menos as exclusões admitidas.

A decisão do Supremo Tribunal Federal - STF, que trata da inconstitucionalidade

do § 1º do art. 3º da Lei 9718 de 1998, que havia aumentado a base de cálculo da

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contribuição para o PIS e da COFINS, somente beneficia as empresas autoras dos

recursos extraordinários já julgados, embora o caminho para aqueles que possuem ações

pendentes, bem como os contribuintes que ainda pretendem iniciar a ação no Judiciário

deva ser de êxito. Conforme previsão constitucional, o Supremo também poderá

comunicar ao Senado a decisão, para que o Legislativo providencie a suspensão da parte

declarada inconstitucional, e aí sim, o disposto na decisão valerá para todos.

Lembramos ainda que anteriormente à Lei 9.718, a base de cálculo das

contribuições compreendia tão-somente o faturamento da pessoa jurídica, e, após a

referida Lei, passou a ser a receita bruta, muito mais abrangente, entendida como a

totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, sendo irrelevantes o tipo de

atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada para as receitas.

A receita deve ser tomada sem o IPI e sem dedução do ICMS destacado, que

integra a receita bruta.

Quando a empresa cobrar ICMS como substituta tributária, esse valor não integra

a receita bruta.

As pessoas jurídicas optantes pelo lucro presumido poderão adotar o regime de

caixa, para fins de apuração da base de cálculo mensal do PIS/Pasep e da COFINS, desde

que também tenham adotado este regime para apuração trimestral do IRPJ e da CSLL.

Adotado o regime de caixa, cabe à pessoa jurídica:

 emitir documento fiscal idôneo, quando da entrega do bem ou direito ou da

conclusão do serviço; e

 indicar, no livro Caixa, em registro individualizado, o documento fiscal a

que corresponder cada recebimento.

A pessoa jurídica que mantiver escrituração contábil, na forma da legislação

comercial, deverá controlar os recebimentos de suas receitas em conta específica, na

qual, em cada lançamento, será indicado o documento fiscal a que corresponder o

recebimento.

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Exclusões Admitidas

Para efeito de apuração da base de cálculo do PIS/Pasep e da COFINS, podem ser

excluídos ou deduzidos da receita bruta, quando a tenham integrado, os valores:

 das vendas canceladas;

 dos descontos incondicionais concedidos;

 do ICMS, quando destacado em nota fiscal e cobrado pelo vendedor dos

bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário;

 das reversões de provisões (A exclusão não se aplica na hipótese de

provisão que tenha sido deduzida da base de cálculo quando de sua

constituição);

 das recuperações de créditos baixados como perdas, limitados aos valores

efetivamente baixados, que não representem ingresso de novas receitas;

 dos resultados positivos da avaliação de investimentos pelo valor do

patrimônio líquido e dos lucros e dividendos derivados de investimentos

avaliados pelo custo de aquisição, que tenham sido computados como

receita, inclusive os derivados de empreendimento objeto de Sociedade em

Conta de Participação (SCP);

 a receita decorrente da venda de bens do ativo permanente.

Alíquotas do PIS e da COFINS

As alíquotas do PIS e COFINS para as pessoas jurídicas ou para as receitas

inseridas na sistemática da "cumulatividade" são de:

 0,65% para o PIS/PASEP; e

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#AULA01 – INTENSIVÃO DO SETOR FISCAL Prof. Fellipe Guerra

 3% para a COFINS.

As alíquotas do PIS e COFINS para as pessoas jurídicas ou para as receitas

inseridas na sistemática da "não-cumulatividade" são de:

 1,65% (um inteiro e sessenta e cinco centésimos por cento) para o

PIS/PASEP; e

 7,6% (sete inteiros e seis décimos por cento) para a COFINS.

Créditos do PIS/PASEP e da COFINS "Não-Cumulativas"

Embora o título desta modalidade de contribuição sugira a implantação da não-

cumulatividade, este instituto não foi adotado em sua plenitude, pois as Leis nº.

10.637/2002 e nº. 10.833/2003 preferiram a técnica de listar as operações que geram e

as que não geram direito a crédito.

Como regra geral, o direito ao crédito do PIS/PASEP e da COFINS nasce com a

aquisição, em cada mês, de bens e serviços que, na fase anterior da cadeia de produção

ou de comercialização, se sujeitaram às mesmas contribuições e cuja receita da venda ou

da revenda integrem a base de cálculo do PIS/PASEP e da COFINS "não-cumulativas".

Para a apuração do PIS/PASEP e da COFINS não-cumulativas poderão ser

descontados créditos calculados em relação a:

 bens adquiridos para revenda;

 bens e serviços, utilizados como insumo na prestação de serviços e na

produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda, inclusive

combustíveis e lubrificantes, exceto em relação ao pagamento de que trata

o art. 2o da Lei no 10.485, de 3 de julho de 2002, devido pelo fabricante

ou importador, ao concessionário, pela intermediação ou entrega dos

veículos classificados nas posições 87.03 e 87.04 da TIPI; (Redação dada

pela Lei nº. 10.865, de 2004)

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#AULA01 – INTENSIVÃO DO SETOR FISCAL Prof. Fellipe Guerra

energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor, consumidas

nos estabelecimentos da pessoa jurídica; (Redação dada pela Lei no 11.488, de 15 de

junho de 2007)

aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoa jurídica, utilizados

nas atividades da empresa;

 valor das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de

pessoa jurídica, exceto de optante pelo Simples (Redação dada pela Lei nº.

10.865, de 2004);

 máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado,

adquiridos ou fabricados para locação a terceiros, ou para utilização na

produção de bens destinados à venda ou na prestação de serviços;

(Redação dada pela Lei nº. 11.196, de 2005)

 edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados

nas atividades da empresa;

 bens recebidos em devolução cuja receita de venda tenha integrado

faturamento do mês ou de mês anterior, e tributada conforme o disposto

nesta Lei;

 armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, nos casos dos

incisos I e II, quando o ônus for suportado pelo vendedor.

 dos encargos de depreciação e amortização de máquinas, equipamentos e

outros bens incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos ou fabricados

para locação a terceiros, ou para utilização na produção de bens

destinados à venda ou na prestação de serviços, bem como das edificações

e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados nas

atividades da empresa;

Não dará direito a crédito o valor: (Redação dada pela Lei nº. 10.865, de 2004)

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#AULA01 – INTENSIVÃO DO SETOR FISCAL Prof. Fellipe Guerra

 de mão-de-obra paga a pessoa física; e (Incluído pela Lei nº. 10.865, de

2004)

 da aquisição de bens ou serviços não sujeitos ao pagamento da

contribuição, inclusive no caso de isenção, esse último quando revendidos

ou utilizados como insumo em produtos ou serviços sujeitos à alíquota 0

(zero), isentos ou não alcançados pela contribuição; (Incluído pela Lei nº.

10.865, de 2004)

 O IPI incidente na aquisição, quando recuperável pelo comprador.

 O direito ao crédito aplica-se, exclusivamente, em relação:

 aos bens e serviços adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País;

 aos custos e despesas incorridos, pagos ou creditados a pessoa jurídica

domiciliada no País;

O crédito não aproveitado em determinado mês poderá sê-lo nos meses

subseqüentes. Na hipótese de a pessoa jurídica sujeitar-se à incidência não-cumulativa

da COFINS, em relação apenas à parte de suas receitas, o crédito será apurado,

exclusivamente, em relação aos custos, despesas e encargos vinculados a essas receitas.

Deverá ser estornado o crédito da COFINS relativo a bens adquiridos para revenda

ou utilizados como insumos na prestação de serviços e na produção ou fabricação de

bens ou produtos destinados à venda, que tenham sido furtados ou roubados,

inutilizados ou deteriorados, destruídos em sinistro ou, ainda, empregados em outros

produtos que tenham tido a mesma destinação. (Incluído pela Lei nº. 10.865, de 2004)

Opcionalmente, o contribuinte poderá calcular o crédito relativo à aquisição de

máquinas e equipamentos destinados ao ativo imobilizado, no prazo de 4 (quatro) anos,

mediante a aplicação, a cada mês, das alíquotas cabíveis sobre o valor correspondente a

1/48 (um quarenta e oito avos) do valor de aquisição do bem, de acordo com

regulamentação da Secretaria da Receita Federal. (Incluído pela Lei nº. 10.865, de

2004).

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#AULA01 – INTENSIVÃO DO SETOR FISCAL Prof. Fellipe Guerra

A empresa de serviço de transporte rodoviário de carga que subcontratar serviço

de transporte de carga prestado por: (Incluído pela Lei nº. 11.051, de 2004)

a) pessoa física, transportador autônomo, poderá descontar, da Cofins devida em

cada período de apuração, crédito presumido calculado sobre o valor dos pagamentos

efetuados por esses serviços; (Incluído pela Lei nº. 11.051, de 2004)

b) pessoa jurídica transportadora, optante pelo SIMPLES, poderá descontar, da

Cofins devida em cada período de apuração, crédito calculado sobre o valor dos

pagamentos efetuados por esses serviços. (Incluído pela Lei nº. 11.051, de 2004)

Relativamente aos créditos para as empresas de serviço de transporte rodoviário

de carga que subcontratar serviço de transporte de carga, seu montante será

determinado mediante aplicação, sobre o valor dos mencionados pagamentos, de

alíquota correspondente a 75% da alíquota padrão da não cumulatividade. (Incluído pela

Lei nº. 11.051, de 2004)

Recolhimento

As contribuições ao PIS/Pasep e a COFINS devem ser pagos, de forma

centralizada na matriz, até o vigésimo quinto dia do mês subseqüente ao mês de

ocorrência dos fatos geradores (MP 447/2008). Na prática, todo dia 25, sendo que se

esse dia cair em um sábado, domingo ou feriado, o vencimento é antecipado para o dia

útil imediatamente anterior.

Sistemática de apuração

Com o advento das Leis 10.637/2002 e 10.833/2003, a sistemática de cálculo do

PIS e da COFINS passau a ser, em regra geral, na modalidade não cumulativa. Todavia,

permanecem sujeitas às normas da legislação do PIS/Pasep e da COFINS, vigentes

anteriormente as leis que disciplinam a não cumulatividade:

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#AULA01 – INTENSIVÃO DO SETOR FISCAL Prof. Fellipe Guerra

 as pessoas jurídicas tributadas pelo imposto de renda com base no lucro

presumido ou arbitrado;

 as pessoas jurídicas optantes pelo SIMPLES;

 as pessoas jurídicas imunes a impostos;

 os órgãos públicos, as autarquias e fundações públicas federais, estaduais

e municipais, e as fundações cuja criação tenha sido autorizada por lei,

referidas no art. 61 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da

Constituição;

 sociedades cooperativas, exceto as de produção agropecuária, sem

prejuízo das deduções de que trata o art. 15 da Medida Provisória no

2.158-35, de 24 de agosto de 2001, e o art. 17 da Lei no 10.684, de 30 de

maio de 2003, não lhes aplicando as disposições do § 7o do art. 3o das

Leis nos 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e 10.833, de 29 de

dezembro de 2003, e as de consumo; (Redação dada pela Lei nº. 10.865,

de 2004)

 as receitas decorrentes das operações:

 a) sujeitas à substituição tributária do PIS e da COFINS;

 b) referidas no art. 5o da Lei no 9.716, de 26 de novembro de 1998 (venda

de veículos automotores usados);

 as receitas decorrentes de prestação de serviços de telecomunicações;

 as receitas decorrentes de venda de jornais e periódicos e de prestação de

serviços das empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e

imagens; (Redação dada pela Lei nº. 10.865, de 2004)

 as receitas submetidas ao regime especial de tributação previsto no art. 47

da Lei no 10.637, de 30 de dezembro de 2002 (mercado atacadista de

energia elétrica);

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 as receitas relativas a contratos firmados anteriormente a 31 de outubro de

2003:

 a) com prazo superior a 1 (um) ano, de administradoras de planos de

consórcios de bens móveis e imóveis, regularmente autorizadas a funcionar

pelo Banco Central;

 b) com prazo superior a 1 (um) ano, de construção por empreitada ou de

fornecimento, a preço predeterminado, de bens ou serviços;

 c) de construção por empreitada ou de fornecimento, a preço

predeterminado, de bens ou serviços contratados com pessoa jurídica de

direito público, empresa pública, sociedade de economia mista ou suas

subsidiárias, bem como os contratos posteriormente firmados decorrentes

de propostas apresentadas, em processo licitatório, até aquela data;

 as receitas decorrentes de prestação de serviços de transporte coletivo

rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário de passageiros;

 as receitas decorrentes de serviços: (Redação dada pela Lei nº. 10.865, de

2004)

 a) prestados por hospital, pronto-socorro, clínica médica, odontológica, de

fisioterapia e de fonoaudiologia, e laboratório de anatomia patológica,

citológica ou de análises clínicas; e (Incluído pela Lei nº. 10.865, de 2004)

 b) de diálise, raios X, radiodiagnóstico e radioterapia, quimioterapia e de

banco de sangue; (Incluído pela Lei nº. 10.865, de 2004)

 as receitas decorrentes de prestação de serviços de educação infantil,

ensinos fundamental e médio e educação superior.

 as receitas decorrentes de prestação de serviço de transporte coletivo de

passageiros, efetuado por empresas regulares de linhas aéreas domésticas,

e as decorrentes da prestação de serviço de transporte de pessoas por

empresas de táxi aéreo; (Incluído pela Lei nº. 10.865, de 2004)

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#AULA01 – INTENSIVÃO DO SETOR FISCAL Prof. Fellipe Guerra

 as receitas auferidas por pessoas jurídicas, decorrentes da edição de

periódicos e de informações neles contidas, que sejam relativas aos

assinantes dos serviços públicos de telefonia; (Incluído pela Lei nº. 10.865,

de 2004)

 as receitas decorrentes de prestação de serviços das empresas de call

center, telemarketing, telecobrança e de teleatendimento em geral;

(Incluído pela Lei nº. 10.865, de 2004)

 as receitas decorrentes da execução por administração, empreitada ou

sub-empreitada de obras de construção civil, até 31 de dezembro de 2010;

(Redação dada pela MP 451 de 2008)

 as receitas auferidas por parques temáticos, e as decorrentes de serviços

de hotelaria e de organização de feiras e eventos, conforme definido em

ato conjunto dos Ministérios da Fazenda e do Turismo. (Incluído pela Lei

nº. 10.865, de 2004)

 as receitas decorrentes da prestação de serviços postais e telegráficos

prestados pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos; (Incluído pela

Lei nº. 10.925, de 2004)

 as receitas decorrentes de prestação de serviços públicos de

concessionárias operadoras de rodovias; (Incluído pela Lei nº. 10.925, de

2004)

 as receitas decorrentes da prestação de serviços das agências de viagem e

de viagens e turismo. (Incluído pela Lei nº. 10.925, de 2004)

 as receitas auferidas por empresas de serviços de informática, decorrentes

das atividades de desenvolvimento de software e o seu licenciamento ou

cessão de direito de uso, bem como de análise, programação, instalação,

configuração, assessoria, consultoria, suporte técnico e manutenção ou

atualização de software, compreendidas ainda como softwares as páginas

eletrônicas. (Incluído pela Lei nº. 11.051, de 2004)

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#AULA01 – INTENSIVÃO DO SETOR FISCAL Prof. Fellipe Guerra

 as receitas relativas às atividades de revenda de imóveis,

desmembramento ou loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e

construção de prédio destinado à venda, quando decorrentes de contratos

de longo prazo firmados antes de 31 de outubro de 2003; (Incluído pela

Lei nº. 11.196, de 21/11/2005)

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