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Inácio Lula da Silva; Possui 46 artigos distribuídos em sete títulos visando proteger a
mulher da violência doméstica e familiar, estando em concordância com a Constituição
Federal (art. 226, § 8°) e os tratados internacionais reafirmados pelo Estado brasileiro
(Convenção de Belém do Pará, Pacto de San José da Costa Rica, Declaração Americana
dos Direitos e Deveres do Homem e Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas
de Discriminação contra a Mulher).
Ganhou este nome devido a luta da farmacêutica Maria da Penha em ver seu agressor
condenado; Maria da Penha era natural do Ceará e sofria constantes agressões por parte
do marido e em 1983 a mesma levou um tiro de espingarda , vindo a ficar paraplégica,
quando retornou pra casa seu marido tentou matá-la novamente a eletrocutando, mas
não obteve sucesso na nova tentativa, então, Maria da Penha tomou coragem,
denunciando seu marido e ao fazer esta denúncia se deparou com situações vividas por
outras mulheres parecidas com a sua situação. Seu agressor sempre alegava
irregularidade no processo, ficando sempre em liberdade. Seu caso só foi solucionado
em 2002, quando o Estado brasileiro foi condenado por omissão e negligência pela
Corte Interamericana de Direitos Humanos, fazendo com que o Brasil se
comprometesse em reformular suas leis e políticas sobre a violência doméstica.
Esta lei abrange as pessoas que se identificam com o sexo feminino, as lésbicas,
travestis, transexuais e transgêneros, não precisando necessariamente o agressor ser seu
esposo ou companheiro, podendo ser um parente ou pessoa do seu convívio; O sujeito
passivo da violência doméstica objeto da Lei Maria da Penha é a mulher e o sujeito
ativo pode ser tanto o homem quanto a mulher, desde que fique caracterizado o
vínculo de relação doméstica, familiar ou de afetividade, além da convivência, residindo
ou não na mesma casa.
Violência sexual: no Art. 7º da Lei 11.340/2006. III, é entendido por ato que venha a
constranger a vítima a participar, presenciar ou manter relação sexual não desejada
mediante ameaça e uso da força;
A Lei Maria da Penha – lei n°11.340 /2006, criou mecanismos para coibir a violência
doméstica e familiar contra a mulher, citando sobre a criação dos Juizados de Violência
Doméstica e Familiar contra a Mulher nestes termos abaixo:
"Art. 14. Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, órgãos da
Justiça Ordinária com competência cível e criminal, poderão ser criados pela União, no
Distrito Federal e nos Territórios, e pelos Estados, para o processo, o julgamento e a
execução das causas decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a
mulher”;
Complementando em seu "Art. 33: Enquanto não estruturados os Juizados de Violência
Doméstica e Familiar contra a Mulher, as varas criminais acumularão as competências
cível e criminal para conhecer e julgar as causas decorrentes da prática de violência
doméstica e familiar contra a mulher, observadas as previsões do Título IV desta Lei,
subsidiada pela legislação processual pertinente.