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Índice

Introdução.................................................................................................................................2

Objectivos.................................................................................................................................3

Metodologia..............................................................................................................................4

Abordagem Generalizada de Recurso e Delineação de Reserva..............................................6

Aspectos gerais de planejamento de uma Mina......................................................................10

Fases de Desenvolvimento da Mina.......................................................................................11

Parametrização de Reservas Minerais....................................................................................13

Conclusão...............................................................................................................................15

Referências Bibliográficas......................................................................................................16

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Introdução

A actividade de mineração inicia-se através da prospecção e avaliação dos depósitos minerais


situados na crosta terrestre, utilizando para tal diversas tecnologias de acordo com a geologia
e as características do bem mineral de interesse. Nesta fase de descoberta dos depósitos
minerais, que pode levar anos, ainda é necessária a avaliação quantitativa, qualitativa e
tecnológica da ocorrência mineral. Somente após uma análise minuciosa destas questões
pode-se definir pela viabilidade econômica para explotação de um depósito.

Após a conclusão da viabilidade econômica de um depósito mineral, iniciam-se os


investimentos previstos na fase de implantação do empreendimento mineiro, incluindo toda a
infra-estrutura necessária para a lavra, beneficiamento e expedição dos produtos finais.

Nesse contexto, maximizar o aproveitamento de uma jazida é um dos objectivos principais de


um projecto de mineração e o assunto central a “Abordagem generalizada de recursos e
reservas minerais objectivando a tomada de decisão no planeamento”, favorecendo
financeiramente a amortização dos investimentos realizados e o fluxo de caixa líquido do
empreendimento mineiro, possibilitando além do aumento da vida útil das minas, o aumento
nas taxas financeiras de retorno dos empreendimentos mineiros, buscando maior recuperação
da reserva lavrável, maximizando assim o uso dos activos existentes.

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Objectivos

I. Gerais
1. Conhecer os parâmetros para tomada de decisão no planeamento de um projecto
mineiro.

II. Específicos
1. Saber quando é que recursos podem ser denominada inferidos, indicados e medidos.
2. Saber quando é que reservas podem ser denominadas prováveis e provadas.
3. Conhecer o processo de transição de recursos para reserva e os fatores que
influenciam.
4. Conhecer o processo de estimação de reservas e as técnicas usadas.
5. Saber levantar dados para levar a cabo um projeto mineiro.
6. Saber interpretar dados para posteriormente poder tomar decisões durante a
implementação de um projecto mineiro.
7. Conhecer os factores e grau de dados envolvidos na tomada de decisão em um
projecto mineiro.
Metodologia

A realização deste trabalho deu-se mediante execução de trabalho fornecido pelo docente da
cadeira (Mineração A céu Aberto), leccionado pelo Msc. Rodrigues, sendo realizado um
amplo levantamento bibliográfico, cujo foco recaiu sobre a literatura técnica existente, teses e
dissertações de mestrado, relatórios técnicos internos e de consultorias especializadas,
disponíveis na website e assuntos discutidos em seminários de mineração.

Na literatura técnica, artigos, teses e dissertações de mestrado, buscaram-se basicamente as


teorias e estudos de casos discorridos, sempre considerando analogias ao caso estudado e
particularidades do estudo em ques
Abordagem Generalizada de Recurso e Delineação de Reserva

Para determinar a adequação de um determinado recurso mineral para a mineração à céu


aberto, o ponto inicial é um programa de pesquisa que irá determinar se e onde um depósito
pode existir em primeira instância. Após o reconhecimento do depósito, mais pesquisa
detalhada é requerida para completamente definir o depósito e, com o aumento do
conhecimento e fiabilidade de dados, seleccionar um método de exploração e outros factores
modificantes que irão eventualmente redefinir o recurso como material econômicamente
lavrável.

Figura 1 - Abordagem para delineação de uma reserva mineral

Deve ser reconhecido que a pesquisa é um processo sequencial onde após cada fase da
mesma, uma decisão deve ser tomada seja para continuar o processo ou abandonar o
programa de pesquisa.
Figura 2 - Processo de tomada de decisão na sequência de pesquisa

3.1.1. Pesquisa

Informação da pesquisa

Informação que resulta de actividades levadas à cabo para localizar depósitos económicamente
viáveis e estabelecer o tamanho, composição, forma e teor destes depósitos. Métodos de
exploração incluem pesquisas geológicas, geoquímicas e geofísicas, perfuração, trincheiras e
pequenas aberturas na superfície.

Com o incremento do conhecimento geológico, a informação obtida na pesquisa pode tornar-


se suficiente para calcular um recurso. Quando informação económica aumenta, pode ser
possível converter uma porção do recurso em reserva.
Figura 3 – Relação entre informação da pesquisa, recursos e reservas.

3.1.2. Recursos

Recurso Mineral é uma concentração ou ocorrência de material de interesse econômico intrínseco


no interior ou na superfície da crosta terrestre, com tal forma e quantidade que pode se tomar
um prospecto razoável, para eventual extracção econômica.
Os recursos são classificados em:
 Recursos inferidos
 Recursos indicados
 Recurso medidos
Medidos

Quantidade é calculada de dimensões reveladas em afloramentos, trincheiras, poços de


perfuração; teor e/ou qualidade são calculados de resultados de amostragens detalhadas. Os
sítios para inspecção, amostragens e medições são mantidos próximos e o caráter geológico é
muito bem definido para que o tamanho, forma, profundidade e conteúdo mineral do recurso
sejam bem estabelecidos.

Indicados

Quantidade e teor e/ou qualidade são calculados a partir de informação similar a que é usada
para recursos medidos, mas os locais de inspeção, amostragem, e medidas estão meio
afastados ou não espaçados adequadamente. O grau de certeza, embora baixo em relação aos
recursos medidos, é alto suficientemente para continuação geológica entre pontos de
observação.

Inferidos

Estimativas são baseadas em evidências geológicas e continuidades assumidas em que existe


muito pouca garantia em relação aos recursos medidos e/ou indicados. Recursos inferidos
podem ou não podem ser suportados por amostras ou medidas mas a inferência deve ser
suportada por dados geocientíficos (geológicos, geoquímicas, geofísicos, ou outros) sensatos.

3.1.3. Reserva

é parte dos recursos, com especificações de teor, qualidade, espessura e profundidade para se
lavrar, podendo assumir como legalizado e preparado para produção em tempo determinado.
As reservas são divididas em:
 Reservas Provadas
 Reservas Prováveis
Reserva provada

Parte do recurso medido que satisfaz as condições para ser classificada como reserva.

Reserva provável

Parte do recurso indicado que satisfaz as condições para ser classificada como reserva.

Deve ser declarado se a reserva estimada é de material in situ ou de material recuperável.


Qualquer estimação in situ deve ser qualificada para demostrar perdas resultantes de métodos
de mineração e processamento.
As informações mais importantes decorrentes da pesquisa mineral são as definições de
Recursos Minerais: inferido, indicado e medido e Reserva Mineral: provável e provada.

Aspectos gerais de planejamento de uma Mina

 Características naturais e geológicas do corpo mineral: Tipo de minério, distribuição


espacial, topografia, hidrologia, características ambientais de sua localização
características metalúrgicas, etc.
 Factores económicos :Custos operacionais e de investimento, razão de produção,
condições de mercado, etc.
 Factores legais: regulamentações locais, regionais e nacionais, políticas de incentivo a
mineração, etc.
 Factores tecnológicos: equipamentos, ângulos de talude, altura de bancada,
inclinação de rampas etc.
Figura 4 – ciclo de vida de uma mina

Fases de Desenvolvimento da Mina

3.1.4. Estudo Conceitual


O primeiro estágio, estudo conceitual, representa a transformação das ideias iniciais do projecto
em proposições de investimento.
Estudo preliminar
 Objectivo
 Conceitos Técnicos
 Conhecimento Inicial
 Tonelagem e Teor
 Programação de Lavra e Produção
 Estimação de Custos de Investimento
 Estimação de Custos Operacionais
 Estimação de Receita
 Impostos e Aspectos Financeiros
 Fluxo de caixa
3.1.5. Estudo de viabilidade
Os estudos econômicos intermediários devem considerar as informações e análises dos itens
seguintes: projecto descritivo, geologia, lavra, beneficiamento, necessidades operacionais,
transporte, cidades próximas e vantagens relativas, necessidade de mão-de-obra, legislação e
análise econômica.

Estudo de viabilidade
Os estudos econômicos intermediários devem considerar as informações e análises dos itens
seguintes: projecto descritivo, geologia, lavra, beneficiamento, necessidades operacionais,
transporte, cidades próximas e vantagens relativas, necessidade de mão-de-obra, legislação e
análise econômica.
Figura 5 – decisão de investimento

Parametrização de Reservas Minerais


Um dos grandes problemas do planejamento mineiro é a quantificação e determinação do Teor
de Corte. A cada variação do teor de corte é necessário revisar os Valores da Reserva,
movimentação total de minério e estéril, REM, Metal Contido, parâmetros econômicos em geral
entre outros.
O CUT-OFF ou TEOR DE CORTE é o teor mínimo da substância útil que permite a sua
extracção econômica, enquanto o TEOR CRÍTICO é o teor limite entre Lucro e Prejuízo de uma
actividade econômica de mineração. Obviamente que esses conceitos variam em função do
preço de mercado do bem mineral.

Curva de Teor/ Tonelagem


Figura 6 - Curva de Teor/ Tonelagem

Com base a tabela acima podemos analisar aviabilidade de um empreendimento mineiro se é


viável ou não.
Conclusão

Recursos minerais são no geral uma concentração de formações em estado sólido, líquido ou
gasos ocorrendo na crosta terrestre e que possam ter um valor económico atractivo, e pode
haver possibilidades de extrair os mesmos usando alto grau de conhecimento e técnicas que
torne económicamente viável a sua extracção. De acordo com o grau de certeza estes podem
ser dividos em três grupos, que são os recursos inferidos, indicados e medidos, sendo que o
último apresenta um grau de fiabilidade mais complexo.

Reservas vem a ser a parte dos recursos que apresenta critérios mínimos para uma possível
extracção economicamente viável e estas podem ser prováveis e provadas. A transição de
recursos a reservas é dependente de vários factores, dentre eles participam os factores
económicos e de marketing, sendo que uma reserva poderá se tornar em apenas recurso se a
conjuntura do mercado não permitir a extracção económica destes.

Quanto mais dados se tiver durante o processo de planeamento maior será a probabilidade de
tomar uma decisão certa no que tange a avançar ou não com um projeto de pesquisa e
desenvolvimento mineral e a última fase do processo de planeamento é o estudo da
viabilidade técnica e económica. Passando então este estágio, um depósito estará pronto para
receber equipamentos e mão-de-obra a fim de ser lavrado.
Referências Bibliográficas

I. HARTMANN, H. L. Introductory Mining Engineering. 2nd edition. New York:


Editora John Wiley and Sons, 2002. Pag. 159 – 161
II. HARTMAN, H. L. SME Mining Engineering Handbook. 2nd edition. Colorado.
SME. 1992. Pag. 1274 – 1278
III. HUSTRULID, W.; KUCHTA, M.; MARTIN, R. Open Pit Mine Planning and
Design. 3rd edition. London: Editora Taylor and Francis, 2013. Pag. 3 – 7
IV. Sacma, (2005), Surface Strip Coal Mining Handbook, South African colliery
Managers Association, South Africa. Sec. 2 - Pag. 15 – 19
V. Notas de Aulas do Engenheiro Jacques. Apontamentos de Planificação Mineira I.
2008. ISPT. Inédito.

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