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Trata-se de um dos nove tipos de recursos apresentados pelo Código de Processo Civil (Lei nº
13.105/2015), o Novo CPC. Uma vez que cabe contra sentenças, tem como objetivo impugnar
a decisão que põe fim à fase de conhecimento do processo ou sobre a sentença que extingue o
mesmo.
Sobre o inicio da contagem dos prazos voltamos lá no CAPUT do art.1003,CPC. O prazo para
interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a sociedade de advogados, a
Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público são intimados da decisão. § 1º
Os sujeitos previstos no caput considerar-se-ão intimados em audiência quando nesta for
proferida a decisão. O parágrafo primeiro ele é importante , se em alguma audiência for
proferido algum tipo de despacho que caiba recurso, é daquela data ( data de decisão) que se
inicia o prazo para tal recurso.
Por fim os embargos de declaração Art. 1.023. Os embargos serão opostos, no prazo de 5
(cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com indicação do erro, obscuridade, contradição ou
omissão, e não se sujeitam a preparo.
O recurso de apelação poderá ser interposto contra sentenças que são proferidas durante o
processo de conhecimento, de execução ou então em tutela de urgência, não importando o
tipo de processo ou mesmo procedimento que se trate, afinal, a apelação e cabível em
qualquer espécie de procedimento, seja ele comum ou especial, a apelação também é cabível
em sentença que sejam proferidas jurisdição voluntária ou contenciosa, por tal motivo, a não
aplicação do recurso de apelação são extremamente excepcionais.
Possuem legitimidade para recorrer: a parte, o terceiro prejudicado e o Ministério Público.
É utilizado para que seja reanalisada uma decisão interlocutória, Ou seja, que seja revisto um
pronunciamento judicial de natureza decisória que não coloca fim ao processo, conforme
previsto no artigo 203 §2º do CPC.
É relevante dizer que desde que o CPC/73 entrou em vigor, o agravo de instrumento passou
por diversas modificações. Dentre elas, a regra imposta pela Lei 11.187/2005, que tornava o
agravo retido a regra e limitava a interposição do agravo de instrumento apenas em três
situações previstas no antigo artigo 522 do CPC/73.
Com o Código de Processo Civil de 2015, foi abolida a figura do agravo retido, trazendo novas
possibilidades para o cabimento do agravo de instrumento, que falaremos abaixo. Além disso,
o Novo CPC ampliou o prazo de 10 dias corridos para 15 dias úteis.
Outra novidade trazida pelo Novo CPC é que se algum dos requisitos do artigo 1.017 não forem
atendidos, o agravante será intimado para fazê-lo no prazo de 5 dias. Sua inércia ensejará no
não conhecimento do recurso, nos termos do parágrafo único do artigo 932 do Código de
Processo Civil.
Há uma questão relevante sobre o artigo 1.015. Seria ele taxativo, impossibilitando a
interposição do recurso caso não houve previsão expressa no artigo, ou poderia ser
interpretado de forma extensiva?
Em dezembro de 2018, foi proferida pelo Supremo Tribunal de Justiça, por 7 votos a 5, no
recurso especial processado pelo rito dos recursos repetitivos, admitindo que o rol do artigo
1.015 do CPC tem a sua taxatividade mitigada e admite a interposição de agravo de
instrumento quando verificada urgência.
O Agravo de instrumento no processo trabalhista está previsto no artigo 897, b da CLT e deve
ser interposto no prazo de 08 dias úteis. É cabível para impugnar decisões que negam
seguimento a um recurso e o julgamento é realizado pelo tribunal que seria competente para
receber o recurso.
b) o crime político;
A finalidade do roc é garantir o duplo gral de jurisdição nos casos envolvendo decisão
denegatória de ações constitucionais originarias, por isso se dá ao nome recurso ordinário
constitucional, pois se trata de um recurso que cabe contra ações constitucionais (emendas
constitucionais).
Uns dos requisitos para da entrada no roc é a decisão denegaria que tem por objetivo negar
uma ação jugando a mesma como improcedente, uma vez que, é denegatória por que o
pedido foi improcedente ou por que foi jugado sem resolução de mérito. Outro requisito é que
o roc só será cabível contra decisões colegiadas, ou seja, uma decisão monocrática que teve
apenas um relator não será cabível o roc, o mesmo só será valido em caso de decisão
colegiada com mais de um relator.
Além destas hipóteses, o recurso ordinário será cabível das decisões proferidas pelo juiz
federal (art. 109, II, CF), nas causas em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou
organismo internacional e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País.
105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de
responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito
Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos
Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros
dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União
que oficiem perante tribunais;
O recurso ordinário constitucional é disciplinado pelos regimentos internos dos tribunais (STF,
STJ). O art.1028,CPC, deixa claro que devem ser aplicadas as regras dos recursos de apelação
ao recurso ordinário constitucional.
O prazo para a interposição de ROC em HC é de 5 dias (art. 30 da Lei 8.039/90). Se o ROC for
em MS, o prazo é de 15 dias (art. 33 da Lei 8.038/90). O recorrido também tem 15 dias, mas
para oferecer contrarrazões (art. 1028, § 2º, do CPC). Entretanto, se o MS for em matéria
criminal, e de competência do STF, há o enunciado n. 319 da Súmula da Corte. Alguns autores
sustentam que ele continua válido.
Por sua vez, o processamento do recurso ordinário em habeas corpus ao STJ é regido pelos
artigos 30 a 32 da Lei nº 8.038/90, com as normas complementares inseridas nos artigos 244 e
246 do RISTJ. Já se entendeu, outrossim, que o recurso não seria conhecido se interposto fora
do prazo estabelecido no artigo 586 do CPP (JSTJ 3/259).
Recurso extraordinário
O recurso extraordinário é um mecanismo processual que viabiliza a análise de questões
constitucionais pelo Supremo Tribunal Federal. Para que o recurso chegue à Suprema Corte é
necessário que o jurisdicionado tenha se valido de todos os meios ordinários, ou seja, que
tenha percorrido as demais instâncias judiciais do País. Também se exige que o recorrente
preencha alguns requisitos legais para que o recurso extraordinário possa ser recebido pelo
STF.
Esse novo requisito da demonstração da repercussão geral dos recursos extraordinários visa
selecionar os recursos que realmente tenham uma importância para toda a sociedade e, não
apenas, ao caso individual.
Dispõe o art. 1.035, do CPC: “O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não
conhecerá do recurso extraordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver
repercussão geral, nos termos deste artigo”.
Por conseguinte, o § 1º, do art. 1.035, estabelece o que será considerado como “repercussão
geral”: “Para efeito da repercussão geral, será considerada a existência ou não de questões
relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os
interesses subjetivos do processo”.
Por sua vez, o §3º, do mesmo dispositivo legal, completa a noção da repercussão geral ao
dispor que: “§ 3o Haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar acórdão que:
III - tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou de lei federal, nos termos do art.
97 da Constituição Federal.”.
Percebe-se pela leitura desse dispositivo que, além das hipóteses de ofensa direta à
Constituição Federal, o recurso extraordinário também poderá ser interposto quando houver
discussão relativa à interpretação do texto constitucional dada pelo Supremo Tribunal Federal
em súmula ou jurisprudência dominante.
A extensão do efeito devolutivo significa precisar o que se submete, por força do recurso, ao
julgamento do órgão ad quem. A extensão do efeito devolutivo determina-se pela extensão da
impugnação.
O recurso extraordinário se reparte entre o órgão a quo, que é o tribunal de origem que
proferiu o acórdão recorrido, e o órgão ad quem, que é o Supremo Tribunal Federal – STF.
Contudo, importante ressaltar que o STF revisa a admissibilidade, por intermédio do relator e
do órgão fracionário competente, por meio da análise da repercussão geral.
O artigo 508 do CPC, dispõe: “ Na apelação, nos embargos infringentes, no recurso ordinário,
no recurso especial, no recurso extraordinário e nos embargos de divergência, o prazo para
interpor e para responder é de 15 (quinze) dias”. O prazo de 15 (quinze) dias previsto no
dispositivo alhures, começara a fluir da intimação da sentença ou acórdão recorrido. No caso
da parte ter que apresentar a contrarrazões, começará a fluir da intimação para apresentar
resposta.
Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a
sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público
são intimados da decisão.
§ 2º Aplica-se o disposto no art. 231 , incisos I a VI, ao prazo de interposição de recurso pelo
réu contra decisão proferida anteriormente à citação.
Em relação aos efeitos, com o novo diploma legal, o recurso extraordinário continua a ser
recebido, como regra, somente no efeito devolutivo, de forma a impedir a execução provisória
do acórdão recorrido. No entanto, na vigência da lei processual de 1973, o recorrente, para
conseguir efeito suspensivo, segundo o entendimento mais consagrado do STF, deve ajuizar
uma medida cautelar, que possui natureza de incidente processual, conforme o art. 800, §
único. Já no NCPC há a previsão expressa desse requerimento de concessão de efeito
suspensivo ao recurso extraordinário no art. 1.029, §5º.
Art. 1.029. O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição
Federal , serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido,
em petições distintas que conterão:
Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado
para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os autos serão
conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá: (Redação
dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso
extraordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral,
nos termos deste artigo.
O requisito de repercussão geral traz ao recurso um quesito que o torna diferenciado, pois
apenas aquilo que diz respeito à coletividade de maneira geral é que deve ser objeto de
julgamento pela mais alta corte. É preciso que haja uma seleção dos recursos, para que não se
leve ao julgamento deste tribunal temas que não possuam tal abordagem.
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos
Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios,
quando a decisão recorrida:
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
Conforme previsto pela Constituição Federal, o Recurso Especial é cabível para se insurgir
contra decisão proferida em última instância que, nos termos da lei:
Ou seja, quando ocorrer alguma destas hipóteses, o advogado poderá se valer do referido
recurso, endereçado e dirigido ao Presidente ou ao vice-presidente do Tribunal Recorrido, que
fará o Juízo de admissibilidade.
O Novo CPC trouxe, no § 1º do art. 1.029, uma mudança significativa no recurso especial.
Confira:
A Lei 11.672/08, publicada no Diário Oficial de 9 de maio de 2008, teve origem na proposta do
Poder Executivo ao Congresso Nacional pela MSG 341/07, e acresce o art. 543-C ao Código de
Processo Civil para instituir procedimento restritivo ao julgamento de recursos especiais
qualificados de repetitivos.
A alquimia é a mesma da repercussão geral prevista no art. 543-B do CPC, com variação dos
elementos da fórmula, e se destina a reunir e sobrestar na origem recursos especiais quando
conexos em relação à matéria, subindo ao STJ apenas um ou alguns representativos da
controvérsia, e que ensejarão efeito vinculante ou parâmetro ao julgamento dos sobrestados.
Veja-se o preceito do caput e do § 1º do mais novo alfa-numérico artigo da codificação
processual civil:
O Recurso Especial, cabível em face de decisão de tribunal superior que apresenta lesão à lei
federal, com seu objeto devidamente prequestionado e prazo de 15 (quinze) dias para
interposição, será processado e julgado pelo STJ, considerado pela Constituição Federal como
“guardião da legislação federal”.
Nesse sentido, o novo Código de Processo Civil modificou um pouco as normas. Além disso,
incluiu questões sobre a utilização desse recurso com fins de prequestionamento.
O prazo para interpor os embargos de declaração no novo CPC é de 5 dias. Nesse contexto, é
importante lembrar que a contagem do prazo atualmente é feita em dias úteis e começa após
a intimação, publicação ou leitura de sentença. Conforme o parágrafo 2º do artigo 1.023 do
CPC, o mesmo prazo de 5 dias será concedido à parte embargada para manifestação sobre os
embargos de declaração opostos.
Este mesmo artigo recebe destaque também por prever, dentre outras medidas, a
possibilidade de os embargos de declaração serem conhecidos como agravo interno.
Isso se o órgão julgador entender que o recurso é cabível, desde que determine previamente a
intimação do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais. A
inclusão de tal possibilidade no texto legal observa o princípio da fungibilidade recursal.
O agravo interno é a modalidade recursal que impugna decisões monocráticas dos relatores. É
bom que se diga que, a razão de haver a possibilidade de se decidir monocraticamente em vez
de forma colegiada, é exatamente a existência do agravo interno, que possui o condão de levar
a disputa judicial ao órgão colegiado.
O art. 1.021 do CPC estabelece que o agravo interno é cabível contra decisão proferida pelo
relator. Sua leitura pode, então, gerar a impressão de que este recurso só pode ser empregado
como meio destinado a impugnar decisões monocráticas, unipessoais, proferidas pelos
relatores.
Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo
órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do
tribunal.
§ 2º O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o
recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator
levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta.
Os embargos de declaração possuem nítida feição de agravo interno, razão pela qual
determino a intimação da parte embargante para, no prazo de cinco dias, complementar as
razões recursais, conforme previsão do §3º do art. 1.024 do Código de Processo Civil de 2015.
Após, se apresentadas as razões, manifeste-se a parte contrária no prazo de 15 (quinze) dias,
nos termos do §2º do art. 1.021 do Código de Processo Civil de 2015
É importante ressaltar que muitas vezes os Embargos de Declaração são opostos visando a
integralização de um capítulo da decisão e, se o recebimento como Agravo Interno for
automático, pode ser retirada a oportunidade recursal quanto a outro capítulo que, em tese,
poderia ser objeto de irresignação após o julgamento dos Aclaratórios.
Contudo, se for aberto o prazo para complementação das razões recursais e a parte se quedar
inerte, provavelmente o recurso não será conhecido. O STJ, em acórdão relatado pelo Min.
O.G Fernandes, entendeu que, em decorrência da omissão, a parte não impugnou
especificamente o conteúdo da decisão.