Você está na página 1de 36

CONTOS

Palavras-cruzadas
Tuas bolsas já estão prontas para ir, mas e você?Estás mesmo prontar para deixar seu lado vago na
nossa cama, quer dizer, na minha cama daqui pra frente?O que me resta é dormir com seu travesseiro
até que não esteja com seu cheiro.Tu me disse que te perdir por ser tão reservado, tão apegado nas
palavras.Que logo no primeiros minutos que colocou os olhos em mim, eu te ganhei por ter jeito de
poeta e agora estou te perdendo pelo dom que deus me deu, por ser amigo das palavras e não de um
humano falso.
-Não existe uma forma de não nos manter vivos, se não respirarmos não é?-Meus olhos se perderam
nos dela e não na maquina de escrever, como minutos atrás.Ela não percebe, que quando ela está ao
meu lado, se tornava o meu alimento?.
-E o que isso nem a ver com o assunto?Viu, você filosofica até em conversas e não só em folhas de
papel.-Tua voz doce, agora é um grito constante em nossas conversar ou brigas.Os vizinhos não pedem
para abaixarmos o som, pedem para pararmos de gritar.O amor doce agora está sendo um chocolate
amargo.-Eu quero um homem de verdade e não um poeta, entendeu Marcelo?Que me diga "eu te
amo" invés de "Tu és a minha julieta imortalisada, tu és aquilo que me tortura, uma docura".E quando
for aniversario de casamento ele pode até esquecer, mas de uma hora pra outra ir fazer um jantar
especial, mesmo que seja miojo e não ficar escrevendo horas e horas um novo livro, ficar vivendo a
vida de seus personagens e esquecer-se da propria.Quero alguém que viva nesse mundo comigo,
Marcelo.
Segurei teu rosto entre as minhas duas mãos.O encontro de nossos olhos poderiam ser o suficiente
naquele estante.
-Estou aqui com você, Julia.Consegue enxergar o medo que tenho de te perder?
-Só consigo ver como as palavras são tudo pra você, mas que nosso amor.
Essas palavras calaram todas dentro de mim.Como eu poderia dizer que ela está errada, se está certa?
Não tem como, então tudo morreu dentro de mim antes de vim para fora.
-Era o que eu imaginava...-Tiro minhas mãos de seu rosto, já pude ver as lágrimas se formando em seus
lindo olhos azuis.Suas lágrimas são piores que aquelas chuvas que nos dão a certeza que vai ter
enchente.
Segurei seu braço impedindo que vira as costas para mim e sai-se de vez pela porta de escritorio e de
minha vida.
-Julia...-Pela primeira vez não vejo palavras para lhe dizer.Mas o meu amor me dá palavras que não
encontro em dicionario.-Sei que não estou sendo o mesmo de antes, aquele moço por quem tu se
apaixono.Mas em essas transformações algo permaneceu mais firme do que nunca.É o instrumento para
mim escrever um livro ou aqueles versos no vidro do box, durante o banho.É você...é o nosso amor.
Secou as proprias lágrimas e sorriu para mim.E fiz o mesmo.Sorri.Mas não foi o suficiente para impedir
de ir embora, não mesmo.Então a minha felicidade deu as costas pra mim.Fui seguindo ela calado,
vendo seu desespero, abrindo nosso guarda-roupa e pegando suas roupas e jogando de qualquer jeito
dentro da mala, sem se importar se iria amassa-las.Pegou seus cremes que fica em cima da pia do
banheiro.Tudo crio um brilho, por causa das minhas lágrimas.Passei minhas mãos em meu cabelo um
ato que faço quando estou nervoso.Estou mais do que nervoso, estou desesperado.Assustado do escuro
que serão os meus dias daqui pra frente.O caminho que faço para chegar até a porta do nosso
apartamento está parecendo uma são silvestre.Me encosto na porta que anos atrás significava como
seria o nosso futuro.Era o resultado de nosso amor, era o nosso maior sonho.Ter o nosso lar.Agora se
torna o cenario de nosso fim.Como se estivesse sido construído desdo inicio para esse momento.E vejo
sua linda imagem surgindo no corredor."corre dor".Pensei.Seu cabelo loiro comprido bagunçado, por
causa da rapidez de fazer as malas.E se colocou em minha frente, deixando as malas no sofá.E
consegui ver o suor no canto do seu rosto.Os olhos vermelhos por tanto chorar.Suas bochechas mais
rosadas que normal.E vestiu minha jaqueta-jeans por cima de seu vestido florido.
Abraçei pela cintura, apoiando meu queixo no topo de seu cabeça.Tão pequena perto de mim, mas tão
grande por dentro.Entrelaçou os braços em meu pescoço, ficou nas pontas dos pés e me beijo.Nossas
linguas se encontraram sabendo que poderia ser a última vez.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Barato nasçer do sol
Tu preferés a tua sala luxuosa para assistirmos um filme até o despertar da maioria, enquanto é nosso
ponto de partida para tua cama.E na minha humilde sala, que cabe somente nós dois e uns moveis,
tem espaço de sobra para nos amar loucamente, perdidamente.Entrelaçados cada um com uma parte
do outro.Eu com teus desejos em minha boca, tuas mãos brincando com o meu coração.A garota de
luxo deitadá em um cochão, no chão do meu quarto, que deveria estar cheio de moveis.Ter uma
cama, um guarda-roupa e uma estante para os meus livros.Mas na realidade dessa história mal
contadá, tem um cochão velho no chão, um guarda-roupa de solteiro e uma pilha de livros no chão,
perto da janela.Entre um trago e outro me pergunto, se é sorte ter ela ao meu lado, no cochão.Ter seus
saltos altos tirados e deixados perto do meu tenis, que não é uma marca conhecida.Mas é para o meu
dinheiro.
"Será uma sorte mesmo?Se não fosse eu poderia ser outro ao seu lado.Outro moço pobre sendo sua
companhia em uma restaurante francês, lhe perguntando qual vinho estão tomando.Seria outro
beijando tua boca, ela passo um batom que é mais caro que a roupa toda que ele está vestindo.Tenho
mesmo sorte de ter essa moça perto de mim.Ter suas mãos segurando firmes as minhas, quando
entramos em um restaurante ou em seu apartamento, no Jardim America.E não é por ela ser quem é;
uma moça rica.É por ser escolhido pra está no seu coração.Por ter sido escolhido enquanto tem opção
melhores em cada canto do mundo.E mesmo assim, fui eu o escolhido".
Os braços apoiados no parapeito na única janela existente no meu quarto.O cinzeiro meu
companheiro nas noites que o sono dá uma volta ao mundo, mas não aparece em mim.
Diante no nasçer de mais um dia estou, apenas com minha cueca box preta.É a preferida dela, por isso
cabe em mim.
Vejo a forma do vento no exato momento que a fumaça do meu cigarro se mistura com ele e evapora.
-Você dorme, guri?-Sussurra em meu ouvido.Enquanto suas unhas trilha um caminho em minhas
costas, que provavelmente deixaram marcas, que durante o banho será descoberto.Pela ardencia.
-O sono é para os fracos-Digo com dificuldade.
Ela toca em minha pele e pronto, as palavras morrem dentro de mim.Desconheço até se um dia elas
veio existir.
Beija minha nuca antes de passar por debaixo do meu braço e apoiar as costas em meu torax.De uma
maneira sexy, quer dizer, de sua maneira sexy, pega o meu cigarro e traga.A fumaça segue o mesmo
destino na minha.
A melhor vista pro nasçer do sol em São Paulo que ela já encontro foi aqui; no meu simples
apartamento.No centro da cidade.
-É a melhor vista do nasçer do sol que você já viu, não é?-apoio meu queixo em seu ombro.
Sinto o cheiro de morango que sua pele tem.O seu creme é bom, mesmo depois de horas de sexo o
cheiro permaneçeu.
-Não é lá essas coisas...Mas...-Traga e depois coloca o cigarro no cinzeiro.E se vira de frente pra mim.
O primeiro raio de ternura aparece em teus olhos acompalhado pelo luz do sol.Em poucos segundos é
o bastante para nos perder um no olhar do outro.Se deixarmos ficamos assim o dia inteiro; Calados, só
dizendo as mais belas palavras de amor em trocas de olhares.Em trocas de sorrisos apaixonantes.Coisas
simples do dia-a-dia puxa uma bateria de escola de sampa: nossos corações.
Lhe abraço pela cintura enquanto entrelaça os braços em meu pescoço.
-É a primeira vez que vejo o nasçer do sol muito bem acompalhada.E íncrivel como tudo fica mais
belo, mais bonito de se admirar quando tu está do meu lado, João.
-Tudo fica mais bonito quando se tem uma pessoa feia ao seu lado.-Sorrio.E ela sorri de volta.
-Bobo!Você não consegue pelo menos uma vez falar sério?
-Consigo falar Serio mais de uma vez, guria.Sério, sério, sério, sério, sério...-Me interrompe com um
beijo.
Somos tão diferentes um do outro, que isso nos torna perfeito.Quando meus lábios encosta nos dela
tenho a certeza que combinamos.Posso não entender inglês, mas só de olhar em seus olhos sei quando
estás bem ou não.Ela não gosta de comer arroz e feijão, mas quando só se tem isso aqui em casa, pra
comer.Come sem reclamar.
O amor abre nossos olhos e com isso, conseguimos enxergar não só a parte ruím, enxergamos o lado
bom da vida.O amor multiplica o horizonte á nossa frente.Constroi um novo caminho em nossas vidas,
trocamos de direção.
O beijo acaba, mas permaneçemos de olhos fechados.Nossas testas encostadas.Sinto tua respiração no
meu rosto.Seu hálito deixou de ser só seu, é meu agora também.
-Eu te amo, e estou falando sério agora.E todas as outras vezes que te disse foi sério, também.As frases
de alguém apaixonado são tão clichês; Preciso tanto de você, como preciso respirar para ficar vivo.O
que me mantém aqui na terra, não é o meu coração e muito menos o ar.É você, Andreá.Depois que
você apareceu, minha vida deixou de ser uma merda.O que sinto me dá sede de viver, de querer ficar
mais tempo vivo, só pra ter mais horas ao teu lado, pequena.Se tu me deixar, se querer, daqui pra
frente, até os últimos minutos de nossas vidas ficarei ao seu lado.Isso é tão clichê, mas é a verdade.-
Abro meus olhos e encontro os seus me olhando, cheios de lágrimas.E um sorriso estampado em seu
lindo rosto.Pisca e as lágrimas caí.Seco com as pontas dos meus dedos.
-Claro que quero ter você ao meu lado até o fim de minha vida.Eu te amo, João!Você me mostro que o
amor realmente existe.Apareçe na hora que paramos de procurar, apareçe no lugar menos provavel.-
Acaricia meu rosto.-Estamos muito bobos apaixonados, hoje.-Rimos juntos.
Pego suas pernas e entrelaço na minha cintura.
-Te quero, Andreá.-Mordo sua orelha e vejo os pelos dos seus braços se arrepiarem.
Beijo tua boca e meus lábios vão descendo até seu pescoço:Chupo, mordo.Enquanto geme perto do
meu ouvido, me deixando mais excitado.
E o caminho destinado nessa é hora é o cochão velho, do meu quarto.Nos amamos, com mais
amor.Mais carinho.Fizemos sexo com amor.
Enquanto os últimos minutos de vida do meu cigarro, foi no cinzeiro.Iluminado pela luz do sol,
mofando e se acabando aos poucos.E os minutos de sua existencia foram esquecidos.E em nós era o
crescimento de nosso amor.Ele estava se firmando.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
06h34
Todos os dias e no mesmo horario, uma guria vem na biblioteca.Escolhe um livro e senta em uma das
meses e fica lendo, como se não tivesse um mundo por trás dessas vitrines.E só compra o livro quando
termina ler.Talvez para ter certeza que é bom, que vale a pena ter em sua estante, que por sinal teve
estar cheia de livros, porque já faz um ano de suas vindas aqui.E um ano de noites mal dormidas.Deito
em minha cama e o sono pula a janela e dá uma volta ao mundo.A imagem dela me persegue, aonde
quer que eu esteja vejo seus cabelos loiros compridos caindo na frente do seu rosto, seus olhos cor de
mel fixos na pagina de mais um livro que pegou para ler.Suas mãos pequenas, que me parece ser
macias, delicadas em tudo que faz.
E quando ela chega é como se o meu mundo fica melhor, mais belo e comeco á enxergar as coisas
boas invés das ruíns.Esqueco de tudo e de todos, paro de trabalhar e fico observando seus movimentos
de longe, pra não dar bandeira.E uma dessas horas já fui pego pela minha vitima.Me olho por de cima
do livro e ficamos só alguns segundos nessa troca de olhares, que me pareceu uma eternidade.Me senti
importante, como esses livros que ela pega pra ler ou mais de como eles se sentem.E antes de voltar
sua atenção pra pagina me entregou seu mais belo sorriso junto com um arrepiu.E nessa noite dormir
como um anjo.
6H34 me encontro como nas outras tardes.Encostado em uma parteleira que fica longe da mesa onde
ela está sentadá.Ontem era o " O morro dos ventos uivantes" e hoje é "Romeu & Juleita" seu livro
escolhido.
"Talvez ela goste do meu nome; Romeu".Pensei.
O livro em cima da mesa, os braços cruzados na mesma.Seus Cabelos caindo em frente ao seu
rosto.Vestida com um vestido preto florido.E bate o pé sem parar; um converse preto.
Comeca tocar mais uma música."Dentro dessa noite, tudo vai girar".
-Tomara que você esteja certo, Marcelo Camelo.-Digo em um sussurro, só pra mim escutar.
-Se você ir falar com ela, tudo vai girar mesmo.
Olho pro meu lado esquerdo e vejo Anne.No começo ela era simplesmente uma colega de trabalho,
agora é como uma irmã mais nova.Temos as conversas mais maduras e minutos depois estamos
brincando de lutinha.E moramos no mesmo predio, ela no primeiro andar e eu no quinto.Quando
saimos juntos as pessoas pensam que somos irmãos, só porque somos parecidos, tanto pro lado fisico e
interior.
Anne insiste em dizer que eu e a garota dos livros somos os novos Romeu & Julieta.
-Odeio quando você me deixa falando sozinha...-me dá um tapa no braço.
-E precisa me bater, pra chamar minha atenção?Doeu!-Massageio o meu braço.
-Desculpa, franco.Na proxima bato mais leve.-Dá risada.
E por sua risada ser alta, a garota do livro acaba olhando pra nós.Segunda vez na samana que ganho a
sorte de receber seu olhar.
Anne se coloca em minha frente, cobrindo sua imagem.
-Romeu, vai e fala de uma vez por todas com a garota.O que pode acontecer demais?
-Eu ficar calado, não saber o que dizer.E se é pra isso aconteçer prefiro ficar só vendo ela de longe
mesmo.
-Claro que não!Vai lá e fala alguma coisa sobre o livro que ela está lendo.E falando nisso, qual é o
livro de hoje?
-Romeu & Julieta.-Falo dando uma risada por saber o que ela irá falar sobre isso.
-Não dá risada, é sério.Vocês são os novos Romeu & Julieta.-Fica nas pontas dos pés e segura meu
rosto entre suas mãos.-Vai e fala com ela, não sei, sobre o que você acha sobre o livro ou que você é
o romeu da vida dela.
-Vou ir falar com ela, pronto!-Tiro suas mãos do meu rosto.E ela volta as colocar e beija minha testa.
-Vai dar tudo certo, guri.Só não olhar pra ela com uma cara de bobo apaixonado.-Rimos juntos.
Me benço e vou indo em direção da sua mesa.Em passos devargar, pra mim ir criando coragem
suficiente até chegar lá."Não me deixa na mão agora, meus deus.Faça tudo sair melhor do que eu
espero.Não ficar calado em nenhum momento e não olhar com cara de bobo apaixonado".Penso.E
quando dou por mim, já estou sentado na cadeira na sua frente.Coloco as mãos do bolso e parece que
peguei um pano molhado e coloquei nos bolsos.Então coloco elas em cima da mesa.E pela primeira
vez nesse no ano vejo os olhos dela de perto.São muito mais lindos vendo daqui, mas
vivos.Profundos.E estão me olhando como um ponto de interrogação.
-Está...gostando do livro?.-Percebi que não era essa a pergunta que ela esperava.-Melhor eu ir
embora.Desculpa por interroper sua leitura.-Me levanto.
-Estou gostando do livro sim, obrigada por perguntar.-aponto pra cadeira á sua frente.E volto a me
sentar."Tua voz é como eu imaginava que fosse;Doce e suave".
-"Quem chegou a cegar, jamais se esquece da jóia rara que perdeu com a vista".-Lhe digo a frase que
mais me marco do livro.
Coloca uma folha de papel na pagina que está e fecha o livro logo em seguida.
-Gosta de Romeu & Julieta?
-Não é uns dos meus livros favoritos, mas eu gosto.Até porque esse livro é o motivo do meu nome.-
Fico sem graça."Não faça nenhuma piada com o meu nome, por favor!".
-És o primeiro Romeu que conheço.-Sorri.
-Espero não te decepcionar.-Dou uma risada.
"Essa garota deve estar me achando um maluco.E pelo jeito ela não seguiu os conselhos dos pais,
porque está conversando com um estranho".
-Fala sempre com estranhos?
-Não, só com os que se chamam Romeu.-Rimos juntos.
Paramos de rir, mas permaneçemos com os sorrisos estampados no rosto.Sabe quando encontramos
alguém pela primeira vez em nosso vida, só que parece um reencontro?
Quando pensamos, "já conheceu essa pessoa de algum lugar, só não lembro da onde".Estou me
fazendo essa pergunta agora.
-So falta me dizer que seu nome é Julieta.Não é possível isso.-Passo minha mão no meu cabelo.
-E se for?.-Olha com um olhar seria.Querendo me fazer achar que é mais do que possível.
-Todo Romeu espera encontrar sua Julieta.Então vou gostar.-Lhe lanço o olhar que Anne diz ser "O
melhor 43 de todos".Rezando para que ela esteja certa sobre isso.
Suas bochechas ficam mais rosadas que o normal e desvia o olhar do meu rápidamente.
-Tenho que ir embora...adorei conhecer você, Romeu.-Pega o livro e vai embora.E antes de sair da
biblioteca passa no caixa.
Me deixou sentado sozinho na mesa, com monte de pensamentos."Será que fiz algo de errado?Ela não
gosto de mim?Talvez tinha um compromisso, não, ela nem olhou no relogio".Prefiro achar que ela tem
um compromisso marcado pra agora.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Eu, você e sua alma
-Não é tão simples assim.Tu pego suas coisas e foi embora e logo agora, que eu estava me erguendo
de novo, você volta sem mais, sem menos.-As palavras que ensaie á dois anos atrás foram embora no
exato momento que ele volto.
Pude ver o seu medo em teus olhos, medo de mim não perdoar.Não querer sua companhia de volta.E
teus olhos encontram os meus, são misturas de medo; O medo da negação e o medo de ver que
certezas coisas nunca mudam.
-Anna, não quero seu perdão...só quero ter um espaço pequeno na sua vida.-Falo com a voz rouca de
sempre.Que escutei durante noites, dias.Mas era fruto da minha imaginação.
-Por favor, Henrique!Você tinha um espaço tão grande em minha vida e derepende foi embora...e
agora quer um espaço pequeno?-Disse ironicamente.Com um sorriso nos lábios.
-Saudade da sua ironia, Anna.Nunca pensei que teria falta logo disso, que me irritava pra caralho.-E
nesse dia nublado o sol apareceu pra mim;Seu sorriso.
O cenario da primeira vez que nos vimos foi na cobertura do prédio, que moravámos.E está sendo o
cenario do nosso reencontro.
Muitas mudanças ela teve: Agora tem um banco para sentar, vasos de flores por toda parte.
-Prefiro como ela era antes...-Tua voz me tira do transe.
-como?
-A cobertura está estranha...prefiro como ela era antes.-Disse colocando as mãos no bolsos da calça
jeans e se aproximando mais de mim.-Um dia depois que fui embora...eu voltei, Ana.Aconteçeram
coisas que pelo visto você não sabe.-Desvio o olhar do meu.
-O que aconteceu, Henrique?.-Lhe pergunto com o dom de voz alterado.
Ele permaneçe fugindo do meu olhar e paro na minha frente.
-Olha pra mim, que estou falando com você!-ele me obedeçe.Seguro teu rosto com as duas mãos.-O
quê aconteceu?-Meu tom de voz normal;doce.
-Sofri um acidente, Anna!Estou em estado grave, pra ser mais expressivo, estou em coma.-Disse se
virando de costas.
Como assim sofreu um acidente?Se ele está perfeitamente igual há dois anos atrás.E com a mesma
roupa do dia pegou suas coisas e decidiu sair de minha vida.E se ele está aqui falando comigo, como
pode estar em coma?
Então eu ajudei alguns fatos:
Primeiro como eu conseguiu entrar aqui, se deixei claro pro dois porteiros do predio que caso ele
aparecesse, não era pra deixar ele subir.Segundo que ele está com a mesma roupa, até parece estamos
nos vendo no dia seguinte ele saiu.Mas já se passou dois anos.E eu mudei, mas ele não.
Henrique se encosta na parede, olho da cabeça aos pés.E vejo uma mancha de tinta azul em sua
camisa branca.E no dia 02/11/09 tavo pintando a parede do nosso quarto, de azul.E durante a
discursão eu empurrei ele, então sua camisa ficou mancha de tinta.
-Você sofreu o acidente no dia 02/11/09?-ele concorda com a cabeça.-E foi horas depois que saiu do
apartamento?
-05 horas depois, na estrada pra porto alegre.Acabei dormindo enquanto dirigia.-Disse de cabeça
baixa.
-Então é sua alma que está aqui, falando comigo?
-Tu sempre disse que minha alma era mil vezes mais linda, do que sou por fora.-Sorrimos.
-Não tem muita diferença...Mas como você sabe que está em coma?-Lhe perguntei me sentando em
um dos bancos.E ele se ajoelho em minha frente.Seguro uma de minhas mãos, entre as suas.
-Tudo ficou escuro, como estamos sonhando e escutamos vozes, mas não conseguimos abrir os
sonhos.Mas depois de horas eu consegui e me vê deitado em uma cama de hospital.E minha mãe
conversando, com uma enfermeira.E ela disse que poderia acordar dias depois, meses ou até mesmo
anos.E apaguei denovo.E hoje despertei e aqui estou.-Lágrimas se formaram em seus olhos.
Nossas lágrimas cairam juntas, na mesma hora.Como chuva de verão, gota de chuva enquanto o sol
está forte, queimando.Um beijo com gosto salgado, por causa das lágrimas.Minhas mãos apertaram sua
nuca, enquanto as dele apertavam minha cintura.Queriamos ter a certeza que isso está acontecendo,
que é real.E quando abrirmos os olhos ainda vamos ver um o outro.Ainda o gosto de seu hálito estará
em minha boca e o meu na sua.Queremos ter a certeza que estamos juntos agora, hoje.
O efeito de seu beijo permaneçe, mesmo depois de ter acabado.Nossas testas enconstadas, mãos
suando, respirações aceleradas.
-Não quero abrir meus olhos, Henrique.Posso abrir e não tiver.
-Isso não vai acontecer, meu amor.-Acaricia meu rosto.Contorna ele com aponta do dedo.
-Como ter tanta certeza disso?
Não sinto mais sua respiração vindo encontro ao meu rosto e nem suas mãos tocando em meus
rosto.Então abro meus olhos desesperada e o vejo rindo, em pé.
-Seu bobo!-Corro até seu encontro e bato em seus braços.-Nunca mais faça isso.Nunca mais!.-Ele
segura meus pulso, me impedindo de dar uns tapas em seus braços.
-Se você pudesser ver a sua cara, Anna.-Dá uma pausa para rir.-Com certeza não estaria me pedindo
isso.
Tento, mas acabo rindo junto com ele.Nesse momento tudo sumiu, minha raiva, meu odio, minhas
magóas.Tudo se foi, porque ele tem esse poder.De fazer tudo de mal que existe em mim, sumir.E só as
coisas boas ficarem.E o amor que sinto é muito maior que isso tudo.
Escuto passos vindo, me afasto dele.Será que alguém mais pode vê-lo?ou só eu?Vou ter uma resposta
agora.Ele se coloca atrás de mim.Como um garotinho que é pego fazendo arte.
-Anna?!.-fala uma voz mais do que conhecida enquanto está abrindo a porta.
-Tavo com saudade do seu irmão.-Henrique sussurra em meu ouvido.
-Fica queito!.-Lhe respondo em um sussurro também.
-Sua bobinha!Ninguém pode me escutar e nem me ver.-Dá uma pausa e grita.-Só você!
Me viro correndo pra trás e dou um tapa em seu braço.
-Matando mosquito, Mana?
Me viro pra frente outrá vez.E vejo meu irmão com uma cara de sono e com a mesma roupa de
ontem.Teve ter chegado da balada de manhã cedo e dormiu com a roupa e com sapato, também.
Olho pros lados.Vendo se encontro uma resposta.Mas com a respiração do Henrique na minha nuca
fica mais difícil.
-Claro né, Miguel?Hoje os mosquito resolveram me fazer uma visitinha.-Dou um sorriso pra
descontrair.Parecer mais natural.
-Tenho uma coisa pra te dizer.-Disse pegando em meu braço e sentamos no banco.-Aquela velha
chata, sua ex-sogra.Acabo de ligar pra avisar...-Sua expressão do rosto muda: era de alegre, agora é
séria, com um olhar triste e com pena.Talvez pena de mim, pena do Henrique.Talvez seja pena de nos
dois.Eu sabia que ele iria dizer, mas isso não impediu das lágrimas se formarem e do meu coração
acelerar.
-Você que terá ser forte, Mana.Mas saiba que vou estar ao seu lado, como ficamos quando perdermos
os nossos pais.O Henrique está em coma já faz dois anos.Os medicos não sabem ao certezo se ele vai
ou não acordar.A mãe dele está desesperada, não sabe o quê fazer, entao ela penso que você pode
ajudar, já que ele te ama.Talvez sua visita faça o belo adormecido acordar, princesa.-Disse segurando
minhas mãos e sorrindo.Um sorriso aforçado, mas sincero.
Me perco olhando pro Henrique, sentado em cima do muro.Observando suas proprias mãos, evitando
de fazer muitos movimentos.Olhando pro nada e pensando em tudo.Deve ser horrével isso tudo, saber
que está em coma.Saber que pode não acordar mais ou nunca saber ao certo quando vai acordar.Estar
forá de seu corpo.
Volto a encarar o meu irmão.
-O henrique é forte, Miguel.Ele vai sair dessa...Mas estou com medo.-Abraço meu irmão.
Sempre disse que o abraço dele é o meu porto-seguro.Aonde me sinto uma garotinha outra
vez.Quantas vezes eu chorei em seu ombro, ele no meu.E hoje que já estamos adultos não deixa de
ser diferente.O medo, a duvida e a incerteza sumiram no exato momento que nossos corações bateram
no mesmo compasso.E então sinto uma mão na minha perna esquerda.O miguel não está só comigo, e
sim, com Henrique também.Estamos nos três nessa.
Nos separamos, ele coloca a mão no bolso e tira um papel todo amassado.E coloca na minha mão.
-É o endereço do hospital.Pelo menos a mãe má, está sendo um pouco boa, não é?-rimos.
Mas um certo alguém não gosto.
-Seu irmão é tão infantil, sabia disso?.-Disse se levando e se encostando na porta.
-Bom...não sei se estou pronta pra ver ele lá...Dormindo, sem abrir os olhos e sem sorrir, sem brigar
comigo.E não poder fazer nada, apenas falar sem ouvir respostas.
-A vida é assim, Anna.Esperamos respostas de nossas eternas perguntas, mas na maioria das vezes elas
não chegam até nós.Temos que ir caminhando, e talvez nos chegamos até elas, e não elas até nós.
-Falando assim nem aparece o homem que horas atrás foi comprar o novo quadrilho do batman.-Disse
dando um beijo em sua bochecha.
-Eu leu outras coisas, mas maduras.-Se levando e foi embora.
Me deixando perdida, confusa.E as sombras dos meus medos se colocaram em minha volta, outra
vez.Se firmando enquanto minha coragem está no chão, caída.Sem querer levantar e enfrentar o
medo.Sou uma garotinha, que no meio da noite sente medo.As lentas dos monstos, dos bichos que
podem viver debaixo da sua cama, ficam se repetindo em sua mente.Nem tem coragem de chamar os
pais, que dormem no quarto ao lado, do seu.Se encolhe na cama e cobre sua cabeça com o
coberto.Tua respiração se mistura com o barulho da janela batendo, por causa do vendo lá forá.Mas se
ela levantar e acender a luz, isso vai passar.E os sonhos chegaram.E os medos vão embora.
-Estou aqui, pra acender a luz pra você.Ou se querer, fico debaixo das cobertas contigo.-Nossos olhos
se encontram diante dos nossos medos expressados neles.-Minha alma não é o suficiente pra você?
-Eu... só tenho que pensar...ficar sozinha, sabe?
-Eu entendo.Vou tentar voltar pro meu corpo.Se cuida.-Disse com a mão na maçaneta e abriu a porta e
sumiu na escuridão do corredor.
Não parei de correr até chegar no meu quarto e deitar na minha cama.Com o corpo leve e com a
mente cheia, pesada.Tantos pensamentos de uma vez só.Um lado meu queria que o Henrique volta-se
pro corpo dele.Talvez assim ele iria despertar desse coma, abrir os olhos castanhos pro mundo outra
vez.Mas outra parte de mim não quer que se vai, quero como estavámos segundos atrás.Juntos, com as
mãos dadas para enfrentarmos os problemas.Mas ele aqui ou lá vai continuar ser uma incerteza.O "E"
"SE" perto ou longe.Tuas palavras que tento ao maxímo afastar de minha vida, mas agora estão sendo
repetitivamente por mim.E se ele não acordar mais?E se ele acorda?E se alma dele ficar ao meu lado
pra sempre?E se quando ele acordar não lembrar de mim, de nosso amor?
Dormo diante desses pensamentos atormentantes.
Escuto umas vozes bem distantes.Vejo as coisas embaçadas, por causa do sono.Devo ter dormindo
demais, já que está noite.E escuto duas vozes vindo da sala.
-Como assim?-Pergunto pra mim mesmo, me sentando rapitamente na cama.
-Como o Henrique está conversando com o meu irmão?
Levanto na cama em um pulo.Me olho no espelho.Dou uma arrumada no cabelo e vou pra sala.E
quando chego, vejo os dois jogando video-game.
-O que está acontecendo aqui?-coloco as duas mãos na cintura.
Miguel pausa o jogo e se levanta no sofá, com um sorriso bobo no rosto.
-Não sei como isso é possivel.Mas ele está aqui.-Disse apontando pro Henrique.-Ele me explicou
tudo.E o quê vamos fazer agora?-Volta a se sentar.
Sento no meio dos dois.Olhamos um pra cara do outro.Esperando que algum tivesse uma solução ou
uma ideia.
-Antes de pensarmos, podemos continuar jogando?-Miguel pergunta com a boca cheia de salgadinho.
-Quer mesmo continuar perdendo pra um morto vivo?
-Que isso, guri.Você que está perdendo.
Voltam suas atenção pro jogo.
Horas depois eu permaneço na varanda.Vendo a lua dando um beijo de boas vindas no sol.Que está
chegando devargar, sem pressa nenhuma.Essa é a primeira vez que vejo o por-do-sol sem a companhia
dele.Sempre fizemos isso; Acordavámos antes da seis da manhã e viamos pra varanda, ver o sol na
nasçer.Dividiamos o mesmo cigarro, ver se assim nosso vicio diminuia.Ele só aumentava, o vicio de
fumar junto com ele e fumar quando eu lembrava dele.E estou fumando por estar pensando nele.Pedi
por espaço e estou tento o meu espaço.
Os pensamentos da última vez que realmente nos vimos me atormentam, me assombram.Talvez se eu
tivesse feito ele ficar mais uns minutos aqui comigo, não teria acontecido esse acidente.Talvez teria
acontecido.
-Algumas coisas já vem escritas do céu, só basta a gente aceita-las.-Diz com uma voz rouca.Respira
fundo.-Lhe dei o espaço que me pediu, Anna.E agora?.-Se coloca ao meu lado.
Ficamos em silencio, observando a fumaça do meu cigarro.Trago desesperada e por conta disso meu
cigarro caí lá embaixo.
-Merda!-Passos as mãos no cabelo.
E finalmente vejo outra vez o sol que sempre me iluminou de verdade.O que faz minha pele queimar,
aquece minha alma.Minha carne pulsa rapido.
-Certos momentos são para nós caminhar sozinho, mas esse, eu não sei se consigo sem alguém ao meu
lado.Mas...você tem que tentar voltar pro seu corpo, Henrique.-Acariciu seu rosto.-E quando você
acordar, eu vou estar ao seu lado.Mas só se você prometer não me abandonar outra vez, seu morto
vivo!-O abraço.
Seus braços em volta de mim.Era isso que estive precisando ao longo desse tempo.As noites que
pensava em nós, do que nos transformamos.Os olhoas das pessoas da rua, um olhar de pena.Um olhar
que dizia "você tem culpa disso".Mas quando eu olhava no espelho, Via seus olhos reflexidos nos
meus, seu sorriso encantador, matador.Matador da minha dor, da nossa dor.
Me abraça mais forte e tira os meus pés do chão e rodopiamos.Felizes, como no dia eu disse 'sim"
quando ele me pediu em casamento.Tantas sensações se repetem em outros momentos da nossa
vida.Tristeza, felicidade, alegria, amor, saudade, odio, raiva, etc...
Mas as pessoas mudam, de um acontecimento pra outro.Ou sempre seram o motivo da sua felicidade
ou da sua tristeza.Quando pisamos na estrada de alguém, não sabemos ao certo o que vamos ser, o
que vamos fazer.Não temos ideia se vamos ser motivo de alegria ou das lágrimas.
Ficamos parados, um na frente do outro.Os olhares dizendo tudo diante do silencio criado entre
nós.Palavras naquele momento deixou de ser suficiente, de ser tudo.As melhores pessoas da nossa vida,
são aquelas sentamos ao lado dela e podemos ficar em silencio.Mas a companhia um do outro já é o
bastante.
-Eu te amo, Anna!-Disse com orgulho de si, com empougação.-Sempre vou ter uma cicatriz em meu
coração, por não ter ficado aqui com você.De ter feito o que fiz, com o nosso amor.E não é porque
isso iria me impedir de sofrer um acidente, porque foi um erro.A pior merda que fiz em toda minha
vida.Deixar a mulher que eu amo, a mulher da minha vida...-O imtorreme, colocando o meu dedo em
seus lábios.
-Não diga nada, meu amor.
Meu dedo entre seus lábios foram substituidos pelo os meus lábios.Um beijo com urgencia.O nosso
amor ficou há 2 anos sem se alimentar, agora está querendo matar sua fome, sua sede.
Deixou de sentir suas mãos em minhas cinturas.Teus ombros sobrem debaixo das minhas mãos.E teus
labíos desaparecem, só o seu gosto ficam em mim.Teu hálito se misturando com o meu.
Abro os meus olhos e não vejo ele.Simplesmente me vejo sozinha, sendo iluminada pela luz do sol.E
sendo molhada pelas minhas lágrimas salgadas.Me encosto na parede atrás de mim e vou rescorrendo
até o chão.Quando ele abriu os olhos para me ver, ele acordar pro mundo.Finalmente deixou a
esperança ver seus olhos castanhos.Um pequeno gesto pode mudar uma vida inteira.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Sem escolhas
Em uma mesa de uma cafeteria, se encontra alguém com uma alma cheia, mas com um coração que já
foi espancado muitas vezes e mesmo depois de tantas zurras, ainda é capaz de amar.E quando esse
coração chama por ela é como uma ligação perdida, o "tututu" se torna o silencio.
Uma de suas mãos segura com força a toalha de mesa, para manter sua cabeça ocupada, esquecer um
pouco daquela dor que vinha carregando em seu interior.Um ato em vão, invés do esquecimento,
bebeu uma dose de frustração.Em um gole só.Seus cotovelos se apoiaram na mesa e percebeu que não
era o único que estava frio naquela tarde.Olhava pro lugar vazio em sua frente.Deveria ter se
acostumado em não ter a companhia dela quando ele queria, mas sim, quando ela queria a dele.Que
foram poucas vezes, mas unicas.Teu peito se enchia de orgulho todas as vezes que ela aparecia.Era a
prova de que alguma maneira, ele era importante.Ela poderia estar aonde queria, em NY ou em alguma
ilha deserta.Mas não, preferia estar ao lado dele.Fecho os olhos para as lembranças e na escuridão a
imagem dela foi se formando, tão real.E se imagem durasse a vida inteira, ele nunca abriria os olhos
outra vez.
DOIS ANOS ATRÁS.
Os barulhos dos carros de manhã era o seu despertar, mas o silencio da noite era quando poderia
ouvir teus pensamentos com mais clarezas.Só se ouvia o barulho dos ponteiros do relogio, o gato
miando na rua e um nome sendo repetido varias vezes seguidas por um moço, sentado no parapeito da
janela de seu apartamento.Outra vez jogado no mar de lembranças da moça loira.Sophie...esse é nome
que tanto se ouve essa noite.
A fumaça de seu cigarro está demorando para evaporar, por um segundo desejou que seus sentimentos
fosse assim também.Ir evaporando aos poucos para não perceber, mas uma hora pra outra, se pegar
sem o que guardavámos á sete chaves.O cofre deixa de existir.Enquanto na verdade, a porta do seu
cofre está aberta para ela perceber e caso o amasse também, para guardar o amor dela junto com o
dele.Pedro teu uma risada, por ter tido um pensamento tão infantil e quando era criança não pensava
em ter poderes.Mas agora de adulto veio pensar.Seu coração se acelerou e um perfume que nunca
esqueceria, embalou o lugar.Teus olhos que já não estavam conseguindo ficar abertos esqueceram do
sono.Não precisava olhar para trás, para saber que ela estava alí.E só para ter certeza, ele olhou.Como
se fosse possível, ela está mais linda que no último encontro, teus olhos azuis tinham algo novo,
desconhecido para o conhecimento dele.Um misterio que lhe deu arrepio na espinha, um sinal de
coisa ruím.Sophie sempre olhava fixamente para os olhos de pedro, mas nessa noite seus olhos está
fixo no chão.Como se os seus olhos estivessem dizendo mais do que deveriam.Um sorriso timído
aparece em seus lábios, e toda solidão foi pra baixo da cama, com medo da felicidade grançente que
embalou dentro de si.
Teus olhos voltaram observar os predíos, o gato.Traga, mas dessa vez poucas fumaças sairam de sua
boca.Pode parecer que não lhe deu tanta importancia, para a visita de Sophie.Desda das pontas dos
dedos dos pés e do fio de cabelo, está conectado agora nessa mulher.Ela sabia disso, tinha totalmente
noção do seu poder sobre o Pedro.De como seus encontros eram importantes para ele.Mas o que são
para ela?
Sophie apoia a cabeça no ombro esquerdo dele.Entrelaça suas mãos, querendo nunca mais sair do
lugar aonde seu amor vive.Um amor criado na infancia, que foi se firmando na adolescencia e
enlouqueceu agora, na maturidade.Ama no mais profundo de sua alma, teu coração grita em silencio,
por ele.Esses dedos gelados entre os seus, faz tua carne queimar.Poderiam tocar em seu corpo todo, se
esse caminho fosse possível para eles.Mas...infelizmente não é.Estás para se casar com um homem, que
é igual ela.Já tem data marca.Lágrimas se formam em seus olhos azuis.
Enquanto pra Pedro é mais um encontro, mal sabe que é o último.Literalmente.A respiração dela em
seu pescoço tira a última gota de sua concentração.Aumenta a vontade de ter sua companhia quando o
sol nasçer.É como se espaços existentes entre um dedo e outro de sua mãos, foram feito para os dedos
dela.Como se foram feito um para outro, entre linhas tortas.Em todos os encontros sua alma sussurra
baixinho: "Eu preciso de você no dia seguinte.Eu preciso ter você pra sempre ao meu lado...porque...eu
te amo!".
-Será que nossos pensamentos estão conectados, além de nossos dedos?-Sophie sussarra perto de sua
orelha.Lhe causando um arrepiu.
-Talvez outras coisas estão conectadas além de nossos pensamentos e de nossos dedos, Sophie.-Diz
com uma voz rouca.Carregada de misterios.
-Como sempre misterioso.
-És o que mais gosta em mim; meus misterios.-Diz com ironia.E sorri.
Teus lábios esqueceram que ainda erão possíveis disso.Mas com Sophie ao seu lado tudo ficava mais
facíl, mais belo.
A risada alta dela embala o lugar.
-Não tanto, como você ama os meus sumisos.-Lhe dá um beijo na sua bochecha.-Mudamos, mas nossa
ligação não foi diminuindo diante dessas mudanças.
-Graças á deus!-suspira aliviado, por saber que ainda tem a mesma importancia antes pra ela.-O que
andou fazendo, Sophie?Qual foram os paises que andou indo, dessa vez?-Lhe pergunta com receio.
-Não fiquei tão longe assim, de você.Só fiquei em Paris esse tempo todo.fiz novas amizades lá...-Suas
mãos suaram mais que o normal e isso não passa despercibido para Pedro.-E você o que andou fazer?
Pedro queria perguntar mais sobre o que aconteceu em Paris.Mas viu que ela não queria falar muito
sobre isso.
-Não tem mesmo certeza?-Olha um pouco pro lado, pra ver o rosto dela.
E rapitadamente admirou o lindo rosto da mulher, ao seu lado.Primeiro os teus olhos azuis.Tão
brilhante, que lembro o mar quando é íluminado pela luz da lua.Depois as bochechas rosadas.O nariz
fino, que era o mais perfeito que já tinha visto em sua vida.E por final, tua boca vermelha.Desenhada
perfeitamente, e por um momento um único pensamento dominou sua mente.Qual sabor eles devem
ter?
-Para de me olhar assim!-Pode sentir uma queimação em seu rosto.
Agora foi a vez da risada dele embalar o lugar.
-É impossível!Você fica mais linda assim, Soph.-E quando deu por si, percebeu o que acabou de dizer.-
Quer dizer...desculpa!-fecha os olhos por um segundo, com raiva de si mesmo.
Sophie acha isso o maxímo.Por ele ter sido natural, como antigamente.E por revelar sem querer.Mas se
lembrou do que veio fazer.E o sorriso encantador desapareceu do seu rosto.
-Enfim...Não fiz nada de tão diferente, do que faço.Fiquei por aqui escrevendo algumas coisas.E pudi
dirigir um filme junto com amigo meu e durante essas filmagens, conheci uma moça incrível.-Disse
com empolgação.-Gostamos dos mesmos autores.E ela me levou pra conhecer alguns lugares...mas ela
deve que viajar semana passada.
-Você conhece uma mulher e diz que não fez nada de diferente?-Fala irritada.-Aposto que o primeiro
lugar que ela quis conhecer, foi o seu apartamento.
Bruscamente tira suas mãos de entre as dele e fica adando de um lado pro outro.
-Olha a besteria que você está dizendo, Sophie.-Diz enquanto vira seu corpo pra dentro de seu
quarto.Se levanta e fecha a janela.E se encosta na mesma.
-Vai me dizer que não dormiu com ela?-Para de andar pro lado e pro outro.coloca as mãos na
cintura.Olha fixamente em seus olhos.-Diz, Pedro!
-Eu não dormir com ela!-Lhe responde de cabeça abaixada.
Em passos rapido Sophie se coloca na frente dele.
-E porque não?-Levanta seu rosto.Lhe fazendo encarar seus olhos azuis.
Teus olhos se perdem nos delas.E agora?Mentir ou falar a verdade?
-Isso não imrporta...-Desvia o olhar do dela.
-Só me diz porque você não dormiu com ela, Pedro.
Seus olhares se encontraram outra vez.E uma coisa lhe dizia pra contar a verdade.Respirou fundo,
colocou as mãos nos bolsos da frente, da calça.Sabe que pode colocar tudo a perder, mas devemos
passar por riscos nessa vida.
Se aproxima ainda mais de Sophie.Segura teu rosto com as duas mãos.
-Eu te amo, Soph.Foi por isso que não dormir com ela.-Fala com uma voz rouca.
Se sente como se tivesse tirado um peso das costas.Anos e anos vinha carregando esse amor só pra
si.Mas suas malas foram abertas, as roupas jogadas ao quatro ventos.
Enquanto a mulher a sua frente, se perguntava se ela escutou direito.Se sua imaginação não está
pregando uma peça.Mas ela escuto, claro que sim.Não é mais um de seus sonhos, é realidade.O amor
de sua vida lhe dizendo "eu te amo" e coloco agora, ela vai dizer que vai se casar com outro.
-Eu...
-Não precisa dizer nada.-Se afasta dela e se senta na ponta da cama.E apoia os cotovelos nas pernas e
coloco o rosto entre as mãos.
E engole uma dose de arrependimento.
E sem nenhuma escolha, ela senta ao seu lado, na cama.Colocando sua cabeça no ombro de Pedro.E
diz em sussurro, bem perto de sua orelha:
-Vou lhe contar uma segredo; Eu te amo.
E diante de tantas verdades, clarezas depois de anos em duvidas.As almas se encheiram de
felicidade.Até Sophie esqueceu de seu futuro casamento, estás com a cabeça e coração nesse
momento.Sorrisos bobos aparecem no rosto dos dois.Que ficam se perdendo um no olhar do
outro.Querendo encontrar a palavra certa para descrever o que estão sentindo.Pedro simplesmente
beija Sophie.Pode sentir o sabor de seus lábios, até que fim.As duvidas morreram durante o beijo.Só as
certezas vieram pra eles.Como era de se esperar.Foram se deitando na cama, sem parar um segundo o
beijo.Anos querendo se alimentar um do outro, que agora nem param pra respirar.Os lábios entre os de
Pedro, fez ele morrer e reviver, segundos depois.Já Sophie entendeu o que sua mãe sempre lhe dizia;
"Você vai entender porque os outros caras foram embora, quando encontrar o cara que veio pra ficar".
Roupas foram sendo jogadas no chão, do apartamento.E os desejos foram ficam á flor da pele.As mãos
geladas e macias de Pedro foram passiando pelo o corpo maravilhoso, belizimo de Sophie, que
descobria cicatrizes e manchas no corpo de seu amado.Tanto tempo imaginou estar nos braços dele, e
agora está.Ver seu corpo nu colado ao dele.Os suores se misturando, as respirações se acelerando.As
caricias ficando mais quentes, os beijos mais intensos.E chegaram junto no ponto alto do momento.O
lugar foi embalado pelos gritos de prazer de Sophie.Enquanto uma das mãos de Pedro segurava forte a
coberta da cama.Os dois se amaram no apartamento inteiro, desde do quarto até o banheiro.E o dia
seguinte nenhum dois sabia como iria ser, mas de uma coisas eles tinham certeza; teriam outros dias
como esse.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Refumar
-Tem um cigarro?
-Deixei de fumar há uns meses já, moço.
-Estou tentando deixar de...
-O quê?De fumar?
-Não, estou tentando deixar de amar...
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Rio Grande de nós
Os teus lábios foram criado para me matar um pouco cada segundo que eles tocam nos meus.E para
me mantér vivo, nesse mundo de pessoas de má fé.Quando estou por um fio, quase caindo é pra você
que corro, morrendo de medo e desesperado.Preciso do meu abrigo; teu abraço.
O sorriso dessa guria representa perigo pra minha solidão, mesmo sem querer, consegue evaporar
qualquer tipo de tristeza existente em minha alma.Minha guria quer ser minha pequena e para o
mundo uma mulher guerreira, gigante.
As paredes rosas de seu quarto, a tua cama box e sua estante cheias de livros fazem parte do meu
mundo.Minha mãe me dizia que os apaixonados vê tudo rosa e quando entro em seu quarto, tenho a
certeza disso.
No dia 10 de Setembro de 2009, me encontrava no Parque Farroupilha, mas conhecido como
Redenção.E nesse mesmo dia quando acordei logo se via a luz do sol batendo na vidraça na janela, do
meu quarto.As poieras no chão sendo iluminada pela luz do sol.E então levantei da cama com uma
sensação dentro de mim diferente, não sei, como se alguma coisa muito boa iria acontecer.O sorriso
em meus lábios permaneçeram muitas horas, minha mãe percebeu e meu cachorro deve ter percebido
também, já que se aproveito para brincar de bola comigo.E até mesmo a garçonete da cafetaria que
vou todas as manhãs, percebeu meu humor diferente, meu sorriso.E no final da tarde decidir ir pro
Parque da Redenção, dar uma caminhada e ler um pouco de poesias sentado embaixo de alguma
árvore.E segundo antes de ir embora esbarro sem querer, em uma moça.Por conta da batida, os nossos
livro caíram no chão e abaixei antes dela para pegar os dois, deu tempo de ver que estava lendo " O
diarío de Anne Frank".E quando me leventei e entreguei o livro pra guria, dei de cara com
Anita.Estudamos juntos no segundo e no terceiro ano.Não eramos muito proximos, mas as vezes
conversavámos desdo dia que começei a trabalhar na biblioteca da escola á tarde.E quase todos os dias
Anita aparecia, fiquei dois meses criando coragem para conversar com ela.E como era de se esperar,
quem inicio uma conversa não fui eu, e sim, a guria.Um laço entre nós dois foi criado, erámos de
simples conhecidos para amigos inseparaveis.Aonde um estava o outro também estava, as pessoas
comecou a comentar que rolava mais do que amizade e por conta disso, os meninos não ficavam
dando em cima de Anita mais.E eu adorava isso, pra dizer a verdade.Enquanto no pensamento dela era
porque eu era amigo, então não queria que ninguém machuca-se seu coração, mas era por um motivo
muito além; Eu me apaixonei por Anita.Entre as partilheiras da biblioteca encontrei o que realmente era
amor, sem precisar abrir o dicionario, simplesmente de olhar pra ela borboletas voavam em meu
estomago.E sempre escondi isso de seu conhecimento.Mas no baile de formatura, quando estavámos
dancando lhe beijei.A música alta parei de escutar, as pessoas por um momento parou de existir para
mim.Teus labíos carnudos tocaram nos meus lábios apaixonados.Ficamos no beijando no meio da
pista, de danças durante minutos.E quando abri meus olhos e encontrei os seus, me olhando
assustada.Me arrependi e então saí correndo de lá, sem olhar pra trás.E desde então nunca mais tinha
visto Anita.
E olhar em teus olhos castanhos-claro na Redenção foi, como ter encarado no dia seguinte do baile de
formatura.Não sabia o que deveria dizer, o que fazer.E então ela me convidou para ir tomar um café
na cafetaria preferida minha.Sempre teve um sexto sentido bom, tomava as atitude certas.E tivemos
outros encontros e muitas conversas antes de começar a namorar.E em umas dessas conversas,
confesso-me sobre seu amor por mim.Nossos segredos do passado eram iguais.Não só as nossas mãos
que foram entrelaçadas, nossas vidas também.
Porto Alegre - RS.
17 de Março, de 2012.
As luzes do nosso quarto apagada, apenas o luz do abajur ligada.Iluminando as coisas que estão mais
perto.E eu sendo iluminado por minha pequena, deitada ao meu lado no chão, do quarto.Com a
cabeça deitada em meu peito, ela diz que é melhor coisa que já escutou; as batidas do meu
coração.Tiro alguns fios de seu cabelo que insisti cair em seu rosto.Custo acreditar que pode ser a
última vez que vamos estar aqui juntos, unidos.Passei cinco anos sem vê-la e agora que estamos
casados, vamos ficar um ano ou até mais do que isso longe um do outro.Anita trabalha em uma revista
de moda, é jornalista principal.E sua chefe lhe escolheu, para ir pra Paris.Fazer reportagens, de como
está a moda na europa.Isso durante um ano ou dependendo pode ficar muito mais do que isso.E não
tinha como negar, não poderia recusar essa portunidade, já que esse era seu grande sonho.Trabalhou
anos para isso e logo agora não aceitar, só por causa do seu marido, do nosso sonho de termos um
filho esse ano.Mas esse sonho poderá se realizar quando voltar pro Brasil, eu, como seu marido estarei
lhe esperando.Aguardando sua volta mais do que nunca.Só tenho medo de muitas acontecer nesses um
ano.Depois daquele nosso reencontro nossas vidas foram mudadas para sempre, isso pode acontecer
agora durante nosso afastamento fisico, porque estarei em teu pensamentos, em teu coração, pelo
espero perto dela por essas coisas.Por que mim é obvio que estará em meus pensamentos noturnos,
semanais.E uma parte de meu coração está sendo colocado em sua mala, essa noite.Se misturando com
as suas roupas, tentando buscar um esconderijio caso apareça um eclipse em nosso amor.Muitas
incertezas podem deixar as certezas na escuridão, de não sermos capazes de não enxerga-lás.Vivendo
km de distancia um do outro e os caminhos que trilhamos juntos talvez serão coberto por uma nuvem
preta, cheias de duvidas.
-Teus pensamentos devem está gritando dentro de você, por isso está calado.-Diz com uma voz
doce.Insiste-O que eles estão tanto de dizendo?-Pergunta enquanto passa a ponta do dedo indicador
em meu peito.
Causa um arrepio do fio de meus cabelos até os pés.
-Se tem noção de quantas coisas podem aconteçer em um ano e talvez você vai ficar lá mais de um
ano...-Digo com em um fio de voz, tremula.
-Mas eu vou voltar, Arthur.E eu sei que o seu maior medo é, que eu me apaixone por algum homem
durante esse tempo.-Apoia a cabeça em meu peito.-Vou dizer mais uma vez, olhando em seus olhos
verdes.-Olha fixo pro meus olhos.-Eu não quero outra pessoa, eu quero você!
Me viro pro lado direito, fico em cima dela.Mas apoio minhas mãos, para não colocar o peso do meu
corpo cima do seu.
-Isso me dá segurança.-Beijo sua testa.-E quando eu precisar ouvir isso e tu não estiver aqui?
Entrelaça os braços em meu pescoço.
-Pode me telefonar
-E se o seu telefone dar ocupado?
-Deixei um mensagem de voz, que depois vou te responder.-Beija a ponta do meu nariz.
-E se nós dois não tiver credito no celular?
-Você gosta mesmo de fazer drama hein, guri.-Sorri antes de continuar.-Eu tenho uma ideia pra resolver
esse seu problema.-Empurra meu ombro e se levanta
-Tenho medo das suas ideias, Pequena.-Sorrio.
Sento e encosto minhas costas da cama.Reparo em cada detalhe de seu corpo, desda dos dedos dos
pés até os cabelos vermelhos.Procura algo dentro de sua bolsa.
-Seu celular fico na minha bolsa?Não foi amor?-coloca a bolsa em cima da mesa, do computador e
começa jogar tudo que tem dentro dela pra fora.
Me levanto e abraço ela por trás.Cheiro seu pescoço, nisso ela para o que está fazendo.Inclina a
cabeça pra trás e aproximamos nossos lábios.Um gosto diferente, de um jeito de diferente.Como que se
já estamos nos preparadando para o nosso final.Isso não é errado, mas não quero isso, quero ela pra
sempre.Antes de parar de beija-la puxo seu lábio e em sussurro, quase não se ouve, mas escutei um
gemido seu.Beijo seu ombro e sento em cima da mesa.Ela permaneçe de olhos fechados, e começa a
chorar.
-Hey, Pequena!-lhe puxo pela cintura.-Não fica assim, vai ficar tudo bem!-Beijo teus cabelos.
Por fora mostro uma confiança, mas por dentro, choro como se estivessem tirando de mim o brinquedo
que mais gosto.Mas diante de seu despero não mostrar o meu também, tenho que te acalmar, mostrar
que estou aqui.
-Você não é o único que está sentindo medo das coisas que podem aconteçer, Arthur-Segura com mais
força o meu pescoço.-Não podemos jurar que não vamos nos apaixonar por outras pessoas, não
mandamos no nosso coração, mas... nesse exato momento eu quero você.Não estou pensando em
outro alguém...-Teus olhos me mostraram que era verdade cada palavra dita.
Encosta a cabeça em meu peito.Lhe abraço pela cintura, apoio meu queixo no topo, de sua cabeça.
-Temos a certeza que nos amamos, isso é importante.-Insisto.-o amanhã podemos ser apenas
conhecidos, mas vamos ter a certeza que nosso amor foi verdadeiro.
Anita concorda com a cabeça e se afasta um pouco de mim.Arruma seus cabelos, seca as lágrimas e
sorri.Isso é o que mais amo nela; Pode estar passando o que for, mas não irá negar um de seus sorrisos.
-E porque tu quer meu celular, maluquinha?-Passo as mãos no cabelo.
Esse gesto não passa despercebido pra ela.Que volta a se aproximar, fica entre minhas pernas.
-Você fica sexy, quando faz isso.-Diz sedutora.
-Claro que não...-Fico sem grança.-Eu sou sexy 24 horas, baby!-Rimos juntos.
-Convencido!-dá um tapa em meu braço.E vira de costas pra mim, apoiando o corpo no meu.
-Não sou eu que fico dizendo: "Sou a pessoa mais linda desse mundo".-Imito sua voz.
A música do radio não se escutou por segundos, por conta de sua risada.Mas pouco importa a música,
em qual estação de radio está.Nesses poucos segundos sua risada foi, como uma música
favorita.Aquela que quando escutamos, não importa aonde estamos, paramos e ficamos escutando.Com
os olhos fechados, cantando cada verso mais alto que o cantor, e fica feliz por simplesmente ter
escutado ela.Tua risada é assim pra mim; Favorita, melhor que qualquer outra coisa.
-E eu não sou a pessoa mais linda desse mundo?-Me pergunta com uma cara de menina sapeca.
-Minha mãe diz o mesmo, pra mim.Que sou o homem mais lindo.-Sorrio.-Isso sim é verdade, Ani.
-Então somos o homem e a mulher mais linda, desse mundo.-Selinho.-Mas então, aonde está seu
celular?
-Está aqui, Dona Anita.-Tiro ele do bolso da calça e coloco em sua mão.
-Vou deixar algo gravado dele, assim quando bater uma saudade de ouvir minha voz, já sabe o que
fazer, mocinho.-Diz enquanto mexe no celular.-Achei!-Para de mexer e aproxima ele dos seus lábios.-
Oi, Amor!Tu é um guri muito lindo, Sabia?Claro que sabe, do jeito que você é convencio.-Dá uma
risada.-Mas espero que você tenha conhecimento do meu amor por você, como tem sobre tua
beleza.Eu te amo, tutu.-Salva a gravação e coloca o celular em cima da mesa.
-Você sabe que não gosto quando me chamam, de tutu.-Fecho a cara.-Isso era meu apelido, de quando
era bebe.
-Não precisa fechar a cara, Arthur.-Senta do meu lado.-Mas quando faz isso parece que ainda é tutu.-
Tenta segurar a risada, mas é em vão.
-Anita!
-Já parei!
-Bom mesmo hein.-Me levanto e caminho até a janela.
Vejo casais andando de mãos dadas, Pais levando seus filhos para passear.Será que eu e Anita vamos
ter essa oportunidade?De levar nossos filhos pra brincar, no Parque da Redenção?Mas... quando filhos
ela quer ter?E os nomes que pensa em colocar?
-Quantos filhos quer ter?E quais seria os nomes?-Pergunto rapidamente.
-Ham?
Volto a me sentar em cima da mesa, ao seu lado.Me olha com a testa franzida, com um olhar de
interrogação.
-Quantos filhos quer ter?-Deito minha cabeça em suas pernas.
-No maxímo dois.-Responde enquanto eu acaricio seu braço.
Coloca a mão em cima da minha, que está apoiada em minha barriga.
-E quais seriam os nomes, de seus filhos?
-Os nomes de nossos....A menina se chamaria Manuela e o menino Miguel.Gosta desses nomes?
-Adorei os dois.-Fechos os olhos e sorrio.
-Posso saber o motivo desse sorriso?
-Claro.-Abro os olhos.-Estou pensando se a Manu vai ter seu sorriso encantador e se, o Miguel vai ter
os meus olhos verdes.
Me olha admirada, com paixão
-Teus olhos tiveram um brilho, de diferente agora.Não sabia que queria ser tanto pai assim, Arthur.
-E quero!
-Mas ainda temos vinte três anos, pra ficar pensando em filhos agora.E vamos em dormir e amanhã o
dia é longo e...
-E vamos tomar café na nossa cafetaria preferida, Ani-Disse com fimeza.
Me levantei e lhe peguei no colo.
-Vai me levar pra onde, meu princípe de skinny?-Murmurou entre um selinho e outro.
-Para nossa cama de amor, Minha Pequena-Grande dama.-Disse enquanto a deitava na cama, devargar.
Deitei ao seu lado, com meus olhos cheios de esperanças.Diante de uma tempestade o nosso amor
permaneça.Suspirei de alívio quando Anita entrelaçou nossos dedos, debaixou das cobertas.Nossos
olhos fixos no teto, mas os pensamentos perdidos se cruzaram.
-Acaba aqui as nossas incertezas, Arthur.Vamos viver esse momento, como se não fosse último ou o
primeiro de muitos, será que podemos apenas...Viver?-Disse se aconchegando em mim.Abraçou minha
cintura com as pernas e deitou a cabeça no meu peito.-Só vou sentir falta desse meu travesseiro
peluto.-Riu.
Jogos nossas cobertadas no chão, tiro minha camisa.E ficou em pé, em cima da cama.
-Será que hoje posso pular, sem ouvir suas reclamações?-Imploro.-Por favor?!
Se sentou e cruzou os braços.E vez bico.
- Só se eu te acompanhar.-Disse levantando e fica de frente pra mim.
-Você vai junto nas minhas infantilidades.-Pego tuas pernas e entrelaços em minha cintura.
Segura forte meu pescoço e deita a cabeça em meu ombro.
Os meus medos em questão de segundos desapareceram, as certezas foram clareadas pelas luz de
nosso amor.Antes parecia uma luz fraca, de um abajur.E agora parece que vários carros nos cercou e
acederam seus varões.
-Estou mais leve... sem preocupações.Apenas te amando nesse momento.
-Passamos tanto tempo nos preocupamos sem pensar no agora.
-Para de enrolação e começa a pular, seu falador.-Disse me dando tapas nos meus ombros.-Anda, vai!
-Sua mandona!
Começo a pular.Nossas cabeças quase encosta no teto.Os sorrisos de felicidades, os brilhos nos olhos
são mais fortes, que a luz do abajur, no criado-mudo.Minha risada rouca, aguda se mistura com a
dela.Embalam o nosso quarto, e até mesmo o apartamento de cima, de tão alto que estamos rindo.Em
uma noite silenciosa.Vimos a evaporação de nossa tristeza, de nossos medos.Em segundos acabaram e
foram meses construíndo eles em nossas aveias, em nossos corações calejados.E isso nos ensinou uma
coisa; Anos para construír uma coisa especial e quando já está firme, as vezes deixamos de ter a
importancia de antes e deixamos de dar o amor suficiente e ficamos só tentando impedir que isso
acabe, despareça, mas um simples ato torna anos de dedicação em vão.E se for pra ser assim, não é
melhor passarmos anos o amando, nos imporntando com o agora e não com o amanhã?Fazemos hoje
porque o amanha é talvez.
Descansamos nossos corpos no cochão gelado, macio.Em nossos rostos espressão do que grita dentro
de nós; Alegria, calmaria.Tivemos uma ótima noite de sono, que não tinhamos há anos.Fomos para o
mundo dos sonhos sem pensar no dia seguinte de nossas vidas.
Passo Fundo - RS
28 de Janeiro, de 2020.
CAFÉ OÁSIS.
Sou mais um ser comum, nessa caferia; tomando o classico chapputino, lendo um livro e fumando um
cigarro.Sentado em uma das mesas do terraço, aonde podemos ver o céu e sentir um pouco do vento
existentes, da tarde de verão.
O céu sem nenhuma nuvens, gosto quando ele estás assim.Aparece um mar infinito, que passamos
horas nadando e é como continuarmos boiando no mesmo lugar.Quando Manuela passa as ferias de
julho aqui, comigo.Esse é o seu segundo lugar preferido, gosta de sentar nessa mesa, só para procurar
desenhos nas nuvens e faz isso desdo primeiro dia que eu lhe trouze aqui, até hoje, mesmo com 8
anos de idade.Ficamos iguais bobos vendo coração, ursos no céu.Ela já diz que sou um bobo toda
hora, acredito nisso.Quando minha filha está comigo me sinto um garoto apaixonado, um garoto tento
seu tesouro precioso.
As manhãs geladas, de julho são as minhas preferidas.Porque sei que vou ouvir a voz de sono dela, me
chamando para ir ao seu quarto.E a noite ver seus olhos verdes não conseguindo se mantér aberto,
para ver o final do filmes, que estamos assistindo na sala.Terei que pega-la em meus braços, já um
pouco cansados por conta da idade.E deitadará em sua cama, e cobrirá com os dois cobertor e dar um
beijo em sua testa.Ou as vezes ler uma história antes de dormir, já lemos Romeu & Julieta, O morro do
vento uivantes e entre outros clássicos da literatura estrangeira.Esse seu gosto de livros, já puxou para
mãe.E o sorriso encantor, que tira qualquer tristeza minha, também.
E umas das noites de ler um livro, ela me fez uma pergunta sem resposta; "Pai, você ainda ama a
mamãe?".Simplesmente lhe dei um beijo na testa e desejei boa noite e fui dormir.Tentar dormir, melhor
dizendo.Apaguei a luz do quarto, mas uma luz em minha alma foi acessa.Um luz que foram dias de
luta para apagar, mas não conseguia.Então tirei a lampada e fiquei, ainda fico vivendo no escuro.
E até hoje não sei a responder dessa pergunta, posso lhe responder como os bebês nasçem, porque o
céu é azul e não rosa, porque as crianças cresçem, porque as pessoas vão morar com o papai do céu,
mas se ainda amo a mãe dela, não consigo responder.Talvez eu sei a resposta, só não consigo dizer.
Anita não volto de Paris, mesmo sabendo que estava gravída de mim, quis ter a criança lá.Eu fui
algumas vezes, fiquei em seu apartamento pequeno, mas arrumado.Conheci o Rio Sena e claro a Torre
Eiffel.Todas as vezes que fui para Paris, um novo amigo de Anita aparecia nos lugares que estavámos,
em seu apartamento, na horas que estavámos fazendo amor.Em todo lugar ele aparecia, me fazendo
sentir um estranho na vida, de minha mulher.Em uma das suas visitas ao apartamento, ela não estava,
mas ele preferiu esperará, então sem nenhuma vergonha na cara me contou: "Eu dormir com a sua
esposa, Arthur.Um mês depois, que ela veio pra cá.Ela precisa de um homem ao lado dela e não do
outro lado do mundo, ela precisa de um homem digno para estar ao seu lado, segurando sua mão.E
esse homem não é você'.Nem cheguei a masticar essas palavras que ele jogou, simplesmente lhe dei
um soco na cara e o joguei na calçada.Em teus lábios um sorriso, de vitoria, como se conseguiu o que
queria.E sentei no sofá, da sala.Esperando Anita, tive as resposta de seu afastamento, do modo estranho
que agia comigo, diferente daquela do Brasil, que tanto conheço.E porque o remedio para dor de
cabeça não tinha resultados, todas as noites.Fugindo de contato, de meus beijos, de meus carinhos e
do sexo.Lhe esperei, mas só recebi uma mensagem, no celular: "Não tenho coragem de olhar em seus
olhos e dizer... que é verdade o que o Junior disse.Só quero que sabia que te amo, que sempre lhe
amarei, Arthur.Não vou pedir para me pedoar, para ficarmos juntos depois disso, eu sei que você
nunca vai me perdoar.Só tenho que conviver com as consequencias do erro que cometi.Antes de sair,
deixe a chave com o porteiro...Goodbye my love".Fechei a porta de seu apartamento, sabendo que a
porta de minha vida estava sendo fechada, para ela também.Dito e certo,Nunca mais nos vimos
pessoalmente, é raro as vezes que nos falamos por telefone, para falar sobre a Manuela.E depois que
fiquei sabendo a verdade, conversava muito com a mãe de Anita sobre o bebê.Ela que me ligou, ás
duas da manhã, para contar que eu seria pai, de uma menina saudavel, pelo o quê deu no
ultrasom.Fomos juntos para Paris ver o nascimento, de Manuela.Essa foi a única vez que olhei
novamente nos olhos de Anita, que mal trocou uma palavra comigo.E muito menos me olhou nos
olhos, por vergonha, disse á mãe.E ainda de sobra encarei novamente o Junior, que estava ao seu lado,
no aeroporto.Segurando sua mão, e beijo rapidamente sua boca, para deixar claro que estavam
juntos.Casados, ele teve que estender a mão esquedar, para me comprimentar.E sua mão teve como
comprimento o vento gelado, que estava aquele dia.
No dia seguinte Manuela nasçeu, ás 20:37 horas da noite.No dia 18, de Dezembro.Esse acontecimento
nos ver olhar um pro outro, com carinho outra vez.Esqueçemos as magóas, a vergonha de encarar a
cara um do outro.Agradeçemos por porpocionar esse momento tão maravilhoso, especial na vida um
do outro.Nossos mãos ficaram entrelaçada todo momento, na hora do parto.Fiquei ao lado de Anita,
lhe dando força, mostrando que ainda estava ao seu lado.E seus olhos ficaram fixos em mim, seu
sorriso encantor aparecia uma hora ou outra.E cada vez que isso acontecia um pouco de minha magóa
saía de mim, toda a raiva desapecia.Deixando o amor ainda existente, sozinho em meu peito.Antes a
sala era embalada pelo os gritos, de dor, de Anita.Mas quando parou de gritar, uma menininha muito
pequena e toda suja, de sangue chorou, pela primeira vez.E fez um homem chorar, sorrir ao menos
tempo; Teu pai.E em um fio de voz, Anita pediu para segurar nossa filha, então o medico colocou
Manu em seus braços.E apoiei meu rosto na cama, perto do da Anita.Olhei os olhos verdes, da minha
garotinha, seu rosto tão pequeno, mas tão bem desenhado.E teus cabelos vermelhos, podemos ver
quando a enfermeira limpo sua cabezinha.O ser que mais amo agora tem rosto, sorriso e mãos.Fiquei
deslumbrado pela sua beleza.E orgulhoso de mim mesmo, por ter uma filha tão linda, tão perfeita.Então
Anita voltou a encarar o meu rosto, com seu sorriso encantador, de sempre.O suor em seu rosto não
lhe deixou menos feia, pelo o contrarío, deixou mais bela, mais mulher.Me disse algo, em um sussuro,
por conta da franqueza.E o choro de nosso pequena me impediu, de escutar sua voz, mas fiz uma
leitura lábial e conseguir entender o que ela disse; "eu te amo!".
No bolso, do meu casaço sinto meu celular vibrando.Me tira do porão das memorias, me traz de volta
para realidade.Pego meu celular e clico no visor: "Anita: uma mensagem nova".
E rapidamente clico em aceitar e pra minha surpresa, não é um sms.E sim um video, feito com fotos
minhas, de Manuela e de Anita.Algumas estamos os três juntos, outras está apenas um de nós, outras
só dois.
-Elas devem ter lembrado, do meu aniversario.-Disso baixo, para ninguém das mesas ao redor escutar.E
sem tirar os olhos do visor, do meu celular.
E antes de acabar o video apareçe umas coisas escritas: "Parabéns Pai!.Parabéns Arhur!Eu e a Manu
estamos desejando muitas felicidades, saúde, já que você ainda fuma.E muito sucesso.E muito Amor!
Estamos com saudades...".
Hoje não vai chover, mas me molhei.Com as gotas de minha lágrimas, por conta desse presente.Por
sabe que as duas pessoas que tanto amo ainda lembram, do dia do meu aniversario.Mas ficaria mais
feliz se recebe uma visita delas.Anita me manda uma nova mensagem: "Se você não parou de chorar
não vai conseguir ler, Arthur.Gostou da música, que colocamos no video?Essa música me faz...lembrar
de nós dois.Me dá vontade de voltar no passado e fazer tudo diferente.Porque hoje estariamos os três
juntos.Anos atrás não lhe pedi perdão, mas hoje, ME PERDOA?".
Tudo aconteçe na hora certa, não é só a gente tem nosso proprio tempo.As coisas também.Se ela teria
me feito anos atrás, não lhe perdoria, como hoje.Secei minhas lágrimas, com as costas de minha
mão.Então volto a ler sua mensagem, para ter a certeza que cada palavra que acabei de ler estavam
certas.Olho ao meu redor; as pessoas tomando seus cafés, conversando sobre os seus dias, sobre as
vidas delas.E com um sorriso nos lábios, e com as mãos tremulas e suando lhe respondo: "Saiba que
consegui ler, já tinha parado de chorar.Tu sabe que amo Story of a Man, é a música que não paro de
ouvir.Manu deve ter contado isso, conheco a nossa filha.Bom sabe que não sou o único a lembrar de
nós quando ouve ela.Não dá pra mudar o passado, mas dá para mudar o nosso futuro.Lhe perdou,
minha pequena.Estou indo agora mesmo comprar uma passagem, para Paris.Estou chegando!".Antes
mesmo de acabar de escrever a mensagem, já saí correndo, do Café Oásis.Deixei da mesa uma
quantia, de dinheiro.Como pagando do café que tomei.E quando lhe mandei a mensagem, já estava a
caminho do aeroporto.
-Que porra, de transido!-Bato do volante.
Ligo o arcondicionado, e permaneçe do mesmo jeito, de quando ele estava desligado.Então desligo
denovo.Passo as mãos no cabelo, lembro de Anita dizendo, que fico mais sexy quando faço isso.E por
conta desse pensamento dou uma risada.
-Puta que pariu!Eu amo ela!
Meu celular começa a tocar.
-Alo!-Digo desperado.
-Sou eu, Arhur.-Recomeço a voz de Anita; tremula, baixa.Só fica assim quando ela chora.
-Andou chorando?Ou está chorando, Ani?
Escuto sua risada, no outro lado da linha.
-Depois de ler sua mensagem, não tinha como eu não chorar.
Silêncio.
-Me perdou mesmo?Vamos ficar juntos agora?-Escuto seus soluços.
-Pade de chorar, Ani!Claro que vamos ficar juntos.
Percebo que transido dimunuiu um pouco.Apoio o celular em meu ombro, pra voltar a dirigir.
-Vou estar aqui te esperando, meu amor.A Manu também.
-Como ela está?
-ela está...-Meu celular escorrega e caí enbaixo, do banco do passageiro.
-Que bosta!-Me agacho para pegar meu celular.
E acabo deixando um mão no volante, e o meu pé no acelerador.E volante acaba girando pro lado
esquerdo.E quando vou a me sentar rapítamente no banco, vejo um caminhão vindo com tudo, em
minha direção.E a última coisas que meus olhos poderam ver, foi a foto de Anita com a Manuela, que
tem no meio de um coração pinturado no retrovisor.Na minha frente passo um filme, de minha
vida.Desde meus primeiros passos, das minhas primeiras palavras, de como minha vida era uma merda
até a Anita aparecer e tornar tudo mais bonito, me dando vontade de viver.Ironico isso, eu aqui
morrendo e só de pensar nela sinto uma vontade louca de ficar vivo, para ter ela denovo em meus
braços.E então nossa filha também aparece nesse filme, me fazendo chorar, rezando para não ser o
meu final.E último pensamento que tenho é de nós três, andando de mãos dadas pelo Parque da
Redenção.No pouco segundos de minha existencia, responde a pergunta que Manu fez pra mim anos
atrás:
-Amo tua mãe e sempre amei.-Digo essas palavras antes de tudo ficar escuro.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
A floresta; As cartas, o nativete e o baú
São paulo dia 03 de julho, de 2000.
"Como pode ver, sei escrever e a ler agora.Do jeito que tu és inteligente já aprendeu também.Espero
que sim, assim você consegue ler essa carta, que estou lhe escrevendo.
Aqui só podemos mandar uma carta por ano, pra algum parente.Mas a primeira carta queria mandar
para ti, Marina.Ano passado não me deixaram nem mandar um desenho pra você, já que tem ser carta.
Agradeça ao céus por não ter sido mandadá pra algum lugar, como esse.É um colegio só para garotas o
único homem nesse lugar, é diretor.E é a única pessoa boa aqui, a única pessoa aqui com quem eu
converso.Logo nos primeiros dias eu não queria comer, não conversava com ninguém, só sabia chorar
e só chamava por ti, minha amiga.E ele foi o único que me acalmou, conversou comigo.E ele
prometeu que todas as vezes que eu quisesse conversar com alguém, eu poderia ir em sua sala para
conversarmos.E assim foi; Todas as vezes que eu sentia sua falta, a sala dele se tornava como a nossa
floresta.E falando nisso, que saudade que sinto dela, dos cavalos do sítio, dos seus pais.E sinto falta dos
seus pais, também.E os meus pais devem estar felizes sem mim, sem as minhas "artes" para os
comodar.E o meu irmão, estás te imcomodando?Aposto que sim...
Nossa amizade será como as inicias gravada, na árvore que tanto gostamos; para sempre.Fiquei bem!
bjus.Eduarda.
15 anos depois de ser escrita essa carta, em uma maquina de escrever, que a guria leu.Marina
mexendo em uma gaveta que esposo aguarda as coisas de quando ainda eram crianças.Encontrou
outras carta, além dessa.Já todas amaleras, mofadas dentro de um pequeno baú.E logo na primeira frase
já descobriu quem lhe escreveu; A sua melhor amiga, na infancia.
Aquelas palavras escritas no passado lhe causou uma louca felicidade, de poder encontrar outra vez
Eduarda, simplesmente para dizer que todos esses anos distante não foram bom.Quantas noites pegou
no sono pensando aonde tua amiga poderia estar, se estava bem.Se ao seu redor teria alguém que
fosse capaz de te amar, como ela ama até hoje.E finalmente escutar a voz que tanto seus ouvidos
sentem falta; de escutar aquela voz rouca e ao menos tempo doce, cantando uma música de ninar ou
qualquer outra.E no aconteçimento de coisas boas sua vontade é sempre de abrir a porta, de sua casa.E
pisar nas terras do sitio e correr na floresta, entre as árvores e parar de correr só quando Eduarda
aparecer em sua frente, para sim contar á coisa boa que acabo de aconteçer.Sentiu isso quando
realizou seu sonho de conhecer Paris, quando desconfiou que estava esperando um bebê e depois que
vez o exame de Farmacia dando a certeza que estava grávida.E quando algo ruim lhe acontecia queria
receber aquele abraço caloroso, que só Eduarda poderia lhe dar.Mas quando sua filha morreu, na
quarta-semana de grávidez só recebeu o abraço frio, desconfortante de seu esposo, Samuel.E na
maioria das vezes só restava deitar em sua cama, e aqueçer o travesseiro com suas lágrimas.
Colocou a carta no mesmo lugar que encontro, segurando o baú contra seu peito e se sentou na ponta,
da cama.Saboriando o gosto de suas lágrimas que, são mais salgadas do que o mar.Essas gostás são o
manifesto de saudade.Querendo de volta as tardes que elas brincavam, na floresta.Eduarda morava no
sítio vizinho, então desde pequenas foram amigas.Chamava uma á outra de irmã, dividiam os
brinquedos.E ao lado de sua fiel amiga se sentia livre para ser o que era, para sorriso todas as vezes
que sentia vontade.E podia ficar em silêncio, que a outra não lhe perguntava o porque invés disso
acompanhava seu silêncio, apenas segurando sua mão.Eduarda era uma menina aventureira, sonhadora
e era dela que surgiam as brincadeiras mais loucas, que se os pais ficassem sabendo iriam ficar de
castigo, e isso sempre aconteçia porque o irmão mais novo de Eduarda, o Samuel sempre contava pro
pais deles, e sempre na tarde seguinte a menina não aparecia no horario marcado.E um dia longe uma
da outra não era nada perdo que veio aconteçer.Quando fizeram 6 anos de idade, foram separadas
mais que um simples dia.No horario de sempre, a menina alegre, sorridente apareceu chorando,
desesperada.Eduarda em um fio de voz, contou para Marina que aquela seria a última tarde que
passariam juntas, que tua mãe tinha acabo de lhe dizer que iria pra um colegio interno.As duas se
abraçaram, querendo permaneçe assim até a semana seguinte.Não tiveram vontade de brincar, de
comer jabúticaba.Simplesmente deitaram no chão, da floresta e ficaram admirando o céu, com as mãos
entrelaçadas.Nenhuma palavras dizeram uma pra outra, mas antes de irem embora, pra suas
casa.Eduarda tirou um nativete, do bolso e escreveu a inicias de seus nomes, na árvore que elas mais
gostavam e depois de horas em silêncio dizeres "nunca vou ter uma amiga como você, Marina".E saiu
correndo, sumindo do campo de visão, de Marina.Que volto chorando pra casa, deixando seus pais
preocupados, mas não deve forças para contar que sua melhor amiga iria embora.Deitou em sua cama,
chorando e acabo dormindo.E todos perceberam que depois que a menina Eduarda foi embora, a
menina deixou ser falante, como era.Só fala quando era muito necessário, aprendeu a ler logo que
entro na primeira seríe, um mês depois que se separou de sua melhor amiga.Então passou a ir pra
floresta, para ler um livro.E para sentir a companhia que estava lhe fazendo uma falta tremenda.E pra
fugir de Samuel, que insistia em ser seu amigo, fica na escola em seu pé, tentando arrancar palavras
sua, e seguia seus passos.E a menina foi vencida pelo cansaço, se tornando então amiga de Samuel.E o
lugar que sua irmã o proibia de ir, quando ainda morava no sítio, se tornou seu e de Marina.Os dois
liam juntos, as vezes conversava, mas a menina não dava tão abertura assim, apenas não queria ficar
solidaria.E menino tentava roubar de seu coração o espaço que era de Eduarda.Ser tão especial quanto
ela, de fazer as mesma brincaderias, mas melhor.Tudo isso em vão.Marina deixou de falar de Eduarda
e as pessoas ao seu redor deixou de dizer sobre ela também, já que a menina não queria mais tocar
nesse assunto, deixando assim Samuel feliz.Esperançoso.Com o passar dos anos, eles se aproximando
mais e mais.
Marina voltou a pisar os pés no sítio vizinho, e as lembranças que atormentava só no final do dia
passou a ser a tarde inteira.E logo que o senhor e senhora Alburguerque viram a menina denovo pelas
bandas do sítio, agora com filho.Viram que o plano de unir o filho com a menina, deu certo.E na
primeira oportunidade que tiveram de contar para menina sobre como Eduarda estava, contaram.Do
jeito oposto da verdade; Ligavam no colegio contando que a menina não queria comer, que chorava e
pedia para voltar pro sítio, pra ver uma amiguinha.Invés disso dizeram que Eduarda não queria mais
voltar a morar no sítio.Que estava adorando o colegio e já tinha feito outras amiguinhas, e nunca
perguntou sobre Marina.E diante disso a menina chorando correu pra floresta, sentou debaixo que tinha
as suas inicias gravadas.E foi consolada pelo seu novo amigo, que tirou do bolso o mesmo nativete,
que Eduarda usou para escrever na árvore.Rabiscou a iniciau do nome da irmã e colocou a iniciau de
seu nome.E depois desse dia pareceu que também á substituíu até no coração, da menina.
O barulho da porta, fez Marina se levantar rápidamente e aguardar o baú no guarda-roupa, mas aonde
fica as suas roupas.Estava com raiva do marido que todo esse tempo não lhe entregou as cartas.Lhe
enganou todos esses anos, nas poucas vezes que falou de sua irmã.
-Acredita que finalmente consegui vender o sítio que era dos meus pais?-Samuel lhe perguntou
enquanto ainda sumia as escadas.
-sério, amor?E quem é o comprador?-Marina tratou logo de secar as lágrimas com as costas das mãos.E
se mantér firme, diante de seu esposo.
E logo que encarou o rosto dele, deve vontade de dar uns tapas.Dizer que finalmente descobriu as
cartas, que Eduarda não tinha esquecido dela.Mas preferiu fingir que não sabia de nada.
-Ainda não sei quem é, só vou saber mais tarde, a dona irá vir para conversar comigo.-Disse se
aproximando dela e beijou teus lábios.
Mas ela virou o rosto.
-O que aconteçeu?-Lhe perguntou colocando as mãos na cintura.
-Como você pode fingir que a sua irmã nunca mandou uma carta, para mim?Que ela não queria nem
voltar pro sítio?-Marina perguntou em gritos, com lágrimas caíndo de seus olhos.-Achei o baú com as
cartas que ela me mandou, que nunca foram entregues para mim.Como você pode?Se me ama mesmo,
teria me entregado.Seu mentiroso!
Samuel não sabia o que fazer.Se engava dizendo que ficou sabendo depois que os seus pais morreram,
no ano passado.Ou se conta-se a verdade.
-Eu te amo e por isso não lhe entreguei nenhuma dessas cartas.Não teriamos nos aproximados,
talvez.As cartas que ela lhe mandava chegava primeiro em minhas mãos, então eu as aguardei em um
baú.Nem meus pais ficaram sabendo.-Contou a verdade para esposa, não queria mentir mais que todos
esses.
-Isso que você sente por mim é odio, não deve chamar isso de "amor".-Deu um tapa na cara de
Samuel.-Você sabia como eramos proximas uma da outra, de como a nossa amizade era importante, e
ainda é.-Se afastou do esposo e pegou o baú.
E saiu correndo pra forá de casa, mas Samuel vinha os berros atrás.
-Ela te amou, descobriu os verdadeiros sentimentos por você, lá no internato.Ela é uma....sapatão.Uma
pecadora, não mereçe o carinho que tu sentés por ela.
Marina permaneçeu correndo, sem rumo.Simplesmente querendo ir pra longe das mentiras.E só parou
de correr quando deixou de escutar os berros de Samuel.E correu mais um pouco, para chegar na
árvore que não via há anos.E paro uns metros antes, de chegar na árvore.Viu um moça, de cabelos
castanhos que chegam até a nuca.Com um chapeú de cowboy segurando em uma das mãos.E com
roupas dos piãos que vê andando por aí; Camisa xadrez, calça jeans apertada e botas.Ver o rosto dela,
por conta de estar de costas, observe a árvore que tem as inicias de "S&M".Era pra ser "M&E".
Colocou o baú no chão, se fazer muito barulho e se aproximou da moça desconhecida.Surgiu um
pensamento, que talvez essa moça não é desconhecida.
-Eduarda?!-Lhe perguntou com receio.De como seria a reção da moça á sua frente.
E se fosse mesmo Eduarda?Estariam juntas depois 15 anos separadas?
Uma voz doce, tremula de medo.Eduarda se virou e encontro outra vez os olhos verdes, que nunca
achou outros iguais.Outros que fizerés sentir o que sentia quando olhava pra ele, ainda quando era
menininha.E agora na mesma floresta de 15 anos atrás encontro a linda mulher, que Marina se
transformou.Os cabelos loiros compridos, como sempre.O rosto angelical, mudadés um pouco.E os
olhos entregava quem era, quem foi.Mas suas magóa, lhe encontrou outra vez.
-Fugis-te de mim durante 15 anos, Marina.Mas infelizmente comprei o sítio que era de meus pais.Terás
que conviver com minha pessoa, querendo ou não.-Disse com uma firme.Causando um arrepio na
mulher á sua frente.
Marina não acreditava que depois de anos sonhando, imaginando.O reencontro com sua melhor
amiga, de infancia estás acontecendo.Não como imaginou, mas é real.Não foi recebida calorosamente,
mas agora entende como Eduarda sentiu todos esses anos.Se sentindo abandonada,
esquecida.Querendo esquecer a infancia.Se não soubem das cartas, falaria poucas e boas para ela.Mas
simplesmente sorrio.
Tentou abraça-la, mas Eduarda segurou seus braços, e se afastou rapidamente.
-Vou um engano, acredite em mim!-Sublicou.-Teu irmão foi um canalha, todos esses anos me
enganando, me contando que tu me esquerés, que nem queria voltar a morar no sítio.Mas depois que
15 anos de mentira, hoje descobri a verdade.Achei aonde ele escondeu todos esse anos as cartas que
me mandou.-Apontou pro baú.-Se fosse tu não iria acreditar em minhas palavras, mas sempre foi muito
melhor que eu.-Se sentou no tronco caído no chão.Apoio os contovelos nas pernas e colocou o rosto
entre as mãos.
Enquantou á outra andava de um lado pro outro.Como se isso lhe ajudaria acreditar ou não, nas
palavras ditas pela pessoa que nunca lhe mandou uma carta, não deu nenhum sinal de vida.E agora
lhe conta que não tinha conheçimento das cartas?Poderia estar arrependida de nunca responder,
mas...Marina nunca foi de mentir."As pessoas mudam, Eduarda".Pensou."E aquilo que tanto a pessoa
quer mudar, permaneçe igual".
Sentou-se ao lado de sua antiga amiga.Se sentiu uma garotinha denovo, com medo de perder a melhor
amiguinha, a única que tinha.Mas agora com o coração transbordando de amores, e não de amizade,
como era antes.
-Olha pra mim!
Marina obeçeu.
-Durante esses 15 anos sentimos a mesma coisa, pensando que a outra não sentia nem um pouco.Nos
sentimos abandonada, traída.Querendo com as nossas forças esquecer a nossa antiga amizade,
esquecer o tempo de criança.-Entrelaçou seus dedos nos dela.-Simplemente me abraça...pode...-Foi
imterropida por Marina, que tratou logo de abraçar-te.Entrelaçando os braços em seu
pescoço.Segurando forte, querendo ter certeza que não era delirio, ou sonhos como outros.
-Não sabe como senti sua falta, Duda!Foram horriveis esses anos sem ti, querendo lhe contar as coisas
boas que aconteciam comigo, e as coisas ruins também.E quando seus pais me contaram que tu tinha
feito novas amigas, e que nunca perguntou sobre mim, me senti traída, e... senti ciumes.-Agradeçeu
que Eduarda não pode ver rosto que, acabou ficando corado.Depois dessa revelação.
-Fique a senhorita sabendo que não fiz amiguinhas lá, no colegio interno.E todo esse tempo o que eu
mais senti...-As proximas palavras que iria dizer não conseguiram sair de sua boca.Por medo de
estragar esse reencontro.
Marina afastou um pouco o rosto para lhe encarar melhor, mas permaneçe com os braços entrelaçados
em seu pescoço.
-O que mais sentiu?Saudade?o que?
Respirou fundo antes das verdades serem ditas.
-Esse tempo que eu fiquei no colegio interno descobri que sou lesbica.-Marina lhe olho como se não
estivesse acreditando, no que tinha ouvido.-Eu gosto de mulher, Marina.Se tu acha isso pecado, não
aceita, me fale agora.
Nunca achou isso um pecado ou uma doença.Acredita em todas as formas de amor, que duas pessoas
do mesmo sexo se amam tanto quanto um homem e uma mulhe podem se amar.Amor é amor.E
quantas vezes pensou que o marido estava mentindo quando lhe contava que Eduarda se deitava com
outras garotas, lá no internato.E um pensamento vagou em sua mente, será que Eduarda ama algumas
dessas garotas?."O que estou pensando?".Sentiu uma queimação em seu rosto, provavel que estás
corada.E um sorriso bobo surge nos lábios de duda.
-Eu que deveria estar mais vermelha que um tomate, e não você, guria.-Beijas-te a testa.-Estás com
vergonha de dizer que sou uma pecadora?
-Estou com vergonha de lhe contar que se tu és uma pecadora, sou uma também.
-Como assim?Tu também é lesbica, Marina?É isso?-Se levantou.
Encostou a costas na árvore, querendo voltar á 15 anos atrás.Passou todos esses anos pensando que era
odiada por Marina e questão de segundos a vida lhe mostra o oposto.Teu coração foi se fechando
nesse tempo, todos os dias transbordava um pouco de amor, para sim o vento levar ao encontro de sua
amada.Cada pensamento nortuno se transformou em tornura, de lembrar que ela estava sendo tocada
por Samuel, sendo amada por ele, sendo a mulher dele.E simplesmente uma lembrança tinha
dela.Pensamentos semanais, noturnos e durante uma transa com uma garota, do colegio interno.Tantos
corpos tocou imaginando como era de Marina.
-Quando eu saí correndo de minha casa, seu irmão vinha correndo logo atrás e disse que tu descobriu
uma coisa lá no internato...e qual é essa coisa?-Marina lhe pergunto quando se levantava e parou uns
cm á sua frente.
-Se vai sair correndo por entre essas árvores quando saber a verdade, mas eu preciso dizer a verdade...
-Então diga!
As mãos de duda tocam o rosto da bela moça, de cabelos loiros.E com os olhos verdes, mais vivos que
a grama, mais natural que a natureza.Se encontra com o os olhos cor de mel, como a luz do sol
ilumina a grama.
-Em uma das aulas que eu tive lá, a professora nos pergunto como quem gostariamos casar, quando
sai-se de lá, e rapitamente pensei em você...Não como minha amiga, mas como minha esposa.Com
quem eu queria dormir todas as noites, sentir teu calor logo pela manhã, lhe despertar-te com um
beijo.-Suspira.-O meu peito de amizade foi se transformando em amor.
Palavras sairam e o peso de suas costas também.Calou esperando a pior reação que Marina podeia ter,
mas invés disso ela lhe abraça pela cintura.Encosta á cabela em seu peito.
-Eu não sei o que lhe dizer, mas não vou lhe julgar ou xingar.Até porque não estou conseguindo
entender os meus sentimentos, não sei se é algo parecido com o seu ou se é amizade.
-Só preciso...-Foi interropida por Samuel.Trata logo de se separar de Marina.
-Nem pense em tocar os seus lábios sujos, no boca da minha esposa.-transtornado de raiva e de idio,
puxa Marina pelo braço, sem se importa se deixaria marcas de seus dedos, na pele branca.
-Se tá me machucando, Samuel!-Marina tenta se soltar, mas não consegue.
-Solta ela agora!-Eduarda murmura com a voz firme.
Marina aproveita a troca de olhares entre Samuel e Eduarda, para se soltar dos braços do
marido.Rapidamente se coloca ao lado de duda.
-Tu só veio aqui para acabar com o meu casamento.Tem inveja de mim, porque a Marina não te
ama.Ela não é como você.-Grita pro quatro ventos.
-Eu tenho pena de você, meu querido irmão.-Coloca as mãos no bolso, da calça.E se aproxima do
irmão.
Se encaram, como dois animais selvagens pronto para briga.
Disfarçadamente, Samuel coloco a mão no bolso, de trás da calça.Segura a arma entre seus dedos,
pronto para sacar qualquer momento.
-Sei que posso estar pedindo minha propria morte, mas se eu morrer, quero sentir pelo menos uma vez
na vida...
Eduarda nem termina de falar, vai logo puxando Marina pela cintura, e á beija na boca.Teus lábios se
encontram cheios de desejos, de intensidade.E esqueceram na presença de Samuel que, nesse
momento a última consideração que tem na irmã, acabo alí.O beijo sela o reencontro, o recomeço
juntas, unidas até o fim.Muito além da vida, vai além dessa terra.Mas também sela o fim, sela a morte
inesperada.
Um pião que andava proximo á florestas, se assustou quando escutou um tiro seguido por um grito
desesperado, de uma mulher.E depois outro tiro, os passaros sairam de seus ninhos, desprotegidos
fizeram do céu um refugío.E o pião sem saber o que se fazer, apenas foi caminhando até o local, da
aonde o barulho do tiro veio.E antes mesmo de chegar lá, outro tiro escutou.Os passaros começaram a
voar em circulo, como doídos.Se cruzavam, se batiam um com outros, como a morte dessas pessoas
foram cruzadas.E até em fim o pião chegou no local do acidente, o cenario da morte.Viu dois corpos
de mulhures, um perto do outro.E mais distante, um corpo de um homem.Com a arma do crime, em
uma das mãos.E quebra-cabeça foi montado; O homem matou as duas mulheres e depois a tirou em si
proprio.Saiu correndo para pedir ajuda, mas levou consigo o baú.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Antes de anoiteçer
Os dois mal cabem no sofá e mesmo assim permaneçem deitados juntos, no sofá da sala.A tv
desligada, mas o radio da cozinha ligado na estação preferida de Miguel, aonde só toca os classicos do
rock.Transaram ao som de The Beatles, Olivia entre um gemido e outro cantava os versos da canção,
fazendo assim Miguel lhe acompanhar.Muitas pessoas dizem que depois de 5 anos de casados o fogo
acaba, deixa ter a mesma intensidade do começo do namoro.Com eles aconteçeu o oposto; Depois de
5 anos de casados o fogo queima mais a pele dos dois, de desejos.Todos os comodos do apartamento
aonde vivem há mais de 7 anos, guarda uma lembranças das tantas transas que tiveram.Na cozinha
ainda pode escutar os gritos de prazer, de Olivia.Na sala ainda tem cheiro de sexo, as amofadas que
tantas vezes foram seguradas pelas mãos, de Miguel antes do orgasmo.O correr já teve varias e varias
vezes roupas jogadas pelo chão, deixando uma trilha até o quarto ou até o banheiro.E nem a lavanteria
escapou de ser cenario de algumas transas, desse casal.E quando algum dos dois entre no box, do
banheiro tem a certeza que banho á dois é prazeroso e ainda economiza água.O quarto é o ninho de
amor, aonde muitas coisas já aconteceram, e até os dias de hoje não deixa de acontecer.Seja de
amanha, tarde ou noite.É aonde tem uma marca do casa, os cheiros dos dois se misturam alí.
E nessa tarde de verão, os dois espremidos no sofá vermelho, iluminados pela luz do sol.Braços e
pernas entrelaçados debaixo do lençou.Cigarros que foram apagados antes mesmo de acabarem se
encontram dentro do cinzeiro, no pé do sofá.E papeis de chocolates, garrafas de coca-cola pelo
tapete.Dormem depois de transarem, os suores já secados.No rosto uma expressão boa, adormeceram
com um sorriso nos lábios.
Miguel foi o primeiro a despertar, a primeira coisa que viu quando abriu os olhos foi, o rosto de sua
amada bem proximo do seu, dormindo.Os cabelos castanhos-claro desarrumados, alguns fios em seu
braço.Quando estão juntos se sentem protegidos do mundo, das pessoas de má fé.Como se tudo passa-
se acontecer dentro deles e não forá.E sutilmente se levanta do sofá, pra não acordar tua bela
adormecida.Com os olhos embaçados, por ter acabado de acordar.Vai pra cozinha e aproveita para
desligar o radio e tomar uma xicara de café.Entre um gole e outro se lembrou o que Olivia tinha lhe
perguntado horas atrás, sobre se queria ter filhos ou não.Os olhos delas estavam com um brilho mais,
parecendo que estava escondendo alguma coisa importante e especial.E de uma maneira não queria
falar ser a primeira a falar sobre isso, queria que Miguel percebe-se por conta propria.Então lembro da
última vez foram fazer as compras no mês passado, ela comprou o absorvente de sempre, mas logo
lembro que não viu os papeis deles, na lixeira do banheiro.E ontem quando foram no mercado ela não
comprou outro.Deixou a xicara em cima na pia e correu pro banheiro, e mexendo aonde são as coisas
dela, encontra o abservente intacto.
-Meu deus!Será a Olivia está grávida?-Disse enquanto fechava a porta do banheiro.
Então viu o calendario que fica pinturado atrás da porta.Olivia só marca nesse os dias que fica
menstruada, e se assuntou quando não viu nenhum dia marcado, como era de costume.E pra ter
certeza olhou as folhas dos outros meses, e também não estavam marcadas.E alguns meses que
estavam fazendo sexo sem camisinha.
Um sorriso bobo apareceu em seus lábios, uma felicidade lhe preenche.Desdo namorado conversavam
sobre ter filhos, construírem uma família juntos.Ainda adolescentes, deitados na cama de solteiro, no
seu antigo quarto.Depois do sexo ardente, os dois suados e pelados.Conversavam sobre filhos, quantos
teria e quais seriam os nomes.E hoje 11 depois finalmente vão ter o primeiro filho ou filha.Se lembro
que Olivia queria ter três filhos, todos os nomes já escolhidos.Três nomes de menina; Anita, Sophie ou
Manuela.E três nome de menino; Marcelo, Vinicius ou David.E saiu do transe, quando estou uma
música, sinal que Olivia já tinha acordado.Não esperou muito, já saiu indisparada para cozinha.Á
encontrou tomando o café que tinha deixado na xicara, com os cabelos desarrumados e vestida só com
sua camiza, que parecia mais uma camilosa nela.
-Tavo vendo seu abservente.-Se aproximo dela, com um sorriso nos lábios.
Olivia não entendeu nada.Porque seu abservente o tinha deixado com esse sorriso?Mas sorrio de
volta.E colocou a xicara dentro da pia.
-Não vai me dizer que está naqueles dias, amor?-Disse entrelaçadando os braços do pescoço dele, que
entrelaçou suas pernas na cintura.
-É sério, Olivia.Eu acabei de ver o seu pacote de absorvente intacto, sendo que você comprou no
começo, do mês passado.No calendario do banheiro não tem os dias que veio sua menstruação, e
você só marca nele os dias que vem.E estamos á meses fazendo sexo sem camisinha.-Se calou
esperando uma resposta da esposa.
Finalmente Miguel descobriu sua grávidez, não lhe contou antes, só porque que eles descobrisse
sozinho.E não é que ele descobriu mesmo?
-Fala logo!-Disse empaciente.
Ela permaneçeu calada, só lhe deu sim, como respota através de um sorriso.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Prontos & Molhados
Quase no final da tarde uma chuva forte começa a cair.Trovoes, granizio e raios.E um jovem e uma
jovem debaixo dessa chuva só encontraram proteção na casinha, do parquinho.Na praça perto do
metro.Ela estava indo pro medico pegar o exame de ainds, e ele estava apenas indo pra casa.
Era como se os raios, trovões fosse um aviso para os dois.Ela queria que aquelas gotas de chuva fosse a
esperança de mais vida, e ele queria simplesmente voltar pra casa, deitar em sua cama.
Cada um sentado em um lado da casinha, de frente um pro outro.Os olhares as vezes se encontravam,
se desviam juntos.
-Essa chuva não vai parar tão cedo...pelo menos é o que parece.
Quase não deu pra escutar a voz do garoto, por conta da chuva.
-É...acho que sim.
Enquanto ele procura o último cigarro que tem, ela procura nele algo comum, dos outros caras.Mas
nada em encontro, sem ao menos saber o porque, se senta ao lado esquerdo do moço.
-quantos anos tem, garoto?-Lhe pergunta o tanto reciosa.
E exato momento que os olhos dois se encontram pela primeira tão perto, algo mudou dentro deles,
mas lá forá continua uma chuva forte.Ele deixou de procurar o cigarro e passou a procurar uma
resposta, do porque que os teus olhos não consegue parar de olhar essa moça.
-Tenho 18 anos.pelo jeito não sou tão mais novo que você, não é?
um sorriso um pouco aparece em seu rosto, causando nele uma vontade de despertar outros mais
soltos.
-Tenho 17 anos.
-As aparencias enganam...
A vida é mesmo assim, feita de surpressas e desencontros.Desencontros as vezes é o achado, do
amor.O encontro as vezes é com a solidão.
A ansiedade de Ágata, de ir embora.Fugir pra qualquer outro ligar, pra ir ver o resultado do exame
passo, deixando uma vontade de abrigar nos braços dele, de abrir na companhia dele aquilo que irá
dizer muitas coisas que os humanos hoje não diz.Um recado guardo em algum espaço.
-Me chamo Hugo e você?
A voz rouca e firme de Hugo lhe tirou dos pensamentos.
-Ágata...
Outro silêncio se formo, deixando os dois perdidos em pensamentos conectados,
compartilhados.Mesmo sem saber, um pensa no outro.Naquela companhia nessa dia de chuva, de
trovôes.
Um gosto dominou tua boca lhe causa a vontade de ter entre os lábios não um malboro, mas sim, os
lábios dela.O pobre sempre sonha alto, em uma estrada de terra.E um rico não se contenta com o quê
tem.Se sentiu pobre, vazio perto dessa garota, que tem um cheiro bom, diferente das garotas de lá do
beco de trás, da sua casa.A garota tem uma energia que não se cruza com a sua, por isso se
encontraram em um dia de chuva, pois os melhores encontros tem que ter marcado pelas gostas.E as
palavras do narrador acompanha teu desespero para encontrar o cigarro deixando na mochila, horas
atrás.E o encontra e perdeu o esqueiro há mais de um mês.
-Eu acendo pra ti.-Estende o esqueiro bem proximo do cigarro dele e o acende.-Eu parei de fumar já
faz 1 anos...Minha mãe morreu com problema de pulmão.
-Minha mãe diz que isso é suicídio dos tantos dias de vida que eu iria ter...-Traga.-E que talvez esse
mal não sera o meu fim, e sim, o fim de alguém muito proximo á mim.-A fumaça sai entre uma
palavra e outra.
-Meu pai é fumante e está vivo e minha mãe morreu por conta...desse vicio dele.-Sua doce voz
carregada de odio vai de encontro as paredes e ao ouvido dele.
-Desculpa.-Apaga rapidamente o cigarro.-Com certeza vou lembrar disso, quando eu querer fumar.
-Não precisa pedir desculpa.-Disse sorrindo, enquanto seguro a mão dele entre as suas.-Quem sabe,
esse não é o encontro de velhos amigos.
Apoia a cabeça no ombro magrelo, pequeno, dela.
-Você usa umas palavras diferente das que estou acostumado ouvir.-Fala com um tom de surpresa.-
Gosta de ler, estou certo?
-Um pouco, não sou tão fã assim da leitura.-Sente um suor em suas mãos, agora não sabe se é a dele
ou as suas que estão suando.-Com essa calça skinny, camiza xadrez e um boné, aposto que gosta de
restart?-Sua risada embala a pequena casinha de madeira.
-Claro que não, tá loca, mina?-Desencosta a cabeça de seu ombro e lhe encara assustado.
-Agora é a minha vez de te usar.-Disse deitando, colando a cabeça nas pernas dele.-Gosta do quê
então?
Ele faz cara de pensativo e surgi um sorriso iluminado, nesse dia de chuva, de frio.
-Quando eu era pequeno eu ouvia "Rouge".-Ela começa a rir.
-É pior que restart.
-Para de rir!-Faz cara de bravo, mas acaba rindo também.-Vai dizer que nunca ouviu rouge?
-É, eu já ouvi.
-Tem todos os cd's até hoje, né?Pelo menos a minha irmã mais velha tem.
-Também tenho.-Pega o pingente, do colar do Hugo e o gira.-Incrível, quando somos crianças
queremos tanto cresçer e agora...queremos a voltar a brincar de boneca, a pular corda.
-Eu só queria creçer pra deixar de ser o café-com-leite, das brincadeiras.
Vez outro sorriso aparecer no rosto linda, da moça.Descobriu que seus dentes são brancos, como
neve.Enquanto os teus são amalerados, já eram assim antes de começar a fumar.Poderia ser um
palhaço e ser assim o motivo desse sorriso lindo.Que quando a lua bater em sua janela, estiver
coberto, encolhido em sua cama era lembrar do dia, de hoje.Lembrar da garota dos cabelos vermelhos,
com os olhos cor de mel mais brilhosos.Isso será uma tortura, da sua mente.
Enquanto ela se vê sem sua armatura de combate, quando alguém maravilhoso, encantado aparece em
tua vida.As paredes que foram sendo construídas pelo longos anos, foram pro chão no exato momento
coloco os olhos desse guri, de cabelo preto, os olhos mais escuro que qualquer escuridão, que já se
encontro perdida, e neles se perdeu desdo começo.A garota não sente nada, está sentido os
sentimentos mais puros e naturais que pode sentir por alguém.
Até que repara do papel grande, perto da bolsa dela.
-O quê isso?-Diz, apontado pro exame.-É um exame?
Na tentativa de sair correndo, sabendo que nunca mais ira encontrar ele.Então percebe que a chuva já
acabo, dando a chance de correr por entre as ruas, entre uma vileira e outra.
Volta a se sentar e coloca a alça da bolsa, no ombro e pega o exame.
-Não é nada...a chuva já passou então podemos sair daqui, finalmente.
-Sé não via a hora de sair daqui, né?-Segura firmamente o queixo dela, para assim chamar sua atenção
e consegue.-Sei que nem te conheço, sou um desconhecido pra querer saber das suas coisas, do quê se
passa contigo...mas eu quero saber quê exame é esse...pode me dizer?
Via nele as qualidades que desejou ter no seu marido, no futuro.E agora sabe que talvez não passará
da juventude ou nem irá chegar no seus 18 anos.Ser um "talvez" em pessoa lhe atormenta.Logo agora,
nesse mar de incertezas encontra uma certeza, alguém capaz de fazer seu coração voltar a bater forte,
como antes.
-Não!Eu não posso dizer!-O grito se fez ao meio de tanto silêncio.-Isso não é dá sua conta.
Ele viu a garota com a voz doce, com os olhos que transmiti carinho, até um cego enxerga os seus
gestos leves, mas agora, se transformou em uma leõa.Talvez esse exame representa muitas coisas, essa
resposta vai mudar totalmente seu caminho, as coisas que estão aconteçendo.
-É exame de gravidez?-Ela vez que não com a cabeça.-É de sangue?-Ela parou por um momento, de
mexer dentro da bolsa.
E olhando os olhos de cor de mel se encontrou na escuridão dos seus.Tratou logo de abraçá-la, sem
mais perguntas.Tinha entendido; é exame de aids.Em pleno seculo 21 as pessoas ainda tem o medo de
morrer de aids, não é mais como antes, que ter isso representa o final da vida.É simplesmente um
começo diferencial, o resultado do sexo sem camisinha.Talvez de um estrupo.
E no meio desses braços grandes, quentes.Sentiu a proteção que nunca tinha sentindo antes, nem
mesmo embaixo das cobertas se sente assim, tão protegida do mundo, dos medos que cobre sua
sombra, já escureçida.E os lábios carnudos vão seguindo um caminho do seu pescoço até proximo a
boca.E deixaram sua pele molhada, mordida.Os dois de olhos fechados, com as bocas proximas, as
respirações se cruzando.E um beijo aconteçe, seguido por um trovão.Se afastam, por conta do susto.
-Tantas coisas para nos assustar, logo um trovão idiota nesse tempo...-Os lábios macios dela combre
sua boca.
Dessa vez não tem trovão, apenas se assustam com as batidas rapidas de seus corações, lá debaixo da
pele quente, fria, já não sabe mais.Não é apenas um que está se encontram no meio de sentimentos
naturais, do coração.Os dois se encontram no começo da paixão.
Ela se senta no colo dele.E outra vez aquelas mãos geladas lhe proporciona sensações pelo corpo
todo.Estão secos, mais se sentem molhados, de alguma maneira.
-Esse não é o nosso primeiro e último encontro, é?
Ela já tinha se esquecido o que a voz firme e aguda dele faz com seu peito.
Toca com as pontas dos dedos em seu rosto.Os olhos pretos fechados e a boca entre-aberta.
-Eu não sei.Talvez sim, talvez não.-Diz com um sorriso ironico nos lábios.-Incrível como esse "talvez"
não me larga mais.
-Vamos acabar com um desses "talvez", juntos?-Insiste ele em abrir o exame.
-Vai permaneçer no meu lado mesmo se eu estiver com aids, hugo?-O medo disfarçado se tornou
visivel.
-Claro que sim!Aqui, amanha e pra sempre!-Diz abrindo os olhos e segurando firme nas mãos
pequenas dela, mas foi nessas mãos que seu coração foi entregue.E pareçe que isso aconteçeu antes
mesmo de se encontrarem, como se caminho, trilho, para chegar aqui.Para encontrar esse moça, que
está entre seus braços.
-Se suas palavras não forem cumpridas, posso te matar?-As risadas deles embalam o ambiente.
-Sim senhora!-Diz batendo continencia.
Segura o exame, com as mãos tremendo.Rasga a folha de papel e em tua pele sente um rasgo, uma
cicatriz recém feita.E bolhas de sangue, antes de começar escorrer pelo braço.Seu furuto, sua vida, seus
sonhos serão modificados.
Então ela lê e começa a chorar.
-Então?!Está ou não com aids?-Pergunta angustiados, desesperado por uma resposta, que não obteve.-
Fala, porra!
-Eu não estou com aids!-Grita.
-Verdade?!
-Sim!
E se abraçam.Ele entrelaça as pernas dela na cintura e saí da casinha.Como era de se esperar, nenhuma
criança no parque, quer dizer, ninguém mais além deles.A grama molhada é a pista da comemoração,
dos dois.Os sorrisos impede que palavras sejam ditas, mais está expressado no olhar de cada um, uma
alegria.Esperança.Prontos para serem pegos por outras peças da vida, do destino.Prontos para se
amarem, mesmo não tendo conhecimento algum sobre o amor antes.Prontos um pro outros.Prontos
para serem molhados pela chuva.E isso aconteçe, seguido por um beijo.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Ventos da Primavera
minha cama recebe minhas lágrimas com as cobertas prontas para cobrir minha dor.As paredes ouvem
meus soluços, na meia-noite.Ás duas da manhã ainda estou sentada encolhida, na cadeira perto da
janela, observo á lua, as estrelas que insiste brilhar a última gosta de esperança fazendo assim ela se
multiplicar.Em minhas aveias eu posso sentir a esperança se misturando com o meu sangue sofrido.Em
meus olhos um brilho, mas não é o reflexo do brilho das estrelas, são o reflexo da minha alma, antes
ela tão escura e agora na madrugada está tão clara, como um sol depois de uma tempestade.E meus
pensamentos são tirados de mim, quando uma pedra bate da janela, do meu quarto.E outra logo em
seguida.
-Quem é o filho da puta...-Digo emquanto abro a janela.
Lá enbaixo vejo Guilherme, daqui posso sentir a intensidade do seu olhar sobre mim.E ele me chama,
com os olhos de promessas que muitas vezes não foram cumplidas.Se eu abrir a porta e deixá-lo entrar
num vai ter mais cura, pra essa loucura.Não vai ter saída pro meus sentimentos, quer dizer, pro nossos
sentimentos.Ele já deixou bem claro que sente o mesmo por mim, só tem mais coragem pra enfrentar
tudo que vier.E mal sabés que essa noite tenho coragem de sobra.Me envia um sms: " Me deixa entrar,
Marcela.Pode estar bagunçado, mais não tem problema.Tu sabe que não me imcomodo com isso,
desde que me deixe ficar contigo".Olho-te, encostado em sua moto preta, com um sorriso nos
lábios.Lhe respondo: "Meu quarto ta uma bagunça, poderia ter avisado não queria pra Porto Alegre e
sim pra cá".Amanhá, quer dizer, hoje é aniversario da vó dele, então iria com os pais comemorar o 90
anos dela."Não estou falando do teu quarto, estou falando da sua vida...deixa-me entrar para ficar
dessa vez.Estou batendo na porta sua vida, então vai abrir ou não?".Tudo está fora do lugar,
principalmente nós dois, eu aqui e ele alí.Coloco uma calça jeans, uma blusa qualquer e meus
tenis.Fecho com cuidado a porta, do meu quarto, para os meus pais não acordarem.E escrevo um
bilhete e deixo na porta, da geledeira:"Estou indo pra Porto Alegre com o Guilherme.Volto só segunda,
bjus!".E o caminho até o porto foi longo, mesmo feito em passos rapidos.Meu coração sendo a trilha
sonora do nosso reencontro, as batidas do coração dele sendo como uma batida de apoio.E Ele estava
de costas, pra minha casa, quando abri a porta e corri pro portão.E antes de fechá-lo desesperado ele
me abraço forte, com as mãos firmes em minha cintura.Morremos e nasçemos aqui, no porto da casa
dos meus pais.Nosso começo, meio, fim e recomeço foi aqui.Esse é o cenario da história
principalmente das nossas vidas.As palavras que estavam mortas em minha garganta estavam voltando,
pra vida.Todas misturadas em meu estomago, pensamentos perdidos seriam traduzidos em palavras.
-Não quero mais lhe perder, Marcela!-Tua voz saiu um tanto desesperada.
-Eu também não quero me perder, quando lhe perco de mim.Somos um metade do outro, gui.
Afasto um pouco o rosto, pra poder me encarar melhor.Em tão teus olhos foram fixos em mim.Já estava
mais do que na hora de me perder nele, encontrar minhas metades nesse moço.
-Diga olha pra mim, que tu me querés, Marcela.-Me imploro por algo que não deveria nem implorar,
para ter.
-Não só te quero, eu te preciso.Eu te amo e finalmente estou preparada para lhe contar e contar pro
mundo.Que eu lhe pertenço...-Me interropeu.
-Que pertençemos um ao outro.-Encostou os lábios no meu.
É incrível como ficamos completos, quando estamos juntos.É nosso beijo que fecho que combinamos
sim.Desda da sede dele por mim, desde da minha fome por ele.
Uma mordida acompanhada com um gemido meu, de prazer.
-Vou contigo pra Porto Alegre, pra qualquer outro lugar que tu quiser ir, guri.-Entrelaço meus braços
em seu pescoço.
-Pra onde eu quiser, é?-Me pergunta com um sorriso malicioso nos lábios.
-Aposto que já esta pensando em besteiras, estou certa?
O ego de tua risada se fez em meu quinal.Tinha me esquecido que a risada dele era o melhor som que
meus ouvidos poderiam ouvir.
-Você considera querer ir pra casa da vó, uma besteira?-Me pergunta indignado.-Eu não!
Dou um tapa em seu braço.
-Quer parar de mentir, não foi isso que você pensou.-Digo enquanto pego o segundo capaçete em
cima de sua moto.-Pena sua, já estava querendo ir...-Falo coloco o capeçete e subindo na moto.
-Naquele lugar?-Em teus olhos posso ver o brilho que se formou, só de pensar em me ter outra vez.
E o meu corpo se esquentou, só de pensar nas mãos dele tocando todas as partes, do meu corpo.
-Aonde mais eu poderia querer ir?
Como se estivesse acordado de um transe, ele me pegou o capeçete e rapidamente o colocou e sumiu
na moto.
-Segura fimer, moça.-Disse antes de ligar a moto e acelarar.
O vento da estrada bagunça os meus cabelos, e pela primeira, só eles estão bagunçados.O sol
nasçendo logo atrás, de nós.Um novo dia já estamos vivendo, hoje é recomeço.O começo de um mais
novo capitulo, da nossa história.O nosso destino é o Motel 15 que fica na beira, da estrada.A tua sede
e a minha fome chegaram ao fim, prontas para recomeçar horas depois.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Somos poetas, quando amamos
Ficamos nessa de achar e desachar á toda hora.Quando lemos algo que outro escreveu, logo
pensamos, "será que foi pra mim?".Minutos depois lembramos de outras pessoas que são mais
mereçedoras para receber suas palavras.Tentamos achar qualque maneira no modo que outro sorri para
nós, sem saber que até um desconhecido recebe um sorriso dela.Em uma roda de amigos, jantamos em
um restaurate qualquer e ficamos percebendo como ela trata as outras pessoas se, é do mesmo modo
que nos trata.Se só eu recebo um olhar brilhante, um carinho ou se é todo mundo.E percebemos que
ela trata cada de uma maneira, porque ninguém é igual, ninguém trata ela igual, cada um tem um jeito
de dizer "bom dia", cada "eu te amo" é diferente.Uns são vazio, uns são um ponto de verdade, mas não
tanto assim.Uns são para agradar.Uns só são ditos porque outro foi dito primeiro.Uns são realmente
verdadeiro, é o sentimentos tentando ser expressado em palavras, em poucas palavras um sentimento
que não tem tamanho, ou não conseguimos descrevê-lo ainda.E esse é o mais dificil de se escutar e
acredita rapidamente, por causa dos outros tipos existente.Os falsos fazem os verdadeiros não serem
escutados.
"Deve ser por isso que bate na sua porta e você não me atendeu, nem para me mandar embora de sua
porta, de sua vida.Mas seja porque tu fala em um sussurro pra si mesma, pra mim ir embora de dentro
de você.
Eu vejo o modo como você olha para mim, quando nos encontramos na caferia, aquela que é a nossa
preferida.Quando a moça te atende e lhe pergunta o que tu quer, seus olhos me olharam.Vejo sua
pumila cheia de desejos, de vontade de me ver perto outra vez.Sentés saudade de compartilhar o que
escolheriamos um com outro.Sempre escolhia melhor do que eu.Mas é mais facíl você dizer que quer
um capputino de chocalate, do que dizer que quer alguém e esse alguém sou eu.É tão difícil você
ouvir seu coração repetindo isso.Imagina gritar isso pro mundo?Não tem como...
Tinhamos um relacionamento sem rotular, sem dizer o que é ou o que não é.Até o dia que durante o
sexo, eu lhe disse "eu te amo".O clima acabou pra você, e eu pensava que as mulheres perdiam caso o
homem tivesse com chulé ou pinto-pequeno.Mas naquele momento essas palavras foram como um
penis-pequeno; muito pego para te dar prazer.Muito pouco pra muito uso.E recebi um "vai se fuder
micael!" e bateu forte a porta, como se quisesse deixar claro que era o nosso fim.Espero que eu tenha
entendido errado, Alice.Só o tempo está me dizendo que estou certo, não quero ficar livre das suas
manias.De ficar bagunçando meu cabelo, de querer assistir um filme, quando estou assistindo o
jogo.Dos teus saltos debaixo da minha cama, juntos com os meus tenis sujos.De como ficamos suados
depois de termos feito sexo, quer dizer, de termos feito amor, era assim você me dizia..E hoje somos
nada um pro outro?E fique você sabendo que você continua sendo TUDO pra mim.
E Alice se pode me ligar agora?".Micael escreveu essa carta durante uma madrugada fria, não
conseguia dormir por conta que essas palavras eram sussurradas em seu ouvido.E o único jeito que viu
para se libertar delas, foi colocando tudo em uma folha de papel.E antes de ir trabalhar, foi pra casa de
Alice, sabia que ela ainda estaria dormindo, então aproveito para colocar a carta na porta de sua
casa.Esperou o dia inteiro por uma resposta e quando já era 22:00 da noite, quando estava jantando,
em seu apartamento mesmo.Preferiu não ir jantar forá, caso Alice liga-se.Sua última esperança que
tinha sumiu, lavo á louça e foi dormir, melhor dizer, tentar dormir.Observa o teto do quarto como se
fosse um céu estrelado e por um momento viu um estrela cadente e fez um pedido "Ela me ligar".E seu
celular que, estava esquecido em cima do criado-mudo, perto da cama.Tocou e era o toque que tinha
escolhido pra quando Alice ligar.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Almas identicas
Meus olhos encaram o quadro-negro.As vezes dá uma olhada rapida, pra professora de literatura.Gosto
de olhar como sua boaca fica, quando pronuncia algum poema.Os versos desconhecidos passam á ser
o testemunho, de minha loucura.Outros alunos com fone de ouvidos, não sabem o que está
perdendo.Um mundo aonde podemos dar a nossa cara, deixar no jeito que gostamos.De dar asas pra
nossa imaginação; uma folha de papel e um lapis conseguimos ir pra esse mundo.Essas pessoas podem
não gostar, mas em algum lugar dessa escola, tem uma pessoa que gosta, também.Semana passada
quando abri meu armario pra guarda os livro, encontrei um bilhete da cor verde, escrito com as
seguites palavras: "Eu poderia ser o que precisa, mas nesse momento decide ser um bilhete".Uma
caligrafia muito bonita, talvez de uma garota, pelo o que pareceu ser.A pofessora volta pro seu lugar,
guarda o material e olha pro relogio, acabo repetindo seu gesto.E o sinal que poderá ter outro bilhete
verde, toca.Com a mochila no ombro saiu em direção ao grande esperado momento.Faço esse
caminho há anos, mas só hoje que ele decidiu pareçer mais longo e muitas pessoas lerda na minha
frente.Sempre assim quando queremos ser rápido as pessoas ao nosso redor são lerdas.E finalmente
chego no meu armario, um respiro fundo.E abro logo a porta e fecho tudo normal.Olho pra pilha de
livros e bem no meio uma pontinha verde aparece.
-Ainda bem!-Digo enquanto puxo devergar o bilhete.
"Não sabés quem sou, se querer saber...vá agora pra biblioteca".
O que poderia fazer, há não ser ir pra lá.Coloco o bilhete no bolso, da calça.E mais outra correria pelo
corredores.Só penso em encontrar a dona dessas palavras.E paro de correr um metro antes, de chegar
na biblioteca.Vejo o portão fecho e uma garota sentadá, na escada.Com fones de ouvidos e lendo um
livro.Deve ser nova por aqui, já que nunca lhe vi por aqui, pelo campos.Teus cabelos loiros preso em
um cabo de cavalo.O rosto angelical, me fez lembrar do quadro de uma anja que minha mãe tem."O
que estou pensando?Tenho que lembrar que vim aqui, para encontrar a garota, dos brilhetes verdes.E
com certeza não deve ser essa garota, já nunca nos vimos".E não sei porque me aproximo aonde ela
está.Sento ao seu lado.E tento mantér meus olhos fixos nas árvores á nossa frente, mas é em vão,
quando se tem uma garota dessa ao meu lado.E vejo um sorriso timído em seus lábios.
Talvez a dona do bilhete, seja, uma cupida.Quer unir eu e essa desconheçida.
-Se...não viu nenhuma garota passando por aqui, uns segundos atrás?-Lhe pergunto com receio.E já
estou arrependido de ter abrido minha boca.
Teus olhos cor de mel me olharam um... tanto decepcionados.Como estivessem esperando por outra
pergunta minha, estranho isso.
-Ah...ninguém passou por aqui não.
Observo o livro apoiado em suas pernas, ainda aberto na pagina que vem escrito o nome, do
livro.Segundo atrás eu poderia jurar que ela estava lendo, por conta dos teus olhos fixados nas paginas
abertas á sua frente.Parecia concentrada na leitura e agora vejo as paginas intactas.
-Não está gostando?-Digo apontando pro livro.
-Não estou.-Diz com um sorriso nada animador.
-Meu pai diz que quando começamos a ler um livro e não gostamos, é porque não foi escritos, para
nós, de alguma maneira.
Aguada o livro dentro da bolsa.E volta a me encarar.
-Seu pai deve estar certo.-Outro sorriso aforçado apareceu no rosto da garota.
Parecia que qualquer momento lágrimas iriam cair de teus olhos, como chuvas de verão, para mim.E
invés de lágrimas, um brilho a mais apareceu nos olhos dela, quase passou despercebido."Devemos
perceber os brilhos das coisas simples, esses sim tem valor".Não sei ao certo aonde eu li isso, talvez
em algum para-choque de caminhão e graças que eu pudi ler, porque é mais pura verdade.Eu poderia
ter reparado na beleza dela, sem se importa com o resto.E o que aconteçeu foi que, a alma dela me
chamou atenção desdo primeiro momento que lhe vi.É como se fosse um clarão forte de luz na minha
frente, deixando as coisas escuras clariadas por tua conta.Minha mãe sempre me disse que quando eu
fosse encontrar meu primeiro amor, as palavras dos livro não seriam ditas por mim, mas sim as minhas
proprias palavras.Essas são minhas proprias palavras?
-Já nos conhecemos?Alguma vez já nos vimos?Por que isso está parecendo um reencontro, e não, um
encontro.-Falo rapidamente, quase lhe deixando não entender nada.
Só me sinto bem pela primeira vez, o sorriso dela ser...sorridente, alegre relmente.E não um disfarçe de
alguma dor.
-Você faz muitas perguntas, sabia garoto?.-Mexe no fio do fone, que já está caindo em seus ombros.-
Algumas pessoas dizem que quando isso aconteçe, é porque nossas almas já se encontraram em outras
vidas, acredita nessas coisas?
-Acredito não, se eu tivesse te encontrando em outras vidas eu não teria me esquecido de você, nessa
vida.
Ela cora e o meu coração acelera por nunca ter visto algo tão vermelhos e tão belo ao mesmo tempo.
-Tem um detalhe.Quando nascemos denovo, esqueçemos tudo que aconteçeu na outra vida; o que
fomos, quem já conheçemos, o que vivemos.
-Se for assim realmente, então já nos encontramos em outas vidas...-Digo pensativo.-Mas isso não é
almas gêmeas?
E quando a luz do sol toca em minha pele, me entrega uma certeza.Que minutos atrás foi assobrada
pelo vento, mas fingi não ouvir.Eu vim pro mundo pra viver isso, pra reencontrar ela.Pra ser o
esqueçimento obrigado nessa nova vida, para assim darmos valor quando nos reencontrar, como
agora.A corrida que fiz para chegar aqui, é pequena perto do que já trilhei, do que passei para lhe
encontrar.Os bilhetes tinham cor de esperança, o gosto que insiste em me dominar por inteiro.Como
pode, em questão de segundo á nossa ter um novo sentido?Um novo motivo de estar vivo, até agora.O
ar me mantém vivo e agora é como se ela fosse o meu ar.Um pedaço de mim mesmo esqueçido.
Me aproximo ainda mais dela, querendo conheçer cada detalhe de seu corpo.Os nossos olhos fixos,
brilhosos.
-O que somos?-Lhe pergunto em um fio de voz.
Ta estampado em seu rosto que estás sentindo as mesmas sensações que eu.
E me responde da melhor maneira que podia; me beija.
Subitamente me entrega a resposta na ponta da língua.
Somos um só, feitos em duas partes.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Putos de Amores
O cheiro do cigarro, do homem á minha frente, começa a dominar todo quarto, do motel.Acabo de
lembrar a primeira vez que passei em frente em um motel.Eu e minha mãe voltavámos do mercado,
com sacolas e com pressa.Lhe perguntei, "O que fazemos em um motel, mamãe?", a expressão de seu
rosto mudou rapidamente.Os olhos fixos em mim e a boca semi-aberta.Ironico contar essa hitória de
infancia, enquanto estou aqui.Em um motel, com mais um cliente.E o rosto da minha mãe, a expressão,
a boca semi-aberta sabendo que agora sei o que os adultos fazem no motel, e acabo fazendo isso com
mais de 30 desconheçidos, por dia.E o meu rosto, a mesma expressão de ingenual.
-Tem certeza que só quer compartinha cigarros comigo?-Minha voz sexy, embala o silêncio, nesse
comôdo monotomo.-Não quer mesmo transar?-Nas pontas de meus dedos sinto os pelos de sua barba,
mal feita.
-Não é a a primeira vez que sou um dos seus clientes, Sara.-Segura o pulso da minha mão, me
impedindo de acariciar seu rosto.-Só fuma um malboro e o resto...vai fluindo.
"O cliente sempre tem razão".No meu trabalho não é diferente.Eu sou apenas um objeto sexual, uma
psicologa, uma ouvinte, uma amiga, uma puta e uma fumante.Diante dessas variedades, são eles que
escolhem o que vou ser, o que eles estão querendo ou não fazer.Aqui nesse quarto de motel, sou
Sara.Garota de programa 3 anos, com apenas 18 anos de idade.Começei com 15 anos, por conta de
algo que minha tia me disse, em um desses almoço de domingo.Me pegou pelo braço e me levou até
o banheiro.Me deixando de frente pro espelho, ficando nas minhas costas.Me disse: "Olha pra você!
Não tem noção de quanto dinheiro está perdendo, minha sobrinha"."como assim, tia?".E uma pergunta
minha, me trouxe pra esse mundo que me encontro hoje.
Me levanto, do colchão duro e procuro seus cigarros em cima da mesa, encontro apenas um.Acendo e
caminho até a janela em passos sensuais, até porque ele está me observando, com desejo, em tua boca
posso ver quanto está salivando por mim.E começa a tocar em seu penis, sem tirar os olhos de
mim."Quem tem dinherio come, quem não tem bate punheta".Esse verso, de uma música qualquer que
ouvi ainda na minha infancia, está errado.Só pode.
Me inclino no parabeito da janela, enquanto trago.As pessoas lá fora voltando de mais um dia puxado,
enquanto o meu ainda está na metade.São exatamente 18:00 horas da tarde.Olho pra dentro do quarto,
por de cima do meu ombro.E o vejo batendo punheta ainda, uma mão sua segura com força o lenço,
da cama.Enquanto a outra vai fazendo o serviço que eu deveria estar fazendo.Com certeza se o Julio
estivesse aqui, estaria dando suas gargalhadas altas e eu estaria lhe acompanhando.E por um momento,
me peguei desejando que ele fosse o meu cliente agora, e não esse louco do Ricardo.Que sempre
prefere fazer tudo, menos sexo.
Julio não é o meu cliente favorito, está muito distancia do que ele é realmente.Fomos criados desde
pequenos juntos, por causa das nossas mães serem amigas de infancia.Me conheçe tão bem, como
também lhe conheço com a palma da minha mão.Quando tomamos uma atitude, não surpreendi o
outro.Três meses depois que começei a ser garota de programa, Julio apareceu nesse quarto de motel,
com os braços aberto, para mim.Ninguém da minha família sabe aonde estou, mas sabem no que me
tornei.E por todos motivos obvios, eles não quiseram me procurar, só Julio.Meu amigo, companheiro,
covindente até hoje.Logo que os meus olhos viram ele entrando aqui, me senti suja, impura para os
seus olhos.Pela primeira vez, essa foi a única fez que senti envergonhada de ser garota de programa.E
como ele gosta de me surpreender, tomar uma atitude difrente da qual acho que ira tomar, não me
negou, nem aponto o dedo na minha cara e pelo ao contrario.Me recebe com os braços abertos, como
sempre.E suas primeiras palavras, durante nosso abraço foi, "Estou com você, sempre!Lembra disso".E
desde então ele vem todos os dias me ver, paga como qualquer outro cliente, mas não para ter a Sara,
e sim, a Fernanda.Nessas suas visitas diarias, vejo que ainda sou aquela garota de quando
compartilhavámos o mesmo mundo.Ainda tenho os mesmo sonho, só estou fazendo um trabalho muito
diferente, do qual eu imaginava fazer, para realiza-los.É ótimo saber que ainda estou viva, dentro de
mim.Que debaixo de minha pele vive eu, com as aveias á mil.
E entre um trago e outro, o por do sol vai surgindo em minha frente.E Ricardo se aproxima de mim,
por trás.Matando a Fernanda e dando vida a Sara.No exato momento que teu penis entra com força,
em meu anus.Tuas mãos aspiras tocam em meu corpo, desdo seios até a vagina, enquanto geme em
meu ouvido.Fecho os meus olhos, dou o último trago no cigarro e depois o jogo á janela abaixo.As
cortinas do show de Laputa estão abertas, e já sinto a Sara me dominando.O seu instindo me
consumindo, então sinto prazer.Prazer em ser ela, não desse ato.Segura o cabelo e me arrasta até a
cama, me deixando de quatro.Encarei a parede, recebendo assim minhas armarguras.Me deixando
minha alma suja e mesmo depois de tantos banhos, isso não sai de mim, grudou em minha pele, quer
dizer, em minha alma.
Foram só apenas alguns minutos com o meu último cliente, já passa das 2:00 da madrugada.A água do
chuveiro passa em meu corpo em algumas partes sinto uma ardencia, sinal de arranhôes.Odeio quando
eles deixando lembranças, no final do trabalho.Nas poucas horas que posso ser a Fernanda, o que
sempre vou ser.Quase uma mistura como o vinho e água junto com a Sara, mas sei dividir um tempo
pra duas.
"Você veio pra ficar.Você que me faz feliz.Você que me faz cantar, assim".A voz do Julio chega até o
banheiro, me causando arrepio.Posso ver o que está fazendo agora; Está abrindo a geladeira,
procurando uma garrafa de coca-cola que deixou aqui, ontem.Ele tem uma copia da chava do meu
apartamento, moro perto do motel aonde atendo meus clientes.Não morar aonde permeneçe pra outra
parte de mim."O meu coração já estava acostumado, com a solidão.Quem diria que ao meu lado você
iria ficar".Canta outro verso da música, que diz ser nossa.E deve estar viciado nela, porque já faz uma
semana que está cantando.E até eu me pego cantando essa música, em todos os comôdo desse
apartamento, quando sinto sua falta.E até mesmo entre uma pausa e outra, de algum cliente.
Fecho o chuveiro, me olho no espelho.O poder da companhia dele muda até a expressão triste do meu
rosto.Me deixa sorrindo igual essas adolescentes apaixonadas.Visto minha roupa rapidamente, com
pressa pra poder ir logo vê-lo.Antes de abrir a porta, dou uma última olhada no espelho.
-Calma, não vai fazer merda, nanda!-Digo pra mim mesmo.E abro a porta.
E dou de cara com ele, encostado na parede que é frente pro banheiro.Teus olhos azuis, é o único mar
que mergulho até hoje, sem boia, sem nadadeiras.Apenas de corpo e alma.Um sorriso estampado em
seu lindo rosto.Nada comparado com o meu sorriso.
-"Ainda bem que agora eu encontrei você.Eu realmente não sei o que fiz pra merecer você".-Canta o
verso da música, enquanto caminha até á mim.
Nossos olhos estão pressos um no outro.Ele simplesmente é um imã para os meus olhos, e acho que
sou pros dele.
Escuto em minha mente o proximo verso.Acaba sendo um verso esquecido de minha alma, por ser o
sussurro que escuto todas as noites, dito por mim mesmo.
-"Porque ninguém dava nada por mim.Quem dava eu não tava a fim, até desacreditei de mim".-Em teus
olhos posso ver a surpressa ao descobrir que conheço essa música.
Tocou em seu rosto, com as pontas do meus dedos.
-Não sabia que você gostava dessa música também, nanda.-Segura fime em minha cintura.
-Eu fui descobri isso agora, também.-Rimos.
-Não te lembrou de alguém, essa música?-Insiste.
-Não sei, quem poderia me lembrar?-Lhe pergunto, me fazendo de desentendida.envolvo seu pescoço,
com os meus braços.
-Tipo...eu?-Me perguntou com certo receio.
-Para de ser bobo!-Dou um tapa em seu braço.-Claro que quando escutei você cantando pela primeira
vez, sabia que era pra mim.
-convencida, como sempre hein.-beija minha testa antes de se soltar dos meus braços e se sentar no
sofá.
-Eu sou realista, querido.Apenas isso.-Sento ao seu lado.
-Como foi o dia hoje?Muitos malas?-Dá um gole na coca-cola.
E quando volta os olhos pra mim, percebe meu desconforto diante dessa pergunta.E suas bochechas
ficam um pouco vermelhas rapidamente.
-Me desculpa...
pego uma das almofadas que está caida, no chão e colo em cima das minhas pernas.
-Você não sabe como me sinto impura, suja para ter você ao meu lado.E quando faz essas perguntas
então, me sinto um...lixão.-Desvio os meus olhos do dele.
Segura em meu queixo, impedido de fugir dos teus olhos.
-Não fale isso, nunca mais.Você não é menos, do que eu.É muito mais do que imagina, nanda.-Segura
uma de minhas mãos.-Queria que ficasse ao meu lado...
-Sempre estive ao seu lado, lio...
Tira a almofada do meu colo, segura minha pernas e me coloca sentada em seu colo, de frente.Seguro
na gola da sua camisa, enquanto suas mãos acariciam minhas coxas.
-Mas não dá maneira que eu sempre quis...-Ficou em silêncio, como se estivesse criando coragem pra
dizer as proximas palavras.-Será que você não sabe mesmo?Ou não são nada pra você, os meus
sentimentos?
De alguma maneira, isso foi uma declaração?Ele me quer, mesmo sabendo que tantos me tem?
Os seus sentimentos são tudo, mas eu sou pouco para mereçe-los.Se eu não fosse o que sou hoje,
talvez estariamos namorando ou até mesmo casados.Perderia minha virgindade com ele, não com um
desconhecido qualquer.
Só uma coisa conecta nossos mundos.São tão distante um do outro, como a lua e marte.Um abismo
entre um e outro.Com varias constelações, só uma coisa nos puxa uma para outro.Sem querermos,
serm perceber, quando vimos já estavámos compartilhando um novo mundo; O nosso mundo.E o que
nos fez isso, foi o amor.O tão sentimento desconheçido pro meu peito sofrido, as minhas amarguras
estão recebendo um pouco de adoçante, cada vez que ele me olha, cada sorriso que lhe causei, cada
toque de suas mãos carinhosas em mim, diferente daquelas que estou costumada.E simplesmente por
sua existencia.
-Me fala alguma coisa, Fernanda.-Tua voz rouca, carregada de desespero.
Me solto de suas mãos, me levanto e sento na mesinha, do centro.
-Eu não sou mereçedora, não mesmo.Você mereçe uma mulher que esteja ao seu lado, só ao seu lado,
só durma contigo.Eu sou uma puta, Julio.Uma Puta!
Sinto um gosto salgado em minha boca, só então percebo que gosto são das minhas lágrimas.
E antes que ele diga ao mais, coloco meu dedo em seus lábios.Assim todas palavras foram mortas,
parasitadas antes mesmo de serem ditas.
-Só me escute!-Tiro meu dedo do meio de seus lábios, mas permaneço tocando neles.-Eu te amo e por
isso não posso...ficar ao seu lado do jeito que quer.
-Se fosse amor mesmo abandonaria os programas, pra ficar comigo.-Bruscamente se levanta.-Outro cara
lhe quer o tanto que eu?Os outros são mais importantes?É, Fernanda?Me responda!-Segura em cada
canto dos meus braços, me levantando.
Os teus olhos que antes me olhavam com carinho, transmitiam uma coisa boa.Agora é como um sinal
que vem tempestades.
-Você sabe muito bem qual maneira eles me querem.E não, nenhum deles são mais muito importante
que ti, obvio isso.
A sara está quase tendo a cortina, de sua vida fechada.Está por um fio em minhas aveias, estou sendo
consumida pela minha propria sombra, inteiramente por mim mesma.Os desejos, os medos, as
vontades da outra acabaram.E fecho diante dos meus sonhos, dos meus medos e das minhas vontades
e nesse momento tudo se resumi á esse homem.Que diz me amar.Os teus olhos azuis, como um mar
revolto.E estou na beira, sendo puxada cada vez para dentro dele, e não tento escapar, acho mesmo
que estou indo por vontade propria, pra dentro dele.
Tuas mãos desçem pela minha costas e seguram firme minha cintura.E seus olhos voltam me olha
como antes; docemente.
-Eu te aceito, amor.-Nunca gostei da ideia de alguém me chamando de "amor", mas estou rezando
mentalmente para isso se repetir.-Seja então corajosa e me aceite, também.
As tuas palavras tem um forte impacto com a falsa eu, lhe causando assim, sua morte mais do que
esperada.
E a única coisa que sou capaz de fazer, é de te beijar.Lhe puxo pela gola da blusa, colando nossos
corpos.Estamos mais do que conectados, o vejo literalmente em mim, e eu nele.Todo esse tempo fomos
abrigo um pro outro, as vezes um pouco abertado, por conta das verdades, tão obvias que o nosso
amor.
Voltamos pra posição de antes; eu encolhida em teus braços, em seu colo.No sofá.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Quem você ama?tututututu
Em teus ouvidos uma voz de uma homem era jogada.Não eram simples versos que escrevemos á noite,
eram verdades que descobrimos da pior maneira.Foi jogado então em tua mente, imagens daquela
guria, que mora em teu coração.Era chamado de abrigo, mas apenas foi único lugar encontro que era
gratís, para ficar durante as ferias.Eram suas ferias começando e o sussego dele indo pro ralo, do
banheiro.Uma aventura barata, sem roteito e muito menos sem diretor.A menina que vive a vida
intensamente e o moço que não soube viver da mesma maneira; Se apaixonou.
Abaixo um pouco a música e discou aqueles números que ficaram gravados, decolados em tua mente.
-Alô?!-Lhe atendeu, com a voz de sono.
-Sabrina?!Sou eu, o Ronaldo!O cara que se apaixou por ti, durante as tuas ferias, aqui em São paulo.-
Se calou, esperando uma reação dela, mas apenas escutou tua propria respiração.-Não me dizer nada?
-Tua esperava o quê?Um "sinto sua falta", "estive pensando em você".Está enganado, Ronaldo.Tu vai
recebe é um, Porque demoro tanto pra me ligar?
-Isso é muito melhor que as outras alternativas.Então esteve esperando a minha ligação?
Ela pode escutar aquela risada safada dele.
-Para de safadeza!Só...fiquei preocupada contigo.
-Ah!Conta outra, tu tava é com saudade de ouvir minha voz.Da minha risada safada, eu sei disso.Não
é?
-Se você já sabe, porque ainda está me perguntando?
-Então é verdade mesmo?
Silêncio.Ele pensou que logo fosse ouvir o tututu.
-Eu tava louca, querendo receber tua ligação.Eu sinto sua falta, estive pensando em você.Enquantou eu
estive ao seu lado, só quis preencher a minha solidão, agora estou aqui, querendo achar uma solução
pra preencher a falta de você.Eu sei que sou uma novata, nessa materia de amor, mas por favor, não
desista de mim.Será que você consegue fazer isso?
-Estou indo agora mesmo, pra perto de ti.
Desligaram o telefone antes mesmo de escutar o tututu.Mas seus corações escutaram o que queriam
ouvir se, encheiram assim de esperança.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Palavras do homem do futuro
Hoje você está presa em minha mente, em meu peito ainda tem o sinal que você deixou, quando trilho
ao meu lado, em uma noite e um novo dia, da minha vida.Debaixo da minha cama ainda tem o baú
que guardamos com nossos desejos sobre o nosso futuro, como ele seria, como estariamos.Depois de
10 anos não sou o seu marido, muito menos o pai dos seus filhos, infelizmente sou apenas mais um
cara do passado.Não sou aquele homem que queria ser o seu orgulho invés disso apenas sou um leitor,
do seu livro, nos onibus que pego todo dia de manhã e no final da tarde.Enbaixo do braço um livro
seu, no meio de tantas pessoas, encolhido em um canto lá no fundo, o único lugar que encontrei com
menas gente e do lado da janela.A brisa do outono de encontro ao meu rosto suado, sinto um cheiro
familiar.Que desperta lembranças nessa mar de gente, me vejo pensando naquela obra do meu
passado, a milagem do meu presente e uma recordação no futuro.Um tanto sagrado e nunca será
esquecido, como minha mente pode esqueçer aquilo que por horas, meses, dias, anos ela pensou?E
ainda pensa?
Na mesa da cozinha ainda tem o toca fitas, e uma das fitas tem tua letra perfeita, escrito o seguinte:
"Para lembrar do "eu e você", "você e eu".Lembra-se".Tantos minutos sobraram nela, apenas uma
música foi colocada, aquela que fazia você lembrar de mim.E agora é a que me faz lembrar da menina
que já se tornou uma linda mulher.Volto a ser aquele garoto, que os ombros eram seus travesseiros
preferidos nas noites frias, nas noites de calor o corpo nu dele era colado ao seu, no chão do seu
quarto.
Quanta sede tinhamos de saber como seriamos, hoje estou sem sede nenhuma.Os anos foram passando
e as crianças foram cresçendo, os velhos foram sendo levados dessa pra melhor e os meus pais se
mudaram de cidade.Os meus amigos viraram universitarios, hoje são empresarios, pais de família.E
ainda não sei o que sou, e mesmo aos trintas anos ainda não sei o que eu quero ser.Estou sendo um
outro alguém vivendo a minha propria vida, vivendo um futuro totalmente diferente daquele tão
desejado, sonhado, imaginado.Me inventei junto com as novas qualidades desse cidadão, desse menino
que agora faz a barba um dia sim, um dia não.E tenho uma certeza guardadá em meu peito;
Eu sou aquilo que as pessoas lembram de mim.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Contém duas unidades
Lucas e Larissa compartilham o final da tarde, todos os dias.Desde que ela se mudou para casa ao
lado, da dele.Primeiro vizinhos, conheçidos, amigos e agora um amor desconheçido um pro outro
atormentam seus peitos, tão suavimente e que quase passa desperçibido, só pela sinais de suas mãos
suando tanto quando um pano de prato enchargado que dá para perceber, o que os olhos deles finge
não ver, que o coração mais que balançado tenta ficar de pé, intacto quando se encontram, na casa da
árvore no fundos, da casa da Larissa.Antes mesmo de se mudar, Lucas vinha todo fim de tarde para
casa da árvore, do seu amigo Caique, mesmo depois dele ter ido morar em Nova York com mãe e o
pai foram para algum lugar do Texas.
E essa tarde não é diferente uma das outras; Um ao lado do outro, sentados com uma latinha de coca-
cola no espaço entre os eles.E na mão de cada um bombom, ontem foi pascoa, então como foi o
prometido; comeriam os chocolates que ganhariam aqui, juntos.
-Cabeção, eu tenho uma coisa pra te contar...-Lari diz se sentando á frente dele.
E no exato momento que os olhos dela encontro o seu, percebeu que não iria dizer algo que seu
coração se enche-se de felicidades, mas talvez, de raiva.
De um certo tempo pra cá, ele tem percebido certas mudanças no comportamento de sua vizinha: A
garota falante, ouvinte e brincalhona.Se transfomou em uma garota calada, perdida em pensamentos e
um pouco mal humorada.
-Diga, lari...
E teu medo de dizer a seguintes frases aumentaram, porque ele já desvia do quê pode ser.
-Eu ando conversando com um menino, na internet...
ele a interrompe.
-Eu também converso com algumas pessoas virtualmente.O quê tem demais nisso?
-Quando você acaba começando a namorar com uma pessoa que está...
Então a visão de sua mente ampliou.O horizonte a sua frente criou mais porpoção, dando assim pra
enxergar tudo que estava escondido esse tempo todo.
Era como se eles estiveram compartilhando essa visão, na beira do precípicio.E então sentiu as mãos
quentes dela, tocando em sua costas, como contato que começou um tanto inocente, mas na verdade,
essas mãos pequenas lhe emburrou lá para baixo.Essa foi a melhor denifição do que está sentindo.
-hum...
-Não consegui ficar esperando por você, cabeção.
-O que isso quer dizer?
E em um segundo pensou que talvez ela esteve esperando uma reação sua, para assim, os dois pular
no precípicio.E infelizmente ele se encontra entre as águas, e ela, está lá em cima olhando seu
afogamento.
-Não vai ser eu que vai dizer o que você sente...
-Como você pode saber o que sinto, sem nem ao menos eu saber?
Um silêncio se formou entre os dois.Não sabia ao certo o quê pronunciar, mas realmente essas poucas
palavras foram um impacto nos corpos deles.
Um perdido em uma estrada, de terra.Com sentimentos desconhecidos nas costas.A outra logo em
frente, esperando o outro chegar mais perto, para assim, o abraçar.
-Também tenho uma coisa pra te contar...
O bombom entre os dedos dela, é esmagado, por conta da força que ela o seguro.Lucas vai embora
amanha de manhã, antes mesmo do sol nasçer para os dois.Com certeza não terem uma boa noite de
sono.
-Se...vai embora amanha.
Pelo menos ganho o sorriso dele e uma par de olhos dignados lhe olhando.
-Sempre sou o ultimo a te contar as coisas, não sou?
-É culpa das vizinhas fofoqueiras.
-Se quer dizer, as nossas mães?-E pela primeira vez aquela tarde, as risadas um do outro se misturam,
como sempre era de costume.
Coloca a caixa de bombom em um canto e se deita, de barriga pra cima e se perde em pensamentos
que nem se dá conta quando ela se deita ao seu lado, com a cabeça em seu peito.
-Vamos nos reencontrar.
A voz dela atingiu as paredes do meu peito, me fazendo ter coragem pra dizer, pra fazer o que deveria
ter acontecido há muito tempo.E agora não ira mudar o futuro, muito menos o agora.Mais iriam
lembrar disso pra sempre, então terá que fazer.
-Você deixa-la de ser a menina mais desejada dos meus sonhos e se tornara a mulher que sempre irei
amar.Talvez eu te veja andando por New York ou aqui mesmo, nesse simbolo de verdade e de...meu
amor por você.
E então ela apoia o queixo em seu peito, assim as estrelas que ainda estavam por vim se encolheram
entre as nuvens, com medo daquele brilho todo; os ollhos deles.
-Eu esperava menos dessa...sua declaração.-Deu sorriso aforçado, como se verdade estivesse
machucada.-Só que não dá mais pra mudar o nosso futuro, Lucas.-Uma piscada e um fio, de uma
lágrima caí, de seus olhos.Molhando suas bochechas e depois deçendo pro tecido da minha camiseta.-
Me desculpa...-Disse enquanto seca os olhos e volta a se sentar no lugar de antes.
-Hey!
Ela não olha pra ele, pois sabe se olhar...tudo irá mudar.E não vais ser do jeito que tem que ser.
-Eu não quero mudar os seus planos, o seu futuro, tá bom?!Foi uma declaração atrasada, mais
foi.Iremos encontrar o caminho de volta um pro outro...
-"If i lay here, if i just lay here.Would you lie with me and just forget the world?".
E no momento que deixou de cantar os versos da sua música preferida, ela volto a se sentar ao seu
lado, com a cabeça em teu peito.
Em um futuro não muito distante daqui, um homem está na fila, do café.Querendo simplesmente tomar
o seu Frappuccinos, de morango coco.Umas semanas atrás descobriu que esse era o único café que
não ficava com uma fila gigantesca, mas agora, todos descobriram também.
Duas semanas que voltou pra sua tão amada L.A.
E quando consegue chegar no caixa recebe:
-Infelizmente acabo o Frappuccinos, de morango coco, moço.
-Obrigado!
"Obrigado por nada!".pensou.E quando se virou pra sair, se trombou com uma mulher, que tinha um
Frappuccinos, de morango coco e por conta do esbarrão, sua camiza foi tomada pelo o Frappuccinos.
-Vejo que não fiquei sem o Frappuccinos, de morango coco.
-Me desculpa, moço!-A mulher estava pegando algo em sua bolsa, seu cabelo loiro caí em seu rosto.
E então surgi um lenco entre sua mão e quando levando o rosto, pode ver que é Lari.Aquela frase no
último dia que se viram se tornou verdade.Encontraram o caminho que o levariam de volta um pro
outro.Nesse momento não sente o arrependimento de não ter tentado mudar as coisas, naquele dia.
-Dessa vez eu consegui esperar por você, cabeção.
O lenco caí do chão, no exato momento que envolveu os braços, no pescoço dele.E se beijaram, alí
mesmo, na fila do café.
-------------------------------------------------------------------------------------------------
Aquilo que chamo de sexo
Teus olhos estavam fixos na tv, no filme Romeo & Juelita.As aquelas frases complicadas estão dando
um dó em minha cabeça, enquanto na sua está tudo tão facil de se entender.Tudo fica facil quando
shakespeare é seu conselheiro.As paredes do meu quarto é a minha.Lhe contou um sonho ruím, um
desejo oculto transfomado em sonho ou até mesmo sobre mim.
E finalmente o filma chega ao fim, em seus olhos lágrimas se formam, como as gostas de chuva lá
fora.Molhando-me e te molhando, a água salgada chega a sua boca, lhe causa um arrepio.Tanta gente
deseja ser imensidão e eu desejando ser essa simples gota, de sua lágrima.Para assim se misturar na sua
saliva, conhecer seus segredos mais graçados mal contado, pela sua lingua roçada na minha.Para assim
ganhar o beijo da morte e da ressurreição.
-Hey?!-Cutuco seu ombro, tentando chamar sua atenção pra mim, mais é em vão.
-Esse filme me faz chorar, estou bem...-Diz entre um soluço e outro.
Em peito um abrigo se abre pronto para a abrigar.Talvez só por essa noite seguidas por todas as outras.
-Mulheres...
Seca os olhos e me olha.Com os olhos vermelhos, com as bochechas mais rosadas que o normal.
-Você realmente é um homem sem pênis, só pode-Dá um sorriso alegroso, como se minutos atrás nem
estivesse chorando.
E depois disso não tem como eu lhe negar um sorriso de volta.
-Mais diz que esse homem aqui, mesmo sem pênis lhe seduz.-Pego tua perna e colocou senta em meu
colo, de frente pra mim.Automaticamente entrelaça o meu pescoço.
-Convencida!
-Realista!
-Chata!
-Birrenta!
-Me acha mesmo, tudo isso?-Me pergunta com um bico, querendo amoreçer meu coração.
Sem saber que ele já está mais do que muido.
-Bom...você é um pouco sim.
-Você realmente é uma chata!-Me dá um tapa no braço.
Deita a cabeça no meu ombro, com essa aproximação sinto seu perfume de morango.Deixando não
apenas o ar morangado, eu também.
-Você ainda não confesso que eu lhe seduzo...
-E precisa?-Levanta o rosto rápidamente, pra encarar me encarar.-Você...me-Lhe interrompo com um
beijo.
Aquela tão esperado, então conheci a morte na primeira chupada da sua língua e depois voltei a vida,
quando nossas salivas se misturam.Na imensão do silêncio pude ouvir a euforia da minha alma, o
palpitar acelerado do meu coração.
E um selinho para selar a memoria.
Abro meus olhos, enquanto ela ainda continua com olhos fechados e com um sorriso nos lábios, que
segundo atrás estavam entre os meus.
Abriu os olhos e me senti sendo iluminada por um faról.
-Você é a única garota que eu desejo, nick.-As pontas de seus dedos tocam em meu rosto.-Mas
podemos ficar juntas, não desse maneira.
Um voô alto, uma queda com mais impacto no chão.
-Sua família não aceitaria, seria a fofoca entre a rodinha das amigas.-Bruscamente lhe tiro no meu
colo.Pego meu jaqueta que está jogada, no sofá do canto.Visto rapidamente, enquanto seus olhos
decora meus movimentos, observa minha furia encolhida entre as almofadas.
-Você não entende, Nick.-Se levanta.Se aproxima, segurando a gola da minha blusa.-Pra você isso foi
fácil; se assumir.Por que seus pais te ama pelo o quê é, já os meus, me amam pelo o que posso ser.E
lesbica está longe do que eles querem.
-E o que você quer?-Sussurro, com o olhar fixos em seus olhos.Abre a pouca duas vezes, mas não
consegue dizer o obvio.-É, você não é aquela garota corajosa que eu pensava que era...
Tiro sua mão da gola, da minha blusa.E viro as costas e quando toco na maçaneta.
-Eu quero você!-Diz em um sussurro, quase não deu pra ouvir, mais ouvir.-Se não ouviu?!Eu quero
você!-Grita, sem receio nenhum dos vizinhos ouvirem.
É tão fácil dizer as palavras que queremos ouvir, quando sabem quais são essas palavras.Um mar
profundo se transforma em rio raço a água nem chega no joelho.
Me encosto na porta, passo a mão no cabelo.
Se aproxima de mim, com um olhar fatal, me fazendo assim outra vez sua refém.Me ganhando e ganha
meu coração muído.
Se coloca entre o espaço, de minhas pernas.Segura firme em minha nuca.
-Eu quero-te...-Morde meu lábio.Solto um gemido abafado, por seu dedo entre meus lábios.-Não
estrega esse momento.
-Não vou estragar.-Entrelaço suas pernas em minha cintura.
Faço o caminho pro seu quarto sabendo muito bem que se eu for, vou voltar outra pessoa, com outros
pensamentos e com novos desejos.E o meu abrigo irá fechar apartir do momento que ela entrar sem
mala, sem nada.Nossos sentimentos se encontra na mesma sintonia, dançam no mesmo ritmo, nossos
gemidos são desafinados, mais carregados de prazer.Minhas mão percorre o caminho, de seu
corpo.Segue as cicatrizes, as manchas deixando marcas, chupôes e beijos para não se perder.E um
gemido solto seguido pelo seu, também.Gozamos juntas, suadas e nossos corpos colados, debaixo da
coberta suando mais e mais.Em minha mão seu cheiro está, o gosto do mel em minha boca.Seu sexo
pulsando contra minha coxa e meu corpo grita por mais, pede, implora por mais um gole dela, do sexo
molhado, enxargado.
-------------------------------------------------------------------------------------------------
impacto melância
Saio atormentado, tropeço em meus propríos pés.Passo por cima de alguns copos de bebida jogados no
chão, da balada.As luzes picas, me deixando ainda mais tonto.A música alta, e vem de encontro ao
meu rosto o cheiro forte de maconha.Pessoas dançam sem sapatos, outras já foram embora
acompanhados.E eu já vomitei umas duas vezes ou até mais que isso.E arrotei na cara de uma garota,
quando fui tentar me dar bem.É, só falta começar á chuver.
-Oi, gato!-Diz segurando o meu braço.-Está afim de uma companhia?-Passa a unha na minha
bochecha.
Entre uma piscada e outra, das luzes.Vejo seu rosto bonito, um pouco redondo demais.O decote muito
chamativo, do seu vestido.E uma pinta, na bochecha esquerda.E o quê mais me chama atenção não
posso ver; os olhos.Acredito nessas coisas, que podemos decrifar alguém, só de olhar em seus olhos.
Aproximo nosssos rostos.Não posso ver seu rosto, mas tenho certeza que está pensando que conseguiu
o quê quer.
-Vai se fuder!-Dou um selinho.
Ela empurra meus ombros, quando sente o meu hálito de pinca.
Entre um tropeço e outro consigo sair da balada e a calçada vira um banco, para mim.E a lua cheia,
como um abajur.Na luz sinto todos as minhas duvidas mais claras e no escuro elas atormentam mais
ainda.Tenho a sensação que estou sendo vigiado por alguém, então reparo em um garoto.Na outra
calçada, sentado em uns dos bancos, do ponto de onibûs.
Veste uma bermuda jeans, com um coturno.E os cabelos loiro tinjido.Sem mais, sem menos vou em
sua direção.Sem tirar meus olhos dos dele.E paro á sua frente.
E mais perto de seus olhos me sinto intimidado, por conta da maneira que me olha.Diferente daquela
garota, posso ver seus olhos enverdeados, mas não lhe decifro.Eu sim, estou sendo decifrado.
-Tem uma bala, pra me dar?
-Sorte da garota que não te beijou!-Me entrega um pacote de halls sabor melancia, com recheio de
chocolate.-Caso só uma não resolva.
Dois pontos pro garoto desconheçido.O primeiro por ter logo um pacote, da minha bala preferida o
outro por me fazer rir.Sigo seu conselho, coloco duas balas na boca.
-Estou com um bafo do caralho, né?
-Claro!Só não entendo como você ainda pode estar cheirando...bem.
Se fosse uma garota me dizendo isso, iria pensar que ela estava me cantando.E confesso que passei
essa noite inteira lhe procurando.E encontro ela em forma de um homem.Essa noite já está uma bosta,
então que se foda.
-Gosta de pinca, então?-Apoio meu braço no encosto, do banco.
Ficamos pressos um no olhar do outro.Não sei o quê está aconteçendo, só que estou gostando desse
jogo, desse garoto.Alguns amigos hetéros já me contaram que ficaram com outros rapazes e não foi um
bicho de sete cabeças.Teu olhar varia entre minha boca e meus olhos.Mordo meu lábio, lhe
provoco.Sei nos meus poderes de sedução.Por vago momento sinto-me aquela garota que encontrei, lá
dentro da balada.Ele é uma versão minha mil vezes melhorada.Uma versão que sempre desejei ser.Tua
voz rouca, firme, vira trilha sonora dos meus pensamentos variados; entre mim, entre ele, entre nós.No
lenço vagabundo da minha cama.Tua cabeça repousada em meu peito, lher porpocinando uma batida
natural, que não contém efeito.As batidas do meu coração.
-Está me ouvindo?-Diz inpaciênte, bate em meu ombro.
-Ah!sim...Claro!
Coloca a mão em minha perna.Quase escapou de minha boca a seguinte frase: "Não sou gay".Quantas
vezes já me rotulei, já gritei pro quatro ventos: "eu não sou isso, eu não sou aquilo".Mas foda-se, todos
temos o direito de ser o que queremos ser.E hoje só quero simplesmente ter a companhia de alguém,
nem que seja de um homem.
Levando, estendo uma das minhas mão, para ele, que segura firme.
-Esqueçe tudo e vem comigo?!-Digo com um sorriso safado.
-Esqueçer o quê?-Diz ironicamente.
Solta minha mão e saí correndo.E corro atrás dele, sem nenhuma escolha.
Aquelas palavras que lhe disse, não foi para ele, foi mais pra mim mesmo.Ter a coragem de esqueçer o
mundo, esqueçer os meus preconceitos.Ir sem nada, pro mundo compartilhado.
Corremos no meio da rua.Até que consigo o alcançar, seguro em sua cintura e rodopio.
-Seu maluquinho!-Se solta de mim e se encosta em um carro.-Sempre corre atrás das coisas quê quer,
com essa rapidez?
Em passos largos, caminho até a sua frente.Coloco minhas mãos em volta de seu corpo.Sem ter como
fugir.
-Você que começou, apenas fui atrás de você...-Sussurro.
Lentamente aproxima nossos rostos, passa o nariz no seu.
-Seu halito tá ótimo agora.-Morde meu lábio.Fecho meus olhos e dou um gemido baixo.Mesmo assim
escuta.
-Gosto, né?-Segura na gola da minha camisa com uma mão e com a outra, a minha nuca.
-Nem preciso te responder.-Coloco minhas mãos em seus joelhos e lentamente vou subindo até sua
bunda.
Fechos meus olhos e vou seguindo meu instinto.Minhas trilham um novo caminho em seu corpo até
sua cintura, por debaixo de sua camiseta.Enquanto sua mão agia, está fazendo um vai-e-vem em meu
pau, por debaixo da minha cueca box, preta.As ruas que estavam sem nenhum um barulho, vira um
estudio pro meus gemidos.E vira palco pro nosso prazer sem pudor.
-Me come!-Sussurra em meu ouvido.
E lhe obedeço.Abro o ziper da sua calça, só abaixo um pouco elas, antes mesmo de chegarem ao
joelho.O viro de gosta, que se incrina no capo do carro, deixando sua bunda inpinada para meu pau
entrar.Coloco rapidamente a camisinha e começo um vai-e-vem devargar.Uma mão em sua cintura e a
outra vai subindo suas costas, até a nunca e puxo seu cabelo.
-Geme pra mim!!-Digo entre um gemido.
E vou com mais força, que agora geme.Só não sei é de prazer ou de dor.O grito dele me arrepia, me
excita ainda mais.Por conta do pequeno espaço, de seu cu, sinto mais prazer.Seguro sua cintura com
as duas mãos, para assim poder ir ainda mais forte.colocar mais pressão.Incrino minha cabeça para
trás, então gozo.Olhando o fraco raio de sol, já aparecendo no céu.Então tiro meu pau do seu rabo e
lhe viro, de frente pra mim.O teu rosto belo, agora suado.As bochechas avermelhadas e os olhos seme-
abertos.Então se ajoelha em minha frente, tira a camisinha e chupa meu pau.Tua boca vai até o fim e
depois volta lentamente, olha fixamente em meus olhos.Seguro sua cabeça e vou indo pra frente e pra
trás.Com força, rapido.
-Vou gozar!-Tento tirar o meu pau, de dentro de sua boca, mas ele me impede.
Então gozo em sua boca, engole tudo.Sem deixar nada, nem no canto da boca.Sobe minha cueca e
minha calça, fecho o ziper.E quando vejo, ele já está deitado no capo do carro, observando o sol
nasçendo, á cima de nós.
-Posso saber seu nome?-Digo com receio.
-Por qual motivo devo te contar?
-Se por causo eu acabei de te passar aids.-Tento aparentar sério.
O garoto louco senta no capo do carro.Me perco tento descobrir qual seria seu nome.O nome dessa
pecado, desse santo que entro em minha vida e saíra pela mesma porta que entro hoje.Só se o
destinho assinar enbaixo.
-Meu nome é Seu.-Desçe do capo, vem e me abraça, pelo pescoço.-Quando eu te soltar, saiba que
nunca mais vamos nos encontrar.
Tua voz baixinha, dizendo bem perto do meu ouvido, que nunca mais vamos nos encontrar, acalmo
minhas duvidas, sobre como seria minha vida daqui pra frente, agora que com ele experimentei um
novo sabor, que faz toda a diferença."Posso repetir esse momentos com outros".penso.Não importa, ele
mudou minha vida, nem que seja apenas um pouco, mas mudou.Nosso encontro foi um impacto e isso
causa mudanças, perdas e conquista.
-E se você nunca me soltar não vai ter como nunca mais nos encontrar, não é?
Nossas risadas embala a rua silênciosa.
-Talvez se eu não te soltaria agora.-E me solta.
-Há muito tempo eu não tinha uma noite com essa.-O brilho no meu olhar comprova a sinceridade das
minhas palavras.
-Muito menos eu.-Estente a mão, pra mim.E seguro firme nela.-Foi um prazer, senhor.
Tenho problemas com chegadas das pessoas em minha vida.Tenho traumas de despedidas.Se é pra
nunca mais nos ver, pelo menos que tenhamos feito tudo.
Lhe puxo e o beijo.Que pausa a despedida, como se ela não fosse aconteçer a seguir.Não quero
brincar de esconde-esconde com a despedida, mas nesse momento poderia ter outras pessoas para ela
procurar antes de nós.
Nossas bocas famintas combinam, mas nossa fome um do outro são de porpoção diferente.Como
nossos hálitos; O meu de bala de melancia e o dele o gosto do meu pau.
Se solta de meus braços e caminha de volta pro ponto de onibus.Sinto aquele mesmo instinto, de
quando corri atrás dele, mas agora simplesmente vejo meu espirito fazendo isso; Tentando lhe impedir
aos gritos, segurando os seus ombros e implorando para simplesmente marcar um outro encontro,
quem sabe.Enquanto ele continua caminhando.Com as mãos do bolso, que me impede de querer ir
segurar elas.
------------------------------------------------------------------------------------------------
Não Olhei pra Estrelas
As estrelas mais brilhantes do quê nunca, no primeiro dia que nos vimos.
Sentada em cima, de uma preta, na praia da costa.Um livro entre as mãos, os cabelos preto dança com
o vento, da meia-noite.Naquele momento, senti meu mundo mais perto do dela, mesmo sendo
totalmente desconheçido para mim, algo lá no fundo me sussurrava: "vocês tem algo em
comum".Talvez não gostamos de mostarda, demoramos pra pegar no sono ou não temos nada além da
mesma cor de cabelo.E sem mais, sem menos, caminho em passos acelerados até a grande pedra e a
garota pequena.Rezo em voz baixa, peço ajuda das estrelas, do clima e de meu instinto de achar
coisas maravilhosas.Pode ser engano meu, mais talvez ela se torne a coisa mais maravilhosa que
encontrei.Quando vejo, já estou sentado ao seu lado.Uma vista incrivel do mar na minha frente,
enquanto meus olhos ficam fixados nela.Em seu rosto angelical, em sua pinta perto da orelha e no
olhar perdido nas páginas abertas, em sua frente.
-Já deu uma olha nas estrelas, hoje?-Até mesmo eu pude perceber em minha voz, a alegria, a euforia.
Inesperadamente, ela aguarda o livro dentro, da bolsa e volta sua atenção para mim.Não me sinto
pequeno diante desse olhar tão forte, intenso.Me sinto forte, intenso, pois, os meus estão te olhando da
mesma maneira.As estrelas devem estar com inveja, de como estamos brilhosos juntos.
Deita, de barriga pra cima e admira o céu em cima de nós.Em teus olhos se cria um brilho, e não é
simplesmente o reflexo vindo do alto.
-Não tem um dia, que não olho pra estrelas.
Deito ao seu lado, mais invés de olhar pro céu, fico olhando pro seu rosto.
-As vezes nós, seres humanos, ficamos procurando coisas grandiosas em outros seres humanos e
esqueçemos das coisas grandiosas da natureza.-Tentei falar da mesma maneira que meu professor de
sociologia; Filosofar, dizer com um jeito profundo e misterioso.E disse a mesma coisa que minha
professora de biologia.
-Por acaso, foi sua professora de bilogia que lhe disse isso?-Olha rápidamente pra mim, como uma
mãe, quando pega seu filho fazendo arte.
-confesso que sim...porque?
Tua risada grossa, nada afidadá e muito menos bonita faz eco pela praia.Um som nada agradavel, só
fez minhas pernas tremer, rir junto e querer ouvir esse som outra vez.
-Sua professora é minha mãe, senhor plagiador.
-Eu não disse que essa frase era minha, guria.-Digo e meu sotaquê do sul aparece.
-Esse teu sotaquê gaucho não é plagio, é?-Deita de lado, imito teu gesto.-Tu não tem cara de gaucho.
-Tenho cara do quê, sabichona?
Toca em meu rosto, com as pontas dos dedos, gelados por sinal.E isso tem o impacto oposto em
mim.Me sinto quente, aquecido perto dela.Teus dedos criam um caminho proprio em meu rosto;
começa por debaixo de meus olhos, caminham em circulo em minhas bochechas e caminham em
linha reta em meus lábios e nas minhas sombrancelhas, também.Toca em meu cabelo, com uma das
mãos.Durante essa vasculha dos dedos em minha pele, permaneçi de olhos fechados do começo ao
fim.Seus dedos não tocam mais em meu rosto, então abro meus olhos e vejo suas costas, de frente pra
mim, por conta dela estar deitada de costas pra mim, agora.
-Por quê parou?Tava tão bom...-Digo sem pensar, e quando reparo o que disse, já é tarde demais, só
resta mudar de assunto.-Então você ama olhar pra estrelas, guria?
-Peguei esse costume do meu pai, ele era astrônomo.-Tua voz doce alegre, se torna doce-melancolica.
-Sinto muito por ele...
-Faz cinco anos que ele faleçeu.Na última noite que olhamos juntos as estrelas, ele me disse: "nunca
deixe de olhar pro céu a noite, por que vai ser nessa hora que vou estar olhar de lá cima, pra você".
-Ual!-Agradeço por ela estar de costas pra mim, assim não pode ver as lágrimas que cairam no canto
dos meus olhos.Entrelaço meu braço em sua cintura, assim colo meu corpo em tua costas.Seus cabelos
negros tem cheiro de shampoo de chocolate, sorte eu não ser diabetico.-Minha companhia com certeza
não é tão boa, quanto a dele era, mas é o quê tem pra hoje.
-Você me faz rir, isso já é um começo-Ri baixo.
-E você me fez chorar minutos atrás.-Entrelaço nossos dedos.
-Quando contei sobre meu pai...isso aconteçe com todo mundo.
-Diferente do seu pai, que entendia tudo sobre universo, meu pai entende tudo sobre carro.Meu avó é
mecanico, claro, agora por conta de tradição de família, vou ter que ser também.Eu já aprende
algumas coisas, levo até jeito pra coisa, mais não é isso quero fazer, só não tenho coragem de dizer
pro meu velho que quero ser fotográfo.
-Logo que ele saber, claro que não vai ser pavor, mais prove pra ele que você melhor sendo fotografo,
não sendo mecanico.
Nesses poucos minutos de conversa e já gostei da sua maneira de pensar sobre as coisas.Uma maneira
objetiva e simples, sem mais delongas.
-Simples e objetiva!
Aquele som que queria ouvir outra vez, ouço denovo; tua risada alta, escandalosa.
Vira de frente pra mim, sem tirar meu braço de sua cintura.Acaricia minha nuca.Fecha os olhos e fecho
os meus também.
-"Somos todos feitos do mesmo pó de estrelas."
Teu hálito de menta, vem de encontro ao meu rosto.Nossas respirações viram uma só, no mesmo
compaço; rapida.Isso prova, que os meus efeitos que ela tem sobre mim, tenho sobre ela.
-Tenho uma coisa pra te contar, que vai fazer você não gostar de mim...
-impossível, mas me fala.
-Eu sou cega!
Como esse tempo todo eu não percebi?
Essa garota é tão incrível, a tua forma de falar, de se expressar, tua maneira simples e objetiva chama
mais atenção, do quê isso.E outra, teus olhos não são como dos outros cegos.Tem nada branco, pelo
contrário.São verdes, verdes vivos e mais intensos que já vi.E quer saber?Continuo interessado nela.
-Diz alguma coisa...
-Me chamo Gustavo e você?
-Ariel
-Vou te dizer uma coisa, Ariel.-fico uns minutos em silêncio antes de falar.-Adorei sua forma simples e
objetiva de pensar sobre as coisas.Sua forma de se expressar.E quando você fala, chama atenção pro
assunto que você está dizendo, desde que sentei ao seu lado não olhei pra estrelas.E queria ter
conhecido seu pai, sério, ele me pareceu ser uma pessoa boa, interessante, como a filha dele é.E
espero que ele esteja de lá de cima me olhando, com uma forma de carinho e não querendo me
matar, por estar desejando tua filha-Rimos juntos.-E tu me fez ter coragem de dizer pro meus pais
quero ser fotográfo e não mecanico.Hoje mesmo quando chegar em casa, vou contar pra eles.E fato de
você não enxergar, porque cega, você não é guria.Eu não tenho cara de gaucho, porque sou mineiro.-
Me dá um tapa no braço.
-Você me engano.-Aperta minha nuca.-Não te contei antes, que sou cega, porque fiquei com medo de
você me olhar com pena...E o livro que estava em minhas mãos, antes de você chegar.Ganhei do pai
um dia antes de mim ficar cega.Eu acabei não lendo ele por preguiça.E hoje, só lembro da capa.
-Jamais vou te olhar com pena...Agora mesmo estou te olhando com carinho, com paixão.E
confesso...com desejo também.-Toco em seu rosto.
Ela toca no meio também.Seus dedos caminham até meus olhos e ela acaba percebendo que estou de
olhos fechados.Fechei segundos antes dela me contar que era cega.Desde então não abri-los.E agora
entende, um pouco como ela deve estar me olhando.
-Você...está...de olhos fechados?-Me pergunta em tom de surpresa.E com uma voz emocionada.-Você é
incrível, garoto.E bobo também.-Dá uns tapinhas em meu rosto.
-Então já posso abrir eles denovo, porque já dá doendo?-Lhe pergunto rindo.
-Bobo!-Beija minha bochecha.-Assim fica parecendo que estamos olhando um pro outro na mesma
porpocão.Ninguém vendo mais que outro...Bom, você já abriu os olhos mais tudo bem, Gustavo.
Aperto tua cintura.
-Me dá um desconto, vai, Ariel?-Beijo sua testa.-Essa foi a coisa mais linda que um garoto já fez por
você, sério, foi coisa de filme...Lembrei de uma frase, de um astrônomo, que você conheçe, eu e o teu
pai, também.Uma frase dele que descreve perfeitamente o nosso encontro.
Teus dedos tocam em meus lábios, por minuto imaginei que eles fossem matar qualquer palavra que
fosse sair, de minha boca.
-"Em algum lugar, algo incrível está esperando para ser descoberto."-Dizemos juntos e na mesma hora.
-Agora dá pro senhor, me beijar?-Beija meu queixo.
-simples e objetiva!
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-------------------
O vento da noite vem puxar minhas cobertas, me deixando só com a minha pele, com o meu corpo
morto.A luz do sol me desperta, meus olhos arder, logo volto a fecha-los pela forte claridade.Horas
depois já estou sentada da minha mesa favorita, na cafetaria da esquina, do meu apartamento.Observo
café em minha frente, mais artificialmente.Porque em minha mente só fecho aquelas olhos pretos,
quentes, me olhando.E deixando cada parte do meu corpo acessa, sinto uma pulsação, mais não é no
coração.Não posso deixar isso me dominar, preferir estar naquele quarto de hotel, do quê aqui.O tanto
que ele me faz bem, me deixa o dobro ruim.O momento epico volta, como as aguas do lago, param
por um logo periodo, mais ainda estão alí.Para alguém molhar os pés, no meu caso, a agua do meu
lago estão aqui para me afogar, para me levar pro fundo caso.Me machucando.
De vez pincar adoçante, no café, minhas lágrimas pincam dentro dele.
"Depois de chegarmos juntos ao orgasmo, debruça seu corpo sobre o meu.Sua respiração vai se
acalmando, tua boca semi-aberta pousada no meu pescoço.Tuas mãos aspiras e forte seguram com
força o lençou, da cama.
-Teu corpo subera qualquer expectativa minha, Pietra!-Allan solta um suspiro profundo.
Se os seus olhos estivessem me olhando, nesse momento está raiva que estou de ti, sumiria
instanteamente.
Allan sabe meu ponto fraco, sabe como pisar no meu calo de uma maneira, que vai me deixar mais do
nervosa.
Lhe observo por completo.Desde seu cabelo preto, até suas coxas cabeludas.Teus lábios carnudos, que
tantas vezes arranca de mim gemidos de dor misturado com prazer.Algumas vezes me beija com
doçura, Allan não percebe, faz isso tão naturalmente.Como faço depois dele pegar no sono, deito
minha cabeça no seu toráx definido.Sem aquela barriga saltada, que maioria dos homens que já saí
tinham.E não é isso que o faz melhor, que os outros, e sim, porque é lugar que se pudesse eu ficar,
ficaria para sempre.Mesmo sendo só quando o Allan dorme.E não sei por qual razão, toco em seu
rosto, com as pontas do dedo, contorno o formado do teu rosto, meus dedos param rapidamente,
quando os teus olhos cor de mel, me observe, severamente.E brutalmente segura com força, o meu
braço.
-Nunca mais faça isso!Nunca mais, entendeu, Pietra?-Me sinto uma criança rebelde diante de sua voz
firme.
Passo a palma da mãos, nossos olhos, impedindo as lágrimas de vir há cair.Posso estar com o coração
em pedaços, mais tenho que me mantér forte na sua frente.Ele já me provou varias vezes que ele gosta,
de me ver chorando, do quê sorrindo.E lhe dou o meu sorriso mais ironico, enquanto me levando da
cama.
-Me desculpa, se não é toda hora que sou masoquista.-Em minha voz percebo uma ponta de magóa.
Saiu pegando minhas roupas, que estão jogadas por cada canto, do quarto.
Salta da cama, totalmente pelado.Tento mantér o foco nas roupas do chão, e não, no teu corpo.Mais
me encontro pertubada, arrepiada e minha temperatura corporal está muito alta.E debaixo da minha
calcinha, algo começa a pulsar.
Segura no meu braço, mais dessa fez, sem me machucar.Só me levanta, me colocanto cara á cara com
teu toráx.Mal hora ter apenas 1,62 de altura.Levando um pouco minha cabeça para o alto.Encontro
teus olhos sobre os meus, não severos, mais acolhedores.Aquele olhar entre muitos, consegue me
deixar acolhida.
-Eu que te peço desculpas...-Sussurra, com aquela voz carinhosa.Doçe, que me derrete.
Allan me leva pro mais alto voô, no céu.E por conta disso, o nosso tombo é mais feio.Com ele é tudo
ou nada.Sempre estamos no topo ou lá no fundo, do poço.Nós não, apenas eu.
Me causa as mais belas sensações, do mundo.E me mostra as mais profundas dores.As mais crueis.
-Até quando vai ser assim?Você é o homem cruel de sempre, e quando estou decidida de ir embora,
de uma vez por todas, você me mostra um lado doce, carinhoso?Até quando hein, Allan?-
Desesperada, começo a bater com tudo, em seus ombros.Enquando choro.
-Fica acalma, querida.-Tua voz suave, não ouvia há dias.Me abraça forte.
Seus braços a redor do meu corpo, acalma meus nervos.Estamos denovo nas alturas.E vejo que lhe
amo, não só quando estamos aqui.E sim, quando estamos lá no fundo, do poço.Amo esse lado
carinhoso, raro de se vê.E também o lado que sempre está presente; sádico, frio e severo.
-Aceite-me do jeito que sou.Mais lhe juro, que aqui dentro.-Aponta pro seu peito.-tem sentimentos
bons...só que as vezes...me sinto perdido diante dessa minha vontade de causar dor, agredir alguém,
pra assim sentir prazer.
Fico nas pontas dos pés, para poder segurar o seu rosto com as duas mãos.
-Eu te aceito assim, mais é você que não me aceita.Deixa eu apenos ser carinhosa contigo, poder te
tocar.
-Não mereço esses toques, quando os meus em ti são o oposto.-Tira minhas mãos de seu rosto.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Em algum momento da sua vida, você estará aos beijos, com o cara que acabo de conheçer, no
barzinho.Debaixo do jeans justo, sua calcinha nova.Um sutiã preto com rendá.É assim que sai vestida
pra seduzir.Pra encontrar o cara que amanhã mesmo não será lembrado.É aquele marcado pelo
esquecimento.
E nas noites de segunda-feira lê Nicholas Speark, aos choros.Na terça-feira assisti a novela das nove,
querendo um dia ter esses dialogos melosos.Perdidamente apaixonante.E na quarta-feira saí do
trabalho, diante de uma tempestade.O cabelo bagunçado, o jeans velho e all-star sujo.As lingeries só se
forem para matar de vergonha, isso sim.E é de cara limpa, que se esbarra com o novo vizinho, do
apartamento do lado.O moreno, de cabelo liso.Com um sorriso matador.Carioca, tem uma tatuagem no
pescoço, um passáro preto, com asas azuis.E algo muito além disso tudo, lhe chamou atenção.Não
para o cabelo ou a tatuagem.Talvez seja alguma coisa que ainda nem conheçou, mais se pegou tanto
tudo para conheçer.Apenas dizeram "desculpa" e depois a conversa foi se alongando no elevador.
Aline descobriu o nome do carioca, Miguel.E ele gosta da banda, Rumspringa, por estar com a
camiseta dela..Aline tentar imaginar se é uma banda de rock indie ou mais dessas pop-rock.Mais
quando Miguel sorriso, teus pensamentos são matados.Evaporados.E ele acha engraçado, quando a
moça de cabelos loiros fica com rosto vermelho.E os olhos, o jeito timído dela é a resposta, pra
pergunta que se fez mais cedo "será que fiz o certo vindo pra São Paulo?".
Na quinta-feira Aline vai pro trabalho ao som, de uma música daquela banda, da camiseta do
Miguel.Claro, logo que entra no seu apartamento, foi pesquisar sobre ela.Então encontro essa música,
"Shake Em Looser Tonight".E volta escutando a mesma e pra sua surpressa, quando entra no elevador,
quem está nele?Miguel.Com seu sorriso matador e uma camiseta regata, deixando a mostra seus braços
musculosos.Aline entra timída e para do teu lado.A música do seu fone de ouvido embala o
ambiente.Miguel suado por ter acabo de sair, da academia.E as mãos de aline suando frio por
nervosismo.
O ambiente vai ficando quente e pequeno por todo desejo que estão sentindo um pelo outro.Em
apenas um dia foram capazes de sentirem as coisas mais profudas que nunca sentiram antes, por
ninguém.Se um dia o sentimento começa, enquanto segundos um sentimento pode acabar?
Miguel lhe observe, vê alí diante de tudo, que um dia desejo.Gosta daquele tatuagem do cotuvelo, que
só Aline tem; uma mão fazendo o simbolo do rock.Do sorriso timído, dos olhos que te interrogam,
mais que a boca.E que boca!
E sem mais, sem menos miguel lhe puxa pela cintura, e ficam de frente um pro outro.As mãos dela em
sua nuca e as deles seguram firme, bem apertado a cintura dela.A eletricidade que ficava no meus dos
dois, agora estão deles.Em cada parte de seus corpos.O beijo então aconteçe, nada sereno, nada
calmo.É selvagem, intenso.As mãos agias percorre suas pernas, então ele entrelaça elas na cintura,
apoia as costas, de Aline, da parede.Sem ao menos parar de beijar, aquela boca, que os dias que se
viram, admiro, desejo.Entre uma troca de salivas, de mordidas e de arranhões, o celular de Aline acaba
caindo no chão, fazendo assim o fone se soltar e o som habita todo o elevador.
Ns primeiras horas de sexta-feire se encontra deitada em uma cama de solteiro, com a cabeça
rebousada no peito, do homem que mexeu com todos os seus sentidos.Queria tocar naquela pele,
sentir aquela boca e ter o cheiro misturado com o dele.
Os dois pelados, os corpos colados.Miguel então permeçe que trilhou toda essa estrada, para acabar
aqui, deitado junto de Aline.
Talvez você encontro o amor, quando não estiver saido toda produzida.E ele sim saiu á tua procura.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Charlotte Bacon vestiu suas roupas novas, que eram para ser usadas só no natal, em uma sexta-
feira.Seu sorriso verdadeiro como sempre em seu rosto, estava ansiosa para o último dia de aula.O dia
prometia ser incrivel, simplesmente por ter acordado com a luz do sol em seu rosto.E tinha algo
diferente nos cantos dos passaros, em seu rosto da frente do espelho.Era como se ela tivesse esquecido
um detalhe importante, uma coisa que não se pode esquecer.Ela se esforço para lembrar, só que não
conseguiu.Simplesmente se sentia pronta pra isso, pro detalhe esquecido.Estava pronta pro mais um dia
de sua vida.Pronta para encontrar os amigos.Só que durante a aula, algo nada esperado aconteçeu.Que
muda a vida de todos da escola para sempre.
Charlotte Bacon foi uma das vitimidas no massacre que teve em uma das escolas dos Estados
Unidos.Tinha apenas 6 anos de idade, um caminho para ser percorrido.Interropido por uma bala.
E sei que ela e todas as outras pessoas estão no paraiso, em um lugar que ninguém vai chegar a tirando
ou matando qualquer que encontra em sua frente.Em um lugar onde eles vão poder brincar, contar
histórias antes de dormir e amar incondiconalmente todos e ser criança sem limites, sem ter grades
segurando suas asas, suas imaginações.Vão voar pela nuvens, descobri então que elas não são de
agodão.
Se o céu estava carente de estrelas, agora está coberto por mais 20.Então em uma noite estrelada
vamos lembrar que cada brilho de uma estrela, representa um sorriso de uma criança, que no céu
vive.Para cada pai, um brilho de luz, uma mensagem e acaricia o vento, as estrelas transmiti.E saiba
que um dia, um belo dia vocês voltaram a ficar unidos.E ela chegaram com os braços aberto, vindo
correndo em sua direção, como sempre foi.E nada e nem ninguém ira impedir esse reencontro.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Enquanto lia uma livro qualquer, pensava nela, com a mesma vontade de sempre, aquele amor de
ontem é o mesmo hoje, mesmo que hoje a relação está quase por um fio.
Quanto tempo levo pra ela se apaixonar por mim?.penso ele.E quanto tempo levará para me
esquecer?.penso outra vez.
Construir é mais dificil, dá trabalho.tem que colocar um tilojo de cada vez, colocar uma pitada de
amor, de paciencia e de confiança.Mais para destroir é muito facil, uma batida, pode derrumar tudo ou
então quase tudo.E temos que começar com o trabalho de antes, até o fim, porque amar, é não desistir,
mesmo quando tudo é pra acabar, é tirar forças de fundo de você.É melhor sofrer junto, do que
separado.

Você também pode gostar