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EMPREGADO DOMÉSTICO

NOVAS REGRAS
Empregado Doméstico – Novas Regras Dra. Valéria de Souza Telles

EMPREGADO DOMÉSTICO
(LC nº 150/15 – DOU de 02/06/15)

CONCEITOS

Empregado
É toda pessoa física que presta serviço de natureza não eventual a
empregador, sob a dependência deste e mediante salário.

Vínculo Empregatício – Caracterização

Do conceito de empregado inserido na legislação, a melhor doutrina trabalhista


extrai e analisa os principais elementos caracterizadores do vínculo
empregatício, quais sejam:

a) Pessoa física ou pessoa natural;

b) Pessoalidade;

c) Serviço de natureza não eventual (permanente);

d) Salário;

e) Subordinação ou dependência.

Empregado Doméstico

Empregado doméstico é aquele que presta serviços de natureza contínua,


subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à
família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 dias por semana.

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Empregador Doméstico

É a pessoa física ou família que admite outra pessoa física para prestar-lhes
serviços sem finalidade lucrativa, de natureza contínua, no âmbito residencial à
ela ou à sua família.

Menor de 18 anos

É proibido a contratação de menor de 18 anos para trabalhos domésticos


(Convenção no 182/99 - OIT e Decreto nº 6.481/88).

ADMISSÃO E REGISTRO DE EMPREGADOS

CARTEIRA DE TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL (CTPS)

A CTPS é documento obrigatório para o exercício de qualquer emprego,


inclusive o doméstico.

É indispensável que o empregador a exija, por ocasião da admissão, para


proceder às anotações referentes a Contrato de Trabalho sob pena de incorrer
em multa, por manter empregado sem esse documento.

Prazo para Anotação

Apresentada, obrigatoriamente, contra recibo, o empregador tem o prazo


improrrogável de 48 horas para efetuar as anotações relativas a:

a) data de admissão;

b) remuneração, qualquer que seja a forma de pagamento;

c) condições especiais, como a contratação por prazo determinado.

CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO

É o acordo que corresponde à relação de emprego, ou seja, é o negócio


jurídico entre empregado e empregador sobre condições de trabalho.
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Quanto à Duração

Na contratação de empregado doméstico é facultado contrato por prazo


determinado, nas seguintes hipóteses:

a) contrato de experiência;

b) para atender necessidades familiares de natureza transitória

c) para substituição temporária de empregado doméstico com contrato de


trabalho interrompido ou suspenso.

No caso dos itens “b” e “c”, a duração do contrato de trabalho é limitada ao


término do evento que motivou a contratação, com prazo máximo de 2 anos.

CONTRATO DE EXPERIÊNCIA

Conceito

É um acordo individual de trabalho, por prazo determinado, em que as partes


(empregado e empregador) estabelecem as cláusulas relativas às relações de
trabalho, como salários, cargo, função, horário de trabalho, etc., e fixando
inclusive a data em que ocorrerá a sua extinção (que não poderá exceder aos
limites fixados em lei).

Finalidade

O contrato de experiência tem por finalidade proporcionar ao empregador a


oportunidade de observar, durante o período, o desempenho funcional do
empregado na execução de suas atribuições e, ao empregado, as condições
de trabalho oferecidas e sua adaptação e integração.

Duração e Prorrogação

A duração do contrato de experiência é de, no máximo, 90 dias, ou seja,


poderá ser estipulado em qualquer prazo, desde que respeitado este limite.

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Sendo celebrado por período inferior a 90 dias, admitir-se-á uma única


prorrogação, entretanto, a soma dos dois períodos (normal e prorrogação) não
poderão ultrapassar o limite de 90 dias.

O contrato passará a vigorar como contrato de trabalho por prazo


indeterminado se:

a) houver continuidade do serviço;

b) o contrato não for prorrogado após o decurso de seu prazo previamente


estabelecido;

c) ultrapassar o período de 90 dias.

Rescisão Antecipada

Indenização

O empregador ao despedir o empregado sem justa causa terá que indenizá-lo


em valor igual à metade da remuneração a que ele teria direito até o término do
contrato por prazo determinado.

A rescisão sem justa causa, motivada pelo empregado, obriga-o a indenizar o


empregador dos prejuízos resultantes de seu pedido de demissão. A
indenização, contudo, não poderá exceder àquela a que o empregado teria
direito, caso a rescisão fosse motivada pelo empregador.

Durante a vigência dos referidos contratos, não será exigido aviso prévio.

JORNADA DE TRABALHO

Jornada de trabalho é o tempo em que o empregado permanece à disposição


do empregador.

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JORNADA NORMAL

Jornada de trabalho é a quantidade de horas efetivamente trabalhadas,


desconsiderando:

- os intervalos legais;

- o tempo de repouso;

- as horas não trabalhadas;

- os feriados e os domingos livres em que o empregado que mora no local de


trabalho nele permaneça.

A duração normal do trabalho, para os empregados domésticos, não excederá


a de 8 horas diárias e 44 horas semanais.

O salário-hora normal do empregado mensalista será obtido dividindo-se o


salário mensal por 220 horas, exceto se o contrato estipular jornada mensal
inferior, o que resulta em divisor diverso.

O salário-dia normal do empregado mensalista será obtido dividindo-se o


salário mensal por 30 e servirá de base para pagamento do repouso semanal
remunerado e dos feriados trabalhados.

JORNADA 12X36

O turno de 12 horas de trabalho por 36 horas de descanso possui previsão


legal apenas ao doméstico, com a nova regulamentação, que determina essa
possibilidade mediante acordo escrito entre as partes, observados ou
indenizados os intervalos para repouso e alimentação.

A remuneração mensal pactuada por este horário abrange os pagamentos


devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em feriados, e
serão considerados compensados os feriados e as prorrogações de trabalho
noturno, quando houver, de que tratam.

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JORNADA EXTRAORDINÁRIA

Entende-se por jornada extraordinária, o trabalho executado além da jornada


normal de trabalho, ou seja, superior ao número de horas diárias que o
empregado está obrigado a trabalhar por força de seu contrato de trabalho.

As horas extras podem ser realizadas tanto antes do início do expediente,


como após seu término ou, ainda, durante os intervalos destinados para
repouso e alimentação.

São consideradas extraordinárias as excedentes à jornada contratada e


deverão ser remuneradas com adicional de no mínimo, 50% sobre o valor da
hora normal.

COMPENSAÇÃO

Poderá ser dispensado o acréscimo de salário, se o excesso de horas de um


dia for compensado em outro dia, mediante acordo escrito entre empregador e
empregado, seguindo as seguintes regras:

a) as primeiras 40 horas mensais excedentes ao horário normal de trabalho


deverão ser pagas como horas extraordinárias;

b) das 40 horas referidas no item “a” poderão ser deduzidas as horas não
trabalhadas, sem o correspondente pagamento, em função de redução do
horário normal de trabalho ou de dia útil não trabalhado durante o mês;

c) o saldo de horas que excederem as 40 primeiras horas mensais, com a


dedução prevista no item “a”, quando for o caso, será compensado no período
máximo de 01 ano.

Caso haja rescisão do contrato de trabalho sem que tenha ocorrido a


compensação integral da jornada extraordinária, o empregado fará jus ao
pagamento das horas extras não compensadas, considerando o valor da
remuneração na data de rescisão.

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VIAGENS A TRABALHO

O empregado que acompanhar o empregador em viagem, a trabalho, serão


consideradas apenas as horas efetivamente trabalhadas no período, podendo
ser compensadas as horas extraordinárias em outro dia, conforme exposto
anteriormente.

Entretanto, para que haja esse tipo de trabalho é necessário a existência prévia
de acordo escrito entre as partes.

A remuneração-hora do serviço em viagem será, no mínimo, 25% superior ao


valor do salário-hora normal, podendo, através acordo, convertido em
acréscimo no banco de horas, a ser utilizado a critério do empregado.

TRABALHO A TEMPO PARCIAL

Conceito

Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não


exceda a 25 horas semanais.

O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será
proporcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas
mesmas funções, tempo integral.

Horas Extraordinárias

A duração normal do trabalho do empregado em regime de tempo parcial


poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente a 1
hora diária, mediante acordo escrito entre empregador e empregado.

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INTERVALOS

INTERVALO INTRAJORNADA

Durante a jornada diária de trabalho do empregado doméstico, deverá ser


concedido intervalo, para repouso e alimentação, de no mínimo 1 hora e no
máximo 2 horas.

Redução

Admite-se a redução do intervalo para 30 minutos, mediante prévio acordo


escrito entre empregador e empregado.

Desmembramento

Se o empregado residir no local de trabalho, o período de intervalo poderá ser


desmembrado em 2 períodos, desde que cada um deles tenha, no mínimo, 1
hora, até o limite de 4 horas ao dia.

No caso de modificação do intervalo, na forma do parágrafo anterior, é


obrigatória a sua anotação no registro diário de horário, vedada sua
prenotação.

INTERVALO ENTRE JORNADAS

É garantido ao empregado doméstico um intervalo mínimo de 11 horas


consecutivas para descanso entre jornadas (art. 66 da CLT) que, somado ao
descanso semanal de 24 horas, totaliza 35 horas de paralisação no trabalho.

JORNADA NOTURNA

O trabalho noturno exige maior esforço do indivíduo, tendo em vista que este
horário normalmente é destinado ao descanso. Em função desta
particularidade, a legislação determina que o trabalho noturno deve ser
reduzido e ser melhor remunerado que o trabalho diurno.

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O trabalho noturno é assim definido, conforme o quadro abaixo:

Horário Duração

22h às 5h 52 min. e 30seg

Para converter o tempo de efetivo trabalho diurno para noturno, divide-se a sua
duração por 1,1428571 (60 min. ÷ 52,5 minutos)

8 horas diurnas ÷ 1,1428571 = 7 horas noturnas

Portanto, uma jornada de oito horas diurnas corresponde a 7 horas de efetivo


trabalho noturno.

A remuneração do trabalho noturno deverá ter um acréscimo de, no mínimo,


20% sobre o valor da hora diurna.

Em caso de contratação para desempenhar trabalho noturno exclusivamente, o


acréscimo será calculado sobre o salário anotado na Carteira de Trabalho e
Previdência Social.

CONTROLE DE HORÁRIO

Obrigatoriedade

Aos empregados domésticos deve haver controle do horário, que poderá ser:

a) manual;

b) mecânica; ou

c) eletrônico (Portaria MTE nº 1.510/09).

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DESCANSO SEMANAL REMUNERADO – DSR

Direito

Todo empregado (urbano, rural, inclusive doméstico) tem direito ao repouso


semanal remunerado (RSR) de 24 horas consecutivas, preferentemente aos
domingos, além de descanso remunerado em feriados.

Remuneração

A remuneração dos dias de repouso, tanto o semanal como o correspondente


aos feriados, integra o salário para todos os efeitos legais e com ele deve ser
paga.

FÉRIAS

Direito

Todo empregado doméstico tem direito anualmente ao gozo de um período de


30 dias de férias, devidamente remunerados.

Período Aquisitivo e Concessivo

As férias são concedidas após cada período de 12 (doze) meses de vigência


do contrato de trabalho (período aquisitivo), nos 12 (doze) meses
subsequentes (período concessivo).

Abono Pecuniário

O empregado doméstico tem direito a converter 1/3 (um terço) de suas férias
em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias
correspondentes, o qual deverá ser requerido por escrito, até 30 (trinta) dias
antes do término do período aquisitivo.

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Terço Constitucional

Os empregadores domésticos estão obrigados ao pagamento de 1/3 a mais


que o salário normal quando do gozo das férias anuais.

Concessão e Época de Férias

As férias deverão ser concedidas dentro dos 12 (doze) meses subsequentes à


aquisição do direito.

Diferentemente dos empregados de empresas, que regra geral devem gozar


suas férias num só período (somente em casos excepcionais, o período de
férias poderá ser fracionado em dois períodos), o empregador doméstico
poderá, a seu critério, fracionar em até 2 períodos, sendo 1 deles de, no
mínimo, 14 (quatorze) dias corridos.

Empregado que Reside no Emprego

É lícito ao empregado que reside no local de trabalho nele permanecer durante


as férias.

Contrato a Tempo Parcial

Na modalidade do regime de tempo parcial, após o período aquisitivo (12


meses), o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:

a) 18 dias, para a duração do trabalho semanal superior a 22 horas até 25


horas;

b) 16 dias, para a duração do trabalho semanal superior a 20 horas até 22


horas;

c) 14 dias, para a duração do trabalho semanal superior a 15 horas até 20


horas;

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d) 12 dias, para a duração do trabalho semanal superior a 10 horas até 15


horas;

e) 10 dias, para a duração do trabalho semanal superior a 5 horas até 10


horas;

f) 8 dias, para a duração do trabalho semanal igual ou inferior a 5 horas.

Férias Proporcionais

As férias proporcionais são devidas na rescisão do contrato de trabalho, exceto


se o empregado doméstico for dispensado por justa causa.

As férias proporcionais são calculadas na base de 1/12 (um doze avos) por
mês de serviço ou fração superior a 14 dias.

DESCONTOS

É vedado ao empregador doméstico efetuar descontos no salário do


empregado por fornecimento de:

a) alimentação;

b) vestuário;

c) higiene;

d) moradia, exceto quando se referir a local diverso da residência em que


ocorrer a prestação de serviço, desde que essa possibilidade tenha sido
expressamente acordada entre as partes;

e) despesas com transporte, hospedagem e alimentação em caso de


acompanhamento em viagem.

As despesas relatadas acima não têm natureza salarial nem se incorporam à


remuneração para quaisquer efeitos.

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O fornecimento de moradia ao empregado doméstico na própria residência ou


em morada anexa, de qualquer natureza, não gera ao empregado qualquer
direito de posse ou de propriedade sobre a referida moradia.

É facultado ao empregador efetuar descontos no salário do empregado em


caso de:

a) adiantamento salarial;

b) planos de assistência médico-hospitalar e odontológica, de seguro e de


previdência privada (mediante acordo escrito entre as partes), não podendo a
dedução ultrapassar 20% (vinte por cento) do salário.

VALE-TRANSPORTE

BENEFÍCIO

O vale-transporte constitui benefício que o empregador antecipará ao


trabalhador para utilização efetiva em despesas de deslocamento residência-
trabalho e vice-versa, mediante recibo.

BENEFICIÁRIOS

São beneficiários do vale-transporte:

a) os empregados;

b) os empregados domésticos;

c) os trabalhadores de empresas de trabalho temporário;

d) os empregados em domicílio, para os deslocamentos indispensáveis à


prestação do trabalho, percepção de salários e os necessários ao
desenvolvimento das relações com o empregador;

e) os empregados do subempreiteiro, em relação a este e ao empreiteiro


principal;
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f) os atletas profissionais.

FORMAS DE TRANSPORTE

O vale-transporte é utilizável em todas as formas de transporte coletivo público


urbano ou, ainda, intermunicipal e interestadual com características
semelhantes ao urbano, operado diretamente pelo poder público ou mediante
delegação, em linhas regulares e com tarifas fixadas pela autoridade
competente.

EMPREGADORES DESOBRIGADOS

O empregador que proporcionar, por meios próprios ou contratados, em


veículos adequados ao transporte coletivo, o deslocamento residência-trabalho
e vice-versa de seus trabalhadores estará desobrigado de fornecer o vale-
transporte a seus empregados.

Entretanto, caso o empregador forneça ao beneficiário transporte que não


cubra todos deslocamentos efetuados pelo empregado, o vale-transporte
deverá ser concedido, considerando os segmentos da viagem não abrangidos
pelo referido transporte.

CONCESSÃO EM DINHEIRO

A obrigação do vale-transporte poderá ser substituída, a critério do


empregador, pela concessão, mediante recibo, dos valores para a aquisição
das passagens necessárias ao custeio das despesas decorrentes do
deslocamento residência-trabalho e vice-versa.

FGTS

Todo empregador deverá abrir uma conta vinculada, em nome do trabalhador,


na Caixa Econômica Federal.

Desde 05.10.88, data de promulgação da Constituição Federal, o direito ao


regime do FGTS é assegurado aos trabalhadores urbanos e rurais,
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independentemente de opção, exceto os domésticos que dependiam de


opção por parte do empregador, tendo em vista que a Emenda Constitucional
nº 72/13 aguardava regulamentação.

Com LC 150/15, determinou-se que será devido o FGTS, na forma do


regulamento a ser editado pelo Conselho Curador e pelo agente operador do
FGTS, no âmbito de suas competências, inclusive quanto aos aspectos
técnicos de depósitos, saques, devolução de valores e emissão de extratos,
entre outros determinados na forma da lei.

O empregador doméstico somente passará a ter obrigação de promover a


inscrição e de efetuar os recolhimentos referentes a seu empregado após a
entrada em vigor do referido regulamento.

Multa Rescisória

O empregador doméstico depositará a importância de 3,2% sobre a


remuneração do mês anterior do empregado, destinada ao pagamento da
indenização compensatória da perda do emprego, sem justa causa ou por
culpa do empregador, não sendo devida ao empregado doméstico a multa de
40% determinado pelo artigo 18 da Lei nº 8.036/90.

Os valores referidos serão movimentados pelo empregador nas seguintes


hipóteses:

a) dispensa por justa causa;

b) pedido de demissão;

c) término do contrato de trabalho por prazo determinado;

d) aposentadoria;

e) e falecimento do empregado doméstico.

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Na hipótese de culpa recíproca, metade será movimentada pelo empregado e a


outra metade será movimentada pelo empregador.

Os referidos valores serão depositados em conta vinculada distinta daquela em


que serão efetuados os depósitos mensais de 8%, e somente poderão ser
movimentados por ocasião da rescisão contratual.

RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO

AVISO PRÉVIO

Finalidade

A finalidade do aviso prévio é dar condições ao empregado para encontrar


nova colocação, quando dispensado sem justa causa.

No caso de o empregado pedir demissão, terá por fim dar ao empregador a


oportunidade para contratar outro empregado para o cargo.

Prazo

Não havendo prazo estipulado no contrato, a parte que sem justo motivo quiser
rescindi-lo deverá avisar a outra de sua intenção,

O aviso prévio será de 30 (trinta) dias concedido ao empregado que tenha


prestado serviço até 1 (um) ano para o mesmo empregador.

Ao aviso prévio devido ao empregado, serão acrescidos 03 (três) dias por ano
de serviço prestado para o mesmo empregador, até o máximo de 60 (sessenta)
dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias.

FORMAS

a) Aviso prévio trabalhado

Neste caso o empregado trabalha normalmente durante o prazo do aviso


prévio, tenha ele sido dado pelo empregado ou pelo empregador.
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Redução da jornada

Na dispensa sem justa causa, a duração da jornada de trabalho do empregado,


durante o aviso prévio, é reduzida em 02 (duas) horas, diariamente, sem
prejuízo do salário integral.

É facultado ao empregado trabalhar sem a redução das 2 (duas) horas diárias


previstas no caput deste artigo, caso em que poderá faltar ao serviço, sem
prejuízo do salário integral, por 7 (sete) dias corridos.

Não há que se falar em redução da jornada de trabalho no período do aviso


prévio dado pelo empregado ao empregador (pedido de demissão).

b) Aviso prévio indenizado

Rescisão por iniciativa do empregador (dispensa sem justa causa)

O empregador que dispensa o empregado sem justa causa, e não concede o


aviso prévio trabalhado, deverá indenizá-lo no valor correspondente, garantida
sempre a integração desse período ao seu tempo de serviço.

O prazo do aviso prévio concedido pelo empregador, ainda que não trabalhado
(indenizado) integra o tempo de serviço do empregado para todos os efeitos
legais.

O valor das horas extraordinárias habituais integra o aviso prévio indenizado.

Rescisão por iniciativa do empregado (pedido de demissão)

Caso o empregado peça demissão e não queira cumprir o aviso prévio, terá o
desconto do valor correspondente nas verbas rescisórias.

Neste caso o período do aviso prévio não é computado como tempo de serviço.

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SEGURO DESEMPREGO

Finalidade

O seguro-desemprego tem por finalidade:

a) prover assistência financeira temporária ao trabalhador desempregado


em virtude de dispensa sem justa causa, inclusive a indireta e ao
trabalhador comprovadamente resgatado de regime de trabalho forçado
ou da condição análoga à de escravo;
b) auxiliar o empregado na busca ou preservação do emprego,
promovendo, para tanto, ações integradas de orientação, recolocação e
qualificação.

Habilitação

Para se habilitar ao benefício do seguro-desemprego, o trabalhador doméstico


deverá apresentar ao órgão competente do Ministério do Trabalho e Emprego:

a) Carteira de Trabalho e Previdência Social, na qual deverão constar a


anotação do contrato de trabalho doméstico e a data de dispensa, de modo a
comprovar o vínculo empregatício, como empregado doméstico, durante pelo
menos 15 (quinze) meses nos últimos 24 (vinte e quatro) meses;

b) Termo de rescisão do contrato de trabalho;

c) Declaração de que não está em gozo de benefício de prestação continuada


da Previdência Social, exceto auxílio-acidente e pensão por morte; e

d) Declaração de que não possui renda própria de qualquer natureza suficiente


à sua manutenção e de sua família.

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Direito

O empregado doméstico que for dispensado sem justa causa fará jus ao
benefício do seguro-desemprego, na forma da Lei no 7.998, de 11 de janeiro de
1990:

a) no valor de 1 (um) salário-mínimo;

b) por período máximo de 3 (três) meses, de forma contínua ou alternada.

O benefício será concedido ao empregado nos termos do regulamento do


Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat).

Cancelamento do Benefício

O benefício do seguro-desemprego será cancelado, sem prejuízo das demais


sanções cíveis e penais cabíveis:

a) pela recusa, por parte do trabalhador desempregado, de outro emprego


condizente com sua qualificação registrada ou declarada e com sua
remuneração anterior;

b) por comprovação de falsidade na prestação das informações necessárias à


habilitação;

c) por comprovação de fraude visando à percepção indevida do benefício do


seguro-desemprego; ou

d) por morte do segurado.

Dispensa por Justa Causa

Considera-se justa causa do empregado doméstico:

a) submissão a maus tratos de idoso, de enfermo, de pessoa com deficiência


ou de criança sob cuidado direto ou indireto do empregado;

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b) prática de ato de improbidade;

c) incontinência de conduta ou mau procedimento;

d) condenação criminal do empregado transitada em julgado, caso não tenha


havido suspensão da execução da pena;

e) desídia no desempenho das respectivas funções;

f) embriaguez habitual ou em serviço;

g) ato de indisciplina ou de insubordinação;

h) abandono de emprego, assim considerada a ausência injustificada ao


serviço por, pelo menos, 30 (trinta) dias corridos;

i) ato lesivo à honra ou à boa fama ou ofensas físicas praticadas em serviço


contra qualquer pessoa, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de
outrem;

j) ato lesivo à honra ou à boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o


empregador doméstico ou sua família, salvo em caso de legítima defesa,
própria ou de outrem;

h) prática constante de jogos de azar.

O contrato de trabalho poderá ser rescindido por culpa do empregador


quando:

a) o empregador exigir serviços superiores às forças do empregado doméstico,


defesos por lei, contrários aos bons costumes ou alheios ao contrato;

b) o empregado doméstico for tratado pelo empregador ou por sua família com
rigor excessivo ou de forma degradante;

c) o empregado doméstico correr perigo manifesto de mal considerável;

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d) o empregador não cumprir as obrigações do contrato;

e) o empregador ou sua família praticar, contra o empregado doméstico ou


pessoas de sua família, ato lesivo à honra e à boa fama;

f) o empregador ou sua família ofender o empregado doméstico ou sua família


fisicamente, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;

g) o empregador praticar qualquer das formas de violência doméstica ou


familiar contra mulheres de que trata o art. 5o da Lei no 11.340, de 7 de agosto
de 2006.

SIMPLES DOMÉSTICO

O regime unificado de pagamento de tributos, de contribuições e dos demais


encargos do empregador doméstico (Simples Doméstico) deverá ser
regulamentado no prazo de 120 (cento e vinte) dias a contar da data de
entrada da LC nº 150/15.

O Simples Doméstico assegurará o recolhimento mensal, mediante documento


único de arrecadação, dos seguintes valores:

a) 8% (oito por cento) a 11% (onze por cento) de contribuição previdenciária, a


cargo do segurado empregado doméstico;

b) 8% (oito por cento) de contribuição patronal previdenciária para a seguridade


social, a cargo do empregador doméstico;

c) 0,8% (oito décimos por cento) de contribuição social para financiamento do


seguro contra acidentes do trabalho;

d) 8% (oito por cento) de recolhimento para o FGTS;

e) 3,2% (três inteiros e dois décimos por cento), conforme já exposto acima; e

f) imposto sobre a renda retido na fonte, se incidente.

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Todos os valores acima incidem sobre a remuneração paga ou devida no mês


anterior, a cada empregado, inclusive sobre remuneração a gratificação de
Natal.

A contribuição e imposto previstos nas letras “a” e “f” deverão ser descontados
da remuneração do empregado pelo empregador, e recolhidas pelo
empregador que é responsável pelo recolhimento, devendo fornecer ao
empregado, mensalmente, cópia do Simples.

O recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação (Simples),


e a exigência das contribuições, dos depósitos e do imposto, nos valores
definidos acima somente serão devidos após 120 (cento e vinte) dias da data
de publicação da Lei (02/06/15).

O empregador doméstico é obrigado pagar a remuneração devida ao


empregado doméstico e arrecadar e recolher os valores discriminados acima,
até o dia 7 do mês seguinte ao da competência, o que significa que, ainda que
haja prazo para a implementação do Simples, a vigência do novo prazo de
recolhimento é imediata, devendo o empregador, já a partir do mês de
junho/2015 considerar a nova data limite.

PREVIDÊNCIA SOCIAL

Benefícios

O empregado doméstico é segurado obrigatório da Previdência Social, sendo-


lhe devidas, os benefícios previsto na legislação previdenciária, observadas as
características especiais do trabalho doméstico.

SALÁRIO-FAMÍLIA

Dependentes

O salário-família é um benefício devido ao segurado empregado doméstico de


baixa renda que tenham filhos de até 14 anos incompletos ou inválidos

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Valor (Portaria Interministerial MPS/MF nº 13, de 9 janeiro de 2015)

a) até R$ 806,80 o valor do salário-família será de R$ 41,37 por filho, ou


equiparado, de até 14 anos incompletos ou inválidos

b) de R$ 806,81 a R$ 1.212,64, o valor do salário-família por filho, ou


equiparado, de até 14 anos incompletos ou inválido, será de R$ 29,16.

O empregado doméstico deve apresentar a certidão de nascimento do ou da


documentação relativa ao equiparado ou ao inválido.

As cotas do salário-família serão pagas pelo empregador doméstico,


mensalmente, junto com o salário, efetivando-se a compensação quando do
recolhimento das contribuições.

O empregador doméstico deverá conservar durante 10 (dez) anos os


comprovantes de pagamento e as cópias das certidões correspondentes, para
fiscalização da Previdência Social.

SALÁRIO-MATERNIDADE

Pagamento Direto pela Previdência Social

O art. 71 da Lei nº 8.213/91, estabelece que o salário-maternidade é devido à


segurada da Previdência Social durante 120 (cento e vinte) dias, com início no
período entre 28 (vinte e oito) dias antes do parto e a data de ocorrência deste,
observadas as situações e condições previstas na legislação no que concerne
à proteção à maternidade.

Valor

Para a empregada doméstica, o salário-maternidade equivale ao valor de seu


último salário-de-contribuição.

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Encargos Sociais

Todas as seguradas do Regime Geral da Previdência Social - RGPS estão


sujeitas ao desconto/recolhimento da contribuição previdenciária, por elas
devida, durante o período de afastamento para percepção do salário-
maternidade.

Carência

Para as seguradas empregada, empregada doméstica e trabalhadora avulsa,


independe de carência.

Estabilidade

À empregada gestante tem garantia de emprego da confirmação da gravidez


até 5 meses após o parto, ainda que durante o prazo do aviso prévio
trabalhado ou indenizado, em conformidade com a alínea “b” do inciso II do art.
10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

AUXÍLIO-DOENÇA

O auxílio-doença será devido ao segurado empregado doméstico a contar da


data do início da incapacidade e enquanto ele permanecer incapaz.

Valor

O auxílio-doença consiste numa renda mensal correspondente a 91% (noventa


e um por cento) do salário-de-benefício.

Carência

a) auxílio-doença previdenciário: 12 (doze) contribuições mensais;

b) auxílio-doença acidentário: Independe de carência.

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AUXÍLIO-ACIDENTE

O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado empregado


doméstico, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de
qualquer natureza, resultar sequela definitiva que implique:

I - redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exerciam e se


enquadre nas situações discriminadas no Anexo III do RPS – Decreto nº
3.048/99;

II - redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exerciam e exija


maior esforço para o desempenho da mesma atividade que exerciam à época
do acidente; ou

III - impossibilidade de desempenho da atividade que exerciam à época do


acidente, porém permita o desempenho de outra, após processo de
reabilitação profissional, nos casos indicados pela perícia médica do Instituto
Nacional do Seguro Social.

Valor

O auxílio-acidente mensal corresponderá a 50% (cinquenta por cento) do


salário-de-benefício que deu origem ao auxílio-doença do segurado, corrigido
até o mês anterior ao do início do auxílio-acidente e será devido até a véspera
de início de qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado.

Carência

Independe de carência

COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO - CAT

O empregador doméstico deverá comunicar à previdência social o acidente do


trabalho, ocorrido com o segurado empregado doméstico, até o primeiro dia
útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à

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autoridade competente, sob pena da multa variável entre o limite mínimo e


máximo do salário-de-contribuição.

Da comunicação a que se refere este artigo receberão cópia fiel o acidentado


ou seus dependentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua
categoria.

Na falta da CAT, caberá ao setor de benefícios do Instituto Nacional do Seguro


Social comunicar a ocorrência ao setor de fiscalização, para a aplicação e
cobrança da multa devida.

Na falta de comunicação por parte do empregador, podem formalizá-la o


próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o
médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública, não prevalecendo nestes
casos os prazos citados acima.

A comunicação a que se refere o parágrafo anterior não exime a empregador


de responsabilidade pela falta do cumprimento de envio da CAT.

FISCALIZAÇÃO

É de responsabilidade do empregador o arquivamento de documentos


comprobatórios do cumprimento das obrigações fiscais, trabalhistas e
previdenciárias, enquanto essas não prescreverem.

A verificação, pelo Auditor-Fiscal do Trabalho, do cumprimento das normas que


regem o trabalho do empregado doméstico, no âmbito do domicílio do
empregador, dependerá de agendamento e de entendimento prévios entre a
fiscalização e o empregador.

A fiscalização deverá ter natureza prioritariamente orientadora.

Será observado o critério de dupla visita para lavratura de auto de infração,


salvo quando for constatada infração por falta de anotação na Carteira de

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Trabalho e Previdência Social ou, ainda, na ocorrência de reincidência, fraude,


resistência ou embaraço à fiscalização.

Durante a inspeção do trabalho, o Auditor-Fiscal do Trabalho deverá estar


acompanhado pelo empregador ou por alguém de sua família por ele
designado.

TABELA DE SALÁRIOS-DE-CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS


EMPREGADOS (A partir de 1º/01/16)

ALÍQUOTA PARA FINS DE


SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO (R$)
RECOLHIMENTO AO INSS (%)
até 1.556,94 8,00
de 1.556,95 a R$ 2.594,92 9,00
de 2.594,93 até R$ 5.189,82 11,00

TABELA PROGRESSIVA – IRRF (A partir de abril de 2015)

Base de cálculo mensal em R$ Alíquota % Parcela a deduzir do imposto


em R$

Até 1.903,98 - -
De 1.903,99 até 2.826,65 7,5 142,80
De 2.826,66 até 3.751,05 15,0 354,80
De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 636,13
Acima de 4.664,68 27,5 869,36

Dedução por dependente: R$ 189,59

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – É proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer


forma ou de qualquer meio. A violação dos direitos de autor (Lei nº 9.610/98) é crime
estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal.

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