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Mini cenário de Campanha

para aventuras de Fantasia

Rafael Alves
Apresentação:
Esta é parte de um mini cenário
para campanhas de fantasia.
Contém uma breve descrição de
lugares e personagens, deixando
aberto para a modificação e criação
de quem for usar.
A principio apresentaremos apenas
o reino de Kalindra, mas a ideia é
criar os outros reinos ao redor.
Mesmo com apenas um reino,
existem muitas possibilidades de
aventuras nele como é descrito no
final do material.
Resolvi por não colocar nada de
mecânica de jogo. Embora eu
esteja usando esse material para
minha companha de Espadas
Afiadas & Feitiços Sinistros, ele
pode ser usado em qualquer outro
sistema de fantasia. Novamente
isso só da mais liberdade para
modificações de acordo com a
vontade de quem estiver usando.
As imagens foram todas pegas na
internet, por tanto, assim como
estou disponibilizando
gratuitamente esse material, não o
venda de forma alguma.
Caso queiram tirar dúvidas ou
mesmo trocar ideias, estou à
disposição nas minhas redes
sociais.
Bons Jogos!

Rafael Alves

@rafalvess

@Rafa_127 2

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História geral do cenário
O mundo já foi um lugar bem mais atraente para se viver.
Antes da chegada das raças, natureza e magia eram uma só. Responsáveis pela
criação de tudo que existia, inclusive os Deuses. Esses por sua vez criaram as
raças existentes hoje em dia.

O grande colapso
Quando o mundo estava povoado pelas raças começaram a surgir as intrigas que
acabaram resultando num evento chamado O grande Colapso. Resumidamente,
as raças entraram em conflito e seus respectivos deuses tomaram partido nessa
intriga. Isso resultou numa grande guerra e na destruição ou desaparecimento
dessas entidades.
As raças sobreviventes, diante de um cenário apocalíptico, selaram um acordo de
paz e decidiram reconstruir o mundo. Hoje, mesmo sendo um lugar exuberante, é
apenas um arremedo do que já foi um dia.

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A segunda guerra e a formação da Tirania
A paz no mundo durou pouco. A sede por sangue e violência das criaturas
malignas era insaciável e uma nova guerra explodiu. Dessa vez não havia deuses
para pender por nenhum lado. Pelo menos foi o que parecia, porém o deus tirano
Domikas deu mais inteligência e sabedoria para seus servos mais leais, os orcs.
E estes fizeram valer essa
dadiva. Multiplicaram-se
ainda mais e formaram uma
grande aliança, composta
por vários exércitos. Muitas
tribos de outras raças
malignas se juntaram a eles
e o que era uma grande
aliança se tornou um
gigantesco império
conhecido a Tirania.

As Relíquias dos deuses


Não foi apenas destruição que sobrou
do grande colapso. As relíquias dos
deuses são os espólios da grande
guerra. Itens, armas, gemas e outros
objetos imbuídos com o mais puro
poder divino ainda existem no mundo.
As relíquias inteiras estão praticamente
extintas.

Foram destruídas ou perdidas na


primeira guerra entre os deuses. Porém
existem fragmentos desses itens e os
mais habilidosos magos e clérigos
conseguem fundi-los em armas,
armaduras ou criar novos artefatos a
partir desses pequenos pedaços.
Aquele que possuir algum objeto
desses pode mudar totalmente seu
destino.

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Encontrar um fragmento de
relíquia é muito difícil, mas
mantê-lo é ainda mais. Devido ao
seu grande valor tanto financeiro
quanto mítico, quem possui uma
dessas raridades costuma
guarda-las em total sigilo e
segurança.

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Kalindra
O Reino Isolado

Circulado por uma imensa cadeia de montanhas está localizado Kalindra, o reino
isolado.
Outrora Kalindra era um grande reino, recebendo muitos visitantes e com uma
economia invejável devido as negociações com os reinos vizinhos. Mas tudo
mudou depois da guerra das raças. Devido a sua localização Kalindra foi facilmente
sitiado pelos orcs e assim sucumbiu. Apesar de sua reconstrução o reino nunca
mais prosperou. Seus habitantes tem medo de sair e atravessar as montanhas para
chegar a outros lugares. O estado de confinamento ficou permanente devido a
hostilidade dos arredores. A Tirania instalou muitas tribos de orcs ali e fizeram
dessas montanhas e vales suas moradas. As antigas estradas foram destruídas,
encobertas ou esquecidas e aqueles corajosos (ou estúpidos) que saem nunca
mais voltam.
A tensão e o medo no reino cresceram e o ar nesse lugar é pesado. O sorriso é tão
raro quanto o ouro tornando o clima da cidade fúnebre.
O lado de dentro das muralhas é mais protegido e ali só moram os nobres. Pessoas
de famílias importantes ou comerciantes bem sucedidos.

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Nos arredores muitas vilas e
cidadelas se espalham pelo território
e é onde geralmente está a
agricultura e a manufatura local. Por
estarem do lado de fora das
muralhas, elas são frequentemente
invadidas pelos orcs e outras
criaturas.
As vilas e cidadelas são habitadas
por diversos tipos de pessoas que
precisam trabalhar duro para pagar
seus tributos para o reino.
Geralmente são organizadas por
líderes que impõe suas leis e
normativas e normalmente vivem em
paz.
Nas vilas e cidadelas podemos
encontrar boas ferrarias, tavernas e
estalagens. Além da agricultura e
pecuária que serve tanto a eles
mesmos quanto a Kalindra.
Viver do lado de fora das muralhas pode até ser perigoso, mas ainda sim é uma
vida mais feliz, afirmam muitos.

A cidade velha e a floresta dos Espinhos


Onde muito antigamente era o coração do reino, hoje só sobraram ruinas. Com a
construção do novo reinado há séculos atrás as pessoas foram migrando aos
poucos e deixando suas moradias e sua história naquele lugar. Durante os anos
que levou esse êxodo, a cidade velha foi constantemente
invadida e saqueada pelos orcs, tornando-a a ruina
que é hoje. Antigas casas e palacetes, tabernas e
masmorras. Hoje são covis de criaturas malignas
e saqueadores falidos que sempre buscam extrair
algo mais daquele lugar ou
capturar exploradores
desavisados. Mas apesar de
tudo, é fato que ainda há
muitos tesouros e conhe-
cimentos esquecidos
por aqueles que
deixaram a cidade
velha. Basta cora-
gem e sabedoria
para busca-los. 7

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Circundando a cidade velha está a floresta dos Espinhos. Antigamente chamada
de Floresta do Alvorecer ela era um belo lugar com muitas arvores frutíferas, flores
exóticas e ervas de cura. Belas nascentes de água e animais de todas as espécies
vagando de um lado para outro. Mas de acordo com que as pessoas foram
migrando para a nova sede do reino a floresta foi morrendo. As fontes foram
secando, os animais desaparecendo e ervas daninhas e venenosas proliferaram
por toda parte.

Muitos rumores e lendas tentam justificar esses acontecimentos. Mas o mais


comentado é que um poderoso druida se recusou a deixar a cidade e mudar para a
nova capital. Ele então lançou uma poderosa magia para que a floresta ficasse como
está hoje, mas nada disso foi comprovado.
O fato é que hoje a floresta dos Espinhos se tornou tão hostil como seu nome. Os
animais selvagens deram lugar a criaturas maléficas. A água e os frutos são
putrefatos, e um mal desconhecido mora ali.

O governo
Kalindra sempre foi governada pela linhagem da família Meeros
um povo nobre e de pulso forte. Porém o sangue dos Meeros
enfraqueceu e seu atual rei, Linóy Meeros não passa de um
fantoche nas mãos de seus ardilosos conselheiros.
Mas nem sempre foi assim, Linóy foi um grande líder e
venceu duas grandes batalhas no passado. Porém, na
última ele recebeu um golpe que cortou sua alma; seu
único filho foi levado pela Tirania enquanto sua
mulher foi brutalmente assassinada. O rei entrou
em uma profunda tristeza e não toma mais
decisões.

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Os Conselheiros
A sutileza na maldade de Volmyr é por demais
surpreendente. O que antes era apena o escudeiro
real, sua escalada no poder foi acelerada e logo ele
estava ao lado do moribundo Linóy, assinando
tratados em seu nome e comandando Kalindra.
Volmyr cuida de toda a parte burocrática do reino.

Franco Lankas é o oposto de seu


parceiro Volmyr. Ardiloso e de poucos
amigos, esse conselheiro já foi um
soldado e lutou lado a lado com o rei.
Por isso goza de sua confiança.
E isso o faz achar que está acima de
muitos no Reino. Ele cuida da cidade
como um “prefeito”, gerenciando a guarda local, a cobrança de impostos dentre
outras coisas mais “práticas”.
Lankas não esconde sua crueldade e muitas vezes pune os “desobedientes”
publicamente para que sirvam de exemplo. A população o teme e o repudia na
mesma intensidade.

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Segurança
Além da “policia” local que patrulha o reino, Kalindra possui duas forças de
segurança bem destintas: A Armada Escarlate e a Patrulha da Fronteira.

Armada Escarlate
A guarda real não só de Kalindra, mas também de
outros reinos é conhecia como Armada Escarlate e
eles são os melhores dentre os melhores. Sempre
com seus trajes adornados com tons de vermelho,
eles são sinônimos de respeito, honra e lealdade.
Formada por guerreiros belicosos e muito
honrados, essa força militar só é acionada quando
as coisas ficam realmente sérias. Mas
recentemente tem sido objeto de luxo do
conselheiro Lankas que a usa de forma leviana,
como se fosse sua guarda particular. Esse fato tem
irritado os soldados e general líder da Armada
Escarlate que infelizmente está preso ao seu
juramento de submissão ao conselheiro.

Aqueles que não suportam e resolvem ir contra


os atos de Lankas são expulsos da Armada e
condenados a ingressar na Patrulha da
Fronteira e isso é quase uma sentença de
morte.
Apesar de tudo, fazer parte da Armada
Escarlate ainda é o desejo de muitos jovens de
Kalindra e de todo o mundo. Afinal, vestir o
vermelho é a certeza de que terá uma vida
honrada e de prestigio.
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Guarda da fronteira
Também conhecidos como os exilados, a
guarda da fronteira é a escória de Kalindra.
Formada por traidores, criminosos ou pessoas
que perderam as esperanças de uma vida
digna. Fazer parte da Guarda da fronteira é
uma remissão dos pecados.
Essa divisão foi incumbida de proteger as
fronteiras do reino contra a Tirania, mas fazem
isso sem muitos respaldos do reino. Não
recebem armas boas, nem comida de
qualidade. Diante dessa situação eles se
adaptaram para fazer ataques furtivos e
combates desleais. Um mero impulso de
sobrevivência.
São proibidos de ir até as vilas e ao próprio
reino. Seu contato com o mundo exterior é
apenas com alguns oficiais da Armada
Escarlate e o próprio Lankas, que os visitam
de tempos em tempos para ter certeza que
estão “andando na linha”.
Muitos se perguntam o porquê eles lutam
pelas pessoas e reino que os desprezam e a
resposta é simples; ou eles lutam com a
Tirania ou são mortos por ela.

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As tavernas

Contrastando com o clima pesado da cidade, as tavernas são um refúgio para a maioria
dos habitantes desse reino.
Locais de bebedeiras e gargalhadas, as tavernas de Kalindra são acolhedoras, embora
tenham um custo alto de seus serviços.
Ainda sim é o melhor lugar para se conseguir algum contrato de missão.
Dentre dezenas de taverna do reino, essas se destacam:

Rogaine:
O ponto de encontro dos conjuradores do
reino. A taverna Rogaine é mais uma casa
de magia do que uma taverna, por assim
dizer. O dono do estabelecimento é o
mago Aspen e ele mantem a ordem do
lugar sabendo das rinchas entre bruxos,
magos e clérigos.

O covil:
O nome é bem sugestivo depois que se
entende que O covil é um estabelecimento
voltado para aqueles especialistas nas
artes sutis. Ali muitas guildas são
formadas e experiencias são trocadas.
Rangers, ladinos e bardos são muito bem
vindos nessa taverna.

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Caneca Coliseu:
Essa sem dúvida é a taverna
dos guerreiros!
Nessa taverna o cliente não
paga por ânfora ou barril.
Ele paga pra entrar e ali bebe
o quanto aguentar. Vários
barris de cerveja e vinho
ficam dispostos em diferentes
pontos da taverna que que o
cliente se sirva à vontade.
Outro ponto interessante do
Caneca Coliseu é que várias
disputas são travadas ao
longo da noite, como queda de braço, tiro ao alvo e até luta livre, já que a taverna
dispõe de um pequeno ringue para essas disputas. A taverna possui um ranking
particular para cada essas disputas e uma boa colocação pode trazer fama aos
participantes.

Ganchos para aventuras no reino de Kalindra


• As vilas e cidadelas precisam
de proteção contra os frequentes
ataques dos Orcs. Por isso o reino
recruta o grupo (e outras pessoas). para formar uma nova divisão de defesa.

• Existem boatos que na Cidade
Velha e na Floresta dos Espinhos
existem fragmentos de uma relí-
quia dos deuses e o grupo resolve
procurar por esse item épico.

• Algumas crianças de uma vila
próxima a Floresta dos Espinhos
foram raptadas. Os aventureiros precisam resgata-las.

• Alguns líderes das cidadelas estão enfadados de tanto pagar impostos e com a
postura cruel do conselheiro Lankas. Então resolvem contratar pessoas para espionar
os conselheiros do reino.

• Escoltar os novos “recrutas” para a Guarda da Fronteira, enfrentando todos os
perigos pelo caminho até as montanhas.

• Um renomado comerciante de Kalindra contrata corajosos para ir até a 1 3
Cidade Velha buscar alguns pertences antigos de sua família.

• Explorar além das fronteiras. Essa talvez seja uma missão impossível, mas nada
como uma adrenalina para animar o dia.
• Boatos de que o filho do rei Meeros está aprisionado magicamente na Cidade
Velha. O rei está recompensando imensamente aqueles que trouxerem
informações precisas sobre isso.

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