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PROTEÇÃO CATÓDICA

EFETIVO COMBATE À CORROSÃO ELETROQUÍMICA


PARTE 5: INTERFERÊNCIAS ELÉTRICAS

Este material contém informações classificadas como NP-1

INTERFERÊNCIAS ELÉTRICAS
INTERFERÊNCIAS ELÉTRICAS
• Aproximações de dutos metálicos com outros
sistemas elétricos podem gerar interferências.
Geralmente a fonte da interferência não tem
continuidade elétrica com o duto afetado.

• Principais fontes:
– Corrente contínua (sistemas de proteção catódica de
terceiros, sistemas de transporte eletrificado, linhas
de transmissão);
– Corrente alternada (linhas de transmissão, sistemas
de transporte eletrificado).

INTERFERÊNCIAS ELÉTRICAS
• Correntes dispersas no eletrólito podem pegar
carona em dutos enterrados. No local onde
deixam a tubulação, provocam corrosão
eletrolítica.
INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE PC
• Uma estrutura metálica pode captar parte da
corrente de um sistema de proteção catódica.

INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE PC

FUGA DE CORRENTE
INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE PC

A corrosão eletroquímica ocorre na


área por onde a corrente
convencional sai para o eletrólito!
NÍVEL DO SOLO

Retorno da
corrente de
interferência
para o
retificador

INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE PC
DETECTANDO A INTERFERÊNCIA
• Observar a mudança no potencial nos pontos de
captação e descarga da corrente de
interferência é o modo mais fácil.

A: Ponto de captação
B: Ponto de descarga
INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE PC
MITIGAÇÕES
• Cuidado durante o projeto! Procurar instalar o
leito distante outras estruturas metálicas
enterradas;
• Remover ou realocar a fonte de interferência;
• Instalar juntas isolantes;
• Interligação entre dutos (direta ou indireta);
• Facilitar o retorno da corrente por um caminho
alternativo (drenagem).

INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE PC
MITIGAÇÃO - JUNTA ISOLANTE
FUGA DE CORRENTE
INTERROMPIDA

Junta isolante
INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE PC
MITIGAÇÃO – INTERLIGAÇÃO ENTRE DUTOS

INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE PC
MITIGAÇÃO – INTERLIGAÇÃO ENTRE DUTOS
• A ligação DIRETA (sem resistor) é preferencial,
mas podem existir desentendimentos entre
terceiros.

• O resistor, quando utilizado, limita o fluxo da


corrente de interferência ao mínimo necessário
para evitar seus efeitos nocivos.
INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE PC
MITIGAÇÃO – INTERLIGAÇÃO ENTRE DUTOS

Ponto de teste

NÍVEL DO SOLO

Fuga da corrente controlada

O ajuste da resistência é feito de modo que o potencial


eletroquímico do duto interferido permaneça no mesmo
patamar de antes do início da interferência.

INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE PC
MITIGAÇÃO – DRENAGEM
INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE PC
MITIGAÇÃO – DRENAGEM
• O uso de anodos galvânicos próximo do ponto
de descarga da corrente cria um caminho
preferencial para a corrente de fuga. Além
disso, oferece uma proteção adicional ao duto
interferido.

• A resistência total do circuito elétrico da


interferência é menor, logo a corrente
circulante será maior.

INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE PC
MITIGAÇÃO – DRENAGEM
Ponto de teste

NÍVEL DO SOLO

Anodos galvânicos Anodos galvânicos


INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE TRAÇÃO
ELETRIFICADOS
• Uma estrutura metálica pode captar parte da
corrente de um sistema de tração eletrificado.

INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE TRAÇÃO


ELETRIFICADOS
• Esquema de funcionamento de um sistema de
tração eletrificado:
INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE TRAÇÃO
ELETRIFICADOS
• Detalhe do dormente:

INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE TRAÇÃO


ELETRIFICADOS
• Correntes elétricas do sistema:
INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE TRAÇÃO
ELETRIFICADOS
• Cada dormente funciona como uma resistência
em paralelo:

R1 R2 Rn
Se R1  R2  ...  Rn  R :
R
Rt 
1 1 1 1 n
   ..... 
Rt R1 R2 Rn

INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE TRAÇÃO


ELETRIFICADOS
• Corrente de fuga:
INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE TRAÇÃO
ELETRIFICADOS
• Exemplo de um cruzamento:

O duto está
sofrendo algum
problema?

INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE TRAÇÃO


ELETRIFICADOS
• Os trilhos também estão em risco!
INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE TRAÇÃO
ELETRIFICADOS
• O que acontece com os potenciais do duto?

Como a malha
ferroviária é
composta por vários
trens, que estão
sempre em
movimento, os
potenciais variam ao
longo do dia.

REGISTRADOR DE POTENCIAL

INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE TRAÇÃO


ELETRIFICADOS
• Esquema de um registro de potencial por 24h:

PONTO A PONTO B
INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE TRAÇÃO
ELETRIFICADOS
• Registro de potencial por 24h:

INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE TRAÇÃO


ELETRIFICADOS
• Registro de potencial por 24h:
INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE TRAÇÃO
ELETRIFICADOS
• Registro de potencial por 24h:

INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE TRAÇÃO


ELETRIFICADOS
• Registro de potencial por 24h:

TESTES REALIZADOS
NO SISTEMA DE
TRANSPORTE
INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE TRAÇÃO
ELETRIFICADOS
• Registro de potencial por 24h:

AS INTERFERÊNCIAS DIMINUEM À MEDIDA QUE SE


AFASTA DO CRUZAMENTO

INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE TRAÇÃO


ELETRIFICADOS - DEFEITOS
INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE TRAÇÃO
ELETRIFICADOS - MITIGAÇÕES
• Remoção da fonte de interferência;
• Eliminar ou limitar da corrente que flui no duto
enterrado (junta isolante);
• Melhorar o isolamento elétrico entre o trilho e
o solo;
• Devolver a corrente de interferência de volta
para a fonte (drenagem);
• Aumento do nível da proteção catódica
(retificador automático).

INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE TRAÇÃO


ELETRIFICADOS - MITIGAÇÕES

APLICAÇÃO DA JUNTA
ISOLANTE
INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE TRAÇÃO
ELETRIFICADOS - MITIGAÇÕES
• Melhorar o isolamento elétrico entre o trilho e
o solo:

Exemplo de um sistema isolado

INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE TRAÇÃO


ELETRIFICADOS - MITIGAÇÕES
• Devolver a corrente de interferência de volta
para a fonte (drenagem):

LIGAÇÃO ELÉTRICA

TRILHOS

DUTO ENTERRADO
INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE TRAÇÃO
ELETRIFICADOS - MITIGAÇÕES
• Problema da ligação direta: permite a entrada
de correntes interferentes.

E conseqüentemente a
corrente vai sair em um
outro local!

INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE TRAÇÃO


ELETRIFICADOS - MITIGAÇÕES
• Equipamento de drenagem: DIODO

LIGAÇÃO ELÉTRICA

TRILHOS

DUTO ENTERRADO
INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE TRAÇÃO
ELETRIFICADOS - MITIGAÇÕES
• Esquema elétrico de um equipamento de
drenagem simples:

INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE TRAÇÃO


ELETRIFICADOS - MITIGAÇÕES
• Resultado do início da operação da drenagem:

Início operação
da drenagem
INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE TRAÇÃO
ELETRIFICADOS - MITIGAÇÕES
• Corrente drenada:

A drenagem facilita a circulação de


corrente pelo duto!

INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE TRAÇÃO


ELETRIFICADOS - MITIGAÇÕES
• Anodos podem substituir a ligação elétrica
entre a drenagem e o trilho quando:

– Não é possível fazer a ligação direta, por limitação


física ou por algum desentendimento com a
concessionária do sistema de tração;

– Se quer limitar a circulação da corrente de


interferência no duto.
INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE TRAÇÃO
ELETRIFICADOS - MITIGAÇÕES
• Drenagem com anodos:

DUTO ENTERRADO

INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE TRAÇÃO


ELETRIFICADOS - MITIGAÇÕES
• O retificador automático utiliza um sensor (uma
semi-célula) para monitorar o potencial tubo-
solo e controlar sua corrente de saída, em
função da interferência.
Interferência

Potencial de Retificador Potencial


automático Duto
referência real

Semi-célula
INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE TRAÇÃO
ELETRIFICADOS - MITIGAÇÕES
• Retificador automático funcionando como
drenagem:

INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE TRAÇÃO


ELETRIFICADOS - MITIGAÇÕES
• Retificador automático injetando corrente no
sentido contrário à saída da corrente de fuga:
INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE TRAÇÃO
ELETRIFICADOS - MITIGAÇÕES
• EXEMPLO: Tensão de referência: -1,10 V
– Se o potencial ficar menos negativo que - 1,10 V
o retificador aumenta a corrente de saída.
– Se o potencial ficar mais negativo que - 1,10 V
o retificador reduz a corrente de saída.

INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE TRAÇÃO


ELETRIFICADOS - INSPEÇÃO
• Faz sentido realizar medições de potencial
tubo-solo “ON/OFF” em tubulações sujeitas a
interferências de sistemas de tração
eletrificados?

• No processo “ON/OFF”,
dá para anular a corrente
do retificador, mas não a
corrente de fuga.
INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE TRAÇÃO
ELETRIFICADOS - INSPEÇÃO
• O que fazer nestas situações?

REGISTROS CONTÍNUOS DE
POTENCIAIS “ON”

INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE TRAÇÃO


ELETRIFICADOS - INSPEÇÃO
• Critério:

Procura-se manter os
potenciais “ON” entre
-1,0 e -3,0 V
INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE TRAÇÃO
ELETRIFICADOS - INSPEÇÃO
O cupom pode ser
+ - VOLTÍMETRO
usado mesmo com
PTE
CHAVE ON-OFF
interferências!!!

NÍVEL DO SOLO

ELETRODO PORTÁTIL (Cu/CuSO4)

LINHA DE CENTRO DO DUTO


DUTO

CUPOM

INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE TRAÇÃO


ELETRIFICADOS - INSPEÇÃO
• Registro no cupom (chaveamento longo):

Potencial OFF
INTERFERÊNCIAS DE SISTEMAS DE TRAÇÃO
ELETRIFICADOS - INSPEÇÃO
• Registro no cupom (chaveamento curto):

INTERFERÊNCIAS DE LINHAS TRANSMISSÃO


DE ALTA TENSÃO CC (LTCC)
• Uma sistema de LTCC pode afetar fortemente
uma estrutura enterrada.
INTERFERÊNCIAS DE LINHAS TRANSMISSÃO
DE ALTA TENSÃO CC (LTCC)
• Vantagens de um sistema de LTCC:

– Mais econômico que os sistemas de corrente


alternada para comprimentos superiores a
1000 km de extensão;

– Não apresenta perdas capacitivas e indutivas como


na corrente alternada;

– Níveis mais baixos de interferência eletromagnética.

INTERFERÊNCIAS DE LINHAS TRANSMISSÃO


DE ALTA TENSÃO CC (LTCC)
• LTCC hoje no Brasil:
INTERFERÊNCIAS DE LINHAS TRANSMISSÃO
DE ALTA TENSÃO CC (LTCC)
• Principais modos de operação de uma LTCC:

SISTEMA
BIPOLAR

SITUAÇÃO CRÍTICA!

SISTEMA
MONOPOLAR

INTERFERÊNCIAS DE LINHAS TRANSMISSÃO


DE ALTA TENSÃO CC (LTCC)
• Aproximação da LTCC com o GASBOL:
A

FLUXO DE CORRENTE E POTENCIAL 
ÍNI

SAÍDA
UL
PA

TUBO‐SOLO NAS OPERAÇÕES 
MONOPOLARES COM O PÓLO 
km 109
NEGATIVO NO SOLO
ENTRADA

C. C. IBIUNA
ALTA TENSÃO
LINHA

AÇU
O IGU
FOZ D
L

SAÍDA
BO
AS
G
O
NIT
BO
O

CA
INTERFERÊNCIAS DE LINHAS TRANSMISSÃO
DE ALTA TENSÃO CC (LTCC)
• Aproximação da LTCC com o GASBOL:
FLUXO DE CORRENTE E POTENCIAL 

IA
ÍN
ENTRADA

UL
PA
TUBO‐SOLO NAS OPERAÇÕES 
MONOPOLARES COM O PÓLO 
km 109
POSITIVO NO SOLO
SAÍDA

O C. C. IBIUNA
ALTA TENSÃ
LINHA

ÇU
O IGUA
FOZ D
L

ENTRADA
BO
AS
G
O
NIT
BO
O

CA

INTERFERÊNCIAS DE LINHAS TRANSMISSÃO


DE ALTA TENSÃO CC (LTCC)
• Registros de potencial num ponto de entrada de
corrente (2300A injetados no solo pela LTCC):
INTERFERÊNCIAS DE LINHAS TRANSMISSÃO
DE ALTA TENSÃO CC (LTCC)
• Registros de potencial num ponto de saída de
corrente (2300A injetados no solo pela LTCC):

INTERFERÊNCIAS DE LINHAS TRANSMISSÃO


DE ALTA TENSÃO CC (LTCC) - MITIGAÇÃO
• Soluções adotadas para o GASBOL:

– Drenagem elétrica com leito de anodos distribuídos


ao longo de 400 metros do km 109.

– Adicionalmente, retificadores automáticos instalados


próximos (cerca de 1400m) ao leito de anodos da
drenagem.
INTERFERÊNCIAS DE LINHAS TRANSMISSÃO
DE ALTA TENSÃO CC (LTCC) - MITIGAÇÃO
• Solução para o GASBOL:

Retificador Retificador Retificadores


1 desligado 2 desligado desligados

Retificadores
Retificadores e drenagem
e drenagem desligadas
ligadas

INTERFERÊNCIAS DE LINHAS TRANSMISSÃO


DE ALTA TENSÃO CA (LTCA)
INTERFERÊNCIAS DE LINHAS TRANSMISSÃO
DE ALTA TENSÃO CA (LTCA)
• Normas de referência adicionais:

– NACE SP0177 Mitigation of alternating current and


lightning effects on metallic structures
and corrosion control systems
– IEC 62305 Protection against lightning
– IEEE Std 80 Guide for Safety in AC Substation
Grounding
INTERFERÊNCIAS DE LINHAS TRANSMISSÃO
DE ALTA TENSÃO CA (LTCA)
• Interação LT-Duto

INTERFERÊNCIAS DE LINHAS TRANSMISSÃO


DE ALTA TENSÃO CA (LTCA)
• Mecanismos de transferência de energia entre uma LT e
o duto:
– Acoplamento condutivo ou resistivo;
– Acoplamento eletrostático ou capacitivo;
– Acoplamento eletromagnético ou indutivo.

• Estes mecanismos são estudados em duas condições da


LT:
– Operação normal;
– Condição de curto-circuito.
ACOPLAMENTO RESISTIVO (CURTO-
CIRCUITO)
• Fatores importantes:

– Corrente de curto;
– Aterramento das torres;
– Resistividade do solo;
– Cabo pára-raios;
– Distância da torre para o
duto;
– Qualidade do
revestimento do duto;
– Duração do curto.

OCORRÊNCIAS DE CURTO-CIRCUITOS
• Relativamente raros;
• Duração curta (fração de segundo);
• Geralmente ocorre em condições ambientais
adversas:
– Ventos elevados;
– Descargas atmosféricas.
PREOCUPAÇÕES RELATIVAS AO
ACOPLAMENTO RESISTIVO
• Integridade física de pessoas em contato com
dutos atingidos pelo curto

PREOCUPAÇÕES RELATIVAS AO
ACOPLAMENTO RESISTIVO
• Integridade estrutural do revestimento e do
próprio duto

REVESTIMENTO
- SOLO -

V

PAREDE
METÁLICA
GRADIENTE DE I AT
POTENCIAL
NO SOLO
V

  I AT
V
2  d

V1

DUTO
V2
V3

ACOPLAMENTO RESISTIVO (CURTO-


CIRCUITO) - MITIGAÇÃO
• A mitigação mais efetiva para evitar um arco
elétrico durante um curto é afastar o duto das
torres (e seus aterramentos).

• Diferentes autores divergem sobre qual a


mínima distância de afastamento. Um
referência (Sunde E.M. “Earth Conduction
Effects”) bastante usada é:
r  0,08 I f [kA]  [m]
TENSÃO SUPORTÁVEL PELO
REVESTIMENTO

• Tensão limite adotada para revestimentos


(NACE SP 0177):

– Asfalto, “coal-tar”, PE3L e PP3L = 5 kV;

– FBE = 3 kV.

ENSAIO DE SUPORTABILIDADE DO PE3L

• Aplicação de
potencial até ser
alcançar o nível da
tensão de
rompimento
dielétrico do
revestimento.
ENSAIO DE SUPORTABILIDADE DO PE3L

Tensão de
Ensaio perfuração
(kV)

01 30,2

02 25,1

03 29,8

ENSAIO DE SUPORTABILIDADE DO PE3L


TENSÃO DE TOQUE E DE PASSO
• Exemplo de tensão de passo e de toque:

TENSÕES DE TOQUE E PASSO MÁXIMAS


TOLERADAS PELO SER HUMANO
• Valores obtidos na IEEE Std 80 para uma pessoa
de 50 kg:

VPasso  1000  6  
0,116
t
 1000  1,5 
0,116
VToque
t
• Onde:
– ρ: resistividade do solo [Ωm];
– t: tempo de duração do curto [s].
EFEITO DA BRITA (ρ=3000Ωm)
• O uso da brita de alta resistividade aumenta os
valores suportados:
  
0,091  
CS  1   S 
2hS  0,09
• Onde:
– CS: fator de correção;
– ρ: resistividade do solo [Ωm];
– ρS: resistividade da brita [Ωm];
– hS: espessura da camada de brita [m].

Substituir ρ nas
fórmulas originais
por CSρS
EXEMPLO DE CÁLCULO
• Tensão de toque máxima em um surto de
duração de 0,5 s para uma pessoa com 50 kg em
um solo de 50 Ωm:
VToque  1000  1,5   
0,116
 176V
t
• Mesmas condições, adicionando uma camada de
150mm de brita:
VToque  1000  1,5  CS   S 
0,116
 732V
t

ESTUDOS DE INTERFERÊNCIAS
• O estudo é recomendável para simular a
interferência gerada pelo curto em um
computador.
• Realizado para LT de
69kV ou superior.
• Calcula-se o perfil de
tensão no duto para
verificar se supera os
limites do duto e de
seres humanos.
Exemplo 1: Paralelismo, 230kV, pára-
raios, ICC=12,69kA

Exemplo 2: Cruzamento, 69kV, sem pára-


raios, ICC=3,14kA
Exemplo 3: Cruzamento, 230kV, pára-
raios, ICC=14,5kA

Exemplo 3: Retirada dos contra-pesos da


torre
ACOPLAMENTO INDUTIVO
• Fatores importantes:

– Função da corrente, não


da tensão;
– Paralelismo entre a LT e
o duto;
– Balanceamento entre
fases;
– Distância da torre para o
duto;
– Corrosão CA.

PREOCUPAÇÕES RELATIVAS AO
ACOPLAMENTO INDUTIVO
• Integridade física de pessoas em contato com
dutos atingidos pelo curto
PREOCUPAÇÕES RELATIVAS AO
ACOPLAMENTO INDUTIVO
• Evitar corrosão por corrente alternada

ANÁLISE ELÉTRICA

Representação elétrica da tensão


induzida em uma seção de duto
ANÁLISE ELÉTRICA
• Um duto é uma associação destas seções.

Representação elétrica da tensão Tensão induzida ao longo do duto


induzida em duas seções de duto

ANÁLISE ELÉTRICA
• Efeito da distância na tensão induzida:
EXEMPLO – REFINARIA DO NE

Tensão alternada induzida na


extremidade de gasoduto

MITIGAÇÃO DA TENSÃO INDUZIDA


• Aterramento elétrico

Aterramento das
extremidades do duto
MITIGAÇÃO DA TENSÃO INDUZIDA
• Cuidado ao aterrar dutos em pequenas
extensões

Aterramento em apenas
uma extremidade

EXEMPLO – REFINARIA DO NE

Cuidado em áreas
Corrente alternada circulante classificadas com
com o aterramento do duto centelhas!
MITIGAÇÃO DA TENSÃO INDUZIDA
• Aterramento elétrico indireto, por meio de
dispositivos desacopladores para evitar
problemas com a proteção catódica.

ACOPLAMENTO CAPACITIVO

• Tensão que aparece entre


estruturas metálicas aéreas
e o solo, devido ao campo
elétrico gerado por LT’s;
• Não afeta dutos enterrados;
• É particularmente crítica
durante a construção e
montagem dos dutos.
FIM DA PARTE 5

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