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Nº22 7º ano A
O marco temporal também irá facilitar que áreas que não deveriam ter titularidade, por
pertencerem aos indígenas, protegendo física e culturalmente povos originários, possam ser
privatizadas e comercializadas. A comercialização responde ao interesse do setor ruralista.
O julgamento no Supremo começou em 26 de agosto, foi suspenso e deve ser retomado em 1º
de setembro, com a apresentação de manifestações de entes interessados. São mais de 30
entidades cadastradas para se pronunciar.
Além do processo que corre no Judiciário, um projeto que tramita na Câmara dos
Deputados tenta transformar a tese do marco temporal em lei. Trata-se do PL nº
490/2007, que determina que devem ter direito às terras consideradas ancestrais
somente os povos que as estivessem ocupando no dia da promulgação da Constituição
Federal, em 5 de outubro de 1988.
A proposta do legislativo altera o Estatuto do Índio para permitir, segundo o texto, um
"contrato de cooperação entre índios e não índios", para que estes possam realizar
atividades econômicas em terras indígenas. Além disso, a proposta prevê que não
indígenas tenham contato com povos isolados “para intermediar ação estatal de
utilidade pública”.
Proposto originalmente em 207, o texto foi rejeitado na Comissão de Direitos Humanos
em 2009. Em 2018, acabou arquivado. No entanto, a proposta foi ressuscitada durante a
campanha eleitoral do presidente Bolsonaro, que prometeu acabar com "reserva
indígena no Brasil".
Fonte:G1