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Maria Eduarda Mendes

nº22 7º ano A

Lendas da região Sudeste

Colégio Basic I- Taubaté 2021


O Bicho-papão

A lenda do bicho-papão faz parte


da infância de muitos brasileiros.
Desde cedo ele é usado pelos pais
para assustar as crianças. Elas
acreditam que se forem
malcriadas, o bicho-papão vai
aparecer para buscá-las. 

O nome bicho-papão foi dado


porque, de acordo com a lenda,
"ele come (papa) as criancinhas".
Ele é representado por
um monstro feio, grande, de olhos
vibrantes e muitas vezes peludo.
Essa imagem pode variar de região
para região. Em determinados
locais ele é comparado com
a Cuca, tanto fisicamente quanto
em relação às maldades cometidas
pelos dois. Em outros locais, o
bicho-papão não possui uma
forma específica, podendo se
transformar em outros animais, por exemplo, por conta do seu poder de mutação. 

O bicho-papão fica no telhado esperando o momento certo para atacar. Quando entra em
casa, ele se esconde embaixo da cama ou dentro do armário. Como é muito guloso, o
bicho-papão também aproveita a visita para comer tudo o que encontra na cozinha. 

Algumas cantigas de ninar foram feitas a partir da lenda do bicho-papão, para assustar
as crianças e fazer com que elas durmam logo. Em Portugal, a mais famosa é:

Vai-te papão, vai-te embora


de cima desse telhado,
deixa dormir o menino
um soninho descansado.

No Brasil, foi feita uma versão parecida.

Os pais usam as cantigas para deixar as crianças assustadas e, consequentemente,


viram heróis, já que eles salvam as crianças das maldades do bicho-papão. 
O Bicho-papão em outras culturas

Presente na literatura infantil de Portugal e do Brasil, o bicho-papão também é visto em


outras regiões, como na Península Ibérica, na Galiza, na Catalunha e nas Astúrias. No
Brasil, o bicho-papão é um personagem conhecido em todas as regiões do país. 

Missa dos mortos

Esta é uma das lendas mais


tradicionais do Brasil.

Existe um registro muito


popular de fatos dessa natureza
que aconteceram na Cidade de
Ouro Preto, em Minas Gerais,
no começo do século XX, por
volta de 1900. O caso todo
ocorreu numa pequena Igreja
que ficava ao lado de um cemitério, e esta era a Igreja de Nossa Senhora das Mercês de
Cima.

Quem presenciou uma dessas missas foi o zelador e sacristão da Igreja. Ele chamava-
se João Leite e era muito popular e querido em toda aquela região.

Conta-se que numa noite, já deitado, ele viu luzes na Igreja e pensando que fossem
ladrões foi investigar. Para sua surpresa, viu que o templo estava cheio de fiéis, lustres
acesos e o padre se preparando para celebrar uma missa. Ao entrar, já percebeu que o
ambiente estava mais frio que o relento do lado de fora.

A princípio só estranhou o fato de que todo mundo estava vestindo roupas escuras e
permaneciam de cabeças baixas. No mais, tudo parecia caminhar para uma cerimônia
religiosa tradicional. Cheiro de incenso no ar, altar arrumado, e um silêncio sepulcral.
Achou também estranho uma missa naquela hora, e sem que ele nada soubesse. Era de
fato uma coisa atípica. E os cabelos dos seus braços já ficaram arrepiados e um frio
esquisito percorreu seu corpo inteiro.

Quando o padre se voltou para dizer o "Dominus Vobiscum"[2], ele viu que seu rosto
era uma caveira. Viu que também os coroinhas eram esqueletos vestidos com aquelas
roupas que mais pareciam mortalhas. Não esperou para ver o resultado, saiu apressado
dali e viu a porta que dava para o cemitério escancarada.

Voltou para casa sem saber o que pensar, completamente desorientado. Do seu quarto,
ficou ouvindo aquela missa do outro mundo até o fim.
é uma lenda muito comum em todo interior do país, embora seja citada como
primeiramente relatada em Ouro Preto, Minas Gerais, na Igreja de Nossa Senhora das
Mercês de Cima.

Também em Minas Gerais, na cidade de São João Del Rei, na Matriz de N. S. do Pilar,
existe um relato semelhante. Nesse caso, aconteceu com uma viúva, moradora do lugar.
Ela teria assistido a uma dessas missas e perdeu a noção do tempo. Quando o sino bateu
doze vezes, à meia-noite, tudo desapareceu ficando ela sozinha completamente
desorientada, e imaginando se tudo aquilo não passara de um sonho, daqueles que
parecem a mais pura realidade.

De acordo com a crença de alguns, a pessoa que presencia uma dessas missas, ou está
perto de morrer, ou seria um aviso de que vai morrer alguém conhecido dela. Já outros
afirmam que é um sinal de longevidade e prosperidade.

Cavalo invisível

Na época da quaresma, período em que acontece a Páscoa, os fiéis se preparam para


celebrar a Ressurreição. No entanto, muitas pessoas não acreditam ou não dão
importância à essa tradição.

Diz-se que o "Cavalo invisível" é uma espécie de recado de Deus para os que não
acreditam.O cavalo costuma passar galopando de noite perto da janela do quarto onde
dormem as pessoas que não acreditam na tradição de quaresma, como não comer carne
e não fazem caridade.

Ao ouvir o galope, muitos já tentaram olhar pela janela ou mesmo sair rapidamente de
casa, a fim de ver o animal. No entanto, ninguém teve sucesso.
Dizem que o motivo de ninguém conseguir vê-lo é que ele é invisível.

Corpo seco

O corpo-seco é uma lenda do folclore brasileiro que fala de um defunto que foi


amaldiçoado a vagar pela Terra depois de ser rejeitado por Deus e pelo diabo. O motivo
da rejeição seriam as maldades que ele teria cometido em vida, fazendo dele um ser tão
asqueroso que nem mesmo a Terra queria sua carne. É uma lenda popular
no Sudeste e Sul do Brasil. Esse é o caso do corpo-seco, lenda muito conhecida no Sul e
Sudeste, sobretudo nos estados
de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina.
Apesar de ser muito conhecida nesses estados, a lenda do corpo-seco pode, ainda, variar
neles, assumindo formas peculiares a uma região. Essa lenda é de origem europeia e
foi trazida para o Brasil, possivelmente, pelos portugueses. Estudiosos dizem que ela
pode ser encontrada em outras regiões do país, como o Nordeste.
O corpo-seco é um ser amaldiçoado, uma espécie de morto-vivo que está condenado a
vagar pela Terra aterrorizando as pessoas. Ele é um cadáver que foi devolvido pela
terra, que não o aceita por conta das maldades que realizou em vida. As maldades do
defunto que se transforma em corpo-seco são tão grandes que nem Deus nem o diabo
quiseram receber sua a alma.
Como a alma do defunto não foi aceita no céu e no inferno e a terra rejeitou devorar o
corpo, o morto retorna ao plano dos vivos e, na condição de nem vivo nem morto, vai
aterrorizar os viventes que passarem por ele. Como não é morto, o seu corpo não
apodrece, mas, como não é vivo, também não é alimentado, portanto, o corpo-seco,
literalmente, tem o corpo ressecado, com apenas os ossos e o couro.
Corpo-seco, ainda, tem unhas e cabelos enormes, pois não param de crescer jamais.
Essa característica fez com que ele ficasse conhecido também como Unhudo em
algumas regiões.
O corpo-seco foi amaldiçoado por conta das maldades que cometeu em vida. A lenda
tradicional conta que ele torturou e assassinou a própria mãe. Entretanto, variações
regionais da narrativa apontam que corpo-seco foi um homem conhecido por cometer
inúmeras maldades contra familiares e desconhecidos. Outras variações apontam-no
como aquele que fez uma promessa para Deus e não a cumpriu.

O corpo-seco é um ser amaldiçoado, mas sua única ação, segundo as lendas,


é aterrorizar aqueles que o enxergam. Uma variação da lenda relaciona-o com
o bradador, outra narrativa folclórica  sobre uma alma penada que vaga pelas
madrugadas invadindo propriedades de pessoas e emitindo sons assustadores.
O vento mal assombrado da rua das Palmeiras
em Taubaté

Contam que faziam o funeral do delegado da cidade e o cortejo percorria a rua das
Palmeiras, que antigamente tinha um corredor com as árvores que dão nome ao local.
De repente, houve um vento forte, levou chapéus, bateu porta de lojas e o caixão acabou
caindo, mesmo sendo muito pesado. Quando pessoas que estavam no velório foram
levantar o caixão, perceberam que ele havia ficado leve. Desde então, ficou conhecida a
história de quando o vento soprava na rua, era um sinal mal-assombrado.

Fontes: Meon, Brasil Escola, Educa mais Brasil e site de dicas.

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