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MANUTENÇÃO DO IMÓVEL

CAIXAS DE INSPEÇÃO, CAIXAS DE PASSAGEM E CAIXAS DE


GORDURA

Qual a diferença entre caixas de inspeção, caixas de passagem e caixas de


gordura?

Alguns dos elementos menos conhecidos dos proprietários de um imóvel são


as caixas de inspeção. Elas subdividem-se em três tipos, cada um deles com
uma função diferente: caixas de inspeção, caixas de passagem e caixas de
gordura. Todas elas têm a função de vistoriar o funcionamento das mesmas.

Caixas de inspeção

São utilizadas para o escoamento das águas pluviais em condomínios,


indústrias, etc. Podem ser de concreto ou PVC.

A vistoria é feita levantando a tampa e observando se o fluxo das águas corre


normalmente ou se tem objetos ou ramos de plantas a impedir. Caso existam,
deve-se retirá-los e recolocar a tampa no lugar.

Caixas de passagem

São utilizadas em redes subterrâneas de eletricidade, telefone, tv, sinais, etc.


Servem para facilitar a passagem de cabos entre dois pontos. Podem ser de
concreto ou PVC. O fundo é em brita para evitar o acúmulo de água, a qual
deve infiltrar no solo.

A vistoria é feita levantando a tampa e observando se existe algo estranho


além dos cabos.

Caixas de gordura

As caixas de gordura são as que requerem mais atenção. A sua função é reter
a gordura ou outros dejetos sólidos que vêm misturados com a água da pia da
cozinha, deixando passar apenas a água para o esgoto. Desta forma evita o
entupimento de tubulações, mau cheiro, escoamento lento da água da pia e
invasão de pragas urbanas (baratas e ratos, por exemplo).
Devem ser estanques (sem vazamentos) e possuir tampas removíveis. A sua
forma pode ser retangular ou cilíndrica. Normalmente são feitas de concreto ou
de plástico. Estão localizadas no exterior das residências.

Ao se resfriar, a gordura torna-se sólida e forma blocos, que irão entupir a rede
de esgotos sanitários. Assim, precisam ser limpas pelo menos a cada seis
meses para evitar os problemas mencionados acima.

Para evitar que se acumule muita sujeira na caixa deve-se usar sempre a
peneira no ralo das pias.

A gordura retirada deverá sempre ser ensacada e jogada no lixo, nunca na


instalação de esgotos sanitários.

A limpeza e manutenção das caixas de gordura é fácil de fazer, desde que seja
feita com frequência. Para essa manutenção, basta abrir a caixa e retirar os
dejetos, ou então pode-se contratar uma empresa desentupidora e limpa-
fossas. É um serviço rápido na maioria das vezes, realizado em menos de uma
hora.
Outra forma de manter a caixa de gordura em bom funcionamento é utilizar
Bactérias Biológicas. Estas bactérias biológicas digerem a sujidade das caixas,
mantendo-as limpas.

Elas agem degradando a gordura, evitando entupimentos nas tubulações sem


danificar nenhuma estrutura estanque das caixas, podendo ser adicionadas
diretamente na pia da cozinha.

Pode haver casos em que elas não são suficientes, sendo necessário recorrer
à limpeza manual.

Assim, é sempre recomendável fazer uma inspeção visual da caixa de gordura


levantando a tampa da caixa.

LIMPEZA E MANUTENÇÃO DOS RALOS

Todos os ralos (banheiro, cozinha, área de serviço, varanda, terraço etc.)


possuem um sistema de proteção que evita que detritos maiores caiam em seu
interior. Essa proteção é feita por grelhas de metal ou plástico e por uma peça
chamada sifão. Mesmo assim, pode ser que um ralo sifonado venha a entupir
com fios de cabelos, resíduos de sabonete, grampos e outros pequenos
objetos que caem nos ralos da pia ou do chuveiro, que são os que entopem
com maior frequência e devem ser limpos regularmente. Para fazer a limpeza
você vai precisar de luvas de borracha, um desentupidor de borracha, um
balde, arame flexível e soda cáustica.

Aqui estão algumas dicas de como fazer a limpeza dos ralos.


1-Coloque as luvas de borracha, remova a grelha, retire os resíduos e jogue no
saco de lixo. No ralo sifonado, existe um tampão sobre o sifão. Caso haja
necessidade de retirá-lo para a limpeza, não esqueça de colocá-lo novamente
– sem ele, o mau cheiro do esgoto sobe e entra no ambiente. Jogue água e
observe se o escoamento está livre.

2-Se o problema persistir, o próximo passo é a aplicação de algum produto


desentupidor, como soda cáustica. Retire a água parada no ralo e adicione a
quantidade recomendada do produto, conforme o diâmetro do ralo. Mas
cuidado: como os produtos são tóxicos, as instruções da embalagem devem
ser seguidas rigorosamente. O uso de luvas é obrigatório. Se o entupimento
continuar, recomenda-se chamar um técnico especializado para resolver o
problema.

3- Outra forma eficiente de resolver o problema é despejar água quente pelo


ralo para que ele possa derreter um pouco dessa sujeira também é uma ótima
ideia. Todo mundo sabe que o bicarbonato de sódio misturado com vinagre faz
grandes vulcões, mas o que muitas pessoas não sabem é que ele também é
um grande removedor de obstrução de ralos. Polvilhe uma parte de
bicarbonato de sódio em cada ralo, acompanhado de uma parte de vinagre
branco. Deixe esta mistura durante a noite e lave-o com água quente de
manhã.

4-Ainda uma outra maneira de limpar e usar um pouco de bicarbonato de sódio


com sal e quatro partes de água fervente. Despeje esta mistura pelo ralo
abaixo e deixe descansar durante a noite. Lave o ralo com água quente de
manhã. Nunca subestime o poder de vinagre e bicarbonato de sódio,
especialmente se você quer ficar longe do uso de desentupidores químicos
para limpar ralos. Barato e seguro para uso, um pouco de vinagre e
bicarbonato de sódio pode manter seus ralos limpos e também livres de
odores.

MANUTENÇÃO E LIMPEZA DE CALHAS SÃO FUNDAMENTAIS


PARA EVITAR OBSTRUÇÕES

Desprezar os cuidados que mantêm o desempenho do sistema pode ser o


gatilho para o surgimento de diferentes patologias, como infiltrações e
problemas nos revestimentos.

As calhas são importantes elementos que compõem a cobertura da edificação.


Além de coletar e escoar a água da chuva que cai sobre o telhado, evitam
infiltrações e ajudam na conservação da pintura das paredes externas. Porém,
como o sistema está constantemente exposto às intempéries e poluição
atmosférica, é necessária a realização de manutenções periódicas para que
todas as suas funções continuem sendo desempenhadas de maneira
adequada.
“É de suma importância que as calhas estejam sempre livres e desobstruídas.
A falta de limpeza pode causar entupimentos nos coletores e tubos de descida,
reduzindo a capacidade de vazão ou até mesmo impedindo o escoamento. Isso
resulta na sobrecarga dos sistemas coletores e estruturas, deformando-os e
reduzindo o tempo de vida útil”, alerta Joaquim Coelho, diretor Comercial da
Astra.
A periodicidade recomendada de limpeza e manutenção varia de seis meses a
um ano, dependendo das características do ambiente onde está a edificação.
Em áreas com elevados índices pluviométricos, por exemplo, a indicação é que
seja realizada com maior frequência. O mesmo acontece em unidades
cercadas por construções mais altas, que podem gerar resíduos que se
acumulam nos telhados vizinhos.
As intervenções regulares também são aconselhadas em empreendimentos
próximos de árvores, com o objetivo de retirar folhas e galhos que se
acumulam na calha. “Nesses casos, podem ser usadas telas ou sistemas anti-
folha para reduzir o risco de entupimento dos condutores. Além disso, a
solução evita a passagem de sujeira nos casos de captação de água para
reúso”, sugere Coelho.

É de suma importância que as calhas estejam sempre livres e desobstruídas. A


falta de limpeza pode causar entupimentos nos coletores e tubos de descida,
reduzindo a capacidade de vazão ou até mesmo impedindo o escoamento.

BOAS PRÁTICAS

A manutenção começa com a retirada de resíduos maiores, como folhas de


árvores. Para isso, o ideal é que sejam utilizadas pá e escada suficientemente
alta que permita alcançar a calha com facilidade.
Após remover manualmente a sujeira mais pesada, o trabalho continua com
uso de mangueiras para retirada dos resíduos remanescentes. Nesse
momento, o jato d’água pode ser utilizado para verificar se existe alguma
obstrução nos tubos de queda. “Caso algum entupimento seja constatado, a
situação é resolvida descendo um peso de areia ensacada pela abertura do
cano”, recomenda Coelho.
Para evitar que obstruções voltem a ocorrer no futuro, podem ser instaladas
telas de arame no interior dos tubos. “Elas são inseridas em cada tubo de
queda e precisam ser suficientemente empurradas até que fiquem firmes”,
explica Coelho. A solução evita que gravetos e outros resíduos entrem no tubo
de queda e o entupam. Durante todo o procedimento, os equipamentos de
segurança, como luvas e linhas de vida, não devem ser menosprezados.

NORMAS PARA USO E MANUTENÇÃO

Vida útil – VU – Nos termos da ABNT NBR 15575, vida útil é o período de
tempo em que um edifício e/ou seus sistemas se prestam às atividades para
as quais foram projetados e construídos, com atendimento dos níveis de
desempenho previstos nas normas técnicas, considerando a periodicidade e a
correta execução dos processos de manutenção especificados no respectivo
manual de Uso, Operação e Manutenção (a vida útil não pode ser confundida
com prazo de garantia legal ou contratual).

ABNT NBR 14037:2011 – Diretrizes para elaboração de manuais de uso,


operação e manutenção das edificações

ABNT NBR 5674:2012 – Manutenção de edificações

ABNT NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais

ABNT NBR 16280:2014 – Reforma em edificações

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