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1. INTRODUÇÃO

Na TV Digital os sinais digitais podem ser irradiados por diferentes meios.


Os meios utilizados nos sistemas de TV digital são o meio terrestre, via-satélite e via
cabo.
No meio terrestre, os sinais são transmitidos no ar por ondas de
radiofrequência.
No meio via satélite, os sinais são transmitidos por um satélite e necessitam
de uma antena parabólica específica e um receptor para recepção.
No meio via cabo, os sinais são transmitidos através de uma rede de cabos
convencionais que vão até a casa dos assinantes, que necessitam de receptor para
sua recepção. Esses serviços são oferecidos por operadoras de televisão por
assinatura.
Dependendo do meio utilizado a largura de banda disponível para
transmissão depende de técnicas e considerações de ordem administrativa. As
condições técnicas, em especial a relação sinal-ruído, têm uma variação
considerável entre os sinais provenientes de um satélite de uma rede de cabos e de
um transmissor terrestre onde as condições variam bastante, especialmente no caso
de recepção móvel.
Para uma recepção satélite, a relação sinal-ruído pode ser muito pequena,
mas o sinal dificilmente sofre o efeito de ecos.
Quanto a recepção via cabo, a relação sinal-ruído é muito forte, mas o sinal
pode ser afetado por ecos devido à incompatibilidade de impedância da rede.
No caso da recepção terrestre, as condições são mais difíceis,
especialmente se a recepção móvel com antenas simples é necessária.
Por essas razões as técnicas de modulação têm que ser diferentes, de modo
que possam ser otimizadas para restrições específicas da transmissão do canal e ter
compatibilidade com transmissões analógicas existentes.
Para o satélite a largura do canal é geralmente de 27 a 36 MHz, porque há
necessidade de utilização de frequência modulada para a transmissão de um
programa de TV analógica, devido à baixa relação sinal-ruído descrita
anteriormente.
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Para uma rede de cabos ou terrestre, a largura do canal varia de 6 a 8 MHz,
devido ao uso de AM com uma faixa lateral vestigial (VSB) para vídeo e uma ou
mais portadoras de áudio.
As transmissões digitais precisaram se adequar às transmissões analógicas
com relação à largura do canal.

2. VANTAGENS E DESVANTAGENS DA TRANSMISSÃO ANALÓGICA

2.1 Vantagens

 Têm o poder de definir uma quantidade infinita de informação;


 A densidade dos sinais analógicos é muito mais elevada, em comparação
com os sinais digitais;
 Os sinais analógicos têm um fácil processamento.

2.2 Desvantagens

 Podem sofrer alterações na forma de distorções, interferências e ruídos;


 Garantem uma baixa qualidade no transporte de informação, dado que o
enfraquecimento do sinal se acentua ao longo do espaço percorrido.

3. VANTAGENS E DESVANTAGENS DA TRANSMISSÃO DIGITAL

3.1 Vantagens

 Garante uma maior qualidade no transporte de informação, dado que o


enfraquecimento do sinal ao longo do espaço percorrido é mínimo;
 Praticamente não são afetados pelas distorções, interferências e ruídos.

3.2 Desvantagens
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 Podem sofrer distorções e perdas de informação durante o processo de
digitalização originando assim uma diferença entre o sinal original e aquele
apresentado ao receptor.

4. CODIFICAÇÃO E DECODIFICAÇÃO DE SINAIS ANALÓGICOS

Para digitalizar um sinal analógico, são necessárias no mínimo quatro


etapas: Filtragem anti-aliasing, amostragem, quantização e codificação destes
valores em bits.
Na prática, a amostragem, a quantificação e a codificação podem ser feitas
por um único circuito eletrônico, e não necessariamente nesta ordem, ou até
simultaneamente.
Uma vez que temos o sinal analógico amostrado, em forma de amostras ou
pulsos PAM, ainda analógicos, precisamos quantificar esta infinidade de valores
possíveis em outros que possam ser representados por uma quantidade finita de
bits, para obter um sinal digital. Esta conversão é feita por um circuito chamado
conversor analógico-digital A/D ou ADC.
Os valores quantizados precisam ser codificados em sequências de bits,
pois um sinal digital binário só pode ter dois valores diferentes "0" ou "1", onde cada
pulso PAM de amplitude variável é transformado em uma sequência de bits com
amplitude fixa e valores 0 ou 1, com um código tal que representa o valor do pulso
PAM original, arredondado pelo erro de quantização.
PCM significa modulação de pulsos por código, pois agora os pulsos são os
bits 0 ou 1, com amplitude fixa, posição fixa determinada pelo relógio, duração ou
largura fixa. O que é modulado agora é a combinação dos bits 0 e 1, usando um
código pré-estabelecido, que pode ser, por exemplo, binário puro com ou sem off-
set, sinal-magnitude, sinal-complemento de 2, etc. O código depende de uma série
de fatores como por exemplo como o sinal digital vai ser transmitido, ou
armazenado.
PPM (Pulse Position Modulation) e PWM (Pulse Width Modulation, em
português a sigla é PDM) são formas analógicas de transformar a amplitude do
pulso PAM em sinais de amplitude sempre fixa. Em PPM o valor do nível modula
analogicamente a posição relativa do pulso em relação ao relógio. Em PDM o valor
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do nível modula analogicamente a duração de um pulso cuja posição é fixa em
relação ao relógio em PWM.
Em PCM para telefonia, se usa uma notação com sinal-magnitude com 8
bits.
O eixo de tensão não é deslocado como, são quantizados 127 valores
positivos e 127 valores negativos, ou magnitude do sinal, com 7 bits. O oitavo bit
indica o sinal, 1 = positivo e 0 = negativo.
Em telefonia, ainda ocorrem outras codificações, como inversão de todos os
bits da magnitude (Lei µ), ou inversão dos bits pares da magnitude (Lei A).
A tabela seguinte ilustra estas duas formas de codificação PCM para
telefonia a 64 kbits por segundo:

Valor decimal Sinal-magnitude Lei µ Lei A


+127 11111111 10000000 10101010
+96 11100000 10011111 10110101
+64 11000000 10111111 10010101
+32 10100000 11011111 11110101
+0 10000000 11111111 11010101
-0 00000000 01111111 01010101
-32 00100000 01011111 01110101
-64 01000000 00111111 00010101
-96 01100000 00011111 00110101
-126 01111110 00000001 00101011
-127 01111111 00000000 00101010
Tabela 1 - Codificação PCM para telefonia.

A figura seguinte mostra o conteúdo Hexadecimal e ASCII de um pequeno


arquivo *.wav:
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Figura 1 - Hexadecimal e ASCII de um arquivo *.wav.

Observe o cabeçalho padrão de 44 bytes, que contém uma série de


informações, como formato, quantidade de amostras, etc. Após o cabeçalho, estão
as amostras quantizadas, byte a byte. Como se trata de um arquivo no formato PCM
de 8 bits, 128 equivale a um nível de tensão do sinal igual a zero.
Um arquivo de som digital PCM no formato *.WAV de 16 bits usa codificação
em sinal-complemento de 2.
Valores positivos são codificados de 0000h=0 até 7FFFh=+32767 e valores
negativos são codificados de FFFFh=-1 até 8001h=-32767. O zero é codificado
0000H=0.
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Figura 2 - Representação da codificação.

Figura 3 - Parte inicial de um arquivo *.WAV de 16 bits.

Observe que agora cada amostra ocupa dois bytes, e é usada a notação
sinal-complemento de 2, onde o bit mais significativo representa o sinal: 0 = positivo
e 1 = negativo. A magnitude de um número negativo é obtida invertendo-se os bits
todos e somando-se 1.
A reconstituição correta do sinal analógico, a partir do sinal digital, é feita em
duas etapas: Decodificação e filtragem.
A decodificação e conversão D/A é feita por um conversor digital-analógico
DAC, que transforma cada grupo de n bits de em um pulso PAM com nível analógico
igual ao valor quantizado.
A frequência fundamental dos pulsos PAM, que é a frequência de
amostragem deve ser igual ao dobro da banda passante do filtro passa baixo.
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Portanto, o nível de saída do filtro, nos pontos de zero, será exatamente
proporcional ao nível de cada um dos respectivos pulsos de entrada, não
introduzindo nenhum erro nos níveis dos pulsos PAM. Nos intervalos entre os pontos
zero da resposta sen x/x, o sinal de saída do filtro será o somatório de todos os
níveis positivos e negativos das respostas impulsionais presentes nestes intervalos,
reconstituindo exatamente a forma de onda analógica original que está faltando
entre as amostras.
Este é um dos famosos critérios que Nyquist estipulou em 1928, para
transmissão de sinais digitais, e que se aplica também a reconstituição. No caso de
reconstituição de sinal, já que a frequência de amostragem foi definida na geração e
não podemos mais alterá-la, podemos concluir que a frequência de corte do filtro
passa baixo ideal deve ser exatamente igual a metade da frequência de
amostragem, para que os pulsos PAM possam ser transformados em uma onda
analógica continua e sem interferência intersimbólica.
A figura seguinte mostra como um sinal PAM, de amostras descontinuas, é
transformado no sinal analógico original, em branco. Em cores estão cada pulso
PAM e a respectiva resposta impulsional do filtro, para cada pulso tomado
individualmente, sem os outros. A curva branca é a resultante do somatório, a cada
instante, das curvas coloridas.

Figura 4 - Transformação de um sinal PAM.

Na saída do filtro, temos a onda analógica continua original como mostra a


figura a seguir:
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Figura 5 - Saída do filtro.

Como esse filtro não existe na prática, qual é o filtro real que permite o
mesmo resultado? Outra vez, Nyquist já tinha pensado nisso em 1928 quando
deduziu outro dos famosos critérios, o da simetria vestigial, que diz o seguinte:
A adição de uma função de transferência real e de inclinação simétrica em
torno da frequência de corte à função de transferência do filtro passa baixo ideal,
mantém os pontos de cruzamento do eixo zero da resposta impulsional. Estes
pontos definem a condição necessária para transmissão livre de IIS.
Em outras palavras, se o filtro real tiver um roll-off por exemplo em forma de
cosseno levantado, a sua resposta impulsional terá os zeros no mesmo lugar da
curva sen x/x, mas o aspecto da curva será diferente. A figura seguinte mostra um
exemplo de filtro passa baixo com roll-off em forma de cossenoide levantada, que é
a região onde o filtro passa gradativamente de passante para o corte. Esta região é
simétrica em relação ao ponto. Por definição, o roll-off R é igual a R = x/B e pode
variar de zero até 1 ou 100% quando x = B.
Neste caso, o filtro só corta mesmo em f = 2f o = 2B. Similarmente, o roll-off
também se aplica a filtros passa faixa.
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Figura 6 - Respostas do filtro passa baixo para roll-off de 0, 0,5 e 1.

5. PRINCIPAIS TIPOS DE MODULAÇÃO DE SINAIS DIGITAIS

5.1 Modulação por Chaveamento de Amplitude ASK

A modulação ASK (Amplitude Shift Keying) consiste na modificação do nível


de amplitude da onda portadora em função do sinal digital de entrada a ser
transmitido. O sinal modulante assume um dos dois níveis discretos da fonte de
informação. As principais características dessa modulação são: facilidade de
modulação e demodulação, pequena largura de faixa e baixa imunidade a ruídos.
Por possuir essas características ela é indicada nas situações em que exista pouco
ruído para interferir na recepção do sinal ou quando o custo baixo é essencial.
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Figura 7 - Modulação ASK.

5.2 Modulação por Chaveamento de Frequência FSK

A modulação FSK (Frequency Shift Keying) consiste na variação da


frequência da onda portadora em função do sinal digital a ser transmitido. A
amplitude da onda portadora é constante durante o processo de modulação e a
onda resultante varia a sua frequência conforme os níveis lógicos do sinal
modulante. A principal característica dessa modulação é a boa imunidade a ruídos,
mas necessita de uma maior largura de banda.

Figura 8 - Modulação FSK.

5.3 Modulação por Chaveamento de Fase PSK

A modulação PSK (Phase Shift Keying) consiste na variação da fase da


onda portadora em função do sinal digital a ser transmitido. Quando ocorre uma
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mudança de nível lógico do sinal a ser transmitido há uma mudança na fase da onda
portadora para indicar a mudança do nível lógico do sinal a ser transmitido. Essa
modulação é a que apresenta melhor imunidade a ruídos e um significativo aumento
da velocidade de transmissão.

Figura 9 - Modulação PSK.

6. EVOLUÇÃO DA TRANSMISSÃO DIGITAL EM TELEFONIA CELULAR

6.1 Sistemas de Primeira Geração (1G)

Nos sistemas de primeira geração, destacam-se três padrões: americano,


europeu e japonês. Cada padrão possuía suas particularidades conforme é visto na
tabela 2, que apresenta a ordem da evolução destes padrões de acordo com o tipo
de acesso, a banda e as técnicas de modulação empregadas.

Faixa de frequência
Padrão Acesso Modulação Faixa/Canal
utilizada
AMPS FDMA 824-894 MHz FM 30 kHz
NAMPS FDMA 824-894 MHz FM 10 kHz
CDPD FH/Packet 824-894 MHz GMSK 30 kHz
NMT-450 FDMA 450-470 MHz FM 25 kHz
E-TACS FDMA 900 MHz FM 25 kHz
C-450 FDMA 450-465 MHz FM 20/10 kHz
NMT-900 FDMA 890-960 MHz FM 12,5 kHz
NTT FDMA 400/800 MHz FM 25 kHz
JTACS FDMA 860-925 MHz FM 25 kHz
NTACS FDMA 843-925 MHz FM 12,5 kHz
Tabela 2 - Sistemas móveis celulares utilizados na América, Europa e Japão na primeira geração.

6.2 Sistemas de Segunda Geração (2G)


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A segunda geração foi marca pelas tecnologias CDMA e GSM, com
evoluções para GPRS e EDGE. A tabela 3 mostra as características de cada uma
das tecnologias de acordo com a banda ocupada no Brasil, tempo de latência na
transmissão, taxa de dados e técnica de acesso.

Taxa de Taxa de
Faixa de dados dados Taxa de Tempo
Tecnologia frequência Acesso máxima máxima dados média Canalização de
utilizada teórica teórica teórica latência
(Downlink) (Uplink)
850- 900 e
GSM 1700-1800 TDMA 14,4 kpbs ----- 10-40 kbits/s 0,2 MHz 500 ms
MHz
1700-1800
GPRS TDMA 171,2 kpbs ----- 40-50 kbits/s 0,2 MHz 500 ms
MHz
1700-1800 100-130 kbits/
EDGE TDMA 473,6 kpbs 473,6 kbps 0,2 MHz 300 ms
MHz s
824-849
CDMA IS-
MHz e 869- CDMA ------ ------- 153 kbps 1,25 MHz -----
95 B
894 MHz
CDMA 450MHz,
CDMA 144 kpbs 153 kpbs ----- 1,25 MHz ------
2000 850 MHz
Tabela 3 - Sistemas móveis 2G.

6.3 Sistemas de Terceira Geração (3G)

A terceira geração proporcionou maiores taxas teóricas no uplink e downlink


e quatro tecnologias se destacam, conforme é observado na tabela 4, constando
banda, técnica de acesso, taxa de dados, canalização e tempo de latência na
transmissão.

Taxa de Taxa de
Faixa de dados dados Taxa de Tempo
Tecnologia frequência Acesso máxima máxima dados média Canalização de
utilizada teórica teórica teórica latência
(Downlink) (Uplink)
1700-1800
WCDMA(U MHz e 128-384 kbits/
CDMA 2 Mbps 474 kbps 5 MHz 250 ms
MTS) 1900-2100 s
MHz
1900-2100 5,76
HSPA CDMA 7,2/14,4 kpbs 1-10 Mbps 5 MHz 70 ms
MHz Mbps
1900-2100 7,2/11,5
HSPA+ CDMA 21/42 Mbps ----- 5 MHz 30 ms
MHz Mbps
1700-1800
LTE OFDMA 100 Mbps 50 Mbps ------ 20 MHz 10 ms
MHz
CDMA 1x
800 MHz CDMA ----- ----- 2400 kbps 1,25 MHz -----
EV-DO
CDMA 1x
800 MHz CDMA ------ ----- 2400 kbps 1,25 MHz ------
EV-DV
Tabela 4 - Sistemas móveis 3G.
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6.4 Quarta Geração (4G)

A quarta geração é marcada pela tecnologia LTE Advanced que aumentou a


canalização em 20 vezes em relação a da geração anterior, portanto, nessa
tecnologia cada canal possui largura de banda de 100 MHz. Além disso, o tempo de
latência diminui para, aproximadamente, 5 ms e a taxas médias teóricas são de 1
Gbps, no caso de downlink, e 0,5 Gbps, no caso de uplink. A taxa real alcançada é
de 200 Mbps no Brasil para o uplink. A faixa de frequência utilizada para essa
tecnologia no Brasil compreende a faixa de frequências entre 2,5-2,690 MHz.

6.5 Quinta Geração (5G)

A quinta geração da telefonia móvel não é uma realidade ainda, mas já faz
parte do futuro próximo. Estima-se que seus serviços sejam implementados em
2020. Ela surge com o aumento da demanda por conectividade e com a premissa de
alcançar taxas maiores que as alcançadas na tecnologia anterior, sendo possível
alcançar taxas reais superiores a 200 Mbps e teóricas acima de 1,5 Gbps. Por se
tratar de uma geração ainda em estudo, não existem faixas de frequências e
canalização definidas. A ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações) ainda
está realizando os estudos para disponibilizar as faixas do 5G no Brasil. Ao redor do
mundo algumas frequências são testadas, de acordo com a tabela 5.

Faixa de frequência abaixo de Faixa de frequência acima de 6


País/Bloco
6 GHz GHz
União Europeia 3,4 - 3,8 GHz 24,25 - 27,25 GHz
China 3,3 - 3,6 GHz/4,8 - 4,99 GHz 14/ 24,25 - 27,5/ 38 - 43,5 GHz
Japão 3,6 - 4,2 GHz/4,4 - 4,9 GHz 27,5 - 28,28 GHz
Coréia do Sul 3,4 - 3,8 GHz 26,5 - 29,5 GHz
Estados Unidos 3,1 - 3,55 GHz; 3,7 - 4,2 GHz 27,5 - 28,35 GHz/37 - 40 GHz
Tabela 5 - Faixas de frequências em estudo para o 5G.

As três técnicas que vêm sendo mais cogitadas para o 5G no mundo são a
OFDM, a Filter Bank Multicarrier (FBMC) e a Generalized Frequency Division
Multiplexing (GFDM). A OFDM é uma técnica de modulação ideal para sistemas que
necessitam de altas taxas de transmissão, alta eficiência espectral e que sejam
eficientes em condições de multipercussão. Já a FBMC supera a eficiência espectral
da OFDM, mas a sua complexidade computacional é muito maior, o que faz com
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que a OFDM seja um dos principais candidatos como técnicas de multiplexação,
modulação e demodulação para o 5G.
O objetivo desta pesquisa é desenvolver e propor um esquema de
modulação/demodulação OFDM, para aplicações de redes de acesso de quinta
geração e para uso nas estações rádio base.

7. CONCLUSÃO

As técnicas de modulação buscam, atualmente, aumentar cada vez mais as


taxas de transmissão, utilizando uma menor banda de frequência e com uma maior
segurança, para que não ocorra perda de informação durante a transmissão. Cada
técnica de modulação tem uma performance diferente de transmissão apresentando
boas performances em determinados parâmetros em detrimento de perdas de per-
formance em outros parâmetros.
Por exemplo, normalmente, aquelas técnicas de modulação que permitem
maiores taxas de transmissão utilizam uma maior banda de frequência, como no
caso da modulação OFDM que utiliza diversas portadoras, ou então proporcionam
menos segurança para a informação, pois apresentam uma constelação com símbo-
los muito próximos entre si, com uma distância euclidiana muito pequena, o que au-
menta as possibilidades de erro de interpretação destes símbolos no receptor.
Portanto, cada sistema de transmissão utiliza técnicas de modulações que
apresentem melhores performances naqueles quesitos que são mais importantes
para ele. No caso dos sistemas de transição cujo meio de propagação é o ar, é ne-
cessário, por exemplo, utilizar-se uma técnica de modulação que apresente boa per-
formance com relação a múltiplos percursos, que proporcione proteção à informação
contra a escuta de pessoas não autorizadas, que tenha boa imunidade a ruido entre
outras coisas. Por isso, é comum utilizar-se a modulação OFDM que atualmente
apresenta melhores resultados nos quesitos acima.
Já no caso dos sistemas de transmissão com fio, os parâmetros de maior
importância são outros e dependem também do tipo de informação que é mais fre-
quentemente transmitido neste sistema. Para o caso de transmissão de voz, são ad-
mitidas maiores perdas de informação sem que haja uma queda considerável de
qualidade de serviço do que no caso de transmissão de imagem, por exemplo.
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Portanto, devido à enorme variedade de tipos de modulação, atualmente
existem modulações adequadas para qualquer tipo de serviço que se deseja propor-
cionar. É apenas necessário que se faça uma análise adequada de cada uma delas,
para que se possa escolher aquela que proporciona melhores resultados para o ser-
viço em questão.

8. BIBLIOGRAFIA

ENGEVISTA. Evolução da tecnologia de telefonia móvel e estudo e


caracterização de um sistema móvel 5G de quinta geração. Disponível em:
<http://www.uff.br/engevista/seer/>. Acesso em: 08 de set. de 2021.

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<http://esmf.drealentejo.pt/pgescola/silvia9/html/codmod.htm>. Acesso em: 08 de
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<https://www.qsl.net/py4zbz/teoria/quantiz.htm>. Acesso em: 08 de set. de 2021.

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entenda-evolucao-internet-movel.htm>. Acesso em: 02 de set. de 2021.

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<https://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialtvdconsis2/pagina_4.asp>. Acesso em: 02
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<https://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialintlte/pagina_2.asp < >. Acesso em: 08 de
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<https://www.decom.fee.unicamp.br/~celso/mac/moddig.pdf>. Acesso em: 02 de set.
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