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Material teórico
Positivismo, Marxismo e Sociologia Compreensiva
Revisão Textual:
Profa. Dra. Eliana Pantoja
Positivismo, Marxismo e Sociologia Compreensiva
• Comte e o Positivismo
• O Marxismo
Atenção
Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar
as atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma.
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Unidade: Positivismo, Marxismo e Sociologia Compreensiva
Contextualização
O “Marxismo”, não só uma das mais expressivas correntes teóricas dentro das Ciências
Humanas, não apenas da Sociologia; mas indubitavelmente da mais significativa força política
que ascendeu da nova ordem industrial da primeira para a segunda metade do século XIX,
configurando-se no século seguinte como um riquíssimo e criativo campo de debates sobre os
mais variados aspectos da vida social.
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O POSITIVISMO E OS PRIMEIROS MOVIMENTOS SOCIOLÓGICOS
Podemos dizer que o positivismo foi, enquanto teoria que propôs uma ciência da
sociedade fundada a partir de um modelo científico natural, fruto do movimento iluminista,
mesmo frente ao fato de seu principal formulador, Auguste Comte, vê-lo como reação às
ideias revolucionárias do Iluminismo.
O primeiro a utilizar o termo positivo ao tratar dessa nova ciência, ao propor uma
ciência positiva, foi Saint-Simon (1760-1825), discípulo direto de Condorcet do qual
apreendeu parte de suas principais ideias. Saint-Simon buscou inspiração em outra ciência
natural que se destacava no período, a biologia; por sua vez, sua ciência da sociedade teria
por modelo a fisiologia, uma espécie de fisiologia social.
A idéia de que a ciência e a razão seriam capazes de captar a dinâmica das sociedades
e de que existiriam leis naturais regulando seu desenvolvimento vai ganhando força durante o
século XVIII e, aos poucos, minando os antigos princípios de autoridade oriundos da tradição
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Unidade: Positivismo, Marxismo e Sociologia Compreensiva
COMTE E O POSITIVISMO
3. Assim como as ciências da natureza são ciências objetivas, neutras, livres de juízos de
valor, também as ciências da sociedade devem funcionar segundo este modelo de
objetividade científica.
Ao estudar a história da humanidade para compreender melhor as leis que regulam seu
desenvolvimento, Comte, herdeiro das idéias de Condorcet de que a humanidade está em
permanente desenvolvimento ou evolução, formulou o que chama de lei fundamental,
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Unidade: Positivismo, Marxismo e Sociologia Compreensiva
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URKHEIM: FATOS SOCIAIS, SOLIDARIEDADE E COESÃO
Mesmo com o reconhecimento devido a Comte por sua contribuição para a instituição
da Sociologia enquanto ciência, foi sem dúvida Émile Durkheim (1858-1917) um dos
pensadores que mais contribuiu para a consolidação da Sociologia como ciência empírica e
para sua instauração no meio acadêmico, tornando-se o primeiro professor universitário dessa
disciplina. Ele é referência metodológica obrigatória de boa parte da literatura positivista na
área das ciências sociais.
A Sociologia pode ser definida, segundo Durkheim, como a ciência das instituições, da
sua gênese e do seu funcionamento. Na fase positivista que marca o início de sua produção,
considera que, para tornar-se uma ciência autônoma, essa esfera do conhecimento precisava
delimitar seu objeto próprio, os fatos sociais e o método adequado a sua observação.
• Definir previamente tais fatos pelos caracteres exteriores que lhes são comuns
Fatos sociais compreendem “toda maneira de agir fixa ou não, suscetível de exercer
sobre o indivíduo uma coerção exterior; ou então ainda, que é geral na extensão de uma
sociedade dada, apresentando uma existência própria, independente das manifestações
individuais que possa ter”,(DURKHEIM, 1971, p. 11).
Alguns aspectos permitem caracterizar um fato social. Primeiro, são “maneiras de agir,
de pensar e de sentir que apresentam a propriedade marcante de existir fora das consciências
individuais” (DURKHEIM, 1971, p. 2), ou seja, são exteriores ao indivíduo, definidos fora dele
e independentes de sua existência, têm por substrato a sociedade, são práticas, crenças e
modos de agir que existem antes do indivíduo nascer e continuarão a existir após sua morte.
Não há dúvida de que esta coerção não se faz sentir, ou é muito pouco sentida quando com
ela me conformo de bom grado, pois então torna-se inútil” (DURKHEIM,1971, p.2). Fatos
sociais, portanto, se impõem aos membros da sociedade, sendo a coerção maior ou menor
conforme a resistência que se opõe aos mesmos.
Assim, pois, o fato social é algo dotado de vida própria, externo aos membros da
sociedade e que exerce sobre seus corações e mentes uma autoridade que os leva a agir, a
pensar e a sentir de determinadas maneiras. É por isto que o “reino social” está sujeito a leis
específicas e necessita de um método próprio para ser conhecido, diferentemente do que
acontece no “reino psicológico” que pode ser entendido por meio da introspecção.
Segundo Durkheim, todos possuem duas consciências: uma individual, que é única a
cada indivíduo e lhe coloca problemas de ordem individual; outra coletiva ou comum,
caracterizada como um conjunto de idéias, sentimentos e hábitos que exprimem em cada
indivíduo o grupo do qual faz parte.
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O MARXISMO
Pode-se dizer que no final da primeira metade do séc. XIX, particularmente no ano de
1848 com a publicação do “Manifesto do Partido Comunista”, dos alemães Karl Marx (1818-
1883) e Friedrich Engels (1820-1895), tenha se desenvolvido o que posteriormente seria
nominado como marxismo.
Nesta segunda fase, Marx resolveu um antigo problema na cisão entre idealistas (que
pensavam modelos ideais de sociedade, por exemplo), e materialistas (alicerçados nas
condições materiais de transformação das sociedades), propondo aquilo que definiu como
práxis: a ação transformadora da realidade, rumo à concretização da idealidade. Obviamente,
o ideal vicejado por Marx só se constituiria, em sua teoria, diante das possibilidades materiais
de tornar-se real.
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Unidade: Positivismo, Marxismo e Sociologia Compreensiva
Com base nisso, Marx, nesta fase, centrou seus esforços na crítica política ao modelo
de sociedade vigente ao seu tempo, perscrutando suas raízes mais longínquas na História da
humanidade para defender um modelo de sociedade que superaria os antagonismos de suas
precedentes, levando o Homem ao desenvolvimento máximo de suas potencialidades.
MATERIALISMO ECONÔMICO
Para Marx, a base econômica seria determinante para o desenvolvimento das
sociedades.
Sua visão contrapôs-se à de Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831, foi professor
e reitor da Universidade de Berlim, onde Marx estudou), para quem “as idéias determinam
todas as condições da sociedade”; para Marx e Engels “a economia determina inclusive as
idéias”, sendo assim, para o marxismo “a economia molda a sociedade”.
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Segundo esta visão, a estrutura econômica exerceria um papel determinante no processo de
transformação das sociedades humanas. Dela adviriam mudanças no cotidiano dessas sociedades,
moldando seus aspectos político-ideológicos e culturais, pois se constituiria fundamentalmente das
próprias formas de relação de produção que as regeriam.
MATERIALISMO HISTÓRICO
Para Marx, as sociedades, ao longo da História, também estariam em perene
transformação, conforme vimos, determinadas pelas mudanças em sua base econômica.
Essas transformações se dariam por meio de uma marcha triática, ou seja, a partir de
três elementos: tese, antítese e síntese. Essa formulação advém de uma re-apropriação que
Marx fez da dialética proposta por Hegel, daí dizer-se: da dialética hegeliana.
O movimento se daria da seguinte forma: tudo o que existe na natureza constitui tese;
porque tudo está em movimento (como vimos), tudo o que existe em natureza se transforma,
em especial, em direção ao seu oposto (exemplo: a madeira se transforma naturalmente de
forma a deixar de ser madeira, quando começa a se decompor), a esse contrário, que nega a
tese, chamamos de antítese (anti+tese); o choque da tese com seu contrário (ou suas
contradições, como no exemplo dado, de a madeira naturalmente se decompor), teria como
resultado a síntese, ou seja, algo novo (uma matéria nova, no exemplo dado, produto da
decomposição da madeira).
Essa mesma lógica verifica-se, segundo Marx, na mudança das sociedades, que
também se decompõem e se transformam em algo novo. Essas transformações seriam
determinadas, como vimos, pela base econômica. Sendo assim, uma base econômica
determinada, como o capitalismo, por exemplo (ao tempo de Marx, que era o tempo da
industrialização), seria a tese dessa sociedade: o chamado modo de produção capitalista. Seus
antagonismos ou contradições, ou seja, sua antítese, seriam exatamente as condições de
penúria e extrema exploração vivida pelo proletariado, a classe trabalhadora nas fábricas. No
momento em que o proletariado não suportasse mais sua condição de exploração e se
voltasse contra o explorador - a burguesia -, ocorreria o choque que produziria um novo
modo de produção, ou seja, a síntese.
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Unidade: Positivismo, Marxismo e Sociologia Compreensiva
REVOLUÇÃO SOCIAL
A luta de classes encontra expressão máxima na forma da revolução social, que então
cria a nova ordem de produção, síntese do velho e do novo.
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Trata-se da síntese dialética que vimos em Hegel e depois em Marx: a nova ordem já
trás em si o germe de sua ruína, suas contradições internas que provocarão a antítese, que em
choque com a tese gerariam a síntese (o novo).
A história da humanidade seria então a história da luta de classes, e a luta de classes
dependeria por sua vez da consciência de classe. Sendo assim, compreende-se porque para
Marx “a violência é a parteira das novas sociedades”.
A revolução como expressão da luta de classes, dada pelas contradições do
CAPITALISMO (expressão máxima da exploração a que teriam chegado as relações entre
proprietários dos meios de produção e proprietários de sua força de trabalho), levaria ao
SOCIALISMO (propriedade dos meios de produção centradas no Estado), fase transitória para
o COMUNISMO (ausência de propriedade privada dos meios de produção e, com isso,
ausência de relações de exploração).
ESTRUTURA SOCIAL
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METODOLOGIA WEBERIANA
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Material Complementar
Positivismo
ARON, Raymond. As etapas do pensamento sociológico. São Paulo: Martins Fontes,
2002.
COMTE, Auguste. Discurso sobre o espírito positivo. São Paulo: Martins Fontes, 1990.
RIBEIRO, João. O que é positivismo. São Paulo: Brasiliense, 1996.
LINS, Ivan. História do positivismo no Brasil. São Paulo: Companhia Editora Nacional,
1967.
Marxismo
A teoria marxista
http://www.youtube.com/watch?v=bjIuO1EMR7E&feature=related
Alienação
http://www.youtube.com/watch?v=n2vFecjCNWs&feature=related
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Weber
Para conhecer a biografia de Weber acesse o site:
http://www.culturabrasil.pro.br/weber.htm
http://www.revistas2.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/45/42
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-
93131996000200004&script=sci_arttext&tlng=en
Assista ao vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=hSHsMEpNyHU
http://www.youtube.com/watch?v=BYp6uZpdP3Q&feature=related
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Unidade: Positivismo, Marxismo e Sociologia Compreensiva
Referências
COMTE, Auguste. Curso de filosofia positiva. São Paulo: Nova Cultural, 1991. Coleção
Os Pensadores.
__________. Sociologia. São Paulo: Ática, 1989. Coleção Grandes Cientistas Sociais,
Evaristo de Moraes Filho (Org.).
COSTA, Cristina. Sociologia: introdução à ciência da sociedade, 2.ed. São Paulo: Moderna,
1998.
DURKHEIM, Émile. Sociologia. São Paulo: Ática, 2003. Coleção Grandes Cientistas Sociais,
José Albertino Rodrigues (Org.).
__________. Da divisão do trabalho social. São Paulo: Nova Cultural, 1983. Coleção Os
Pensadores.
LÖWY, Michael. Ideologias e ciência social: elementos para uma análise marxista. São
Paulo: Cortez, 1985.
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Anotações
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