ISSN: 2447-2301
ORIGINAL / ORIGINAL ARTICLE / ORIGINALE
Solution of the elastic line by the euler method in comparison
Solução da linha elástica pelo método de euler em comparação com a forma analítica
Solución de la línea elástica por el método de euler en comparación con la forma analítica
Descriptors
Deflection. Moment-curvature.
Numerical methods. Euler. Elastic
line.
Descritores
Deflexão. Momento-curvatura.
Métodos numéricos. Euler. Linha
elástica.
Descriptores
Deflexión. Momento-curvatura.
Métodos numéricos. Euler, línea
elástica.
Sources of funding: No
Conflict of interest: No
Date of first submission: 2017-10-20
Accepted: 2017-11-05
Publishing: 2017-12-28
Corresponding Address
Ana Cristina Ferreira de Magalhães
Faculdade de Ciências e Tecnologia
do Maranhão
Acadêmica do Curso de Engenharia
Civil
Rua Francisco Alves Lisbino, 1126.
Bairro São Sebastião
CEP 65400-000 - Codó (MA), Brazil
Mobile Phone: (99) 98171-7097
Portuguese
ReonFacema. 2017 Out-Dez; 3(4):676-683.
with the analytical form
Ana Cristina Ferreira de Magalhães¹
Jefferson de Brito Sousa²
ABSTRACT
Objectives: This work aims to investigate and find the values of deflection of structural elements
known as beams that have their moment-curvature equation with known analytical solution for the
presented problem, where from there, numerical solutions will be introduced based on the method of
Euler of first order, as an alternative to solve the problem. Methodology: For this the methodology
counts on the application to defined models of beam, having its values arbitrated and that are in
agreement with the pertinent literatures. Results: The use of this method allowed the calculation of
the deflections by means of iterations and a comparison of the results obtained numerically with the
analytical solutions. Conclusion: In this way we obtained satisfactory results and compatible with the
analytical methods, even if solved by a numerical method, thus proving that the differential equation
of the elastic line can be obtained numerically.
RESUMO
Objetivos: Este trabalho visa investigar e encontrar os valores da deflexão de elementos estruturais
conhecidos como vigas que possuem sua equação de momento-curvatura com solução analítica já
conhecida para o problema apresentado, onde a partir daí, serão introduzidas as soluções numéricas
com base no método de Euler de primeira ordem, como uma alternativa para a resolução do problema.
Metodologia: Para isso a metodologia conta com a aplicação a modelos definidos de viga, tendo seus
valores arbitrados e que estejam de acordo com as literaturas pertinentes. Resultados: A utilização
deste método permitiu calcular as deflexões por meio de iterações e fazer uma comparação dos
resultados obtidos numericamente às soluções analíticas. Conclusão: Desse modo obtivemos resultados
satisfatórios e compatíveis com os métodos analíticos, mesmo sendo resolvidos através de um método
numérico, provando assim que a equação diferencial da linha elástica pode ser obtida numericamente.
RESUMEN
Objetivos: Este trabajo busca investigar y encontrar los valores de la deflexión de elementos
estructurales conocidos como vigas que poseen su ecuación de momento-curvatura con solución
analítica ya conocida para el problema presentado, donde a partir de ahí se introducirán las soluciones
numéricas con base en el método de Euler de primer orden, como una alternativa para la resolución
del problema. Metodología: Para ello la metodología cuenta con la aplicación a modelos definidos de
viga, teniendo sus valores arbitrados y que estén de acuerdo con las literaturas pertinentes.
Resultados: La utilización de este método permitió calcular las deflexiones por medio de iteraciones y
hacer una comparación de los resultados obtenidos numéricamente a las soluciones analíticas.
Conclusión: De este modo obtuvimos resultados satisfactorios y compatibles con los métodos analíticos,
aunque se resolvieron a través de un método numérico, probando así que la ecuación diferencial de la
línea elástica puede obtenerse numericamente.
¹Acadêmica do Curso de Engenharia Civil. Faculdade de Ciências e Tecnologia do Maranhão – Facema.
Caxias, Maranhão – Brasil. E-mail: criis1ferreira@gmail.com
²Mestre em Matemática- UFPI. Faculdade de Ciências e Tecnologia do Maranhão – Facema. Caxias,
Maranhão – Brasil. E-mail: jeffersonbrito2@gmail.com
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INTRODUÇÃO de um método numérico e parte de uma produção

científica voluntária.

As Estruturas são sistemas físicos constituídos

de componentes interligados e deformáveis, capazes REFERENCIAL TEÓRICO
de receber e transmitir esforços (SORIANO, 2013). De
acordo com Botelho (2015) o ramo da engenharia civil A análise estrutural desempenha um papel

que se dedica ao estudo estático ou dinâmico das importante no desenvolvimento do projeto de

estruturas é conhecido como cálculo estrutural, o estruturas tendo como fundamento a concepção do

estudo da análise estrutural dentro da engenharia está modelo estrutural a ser adotado (BOTELHO, 2015). Ao

relacionado à estática das estruturas e ao equilíbrio se conceber uma estrutura devem ser levados em

estrutural que garantem a estabilidade desta. consideração as propriedades físicas e mecânicas dos

Assim os profissionais de engenharia e materiais, bem como critérios de resistência à tração

arquitetura preocupam-se em projetar uma estrutura e à compressão e ainda sua flexão quando submetida

utilizando cálculos de tensões, em que os elementos a um carregamento (BEER, 2008).

estruturais estejam submetidos, estes podem ocorrer A deflexão é um efeito de deslocamento

a partir do peso próprio do edifício ou de cargas causado por um carregamento aplicado a um elemento

móveis, tais como pessoas, veículos e eventuais efeitos estrutural, conhecido por viga, que tende a deformá-

naturais (vento, chuvas, etc) com o objetivo de prever la sem que esta atinja os seus estados limites, são eles

o seu comportamento sob condições de cargas o estado limite último (ELU) e estado limite de serviço

específicas (BEER, 2008). Desse modo a análise (ELS).

estrutural desempenha um importante papel no

desenvolvimento de projetos de estruturas em geral. Figura 1: Viga entrando em colapso

Segundo Craig (2003) conhecer a deflexão de

um elemento estrutural conhecido como viga pode
prever o comportamento que a estrutura assume após
a aplicação de carga ao longo de seu comprimento. O
carregamento aplicado a uma viga leva à sua deflexão,
esta provoca um ligeiro deslocamento do eixo
longitudinal da peça gerando uma curvatura, chamada
de curva de deflexão.
Por se tratar de uma equação diferencial a
As vigas são elementos estruturais lineares
equação da deflexão foi adotada como objeto de
que podem ser expostas a diferentes tipos de
estudo para a pesquisa, ratificando que o problema
estresse. De acordo com Botelho (2015) esse estresse
pode ser analisado sob a perspectiva dos métodos
pode vir a causar uma pequena deformação na viga,
numéricos, tendo como com base o método de Euler
conhecida como deflexão, que se trata da flexão ou
de primeira ordem. Desse modo, poderá se perceber
torção dos membros estruturais devido ao peso próprio
que a aplicação do método de Euler em conjunto com
e/ou a carregamentos externos a que a viga esteja
as tentativas realizadas nos modelos de viga escolhidos
submetida. O esboço dessa deflexão é chamado de
apresenta resultados condizentes e satisfatórios ao
linha neutra e se trata de uma previsão do
problema da deflexão relacionada a linha elástica. O
comportamento de deformação que a viga irá assumir
presente trabalho tem embasamento teórico em
quando solicitada por um carregamento contínuo.
dissertações, teses, monografias, artigos e periódicos
A equação da linha elástica trata-se de uma
que relacionam o estudo da linha elástica à aplicação
equação diferencial de segunda ordem, tornando
possível descobrir a deflexão de cada tipo de estrutura

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usando o momento-fletor de uma dada seção, Raio de curvatura em função do momento-fletor

deduzindo assim, a declividade e deflexão, aplicada
para tal tipo de estrutura de acordo com as condições Depois de definido o esboço da curva de
de contorno impostas. Assim, é possível descobrir as deflexão produzida por um dado carregamento é
inclinações e deflexões máximas, como afirma necessário apresentar a equação da elástica, regida
Beer&Johnston (2008): pelo clássico método de Euler-Bernoulli ou teoria
clássica que considera somente os efeitos do
“O interesse particular da determinação da
momento-fletor, ou teoria clássica (CRAIG, 2003)
máxima deflexão, em uma viga sujeita a um
determinado carregamento está no fato de conforme segue:
que, geralmente, as especificações do 𝐸𝐼
projeto de uma viga incluem um valor máximo 𝑀=
𝜌
admissível para esta deflexão.”
Eq.01
De acordo com Craig (2003) a curva de
deflexão da maioria das vigas e colunas possuem Desse modo 𝑀 se trata do momento-fletor
valores de deformações e ângulo de inclinação atuante naquela seção, 𝜌 será o raio de curvatura, 𝐸 é
demasiadamente pequenos. Esta curva pode ser o módulo de elasticidade do material constituinte ou
representada por uma função 𝑣(𝑥) que mede o módulo de Young, e 𝐼 é o momento de inércia da seção
deslocamento da linha elástica ao longo do eixo da transversal em relação a linha neutra que passa pelo
viga, como por exemplo para uma viga engastada com centroide da peça. Por se tratar de uma viga
carregamento na extremidade, conforme ilustra Gere prismática sujeita a flexão pura esta atua dentro de
(2003). regime elástico onde é válida a lei de Hooke 𝜀 = 𝜎/𝐸,
ou seja, as deformações sofridas são proporcionais as
tensões a que são submetidas conforme Hibbeler
(2010).
1 𝑀
𝑘 = =
𝜌 𝐸𝐼
Eq.02

Figura 2: Curva de deflexão de uma viga engastada Assim, vigas com pequenos ângulos de rotação
Antes de determinar-se a inclinação ou podem ser representadas segundo Beer&Johnston
declividade, bem como o deslocamento em um ponto (2013) na equação apresentada anteriormente, onde 𝑘
de uma viga (ou eixo) é necessário que se faça um é inversamente proporcional ao raio de curvatura 𝜌 .
esboço da forma defletida da viga com seu O ângulo de inclinação ou declividade relaciona-se à
carregamento, para se obter uma visualização dos forma defletida da viga, por meio da primeira derivada
resultados calculados. do momento-fletor.
O conhecimento do comportamento da viga
em determinados pontos permite delinear algumas
considerações gerais a respeito da deformação sofrida
pela viga quando submetida a um carregamento. Para
a análise da deflexão faz-se uso da seguinte expressão:
𝐸(𝑥)𝐼(𝑥)
𝑀(𝑥) = 𝜌(𝑥)
Eq.03
Figura 3: Esboço da declividade e ângulo de rotação -
Gere, 2003

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Métodos no problema
A equação diferencial da linha elástica tal
como é conhecida se define como uma EDO segunda
ordem linearizada, onde 𝑣 refere-se ao deslocamento
sofrido por uma viga em um determinado ponto 𝑥 de
sua seção, onde 𝑀 é o momento-fletor que atua ao
longo da viga, e 𝐸𝐼 é o módulo de rigidez à flexão
𝑀 𝑑 2𝑣
= Eq.04
𝐸𝐼 𝑑𝑥²
𝑑𝑣
Temos que a derivada primeira se trata da
𝑑𝑥
inclinação ou declividade sofrida pela viga ao longo do
eixo; 𝑣 é o deslocamento sofrido pela viga devido ao
carregamento a que foi submetida, sendo esta a
variável dependente da equação; 𝑥 representa os
pontos ao longo da seção da viga, sendo esta a variável
independente da equação.
A solução da supracitada equação nos fornece
𝑑𝑣
as funções da inclinação (𝑑𝑥) e da deflexão (𝑣) ao longo
da seção da viga. Por isso a aplicação dos métodos
numéricos torna-se uma ferramenta útil e viável para
se encontrarem soluções aproximadas do problema,
conforme BARROSO (1997) os métodos numéricos são a
saída para se encontrar uma solução aproximada de
uma EDO. De acordo com a problemática abordada
BURDEN&FAIRES (2011, p.240) citam que:
“as equações diferenciais são utilizadas
para modelar problemas em ciências e
engenharia que envolvam a alteração de
algumas variáveis com relação à outra. A
maioria destes problemas requer a solução
de um problema de valor inicial, isto é, a
solução de uma equação diferencial que
satisfaça determinada condição inicial”.
Na análise da EDO serão necessários que se
estabeleçam antes de tudo as condições iniciais
adotadas para a equação da deflexão, sendo estas
satisfeitas, podemos obter uma solução aproximada da
equação. Desta forma estas condições se referem a
valores assumidos por x classificando-o como um
problema de valor inicial (PVI), caso contrário tem-se
um problema de valor de contorno (PVC).
Para isso temos o primeiro método adotado,
de Euler, cujo principal objetivo consiste na obtenção
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de uma aproximação para solucionar um problema que
envolva a deflexão com valor inicial bem-posto, para
isso temos uma equação dada por:
𝑑𝑦
= 𝑓(𝑡, 𝑦) Eq.05
𝑑𝑡
O intervalo de análise do problema
situação 𝑎 ≥ 𝑡 ≥ 𝑏, para o problema adotado temos
que o intervalo de análise é o vão a ser vencido pela
viga. Enquanto que 𝑦(𝑎) = 𝛼 se trata da condição
inicial dada, por exemplo, a refere-se ao ponto que se
deseja conhecer, 𝑦(𝑎) refere-se ao valor da deflexão
a ser encontrada.
O Método de Euler baseia-se na série de
Taylor com um truncamento, limitando-se à primeira
derivada. Onde ℎ é o tamanho do passo, dado por
(
𝑏−𝑎
); enquanto que 𝑦′(𝑥𝑛 , 𝑦𝑛 ) é derivada da função
𝑛
nos pontos conhecidos 𝑥𝑛 , 𝑦𝑛 .
𝑦𝑛+1 = 𝑦𝑛 + ℎ ∗ 𝑦′(𝑥𝑛 , 𝑦𝑛 )
Eq.06
Parte-se para a análise da deflexão, fazendo
uso do método que de acordo com Arenales (2010) tem
como finalidade tirar proveito das vantagens dos
métodos da série de Taylor, sem que haja necessidade
de se calcularem derivadas complexas.
MATERIAIS E MÉTODOS
Como metodologia adotada, através da
revisão das literaturas pertinentes, foram aplicados
valores aleatórios em vigas para fins de análise. De
acordo com Burden&Faires (2011) o procedimento
consiste basicamente em simplificar a equação
diferencial para uma mais simples que possa ser
resolvida e aplicada à solução da equação simplificada
para aproximar a solução da equação original.
Primeiramente encontra-se a solução
analítica da equação por método tradicional; em
seguida determina-se às deflexões numericamente
para as vigas adotadas e prossegue-se com a
comparação das duas soluções.
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1. A escolha do modelo de viga a ser analisado. 200Gpa e inércia calculada para seção igual a 635 𝑐𝑚 4,
Neste caso considerou-se uma viga bi-apoiada portanto o módulo de rigidez axial 𝐸𝐼 = 1270 𝐾𝑛/𝑚².
com carregamento distribuído ao longo da seção A solução analítica é dada por:
e outra engastada com carga pontual na 𝑞𝐿 𝑞𝑥²
𝐸𝐼𝑦 ′′ = 𝑥−
extremidade; 2 2
2. Esboço da curva de deflexão para a viga analisada
(método analítico); 𝑞𝐿 2 𝑞𝑥 3
𝐸𝐼𝑦 ′ = ∫ 𝐸𝐼𝑦 ′′ = 𝑥 − + 𝐶1
4 6
3. Segue-se para determinação de dados específicos
como tipo de seções, módulo de elasticidade e
momento de inércia; 𝑞𝐿 3 𝑞𝑥 4
𝐸𝐼𝑦 = ∫ 𝐸𝐼𝑦 ′ = 𝑥 − + 𝐶1𝑥 + 𝐶2
12 24
4. Faz-se a aplicação do método numérico adotado
para os dados determinados, obtendo-se assim
* Aplicando a primeira condição de contorno temos 𝑦 =
valores aproximados para os resultados da
0 para 𝑥 = 0, ou seja, a deflexão nos apoios é zero.
deflexão/curvatura;
Logo temos que 𝐶2 = 0.
5. Faz-se uma comparação entre os resultados
obtidos nos métodos, percebendo assim a
** Aplicando a segunda condição de contorno temos
diferença entre eles quanto à precisão de cada
𝑦′ = 0 para 𝑥 = 𝐿/2, ou seja, a declividade no meio do
um na problemática.
vão é zero. Logo temos que 𝐶1 = −𝑞𝐿3 /24.
Obtendo-se como equações finais:
RESULTADOS E DISCUSSÕES

𝑞𝐿 2 𝑞𝑥 3 𝑞𝐿3
Com a avanço da pesquisa foi-se percebido 𝐸𝐼𝑦 ′ = ∫ 𝐸𝐼𝑦 ′′ = 𝑥 − −
4 6 24
que a aplicação dos métodos é possível, uma vez que
a equação da linha elástica se trata de uma equação
𝑞𝐿 3 𝑞𝑥 4 𝑞𝐿3
diferencial de 2ª ordem. 𝐸𝐼𝑦 = ∫ 𝐸𝐼𝑦 ′ = 𝑥 − − 𝑥
12 24 24
Para isso inicialmente foi adotado o modelo
de viga bi-apoiada com carregamento distribuído
Adotando-se os dados especificados no
conforme modelo abaixo:
problema obtém-se as equações finais e pode-se partir
para aplicação do método de Euler.
Assim, temos que:

𝐸𝐼𝑦 ′ = 7,5𝑥 2 − 1,6667𝑥 3 − 11,25 𝑦 ′ = 0,005905𝑥 2 −

0,001312𝑥 3 − 0,008858
𝐸𝐼𝑦 = 2,5𝑥 3 − 0,41666𝑥4 − 11,25𝑥 𝑦
= 0,001968𝑥 − 0,000328𝑥 4
3

− 0,008858𝑥

Tendo como solução analítica o valor de

Figura 04: Esboço da deformação da linha elástica
deflexão máximo para o meio do vão de 0,002160 m e
como solução numérica obteve-se 0,002239 m com
Considerou-se no problema uma viga em aço
erro obtido de 0,000079 m ou 0,079 mm.
estrutural A-36, perfil W 150x130, com carregamento
distribuído de 10Kn/m ao longo da viga, com tamanho
de 3 metros, tendo seu módulo de elasticidade igual a

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𝑦𝑛 = 𝑦0 + (0,005905𝑥0 2 − 0,001312𝑥0 3 − 0,008858) Em um segundo momento foi adotado um

∗ 0,15 novo modelo de viga engastada com carregamento
2 3 pontual, conforme modelo abaixo:
𝑦0 = 0 + (0,005905 ∗ 0 − 0,001312 ∗ 0 − 0,008858)
∗ 0,15 = −0,001328

𝑦1 = −0,001328 + (0,005905 ∗ 0,152

− 0,001312 ∗ 0,153 − 0,008858)
∗ 0,15 = −0,002596
...
𝑦10 = −0,008576 + (0,005905 ∗ 1,52 − 0,001312 ∗ 1,53
− 0,008858) ∗ 0,15 = −0,008535
...
𝑦20 = −0,000533 + (0,005905 ∗ 3,02 − 0,001312 ∗ 3,03 −
0,008858) ∗ 0,15 = −0,000857

Tendo como solução analítica o valor de Figura 05: Viga Engastada com carregamento
deflexão máximo para o meio do vão de 0,008305 m e concentrado
como solução numérica obteve-se 0,008535 m com
erro obtido de 0,000234m ou 0,234mm. Neste caso considerou-se uma viga em
madeira angelim-pedra, b=20cm e h=40cm, com
Tabela 1 –Tabela resumo comparativa entre o método carregamento pontual de 10Kn na extremidade da
analítico e o método de Euler viga, com tamanho de 2 metros, tendo seu módulo de
elasticidade igual a 11572Mpa e inércia calculada para
SOLUÇÃO SOLUÇÃO MÉTODO
n X ANALÍTICA DE EULER seção igual a 0,001066 𝑐𝑚 4, portanto o módulo de
y(mm) y(mm)
rigidez axial 𝐸𝐼 = 12335,752 𝐾𝑛/𝑚².

0 0 0 0,001328
1 0,15 0,001322 0,002596 A solução analítica é dada por:
2 0,30 0,002607 0,003809
4 0,60 0,004932 0,005945
𝑀 + 𝑃𝐿 − 𝑃𝑥 = 0
6 0,90 0,006753 0,007530
8 1,20 0,007909 0,008419
𝐸𝐼𝑦 ′′ = −𝑀 = 𝑃𝐿 − 𝑃𝑥
10 1,50 0,008305 0,008535
𝐸𝐼𝑦 ′ = ∫ 𝐸𝐼𝑦 ′′ = 𝑃𝐿𝑥 − 𝑃𝑥² + 𝐶1
12 1,80 0,007910 0,007859
14 2,10 0,006755 0,006441 𝑃𝐿 2 𝑃𝑥 3
16 2,40 0,004936 0,004391 𝐸𝐼𝑦 = ∫ 𝐸𝐼𝑦 ′ = 𝑥 − + 𝐶1𝑥 + 𝐶2
18 2,70 0,002612 0,001885 2 6
20 3,00 0 0,000857
* Aplicando a primeira condição de contorno temos 𝑦 =
0 para 𝑥 = 0, ou seja, a deflexão nos apoios é zero.
Por meio da tabela é possível notar as Logo temos que 𝐶2 = 0.
proximidades das duas soluções encontradas, seja por ** Aplicando a segunda condição de contorno temos
método analítico ou numérico, tendo uma pequena 𝑦′ = 0 para 𝑥 = 0, ou seja, a declividade é zero. Logo
diferença de 0,234mm. Isto quer dizer que o método é temos que 𝐶1 = 0.
eficaz e tem uma boa precisão uma vez que o erro está Adotando-se os dados especificados no problema
na ordem de milímetros (mm) de diferença. Percebe- original obtém-se as equações finais e pode-se partir
se que a medida que se faziam as iterações o resultado para aplicação do método de Euler.
se aproximava da solução analítica, até chegar ao meio Obtendo-se como equações de inclinação e
do vão onde a deflexão é máxima. Em seguida esses deflexão finais:
valores decresceram novamente, a partir da 10
iteração, conforme o esperado. 𝐸𝐼𝑦 ′ = 𝑃𝐿𝑥 − 𝑃𝑥 2 𝐸𝐼𝑦 ′ = 20𝑥 − 5𝑥 2 𝑦′
= 0,001621𝑥 − 0,000405𝑥 2

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𝐸𝐼𝑦 =
𝑃𝐿
𝑥2 −
𝑃𝑥 3
𝐸𝐼𝑦 = 10𝑥² − 1,6667𝑥 3 𝑦′ = as iterações os resultados iam se aproximado do real,
2 6
desta vez até chegar extremidade da viga onde a
0,000810𝑥² − 0,000135𝑥³
deflexão é máxima.

Para se obter a deflexão adota-se como

CONSIDERAÇÕES FINAIS
condições iniciais 𝑦0 = 0 e 𝑥0 = 0, o número de
iterações continua definido como 20 iterações e
Os métodos apresentados neste trabalho são
tamanho do passo calculado agora é igual a 0,10.
métodos de prática simples e produzem soluções
Segue-se conforme detalhado abaixo e tendo os
eficientes para diversos problemas envolvendo
resultados obtidos foram dispostos na Tabela 02.
equações diferenciais, e mostram de forma
aproximada resultados de EDO. E observando os erros
𝑦𝑛 = 𝑦0 + (0,001621𝑥 − 0,000405𝑥²) ∗ 0,10
obtidos podemos concluir que o método de Euler de 1ª
𝑦0 = 0 + (0,001621 ∗ 0 − 0,000405 ∗ 0²) ∗ 0,10 = 0
ordem tem eficácia quando aplicado na solução da
𝑦1 = 0 + (0,001621 ∗ 0,10 − 0,000405 ∗ 0,10²) ∗ 0,10 equação da linha elástica, para os modelos de vigas
= 0,0000158 estabelecidos, e que para isso foram aplicados valores
...
𝑦10 = 0 + (0,001621 ∗ 1,0 − 0,000405 ∗ 1,0²) ∗ 0,10 de sua primeira derivada.
= 0,000735 Percebeu-se que os resultados obtidos eram
...
𝑦20 = 0 + (0,001621 ∗ 2,0 − 0,000405 ∗ 2,0²) ∗ 0,10 compatíveis com os resultados analíticos, e que
= 0,002239 possuem uma margem de erro muito pequena quando
comparadas as duas soluções. Para o primeiro modelo
Tendo como solução analítica o valor de
de viga a diferença obtida dos valores de deflexão
deflexão máximo para o meio do vão de 0,002160 m e
máximos da viga entre as duas soluções foi de
como solução numérica obteve-se 0,002239 m com
0,234mm, já para o segundo modelo este erro foi ainda
erro obtido de 0,000079 m ou 0,079 mm.
menor com o valor de 0,079mm de diferença.
Assim a pesquisa foi concluída com sucesso e
Tabela 2 –Tabela resumo comparativa entre o método
ficou comprovada a validez do método de Euler, sendo
analítico e o método de Euler
esta uma ferramenta que poderá ser aplicada a outros
SOLUÇÃO SOLUÇÃO MÉTODO
N x ANALÍTICA DE EULER modelos de vigas posteriormente.
y(mm) y(mm)
0 0 0 0
1 0,1 0,000008 0,0000158 REFERÊNCIAS
2 0,2 0,000031 0,0000466
4 0,4 0,000121 0,0001499
6 0,6 0,000262 0,0003035 1.BARROSO, Leônidas Conceição et. al.; Cálculo
8 0,8 0,000449 0,000500
numérico: com aplicações; 2 ed. São Paulo: Harbra
10 1,0 0,000675 0,000735
ltda., 1987.
12 1,2 0,000933 0,0010002
14 1,4 0,001217 0,001290
16 1,6 0,001521 0,001597 2.BEER, F. P.; JOHNSTON E. R. Resistência dos
18 1,8 0,001837 0,001916 Materiais. 3. Ed. São Paulo: McGraw Hill,1995.
20 2,0 0,002160 0,002239
3.BOTELHO, Manoel Henrique Campos; Resistência dos
materiais: para entender e gostar; 3.ed., São Paulo:
Por meio desta tabela é possível notar as Blucher, 2015
proximidades das duas soluções encontradas, seja por
4.GONÇALVES, I. H., Análise de Deformações em Vigas
método analítico ou numérico, tendo uma pequena com Comportamento Geometricamente Não-Linear,
diferença de 0,079mm. Isto quer dizer que o método é Itajubá, 171p. Dissertação (Mestrado em Projeto e
Fabricação) - Instituto de Engenharia Mecânica,
eficaz para este segundo caso e tem uma boa precisão Universidade Federal de Itajubá, 2005.
uma vez que o erro está na ordem de milímetros (mm)
5.HIBBELER, R. C. Resistência dos Materiais. 7. Ed. São
de diferença. Percebe-se que a medida que se faziam Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.

Portuguese
ReonFacema. 2017 Out-Dez; 3(4):676-683.
682
ISSN: 2447-2301
Magalhães ACF; Sousa JB Solution of the elastic line by the euler method in …

6.NASH, William A.; Resistência dos materiais; Porto

Alegre: Bookman, 2014.

7.ZAMBONI, Lincoln César; MONEZZI JR., Orlando;

Cálculo numérico para universitários; São Paulo:
Páginas & Letras, 2002.

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