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Anais Eletrônicos do VII Encontro Internacional da ANPHLAC Campinas - 2006

ISBN 978-85-61621-00-1

Escritura em Chamas – Fotografia de Fogo:


Juan Rulfo, escritor e fotógrafo
Carlos Alberto Sampaio Barbosa
UNESP/Assis

Considerações Iniciais

A idéia de escrever um texto sobre o escritor e fotógrafo Juan Rulfo surgiu há algum
tempo com a leitura dos seus dois livros publicados: El llano en llamas e Pedro Paramo1. O
primeiro, uma coletânea de contos foi publicado em 1953, o segundo, um romance curto foi
editado dois anos depois. Os dois livros pela sua qualidade, foram objetos de várias análises
e interpretações. Mas a minha atenção enquanto pesquisador de história foi aguçada ainda
mais quando há aproximadamente um ano atrás fui a uma exposição com fotografias de sua
autoria.
Como havia realizado trabalhos com literatura e álbuns fotográficos, a experiência
desse escritor cujos textos falavam sobre a revolução e suas fotografias remetiam-se a sua
literatura inquietou-me, pois sua trajetória permitia uma reflexão sobre as relações entre
literatura, fotografia e história. A oportunidade surgiu num curso sobre Literatura e História
feito em 2002 e desde então venho lendo e pesquisando material sobre ele. Este ano se
completa vinte anos de sua morte (1917-1986) e diversas iniciativas vem ocorrendo no
México: como o lançamento de uma versa definitiva de sua obra Pedro Parano. Esta versão
foi fruto de um processo de revisão e comparação com o material original.
Portanto o objeto desse trabalho é tentar pensar sobre literatura e fotografia na obra
de Juan Rulfo, tendo como base a análise de seus dois livros e de suas fotografias. Por
detrás dessa proposta, existe uma intenção de estabelecer uma primeira reflexão teórica a
respeito da relação entre literatura, fotografia e história.
Existem várias análises e interpretações da obra de Juan Rulfo e diferentes "leituras"
são feitas. Seus textos são identificados dentro de gêneros, tais como, literatura regionalista,
realista, mítica, psicoanálitica, ou mesmo histórica. A minha proposta não é fazer um
balanço literário bibliográfico dos diferentes intérpretes, portanto tais estudos só serão
recuperados quando for necessário para a coerência da minha análise.

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Cabem ainda nesse primeiro momento mais algumas considerações. Juan Rulfo
nasceu na cidade de Sayutla, Estado de Jalisco em 1917 e morreu na Cidade do México em
1986. Na sua infância vive intensamente o final da guerra civil, resquícios da Revolução
Mexicana (1910-1920), principalmente a chamada Rebelião Cristera (1926-1928)
movimento extremamente forte em seu estado. Consta que seus pais foram arruinados por
essa rebelião.
Com respeito as suas atividades literárias parecem não retroceder antes de 1942, e
após a publicação de seu romance Pedro Paramo em 1955 praticamente para de publicar,
fica numa espécie de silêncio, assim como seus personagens. Portanto o auge de sua
produção literária se dá nas décadas de 1940 e 1950 do século passado. Coincidentemente,
é o período da sua produção fotográfica. A partir dos anos 60, restringe seu trabalho como
antropólogo no Instituto Nacional Indigenista. Ou seja, sua produção literária e fotográfica
é simultânea.
Podemos dizer que na obra literária de Rulfo temos dois tempos literários. O
primeiro tempo, de quando sua obra é escrita décadas de 1940 e 1950. Por outro lado, na
maioria de seus contos e de seu romance, o tempo retratado é o período ou da revolução ou
o subseqüente a ela, ou seja, anos 1920. Com relação a esse último período, o tempo interno
de sua obra, se passa no momento denominado como de "exaltação nacionalista" e também
de "decantação revolucionária", fase de construção de um novo Estado, um Estado pós -
revolucionário. São os anos dos governos de Alvaro Obregón (1920-1924) e Plutarco E.
Calles (1924-1928).
No âmbito cultural essa fase também é conhecida como de "renascimento
mexicano". Anos em que a Secretária de Educação e Cultura é comandada pelo intelectual
mexicano José Vasconcelos que encomenda aos jovens artistas tais como Diego Rivera,
José Clemente Orozco, David Alfaro Siqueiros e outros a pintura de quilômetros de muros.
Tratasse também da época do surgimento do romance sobre a Revolução Mexicana. É um
período de um poderoso impulso artístico que gera um movimento cultural apoiado em
idéias de uma redescoberta do México e do mexicano, e um momento de um intenso debate
cultural no México e no mundo.
Suas influências literárias vão de William Faulkener, os romancistas russos do
século XIX, autores escandinavos e do escritor suíço Ramuz2 até Octavio Paz3. (O livro de

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Octavio Paz O labirinto da solidão, e suas análises sobre o caráter fechado do mexicano,
seu hermetismo e mimetismo, tais interpretações ajudaram a sedimentar uma nova
compreensão dos textos de Rulfo e serviram de uma primeira chave de análise para
desvendar os fantasmas que rondam a cidade de Comala no livro Pedro Paramo.).
No campo visual, mais precisamente fotográfico, suas influências são dos fotógrafos
mexicanos Manuel Álvares Bravo e de estrangeiros com passagens pelo México como Tina
Modotti e Edward Weston.

O escritor em chamas, fotógrafo de fogo

Octavio Paz defende a tese de que uma das chaves de compreensão da identidade do
povo mexicano passa pelo mito de Orfeu e de seus rituais, o orfismo. O culto de Orfeu
surgiu com a diáspora e a reacomodação da cultura e do povo aqueu na Grécia antiga. A
necessidade de construção de novos laços sociais e religiosos cria cultos secretos dos quais
participam apenas os desenraizados, transplantados, reaglutinados artificialmente, ou seja,
os orfãos. Esse orfismo estaria presente no mexicano devido ao seu desenraizamento. O
mexicano seria filho do pai (espanhol) que violou a mãe ("la chingada") indígena e não se
reconheceria nem no espanhol nem no indígena, ele é o mestiço, portanto a idéia de
orfandade estaria presente nesse não reconhecimento dos seus ancestrais, negação de sua
origem, esse não querer descender de nenhum deles.
Para alguns intérpretes4 das obras de Rulfo essa é a chave de análise de suas obras -
tanto Pedro Paramo, assim como para vários de seus contos. Essa interpretação baseia-se no
entendimento da busca do personagem Juan Preciado a seu pai Pedro Paramo. Este é
identificado com a figura de um cacique político, de um terrateniente do campo mexicano.
Essa seria um das leituras do romance, uma crítica social a estrutura econômica e política
mexicana. Inclusive para alguns seria uma alegoria do sistema político mexicano e seu
presidencialismo excessivamente centralizado numa figura forte.
O absentismo do pai é uma chave sociológica para a compreensão do livro. Crítica a
um Estado patriarcal, eixo em torno do qual giraria todo o desenvolvimento da própria
história mexicana, mostraria a injustiça e impotência perante a burocracia e a corrupção
administrativa. O pai todo poderoso encarnaria essa visão de uma sociedade. São bem

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interessantes, nesse sentido, as descrições do autor de como Pedro Paramo consegue


escapar das mudanças provocadas pela revolução mexicana, utilizando uma política
pendular ora apoiando com homens e dinheiro cada um dos diferentes grupos em luta. Essa
orfandade real ou afetiva do pai que abandona os filhos explicaria o parricídio final de
Pedro Paramo, feito pelo filho tropeiro Abundio.
Juan Preciado jura no leito de morte de sua mãe Dolores Preciado que retornaria a
aldeia natal e vai cobrar o que o pai lhe deve. Essa viagem a Comala, torna-se uma busca de
suas origens, mas é também uma cobrança pela ausência do pai. Juan Preciado vai
encontrar uma vila abandonada, ou melhor dito, deserta e as pessoas que aparecem e falam
como ele são antes emanações, fantasmas de antigos moradores mortos de Comala. São
mulheres que conheciam sua mãe, essas mulheres são mães adotivas, que em cada
momento "guiam" Juan Preciado e o auxiliam em sua peregrinação para conhecer Comala e
Pedro Paramo. São através delas que ele fica conhecendo as histórias de abusos sexuais,
políticos e sociais de Pedro Paramo. É interessante comparar as falas dessas mulheres, com
as lembranças - memórias - nostálgicas de sua mãe de Comala. Essas recordações maternas
são balizas que pontuam principalmente a primeira parte do romance.
Nessa linha é importante falar da estrutura narrativa, que é muito bem concatenada,
não é linear, entremeados a cada um desses encontros vamos tendo simultaneamente
narrações de episódios de Comala. Temos, portanto vários tempos históricos, o tempo do
retorno de Juan Preciado em Comala a procura do pai, o tempo da infância de Pedro
Paramo, o tempo do casamento de Pedro Paramo com Dolores Preciado, o tempo da morte
de Miguel Paramo, outro filho de Pedro Paramo. Enfim temos uma simultaneidade de
tempos.
Podemos falar, nesse sentido, de dois níveis de narração. Num primeiro nível, entre
o eu narrador Juan Preciado e os outros personagens; e num segundo nível entre esse
mesmo eu narrador e nós os leitores. Esse jogo de níveis de narração é como um jogo de
espelhos. Podemos falar que temos nesse texto a idéia de pirâmide, numa superposição de
camadas culturais, de temporalidades distintas, que já encontramos no texto de Octavio
Paz. Mas essas temporalidades diversas remetem-nos também a idéia de ruínas. As ruínas
creio ser uma imagem mais feliz para definir sua concepção de tempo e história, pois, Juan

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Rulfo fotografou diversas delas. Fotografou ruínas pré - hispânicas, de igrejas católicas,
esse é um tema muito presente em suas fotografias.
A imagem de ruínas, portanto, está presente em seus textos e fotografias e a
metáfora arqueológica que elas nos remetem tem paralelo com várias análises freudianas
sobre a memória. Dois exemplos dessa interpretação encontram-se em Mal estar na
civilização e no Delírio e sonhos na "Gradiva" de Jensen5. Freud nesses dois textos utiliza
como exemplos as cidades de Roma e Pompéia. A primeira, cidade ruína e ao mesmo
tempo Cidade Eterna com a idéia implícita de perenidade. A segunda, como cidade
enterrada viva, num instante dado. A essas idéias de ruínas temos conotações de acúmulos,
de camadas históricas, de sedimentação, estratificação, e sobreposição de tempos históricos.
Essas imagens-idéias são fortes tanto nos livros como nas fotografias de Rulfo.
Serão as personagens femininas que Juan Preciado vai encontrando em Comala e
que estão mortos, também são de um passado. Serão elas a guiá-lo nessa arqueologia das
ruínas de Comala. A cidade também está abandonada. Esse escavar dos tempos é uma
viagem ao "centro da terra" da história mexicana. É uma viagem para o inferno, num
sentido de ser o local mais subterrâneo e quente.
Tocando na imagem de inferno, essa é outra idéia muito insistente; veja essa fala de
Abundio (detalhe, Abundio também é filho bastardo de Pedro Paramo) tropeiro que leva
Juan para Comala: "[...] Aquello está sobre las brasas de la tierra, en la mera boca del
inferno. Com decirle que muchos de los que allí se mueren, al llegar al infierno regresan
por su cobija.[...]"6. Essa visita ao Hades mexicano onde vai encontrar antigas amigas de
sua mãe vai estar marcada pelas recordações, falas, lembranças desta. Essas lembranças
nada mais são do que memórias. Esses fantasmas são vestígios de realidades passadas,
ruínas, despojos vivos, testemunhos da vitalidade de culturas anteriores. São elas, as
mulheres, que o introduzem no passado. Rulfo remete-nos aqui a visão diferenciada que os
mexicanos têm da morte. Uma das linhas matrizes também da narrativa de Rulfo é a da
idéia-imagem da morte.
Junto à idéia da morte, liga-se o sentimento de solidão, que segundo Paz é nostalgia
de um corpo do qual fomos arrancados. É nostalgia de corpo e, portanto de espaço. Na obra
de Rulfo essa nostalgia é dupla, por um lado sentimento de vazio do corpo porque no final
do livro descobrimos que Juan Preciado está morto e é apenas sua alma que percorre esse

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périplo por Comala; por outro lado, é sentimento de perda de pertencimento a uma
comunidade, busca de suas origens, nostalgia do espaço ancestral. Uma das interpretações
do livro fala no mal estar no campo mexicano, principalmente no estado de Jalisco pelo
despovoamento rural motivado pela imigração para as cidades.
Essa experiência do vazio é reforçada pelo silêncio. Os personagens de Rulfo são
quase mudos. Lembremos que o primeiro título de seu livro seria “Murmúrios”. Nesse
ponto podemos falar da idéia de hermetismo, e também da idéia de um caráter fechado do
mexicano. Juan Preciado ouve vozes, ruídos e o silêncio “[...] Y que si yo escuchaba
solamente el silencio; tal vez porque aún no estaba aconstumbrado al silencio [...]“ 7. Os
personagens são deliberadamente essenciais em suas falas, são lacônicos. Temos uma
atmosfera em que podemos dizer cria-se um "silêncio sepulcral". A voz de Rulfo,
parodiando Carlos Fuentes, é ao mesmo tempo silêncio e linguagem, e para não
comprometer nenhum dos dois elementos transforma-se em rumor.
Alguns estudiosos procuram numa certa vinculação entre essa atmosfera sombria
dos textos de Rulfo, com a literatura romântica do século XVIII e XIX, influências de
Edgar Alan Poe, Novalis e outros e também da literatura fantástica.
A descrição da paisagem no texto de Rulfo nunca é um descanso lírico, é um todo
completo, daí talvez a importância da imagem fotográfica. Não é uma natureza tranqüila,
ela se apresenta como uma permanente ambigüidade, ao mesmo tempo conflito de um país
por um lado de luz, do sol, fogo e de calor intenso, por outro lado, de pó, rochas ardentes e
de deserto. Mas há também um México de sombras e de escuridão da noite e tumbas
também.
Vai ser nesse trabalho escritural e fotográfico do contraste entre luz e sombras, claro
e escuro, de uma luminosidade transparente e quase líquida que iremos encontrar outro
amalgama da sua fotografia e de sua literatura. Constrói com essa trama uma espécie de
"geografia do mundo", são formas de ocupar o tempo e os espaços naturais ou históricos.
Sua obsessão pelas imagens de templos pré-hispânicos, igrejas católicas, nos detalhes das
fachadas barrocas, monumentos de um passado indígena e espanhol que deslumbramos sua
concepção da história mexicana.
Em Pedro Paramo, como muito bem nos mostrou Margo Glantz8, tem uma
infinidade de passagem sobre o olhar e a visão. É um texto repleto de olhos. Olhos de

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mortos, sem um corpo, mas que capturam as imagens de um mundo de fantasmas. É a


própria metáfora da máquina fotográfica, que é uma máquina de visão que nos coloca na
tensão entre a distância e a proximidade do objeto. Essa tensão está presente em todo o
momento nas fotografias e na escritura de Rulfo. A contundência da presença da realidade,
por mais paradoxal que pareça, se contrapõem com a distância dos diversos tempos
históricos, tempos esses que tentam ser capturados na trama narrativa ou na fixação
química da fotografia. Essa paisagem, real ou não, trás traços das ruínas, justaposições e
simultaneidade temporais e culturas. "[...] La cerca de piedra culebreaba mucho al subir y
bajar por las lomas, y ellos, la Perra y los Cuatro, iban también culebreando como si fueran
com los pies trabados [...]"9
A escritura de Rulfo é uma vontade de reter o homem e a paisagem mexicana; nisso
se enquadra na idéia-imagem de Paz de mimetismo. Fenômeno que consiste em tomar tanto
animais como homens, cor e configuração dos objetos e do ambiente em que vivem. A
capacidade de mimetizar do mexicano estaria intimamente ligada à luz e sombra.
A percepção ótica de Rulfo de compreender o homem mexicano e sua terra é mais
positiva com relação ao indígena e ao camponês e sua vida cotidiana dentro dessa
simultaneidade de temporalidade e culturas, por mais ambígua que essa vida no campo
possa ser. Isso fica mais discernível com o contraste da visão do homem urbano,
representado como inumano e máquina. O homem do campo carrega em si uma dignidade,
perdida no urbano.

Conclusão

Na tentativa de estabelecer algumas relações entre literatura, fotografia e história


conseguimos perceber uma compreensão muita rica da história mexicana, que definimos
aqui em algumas chaves de análises que denominamos idéias-imagens, tais como de
orfandade, hermetismo, mimetismo, ruínas, solidão e silêncio.
Suas imagens também assim o são. O interesse pela arquitetura, literatura,
fotografia, cinema, seus contos e romances mostram uma faceta polissêmica de sua
personalidade, permite uma rica discussão sobre a relação entre literatura, fotografia e
história.

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Acredito ser um equívoco, ver hoje Rulfo fragmentado entre fotógrafo ou escritor,
ou mesmo roteirista. Sua escritura assim como sua fotografia é um olhar através de portas e
janelas da memória. É um exercício, de captura e registro, do passado através de aberturas,
fendas, brechas de sua máquina de escrever assim como pelo obturador de sua máquina
fotográfica, que produziram uma visão artística da cultura mexicana.
Um passado não entendido como contíguo, adjacente, nem atrás, nem na frente. Um
passado que está ao lado é simultâneo. Na escritura de Juan Rulfo se dá um encontro de
tempo e espaço que não se da nem na cidade, nem no campo e nem na selva. Esse encontro
ocorre na morte, ou segundo Fuentes na tumba.

Referências Bibliográficas

ANSÓN, Antonio. Novelas como álbumes - fotografia y literatura. Murcia: Mestizo, 2000.
DUBOIS, Philippe. O ato fotográfico. Campinas/São Paulo: Papirus, 1994.
FUENTES, Carlos. Valiente mundo nuevo - Épica, utopía y mito en la novela
hispoamericana. México: FCE, 1992.
PAZ, Octavio. O labirinto da solidão e post scriptum. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
RUFFINELLI, Jorge. Prologo In: RULFO, Juan. El llano en llamas y Pedro Paramo.
Caracas: Biblioteca Ayacucho,
RULFO, Juan. El llano en llamas. México. FCE, 1994.
RULFO, Juan. Fotografias. Barcelona: Lunwerg Editores, 2001.
RULFO, Juan. Pedro Paramo. México: FCE, 1993.

1
RULFO, Juan. El llano en llamas. México: Fondo de Cultura Econômica, 1994 (1ª Edição 1953); e Pedro
Paramo. México: Fondo de Cultura Econômica, 1993 (1ª Edição 1955).
2
RUFFINELLI, Jorge. Prólogo In: RULFO, Juan. Pedro Paramo & El llano en llamas. Caracas: Biblioteca
Aycucho, p. IX-XXXVII.
3
SANTÍ, Enrico Mario. El acto de las palabras - Estudios y diálogos com Octavio Paz. México: Fondo de
Cultura Econômica, 1998.
4
RUFFINELLI, Jorge. e FUENTES, Carlos. Valiente mundo nuevo - Épica, utopía y mito en la novela
hispoamericana. México: Fondo de Cultura Econômica, 1992, p. 149-173.
5
Citado em DUBOIS, Philippe. O ato fotográfico. Campinas/São Paulo: Papirus, 1994. Veja especialmente o
capítulo Palimpsetos - A fotografia como aparelho psíquico, p. 309-331.
6
RULFO, Juan. Pedro Paramo, op. cit., p. 10.
7
Idem, p. 13.
8
GLANTZ, Margo, "Los ojos de Juan Rulfo" In: RULFO, Juan. Fotografias. Barcelona: Lunwerg Editores,
2001.

8
Anais Eletrônicos do VII Encontro Internacional da ANPHLAC Campinas - 2006
ISBN 978-85-61621-00-1

9
RULFO, Juan. El llano en llamas. México: Fondo de Cultura Económica, 1994, p. 79.

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