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Física Experimental IV - Experimento 2

Renan Fernandes Pinho (118152626)


Vinícius Justen Pinto(118141691)

Maio 2021

1 Introdução
Este experimento tem como objetivo o estudo de dois fenômenos da ótica ondu-
latória, a interferência e a difração. Para isso, usaremos um apontador de laser
vermelho, considerando o comprimento de onda λ = (640 ± 10)nm. Ao longo do
relatório, serão mostrados os processos de cada montagem e os resultados com
os respectivos comentários.

2 Difração por Fenda Simples


Para observar a difração por fenda simples, usamos uma placa de acrílico com
uma na fenda feita com ta isolante, por onde passará o feixe de laser. Uma
folha na parede fez o papel de anteparo. Essa montagem pode ser observada na
Figura 1.

Figura 1: Montagem fenda simples

1
O padrão observado no anteparo foi o seguinte.

Figura 2: Padrão fenda simples

A distância D entre a fenda simples e o anteparo, e sua incerteza σD , foram


tomadas diretamente usando a trena. As distâncias entre a imagem de brilho
central e os mínimos foram chamadas de x e calculadas também diretamente por
meio de uma régua. Esses valores são apresentados na Tabela 1. Consideramos
o eixo horizontal da Figura 2 como sendo o eixo x, com a origem no meio do
brilho central, portanto, valores de x a esquerda (m < 0) serão negativos.
Além disso, conseguimos calcular a largura da fenda, chamada de a. Sendo θ o
ângulo entre o máximo central e cada ponto de mínimo, temos que

sinθm = (1)
a
Geometricamente, temos que, para ângulos sucientemente pequenos, o seno
pode ser aproximado pela tangente, uma vez que o cosseno tende a um. Dessa
maneira
xm
sinθm ≈ (2)
D
Igualando as duas equações e fazendo alguns ajustes,
mλD
a= (3)
xm
Assim, podemos montar a Tabela 1.

Tabela 1

Para encontrar a largura da fenda, é interessante tomar a média dos valores


encontrados e propagar adequadamente sua incerteza. Dessa forma, temos que
a = (390 ± 50)µm.

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O mesmo processo foi repetido para um tamanho menor de fenda e o resultado
foi o aumento no espaço entre as faixas de máximos. Essa análise faz sentido,
uma vez que, em (3), a largura da fenda é inversamente proporcional à distância
entre a fenda central e o mínimo m, ou seja, a ∝ x1m .

3 Princípio de Babinet
Formulado em 1800, Babinet arma que o padrão de difração de um corpo opaco
é idêntico ao de um orifício do mesmo tamanho e forma, exceto pela intensidade
geral do feixe.
Esta parte do experimento, então, usará esse princípio para obter a largura de
um o de cabelo.
A montagem feita é parecida com a da seção anterior, mas com um o de cabelo
no lugar da fenda.

Figura 3: Montagem difração por o de cabelo

A câmera não foi capaz de captar o padrão de difração. Com uma luz indireta,
como na seção anterior, não se via os máximos diferentes do central. Já sem a
luz indireta, a câmera detectava apenas um borrão vermelho.
Novamente a distância D entre o anteparo e o o foi medida, assim como os
valores do máximo central aos mínimos. As relações (1), (2) e (3) foram empre-
gadas mais uma vez para completar a Tabela 2. A única diferença nas grandezas
é que, agora, a não é mais a largura da fenda, mas a espessura do o de cabelo,
o que é equivalente, pelo princípio de Babinet.

3
Tabela 2

A espessura a do o pode ser calculada por meio da média entre os valores


encontrados na tabela. Temos que a = (140 ± 10)µm.
O mesmo processo foi feito, mas agora com um o de vassoura, de maior espes-
sura do que o o de cabelo. Percebemos que o espaço entre as faixas diminuiu.
Isso era de se esperar, novamente, pois a espessura do o é inversamente pro-
porcional à distância entre o máximo central e o mínimo m, como percebe-se
em (3).

Figura 4: Montagem difração por o de vassoura

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