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AULA 2
Carvão
Renováveis
Hidroeletricidade
Energia nuclear
Gás natural
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da média de 1,4 milhão de barris por dia (b/d), ou seja 1,5%. A China e os EUA
foram os maiores contribuintes para o crescimento. A produção global de
petróleo aumentou em 2,2 milhões de b/d. Quase todo o aumento líquido foi
contabilizado pelos EUA, com seu crescimento na produção de 2,2 milhões b/d,
um recorde para qualquer país, em qualquer ano. Em outros lugares, o
crescimento da produção no Canadá (410.000 b/d) e na Arábia Saudita (390.000
b/d) foi superado pelos declínios na Venezuela (-580.000 b/d) e no Irã (-310.000
b/d).
O consumo de gás natural aumentou 195 bilhões de metros cúbicos
(bcm), ou 5,3%, uma das maiores taxas de crescimento desde 1984. O
crescimento no consumo de gás foi impulsionado principalmente pelos EUA (78
bcm), China (43 bcm), Rússia (23 bcm) e Irã (16 bcm).
A produção global de gás natural aumentou em 190 bcm, ou 5,2%. Quase
a metade disso veio dos EUA (86 bcm), que, assim como na produção de
petróleo, registraram o maior crescimento anual visto por qualquer país da
história. Rússia (34 bcm), Irã (19 bcm) e Austrália (17 bcm) foram as maiores
contribuições para o crescimento. O crescimento no comércio inter-regional de
gás natural foi de 39 bcm ou 4,3%, mais que o dobro da média de dez anos,
impulsionado em grande parte pela contínua expansão rápida do gás natural
liquefeito (GNL). O crescimento da oferta de GNL veio principalmente da
Austrália (15 bcm), EUA (11 bcm) e Rússia (9 bcm). A China foi a responsável
por cerca de metade do aumento das importações (21 bcm).
O consumo de carvão cresceu 1,4%, o dobro do crescimento médio de
dez anos. O crescimento do consumo foi liderado pela Índia (36 mt) e pela China
(16 mt). A demanda dos países da Ocde caiu para o nível mais baixo desde
1975. A participação do carvão na energia primária caiu para 27,2%, a menor
em 15 anos. A produção global de carvão aumentou em 162 mt, ou 4,3%. China
(82 mtep) e Indonésia (51 mtp) forneceram os maiores incrementos.
A energia renovável cresceu 14,5%, ligeiramente abaixo da sua média
histórica, embora seu aumento em termos de energia (71 mtd) esteja próximo do
aumento recorde de 2017.
A geração solar cresceu em 30 milhões de toneladas, um pouco abaixo
do aumento da energia eólica (32 milhões de toneladas) e forneceu mais de 40%
de crescimento de renováveis. A China foi novamente o maior contribuinte para
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o crescimento de renováveis (32 mtp), superando o crescimento em toda a Ocde
(26 mtp).
A geração hidrelétrica aumentou 3,1% acima da média, com a geração
europeia se recuperando em 9,8% (12,9 milhões de tep), quase compensando o
forte declínio registrado no ano anterior.
A geração nuclear cresceu 2,4%, seu crescimento mais rápido desde
2010. A China (10 milhões de toneladas) contribuiu com quase três quartos do
crescimento global, sendo no Japão (5 milhões de toneladas) encontrado o
segundo maior aumento.
A geração de eletricidade aumentou em 3,7%, acima da média,
impulsionada pela China (que representou mais da metade do crescimento), pela
Índia e pelos EUA.
As energias renováveis representaram um terço do aumento líquido na
geração de energia, seguidas de perto pelo carvão (31%) e depois pelo gás
natural (25%). A participação das renováveis na geração de energia aumentou
de 8,4% para 9,3%. O carvão ainda foi responsável pela maior parte da geração
de energia, em 38%.
A produção de cobalto e lítio subiu 13,9% e 17,6%, respectivamente,
ambos bem acima de suas taxas médias de crescimento de dez anos. Os preços
do cobalto subiram 30%, para os níveis mais altos desde 2008, enquanto os
preços do carbonato de lítio aumentaram 21%, para novos máximos.
De maneira mais didática, a matriz energética pode ser vista em forma de
gráfico, por fontes não renováveis, como o carvão, petróleo e gás natural (Figura
2).
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Figura 2 – Composição da matriz energética mundial em 2016, por suas fontes
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Figura 3 – Composição da matriz energética brasileira em 2017, por suas fontes
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efeito estufa (GEE). Como consumimos mais energia das fontes renováveis que
em outros países, e dividindo a emissão de gases de efeito estufa pelo número
total de habitantes no Brasil, veremos que nosso país emite menos GEE por
habitante que a maioria dos outros países.
A matriz elétrica é formada pelo conjunto de fontes disponíveis apenas
para a geração de energia elétrica em um país, estado ou no mundo. Precisamos
da energia elétrica, por exemplo, para assistir à televisão, ouvir músicas no rádio,
acender a luz, ligar nossa geladeira, carregar nosso celular, entre tantas outras
coisas.
A geração de energia elétrica no mundo é baseada, principalmente, em
combustíveis fósseis como carvão, óleo e gás natural, em termelétricas (Figura
5).
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Figura 6 – Matriz elétrica brasileira, em 2017
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meio de seus órgãos e empresas vinculadas, diversos estudos e análises
orientadas para o planejamento do setor energético. Na sequência das
mudanças institucionais ocorridas no setor energético ao longo dos últimos 15
anos, foi criada, em 2004, a Empresa de Pesquisa Energética – EPE, vinculada
ao MME.
A EPE é uma empresa pública, instituída nos termos da Lei n.
10.847/2004 e do Decreto n. 5.184, de 16 de agosto de 2004 (Brasil, 2004a,
2004b). Sua finalidade é prestar serviços na área de estudos e pesquisas
destinados a subsidiar o planejamento do setor energético, tais como sobre
energia elétrica, petróleo e gás natural e seus derivados, carvão mineral, fontes
energéticas renováveis e eficiência energética, entre outras áreas. A Lei n.
10.847/2004, em seu art. 4º, inciso II, estabelece entre as competências da EPE
a de elaborar e publicar o Balanço Energético Nacional – bem (Brasil, 2004b).
O relatório consolidado do BEN documenta e divulga, anualmente,
extensa pesquisa e a contabilidade relativas à oferta e consumo de energia no
Brasil, contemplando as atividades de extração de recursos energéticos
primários, sua conversão em formas secundárias, a importação e a exportação,
a distribuição e o uso final da energia.
Em adição, a EPE publica o Relatório Síntese, no primeiro semestre
posterior a cada ano-base, que apresenta um resumo dos dados acerca da
contabilização da oferta, transformação e consumo final de produtos energéticos
no Brasil.
Em 2018, a oferta interna de energia (total de energia disponibilizada no
país) atingiu 288,4 Mtep, registrando um decréscimo de 1,7% em relação ao ano
anterior. O incremento das fontes hídrica e eólica na geração de energia elétrica
(perda zero), associado ao recuo do consumo de energia nos setores de
alimentos e bebidas (-17,4%), não ferrosos e outros da metalurgia (-20,2%) e
rodoviário (-1,2%) puxaram para baixo as ofertas internas de gás natural (-5,4%)
e de petróleo e derivados, no período (-6,5%).
No caso da energia elétrica, verificou-se um avanço na oferta interna de
10,7 TWh (1,7%), em relação a 2017. Devido às condições hidrológicas
favoráveis, houve aumento de 4,1% da energia hidráulica disponibilizada, em
relação ao ano anterior. A participação de renováveis na matriz elétrica atingiu
83,3%, em 2018.
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A geração eólica atingiu 48,5 TWh – um crescimento de 14,4%. A potência
eólica alcançou 14.390 MW, expansão de 17,2%. Até julho de 2019, houve uma
geração de 15.071 MW, o que denota uma expansão de 4,7% em relação ao
ano anterior.
1%
1%
Biomassa
5% 9%
Eólica
9%
Fóssil
Hídrica
14% Nuclear
Solar
Undi-Elétrica
61% Importação
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Tabela 1 – Geração elétrica, incluindo geração distribuída, em GWh, em 2019
18.065 Hidrelétrica
-10.971 Gás Natural
1.244 Biomassa
-3.165 Derivados do Petróleo
-65 Nuclear
-2.053 Carvão Vapor
6.102 Eólica
2.629 Solar Fotovoltaica
283 Outras
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Figura 10 – Relação entre evolução das perdas com energia no Brasil e
participação das térmicas na geração de energia, em 2018
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Figura 11 – Relação percentual entre uso de fontes renováveis e não renováveis,
no Brasil, em 2017 e 2018; no mundo, em 2016; e pelos membros da Ocde, em
2016
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
• petróleo e derivados;
• gás natural;
• carvão mineral;
• urânio;
• outras não renováveis.
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Figura 14 – Variação do consumo de energia no Brasil
12,00%
10,00%
8,00%
6,00%
4,00%
2,00%
0,00%
Setor PIB Serviços Residências Agropecuária Transportes Indústrias Uso não
-2,00% energético energético
-4,00%
-6,00%
-8,00%
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Figura 15 – Balanço do consumo de energia no Brasil
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• eletricidade;
• bagaço de cana;
• carvão mineral;
• gás natural;
• lenha;
• lixívia;
• carvão vegetal;
• óleo combustível;
• outras fontes
Outras
Querosene 1%
de aviação Gás Natural
4% 2%
Etanol
19% Óleo Diesel
44%
Gasolina
26% Biodiesel
4%
Óleo Diesel Biodiesel Gasolina Etanol Querosene de aviação Gás Natural Outras
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Figura 18 – Números da queda da produção e da importação de gasolina, no
Brasil, em 2018
2.018
Gás Natural Outras Fontes
1,6% 1,4%
GLP
25,9%
Eletricidade
46,4%
Lenha
24,7%
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Figura 23 – Fluxo de consumo de energia com base na oferta interna bruta no
Brasil, em 2018
FINALIZANDO
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No Tema 3, vimos que o MME é a instituição responsável por formular os
princípios básicos e definir as diretrizes da política energética nacional. Na
sequência das mudanças institucionais ocorridas no setor energético foi criada
a EPE, vinculada ao MME. A EPE é uma empresa pública que tem a
competência de elaborar e publicar o BEN, que também abordamos.
No Tema 4 avaliamos a matriz energética brasileira, com a geração por
parte das hidrelétricas (61%) e um crescimento pequeno na geração mais limpa,
na qual contamos com a energia eólica (9%) e a geração pela radiação solar
(1%).
O Tema 5 mostrou o consumo de energia na indústria, por setores e por
uso final.
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REFERÊNCIAS
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