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Língua Portuguesa

1 – COLOCAÇÃO PRONOMINAL
1. (CESGRANRIO 2019)
Texto III
Beira-mar
Quase fim de longa tarde de verão. Beira do mar no Aterro do Flamengo próximo ao Morro da Viúva,
frente para o Pão de Açúcar. Com preguiça, o sol começava a esconder-se atrás dos edifícios. Parecia
resistir ao chamado da noite. Nas pedras do quebra-mar caniços de pesca moviam-se devagar, ao
lento vai e vem do calmo mar de verão. Cercados por quatro ou cinco pescadores de trajes simples
ou ordinários, e toscas sandálias de dedo.
Bermuda bege de fino brim, tênis e camisa polo de marcas célebres, Ricardo deixara o carro em
estacionamento de restaurante nas imediações. Nunca fisgara peixe ali. Olhado com desconfiança.
Intruso. Bolsa a tiracolo, balde e vara de dois metros na mão. A boa técnica ensina que o caniço
deve ter no máximo dois metros e oitenta centímetros para a chamada pesca de molhes, nome
sofisticado para quebra-mar. Ponta de agulha metálica para transmitir à mão do pescador maior
sensibilidade à fisgada do peixe. É preciso conhecimento de juiz para enganar peixes.
A uma dezena de metros, olhos curiosos viam o intruso montar o caniço. Abriu a bolsa de utensílios.
Entre vários rolos de linha, selecionou os de espessura entre quinze e dezoito centésimos de
milímetro, ainda fiel à boa técnica.
- Na nossa profissão vivemos sempre preocupados e tensos: abertura do mercado, sobe e desce das
cotações, situação financeira de cada país mundo afora. Poucas coisas na vida relaxam mais do que
pescaria, cheiro de mar trazido pela brisa, e a paisagem marítima — costuma confessar Ricardo na
roda dos colegas da financeira onde trabalha.

LOPES, L. Nós do Brasil. Rio de Janeiro: Ponteio, 2015, p. 101. Adaptado.

Considere a seguinte passagem do Texto III: “Com preguiça, o sol começava a esconder-se atrás dos
edifícios” A reescritura que obedece à norma-padrão quanto à colocação pronominal é a seguinte:

a) Atrás dos edifícios, com preguiça, o sol tinha escondido-se.


b) O sol se a esconder começou com preguiça atrás dos edifícios.
c) Começaria o sol se a esconder atrás dos edifícios com preguiça.
d) Se começava o sol, com preguiça, a esconder atrás dos edifícios.
e) Com preguiça, começava o sol a se esconder atrás dos edifícios.

2. (CESGRANRIO 2019)
Texto II
Estojo escolar
Noite dessas, ciscando num desses canais a cabo, vi uns caras oferecendo maravilhas eletrônicas,
bastava telefonar e eu receberia um notebook capaz de me ajudar a fabricar um navio, uma estação
espacial.
Minhas necessidades são mais modestas: tenho um PC mastodôntico, contemporâneo das cavernas
da informática. E um laptop da mesma época que começa a me deixar na mão. Como pretendo viajar
esses dias, habilitei-me a comprar aquilo que os caras anunciavam como o top do top em matéria
de computador portátil.
No sábado, recebi um embrulho complicado que necessitava de um manual de instruções para ser
aberto. Depois de mil operações sofisticadas para minhas limitações, retirei das entranhas de isopor
o novo notebook e coloquei-o em cima da mesa. De repente, como vem acontecendo nos últimos
tempos, houve um corte na memória e vi diante de mim o meu primeiro estojo escolar. Tinha 5 anos
e ia para o jardim de infância.
Era uma caixinha comprida, envernizada, com uma tampa que corria nas bordas do corpo principal.
Dentro, arrumados em divisões, havia lápis coloridos, um apontador, uma lapiseira cromada, uma
régua de 20 cm e uma borracha para apagar meus erros.
Da caixinha vinha um cheiro gostoso, cheiro que nunca esqueci e que me tonteava de prazer. Fechei
o estojo para proteger aquele cheiro, que ele ficasse ali para sempre, prometi-me economizá-lo. Com
avareza, só o cheirava em momentos especiais.

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Na tampa que protegia estojo e cheiro havia gravado um ramo de rosas muito vermelhas que se
destacavam do fundo creme. Amei aquele ramalhete – olhava aquelas rosas e achava que nada podia
ser mais bonito.
O notebook que agora abro é negro, não tem rosas na tampa e, em matéria de cheiro, é abominável.
Cheira vilmente a telefone celular, a cabine de avião, ao aparelho de ultrassonografia onde outro dia
uma moça veio ver como sou por dentro. Acho que piorei de estojo e de vida.

CONY, C. H. Crônicas para ler na escola. São Paulo: Objetiva, 2009. Disponível em:
<https://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz12039806.htm>. Acesso em: 23 jul. 2019.

A frase em que a colocação do pronome oblíquo obedece aos ditames da norma-padrão é:

a) Abri o estojo, cheirando-o por um longo tempo.


b) Seria-lhe útil ter um notebook de última geração.
c) Me fascinou reviver o tempo de minha primeira infância.
d) O que lembrou-lhe o estojo escolar foi o novo notebook.
e) Conforme abria-o, sentia seu cheiro agradável cada vez mais forte.

3. (CESGRANRIO 2018) A questão baseia no texto apresentado abaixo.


O vício da tecnologia
Entusiastas de tecnologia passaram a semana com os olhos voltados para uma exposição de
novidades eletrônicas realizada recentemente nos Estados Unidos. Entre as inovações, estavam
produtos relacionados a experiências de realidade virtual e à utilização de inteligência artificial —
que hoje é um dos temas que mais desperta interesse em profissionais da área, tendo em vista a
ampliação do uso desse tipo de tecnologia nos mais diversos segmentos.
Mais do que prestar atenção às novidades lançadas no evento, vale refletir sobre o motivo que nos
leva a uma ansiedade tão grande para consumir produtos que prometem inovação tecnológica. Por
que tanta gente se dispõe a dormir em filas gigantescas só para ser um dos primeiros a comprar um
novo modelo de smartphone? Por que nos dispomos a pagar cifras astronômicas para comprar
aparelhos que não temos sequer certeza de que serão realmente úteis em nossas rotinas?
A teoria de um neurocientista da Universidade de Oxford (Inglaterra) ajuda a explicar essa “corrida
desenfreada” por novos gadgets. De modo geral, em nosso processo evolutivo como seres humanos,
nosso cérebro aprendeu a suprir necessidades básicas para a sobrevivência e a perpetuação da
espécie, tais como sexo, segurança e status social.
Nesse sentido, a compra de uma novidade tecnológica atende a essa última necessidade citada: nós
nos sentimos melhores e superiores, ainda que momentaneamente, quando surgimos em nossos
círculos sociais com um produto que quase ninguém ainda possui.
Foi realizado um estudo de mapeamento cerebral que mostrou que imagens de produtos
tecnológicos ativavam partes do nosso cérebro idênticas às que são ativadas quando uma pessoa
muito religiosa se depara com um objeto sagrado. Ou seja, não seria exagero dizer que o vício em
novidades tecnológicas é quase uma religião para os mais entusiastas.
O ato de seguir esse impulso cerebral e comprar o mais novo lançamento tecnológico dispara em
nosso cérebro a liberação de um hormônio chamado dopamina, responsável por nos causar
sensações de prazer. Ele é liberado quando nosso cérebro identifica algo que represente uma
recompensa.
O grande problema é que a busca excessiva por recompensas pode resultar em comportamentos
impulsivos, que incluem vícios em jogos, apego excessivo a redes sociais e até mesmo alcoolismo.
No caso do consumo, podemos observar a situação problematizada aqui: gasto excessivo de dinheiro
em aparelhos eletrônicos que nem sempre trazem novidade –– as atualizações de modelos de
smartphones, por exemplo, na maior parte das vezes apresentam poucas mudanças em relação ao
modelo anterior, considerando-se seu preço elevado. Em outros casos, gasta-se uma quantia absurda
em algum aparelho novo que não se sabe se terá tanta utilidade prática ou inovadora no cotidiano.
No fim das contas, vale um lembrete que pode ajudar a conter os impulsos na hora de comprar um
novo smartphone ou alguma novidade de mercado: compare o efeito momentâneo da dopamina
com o impacto de imaginar como ficarão as faturas do seu cartão de crédito com a nova compra. O
choque ao constatar o rombo em seu orçamento pode ser suficiente para que você decida pensar
duas vezes a respeito da aquisição.

DANA, S. O Globo. Economia. Rio de Janeiro, 16 jan. 2018. Adaptado.

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Segundo as exigências da norma-padrão da língua portuguesa, o pronome destacado foi utilizado


na posição correta em:

a) Os jornais noticiaram que alguns países mobilizam-se para combater a disseminação de


notícias falsas nas redes sociais.
b) Para criar leis eficientes no combate aos boatos, sempre deve-se ter em mente que o
problema de divulgação de notícias falsas é grave e muito atual.
c) Entre os numerosos usuários da internet, constata-se um sentimento generalizado de
reprovação à prática de divulgação de inverdades.
d) Uma nova lei contra as fake news promulgada na Alemanha não aplica-se aos sites e redes
sociais com menos de 2 milhões de membros.
e) Uma vultosa multa é, muitas vezes, o estímulo mais eficaz para que adote-se a conduta
correta em relação à reputação das celebridades.

4. (CESGRANRIO 2018) A norma-padrão em sua variedade formal prevê uma organização da frase
em que a observância da colocação pronominal é fundamental. A frase em que o pronome oblíquo
átono está empregado corretamente, segundo as regras da colocação pronominal, é:

a) Ninguém ensinou-me a manter a cabeça à tona d’água.


b) O subconsciente boicota-nos a todo momento de nossa vida.
c) O ser humano que molda-se à diferentes realidades vive melhor.
d) Boicotaremo-nos todas as vezes que houver a chance de felicidade.
e) Se considerar mau menino é justificar o não merecimento da felicidade.

5. (CESGRANRIO 2018)
Memórias Póstumas de Brás Cubas
Lobo Neves, a princípio, metia-me grandes sustos. Pura ilusão! Como adorasse a mulher, não se
vexava de mo dizer muitas vezes; achava que Virgília era a perfeição mesma, um conjunto de
qualidades sólidas e finas, amorável, elegante, austera, um modelo. E a confiança não parava aí. De
fresta que era, chegou a porta escancarada. Um dia confessou-me que trazia uma triste carcoma na
existência; faltava -lhe a glória pública. Animei-o; disse-lhe muitas coisas bonitas, que ele ouviu com
aquela unção religiosa de um desejo que não quer acabar de morrer; então compreendi que a
ambição dele andava cansada de bater as asas, sem poder abrir o voo. Dias depois disse-me todos
os seus tédios e desfalecimentos, as amarguras engolidas, as raivas sopitadas; contou-me que a vida
política era um tecido de invejas, despeitos, intrigas, perfídias, interesses, vaidades. Evidentemente
havia aí uma crise de melancolia; tratei de combatê-la.
-Sei o que lhe digo, replicou-me com tristeza. Não pode imaginar o que tenho passado. Entrei na
política por gosto, por família, por ambição, e um pouco por vaidade. Já vê que reuni em mim só
todos os motivos que levam o homem à vida pública; faltou-me só o interesse de outra natureza.
Vira o teatro pelo lado da plateia; e, palavra, que era bonito! Soberbo cenário, vida, movimento e
graça na representação. Escriturei-me; deram-me um papel que... Mas para que o estou a fatigar com
isto? Deixe- me ficar com as minhas amofinações. Creia que tenho passado horas e dias... Não há
constância de sentimentos, não há
gratidão, não há nada... nada.... nada...
Calou-se, profundamente abatido, com os olhos no ar, parecendo não ouvir coisa nenhuma, a não
ser o eco de seus próprios pensamentos. Após alguns instantes, ergueu-se e estendeu-me a mão:
— O senhor há de rir-se de mim, disse ele; mas desculpe aquele desabafo; tinha um negócio, que
me mordia o espírito. E ria, de um jeito sombrio e triste; depois pediu- me que não referisse a
ninguém o que se passara entre nós; ponderei-lhe que a rigor não se passara nada. Entraram dois
deputados e um chefe político da paróquia. Lobo Neves recebeu-os com alegria, a princípio um tanto
postiça, mas logo depois natural. No fim de meia hora, ninguém diria que ele não era o mais
afortunado dos homens; conversava, chasqueava, e ria, e riam todos.

ASSIS, M. de. Memórias Póstumas de Brás Cubas; IN: CHIARA, A. C. et alli (Orgs.). Machado de
Assis para jovens leitores. Rio de Janeiro: Eduerj, 2008.

O pronome oblíquo átono está empregado de acordo com o que prevê a variedade formal da norma-
padrão da língua em:

a) Poucos dar-lhe-iam a atenção merecida.

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b) Lobo Neves nunca se afastara da vida pública.


c) Diria-lhe para evitar a carreira política se perguntasse.
d) Ele tinha um problema que mantinha-o preocupado todo o tempo.
e) Se atormentou com aquela crise de melancolia que parecia não ter fim.

6. (CESGRANRIO 2018) O pronome destacado foi utilizado na posição correta, segundo as exigências
da norma-padrão da língua portuguesa, em:

a) Quando as carreiras tradicionais saturam-se, os futuros profissionais têm de recorrer a


outras alternativas.
b) Caso os responsáveis pela limpeza urbana descuidem-se de sua tarefa, muitas doenças
transmissíveis podem proliferar.
c) As empresas têm mantido-se atentas às leis de proteção ambiental vigentes no país poderão
ser penalizadas.
d) Os dirigentes devem esforçar-se para que os funcionários tenham consciência de ações de
proteção ao meio ambiente.
e) Os trabalhadores das áreas rurais nunca enganaram-se a respeito da importância da
agricultura para a subsistência da humanidade.

7. (CESGRANRIO 2018) O pronome em destaque está colocado de acordo com a norma-padrão em:

a) Os jovens não dedicam-se suficientemente à leitura.


b) Quando alguém apresentar-se como salvador, é bom pesquisar sobre sua história.
c) Oferecemos-lhes as melhores condições de pesquisa em nossa biblioteca.
d) É preciso estarmos atentos às notícias, pois elas têm deturpado-se.
e) Encontraremo-nos em condições de discutir a realidade, caso sejamos bons leitores.

8. (CESGRANRIO 2018)
A Benzedeira
Havia um médico na nossa rua que, quando atendia um chamado de urgência na vizinhança, o
remédio para todos os males era só um: Veganin. Certa vez, Virgínia ficou semanas de cama por
conta de um herpes-zóster na perna. A ferida aumentava dia a dia e o dr. Albano, claro, receitou
Veganin, que, claro, não surtiu resultado. Eis que minha mãe, no desespero, passou por cima dos
conselhos da igreja e chamou dona Anunciata, que além de costureira, cabeleireira e macumbeira
também era benzedeira. A mulher era obesa, mal passava por uma porta sem que alguém a
empurrasse, usava uma peruca preta tipo lutador de sumô, porque, diziam, perdera os cabelos num
processo de alisamento com água sanitária.
Se Anunciata se mostrava péssima cabeleireira, no quesito benzedeira era indiscutível. Acompanhada
de um sobrinho magrelinha (com a sofrida missão do empurra- empurra), a mulher “estourou” no
quarto onde Virgínia estava acamada e imediatamente pediu uma caneta-tinteiro vermelha — não
podia ser azul — e circundou a ferida da perna enquanto rezava Ave-Marias entremeadas de palavras
africanas entre outros salamaleques. Essa cena deve ter durado não mais que uma hora, mas para
mim pareceu o dia inteiro. Pois bem, só sei dizer que depois de três dias a ferida secou
completamente, talvez pelo susto de ter ficado cara a cara com Anunciata, ou porque o Vaganin do
dr. Albano finalmente fez efeito. Em agradecimento, minha mãe levou para a milagreira um bolo de
fubá que, claro, foi devorado no ato em um minuto, sendo que para o sobrinho empurra-empurra
que a tudo assistia não sobrou nem um pedacinho.

LEE, Rita. Uma Autobiografi a. São Paulo: Globo, 2016, p. 36.

De acordo com as normas da linguagem padrão, a colocação pronominal está INCORRETA em:

a) Virgínia encontrava-se acamada há semanas.


b) A ferida não se curava com os remédios.
c) A benzedeira usava uma peruca que não favorecia-a.
d) Imediatamente lhe deram uma caneta-tinteiro vermelha.
e) Enquanto se rezavam Ave-Marias, a ferida era circundada.

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9. (CESGRANRIO 2016)
O suor e a lágrima
Fazia calor no Rio, 40 graus e qualquer coisa, quase 41. No dia seguinte, os jornais diriam que fora
o mais quente deste verão que inaugura o século e o milênio. Cheguei ao Santos Dumont, o vôo
estava atrasado, decidi engraxar os sapatos. Pelo menos aqui no Rio, são raros esses engraxates, só
existem nos aeroportos e em poucos lugares avulsos.
Sentei-me naquela espécie de cadeira canônica, de coro de abadia pobre, que também pode parecer
o trono de um rei desolado de um reino desolante.
O engraxate era gordo e estava com calor — o que me pareceu óbvio. Elogiou meus sapatos, cromo
italiano, fabricante ilustre, os Rosseti. Uso-o pouco, em parte para poupá-lo, em parte porque quando
posso estou sempre de tênis.
Ofereceu-me o jornal que eu já havia lido e começou seu ofício. Meio careca, o suor encharcou-lhe
a testa e a calva. Pegou aquele paninho que dá brilho final nos sapatos e com ele enxugou o próprio
suor, que era abundante.
Com o mesmo pano, executou com maestria aqueles movimentos rápidos em torno da biqueira, mas
a todo instante o usava para enxugar-se — caso contrário, o suor inundaria o meu cromo italiano.
E foi assim que a testa e a calva do valente filho do povo ficaram manchadas de graxa e o meu
sapato adquiriu um brilho de espelho à custa do suor alheio. Nunca tive sapatos tão brilhantes, tão
dignamente suados.
Na hora de pagar, alegando não ter nota menor, deixei-lhe um troco generoso. Ele me olhou
espantado, retribuiu a gorjeta me desejando em dobro tudo o que eu viesse a precisar nos restos
dos meus dias.
Saí daquela cadeira com um baita sentimento de culpa. Que diabo, meus sapatos não estavam tão
sujos assim, por míseros tostões, fizera um filho do povo suar para ganhar seu pão. Olhei meus
sapatos e tive vergonha daquele brilho humano, salgado como lágrima.

CONY, C. H. In: NESTROVSKI, A. (Org.). Figuras do Brasil – 80 autores em 80 anos de Folha. São
Paulo: Publifolha. 2001. p. 319.

O pronome em destaque está adequadamente colocado, quanto à norma-padrão, em:

a) O rapaz se mostrou feliz com o troco generoso.


b) Sentirá-se feliz aquele que tiver um trabalho digno.
c) O engraxate não queixou-se do calor.
d) Nunca observou-se tanta compaixão naquele homem.
e) Se sentiu envergonhado com a cena o escritor.

10. (CESGRANRIO 2016)


Texto
A função da arte
Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar. Viajaram
para o Sul. Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.
Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o
mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto o seu fulgor, que o
menino ficou mudo de beleza.
E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai: — Me ajuda a olhar!

GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços. Porto Alegre: L&PM, 2002. p.12.

No que se refere à colocação pronominal, respeita-se a norma-padrão em:

a) Queria que admira-me-ssem na velhice.


b) Me seduziria poder ser jovem a vida toda.
c) A aposentadoria, esperarei-a com ansiedade.
d) Nunca senti-me tão velho como hoje.
e) Ninguém o observava com a mesma atenção que eu.

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2 – GABARITO
1 E
2 A
3 C
4 B
5 B
6 D
7 C
8 C
9 A
10 E

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