Como a masculinidade tóxica afeta nosso bem-estar?

A masculinidade tóxica tem sido cada vez mais recorrente em nossa sociedade atual,
tendo como alvo desde homens a mulheres. Mesmo sendo mais em homens, isso também
pode afetar a lutas das mulheres por direitos iguais. A masculinidade toxica preza por um
conjunto de regras que determinam comportamentos específicos em homens, que podem
impactar em sua saúde e em seu dia a dia. Esses comportamentos estão geralmente ligados a
comportamentos violentos, que valorizam a força física, transformando seus sentimentos e
emoções sinais de fraqueza.

Isso afeta a própria pessoa e as lutas diárias de outras pessoas, como: a luta contra a
homofobia. Também agregam no estupro e na misoginia.

Pesquisas mostram que 80% dos homens sofrem de uma condição conhecida como
alexitimia, algo que impossibilita de se expressar. Isso pode ocorrer por vários distúrbios,
especialmente psicopáticos ou mesmo de suas criações, já que no passado isso era tratado
como algo “normal”. A masculinidade toxica mostra que vários homens têm medo de procurar
saber sobre sua saúde por conta da toxicidade. Varias pesquisas mostram que o homem com
essa masculinidade tem sido morto antes dos 50. Os dados mostram que doenças crônicas têm
surgido mais em homens e aumentam cada vez mais, por vários motivos, desde vícios,
acidentes de trânsito e homicídios, além de contribuírem para as taxas de suicídio por não
poderem demonstrar seus sentimentos por pensarem ser uma fraqueza. A taxa de
mortalidade entre homens é cada vez mais notada em jovens e crianças, com uma idade entre
10 a 15 anos, sendo que nessa idade as causas têm sido pesadas como acidentes, homicídio e
suicídio, sendo sete vezes maior entre as mulheres jovens.

Desde crianças percebemos como isso afeta diretamente a vida de uma criança ou de
um adolescente, principalmente por ser tratada como algo que só as mulheres podem sentir
ou demonstrar. Jovens são afetados por esse pensamento desde o berço, algo que deveria ser
quebrado depois de séculos, logo sendo um pensamento machista, que está envolvido no
patriarcado. Conseguimos enxergar varias situações aonde percebemos que o homem não
consegue se abrir consigo mesmo e com outras pessoas, por exemplo, em uma situação
hipotética que acontece muito: um jovem acaba de terminar com sua namorada por não
conseguir se expressar e não conseguir conversar com ela, por pensar que falar sobre
relacionamento é algo que só mulheres deveriam fazer e só por estar participando de um
relacionamento o faz ser um homem de verdade. Esse mesmo garoto vai a um bar para poder
beber por não dar conta de sentir todos esses sentimentos e por não dar conta de colocar seus
pensamentos em ordem, assim tendo que se viciar no álcool para esquecer seus problemas.
Esse exemplo infelizmente é algo que acontece bastante entre jovens, precisar de uma
alternativa para poder fugir de seus próprios pensamentos, já que não aprenderam a se
relacionar bem com as pessoas e com seus sentimentos.

Nós mesmos temos ideias de homens “homens”, de uma ideia paternalista como
guerreiros, como lutadores, figuras fortes com coragem, força e brutalidade. Mesmo sendo
uma ideia antiga e machista ainda sim, é são repetidas. Essas ideias surgiram a muito tempo
atrás, de quando as mulheres eram obrigadas a ficar em casa e homens saiam para trabalhar.
Percebemos que isso tem muito haver com o nosso passado, onde o mais forte sendo o
homem ia caçar e a mulher sendo mais “frágil” ficava em casa, com a ideia de que ela só servia
para procriar e cuidar de seus filhos até que eles crescessem e fizessem o mesmo com suas
esposas. Nos seres humanos somos diferentes de qualquer animal já visto, conseguimos
dialogar sem precisarmos brigar, sem precisarmos caçar, conseguimos entender tudo pelo
dialogo, só discutindo pelo senso comum se aquilo é o certo. Segundo a advogada é um
conjunto de comportamentos aprendidos desde a infância, que surgem da nossa sociedade
patriarcal de viver em um sistema que privilegia a experiência masculina. De acordo com a
psicóloga e professora Alba Regina Zacharias, esse ideal refere-se as definições que a
sociedade impõe ao masculino e ao toxico porque prejudica todos ao seu redor “E pode mata-
lo porque ele fica achando, por exemplo, que não pode levar desaforo para casa. Então, logo
entra em uma briga e pode ter sérios problemas.” A masculinidade tóxica

Como acabar com a masculinidade toxica?

Existem vários caminhos para acabar com a masculinidade toxica e com o machismo
estrutural, um deles seria procurar um tratamento psicológico ou um terapeuta. Infelizmente
o machismo e a masculinidade tóxica é algo que estamos a todo tempo em uma luta contra,
homens e mulheres nascem no meio dele e é muito difícil combater algo que já nascemos
dentro. Precisaríamos combater a toxidade com as próximas crianças que são as futuras
gerações, são essas crianças que vão nascer com o poder de mudar isso. A sociedade vem
sendo mais atenta com isso, mesmo que seja quase impossível combater todo esse quadro,
ainda sim é promovido iniciativas de mudanças sociais. O assunto vem sendo popularizado,
vendo que muitas pessoas a discussão como um esforço desnecessário. Ainda sim, cada vez
mais pessoas estão em ritmo e tomando iniciativas para essa mudança. A próxima geração
esta vindo com muita expectativa.

Como as mulheres são afetadas?

Com certeza, as maiores vitimas desse movimento são as mulheres. Desde cedo, os
meninos são incentivados a separarem o que é “de mulher e o que é de homem”. Isso fica
evidente em brincadeiras, aonde muitas vezes ouvimos “mulher não joga bola”, “mulher foi
feita para ficar em casa”, percebemos que as atitudes dessas falas partem para algo
traumático em que a mulher “aprende” aonde é o seu lugar, tendo uma fala machista e
misógina em meio a sociedade.
 FONTES: https://summitsaude.estadao.com.br/desafios-no-brasil/os-efeitos-da-
masculinidade-toxica-na-saude-do-homem/

https://revistamarieclaire.globo.com/Comportamento/noticia/2018/07/masculinidade
-toxica-afeta-homens-e-mulheres-mas-eles-precisam-lidar-com-emocional.html

https://www.youtube.com/watch?v=E-q0OTiNKcQ

https://www.psicanaliseclinica.com/masculinidade-
toxica/#Educacao_como_proposta_de_intervencao

https://soundcloud.com/vika-rocho/alba-regina-zacharias-masculinidade-toxica-1

https://soundcloud.com/vika-rocho/alba-regina-zacharias-masculinidade-toxica-2

http://hipermidia.unisc.br/portal/masculinidade-toxica-prejudicial-para-as-mulheres-
e-um-perigo-para-os-homens/