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Lição 5 - Trabalhando com tabelas

Tabela, como já foi definido em lições anteriores, é a


origem dos dados de um banco de dados. Para se construir
qualquer objeto dentro do Access, é necessária a elaboração de
uma tabela com todos os seus campos e propriedades, tais
como: tamanhos, tipos, validações, formatos, máscaras de
entrada e uma série de outras propriedades. Nesta lição, será
abordado tudo que uma tabela deve possuir para que seja
construído um perfeito banco de dados.

1 - Falando sobre normalização e relacionamentos


Para minimizar problemas provocados pela duplicação do mesmo campo em tabelas diferentes (embora a
eliminação de todos os valores duplicados nem sempre seja totalmente desejável), você deverá usar um
processo chamado normalização, a fim de organizar os campos em tabelas adequadas, com um mínimo de
redundância (ou duplicação). A teoria matemática subjacente à normalização é rigorosa e complexa, mas o
processo que você deve aplicar para construir uma tabela consistente é bastante simples  e pode ser
estabelecido como uma seqüência de regras.

 Regra 1  Cada campo de uma tabela deve conter um tipo exclusivo de informação.

 Regra 2  Cada tabela deve ter um identificador exclusivo, ou chave primária, que pode ser
formado por um ou mais campos da tabela. Por exemplo: uma tabela de funcionários de uma
empresa deve ter como chave primária a matrícula do funcionário, que é um campo único, isto é,
cada matrícula identifica um único funcionário.

 Regra 3  Para cada valor de chave primária, deve haver um e somente um valor em todas as
colunas de dados, sendo o valor relevante da chave primária. Isso significa que todos os campos da
tabela devem referir-se ao objeto identificado pela chave primária.

 Regra 4  Você precisa ser capaz de fazer uma modificação em qualquer campo (que não seja chave
primária) sem afetar nenhum outro campo da tabela.

As definições de tabelas, chaves primárias e outros termos serão detalhadas nesta lição, fazendo com que você
entenda melhor as regras de normalização.

Quando você aplica boas técnicas de projeto, acaba tendo um banco que vincula seus dados de forma
eficiente. Você vai notar que, quando normaliza seus dados conforme o recomendado, tende a obter como
resultado muitas tabelas separadas. Antes de as regras de normalização serem inventadas, os bancos de dados
tinham poucas tabelas e o programador era obrigado a controlar manualmente os relacionamentos entre
tabelas. A normalização permitiu o desenvolvimento de bancos de dados relacionais que simplificaram o
trabalho do programador, porque fazem os controles de relacionamentos e testes de segurança e integridade
entre as tabelas e os campos. O Access é um banco de dados relacional.

Por exemplo, você tinha de colocar as informações de clientes na tabela Pedidos, ou escrever um programa
para primeiro abrir e ler um registro da tabela Pedidos e depois procurar o registro coincidente na tabela
Clientes. Os bancos de dados relacionais solucionam esses problemas. Com um bom projeto, você não precisa
preocupar-se com o modo como juntará os dados quando precisar deles.
1.1 - Chave estrangeira
Sempre que você precisar relacionar duas tabelas de chaves primárias com tipos de dados diferentes, será
necessário criar uma tabela de associação entre elas. Por exemplo: uma tabela de fornecedores (chave
primária é o código do fornecedor) e uma tabela de produtos (chave primária é o código do produto). Se você
precisar saber quais fornecedores vendem um produto ou quiser saber quais produtos são vendidos por um
fornecedor, você precisará criar uma tabela de associação cuja chave deverá ser, obrigatoriamente, o código
do fornecedor mais o código do produto. Essa chave composta da tabela associativa é chamada de chave
estrangeira.

Num banco de dados bem projetado, as chaves estrangeiras resultam em eficiência. Você controla as chaves
estrangeiras à medida que projeta seu banco de dados. Quando define suas tabelas no Access, você vincula
chaves primárias a chaves estrangeiras, para dizer ao Access como ele deve associar os dados quando você
precisar obter informações de mais de uma tabela. Para melhorar o desempenho, você também instrui o
Access para que ele construa índices com as chaves estrangeiras, fazendo com que as pesquisas fiquem mais
rápidas e eficientes.

1.2 - Relacionamento
Relacionamento pode ser conceituado como a correspondência que existe entre duas tabelas distintas de um
banco de dados. Depois de definir tabelas diferentes para cada assunto no seu banco de dados, você precisa de
uma maneira de dizer ao Access como combinar novamente aquelas informações. O primeiro passo nesse
processo é definir relacionamentos entre suas tabelas. Depois de fazer isso, você pode criar consultas,
formulários e relatórios, para exibir informações de várias tabelas de uma só vez.

1.3 - Como os relacionamentos funcionam?


Um relacionamento funciona coincidindo dados em campos-chave  normalmente um campo com o mesmo
nome em ambas as tabelas. Na maioria dos casos, essa será a chave primária de uma tabela, que fornece um
identificador exclusivo para cada registro, coincidindo com uma entrada na chave estrangeira em outra tabela.
Por exemplo, funcionários podem ser associados a pedidos pelos quais são responsáveis, criando-se um
relacionamento entre campos CódigoDoFuncionário.

Figura 40 - As tabelas Funcionário e Pedidos relacionam-se por meio do campo CódDoFuncionario.


1.4 - Relacionamento um-para-vários
Em muitos casos, o relacionamento entre duas tabelas é de um-para-vários. Ou seja, para um registro da
primeira tabela, existem muitos registros relacionados na segunda tabela, mas para qualquer registro da
segunda tabela, existe um único registro relacionado na primeira tabela. Por exemplo: cada cliente pode ter
diversos pedidos, mas um pedido aplica-se somente a um cliente. Um pedido tem muitos itens de pedido, mas
cada item de pedido faz parte de apenas um pedido.

Figura 41 - Exemplo de relacionamento um-para-muitos.

Obs.: Em certas aplicações, um produto poderia ser fornecido por mais de um


fornecedor.

1.5 - Relacionamento um-para-um


No relacionamento um-para-um, um registro em uma tabela A não pode ter mais de um registro coincidente
na tabela B e vice-versa. Esse tipo de relacionamento não é comum porque a maioria das informações
relacionadas desta maneira deveria estar na mesma tabela e não em tabelas diferentes. Você talvez utilize um
relacionamento um-para-um para dividir uma tabela muito grande, para isolar parte de uma tabela por razões
de segurança ou para armazenar informações que somente se aplicam a um subconjunto da tabela principal.
Por exemplo, você pode querer criar uma tabela para saber quais são os funcionários que estão participando
de um torneio de futebol beneficente.
Figura 42 - Exemplo de relacionamento um-para-um.

1.6 - Relacionamento muitos-para-muitos


Em um relacionamento muitos-para-muitos, um registro na tabela A pode conter vários registros coincidentes
na tabela B e vice-versa. Esse relacionamento deve ser quebrado definindo-se uma terceira tabela (chamada
de tabela de associação) cuja chave primária consiste de pelo menos dois campos  as chaves primárias das
tabelas A e B. Por exemplo, a tabela Pedidos e a tabela Produtos possuem um relacionamento muitos-para-
muitos que é modificado pela criação de dois relacionamentos um-para-muitos com a tabela Detalhes do
Pedido.

1.7 - Como definir relacionamentos


Você define um relacionamento adicionando as tabelas que deseja relacionar à janela Relacionamentos e
então arrastando o campo-chave de uma tabela e soltando-o no campo-chave da outra tabela.

Figura 43 - Exemplo de relacionamento entre tabelas no Access.


O tipo de relacionamento que o Access cria é automático e depende da definição dos campos relacionados.

 Um relacionamento um-para-muitos é criado somente se apenas um dos campos relacionados for


uma chave primária ou possuir um índice exclusivo.

 Um relacionamento um-para-um é criado se ambos os campos relacionados forem chaves primárias


ou possuírem índices exclusivos.

 Um relacionamento muitos-para-muitos é, na verdade, dois relacionamentos um-para-muitos com


uma terceira tabela, cuja chave primária consiste de dois campos  as chaves estrangeiras das outras
tabelas.

Obs.: Se você arrastar um campo que não é uma chave primária e não
possui um índice exclusivo até outro campo com as mesmas características,
será criado um relacionamento indeterminado. Em consultas contendo tabelas
com um relacionamento indeterminado, o Access exibe uma linha de
associação padrão entre as tabelas, mas a integridade referencial não será
imposta e não há garantia de que os registros serão exclusivos nas tabelas.

Para definir relacionamentos entre tabelas:

1. Feche todas as tabelas que estiverem abertas. Você não pode criar ou modificar relacionamentos entre
tabelas abertas.

2. Na janela Banco de Dados, clique sobre na Barra de Ferramentas.

3. Se o seu banco de dados não tiver quaisquer relacionamentos definidos, a caixa Adicionar
Tabelas/Consultas será automaticamente exibida. Se você precisar adicionar as tabelas para relacioná-las e
a caixa de diálogo Adicionar Tabelas não estiver exibida, clique sobre na Barra de Ferramentas. Se as
tabelas que você quer relacionar já estiverem exibidas, vá para o passo 6.

4. Clique duas vezes sobre os nomes das tabelas que você quer relacionar e, então, feche a caixa de diálogo
Adicionar Tabelas/Consultas. Segure a tecla CONTROL para selecionar várias tabelas de uma vez.

5. Arraste o campo que você quer relacionar de uma tabela para o campo relacionado da outra.

Obs.: Para arrastar múltiplos campos, pressione a tecla CTRL e clique


sobre cada um dos campos antes de arrastá-los. Na maioria dos casos, você
arrasta o campo de chave primária (que está exibido em negrito) de uma tabela
para um campo similar (freqüentemente com o mesmo nome) chamado chave
estrangeira na outra tabela. Os campos relacionados não precisam ter o mesmo
nome, mas devem ter o mesmo tipo de dados (com duas exceções) e conter o
mesmo tipo de informações. Além disso, quando os campos coincidentes são
campos Número, eles devem ter a mesma definição da propriedade Tamanho do
Campo. Há duas exceções para tipos de dados coincidentes: você pode coincidir
um campo Incrementar AutoNumeração com um campo Número Inteiro Longo, e
pode coincidir um campo AutoNumeração Código da Replicação com um campo
Número Código da Replicação.

6. A caixa de diálogo Relacionamentos é exibida. Verifique os nomes dos campos exibidos nas duas colunas
 você pode modificá-los, se necessário.
Defina as opções de relacionamento, se necessário.

7. Escolha o botão Criar para criar um relacionamento.

8. Repita os passos de 5 a 8 para cada par de tabelas que você quiser relacionar.

1.8 - Integridade referencial


Integridade referencial é um conjunto de regras que você pode seguir para preservar os relacionamentos
definidos entre tabelas quando registros são inseridos ou excluídos. Se você impuser a integridade referencial,
o Access impedi-lo-á de:

 adicionar registros a uma tabela relacionada quando não houver registros associados na tabela
primária;

 alterar valores na tabela primária que resultariam em registros órfãos na tabela relacionada;

 excluir registros da tabela primária quando houver registros relacionados coincidentes em uma
tabela relacionada.

Se você selecionar a opção Propagar Atualização dos Campos Relacionados ou Propagar Exclusão dos
Registros Relacionados para um relacionamento, o Access permite alterações e exclusões na tabela primária e
altera ou exclui registros relacionados em uma tabela relacionada, para assegurar que as regras ainda estejam
impostas.

CUIDADO! – A exclusão de um registro em uma tabela primária poderá resultar na


exclusão de vários registros em uma tabela relacionada.

2 - Criando uma tabela


Já vimos que uma tabela é uma coleção de registros de dados sobre um assunto em particular, tais como uma
lista de clientes ou de peças de um estoque. Os campos são os blocos construtores das tabelas. Cada campo
contém informações sobre os assuntos necessários para definir de forma completa cada objeto da tabela. Por
exemplo: para definir o objeto peça de estoque é necessário controlar o código da peça, seu nome ou
descrição, número de série, data da fabricação, unidade (se caixa, pacote, dúzia, etc.) e seu preço unitário,
entre outros.

Vamos criar um novo banco de dados agora!

1. Carregue o programa Access 97.

2. Na janela de criação de banco de dados, selecione a opção Banco de Dados Vazio e clique no botão OK.

3. No quadro de diálogo Novo Arquivo de Banco de Dados, no espaço Nome do Arquivo, digite o nome
Cadastro Geral da Empresa e clique no botão Criar. Observe a figura 44.
Figura 44 - Quadro de diálogo para criação de banco de dados.

Automaticamente, o Access posiciona-se na janela de objetos do banco de dados, mostrando na Barra de


Título o seu nome. Observe a figura 45.

Figura 45 - Janela Banco de Dados.

O Access fornece quatro maneiras de se criar uma tabela em branco (vazia):

1. Use o Assistente de Banco de Dados para criar em uma única operação todas as tabelas, formulários e
relatórios necessários para todo o banco de dados. Um Assistente de Banco de Dados cria um novo banco
de dados; ele não pode ser utilizado para adicionar novas tabelas, formulários ou relatórios em um banco
de dados já existente.

2. Use o Assistente de Tabela para escolher os campos para sua tabela a partir de uma variedade de tipos de
tabela predefinidos, como contatos de negócios, estoque doméstico ou registros médicos, como foi visto
na lição anterior deste manual.
3. Digite os dados diretamente em uma Folha de Dados em branco. Quando salvar a nova Folha de Dados, o
Access vai analisar seus dados e atribuir automaticamente os tipos de dados apropriados e o formato para
cada campo.

4. Use o modo Estrutura para especificar todos os detalhes de sua tabela.

Independentemente de qual método você utiliza para criar uma tabela, pode-se usar o modo Estrutura da
tabela para mais tarde personalizar sua tabela, adicionando novos campos, definindo valores padrões ou
criando máscaras de entrada.

Escolha dentre as opções seguintes a que você deseja fazer:

 criar um banco de dados usando um Assistente de Banco de Dados;

 criar uma tabela usando o Assistente de Tabela;

 criar uma tabela digitando dados em uma Folha de Dados;

 criar uma nova tabela usando o modo Estrutura.

Se você desejar criar uma tabela nova no banco de dados, este deverá estar aberto. Dê um clique na guia
Tabela e depois no botão Novo, à esquerda da janela Banco de Dados. O quadro de diálogo Nova Tabela será
mostrado, como na figura 46, perguntando se você deseja usar o Assistente ou construir uma tabela por conta
própria.

5. Clique no botão Novo.

Figura 46 - Exibição da janela Nova Tabela.

6. Selecione a opção modo Estrutura e clique no botão OK.


Após a seleção da opção anterior, o Access exibe a janela Tabela no modo Estrutura, na qual são definidos os
nomes dos campos da tabela, tipo de dados, descrição e propriedades, conforme é mostrado na figura 47, a
seguir.

Figura 47 - Janela Tabela no modo Estrutura.

3 - Dando nome aos campos


Na primeira coluna do modo Estrutura da tabela encontra-se o espaço reservado para a escolha do nome dos
campos que comporão o arquivo de banco de dados. Esse nome deverá ter no máximo 64 caracteres,
incluindo letras, números, espaços e caracteres especiais, exceto o ponto (.), o ponto de exclamação (!), o
acento grave (`) e os colchetes ([ ]). Os nomes não podem ser iniciados com espaço e não podem incluir
caracteres de controle com valores da tabela ASCII de 0 a 31.

O Access indica aos seus usuários que, ao criar um nome de campo composto, este seja separado pelo traço de
sublinhado (underline) para manter a compatibilidade dos comandos realizados com o Visual Basic. Por
exemplo, um campo com o nome Endereço do Cliente, deve ser criado como Endereço_do_Cliente.

Para começar, basta digitar o nome do campo na posição e pressionar a tecla TAB para se deslocar até a
segunda opção  tipo de dado do campo. Procure nomear seus campos da melhor maneira possível, para que
sejam identificados com facilidade durante o trabalho com o seu banco de dados. Dessa forma, se seu trabalho
for muito complexo e extenso, você não perderá tempo em identificar o campo e suas propriedades,
melhorando o seu desempenho.
Exemplos de nomes de campos:

 NomeDoDepartamento

 CódigoDoFuncionário

 Valor

 Ano1996

 CódigoDoProduto

 NúmeroDeSérie

 NºDoPedido

 Tipo_Dieta

 Nome_Vinho

Obs.: No exemplo acima, os nomes dos campos estão escritos sem espaço. Entretanto, o
Access admite espaços entre as palavras que formam o nome dos campos.

4 - Escolhendo o tipo de dado de um campo


Todo campo deve possuir um tipo de dado definido. O tipo de dado determina a espécie e a faixa de valores
que podem ser inseridas em um campo e a quantidade de espaço de armazenamento disponível no campo.

A tabela abaixo lista os tipos de dados e suas aplicações, detalhando os tamanhos de armazenamento e as
faixas de valores permitidas para cada tipo de dado.

Tipo de dado Aplicação

Texto Texto e números, tais como nomes e endereços, números de telefone e códigos postais. Um campo
Texto pode conter até 255 caracteres.

Memorando Textos e números longos, tais como comentários, descrições e observações. Um campo Memorando
pode conter até 64.000 caracteres.

Número Dados numéricos nos quais se deseja realizar cálculos matemáticos. Preencha a propriedade Tamanho
do Campo para definir o tipo de "Número" específico. Não use o campo número para guardar
telefones nem CEP, lembre-se que o zero à esquerda de um número é desprezado.

Data/Hora Datas e horas. Utilize este tipo de dados para armazenar datas, horas, ou datas e horas ao mesmo
tempo.
Moeda Valores monetários. Não use o tipo de dados Número para valores monetários, porque números à
direita do ponto decimal podem ser desprezados durante os cálculos. O tipo de dado Moeda mantém
número fixo de dígitos à direita do ponto decimal.

AutoNumeração Números seqüenciais automaticamente inseridos pelo Access. A numeração inicia com 1. O tipo de
dado AutoNumeração adequa-se muito bem a campos definidos como chave primária e é compatível
com o tipo de dado Número quando este tem a propriedade Tamanho do Campo definida como
Inteiro Longo. Você pode criar um campo ID que identifica o registro com um número único
fornecido pela AutoNumeração.

Sim/Não Sim/Não, Verdadeiro/Falso, Ativado/Desativado ou campos que irão conter apenas um de dois
valores. Um tipo de campo “Cliente Preferencial” por exemplo, pode usar esse tipo de dados boleano.

Objeto OLE Objetos criados em outros programas utilizando o protocolo OLE que podem ser vinculados ou
incorporados em um banco de dados Access por meio de controle em formulário ou relatório. Utilize
este tipo de dados sempre que quiser inserir figuras, sons e vídeos em seus bancos de dados.

Obs.: Selecione o tipo de dado apropriado para cada campo. Por


exemplo, a maioria dos campos em uma tabela de nomes e endereços será
definida como campos Texto. Até mesmo um campo de número de telefone
que contém somente algarismos deve ser definido como um campo Texto.
Reserve o tipo de dado Número para campos nos quais se deseja realizar
cálculos. Não se pode indexar campos com os tipos de dados Memorando ou
objeto OLE.

Para definir campos na tabela:

1. Na coluna Nome do Campo, digite o nome do primeiro campo seguindo as convenções de nomenclatura
padrão do Access.

2. Na coluna Tipo de Dados, mantenha o padrão (Texto) ou clique na seta e selecione o tipo de dado
desejado.

3. Na coluna Descrição, digite a descrição da informação que esse campo irá conter. A descrição é opcional.

4. Se desejar, defina as propriedades do campo na parte inferior da janela.

5. Repita os passos de 1 a 4 para cada campo.

Vamos lá, agora é a sua vez. Digite as informações abaixo na estrutura da tabela
apresentada na tela.

Nome do campo Tipo de dado Descrição

Código AutoNumeração Código de acesso do funcionário à empresa.

Funcionário Texto Nome completo do funcionário, sem abreviar.

Setor Texto Setor em que o funcionário está lotado.

Endereço Texto Localização da residência do funcionário.

Casado(a)? Sim/Não Qual o estado civil do funcionário.


N_Filhos Número Quantidade de filhos para cálculo do salário-família.

Data_de_Admissão Data/Hora Data em que o funcionário foi contratado na empresa.

Salário_Inicial Moeda Salário inicial do funcionário na empresa.

Comentários Memorando Informações adicionais sobre o funcionário.

Foto Objeto OLE Retrato recente do funcionário

Após a digitação das informações, não faça nada antes de ler sobre o próximo item, que fala sobre as
propriedades dos campos.

5 - Ajustando as propriedades da tabela


Cada campo possui um conjunto de propriedades usadas para personalizar o armazenamento, a manipulação
ou a exibição dos dados. Por exemplo, você pode controlar o número máximo de caracteres que podem ser
digitados em um campo Texto definindo sua propriedade Tamanho do Campo. Você define as propriedades
de um campo exibindo uma tabela no modo Estrutura, selecionando o campo na parte superior da janela e,
depois, a propriedade desejada na parte inferior da mesma.

As propriedades disponíveis para cada campo serão determinadas pelo tipo de dados que você selecionar para
o campo.

Para determinar uma propriedade de campo:

1. No modo Estrutura da tabela, selecione o campo cujas propriedades serão definidas.

2. Clique na propriedade que deseja definir na parte inferior da janela.

3. Defina a propriedade.

Propriedade Descrição

Tamanho do Campo Comprimento máximo de um campo de texto ou de um tipo de número.

Formato Configuração com que os dados são exibidos. Usam-se formatos


predefinidos ou personalizados pelo usuário.

Casas Decimais Número de casas decimais à direita do ponto decimal.

Máscara de Entrada Para formatar caracteres para entrada de dados utilizando máscaras
predefinidas ou personalizadas pelo usuário.

Legenda Etiqueta de campo padrão em um formulário ou relatório.

Valor Padrão Valor inserido em um campo quando os registros são criados.

Regra de Validação Expressão que define as regras de entrada de dados.


Texto de Validação Texto que aparece quando dados inválidos são inseridos no campo.

Requerido Configuração que define se o dado deve ser fornecido.

Permitir Comprimento Configuração que define se seqüências vazias são permitidas.

Indexado Índices de campo único para acelerar pesquisas e classificações.

Obs.: Se uma seta aparece à direita da caixa da propriedade, clique na


seta e selecione a partir da lista mostrada. Se o botão Construir aparecer, pode-
se clicar no botão para que o Construtor auxilie o usuário a definir a propriedade.

6 - Detalhando todas as propriedades


Como já foi referenciado anteriormente, as propriedades são importantes porque ajudam a controlar a entrada
das informações em cada campo. Por isso mostramos a seguir uma lista de todas as propriedades explicando-
se a utilização de cada uma delas, bem como o tipo de dados em que ela aparecerá.

6.1 - Tamanho do Campo


Esta propriedade permite que se escolha o tamanho mais apropriado para o campo em questão. Procure definir
um tamanho ideal para o campo visando sempre a uma entrada futura com um tamanho maior, ou seja, defina
o tamanho de acordo com a maior informação que possa entrar no campo.

a) Texto  Se a propriedade Tipo de Dado estiver definida como Texto, forneça um número entre 0 e 255. A
definição padrão é 50.

b) Número - Se a propriedade Tipo de Dado estiver definida como Número, as definições e os valores da
propriedade Tamanho do Campo estarão relacionados da seguinte forma:

Definição Descrição

Byte Armazena números de 0 a 255 (Não-fracionários). Ocupa 1 byte.

Inteiro Armazena números de -32.768 a 32.767 (Não-fracionários). Ocupa 2 bytes.

Inteiro Longo Armazena números de -2.147.483.648 a 2.147.483.647 (Não-fracionários). Ocupa 4


bytes.

Simples Armazena números com seis dígitos de precisão, podendo valer até 3,402823E38.
Ocupa 4 bytes.

Duplo Padrão. Armazena números com 10 dígitos de precisão, de -1,79769313486232E308


até 1,79769313486232E308. Ocupa 8 bytes.

Obs.: Geralmente se deve utilizar a menor definição possível de


Tamanho do Campo, pois dados de tamanho menor são processados mais
rapidamente e exigem menos memória e espaço em disco. Utilize o tipo de
dado Moeda se planejar executar muitos cálculos em um campo que contenha
dados entre uma e quatro casas decimais. Os campos Simples e Duplo exigem
cálculos em ponto flutuante. O campo Moeda utiliza um cálculo em ponto fixo
que evita erros de arredondamento.
6.2 - Formato
A propriedade Formato é utilizada para modificar a forma de exibição dos dados de um campo, e possui
diferentes definições para diferentes tipos de dados. Por isso, dependendo do tipo de dado, o conjunto de
propriedades muda. A seguir são listadas essas propriedades de acordo com o tipo de dado do campo.

a) Número e Moeda  A tabela a seguir exibe as definições da propriedade Formato.

Definição Descrição

Número Geral Padrão. Exibe o número exatamente como foi inserido.

Moeda Utiliza o separador de milhares; exibe números negativos entre parênteses; a definição da propriedade
CasasDecimais (DecimalPlaces) é 2.

Fixo Exibe pelo menos um dígito; a definição da propriedade CasasDecimais é 2.

Standard Utiliza o separador de milhares; a definição da propriedade CasasDecimais é 2.

Por Cento Multiplica o valor por 100; anexa um sinal de porcentagem; a definição da propriedade CasasDecimais
é 2.

Científico Utiliza a notação científica padrão.

Personalizado Você pode ainda personalizar o formato de exibição dos números digitando 0 (zeros) na propriedade
Formato. Por exemplo, digite “000” no formato de um número para que os valores sejam exibidos com
zeros à esquerda: 1 = 001, 20 = 020, 100 = 100, e assim por diante.

b) Data/Hora  A tabela mostrada a seguir relaciona as definições da propriedade Formato para os tipos de
dado Data/Hora.

Definição Descrição

Data Geral Padrão. Se o valor for somente data, a hora não será exibida; se o valor for somente hora, a data não
será exibida. Exemplos: 4/3/93 05:34:00 (exibe data e hora); 4/3/93 (exibe só a data); 05:34:00
(exibe apenas a hora).

Data Completa Igual à definição de “Formato por extenso da data” na seção Internacional do Painel de Controle do
Windows. Exemplo: Sábado, 3 de abril de 1993.

Data Média Exemplo: 03-abr-93.

Data Abreviada Igual à definição de “Formato abreviado da data” na seção Internacional do Painel de Controle do
Windows. Exemplo: 4/3/93.

Hora Completa Igual à definição de “Formato da hora” na seção Internacional do Painel de Controle do Windows.
Exemplo: 5:34:23.

Hora Média Exemplo: 05:34.

Hora Abreviada Exemplo: 17:34.


c) Sim/Não  A tabela mostrada a seguir exibe as definições da propriedade Formato para tipos de dado
Sim/Não.

Definição Descrição

Sim/Não Padrão. Sim = 1, Não = 0.

Verdadeiro/Falso Verdadeiro = 1, Falso = 0.

Ativado/Desativado Ativado = 1, Desativado = 0.

d) Texto e Memorando  Você pode utilizar os símbolos da seguinte tabela para a criação de formatos
próprios. Esses símbolos podem ser usados para especificar se um caractere de texto é permitido e se todos os
caracteres são exibidos em maiúsculas ou minúsculas.

Definição Descrição

< Transforma todos os caracteres em letras


minúsculas.

> Transforma todos os caracteres em letras


maiúsculas.

Obs.: O Access fornece formatos padrões para os tipos de dados Número,


Data/Hora e Sim/Não. Pode-se selecionar um dos formatos padrões ou criar-se
um formato definido pelo usuário com a utilização dos símbolos de formatação.
Pode-se trabalhar apenas com formatos definidos pelo usuário para tipos de dado
Texto e Memorando.

Os formatos padrões dependem do país que estiver especificado na seção Configurações Regionais do Painel
de Controle do Windows. O Access exibe os formatos apropriados para o país selecionado. Por exemplo,
com o formato Moeda definido para os Estados Unidos, 1234.56 será exibido como $1,234.56; mas, quando o
formato estiver definido para o Reino Unido, ele será exibido como £1,234.56.

Não é possível misturar os símbolos de formatação definidos pelo usuário para os tipos de dado Número com
os símbolos de Data/Hora ou com os símbolos do formato Texto.

6.3 - Casas Decimais


Esta propriedade determina o número de casas decimais que o Access utilizará para exibir
os números. As definições da propriedade Casas Decimais são:

Definição Descrição

Automático Padrão. Os números serão exibidos


exatamente como foram digitados.

0 a 15 Os dígitos à esquerda do ponto decimal


serão exibidos exatamente como foram
especificados pela definição da propriedade
Formato; os dígitos à direita do ponto
decimal serão exibidos com o número
especificado de casas decimais.

6.4 - Valor Padrão


Esta opção é utilizada para campos que possuam um valor mais comum, presente na maioria dos registros.
Insira o texto ou uma expressão para que seja definido como Valor Padrão. O comprimento máximo é de
255 caracteres. O Valor Padrão é automaticamente inserido em um campo ou controle quando um novo
registro é criado. Por exemplo, em uma tabela de endereços, a especificação padrão para o campo Cidade
poderá ser definida como São Paulo. Quando os usuários adicionarem registros à tabela, eles poderão aceitar
esse valor para evitar repetição na digitação ou digitar o nome de uma cidade diferente.

Você pode criar um campo Data_de_Cadastro para guardar a data em que um registro foi criado ou um cliente
foi cadastrado. Para isso, insira no campo Valor Padrão a função =agora(). Toda vez que um registro for
criado, este campo terá digitado nele como padrão, a data e a hora no seu computador.

6.5 - Regra de Validação e Texto de Validação


A propriedade Regra de Validação define a expressão que será avaliada quando os dados de um campo ou
controle vinculado a um campo forem adicionados, alterados, ou quando você salvar um registro.

A propriedade Texto de Validação especifica o texto da mensagem que aparece se o campo, controle ou
registro não satisfizer às condições listadas na definição da propriedade Regra de Validação.

Você pode utilizar as propriedades Regra de Validação e Texto de Validação para ajudar o usuário a fornecer
dados válidos. Por exemplo, quando é adicionado um registro para um novo empregado, você pode exigir
que a entrada do campo Data de Início se situe entre a data de fundação da empresa e a data atual. Se a data
fornecida não estiver nessa faixa, poderá ser apresentada a mensagem "A data inicial está incorreta".

Insira uma expressão para a Regra de Validação e o texto para Texto de Validação nos respectivos espaços,
para controlar a integridade das informações do seu banco de dados. O comprimento máximo para cada
propriedade é de 255 caracteres

Se você omitir a Regra de Validação, não será efetuada nenhuma validação dos dados. Se você definir a
propriedade Regra de Validação, mas não definir a propriedade Texto de Validação, o Access exibirá uma
mensagem de erro padrão quando a Regra de Validação for violada.

Experimente: Digite na propriedade de um campo data/hora o texto <Agora(), isso fará com que a data que
será digitada no campo seja sempre anterior a data atual do seu computador, caso a data não seja anterior, uma
mensagem de violação da validação dos dados será exibida.

6.6 - Requerido
Você pode utilizar esta propriedade para assegurar-se de que um campo em particular ou controle vinculado a
um campo sempre terá um valor (nunca será Nulo). Por exemplo, você pode querer ter certeza de que um
campo Nome terá um valor para cada registro.

A propriedade Requerido é tratada em nível de tabela. Então, se você define esta propriedade como Sim, o
campo precisa ter um valor preenchido todas as vezes nas quais registros serão inseridos na tabela, em
formulários e em Folha de Dados baseados na tabela, quando uma macro ou o Access Basic define o valor do
campo ou quando os dados são importados para a tabela.

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