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Módulo 1  •  Unidade 4

Descrevendo
pessoas,
objetos,
lugares...
o mundo!
Para início de conversa...
Nesta unidade, vamos explorar as várias formas de
descrever o mundo que nos rodeia. Pessoas, lugares, coi-
sas e cenas, tudo vai ser alvo de nossa representação por
meio de palavras.

Quem já não teve de descrever uma pessoa, ou um


lugar, ou algo para alguém?

Imagine que você esteja procurando um lugar


desconhecido e tenha de pedir informações descrevendo
este lugar para outra pessoa... Imagine que você queira
descrever um lugar, uma paisagem ou uma cena em uma
história que você está escrevendo... Imagine que você es-
teja procurando uma pessoa e tenha de descrevê-la para
alguém para ver se ele a viu ou conhece... Ou que você
tenha conhecido alguém muito interessante numa festa
e queria descrevê-la (o) a um amigo...

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Será que você faria todas essas descrições da mesma maneira, utilizando as mesmas
características e informações a respeito do que é descrito?

Vamos conhecer várias formas de descrever o mundo e expressar nossa capacidade de


retratar o que percebemos. Vamos vivenciar e perceber as diferenças entre descrições objeti-
vas e subjetivas, e aprender como se constroem diferentes textos descritivos.

Objetivos de aprendizagem
ƒƒ Identificar as características e a estrutura de textos descritivos.
ƒƒ Diferenciar textos descritivos objetivos e subjetivos.
ƒƒ Analisar textos descritivos.
ƒƒ Produzir textos descritivos.

2 Módulo 1  •  Unidade 4
Seção 1
A descrição

1. Se você tivesse de fazer um retrato falado da mulher da foto


ao lado, como você a descreveria?

Atividades

Imagino que você tenha destacado algumas características físicas dela, algo como:
pele clara, cabelos lisos, várias rugas de expressão, lábios finos...

Veja, agora, outras descrições feitas desta mesma pessoa:

Descrição A
“Maria é uma das muitas moradoras de rua na cidade de São Paulo. Sua pele clara
e seus cabelos lisos destacam um sorriso tímido e tristonho. Maria representa mais
um brasileiro que perdeu sua identidade e sua cidadania: não se lembra de onde
veio, quando nasceu, sua origem, sua família. Maria é simplesmente mais uma Ma-
ria, sem teto, sem documento, sem nada.”

Descrição B
“Sorriso entreaberto,
Roucas gargalhadas.
Entre o chão e o céu,
Maria dorme,
Maria vive.
Sob a marquise,
Sobre a calçada,

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Seu endereço.
Rugas marcadas,
Sofrimento na alma.
Sem teto.
Sem amor.
Sem identidade.
Simplesmente maria.”

Lopes. Julia. Textos elaborados especialmente para este material didático

Sem-teto: um problema social


O problema da falta de moradia atinge todos os países nos grandes centros urbanos. Considera-
se um sem-teto uma pessoa que não tem moradia fixa e, por isso, passa a considerar como sua
residência um local público, uma praça, embaixo de pontes, marquises, em obras abandonadas
etc. A figura do sem-teto também é identificada como a do mendigo ou do morador de rua.

A presença de moradores de rua nas grandes cidades é um problema social, pois reflete desajus-
tes, como: alcoolismo, vícios, distúrbios psicológicos ou questões de ordem econômica. Os sem-
-teto perdem sua identidade enquanto indivíduos e são marginalizados por outros grupos sociais
que os desprezam pela precária condição de vida. São colocados em um submundo onde predo-
mina a violência, a falta de higiene, a intolerância, apenas como alguns exemplos, e deixam de ser
vistos como parte da sociedade. Perdem a identidade e, acima de tudo, a cidadania.

Veja mais em http://g1.globo.com/Noticias/Rio/foto/0,11712785, www. mtst.org. e semteto.


wordpress.com/

Como você pôde perceber a partir dos textos anteriores, uma pessoa pode ser descrita
de várias formas, dependendo da percepção e da intenção de quem a descreve.

Algumas descrições são mais objetivas, isto é, apresentam características diretamente


observáveis, aquelas, como a cor dos cabelos, dos olhos, da pele etc., que todos veem da
mesma maneira, impessoal.

Outras descrições são mais subjetivas, pois envolvem a emoção de quem escreve, re-
velam as impressões captadas por aquele autor num determinado instante e, por isso, são
mais pessoais.

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Retome a leitura do texto A sobre Maria.
1. Observe que, inicialmente, o autor apresenta quem será objeto da descrição no
texto. Destaque o período em que essa apresentação acontece.

2. Ao apresentar as características da pessoa que está sendo descrita, o autor selecio-


na dois aspectos: características físicas e características sociais. Identifique-as em
duas colunas.

características físicas características sociais

3. O autor do texto revela um dado sobre Maria


que diz respeito, também, ao aspecto político: •  Identidade: s.f. O que faz
“Maria representa mais um brasileiro que per- que uma coisa seja da mes-
deu sua identidade e sua cidadania (...)”. Leia os ma natureza que outra.
verbetes sobre identidade, cidadania e cidadão.
/ Conjunto de caracteres
a) De acordo com seu conhecimento de próprios e exclusivos de
mundo e de vida em uma sociedade, uma pessoa (nome, idade,
quais são os deveres de um cidadão sexo, estado civil, filiação
com seu país? etc.): verificar a identidade
de alguém. // Identidade
pessoal, consciência que
alguém tem de si.
b) E os direitos de um cidadão?
•  Cidadania: s.f. qualidade de
cidadão

•  Cidadão: s.m. membro de um


c) Então, por que o texto afirma, ao des-
Estado, considerado do pon-
crever Maria, que ela representa um
brasileiro que perdeu sua identidade to de vista de seus deveres
e sua cidadania? Leia o texto “Direitos com a pátria e de seus direi-
e deveres individuais”, para responder tos políticos.
a esta questão.

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O texto a seguir trata dos direitos e deveres individuais do cida-
dão. Observe que, para mostrar quais são os direitos e os deveres
do cidadão, garantidos em Constituição, o autor também se uti-
liza de descrições.

Direitos e deveres individuais


Cidadão é aquele que se identifica cultural-
mente como parte de um território, usufrui
dos direitos e cumpre os deveres estabele-
cidos em lei. Portanto, se conhecemos nos-
sos direitos e deveres, podemos participar
da vida de nossa nação, lutar por justiça e
elegendo representantes que realmente se
interessam pelas causas nacionais.

Veja alguns deveres e direitos de todo ci-


dadão brasileiro:
Deveres
• Votar para escolher os governantes.
• Cumprir as leis.
• Respeitar nossos semelhantes
• Preocupar-se com a preservação e pro-
teção do Meio Ambiente
• Proteger o patrimônio público e social
do país.
Direitos
• Homens e mulheres são iguais em direi-
tos e obrigações.
• Saúde, educação, moradia, segurança,
lazer, vestuário, alimentação e transpor-
te são direitos dos cidadãos.
• A manifestação do pensamento é livre,
sendo vedado o anonimato.
• A liberdade de consciência e de crença
é inviolável, sendo assegurado o livre
exercício dos cultos religiosos e garanti-
da, na forma da lei, a proteção aos locais
de culto.

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Saiba mais sobre a Declaração Universal
dos Direitos Humanos no Portal Brasil.
E leia o texto na íntegra no site www.brasil.
gov.br/sobre/cidadania/direitos-e-deve-
res-individuais.

Fragmentado e adaptado. http://www.brasil.


gov.br/sobre/cidadania/direitos-e-deveres-
individuais Acesso em 10/04/11

A Descrição B, também sobre Maria, é um texto mais subjetivo, pessoal.


4. Que diferenças há, quanto à forma de escrever o texto, em relação à Descrição A?
Observe a organização das linhas do texto.

5. De que maneira o autor, na descrição B, identifica Maria como uma moradora de rua?

6. Destaque da descrição B os versos que revelam aspectos psicológicos - relativos a


sentimentos, emoções, à alma, às impressões sensoriais.

7. O último verso do texto mostra uma última característica de Maria: “simplesmente


maria”. Note que, aí, o nome próprio aparece com letra minúscula. Por que você
acha que o autor usou a letra minúscula em um nome próprio, considerando os
conceitos de cidadão e cidadania que vimos anteriormente?

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A partir da análise dos textos anteriores, você percebeu que, quando retratamos algo,
é preciso que façamos uma escolha: de que ponto de vista vamos fazer esse retrato? Assim, a
descrição pode ser mais objetiva ou subjetiva, dependendo do objetivo que temos.

1. Descrição objetiva: quando o objeto, o ser, a cena, a passagem são apresentadas como
realmente são, concretamente. Busca-se uma descrição de forma que o objeto seja tal e
qual se vê na realidade.

Exemplos:
a) Descrição de pessoa:

O perfil físico de homem ideal para as mulheres do nosso tempo: rapaz com al-
tura de 1,85m, com peso aproximado de 80 Kg, aparência atlética, ombros largos, pele
bronzeada, moreno, olhos negros, cabelos negros e lisos. Eventualmente, o eleito pode ter
cabelos louros ou grisalhos. A idade pode variar entre 26 e 45 anos.
b) Descrição de lugar:

A Mata Atlântica compreende a região costeira do Brasil. Seu clima é equatorial


ao norte e quente temperado ao sul. Apresenta alta umidade e temperaturas médias ele-
vadas, durante o ano todo. A alta pluviosidade nessa região é devida à barreira que a
serra constitui para os ventos que sopram do mar. Seu solo é pobre e a topografia é
bastante acidentada.

2. Descrição subjetiva: quando há maior participação da emoção, ou seja,


quando o objeto, o ser, a cena, a paisagem são transfigurados pela emoção
de quem escreve ou fala.

Exemplos:
a) Descrição de pessoa:

“Cercavam-na homens, mulheres e crianças; todos queriam novas dela. Não


vinha em trajo de domingo; trazia casaquinho branco, uma saia que lhe deixava
ver o pé sem meia, num chinelo de polimento com enfeites de marroquim de di-
versas cores. No seu farto cabelo crespo e reluzente, puxado para a nuca, havia um
molho de manjericão e um pedaço de baunilha espetado por um gancho. E toda
ela respirava o asseio das brasileiras e um odor sensual de trevos e plantas aromáticas. Irriquieta,
saracoteando o atrevido e rijo quadril baiano, respondia para a direita e para a esquerda, pondo
à mostra um fio de dentes claros e brilhantes que enriqueciam a sua fisionomia com um realce
fascinador.” (Extrato do romance “ O Cortiço” de Aluísio de Azevedo).

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b) Descrição de ambiente:

“Os campos e as árvores pareciam ainda mais bonitos sob a luz do sol. Os pássaros canta-
vam alegremente enquanto atravessavam o céu azul. De repente, quando a família Otis entrou
na estrada que conduzia à mansão Canterville, nuvens escuras surgiram no céu, e gralhas voaram
sem parar. Então, gotas de chuva começaram a cair.” (Extrato de. “O fantasma de Canterville”, de
Oscar Wilde)

1. Observe, nos exemplos acima, como as perspectivas são distintas nas descrições
realizadas. Na primeira, o texto é mais seco, mais direto; na segunda, vem recheado
de impressões pessoais.
a) Circule, nos exemplos dados de descrição subjetiva, as palavras que trazem
as marcas da emoção, ou das impressões sensitivas e subjetivas que os au-
tores deixaram transparecer.
b) A descrição 2a trata de Rita Baiana, personagem do romance “O Cortiço”,
de Aluízio de Azevedo. O narrador descreve-a, utilizando impressões que
são capturadas pelos nossos sentidos (olfato (cheiros), visão (formas, cores,
cenas), tato, audição (sons). Retire do texto uma frase que demonstra uma
percepção relacionada ao olfato (cheiros):

Muito bem! E agora, você pode dizer o que é descrição?

Você sabia que a descrição pode estar presente


em diferentes gêneros textuais? Por exemplo, podemos A descrição é um tipo de tex-
ter descrição numa narrativa, quando descrevemos uma to em que se faz um “retrato
verbal” – por meio de pala-
personagem, um lugar, ou um cenário. Também po-
vras escritas ou faladas - de
demos ter descrição numa notícia de jornal, ou numa pessoas, objetos, animais, ce-
reportagem, quando é retratada a cena em que algo nas ou ambientes. A escolha
entre uma descrição objetiva
aconteceu. Os próprios livros didáticos estão repletos
ou subjetiva depende basi-
de descrições em vários textos didáticos (que apresen-
camente do objetivo que o
tam um certo conteúdo), mapas, fórmulas matemáticas, autor pretende alcançar com
químicas e físicas, verbetes, textos jornalísticos (notícias, aquela descrição.

manchetes) e literários (poemas, contos), entre outros.

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Ou seja, quando se faz necessário apresentar as características de uma pessoa, um
objeto, um ambiente, uma cena, uma situação, ou até um conteúdo a ser estudado, utiliza-
mos o texto descritivo. Nele, geralmente enumeramos aspectos físicos, psicológicos, sociais
e culturais, a partir do que se vê, ouve, sente, percebe, usamos a descrição, seja numa carta,
num livro didático, numa notícia de jornal, no dicionário, num relatório etc.

Seção 2
Alguns elementos linguísticos do Texto
Descritivo

O texto do tipo descritivo tem como objetivo fazer com que o leitor ou ouvinte “visua-
lize” ou construa mentalmente um objeto, uma pessoa, um ser, uma cena. Para isso, observe
como a descrição organiza-se numa sequência de frases e orações em que se destacam o
que se descreve (substantivos) e suas características (adjetivos e locuções adjetivas). Veja, no
exemplo, como os adjetivos caracterizam a pele e o sorriso de Maria:

“Sua pele clara e seus cabelos lisos destacam um sorriso tímido e tristonho.

A “pele” (substantivo) é caracterizada com o adjetivo “clara”;

Os cabelos (substantivo) apresentam os adjetivos “tímido” e “tristonho”.

Vamos relembrar os conceitos de substantivo e de adjetivo?

O substantivo é a palavra com que nomeamos tudo o que existe no mundo real ou na nossa
imaginação. Nada existe se não tiver um nome. Exemplos: casa, filho, abelha, trabalho, vida,
Mariana, texto, amor etc.

O adjetivo é a palavra que usamos para dar qualidades, caracterizar os substantivos. Exemplos:
casa grande, filho amado, abelha africana, trabalho difícil, vida incansável, Mariana bela, texto
descritivo, amor infinito.

A locução adjetiva é um conjunto de duas ou mais palavras que equivalem a um adjetivo. Ge-
ralmente, são organizadas a partir de uma preposição e um substantivo, que, juntos, atribuem
uma característica a um substantivo. Exemplos: casa de pedra, filho de mãe solteira, abelha da
África, trabalho de muita dificuldade, Mariana de Rio Branco, amor sem fim.

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1. Identifique os adjetivos ou locuções adjetivas nas frases a seguir, sublinhando o
substantivo (nome) a que se referem:
a) A vida miserável de muitos brasileiros honestos é fruto de uma sociedade
desigual e injusta.
b) Maria apresenta rugas de expressão que são marcas de uma vida difícil e um
caminho com muitas dificuldades.
c) Embora seja uma cidadã brasileira, Maria não tem uma casa acolhedora, um
trabalho digno ou qualquer auxílio social.

2.1 - Concordância nominal

Observe agora como há concordância de gênero (masculino e feminino) e número


(singular ou plural) e entre o substantivo e o adjetivo:

Pele (feminino, singular) – clara (feminino singular)

Cabelos (masculino, plural) – lisos (masculino, plural)

Sorriso (masculino, singular) – tímido e tristonho (masculino, singular)

Percebeu? Os adjetivos sempre concordam em gênero e número com o substantivo.


Se ele está no singular, o adjetivo fica no singular; se o substantivo está no plural, o adjetivo
também vai para o plural, e assim por diante.

Essa concordância, que é obrigatória na língua padrão, também ocorre com os artigos
que aparecem às vezes antes dos nomes, como, por exemplo, em: A pele, os cabelos, um
sorriso, as rugas...

Assim, todos os elementos que se relacionam com o nome devem concordar com ele.
É o que chamamos de concordância nominal.

2.2 - Predicado Nominal

Vamos, agora, identificar o sujeito e o predicado em algumas orações, retiradas das


descrições acima:
a) Os campos e as árvores pareciam ainda mais bonitos.
b) O solo é pobre.

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Qual é o sujeito e o predicado dessas orações?

Sujeito Predicado
Os campos e as arvores pareciam ainda mais bonitos
O solo é pobre

Você observou como são utili-


Os verbos de ligação servem apenas como elo ou zadas orações com verbos de ligação
ligação entre o sujeito da oração e a predicação
(ser, estar, ficar, parecer etc), que ser-
(qualidade, estado). São utilizados para transmi-
tir uma referência a um estado permanente (ser), vem apenas como elo de ligação entre
um estado transitório (estar), uma permanência o sujeito da oração e a predicação (qua-
de estado (continuar), uma aparência de estado
lidade, característica ou estado) atribu-
(parecer), uma mudança de estado (ficar, vir) e
outras semelhantes. ída ao sujeito?

Por isso, eles não são o núcleo do predicado e Veja como, nas frases acima, o
sim uma simples forma de ligação com o estado que fica em evidência é a qualidade ou
ou qualidade do sujeito que é expresso depois.
o estado do sujeito que vem depois do
verbo (e não o verbo, como ocorre no
predicado verbal). Por isso chamamos
O PREDICADO NOMINAL informa qualidade,
a esse tipo de predicado de “predicado
estado, características do sujeito. O seu núcleo
chama-se PREDICATIVO DO SUJEITO. nominal”. O núcleo é o predicativo do
sujeito e não o verbo de ligação.

1. Leia as orações, identifique o sujeito e sublinhe o núcleo do predicado nominal,


conforme o modelo:

I Modelo:

Na Constituição, [os direitos e deveres dos cidadãos] estão descritos.

II Todos os cidadãos estão protegidos pela Constituição.

III Teresópolis foi praticamente arrasada pelas chuvas de Janeiro de 2011.

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IV Cidades de Minas e de São Paulo permaneceram ilhadas por semanas.

V Pessoas, animais, prédios, casas, carros e tudo o mais permanecem indefe-


sos contra a força da natureza.

VI A população continua solidária às vitimas das catástrofes naturais.

VII Tragédias e histórias de superação estão destacadas nos jornais do país.

2. Analise as duas orações abaixo:


a) Eu ando muito preocupada com a situação dos pobres.
b) Eu andei muito até chegar aqui.

O verbo destacado desempenha a mesma função nas duas orações? Explique


sua resposta.

3. Lembrando que o núcleo de um predicado verbal é o verbo e o núcleo de um


predicado nominal é o predicativo do sujeito, qual é o núcleo do predicado em
cada oração?

Oração I : ______________________________________________________

Oração II: ______________________________________________________

Seção 3
Produzindo textos descritivos

Antes de iniciar a produção de um texto descritivo, devemos considerar:


1. O que será descrito: uma pessoa, um objeto, uma cena, um ambiente, uma paisagem?
2. Qual é o ponto de vista do qual vamos descrever? Vamos descrever de um ponto de vista
mais objetivo ou mais subjetivo?
3. Quais os elementos, que informações queremos ressaltar na descrição?
a) Se for uma descrição de pessoa, podemos pensar na descrição de características
físicas (o que se vê) , psicológicas (o que se percebe, sente, julga), sociais e compor-
tamentais (preferências, gostos, atitudes, hábitos etc.);

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b) Se for uma descrição de objeto: a forma, a textu-
ra, cores, a utilidade, localização etc.
Antes de produzir qualquer texto,
é importante elaborar um plano c) Se for uma descrição de local ou ambiente: o espa-
sobre o que vamos escrever. Este ço, a localização, o que o compõe, as impressões
plano servirá de base para a orga- psicológicas (o que o ambiente transmite) etc.
nização das ideias. 4. Qual será a perspectiva sobre o elemento que será
descrito: de cima para baixo, da esquerda para a
direita, do mais próximo para o mais distante etc.

1. Escolha um objeto ou instrumento qualquer e faça uma descrição objetiva desse


objeto, sem citar o nome dele no texto. Para ajudá-lo na descrição, faça antes um
planejamento:
Para que serve?

Qual é a sua aparência?

Quais as partes que o compõem?

Como ele funciona?

Quais são as aplicações práticas dele?

2. Depois de fazer a descrição mais objetiva, faça uma descrição subjetiva desse mes-
mo objeto.
No encontro presencial, vamos verificar se os colegas conseguem identifi-
car qual é o objeto descrito.

3. Leia o texto a seguir:

(...) Seja nas tirinhas desenhadas ou nas crônicas assinadas em jornais, que re-
presentam a maior fatia de sua produção, Veríssimo sempre contou com dois trunfos:
o humor e uma percepção muito fina da intimidade do brasileiro. Ele é capaz de ra-
diografar a alma nacional como ninguém. Versátil, o autor escreve sobre quase tudo:
economia, gastronomia, futebol, cinema, viagens, música, literatura. Pratica aquilo que
Manuel Bandeira chamou de “puxa-puxa”. Ou seja, é capaz de arrancar um bom texto de
qualquer miudeza. A vida privada do brasileiro, contudo, é o seu forte – ou as comédias
da vida privada, para dizer melhor. Os rituais do namoro e do casamento, o sexo, as infi-
delidades, o choque de gerações, tudo é um prato cheio para o escritor. (...)
Extrato de Carlos Graieb. Revista Veja, Editora Abril, São Paulo, p. 114. 12 de março de 2003.

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Essa é uma descrição que foi feita sobre o famoso escritor de crônicas Luis
Fernando Veríssimo. A descrição realizada foi mais objetiva ou subjetiva? Explique
sua resposta.

4. Agora é a sua vez! Faça em seu caderno uma descrição de uma pessoa conhecida
ou de uma personalidade que você admira. Leve para o encontro presencial.
5. Observe a ilustração seguinte:

Você já ouviu falar que muitos trabalhadores rurais são chamados de Boia-fria?

“No dicionário, “boia-fria” é o “trabalhador agrícola que se desloca


diariamente para propriedade rural, geralmente para executar ta-
refas sob empreitada”.

Mas, o dicionário não menciona suas condições indignas e peri-


gosas de trabalho. Sem direitos, sem educação, trabalhando nas
terras de outro por salários que não são suficientes nem para uma
pessoa, que dirá para uma família.(...)”
Fonte: http://www.infoescola.com/geografia/boias-frias/

E, por que esses trabalhadores recebem esta denominação?

(...)

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“Muitas dessas pessoas são analfabetas ou semianalfabetas que se
sujeitam ao trabalho no campo em diversas culturas, quase sempre
em períodos de colheitas, geralmente em baixas condições de e
salarial. O termo boia-fria designa um indivíduo que executa um
trabalho na zona rural sem a obtenção de vínculos empregatícios.
A expressão boia-fria é proveniente do modo como eles se ali-
mentam, pois saem para o trabalho de madrugada e já levam suas
marmitas. Como não existem meios para esquentá-las, ingerem a
comida fria.”
Fonte: http://www.brasilescola.com/geografia/boia-frias.htm

A partir da fotografia anterior, faça uma descrição da cena. Observe as roupas


usadas pelos trabalhadores: por que precisam se cobrir dessa forma? Imagine o sem-
blante desses trabalhadores enquanto trabalham, a forma como se comportam no
campo...

Mas, antes, não se esqueça de elaborar um plano, seguindo as considerações


feitas acima.

Depois de pronto o texto, leve a descrição no seu encontro presencial e compa-


re suas impressões acerca dessa cena com seus colegas e professor. Você irá perceber
que serão várias as impressões captadas e descritas, e que a perspectiva e o foco de
descrição também são diferentes, de acordo com quem observa a cena e a descreve.

Ao fazer esta atividade, você deve ter percebido que, no campo, também en-
contramos indivíduos desprovidos de cidadania. Tais quais os sem-teto das grandes
cidades, não é mesmo? São
problemas que marcam a Leia mais nos sites:

desigualdade social que ƒƒ http://www.brasilescola.com/


geografia/boia-frias.htm
ainda existe no Brasil. E que
ƒƒ h t t p : / / w w w. i n fo e s c o l a .
soluções podemos encon-
com/geografia/boias-frias/
trar para este triste quadro?

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Grande parte dos gêneros textuais vale-se da descrição em maior ou menor propor-
ção, de acordo com os fins a que se destina. Contos, crônicas, notícias, relatos, poemas, re-
portagens, todos se valem da descrição, seja para a caracterização de personagens, pessoas,
lugares, objetos, cenas, paisagens etc. Até uma escritura pública de um imóvel utiliza-se da
descrição ao descrever as medidas, a localização, o valor do imóvel etc.

Na próxima unidade, continuaremos explorando o uso da descrição em outros gêne-


ros textuais e aprofundando nosso conhecimento sobre suas características, estrutura e ele-
mentos lingüísticos. Enquanto isso, procure ler sempre, para que você amplie seu vocabulário
e para que possa colocar em prática o que estamos estudando.

1. Dica de Leitura : O Cortiço de Aluísio de Azevedo.


a) O Cortiço é um romance de autoria do escritor brasileiro Aluísio Azevedo, publi-
cado em 1890, e faz parte de um estilo de época na Literatura que chamamos de
Naturalismo. Os personagens principais são os moradores de um cortiço no Rio
de Janeiro, precursor das favelas, onde moram os excluídos, os humildes, todos
aqueles que não se misturavam com a burguesia e todos eles possuindo os seus
problemas e vícios, decorrentes do meio em que vivem. O autor descreve a socie-
dade brasileira da época, formada pelos portugueses, os burgueses, os negros e os
mulatos, pessoas querendo mais e mais dinheiro, e poder, pensando em si só, ao
mesmo tempo em que presenciam a miséria, ou mesmo a simplicidade de outros.
Vale a pena ler este livro, até para que você possa conhecer melhor como era o Bra-
sil daquela época, no final do século XIX. Este livro está disponível no site da Fun-
dação Biblioteca Nacional, em http://www.biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://
www.biblio.com.br/conteudo/AluizioAzevedo/

2. Você também pode assistir à produção cinematográfica, a partir do romance O Cortiço, de


1977. O filme é uma adaptação da obra.
3. Você já ouviu falar dos Movimentos Sociais?
a) Movimentos Sociais são organizações de pessoas ou de grupos sociais, que consi-
deram inadequada uma determinada prática social e, por conseguinte, colocam-se
contrárias à ordem social urbana ou rural vigente com o objetivo de transformar a
estrutura do sistema, seja através de ações revolucionárias ou não, numa correla-
ção classista (luta de classes) e em última instância, o poder estatal.

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Movimentos como os do Sem-Terra, na zona rural, ou os Sem-Teto, na zona urbana,
são considerados movimentos sociais; o luta pelos direitos da mulher e o Movi-
mento Hippie, nos anos 60 também. Procure conhecer mais sobre esse assunto em
http://www.geomundo.com.br/geografia-30197.htm.

4. Muitas são as pessoas que se dedicam a descrever personagens ilustres. Aliá, quando ain-
da não existia máquina fotográfica, o jeito era partir para elaborar uma descrição oral da-
quela pessoa, não é mesmo. Visite o site http://paineis.org/A01.htm e, até por curiosidade,
observe como uma mesma pessoa é descrita de várias maneiras por diferentes autores e
de épocas distintas.

Seção 1 – A descrição

Atividade 1

Descrição A
1. “Maria é uma das muitas moradoras de rua na cidade de São Paulo”
2. características físicas: pele clara e seus cabelos liso; sorriso tímido e tristonho.
características sociais: sem teto, sem documento, sem nada.”
3.
a) Votar para escolher os governantes, cumprir as leis, respeitar os direitos so-
ciais de outras pessoas, educar nossos semelhantes, proteger a natureza, o
patrimônio público e social do país e colaborar com as autoridades.
b) Saúde, educação, moradia, segurança, lazer, vestuário, alimentação e trans-
porte e liberdade (desde que não fira os direitos do outro) são direitos dos
cidadãos.
c) Maria é moradora de rua e, por este motivo, passa a não ter os direitos pri-
mordiais de um cidadão: moradia e, consequentemente, saúde, alimenta-
ção, liberdade, vestuário. Além disso, pelo fato de não possuir documentos,
também não consegue praticar seu principal dever como cidadão: escolher
seus governantes.
Descrição B
4. O texto é um poema, escrito em versos, o autor preocupa-se em passar emoção da
pessoa que observa e descreve.
5. Entre o chão e o céu,/ Sob a marquise,/Sobre a calçada,/Seu endereço
O autor não elabora uma frase completa; apenas enumera os lugares, apenas sugere
ao leitor que a pessoa é moradora de rua.

18 Módulo 1  •  Unidade 4
6. Rugas marcadas,/Sofrimento na alma./Sem amor./Sem identidade./ Simplesmente
maria.”
7. Maria é um nome próprio, que a identifica como pessoa. Ao ser escrito com letra
minúscula, o autor transforma a pessoa em alguém sem importância, em um obje-
to qualquer e, portanto, descartável para a sociedade.

Atividade 2

a) E toda ela respirava o asseio das brasileiras e um odor sensual de trevos e plan-
tas aromáticas. Irriquieta, saracoteando o atrevido e rijo quadril baiano, res-
pondia para a direita e para a esquerda, pondo à mostra um fio de dentes cla-
ros e brilhantes que enriqueciam a sua fisionomia com um realce fascinador.”
b) E toda ela respirava o asseio das brasileiras e um odor sensual de trevos e plan-
tas aromáticas

Seção 2 – Alguns elementos linguísticos do Texto Descritivo

Atividade 3

1.
a) Miserável, de muitos brasileiros, honestos – referem-se ao substantivo vida.
Desigual e injusta – referem-se à sociedade

b) de expressão – substantivo rugas; de uma vida difícil – substantivo marcas;


difícil – substantivo vida; com muitas dificuldades – substantivo caminho.
c) brasileira – substantivo cidadã; acolhedora – substantivo casa; digno –
substantivo trabalho; social – substantivo – auxílio.

Atividade 4

1.

II. [Todos os cidadãos] estão protegidos pela Constituição.

III. [Teresópolis] foi praticamente arrasada pelas chuvas de Janeiro de 2011.

IV. [Cidades de Minas e de São Paulo] permaneceram ilhadas por semanas.

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias  •  Lingua Portuguesa 19


V. [Pessoas, animais, prédios, casas, carros e tudo o mais] permanecem indefe-
sos contra a força da natureza.

VI. [A população] continua solidária às vitimas das catástrofes naturais.

VII. [Tragédias e histórias de superação] estão destacadas nos jornais do país.


2. Não. Em 1, ando exprime um estado ( é um verbo de ligação); em 2, ando expressa
uma ação ( é um verbo intransitivo).
3. Oração 1: preocupada; Oração 2: ando

Seção 3 – Alguns elementos linguísticos do Texto Descritivo

Atividade 5

1. A e B. Produção Textual. Resposta Pessoal.


2. Elabore seu texto conforme o enunciado, passe-o a limpo e apresente-o ao seu profes-
sor no encontro presencial.
3. Mais objetiva, pois apresenta diretamente as características do autor, a partir de suas
atividades.
4. Resposta Pessoal. Produção de Texto.
5. Esta é uma produção de texto. Não se esqueça de fazer a proposta de redação e de
leva - lá ao encontro presencial.

Referências

Imagens

  •  http://www.sxc.hu/browse.phtml?f=view&id=992762  •  Majoros Attila.

  •  http://www.sxc.hu/photo/1172985  •  Leroy Skalstad.

  •  http://www.flickr.com/photos/simple_dog/4570875532/  •  Will Choi.

  •  http://www.flickr.com/photos/stankuns/3698027422/  •  Fernando Stankuns.

20 Módulo 1  •  Unidade 4
  •  http://www.sxc.hu/photo/1215802  •  Kjperry1.

  •  http://www.sxc.hu/browse.phtml?f=download&id=1220957  •  Ivan Prole.

  •  http://www.sxc.hu/985516_96035528.

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias  •  Lingua Portuguesa 21


Anexo  •  Módulo 1  •  Unidade 4

O que
perguntam
por aí?

Resposta: Letra A.

Comentário: Os textos publicitários têm um forte caráter persuasivo, ou seja, sua


intenção é convencer o consumidor.

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias  •  Lingua Portuguesa 23


Resposta: Letra E.

Comentário: A ironia é um instrumento que pode ser utilizado em diferentes tipos de


linguagem (oral, escrita, etc.) que consiste em dizer exatamente o contrário do que se pensa,
de forma provocativa.

24 Anexo  •  Módulo 1  •  Unidade 4


Anexo  •  Módulo 1  •  Unidade 4

Caia na
Rede!

Você já ouviu falar de Role-playing game? Também conhecido como RPG, é um jogo onde
os jogadores assumem papéis de personagem e constroem a narrativa colaborativamente.

Os papéis do jogo são definidos previamente e cada jogador tem uma importante
função dentro da equipe.

Originalmente, o RPG era jogado com papel e caneta, porém evoluiu junto com o
avanço tecnológico e pode ser jogado online!

Como o coração do RPG é a história que irá envolver seus personagens (jogadores)
elas têm um caráter descritivo muito forte, visto que, quanto mais detalhes forem expostos
em cada situação de jogo, mais emocionante será o jogo.

Ficou curioso para saber um pouco mais sobre o RPG? Gostaria de participar de um jogo?

No site http://www.rpgonline.com.br/narrativo/dicas-de-rpg-narrativo/teoria-do-rpg-
1-modelagens-de-jogos/ você poderá conhecer um pouco mais sobre esse estilo de jogo.

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias  •  Lingua Portuguesa 25


Recomendo que você utilize a barra de rolagem da página para ler todo o seu conteú-
do e conhecer os tipos de RPG que existem:

Ao final da página existe uma pergunta sobre a qual você deve refletir antes de criar
o seu jogo:

Para pensar:

Qual modelo mais se encaixa na sua personalidade e objetivos numa mesa de rpg?

Após pensar sobre esse assunto, chegou a hora de ser um jogador de RPG online!

Como Jogar?

Primeiro, você deve acessar o site http://br.grepolis.com/start/register?ref=goo_br_


br_oth_jor&bid=7124&external_param=www.rpgonline.com.br&k=melhores+jogos+online
+rpg&action=single_step e fazer um cadastro bem simples para iniciar a sua aventura.

Após preencher os campos necessários, você deve clicar em REGISTRAR.

26 Anexo  •  Módulo 1  •  Unidade 4


Após se registrar corretamente, você deve fazer o seu login com os dados que cadas-
trou para começar o jogo. Para isto, basta inserir novamente o seu nome de jogador, a sua
senha e clicar em INICIAR SESSÃO.

Para prosseguir, você deve escolher um cenário para jogar. Vamos dar o exemplo da
escolha do “Mundo Xi”. Para isso basta clicar no nome do mundo desejado.

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias  •  Lingua Portuguesa 27


O próximo passo é escolher a direção do seu cenário. Nesse exemplo, marcamos o
ponto central, escolhendo a direção “Aleatória”. Caso você opte por uma direção específica,
basta clicar na bilinha referente à opção desejada e clicar em SELECIONAR DIREÇÃO.

Agora, a sua aventura vai começar! Observe a janela de tutorial e leia o passo a passo
para jogar da forma correta. Observe os vários recursos de navegação que existem na tela.
Explore todo o ambiente!

Observe que na tela existem muitos botões que você deve utilizar:

Na parte de cima da tela: Ferramentas e utensílios que você deve utilizar para cons-
truir a sua cidade.

Do lado esquerdo da tela: Está o mapa da sua cidade, os personagens do jogo, e


alguns links muito úteis que você pode utilizar durante o jogo.

Navegação: clicando sobre o mapa, no centro da tela, e segurando botão esquerdo


você pode arrastá-lo para qualquer direção. Isso permite que você visualize todo o cenário.

28 Anexo  •  Módulo 1  •  Unidade 4


Agora você só precisa cumprir as suas missões e conquistar terras! Divirta-se!

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias  •  Lingua Portuguesa 29

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