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Descrevendo
pessoas,
objetos,
lugares...
o mundo!
Para início de conversa...
Nesta unidade, vamos explorar as várias formas de
descrever o mundo que nos rodeia. Pessoas, lugares, coi-
sas e cenas, tudo vai ser alvo de nossa representação por
meio de palavras.
Objetivos de aprendizagem
Identificar as características e a estrutura de textos descritivos.
Diferenciar textos descritivos objetivos e subjetivos.
Analisar textos descritivos.
Produzir textos descritivos.
2 Módulo 1 • Unidade 4
Seção 1
A descrição
Atividades
Imagino que você tenha destacado algumas características físicas dela, algo como:
pele clara, cabelos lisos, várias rugas de expressão, lábios finos...
Descrição A
“Maria é uma das muitas moradoras de rua na cidade de São Paulo. Sua pele clara
e seus cabelos lisos destacam um sorriso tímido e tristonho. Maria representa mais
um brasileiro que perdeu sua identidade e sua cidadania: não se lembra de onde
veio, quando nasceu, sua origem, sua família. Maria é simplesmente mais uma Ma-
ria, sem teto, sem documento, sem nada.”
Descrição B
“Sorriso entreaberto,
Roucas gargalhadas.
Entre o chão e o céu,
Maria dorme,
Maria vive.
Sob a marquise,
Sobre a calçada,
A presença de moradores de rua nas grandes cidades é um problema social, pois reflete desajus-
tes, como: alcoolismo, vícios, distúrbios psicológicos ou questões de ordem econômica. Os sem-
-teto perdem sua identidade enquanto indivíduos e são marginalizados por outros grupos sociais
que os desprezam pela precária condição de vida. São colocados em um submundo onde predo-
mina a violência, a falta de higiene, a intolerância, apenas como alguns exemplos, e deixam de ser
vistos como parte da sociedade. Perdem a identidade e, acima de tudo, a cidadania.
Como você pôde perceber a partir dos textos anteriores, uma pessoa pode ser descrita
de várias formas, dependendo da percepção e da intenção de quem a descreve.
Outras descrições são mais subjetivas, pois envolvem a emoção de quem escreve, re-
velam as impressões captadas por aquele autor num determinado instante e, por isso, são
mais pessoais.
4 Módulo 1 • Unidade 4
Retome a leitura do texto A sobre Maria.
1. Observe que, inicialmente, o autor apresenta quem será objeto da descrição no
texto. Destaque o período em que essa apresentação acontece.
6 Módulo 1 • Unidade 4
Saiba mais sobre a Declaração Universal
dos Direitos Humanos no Portal Brasil.
E leia o texto na íntegra no site www.brasil.
gov.br/sobre/cidadania/direitos-e-deve-
res-individuais.
5. De que maneira o autor, na descrição B, identifica Maria como uma moradora de rua?
1. Descrição objetiva: quando o objeto, o ser, a cena, a passagem são apresentadas como
realmente são, concretamente. Busca-se uma descrição de forma que o objeto seja tal e
qual se vê na realidade.
Exemplos:
a) Descrição de pessoa:
O perfil físico de homem ideal para as mulheres do nosso tempo: rapaz com al-
tura de 1,85m, com peso aproximado de 80 Kg, aparência atlética, ombros largos, pele
bronzeada, moreno, olhos negros, cabelos negros e lisos. Eventualmente, o eleito pode ter
cabelos louros ou grisalhos. A idade pode variar entre 26 e 45 anos.
b) Descrição de lugar:
Exemplos:
a) Descrição de pessoa:
8 Módulo 1 • Unidade 4
b) Descrição de ambiente:
“Os campos e as árvores pareciam ainda mais bonitos sob a luz do sol. Os pássaros canta-
vam alegremente enquanto atravessavam o céu azul. De repente, quando a família Otis entrou
na estrada que conduzia à mansão Canterville, nuvens escuras surgiram no céu, e gralhas voaram
sem parar. Então, gotas de chuva começaram a cair.” (Extrato de. “O fantasma de Canterville”, de
Oscar Wilde)
1. Observe, nos exemplos acima, como as perspectivas são distintas nas descrições
realizadas. Na primeira, o texto é mais seco, mais direto; na segunda, vem recheado
de impressões pessoais.
a) Circule, nos exemplos dados de descrição subjetiva, as palavras que trazem
as marcas da emoção, ou das impressões sensitivas e subjetivas que os au-
tores deixaram transparecer.
b) A descrição 2a trata de Rita Baiana, personagem do romance “O Cortiço”,
de Aluízio de Azevedo. O narrador descreve-a, utilizando impressões que
são capturadas pelos nossos sentidos (olfato (cheiros), visão (formas, cores,
cenas), tato, audição (sons). Retire do texto uma frase que demonstra uma
percepção relacionada ao olfato (cheiros):
Seção 2
Alguns elementos linguísticos do Texto
Descritivo
O texto do tipo descritivo tem como objetivo fazer com que o leitor ou ouvinte “visua-
lize” ou construa mentalmente um objeto, uma pessoa, um ser, uma cena. Para isso, observe
como a descrição organiza-se numa sequência de frases e orações em que se destacam o
que se descreve (substantivos) e suas características (adjetivos e locuções adjetivas). Veja, no
exemplo, como os adjetivos caracterizam a pele e o sorriso de Maria:
“Sua pele clara e seus cabelos lisos destacam um sorriso tímido e tristonho.
O substantivo é a palavra com que nomeamos tudo o que existe no mundo real ou na nossa
imaginação. Nada existe se não tiver um nome. Exemplos: casa, filho, abelha, trabalho, vida,
Mariana, texto, amor etc.
O adjetivo é a palavra que usamos para dar qualidades, caracterizar os substantivos. Exemplos:
casa grande, filho amado, abelha africana, trabalho difícil, vida incansável, Mariana bela, texto
descritivo, amor infinito.
A locução adjetiva é um conjunto de duas ou mais palavras que equivalem a um adjetivo. Ge-
ralmente, são organizadas a partir de uma preposição e um substantivo, que, juntos, atribuem
uma característica a um substantivo. Exemplos: casa de pedra, filho de mãe solteira, abelha da
África, trabalho de muita dificuldade, Mariana de Rio Branco, amor sem fim.
10 Módulo 1 • Unidade 4
1. Identifique os adjetivos ou locuções adjetivas nas frases a seguir, sublinhando o
substantivo (nome) a que se referem:
a) A vida miserável de muitos brasileiros honestos é fruto de uma sociedade
desigual e injusta.
b) Maria apresenta rugas de expressão que são marcas de uma vida difícil e um
caminho com muitas dificuldades.
c) Embora seja uma cidadã brasileira, Maria não tem uma casa acolhedora, um
trabalho digno ou qualquer auxílio social.
Essa concordância, que é obrigatória na língua padrão, também ocorre com os artigos
que aparecem às vezes antes dos nomes, como, por exemplo, em: A pele, os cabelos, um
sorriso, as rugas...
Assim, todos os elementos que se relacionam com o nome devem concordar com ele.
É o que chamamos de concordância nominal.
Sujeito Predicado
Os campos e as arvores pareciam ainda mais bonitos
O solo é pobre
Por isso, eles não são o núcleo do predicado e Veja como, nas frases acima, o
sim uma simples forma de ligação com o estado que fica em evidência é a qualidade ou
ou qualidade do sujeito que é expresso depois.
o estado do sujeito que vem depois do
verbo (e não o verbo, como ocorre no
predicado verbal). Por isso chamamos
O PREDICADO NOMINAL informa qualidade,
a esse tipo de predicado de “predicado
estado, características do sujeito. O seu núcleo
chama-se PREDICATIVO DO SUJEITO. nominal”. O núcleo é o predicativo do
sujeito e não o verbo de ligação.
I Modelo:
12 Módulo 1 • Unidade 4
IV Cidades de Minas e de São Paulo permaneceram ilhadas por semanas.
Oração I : ______________________________________________________
Seção 3
Produzindo textos descritivos
2. Depois de fazer a descrição mais objetiva, faça uma descrição subjetiva desse mes-
mo objeto.
No encontro presencial, vamos verificar se os colegas conseguem identifi-
car qual é o objeto descrito.
(...) Seja nas tirinhas desenhadas ou nas crônicas assinadas em jornais, que re-
presentam a maior fatia de sua produção, Veríssimo sempre contou com dois trunfos:
o humor e uma percepção muito fina da intimidade do brasileiro. Ele é capaz de ra-
diografar a alma nacional como ninguém. Versátil, o autor escreve sobre quase tudo:
economia, gastronomia, futebol, cinema, viagens, música, literatura. Pratica aquilo que
Manuel Bandeira chamou de “puxa-puxa”. Ou seja, é capaz de arrancar um bom texto de
qualquer miudeza. A vida privada do brasileiro, contudo, é o seu forte – ou as comédias
da vida privada, para dizer melhor. Os rituais do namoro e do casamento, o sexo, as infi-
delidades, o choque de gerações, tudo é um prato cheio para o escritor. (...)
Extrato de Carlos Graieb. Revista Veja, Editora Abril, São Paulo, p. 114. 12 de março de 2003.
14 Módulo 1 • Unidade 4
Essa é uma descrição que foi feita sobre o famoso escritor de crônicas Luis
Fernando Veríssimo. A descrição realizada foi mais objetiva ou subjetiva? Explique
sua resposta.
4. Agora é a sua vez! Faça em seu caderno uma descrição de uma pessoa conhecida
ou de uma personalidade que você admira. Leve para o encontro presencial.
5. Observe a ilustração seguinte:
Você já ouviu falar que muitos trabalhadores rurais são chamados de Boia-fria?
(...)
Ao fazer esta atividade, você deve ter percebido que, no campo, também en-
contramos indivíduos desprovidos de cidadania. Tais quais os sem-teto das grandes
cidades, não é mesmo? São
problemas que marcam a Leia mais nos sites:
16 Módulo 1 • Unidade 4
Grande parte dos gêneros textuais vale-se da descrição em maior ou menor propor-
ção, de acordo com os fins a que se destina. Contos, crônicas, notícias, relatos, poemas, re-
portagens, todos se valem da descrição, seja para a caracterização de personagens, pessoas,
lugares, objetos, cenas, paisagens etc. Até uma escritura pública de um imóvel utiliza-se da
descrição ao descrever as medidas, a localização, o valor do imóvel etc.
4. Muitas são as pessoas que se dedicam a descrever personagens ilustres. Aliá, quando ain-
da não existia máquina fotográfica, o jeito era partir para elaborar uma descrição oral da-
quela pessoa, não é mesmo. Visite o site http://paineis.org/A01.htm e, até por curiosidade,
observe como uma mesma pessoa é descrita de várias maneiras por diferentes autores e
de épocas distintas.
Seção 1 – A descrição
Atividade 1
Descrição A
1. “Maria é uma das muitas moradoras de rua na cidade de São Paulo”
2. características físicas: pele clara e seus cabelos liso; sorriso tímido e tristonho.
características sociais: sem teto, sem documento, sem nada.”
3.
a) Votar para escolher os governantes, cumprir as leis, respeitar os direitos so-
ciais de outras pessoas, educar nossos semelhantes, proteger a natureza, o
patrimônio público e social do país e colaborar com as autoridades.
b) Saúde, educação, moradia, segurança, lazer, vestuário, alimentação e trans-
porte e liberdade (desde que não fira os direitos do outro) são direitos dos
cidadãos.
c) Maria é moradora de rua e, por este motivo, passa a não ter os direitos pri-
mordiais de um cidadão: moradia e, consequentemente, saúde, alimenta-
ção, liberdade, vestuário. Além disso, pelo fato de não possuir documentos,
também não consegue praticar seu principal dever como cidadão: escolher
seus governantes.
Descrição B
4. O texto é um poema, escrito em versos, o autor preocupa-se em passar emoção da
pessoa que observa e descreve.
5. Entre o chão e o céu,/ Sob a marquise,/Sobre a calçada,/Seu endereço
O autor não elabora uma frase completa; apenas enumera os lugares, apenas sugere
ao leitor que a pessoa é moradora de rua.
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6. Rugas marcadas,/Sofrimento na alma./Sem amor./Sem identidade./ Simplesmente
maria.”
7. Maria é um nome próprio, que a identifica como pessoa. Ao ser escrito com letra
minúscula, o autor transforma a pessoa em alguém sem importância, em um obje-
to qualquer e, portanto, descartável para a sociedade.
Atividade 2
a) E toda ela respirava o asseio das brasileiras e um odor sensual de trevos e plan-
tas aromáticas. Irriquieta, saracoteando o atrevido e rijo quadril baiano, res-
pondia para a direita e para a esquerda, pondo à mostra um fio de dentes cla-
ros e brilhantes que enriqueciam a sua fisionomia com um realce fascinador.”
b) E toda ela respirava o asseio das brasileiras e um odor sensual de trevos e plan-
tas aromáticas
Atividade 3
1.
a) Miserável, de muitos brasileiros, honestos – referem-se ao substantivo vida.
Desigual e injusta – referem-se à sociedade
Atividade 4
1.
Atividade 5
Referências
Imagens
20 Módulo 1 • Unidade 4
• http://www.sxc.hu/photo/1215802 • Kjperry1.
• http://www.sxc.hu/985516_96035528.
O que
perguntam
por aí?
Resposta: Letra A.
Caia na
Rede!
Você já ouviu falar de Role-playing game? Também conhecido como RPG, é um jogo onde
os jogadores assumem papéis de personagem e constroem a narrativa colaborativamente.
Os papéis do jogo são definidos previamente e cada jogador tem uma importante
função dentro da equipe.
Originalmente, o RPG era jogado com papel e caneta, porém evoluiu junto com o
avanço tecnológico e pode ser jogado online!
Como o coração do RPG é a história que irá envolver seus personagens (jogadores)
elas têm um caráter descritivo muito forte, visto que, quanto mais detalhes forem expostos
em cada situação de jogo, mais emocionante será o jogo.
Ficou curioso para saber um pouco mais sobre o RPG? Gostaria de participar de um jogo?
No site http://www.rpgonline.com.br/narrativo/dicas-de-rpg-narrativo/teoria-do-rpg-
1-modelagens-de-jogos/ você poderá conhecer um pouco mais sobre esse estilo de jogo.
Ao final da página existe uma pergunta sobre a qual você deve refletir antes de criar
o seu jogo:
Para pensar:
Qual modelo mais se encaixa na sua personalidade e objetivos numa mesa de rpg?
Após pensar sobre esse assunto, chegou a hora de ser um jogador de RPG online!
Como Jogar?
Para prosseguir, você deve escolher um cenário para jogar. Vamos dar o exemplo da
escolha do “Mundo Xi”. Para isso basta clicar no nome do mundo desejado.
Agora, a sua aventura vai começar! Observe a janela de tutorial e leia o passo a passo
para jogar da forma correta. Observe os vários recursos de navegação que existem na tela.
Explore todo o ambiente!
Observe que na tela existem muitos botões que você deve utilizar:
Na parte de cima da tela: Ferramentas e utensílios que você deve utilizar para cons-
truir a sua cidade.