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GESTÃO TÉCNICA DE EDIFÍCIO

GESTÃO TÉCNICA DE EDIFÍCIOS


Aplicada na Clinica Girassol
Projecto para obtenção de Licenciatura
UNIVERSIDADE TÉCNICA DE ANGOLA
FACULDADE DE ENGENHARIA

DEPARTAMENTO DE ENSINO E INVESTIGAÇAO DAS


TECNOLOGIAS DE INFORMAÇAO E COMUNICAÇAO-DEITIC

CURSO DE ENGENHARIA DE TELECOMUNICAÇOES E


ELECTRONICA

GESTÃO TÉCNICA DE EDIFÍCIOS


APLICADA NA CLINICA GIRASSOL

MARCOS MANUEL JOAO - 14688

LUANDA - ANGOLA
MARÇO 2017
UNIVERSIDADE TÉCNICA DE ANGOLA
FACULDADE DE ENGENHARIA

DEPARTAMENTO DE ENSINO E INVESTIGAÇAO DAS


TECNOLOGIAS DE INFORMAÇAO E COMUNICAÇAO-DEITIC

CURSO DE ENGENHARIA DE TELECOMUNICAÇOES E


ELECTRONICA

GESTÃO TÉCNICA DE EDIFICIOS


APLICADA NA CLINICA GIRASSOL

MARCOS MANUEL JOAO - 14688

Trabalho de Fim do Curso

Apresentado a Universidade Técnica

de Angola, como requisito para

obtenção do titulo de licenciado em

Engenharia de Telecomunicações

Orientador: Msc. Eng Lundoloca Garcia.

LUANDA - ANGOLA
MARÇO 2017
MARCOS MANUEL JOAO - 14688

GESTÃO TÉCNICA DE EDIFICIOS


APLICADA NA CLINICA GIRASSOL

Aprovado: __ /__/ __
BANCA EXAMINADORA

Presidente do Júri _________________ Assinatura ______________________

Primeiro Vogal __________________ Assinatura _______________________

Segundo vogal __________________ Assinatura _______________________


DEDICATORIA

Quero dedicar este trabalho em forma de agradecimento a algumas pessoas importantes na


minha vida.
Em primeiro lugar, á Jeová meu Deus.
Em segundo lugar, a minha querida mãe, por ser uma pessoa maravilhosa e me dar todo o apoio
necessário na minha formação.
Em terceiro lugar, a minha noiva: Estrela Dias, com quem partilharei a minha vida tríplice, isto
é, com ajuda do nosso Deus Jeová.
Ao meu irmão Domingos Manuel que é a pessoa fundamental da minha formação desde a minha
infância, e que sempre me apoiou nos momentos felizes e triste e a todos os professores que
diretamente e indiretamente me ajudaram a obter este conhecimento ao longo da minha
formação académica e profissional em sistema BMS.
Aos meus irmãos pelo esforço e dedicação durante estes cinco anos de formação superior.
Por fim, a todos os meus amigos e colega de trabalho, o meu muito Obrigado.

I.
AGRADECIMENTOS

A elaboração deste projeto teve o contributo de algumas pessoas, que gostaria de destacar.
Em primeiro lugar, quero agradecer ao meu orientador, o Professor e Mestre Lundoloca Garcia,
por toda a colaboração, disponibilidade e ajuda ao longo da realização desta tese.
Ao Eng.º Lucas Crevalli da Honeywell, por me ter influenciado e incentivado na escolha deste
tema para a realização deste trabalho.
Quero deixar um agradecimento especial a alguns colegas do IBS, nomeadamente ao Gabriel
Morais e Tercio Imperial, pelo incentivo que me foi dado, em não desistir na investigação deste
trabalho e na documentação existente na Clinica Girassol sobre a automação em BMS, e em
diversas informações que me foi facultado sendo fundamental para o enriquecimento desta tese
de dissertação.

II.
EPÍGRAFE

"Um fator importante para o sucesso é a


Autoconfiança. Um fator importante para
a autoconfiança é a preparação."
(Arthur Ashe)

III.
RESUMO

Este projeto enquadra-se na área da Gestão técnica centralizada ou Building Management


Systems (BMS), procura reunir informação relevante acerca desta matéria evidenciando as suas
potencialidades e questões técnicas a ter em conta.
Este trabalho propõe a implementação de um projeto de BMS numa unidade Hospitalar da qual
foram fornecidos elementos que conduziram ao levantamento de necessidades dos serviços de
BMS a implementar.
Atualmente, a utilização de sistemas de Gestão Técnica tem sido amplamente utilizada na
construção de Edifícios, possuindo uma elevada integração com outros subsistemas.
A função da Gestão Técnica é controlar um sistema que lhe seja integrado, esta tecnologia tem
sido muito utilizada em Edifícios.
No entanto, os sistemas que são aplicados a outros sistemas integrados podem ter problemas
de comunicação, devido á multi-variedade que existe de componentes para esta área.
O objetivo deste trabalho é a implementação de um Sistema de Gestão técnica num Edifício,
dando ênfase aos serviços e às suas interações e chamando a atenção para os enormes potenciais
em termos de valor acrescentado que é possível retirar destes conceitos. Apresentar noções
fundamentais de integração, flexibilidade, adaptabilidade capacidade de oferecer um suporte
eficaz à atividade das organizações sediadas no edifício.
Para alcançar as informações de pesquisa, para este projeto, terei de obter dados de várias
fontes. O método de elaboração deste trabalho pode ser classificado em duas partes.
Primeira parte recolha de informação e pesquisa de conhecimento na internet, artigos, livros
de referência existente na Clinica Girassol, cadernos técnicos e teses.
Segunda parte, baseado em estudo de caso do edifício Clinica Girassol e alguns conhecimentos
prévios.

PALAVRAS - CHAVE: Automação em Sistema Inteligente de Edifício – IBS.

IV.
ABSTRACT
This project is framed in the field of technical management centered or Building Management
Systems (BMS), seeks to gather relevant information on this showing their potential and
technical issues to be considered. This paper proposes the implementation of a project of BMS
in a hospital unit which was provided elements that led to the needs assessment of services of
BMS to implement.

Currently, the use of systems for the management technique has been widely used in the
construction of buildings, possessing a high integration with other subsystems. The function of
the management technique is to take control of a system that is integrated; this technology has
been widely used in buildings.

However, the systems that are applied to other integrated systems may have communication
problems, due to the multi-variety that exists of components for this area. The aim of this work
is to implement a system of management technique in a building, giving emphasis to services
and their interactions and drawing attention to the enormous potential in terms of added value
that it is possible to withdraw these concepts

To achieve the search information for this project, I should obtain data from multiple sources.
The method of producing this work can be classified into two parts.

First part of information collection and knowledge search on the internet, articles, reference
books in the Clinica Girassol, technical books and theses.

Second part, based on a case study of the building Clinic Girassol and some knowledge.

Keywords: Automation in Intelligent Building System - IBS

V.
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
Esta secção apresenta os conceitos (listas de termos) ordenados alfabeticamente e
Acrónimos utilizados no corpo do texto do relatório.

AVAC / HVAC - Aquecimento, Ventilação e Ar condicionado.

BA – Building Automation.

BAS – Building Automation Solutions.

BACNET – Building Automation and Control Network.

BMS – Building Management Systems.

CCTV – Circuito Fechado de Televisão.

CEM – Compatibilidade Eletromagnética.

DALI – Digital Addressable Lighting Interface.

DDC–Display Data Channel.

EA – Entrada Analógica.

ED – Entrada Digital.

EIB – European Installation Bus.

ERP – Enterprise Resource Planning

E/S – Entradas e Saídas.

GTC – Gestão Técnica Centralizada.

IB – Intelligent Building.

IP – Internet Protocol.

LAN – Local Area Network.

VI.
MIS – Management information system.

OPC – OLE for Process Control.

IC – Intercomunicador.

PC– Personal Computer.

PIR – Passive infrared sensor.

PoE – Power over Ethernet.

QGBT – Quadro Geral de Baixa Tensão.

RF – Rádio – Frequência.

SA – Saída Analógica.

SD – Saída Digital.

SGTC – Sistema de Gestão Técnica Centralizada.

SIP – Session Initiation Protocol = Protocolo de início de sessão.

SNVT – Standard Network Variable Type =Variável de rede padrão.

UPS – Uninterruptible Power Supply.

UTA – Unidade de Tratamento de Ar.

VII.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1.1– Esquema em Bloco do Sistema de Gerenciamento.............….. 5

Figura 1.2 – Pirâmide dos níveis de Gestão do Sistema BMS….............….6

Figura 1.3 – Integração do sistema BMS...….…....………………..……....8

Figura 1.4 – Hierarquia de um sistema proprietário…….......……….…...11

Figura 1.5 – Arquitetura de uma rede aberta de controlo distribuído….....11

Figura 1.6 – Topologias de redes em LON………..............……………...11

Figura 1.7 – Níveis de Gestão em BMS com OPC……...............………..15

Figura 1.8 – Sistema de integração utilizando Web Services ……...…….16

Figura 1.9 – DALI - Subsistema Puro…….......................………………..21

Figura 1.10 – Rede de uma instalação DALI……..........................………21

Figura 1.2.1 – Sistema típico de unidade de tratamento de ar……………22

Figura 1.2.2 – Vídeo vigilância com servidor de vídeo………..............…25

Figura 1.2.3 – Componentes básicos sistema de controlo de acesso..........26

Figura 1.2.4 – Central de alarme de incêndio endereçável…........….…....29

Figura 1.2.5 – Sistema de alarme de incêndio básico ……............………30

Figura 2.1 – Arquitetura do software EBI Clinica Girassol…....................33

Figura 2.2– Quadro de comando DDC fechado…..........…...…...………..34

Figura 2.5– Quadro de comando DDC aberto…......................…………...34

Figura 2.4 – Diagrama do sistema de HVAC …..........................………...34

Figura 2.5– Modulo Digital ……...................................………….....……36

VIII.
Figura 2.6 –Módulos ligado ao BUS Lonworks Quadro de Comando........39

Figura 2.7– Chillers e as Bomba …….......................……………………40

Figura 2.8 – UTA em Funcionamento …….......................……………….41

Figura 2.9 – controlo de temperatura no edifício por andares ……....……42

Figura 2.1.1 – Ligações elétricas da Unidade de controlo de Acesso.....…44

Figura 2.1.2– Controlo de Acesso Instalado na Clinica Girassol …...…...46

Figura 2.1.3- Diagrama de ligações de controlo de acesso de porta ……..46

Figura 2.1.4 – Arquitetura do sistema Fire Alarme ..............……....…….49

Figura 2.1.5– Esquema elétrico da Central de Deteção de Incendio..........52

Figura 2.1.6 – Ciclo de custo de vida de um Edifício……….....…………54

Figura 3.1– Porta Logica NÃO, Fonte: feito no CADE SUMU.................56

Figura 3.2– símbolo Logico da Porta, NÃO...............................................56

Figura 3.3– Medição da Fase, no CADE SIMU..........................................57

Figura 3.4– Sistema de AVAC, Implementado no CADE SIMU...............58

Figura 3.5 –Sistema de Iluminação, Implementado no CADE SIMU .......59

IX.
INDICE DE TABELAS
Tabela 2.1– Tabelas dos módulos de comunicação usados em BMS.........36

Tabela 2.2 –dispositivos de automação …..………....……....................….......38

Tabela 2.3 – Quadros DDC de Comandos Ligados as Maquinas.........…..38

Tabela 2.4 – Cabos utilizados para diferentes funções …………..........…39

Tabela 2.5– Quantidades de sensores instalados nas UTA´S…..........…....41

Tabela 2.6 –18 Centrais de Incêndios……..…….........…….................….47

Tabela:3.1 – Tabela da Verdade.................................................................56

X.
INDICE
DEDICATORIA.........................................................................................................................................I

AGRADECIMENTOS ........................................................................................................................ II

EPÍGRAFE ................................................................................................................................................ III

RESUMO...................................................................................................................................................... IV

ABSTRACT……...................................................................................................................................….. V

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS...........................................................................VI

LISTA DE FIGURAS.......................................................................................................................VII

INDICE DE TABELAS ................................................................................................................VIII

INTRODUÇAO ..........................................................................................................................................1

Enquadramento .............................................................................................................................................1

Gestão técnica de Edifícios / Building Management Systems. ........................................2

OBJECTIVO DO TRABALHO .....................................................................................................2

ORGANIZAÇÃO DO TEXTO .......................................................................................................3

CAPÍTULO 1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..............................................................3

CAPÍTULO 2 METODOLOGIA ..................................................................................................3

CAPÍTULO 3 RESULTADO ...........................................................................................................3

CONCLUSÃO E RECOMENDAÇOES. .................................................................................3

FUNDAMENTAÇAO TEORICA .................................................................................................4

1.1 Definição………………………………………………………………………………………4

1.2 Estudo e Analise do Projeto de Gestão Técnica de Edifício…………5

1.3 Quatro Níveis de Gestão Importantes………………………………...6


1.1.1 O PROGRESSO DO B M S ..................................................................... 7

1.1.2 Terceira geração – baseada em microprocessador………………7

1.1.3 Quarta geração – Sistema aberto………………………………...8

1.1.4 Sistemas BMS – Questões e Problema…………………………..8

1.2.1 PROTOCOLOS APLICADOS A GESTAO TÉCNICA ...................... 10


1.2.2 Protocolos Lonworks............................................................................10
1.2.3 Conceito do Lonworks.........................................................................10
1.2.4 Tecnologia LonWork ........................................................................... 10
1.2.5 Meio Físico ........................................................................................... 11
1.2.6 Topologias da rede LON ...................................................................... 11
1.2.7 Protocolos BACNET ............................................................................ 12
1.2.8 Protocolos Modbus............................................................................................................. 12

1.3.1 A NORMALIZAÇÃO.................................................................................................... 13

1.3.2 Perturbações em ambiente industriais.......................................................................14

1.4.1-ARQUETETURA E PROCESSO DE COMUNICAÇAO .................. 14


1.5.1 INTEGRAÇAO DO BMS AO NIVEL DA GESTAO .......................... 15
1.5.2 Tecnologia OPC ...................................................................................... 16
1.5.3 Tecnologia de Web Services ................................................................... 16
1.5.4 Aplicações de tecnologias de Internet em BMS ..................................... 17
1.5.5 Uso de tecnologias de Internet ao nível da Gestão ................................. 17

1.6.1 - SISTEMA DE CONTROLO DE ILUMINAÇAO ............................. 18

1.6.2. Os sensores e dispositivos de controlo ................................................... 18

1.6.3 Sistemas baseados em protocolos para iluminação ................................. 19

1.6.4 DALI – Digital Addressable Lighting Interface ...................................... 19

1.6.5 Características Técnicas do Sistema DALI ............................................. 20


1.6.6 DALI – Subsistema da Gestão Técnica de Edifícios ............................... 20

1.6.7 DALI como Subsistema independente .................................................... 20

1.6.8 DALI como subsistema no domínio da Gestão de Edifícios ................... 20

1.7.1 SISTEMA DE AQUECIMENTO, VENTILAÇÃO E AR-


CONDICIONADO DO AVAC......................................................................... 22
1.7.3 Caldeiras ................................................................................................... 22
1.7.4 Chillers ..................................................................................................... 23
1.7.5 Unidade de Tratamento de Ar (UTA) ...................................................... 23
1.7.6 Controlo de sistemas de Volume de Ar Constante (CAV) ...................... 23
1.7.7 Controlos de temperatura ......................................................................... 24
1.8.1 SEGURANÇA E CONTROLO DE PROTENCÇAO ..................... 24
1.8.2 Sistemas de CCTV ............................................................................ 25
1.8.3 Sistema de CCTV Digital ................................................................. 25

1.9.1 SISTEMA DE CONTROLO DE ACESSO ........................................... 26

1.9.2 Controlo de acesso por cartão .................................................................. 27

1.9.3 Tipos de Cartões......................................................................................... 27

1.9.4 Controlo de acesso biométrico ................................................................. 27

1.10.1 – SISTEMA AUTOMATICO DE INCENDIO ................................... 28

1.10.2 Detetores de incêndio típicos ................................................................. 28

1.10.3 Central de Incêndio e suas Topologias .................................................. 29

1.10.4 Central de Incêndio Endereçável ........................................................... 29

1.11.1 SISTEMA DE GESTAO DE ENERGIA (EMS)................................. 30

1.11.2 os espaços a ser controlados pela GTC .................................................. 30

CAPITULO 2..................................................................................................... 31
METODOLOGIA ............................................................................................. 31

2.1 Tipo de Pesquisa ......................................................................................... 31

2.2 Campo de estudo ......................................................................................... 31

2.2.1 -SOFTWARE DE GESTAO NO EDIFICIO GIRASSOL .................. 32

2.2.2 Arquitetura do Sistema de Controlo ........................................................ 34

2.2.3 Níveis de Gestão e Inteligência Distribuída ............................................ 34

2.2.4 Controladores TAC Xenta. ...................................................................... 36

2.2.5 Especificação geral das interfaces ao nível de campo ............................. 36

2.3.1 TIPOS DE INFORMAÇÃO TRANSMITIDA...................................... 37

2.3.2 Entrada Digital (ED) ................................................................................ 37

2.3.3 Saída Digital (SD) .................................................................................... 37

2.3.4 Entrada Analógica (EA) ........................................................................... 37

2.3.5 Saída Analógica (SA)............................................................................... 38

2.4.1 CONTROLO DO SISTEMA DE AVAC ............................................... 38

2.4.2 Cablagem de Sinal e Comunicação.......................................................... 39

2.4.3 Chiller....................................................................................................... 40

2.4.4 Bombas Circuladoras ............................................................................... 40

2.4.5 UTA’s ....................................................................................................... 40

2.4.6 Sistema de Climatização nas Salas de serviços. ...................................... 41

2.5.1 -SWITCH DE REDE PARA COMUNICAÇÃO GTC ....................... 42

2.5.2 Configuração típica para o sistema de CCTV ......................................... 43

2.6.1 SISTEMA DE CONTROLO DE ACESSO (SCA) ............................... 43

2.6.2 Cartões de Acesso .................................................................................... 43


2.6.3 Gestão dos cartões .................................................................................... 44

2.6.4 Contagem de presenças ............................................................................ 44

2.6.5 Módulos de Dados e Alarmes (Módulo de Interligação)......................... 44

2.6.6 Leitores de Cartões de Proximidade ........................................................ 44

2.6.7 Testas Elétricas ........................................................................................ 45

2.6.8 Contactos Magnéticos .............................................................................. 45

2.6.9 Configuração sistema de controlo de acessos .......................................... 45

2.7.1 SISTEMA DE DETENÇÃO DE INCÊNDIO ....................................... 46

2.7.3 Funcionamento do sistema ....................................................................... 49

2.7.4 Arquitetura do sistema ............................................................................... 49

2.7.6 Requisitos Particulares ............................................................................. 50

2.7.7 Organização dos Circuitos de Deteção/” Loops” .................................... 51

2.8.1 SISTEMA DE INTERCOMUNICAÇÃO ............................................. 52

2.8.2 Descrição do Sistema. .............................................................................. 52

2.9.1 VANTAGENS / DESVANTAGENS DO BMS ...................................... 53

2.9.2 Vantagens ................................................................................................. 53

2.9.3 Desvantagens ........................................................................................... 53

2.10.1 ASPECTOS ECONOMICO DO PROJETO....................................... 53


2.10.2 Aspectos económicos do Sistemas BMS ............................................... 53
2.11.1 CUSTO DA CONSTRUÇÃO ................................................................ 54
CAPITULO 3 ..................................................................................................... 55
RESULTADOS .................................................................................................. 55
3.1 COMPONENTES DO PROJETO DE AUTOMAÇÃO .......................... 55
3.2 SIMULAÇÃO DO SISTEMA DE AVAC / ILUMINAÇÃO .................. 56
3.3 - ORÇAMENTO DE UM PROJETO DE AUTOMAÇÃO .................... 60
CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES ......................................................... 61
Conclusão ............................................................................................................ 61
Recomendaçoes...................................................................................................62
REFERENCIAS BIBLIOGRAFIAS
Apêndice I- Diagrama Elétrico do AVAC

Apêdice II-Diagrama Elétrico do Sistema de Iluminação

Apêndice III – Tabela de Verificação dos Atuadores de Comunicação

Anexo I – Distribuição da Rede de GTC do Edifício

Anexo II –Equipamento para controlo de Iluminação 2 LON

Anexo III –Lista de Entradas / Saídas para o Sistema AVAC

Anexo IV -Componentes para CCTV Gravador Digital/Analógico

Anexo V – Central de Incêndio e componentes


INTRODUÇAO
Enquadramento
A evolução da tecnologia tem permitido satisfazer as exigências dos utilizadores dos edifícios.
Muitas empresas e organizações em geral dedicam uma atenção crescente à gestão dos seus
edifícios e das respetivas infraestruturas técnicas com o objetivo de reduzir os custos de
funcionamento e impacto ambiental sem comprometer o conforto e a segurança dos utentes.

Hoje em dia, considera-se muito importante o desenvolvimento de um edifício logo na sua


concepção e planeamento, para assim incorporar desde o início, todos os elementos que servirão
posteriormente para obter um ambiente de conforto de acordo com a concepção do cliente,
minimizando os custos globais do edifício, incluindo custos futuros de operação e manutenção.

O conjunto de serviços a controlar no Edifício é:

I. Iluminação

II. Aquecimento, Ventilação e Ar condicionado – (AVAC).

III. Sistema de monitorização e controlo de dados de energia – (SMCDE).

IV. Controlo de Acessos – (CA).

V. Sistema de Circuito Fechado de Televisão – (CFTV).

VI. Sistema de Alarme e Deteção de Incêndio – (SADI).

VII. Sistema de Intercomunicação entre salas – (SIS).

O sistema de gestão técnica centralizada (SGTC) irá permitir a nível central, controlar e
sinalizar estados e avarias da generalidade das instalações e equipamentos técnicos do edifício,
obtendo-se desta forma uma visão global sobre o seu estado de funcionamento.

Na concepçao do projeto é necessário considerar o local e a sua envolvente, a localização,


orientação, forma e desenho das estruturas, o tipo de materiais de construção e acabamentos.

1.
Gestão técnica de Edifícios / Building Management Systems.
O sistema de gestão técnica de Edifícios é conhecido pelo termo em inglês Building
Management Systems (BMS).

É utilizado para se referir a uma ampla gama de sistemas de controlo informatizado de Edifícios,
a partir de controladores com propósitos específicos, para estações autossuficientes, para
sistemas maiores, incluindo estações de computador central e impressoras. A BMS dispõe de
vários subsistemas que são conectados de várias maneiras para formar um sistema completo. O
sistema tem de ser concebido e construído em torno do próprio edifício para servir os sistemas
de serviços para os quais é pretendido.

De forma simplificada, pode-se dizer que a operação de um edifício inteligente é baseada na


monitoração e controle de processos realizado pelo operador através de processamento e envio
de informações utilizando sensores, atuadores e microprocessadores.

OBJECTIVO DO TRABALHO
OBJETIVO GERAL

Este trabalho tem como objetivo a gestão de um sistema de automação predial de alto custo,
com projeto baseado em conceitos já difundidos nas indústrias, com a utilização de um CLP
(Controlador Lógico Programável), sensores e atuadores, bem como a implementação de um
software supervisório que atuará diretamente no CLP controlando e monitorando os diversos
dispositivos eletrônicos ligados a ele. Tais dispositivos podem ser detetores de movimento para
controle de iluminação, sensores de temperatura, fumaça, luminosidade, sensores magnéticos
instalados em portas.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Analisar a estrutura da rede existente do BMS;


 Entender a necessidade tecnológica e a sua utilização no edifício;
 Identificar os equipamentos, as tecnologias e os protocolos para a sua implementação na rede;
 Administrar e monitorar as aplicações na rede.

2.
ORGANIZAÇÃO DO TEXTO
Apresenta-se a seguir, uma descrição resumida deste projeto.

CAPÍTULO 1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA


Este capítulo apresenta algumas definições para o conceito de edifícios inteligentes, além de
abordar suas características e seus objetivos, são também abordadas as principais características
dos sistemas de iluminação, e ar condicionado, focalizando a integração com outros sistemas
do edifício.

CAPÍTULO 2 METODOLOGIA
Neste capítulo são abordadas metodologias desenvolvidas para a modelagem e simulação tal
como sistema de iluminação, e ar condicionado.

CAPÍTULO 3 RESULTADO
Este capítulo apresenta um estudo de caso, no qual as metodologias desenvolvidas no capítulo
anterior são aplicadas no Edifício da Clinica Girassol. (Simulação da Rede).

CONCLUSÃO E RECOMENDAÇOES.
Este capítulo apresenta as observações finais e as conclusões obtidas, bem como as sugestões
de novos tópicos a serem pesquisados em trabalhos futuros e suas recomendações.

3.
CAPITULO 1

FUNDAMENTAÇAO TEORICA
1.1 Definição
Atualmente não existe uma definição precisa do que se pode denominar como “Edifício
Inteligente”. Este termo foi inicialmente usado nos anos 70 por motivos meramente comerciais,
anunciando alta qualidade e rápido retorno do investimento. Neste sentido, a definição dos
serviços que estes deveriam prestar e o significado da chamada “inteligência do edifício” tem
sido imprecisa e sujeita ao critério pessoal de proprietários e usuários.

De acordo com (Arkin e Paciuk,1995), na Europa, o EIBG (European Intelligent Building


Group) define um EI como sendo aquele que “cria um ambiente que permita às empresas
alcançarem os seus objetivos nos negócios e de seus ocupantes.

Segundo (Maeda,1993), no Japão, o IBSC (Intelligent Building Study Commite) define que o
EI deve possuir:

(a). Um bom ambiente para as pessoas.

(b) Bom suporte para assegurar uma alta produtividade dos trabalhadores.

(c) Boa segurança contra incêndio.

(d) Operação altamente econômica.

De acordo com (Flax, 1991), um IBS (Intelligent Building System) é a integração de uma
grande quantidade e variedade de sistemas dos quais os mais relevantes são a seguir listados:

 Sistemas de Gerenciamento de Energia;


 Sistema de Automação do Edifício;
 Sistema de ar condicionado e ventilação;
 Sistema de iluminação;
 Sistemas de segurança;
 Sistema de controle de acesso;
 Sistema de deteção e combate a incêndio.

4.
Assim, a “inteligência” do edifício tem sido objeto de diferentes interpretações em nível
mundial. Nos Estados Unidos, a mais importante característica dos edifícios inteligentes foi a
interconexão dos sistemas de serviços para o benefício dos ocupantes. Na Europa, um edifício
inteligente deve tratar com a interação entre os sistemas e os elementos estruturais.

No Japão, foram interpretadas com o uso de novas e avançadas tecnologias para melhorar a
capacidade dos edifícios em aspetos organizacionais. (Arkin & Paciuk,1995).

1.2 Estudo e Analise do Projeto de Gestão Técnica de Edifício.

A existência de uma estrutura central de gerenciamento robusta e confiável, onde as


informações possam ser compartilhadas em tempo real, é fundamental para o atendimento dos
requisitos de segurança, conforto e economia em um edifício inteligente.

Esta estrutura é chamada de sistema de gerenciamento do edifício (BMS).

Fig 1.1 Esquema em Bloco do Sistema de Gerenciamento, Fonte: IBS VOLUME 4, 2006

A integração dos sistemas prediais pode utilizar tecnologias centralizadas ou distribuídas. Os


sistemas centralizados, como o nome sugere, são aqueles que dispõem de uma unidade central
de controlo onde todos os dispositivos são conectados, tanto para recebimento dos sinais dos
sensores e dispositivos de comando, quanto para, após o processamento das informações,
enviarem sinais para os dispositivos de monitoração e atuação.

5.
Cada dispositivo possui uma função específica dentro das inúmeras necessidades do sistema
predial, sendo distribuídos por toda a extensão do edifício, interligados por uma rede de
comunicação, trocando informações entre si e com sensores e atuadores que podem se encontrar
próximos ou integrados ao objeto de controle ou painel de monitoração e comando. Os
dispositivos estão conectados a um barramento de dados por onde é feita a comunicação digital
através de protocolo.

A implementação de um sistema BMS pode ser dividida em quatro fases, cada uma com as suas
respectivas características e com as suas funções específicas.

Figura 1.2 – Pirâmide dos Níveis de Gestão do BMS, Fonte: IBS VOLUME 1, Configuração 2008

As tecnologias OPC e Web Services, têm uma grande influência na comunicação de BMS. As
tecnologias de integração ao nível da gestão permitem redes diferentes, mas também permite a
integração de outros aplicativos empresariais.

1.3 Quatro Níveis de Gestão Importantes.

- Instalação, constituída por todos os equipamentos de campo e análise do sistema, como por
exemplo: detetores de incêndio; detetores de movimento; câmaras de vigilância; sensores de
temperatura; atuadores.

- Operação local, representa as unidades locais de comando. Estas recebem as informações


provenientes dos equipamentos de campo.

6.
- Gestão e Controlo, é a este nível que se procede à operação e gestão centralizada dos sistemas
considerados de risco, que visam proteger pessoas e bens.

- Supervisão, último nível na organização BMS, no qual se procede à supervisão geral do


Edifício Complexo (poderá tratar-se de um sistema com implantação do tipo geográfico, com
instalações distribuídas por locais diversos), através de uma concepção GMS – Global
Management Station, composta por um ou mais Servidores de Sistema.

1.1.1 O PROGRESSO DO B M S
No mercado atual da construção de Edifícios, a maioria dos serviços têm Componentes de
controlo. Exemplos típicos são chillers com um painel de Controlo e Variadores de velocidade
com componentes de controlo. O Desenvolvimento geral da BMS foi evoluindo desde o início
de 1940. O progresso da BMS pode ser destacado pelas seguintes etapas ou gerações de
sistemas de automação de Edifícios:

• Base inicial da BMS: Controlo centralizado e painéis de controlo;

• 1ª Geração: Controlo centralizado com computador e painel de controlo;

• 2ª Geração: Dados em painel, com base em minicomputador;

• 3ª Geração: BMS baseada em microprocessador usando rede local LAN;

• 4ª Geração: Sistema aberto compatível com Internet / intranet.

1.1.2 Terceira geração – baseada em microprocessador

A introdução e ampla aceitação do microprocessador digital é a principal característica desta


geração. Estações de controlo baseado em microprocessadores utilizam uma rede de área local
(LAN) representando a arquitetura do sistema típico de BMS, que ainda é aplicado na
atualidade. A BMS utiliza uma central de monitorização e uma plataforma de gestão, rodando
numa estação de computador, que está diretamente ligada a estações de controlo. O principal
problema para o BMS nesta geração é a incompatibilidade entre diferentes Fabricantes
protocolos de comunicação.

7.
1.1.3 Quarta geração – Sistema aberto
O uso de protocolos abertos de comunicação permite que os sistemas de diferentes fabricantes
de BA possam ser integrados sem muita dificuldade.

O uso do IP e tecnologias standard de Internet / intranet permitem ao sistema ser integrado com
as redes de computação empresariais convenientemente. A rede fornece uma plataforma de
convergência unificada para todas as informações em edifícios.

1.1.4 Sistemas BMS – Questões e Problema

Num sistema típico BMS, normalmente empregam-se protocolos de comunicação diferentes,


mesmo entre equipamentos do mesmo fabricante. Uma forma usual para integrar equipamentos
de vários protocolos é utilizar um gateway, que tem a função de conversão de um protocolo
para outro protocolo e mapeamento de dados a partir de um protocolo para outro protocolo.

A próxima figura ilustra a configuração dum sistema BMS típico, que inclui o controlo de
AVAC/HVAC, sistema de segurança de incêndio, segurança e controlo de acessos, controlo de
iluminação e gestão de energia. Neste sistema, todos os subsistemas são integrados num único
backbone Ethernet. Os utilizadores podem verificar e monitorizar o sistema completo através
do software de gestão.

Figura 1.3 – Integração do sistema BMS, Fonte: IBS VOLUME 4, 2006

As funções inteligentes são proporcionadas pela integração dos subsistemas do edifício


inteligente. No entanto, cada subsistema poderá ter um protocolo diferente neste sistema e serão
necessários Gateways para realizar a conversão de protocolos para alcançar a integração total
dos subsistemas.

8.
O software de gestão comunica com subsistemas por meio de drivers relevantes. Se a
interoperabilidade entre os subsistemas for necessária, o software de gestão desempenha o papel
de 'agente'. Esta interoperabilidade é um método proprietário de um fornecedor único, não um
método padrão. Não é muito flexível e a maior dificuldade existirá se se adicionar um terceiro
novo subsistema.

Hoje em dia, o rápido desenvolvimento das tecnologias de informação oferece novos métodos
e soluções possíveis para ultrapassar essas dificuldades. Para se ter uma compreensão mais clara
do problema, o modelo de hierarquia de uma rede BMS é usado como referência.

Integração e interoperabilidade podem ser abordadas em diferentes níveis. Um deles é empregar


o mesmo protocolo de comunicação aberta em todos os quatros níveis.

A ISO, ASHRAE e várias outras organizações têm vindo a trabalhar sobre este assunto.
Nomeadamente a ISO adaptou alguns padrões ao nível de campo ao nível de gestão para
aumentar a interoperabilidade. Basicamente, refere-se ao Bacnet e o protocolo de comunicação
Lonworks.

Contudo, protocolos diferentes estão atualmente em uso e a necessidade de integrar a BMS e


outros sistemas empresariais, assim como sistemas de gestão de informação (MIS), uma
maneira é conseguir a integração e interoperabilidade com protocolos padrão ao nível superior
(nível de gestão) para evitar lidar com a diferença de protocolos de nível inferior diretamente.
Por exemplo, a conectividade aberta, OPC e algumas tecnologias emergentes de TI (por
exemplo, Web Services) podem ser empregadas para resolver esse problema.

9.
1.2.1 PROTOCOLOS APLICADOS A GESTAO TÉCNICA
Aqui será apresentado algumas soluções em matéria de integração e interoperabilidade dos
sistemas de BMS. Irei abordar os padrões de comunicação para redes BMS, sendo os mais
utilizados, Lonworks, e Bacnet, EIB, Modbus e PROFIBUS, assim como os métodos de
integração ao nível da gestão.

1.2.2 Protocolos Lonworks


O Lonworks (LON) é um protocolo de rede aberto acessível a todos os fabricantes, foi
desenvolvido pela empresa Americana Echelon em 1992 e muitas empresas têm vindo a usar
para implementar redes de controlo distribuídas e automatizadas.

É usado na automação de edifícios. No Lonworks podemos ter taxas de transmissão que variam
de alguns Kbit/s até muitos Mbit/s, dependendo do meio de transmissão, normalmente utiliza a
taxa de 78kbits/s, e é uma norma na América e na Europa desde 1998.

1.2.3 Conceito do Lonworks

O LON foi desenvolvido para uma implementação bastante abrangente, sendo, um sistema de
comunicação para automação de edifícios.

A implementação dos sistemas LON integra vários serviços, como: AVAC, iluminação,
controlo de acessos, segurança (fogo, CCTV, intrusão), gestão de energia, entre outros.

1.2.4 Tecnologia LonWorks


LonWorks é uma tecnologia que inclui a infraestrutura de hardware e software para a operação
de uma rede de controlo denominada Local Operating Network (LON). Trata-se de uma
tecnologia aberta de controlo distribuído, projetado para implementar a redes de controlo. O
protocolo utilizado é denominado LonTalk (padrão ANSI – American National Standards
Institute – 709.1).

Um sistema LON é bastante flexível, simples de operar e é o indicado para redes


descentralizadas. As redes LON possuem uma topologia livre uma vez que poderão ser
utilizadas redes tipo estrela, anel, bus.

10.
1.2.5 Meio Físico
O Neuron Chip proporciona uma porta específica de cinco pinos que pode ser configurada para
atuar como interface de diversos transmissores-receptores de linha e funcionar a diferentes
velocidades binárias. O LonWorks pode funcionar sobre RS- 485 com isolamento óptico,
acoplado a um qualquer meio de comunicações.

Figura1.4 - Hierarquia de um Sistema Proprietária; Figura 1.5 - Arquitetura de uma rede Aberta de um Controlo
Distribuído Fonte: IBS VOLUME 4, 2006

Fonte: Publicação de Contimetra, Integrador Oficial Lonworks, 2007

Sistemas denominados de redundantes são exportáveis, isto significa que, alarmes de intrusão,
controlo de acessos e quando conveniente equipamento de situações de emergência poderão ser
todos ligados (teoricamente) num só sistema.

Devido à abertura de um sistema LON, novas funções podem ser integradas a qualquer
momento no sistema de gestão do edifício de acordo com as exigências, ver Figura 4 e 5.

1.2.6 Topologias da rede LON

Figura 1.6 – Topologias de redes em LON, Fonte: Contimetra, Integrador Oficial LonWorks, 2007

Os dispositivos irão comunicar através da “Ligação”, definindo-se as seguintes interações:

 Quem comunica com quem;


 Que informação está a ser trocada entre dispositivos;
 Como está a ser trocada essa informação.
11.
1.2.7 Protocolos BACNET
O sistema BACnet é um protocolo Americano desenvolvido pela American Society of Heating,
Refreating and Air-Conditioning Engineers, Inc (ASHRAE). Foi aprovado pela ASHRAE e
pelo ANSI em 1995. O nome, Bacnet é resultante de Building Automation and Control Network

Distintamente dos outros protocolos de rede, tais como Ethernet e TCP/IP, o Bacnet pesquisa a
definição de um método de abstrair a funcionalidade encontrada nos dispositivos interligados.

Outro ponto interessante no Bacnet, é que não há a necessidade de se preocupar quais outros
protocolos, pois estes funcionarão em conjunto com o Bacnet. O Bacnet define protocolos para
uso nas seguintes camadas do modelo de referência OSI (Open Systems Interconnection):
aplicação, rede, transmissão de dados e ligação física.

A camada de aplicação é a mais sofisticada do padrão. A camada de rede permite que múltiplas
redes Bacnet sejam conectadas. Esta camada fornece os meios pelos quais mensagens possam
ser levadas de uma rede Bacnet para outra, sem se preocupar qual tecnologia de transmissão de
dados se está a utilizar nessa rede.

1.2.8 Protocolos Modbus

O Modbus é um protocolo de comunicação de dados utilizado em sistemas de automação


industrial. Foi criado na década de 1970 pela Modicon, e é um dos mais antigos protocolos
utilizados em redes de Controladores lógicos programáveis (PLC) para aquisição de sinais de
instrumentos e comandar atuadores.

Ao investigar tecnologias de sistemas e soluções abertos duas coisas tornam-se imediatamente


visíveis:

i. A utilização de sistemas e solução em protocolo aberto para a gestão de edifícios.

ii. O Lonworks e tecnologias Bacnet são as duas opções disponíveis.

12.
1.3.1 A NORMALIZAÇÃO

Quanto a normalização, a Organização das Nações Unidas (ONU) dispõe de 2 órgãos que lhe
estão ligados:

 ISO: “International Standardization Organisation” que publica as normas em todos os


domínios da Informática.
 ITU: “International Telecommunication Union” ou UIT em português, que controla o
domínio das telecomunicações.

A maior parte dos organismos de normalização colaboram entre si e participam nos trabalhos
dos 2 organismos federais (ISO e ITU).

Os 2 órgãos federais (ISO e ITU) criaram o conceito CIM baseado em automação.

A Manufatura Integrada por Computador ou CIM (Computer Integrated Manufacturing) é a


tecnologia que, utiliza a informação, da computação e da automação, permitindo a integração
de todas as atividades de produção.

Este conceito tem por objetivo auxiliar na definição mais correta das soluções de comunicação
de sistema automatizado com uma arquitetura hierarquizada, sendo estruturado numa pirâmide
com 5 níveis:

 Nível 0: Há troca de informações ao nível dos sensores e atuadores.


 Nível 1: Comando de pequenas máquinas, com possibilidade de comunicação com
outros equipamentos (variadores de velocidade) - Devicebus.
 Nível 2: Comunicação entre unidades centrais de processamento (CPUs) e sistemas de
supervisão, a natureza das informações trocadas são mensagens.
 Nível 3: Comunicação entre os sistemas de supervisão e os sistemas informáticos de
gestão. Exemplo: Ethernet.
 Nível 4: É o nível superior da pirâmide e está reservado aos sistemas informáticos
distantes. Estes sistemas destinam-se à gestão global da empresa. Exemplo: Internet.

13.
1.3.2 Perturbações em ambiente industriais
No domínio da transmissão de dados, a normalização tomou um aspecto extremamente
importante no domínio das redes industriais, de grande porte.

Os meios de transmissão não sendo perfeitos, provocam ao longo da transmissão perturbações


nos sinais, contudo as 3 mais frequentes são:

I. Atenuação: perda de energia do sinal durante a sua propagação num determinado meio,
II. Distorção temporal: as componentes do sinal não se propagam todas à mesma
velocidade,
III. Ruído: todos os sinais indesejáveis.

Causas possíveis das perturbações:

1) Não-conformidade com as prescrições do construtor;


2) Ultrapassagem dos níveis indicados (ex.: comprimento dos cabos);
3) Má adaptação de fim-de-linha (ex.: ausência do terminador de linha);
4) Utilização de um cabo que não tenha as características adequadas;
5) Proximidade entre cabos, problemas de origem eletromagnética;

Os equipamentos sensíveis necessitam de uma alimentação socorrida em caso de falha de


energia, que poderá ser realizada por uma UPS, na medida que esta UPS contém um
transformador de isolamento.

A tomada em conta de todas estas regras de concepção e de realização permitem ao


equipamento ou sistema, ter uma imunidade às perturbações eletromagnéticas dependendo do
meio no qual está inserido.

1.4.1-ARQUETETURA E PROCESSO DE COMUNICAÇAO


Os dados trocados em sistemas PROFIBUS usam mensagens que passam entre as estações. A
rede PROFIBUS é composta por várias estações, incluindo mestres ou escravos. Estações
Mestres permitem controlar a comunicação bus. Estações escravas só podem responder a um
pedido de um mestre.

14.
Existem dois tipos de estação Master: Classe 1 e Classe 2. A classe 1 inclui PLCs,
controladores, estações, a Classe 2 incluem ferramentas de configuração, os monitores de Bus
e de diagnósticos. Slave incluem blocos I/O, transmissores, atuadores, válvulas e drivers. As
redes PROFIBUS podem ter diferentes velocidades de transmissão, incluindo 9.6 kbps até 12.0
Mbps.

1.5.1 INTEGRAÇAO DO BMS AO NIVEL DA GESTAO


A integração ao nível da gestão é, basicamente, a comunicação entre aplicações.

Diversas tecnologias de comunicação têm sido desenvolvidas para conseguir uma comunicação
adequada entre as aplicações, tais como o OPC (Ole for Process Control), e Web Services.

Essas tecnologias têm uma grande influência no campo da comunicação de BMS. As


tecnologias de integração ao nível da gestão não só devem permitir a integração de distintas
redes BMS, mas também devem permitir outros aplicativos empresariais (como por exemplo,
ERP - Resource Planning Enterprise ou SIGE - Sistemas Integrados de Gestão Empresarial).

Tal como já referido, uma rede de BMS pode ser dividida em três níveis: nível de gestão, nível
de automação e nível de campo, carecendo de comunicação entre os vários níveis.

A Integração e interoperabilidade podem ser abordadas em diferentes níveis.

Figura 1.7 – Níveis de Gestão em BMS com OPC, Fonte: Softing AG – Fonte aquivo IBS Girassol 2016

15.
1.5.2 Tecnologia OPC
O OPC é um padrão representado pela Fundação OPC, preenche as barreiras de comunicação
entre aplicações de software (software de visualização, sistemas de controlo de supervisão) e
de diferentes dispositivos. O OPC fornece acesso uniforme os dados de processo e mensagens
de alarme e de eventos ao nível de campo, bem como dados sobre o nível da empresa (sistemas
de gestão de instalações, sistemas de informação).

O OPC assegura a integração fácil e uniforme de subsistemas de diferentes fabricantes num


BMS independente e de sistema aberto.

Resumindo, o OPC pode desempenhar um papel vital na integração de BMS de diferentes


fornecedores de sistemas ou dispositivos.

1.5.3 Tecnologia de Web Services

Web service é uma solução utilizada na integração de sistemas e na comunicação entre


aplicações diferentes. Com esta tecnologia é possível que novas aplicações possam interagir
com aquelas que já existem e que sistemas desenvolvidos em plataformas diferentes sejam
compatíveis. A Web services é um componente que permite às aplicações enviar e receber
dados.

Figura 1.8 - Sistema de integração utilizando Web Services

Fonte: Livro, Intelligent Buildings and Building Automation, 2010

16.
Conforme mostra a Figura 8, o portal de aplicação pode aceder a diferentes BMS’s via web
services e os sistemas não-BMS podem ser facilmente integrados. Neste exemplo, um serviço
meteorológico poderia oferecer uma Web Service que permitisse a um sistema de BA obter
automaticamente os dados de previsão de temperatura para serem usados.

Similarmente, o próprio sistema de BA pode oferecer um Web Service que permite a um


sistema de contabilidade contratado obter ao minuto valores relativos sobre o consumo de
energia.

1.5.4 Aplicações de tecnologias de Internet em BMS

Os sistemas de BMS adotaram muitas tecnologias de informação popularmente utilizadas, tais


como a Internet e tecnologias de intranet. Dos protocolos BMS às tecnologias de integração de
sistemas, a Internet e intranet têm desempenhado um papel cada vez mais importante.

A Internet cruzou-se no campo da BMS primeiro como meio de transporte.

É utilizada para acesso remoto ou integração de BMS’S localizados a longas distâncias.

A segunda aplicação é semelhante ao conceito de intranet, com as tecnologias e protocolos da


Internet, assim como TCP/IP, utilizado na construção da própria rede BMS. BMS é uma
tendência no desenvolvimento de protocolos de comunicação nomeadamente Lonworks e
Bacnet

1.5.5 Uso de tecnologias de Internet ao nível da Gestão


Atualmente é uma tendência na indústria do BMS usar tecnologias de Internet ao nível da gestão
para desenvolver estes sistemas, particularmente no software de gestão e integração do BMS
através da Internet.

O uso de tecnologias da Internet para o desenvolvimento do BMS / IB software de gestão tem


as seguintes vantagens:

 Permite que o software de gestão possa ser desenvolvido mais rapidamente a um baixo
custo, assim como muitas funções padrão e ferramentas podem ser usadas e adotadas
diretamente;

17.
 Significa que os pacotes de software podem adotar facilmente as funções de gestão de
novos dispositivos "de terceiros" e sistemas, como muitos dos dispositivos de hardware
atuais são desenvolvidos para serem compatíveis com Internet.

1.6.1 - SISTEMA DE CONTROLO DE ILUMINAÇAO


O sistema de iluminação, após o sistema de climatização é um dos grandes consumidores de
energia em edifícios comerciais. Em média é responsável por cerca de 40% do consumo de
energia.

A eficiência energética dos sistemas de iluminação e qualidade do ambiente visual fornecido é


determinada pela selecção de lâmpadas (incluindo os componentes associados), o controlo e o
layout arquitetónico. O controlo do sistema de iluminação é necessário para atender as seguintes
finalidades, que podem ser alcançadas manualmente ou automaticamente:

i. A necessidade funcional e flexibilidade do espaço;

ii. Economia de energia;

iii. Conforto visual dos ocupantes;

iv. Criação de um ambiente dinâmico.

Diferentes exigências do ambiente visual são necessárias para diversas atividades ou funções.
O sistema de iluminação também deve ser adaptável às mudanças no espaço, como alterações
ao layout da sala.

A eficiência energética é uma das questões importantes relativas à iluminação de controlo do


sistema. É necessário o fornecimento de iluminação apenas nas áreas e nos períodos de
iluminação, fornecendo o nível adequado de iluminação conforme as necessidades. As acções
de controlo principal para este fim são ON/OFF, comutação (regulação de fluxo).

1.6.2. Os sensores e dispositivos de controlo

Os sensores de iluminação são um elemento básico para o controlo automático dos sistemas de
iluminação moderna. Os típicos sensores de luz usados para aplicação de controlo de luz
oferecem uma gama de medição.

18.
Podem ser projetados para fornecer em saída analógica de (0-10 V) ou saída digital para o uso
de um controlador.
A interface de comunicação também pode ser acoplada ao sensor de luz permitindo a medição
de fluxo luminoso para ser enviado aos controladores ou simplesmente comando. Existem
basicamente (2) tipos de sensores muito utilizados em detetores de movimento: os sensores
infravermelhos passivos (PIR) e micro-ondas (ativo).

1.6.3 Sistemas baseados em protocolos para iluminação


Os equipamentos auxiliares ganham inteligência através da tecnologia eletrónica digital,
fazendo com que os ambientes possam ser controlados de forma mais eficiente, económica e
com inúmeros recursos, trazendo flexibilidade e conforto às pessoas que utilizam e habitam os
ambientes.

Estes sistemas eletrónicos com poderosos recursos para controlo total da iluminação são
chamados de Sistemas de Gestão da Iluminação.

O DALI é orientado para as necessidades mais simples, aplicações comerciais e arquitetónica


de iluminação e exige menos experiência na sua implementação.

Ao longo do tempo foram investidos esforços para que num sistema de iluminação, todas as
cargas possam ser controladas. A tecnologia Lontalk, EIB/KNX e Bacnet, conseguiu atingir
esse objetivo, com o problema de ter um elevado custo por nó.

1.6.4 DALI – Digital Addressable Lighting Interface

O sistema DALI é um protocolo de comunicação padrão baseado no standard RS-485 que foi
criado e adotado pelos principais fabricantes de produtos para iluminação.

Com tecnologia totalmente digital, o protocolo DALI proporciona inúmeros recursos de


controlo e gestão dos sistemas de iluminação, sendo o seu funcionamento simples. Os sistemas
com protocolo DALI possuem recursos muito mais avançados e instalação mais simplificada.

Neste sistema, os componentes DALI (Balastros eletrónicos DALI, transformadores


eletrónicos DALI, fontes de alimentação DALI) podem formar subsistemas de iluminação que
comunicam com o sistema de Gestão Técnica de Edifícios através de “gateways”
comercializada pelos fabricantes dos sistemas de gestão de edifícios.

19.
1.6.5 Características Técnicas do Sistema DALI
O sistema DALI possui as seguintes características num sistema de iluminação:

i. Cablagem simples das linhas de comando (sem polaridade)

ii. Controlo de unidades (Endereço individual) ou por grupos (Endereço de Grupo)

v. Controlo de mensagens de estado do dispositivo (falha de lâmpada);

Em suma o sistema DALI foi definido para:

 No máximo de 64 unidades individuais (endereços individuais);


 No máximo de 16 grupos (endereços de grupo);
 No máximo de 16 cenários (valores de cenários de iluminação);

Estas são as características que fazem do DALI uma plataforma ideal para a gestão de
iluminação inteligente e flexível em edifícios modernos.

1.6.6 DALI – Subsistema da Gestão Técnica de Edifícios


Os sistemas de controlo de iluminação baseados em DALI só podem ser usados como
subsistemas para controlo de iluminação através de BMS.

1.6.7 DALI como Subsistema independente

Esta opção é um subsistema independente interligado na gestão do edifício. Pode ser na forma
mais simples em relação a defeitos ou falhas. Sensores, elementos de controlo, unidade de
programação e controlo remoto podem ser integrados facilmente (por wireless ou cablagem).

1.6.8 DALI como subsistema no domínio da Gestão de Edifícios


Todos os componentes instalados numa sala ou parcialmente num edifício usam a mesma
técnica de transferência de dados como o da Gestão de Edifícios. O gateway converte o sinal
da Gestão de Edifícios para DALI e em ordem inversa para estabelecer a comunicação entre a
Gestão de Edifícios e unidades DALI. Uma aplicação típica, por exemplo, é o Bacnet que usa
os elementos de controlo adequados, interruptores, sensores, atuadores.

20.
Figura 1.9 – DALI - Subsistema Puro

Fonte: Publicação de ZVEI – Division Luminaires 2010

A instalação é mais fácil e mais económica do sistema DALI.

A distância máxima entre duas unidades de comunicação deve ser de 300 metros. Devido à
baixa taxa de transmissão (1,2 kbits/s), não há necessidade de cablagem especiais, tais como
cabos torcidos ou blindados. No entanto, é necessário garantir que um método de identificação
é aplicado. Na figura seguinte o exemplo de uma instalação DALI.

Figura 10 – Rede de uma instalação DALI, Fonte: Publicação de Philips Advance, The ABC’s de DALI

21.
1.7.1 SISTEMA DE AQUECIMENTO, VENTILAÇÃO E AR-
CONDICIONADO DO AVAC
Aquecimento, ventilação e ar condicionado (AVAC) é usado para controlar a climatização de
um edifício. Noutras palavras, sistemas AVAC controlam a temperatura, humidade, fluxo de
ar, e a qualidade do ar em geral.

O sistema de climatização, não só torna o edifício confortável, saudável e habitável para os seus
ocupantes, como gere uma parcela substancial do consumo de energia e custos relacionados
para o edifício. Na manutenção da qualidade de ar do edifício, o sistema de AVAC deverá
responder a uma variedade de condições no interior e exterior do edifício (incluindo o clima,
hora do dia, diferentes zonas geográficas do edifício e distintas ocupações no edifício) e
simultaneamente, otimizar as suas operações e relacioná-las com a energia disponível. O
sistema de AVAC é também um sistema crítico no controlo de fumo em caso de incêndio.

Os edifícios grandes têm uma maior densidade de equipamentos, de pessoas, iluminação e


outras cargas que geram mais calor.

1.7.2 Componentes do sistema


Os sistemas de AVAC podem ser muito complexos, pois são constituídos por diversos
componentes.

Os principais componentes incluem: chillers, unidades de tratamento de ar (UTA´S), unidades


terminal de ar (ATU´S), e equipamentos de ar de volume variável (VAV).

1.7.3 Caldeiras

As caldeiras são usadas para aquecer o ar, no entanto, devido ao aumento geral na eficiência
dos sistemas de AVAC, podem recuperar o calor desperdiçado produzido pelo chiller, um outro
componente importante num sistema de climatização.

A água quente ou vapor é canalizado para o edifício através de condutas, onde o ar é forçado a
sair sobre unidades de radiador, movendo o ar quente através dessas condutas com destino a
diversas zonas.

22.
1.7.4 Chillers
Os Chillers utilizam trocas de calor e fazem circular um fluido ou gás para refrigerar o ar que
passa através na unidade. São muitas vezes instalados numa zona ao nível do solo na área
restrita á parte mecânica do edifício.

1.7.5 Unidade de Tratamento de Ar (UTA)

As Unidades de tratamento de ar (UTA) fornecem ar quente ou frio para diferentes partes de


um edifício, utilizam água resfriada para arrefecer ou água quente para aquecer o ar (Fig. 11).

Um damper é uma tampa de registo que serve para regular ou mesmo parar o fluxo de ar no
interior de uma conduta, podem ser operados manualmente, ou as palhetas podem ser
direcionadas através de mecanismos de controlo. As UTAs têm muitos pontos de rede no
sistema de AVAC para gerir o fluxo de ar, aquecimento, arrefecimento e filtragem. Estas podem
servir um edifício num único andar, ou vários andares de um edifício. Se a UTA está a alimentar
várias zonas, cada zona normalmente detém um controlo local, tendo o seu próprio ar pré-
misturado na UTA.

Figura 1.2.1 – Sistema típico de unidade de tratamento de ar

Fonte: Livro, Fundamentals of Heating, Ventilating and Air-Conditioning, 2001

1.7.6 Controlo de sistemas de Volume de Ar Constante (CAV)

A UTA é um dos componentes mais importantes nos sistemas de AVAC.

O ar processado pode fornecer aquecimento ou arrefecimento, ajuste da humidade e refrescar o


ar condicionado de cada zona.

23.
O sistema de controlo deve ser capaz de optimizar a temperatura, humidade e a relação de ar
fresco no fornecimento de ar para oferecer ar suficiente com o consumo mínimo de energia.

Os componentes do ar manipulado incluem ventiladores, condutas, sensores e instrumentos de


controlo.

O sistema e seu controlo esta ilustrada na figura acima, o que é um sistema de aquecimento e
arrefecimento de uma única conduta e tratamento de ar do sistema com um ventilador de retorno
de ar e um ventilador de ar de alimentação.

1.7.7 Controlos de temperatura

O controlo de temperatura é a função mais importante nos sistemas de ar condicionado, este é


normalmente feito e definido pelo valor da temperatura desejada no set-point. O desvio de
temperatura, a partir do set-point faz com que um sinal de controlo seja enviado para o
dispositivo controlado em campo.

1.8.1 SEGURANÇA E CONTROLO DE PROTENCÇAO

Segurança e proteção consistem em medidas necessárias a adotar por uma entidade para
fornecer a proteção da propriedade, pessoas, materiais e instalações contra incêndio, danos, a
entrada não autorizada, furto e quaisquer outros atos desonestos, ilegais ou criminosos que
podem surgir contra essa entidade.

Arquitetos e engenheiros têm como objetivo encontrar soluções de baixo custo para resolver as
preocupações de segurança e proteção dos empregadores, empregados, clientes e outros
utilizadores dos edifícios. Irei abordar neste capítulo uma introdução aos sistemas e suas
principais tecnologias, incluindo:

I. Sistemas de circuito fechado de televisão (CCTV);

II. Sistemas de controlo de acesso;

III. Os sistemas de alarme de incêndio.

24.
1.8.2 Sistemas de CCTV
Há anos o CCTV foi implementado e integrado em segurança e proteção de aplicações. O
objetivo do CCTV em soluções de segurança é proporcionar visão remota para operadores de
segurança, fornecendo imagem em direto, exibindo apartir de uma distância ou manter um
registo de vídeo dos espaços sob vigilância. O CCTV é um meio de custo/eficácia para a
expansão do controlo de segurança e proteção. Falarei apenas da categoria básica de sistemas
de CCTV digital.

1.8.3 Sistema de CCTV Digital

A evolução digital de gravação de vídeo ocorreu quando o DVR foi substituído por um servidor
de vídeo, ou seja, um servidor de rede de dados com software de gestão de vídeo. Neste caso,
câmaras analógicas ou digitais podem-se conectar ao servidor e este se conecta à rede.

Videostreamer, é uma interface digital que permite converter o sinal das câmaras analógicas
em sinal digital, podendo ser ligado a uma rede TCP/IP.

Rede dados TCP/IP, é a infra-estrutura composta por Switch, cabos em Fibra Óptica e cabos
em cobre UTP cat. 6 e que permite a comunicação de informações entre os equipamentos, como
nos evidencia próxima figura.

Figura 1.2.2 – Vídeo vigilância com servidor de vídeo.

Fonte: Livro, Smart Building Systems - For Architects, Owners and Builders, 2006

A grande vantagem do servidor de vídeo é que a funcionalidade do sistema é derivada do


software ao invés de hardware como é no sistema analógico.

25.
O administrador ou utilizador autorizado poder determinar e definir o número de entradas, na
visualização de várias câmaras de vídeo num monitor só.

O sistema pode ser configurado de modo que quando um evento é detetado numa câmara uma
imagem é transmitida para um dispositivo remoto ou local para o pessoal de segurança
específico.

Cada câmara tem um endereço IP próprio como se fosse mais um “computador de rede. Esse
endereço IP é reconhecido pelo software de gestão e gravação formando uma rede entre todas
as câmaras e o sistema de gestão e supervisão.

1.9.1 SISTEMA DE CONTROLO DE ACESSO

O controlo de acesso tem a capacidade de permitir ou negar o uso de um determinado recurso


por uma entidade particular. Na segurança física, o termo controlo de acesso refere-se a prática
de restringir entrada de uma propriedade, ou espaço para pessoas autorizadas.

Os fechos elétricos ou eletrónicos são utilizados hoje em dia para fornecer controlo de acesso
mais eficaz e seguro. Os fechos elétricos são por vezes autónomos com um painel de controlo
eletrónico instalado na fechadura. As fechaduras elétricas são conectadas a um sistema de
controlo de acesso. A próxima figura evidencia os componentes básicos e de configuração de
um típico sistema de controlo de porta de acesso.

Figura 1.2.3 – Componentes básicos do sistema controlo de acesso.

Fonte: Livro, Intelligent Buildings and Building Automation, 2010

26.
1.9.2 Controlo de acesso por cartão
Vários tipos de cartões são utilizados para controlo de acessos. Com base nos princípios de
trabalho dos cartões, eles podem ser agrupados em duas categorias: os cartões convencionais e
cartões inteligentes. Com base no meio da leitura, também podem ser agrupados em duas
categorias: cartões de contacto e cartões sem contacto.

Eles podem ser usados num leitor de cartão que é relativamente barato. Com este tipo de cartão,
um padrão de dados digitais é codificado na banda magnética. Quando o cartão é retirado do
leitor, "lê" os dados, envia as informações para o processador do sistema fazendo uma
verificação e se for válida para a entrada naquele ponto assim, o processador envia um sinal
para abrir a porta.

1.9.3 Tipos de Cartões

O Cartão Wiegand, parece-se com cartões de crédito, são amplamente utilizados em sistemas
de Access Controlo e funcionam de acordo com um princípio semelhante ao usado na banda
magnética de cartões. O cartão Wiegand contém um conjunto de fios embutidos.

O conjunto de fios pode conter dado como informações de identificação de usuário, números
de cartão de crédito, historial médico e assim por diante. O cartão é lido através da passagem
ou aproximando-o ao leitor. Funciona numa ampla gama de temperaturas, para controlo de
acesso de dispositivos com esta tecnologia. Outras características incluem o tempo de resposta
rápida e portabilidade.

1.9.4 Controlo de acesso biométrico

Cada pessoa tem características únicas biométricas que podem ser usadas para identificação
pessoal. Essas características tipicamente utilizadas em biometria incluem a geometria da mão,
impressões digitais, impressões palmares, reconhecimento de face, a verificação de assinatura
e reconhecimento.

As questões-chave de uma tecnologia de identificação biométrica são a eficiência


computacional e fiabilidade. As tecnologias atuais podem fornecer identificação biométrica de
fiabilidade bastante elevada e eficiência computacional.

27.
1.10.1 – SISTEMA AUTOMATICO DE INCENDIO

Neste ponto, abordo os componentes básicos e as configurações típicas de sistemas de alarme


de incêndio.

A função de sistemas de alarme de incêndio é detetar a presença de fogo nos espaços protegidos
através de alterações ambientais associado com a combustão.

Os sistemas de alarme de incêndio podem ser ativados automaticamente, manualmente ou


geralmente em ambos. O propósito da utilização de sistemas de alarme de incêndio é notificar
as pessoas a evacuar o edifício em caso de incêndio / outra emergência, para ligar aos
Bombeiros para ajuda de emergência e para ativar outros sistemas associados para controlar a
propagação do fogo e fumos.

É fundamental selecionar corretamente e colocar os detetores de acordo com o layout e


utilização dos espaços.

1.10.2 Detetores de incêndio típicos


Um alarme de incêndio pode ser iniciado manualmente ou automaticamente, os equipamentos
manuais, fornecem os meios aos ocupantes para altivar o sistema de alarme de incêndio quando
detetam fogo ou fumo.

Detetores automáticos de incêndio podem ser resumidos nos seguintes tipo:

I. Detetor de calor,

II. Detetor de fumo

Os diferentes tipos de detetores têm velocidades de deteção e probabilidades de falsos alarmes


distintas. Vários tipos podem ser utilizados para aumentar a velocidade de deteção e aumentar
a fiabilidade do sistema.

I. Detetor de calor deteta fogo captando alterações na temperatura ambiente, normalmente, se a


temperatura ambiente sobe acima de um predeterminado limite um sinal de alarme é disparado.

Os detetores de temperatura fixa de calor são ativados quando a temperatura ambiente atinge
um limite fixo, como 58 ° C.

28.
Geralmente são instalados em espaços, tais como cozinhas ou áreas de utilidade, lavandarias
ou garagens, onde os detetores de fumo e fogo não devem ser instalados.

II. Detetores de fumo: detetam sinais de fumo e fogo em questão de sistemas de alarme. Há
vários detetores de fumo com base em mecanismos e projetos diferentes. Os tipos mais comuns
incluem: detetores por ionização, detetores fotoelétricos (ópticos).

1.10.3 Central de Incêndio e suas Topologias

Baseados em eletrónica, a central é o centro de controlo de um sistema de alarme de incêndio.


A central recebe informações de detetores de incêndio automáticos e manuais. A central
também pode fornecer energia para operar os sensores associados, transmissores e dispositivos
de ativação.

1.10.4 Central de Incêndio Endereçável

As centrais de incêndio endereçáveis são normalmente utilizadas hoje em dia para edifício de
média e grande dimensão. Utilizam cablagem para conectar os dispositivos de deteção e os
dispositivos de atuação para os painéis. Cada um dos detetores de incêndio automáticos e
manuais, bem como os dispositivos atuação. Normalmente, são usados dois condutores de
conexão de rede LAN. Podem ser aplicados quatro fios condutores. São normalmente utilizadas
topologia em Barramento e em anel para cada loop.

A Figura mostra uma central de alarme de incêndio usando topologia em Barramento para ligar
os detetores e dispositivos de atuação.

Figura 1.2.4 – Central de alarme de incêndio endereçável com topologia de barramento (BUS)

(D: detetor de incêndio, A: dispositivo de atuação)

Fonte: Livro, Smart Building Systems - For Architects, Owners and Builders, 20116

Os atuais protocolos de rede aberta de padrão de endereçamento das aplicações dos sistemas de
alarme de incêndio incluem BACnet, LonWorks e KNX / EIB.

29.
A cablagem entre os painéis de controlo pode ser o par trançado, permitindo que as partes do
sistema de alarme de incêndio possam usar a mesma infraestrutura da cablagem que é usado
por outros sistemas do edifício inteligente.

Figura 1.2.5 - Sistema de alarme de incêndio básico

Fonte: Livro, Smart Building Systems - For Architects, Owners and Builders, 2016

1.11.1 SISTEMA DE GESTAO DE ENERGIA (EMS)

Um sistema de gestão de energia (EMS) gera informações sobre o uso de energia e os custos
relacionados com a finalidade de reduzir despesa, mantendo um ambiente confortável e seguro
para ocupantes do edifício.

Como parte de um edifício inteligente, o EMS reúne e fornece respostas às principais redes
elétricas e sistemas de energia, como, AVAC, controlam de iluminação e gestão de energia,
juntamente com um programa de manutenção de equipamentos para alcançar a utilização ótima
de energia.

A energia pode ser poupada, garantindo que o equipamento está a operar da forma mais
rentável um EMS pode ter um recurso para garantir a manutenção adequada de equipamentos
mecânicos e elétricos.

1.11.2 os espaços a ser controlados pela GTC


 Portaria / Central de supervisão Refeitório;
 Instalações Sanitárias / Balneários Auditório;
 Sala de serviço Sala Operação;
 Sala de trabalho de docentes e Cozinhas;
 Balneários dos médicos e enfermeiras, técnicos e Biblioteca;
 Áreas técnicas e Corredores.
30.
CAPITULO 2

METODOLOGIA
O método de elaboração deste trabalho pode ser classificado em duas partes.

Primeira parte: recolha de informação e pesquisa de conhecimento na documentação do


sistema existente na Clinica Girassol, artigos, livros de referência, cadernos técnicos.

Segunda parte: baseado em reflexão, estudo de viabilidade do edifício Clinica Girassol e


alguns Conhecimentos prévios.

2.1 Tipo de Pesquisa

Para este projeto foi feito as seguintes pesquisas:

- Pesquisa bibliográfica a partir de livros, monografias e consultas de internet;

- Pesquisa de campo que foram feitas a partir do local de estudo da empresa (hospital Clinica
Girassol).

- Consultar engenheiro e especialistas na área.

2.2 Campo de estudo

Este trabalho teve como local de pesquisa na Clinica Girassol, cujo objetivo é a extenção dos
sistemas ligados ao Building Management System (BMS) em português: sistema de
gerenciamento de edifício, a fim de fazer a gestão do Edifício da Clinica Girassol, sendo o
mesmo localizado no Bairro da Maianga, endereço: Comandante Gika 225, Luanda, Angola.

31.
2.2.1 -SOFTWARE DE GESTAO NO EDIFICIO GIRASSOL
O sistema de GTC é de natureza modular e flexível, concebido em protocolo aberto,
permitindo fáceis expansões/alterações, seja ao nível da capacidade, ao nível das
funcionalidades ou ao nível das comunicações com periféricos.

O sistema permite a nível central, controlar e sinalizar estados e avarias da generalidade das
instalações e equipamentos técnicos do edifício, obtendo-se desta forma uma visão global sobre
o “seu estado de funcionamento”. Por outro lado, permite também executar um conjunto de
comandos automáticos horários de forma a otimizar e adaptar o “funcionamento” das
instalações do edifício ao seu estado de ocupação e assim economizar energia.

O software é Honeywell EBI que significa: (Enterprise Buinding Integrator) e a versão é:


R410.2, sendo um sistema que preenche os requisitos para fornecer uma solução completa para
as necessidades de acesso à informação e controle de um ou mais edifícios. Especificamente, o
EBI é composto pelas aplicações que satisfaz um edifício inteligente.

Existem 04 aplicações importantes no software Honeywell EBI que são:

• Honeywell Vida Safety Manager (HLSM): abrange as necessidades dos sistemas de


monitorização e proteger as pessoas de um edifício, sistemas de alarme de incêndio.

• Honeywell edifício Manager (HBM): cobre as necessidades de controlo HVAC (aquecimento,


ventilação e ar condicionado), iluminação e uso de energia. Também fornece soluções abertas
para os clientes, fornecendo capacidades de cliente / servidor para BACnet e OPC (OLE for
Process Control), que permite incorporar uma ampla gama de controladores de HVAC.

• Security Manager Honeywell (HSM): cobre as necessidades de controlo e segurança de


acesso. Fornecem interfaces para painéis de segurança, controladores de acesso e matrizes de
CFTV (circuito fechado de TV). Recursos avançados de segurança e opções de gestão e, Guarda
Foto, rastreamento de incidentes.

• Honeywell Video Manager (HVM): sistema de vídeo digital que suporta a integração com
sistemas corporativos sendo em tempo real, e está disponível na estação.

32.
O EBI é um sistema que permite o monitoramento e controle através de um estilo simples
janela web, subsistemas de HVAC, iluminação, energia, controle, alarmes de incêndio e
fumaça, segurança, controle de acesso e relacionar bases de dados pessoais.

Figura 2.1 - Arquitetura do sistema EBI, Fonte:(Honeywell, 2013).

Fonte: Livro, Smart Building Systems - Architects Builders, 2008

A filosofia EBI é: fornecer um fórum aberto para integrar diferentes tecnologias e trabalhar
com protocolos abertos, como BACnet e LonWorks.

O EBI é baseado em uma arquitetura cliente-servidor. Uma base de dados de tempo-real e de


alto desempenho é mantida no servidor que pode ser redundante.

O hardware de um sistema EBI típico compreende:

 Um PC configurado como EBI Servidor.

 Um número de PCs configurados como estações de trabalho.

 Uma ampla variedade de controladores, que pode ser tanto Honeywell e terceiros.

 Hardware de comunicação para interligar o sistema.

 Impressora para o fornecimento de relatórios.

O servidor EBI é acoplado com uma grande variedade de controladores, que estão ligados a
dispositivos de campo, tais como sensores de HVAC, atuadores, detetores de fumaça, leitores
de cartão, câmaras, e qualquer outro dispositivo que está dentro da gestão por uma das quatro
aplicações HSM, HBM, HLSM, HVM.

O software EBI comunica com motoristas, proporcionando um acompanhamento completo


do sistema e controle.

33.
Esses drivers podem ser os controladores de HVAC, controladores lógicos programáveis (PLC)
controladores de acesso, motoristas, segurança, painéis de alarme de incêndio e matrizes de
CFTV; basicamente o que eles fazem é recolher dados e transmitir essa informação ao servidor.

Os Operadores podem visualizar e interagir com o servidor EBI usando uma estação de
operação. Estação de software geralmente executado em um ou mais computadores, que estão
ligadas ao servidor EBI através de uma ligação de rede (LAN). A estação também pode ser
executada no mesmo PC que faz a EBI Servidor.

Estes sistemas permitam poupanças na ordem dos 15 a 20% e para, além disso, no caso de
anomalia ou avaria, estes enviam avisos e alertas ao serviço de manutenção, para que sejam
tomadas as medidas necessárias à sua correção.

2.2.2 Arquitetura do Sistema de Controlo


A estrutura do Sistema de Controlo Distribuído permitirá dispor de diferentes níveis de Gestão
e Inteligência Distribuída, de forma que se possa operar com eficácia, fiabilidade, autonomia e
flexibilidade.

2.2.3 Níveis de Gestão e Inteligência Distribuída


Nível 1: Equipamento de Campo

Permitem o controlo da produção de água fria, controlo AVAC, controlo do sistema de


ventilação, controlo de iluminação, Controlo de acessos, Sistema de alarme de incêndio, tais
como: Sondas de temperatura, humidade, nível, contactos auxiliares de aparelhagem elétrica,
bobinas de comando de disjuntores ou contadores, atuadores de válvulas ou registos, variadores
de velocidade para comando de motores e contadores emissores de impulsos.

Nível 2: Nível de Controlo e Aquisição / Automação

Através de módulos microprocessadores distribuídos será realizado o controlo e comando


segundo as estratégias e sequências definidas neste projeto. Utilizando o princípio da
Inteligência distribuída, cada controlador será responsável por uma parte das instalações a
controlar, de forma autónoma, mas integrada na rede de transmissão de dados do sistema de
gestão.

34.
Figura 2.2- Quadro de comando DDC fechado, Figura 2.3- Quadro de comando DDC aberto.

Fonte: Equipamentos Existentes do Girassol, 2016

Nível 3: Nível de Gestão

Este nível é composto pela Gestão de Operações e as diversas interligações Ethernet.

O nível “Gestão” será constituído pela rede de interligação das unidades de controlo entre si e
ao Servidor do sistema e a rede LAN no qual assenta a workstation.

Figura 2.4 – Diagrama do sistema de HVAC, Fonte: Tirado do Aplicativo Instalado no Girassol, 2016.

35.
2.2.4 Controladores TAC Xenta.
Controladores programáveis das famílias 300 e 280 possuem diversas características
relativamente ao seu hardware e admitem módulos de entradas / saídas (E/S)

Estão disponíveis vários módulos de E/S, os quais podem ter várias entradas e saídas digitais,
analógicas conforme a necessidade do projeto.

Os sensores e atuadores ao nível de campo serão na sua maioria ligados aos módulos
convencionais de E/S.

Módulos Descriçao
Módulo controlador Excel 500 (suporta módulos
XCL5010 distribuidos e Smart I/O), incluí módulos de alimentaçao
e comunicaçao
XFL521/B Módulo de Entradas Analógicas
XFL522A/B Módulo de Saidas Analógicas
XFL523/B Módulo de Entradas Digitais
XFL524A/B Módulo de Saidas Digitais
XFL5010 Módulos Smart I/O

Figura 2.1- Tabelas dos módulos de comunicação, Fonte: lista de acessórios Girassol,2017.

Figura 2.5- modulo de Comunicação, Fonte: Acessórios do sistema armazenado,2016.

2.2.5 Especificação geral das interfaces ao nível de campo


As interfaces podem ser de dois tipos:

i. Ponto-a-ponto – Interfaces por sinais elétricos binários (0/1) ou sinais analógicos (0-10V, 4-
20mA).

ii. Série – Interfaces de comunicação de dados.

36.
2.3.1 TIPOS DE INFORMAÇÃO TRANSMITIDA

2.3.2 Entrada Digital (ED)


As informações deste tipo repartem-se por três classes:

 Alarme de defeito: informação (binária) de um equipamento fora de serviço ou em


defeito.
 Sinalização: informação (binária) que assinala o estado de um equipamento ou o seu
modo de funcionamento.
 Contagem: informação emitida por um sensor.

2.3.3 Saída Digital (SD)


Trata-se de uma ordem emitida pelo sistema no sentido de modificar o estado (0/1).Estes
comandos podem ser globais para um conjunto de equipamentos (ex: arranque dum sistema de
AVAC).

2.3.4 Entrada Analógica (EA)


É uma informação analógica emitida por um sensor de medida (interface ponto aponto) ou
digital, gerada por um conversor A/D local (interface série).

Os sinais emitidos devem ser compatíveis com as cartas de entrada, assumindo formas

"standard" ( 4-20 mA, fonte de tensão 0-10 V, nomeadamente).

2.3.5 Saída Analógica (SA)


É uma informação emitida pelo sistema (valor de referência, parâmetro, variável de controlo).
Tratar-se-á de um sinal analógico, no caso de interface ponto-a-ponto, ou digital (n bits) no caso
de interface série.

37.
2.3.6 Referencias dos Dispositivos de Automação
N: Sensores de Autom ação Especificações Marcas
1 Duct Tem perature Sensor PT 1000 ohm RTD -30 a 120c Honeywell
2 Tem perature Sensor For Well PT1000 ohm RTD 30 a 120c Honeywell
3 Tem perature Sensor For For Room PT100 ohm RTD 30 a 60c Honeywell
4 Hum id.Tem peratureSensorForDuct PT1000 ohm , Capacitancia Honeywell
5 Static Press Transm iter For Duct Sinal de Saida 4 -20m A Honeywell
6 On/ Off Dam per Actuator Torque: 18 N.m Ac24V SPDT Honeywell
7 Differential Switch (Filter) SPDT Honeywell
8 Ionization Sm oke Detector AC220V SP DT Honeywell
9 CO2 Dtector For Duct AC24 0 - 10 V DC Honeywell
10 Hum idity Sensor For Room Capacitancia Honeywell
11 Direct Digital Controler CPU 5010 Honeywell
12 Direct Digital Controler I O Module XFL521B Honeywell
13 Direct Digital Controler I O Module XFL522B Honeywell
14 Direct Digital Controler I O Module XFL523B Honeywell
15 Direct Digital Controler I O Module XFL524B Honeywell
16 Proportional Dam per Actuator Torque: 18N. m Ac24 V 2 -10 V DC Honeywell

Tabela 2.2 dispositivos de automação – Fonte: Arquivos IBS 2013

2.4.1 CONTROLO DO SISTEMA DE AVAC


Existem 80 quadros elétricos para instalações mecânicas. Todos os quadros possuem um
conjunto de equipamentos de GTC, para se associarem ao controlo dos equipamentos
interligados pelos respetivos quadros elétricos.

QTD QUADROS DE COMANDOS CONTROLADORES UTA´S


1 DDC 01 B4-CPU 08 B/1,B/2; B/3,B/4,
1 DDC 02 B4- CPU 04-B B/5,B/6,B/7,
1 DDC 03 B4- CPU 04-A B/9, B/8
1 DDC 04 B4- CPU 07-B B/10, B/11
1 DDC 05 B4- CPU 07-A B/12, B/13
1 DDC 06 B4- CPU 0 B/14
1 DDC 07 B4- CPU03-A B/15
1 DDC 08 B4- CPU 03-B B/16, B/17
1 DDC 09 B4- CPU02-A B/18, B/19
1 DDC 10 B4- CPU02-B B/20
1 DDC 11 B4- CPU 12 B/21

Tabela 2.3 - Quadro dos Painéis de Comandos Ligados as Maquinas – Fonte: Arquivos IBS 2013

Os controladores da GTC permitem a gestão operacional dos equipamentos de climatização


e supervisão de todos os parâmetros da instalação.

38.
2.4.2 Cablagem de Sinal e Comunicação
Para a instalação do sistema de GTC neste projeto, padroniza-se a instalação dos seguintes
tipos de cabos.

Funçao pretendida Tipo de Cabo


Cablagem de Sinal Lontalk cabo Belden 8471
Cablagem de Sinal de Entrada Digitais Cabos Multi-Condutores, do Tipo Olflex 110
Nx0.75 (ou equivalente)
Cablagem de Comando (Saidas Digitais) Cabos Multi-Condutores, do Tipo Olflex 110NG1.5
Cablagem de Sinais Analógicos Cabos Multi-Condutores, do Tipo Liycy Nx0.75
Cablagem de Comunicação RS485 ou RS232 Li2ycy-TP 2x2x0.5 (ou Equivalente)

Tabela 2.4 – Cabos utilizados para diferentes funções, – Fonte: Arquivo Volume 2 IBS 2013

Tal escolha, deve-se ao facto de o cabo Belden ter sido concebido especificamente para ser
aplicado em LonWorks e KNX/EIB, para utilizações de elevada velocidade de dados para
aplicações eletrónicas, apresentando fiabilidade na transmissão. Composto por apenas um par
de cobre de 1.5 mm.

Para a cablagem de comando, o cabo OLFLEX 110 é um cabo multi-condutor flexível, o que
facilita as várias ligações entre os módulos E/S e é projetado para aplicação em todo tipo de
equipamentos elétricos em condições secas ou húmidas.

O cabo LiYCY também é um cabo flexível, mas especifico para circuitos de instrumentação e
controlo, sinalização e medida e pode ser aplicado em zonas com importantes níveis de
interferências, devido a campos elétricos ou eletromagnéticos.

Para comunicação RS485, foi optado pelo Li2YCY (TP) pois adequa-se às exigências do
protocolo, tem 2 pares de cobre de 0.5 mm e é adequado para comunicação de dados com taxas
de transmissão até 10 Mbit/segundo.

Figura 2.6 – módulos ligados ao BUS Lonworks no Quadro de Comando, Fonte: Girassol, 2008

39.
2.4.3 Chiller
O Chiller possui o seu próprio controlador. A GTC informará este controlador, por meio de
contactos, da permissão de funcionamento (horário), modo de funcionamento e fará a recolha
do estado de funcionamento e das anomalias.

Assim, o controlador Xenta da GTC apenas supervisionará o controlador de unidade chiller e


terá uma porta de dados Ethernet-TCP/IP para a troca de informações com o nível de automação
BMS. Esses dados recolhidos poderão gerar (gráficos de temperatura, sinais de falhas,
solicitações de serviço) e podem ser gravados, ou enviados remotamente pela GTC, a fim de
verificar o correto funcionamento do sistema.

Figura 2.7- Chillers e as Bomba, Fonte: Imagem do Aplicativo Clinica Girassol, 2016.

2.4.4 Bombas Circuladoras


As bombas serão comandadas pela GTC em função das necessidades de consumo. As bombas
secundárias serão de caudal variável com controlador e variador incorporado.

Ou seja, a velocidade é ajustada automaticamente de modo a garantir o caudal ou pressão


predefinidos (controlo de velocidade variável).

2.4.5 UTA’s

As UTA’s são controladas em função dos espaços a climatizar. Tem o funcionamento horário
deverá ser possível encravar o seu funcionamento por software com os Ventiladores, das
UTA’s.

40.
As UTA’s informam o controlador da produção sobre as suas necessidades de consumo

(frio ou quente) de modo a ajustar, sempre que possível, a produção de energia térmica às
necessidades reais de consumo do edifício.

Figura 2.8 – UTA em Funcionamento, Fonte: Equipamento Instalado no Girassol, 2008

Tabela 2.5- quantidades de sensores instalados nas UTA´S, Fonte: Manual de Instalação.

2.4.6 Sistema de Climatização nas Salas de serviços e operações.


É projetado um sistema para aquecimento nas Salas de serviços e operações utilizando
ventiloconvectores (VC). Existe uma sonda de temperatura ambiente e um termóstato de ajuste
manual localizados em cada uma das salas, com a função de comandar as válvulas motorizadas
inseridas na rede hidráulica correspondente. O termóstato de ajuste proporcionará o controlo
em cerca de dois graus centígrados acima e abaixo da temperatura de conforto ambiente.

41.
Podemos controlar a temperatura em alguns pontos do edifício, conforme nos é referenciado
abaixo apos o ajustamento do set-point.

Figura 2.9 – controlo de temperatura no edifício por andares, Fonte: Mapa Existente no Girassol, 2016.

A GTC deverá permitir o ajuste para a temperatura do ambiente interior de 22º a 24 º C, em


período de normal ocupação. Em períodos de tempo de sala desocupada, deverá ajustar-se
automaticamente a temperatura para um valor mínimo previsível de 14º C.

Existe um conjunto de sondas de temperatura ambiente, no edifício (localizadas em cada piso,


junto ao teto falso nas salas). Essas sondas vão efetuar a leitura constante das temperaturas,
enviando essa informação à GTC que irá atuar nas válvulas de três vias e registos motorizados
dos equipamentos.

Os registos motorizados irão fechar sempre que se verificar uma temperatura exterior superior
a 18º C. Esta ordem é comum a todos os equipamentos. A sonda de piso atua sobre as unidades
do respetivo piso.

2.5.1 -SWITCH DE REDE PARA COMUNICAÇÃO GTC


Para interligação do gravador de vídeo à rede de comunicações do SGTC, foi instalado um
Switch de Rede. O Switch de Rede deve satisfazer as exigências técnicas das redes de
comunicação do próprio CCTV com a rede do SGTC.

42.
2.5.2 Configuração típica para o sistema de CCTV
O esquema de ligação para o sistema de CCTV, é composto por um switch de rede

TCP/IP que será a interface entre o Gravador digital e os respetivos periféricos, câmaras de
vídeo e Monitores.

O Gravador é composto por um monitor, teclado, rato, e terá interligado um teclado de


operação o que permite manipular as câmaras e selecionar as câmaras a visualizar nos monitores
de forma rápida e eficaz.

As câmaras PTZ têm a vantagem de só necessitarem de ligação de Cabo UTP uma vez que
são alimentadas a PoE, as restantes são alimentadas a 230V/24V através de fonte de
alimentação. A rede é digital, o que implica a utilização de codificador de vídeo.

Cada câmara tem um endereço IP próprio como se fosse mais um computador de rede e esse
endereço IP é reconhecido pelo software de gestão.

2.6.1 SISTEMA DE CONTROLO DE ACESSO (SCA)


Requisitos Gerais.

- A gestão centralizada do SCA tem capacidade para controlar e memorizar um elevado número
de cartões, em diversas “áreas groups" e "time zones", durante 24 horas/dia e os 7 dias da
semana;

- Possibilita o registo de todas as transações de entrada/saída, incluindo a identificação dos


leitores, do cartão do utilizador, área de acesso, validado ou não validado, zona de tempo.

- Sinalizar e registar em disco, todos os tipos de alarmes e acesso forçado ou avarias;

- Assegurar o armazenamento de todas as transações e acontecimentos em disco.

2.6.2 Cartões de Acesso


Cada cartão deve comportar um código de identificação composto por dois campos: um
número relativo ao local e um código de identificação para cada utilizador.

Deverá conter informação pessoal e do tipo de utilizador (Funcionário, Doutor, Enfermeiro).

43.
2.6.3 Gestão dos cartões
Alguns cartões deverão poder mudar de titular com o tempo, pelo que é imprescindível que o
sistema guarde em memória o seu historial: A correlação entre este historial e o histórico dos
acontecimentos deverá estar assegurada pelo sistema, a fim de tornar possível saber a qualquer
momento.

2.6.4 Contagem de presenças


O sistema deverá permitir contar em tempo real o número de funcionários presentes na sala e
obter a lista destas pessoas por grupo de modo a controlar eletronicamente as presenças dos
envolvidos.

2.6.5 Módulos de Dados e Alarmes (Módulo de Interligação)


Estes módulos deverão estar especificamente dedicados à recepção das informações/dados
com origem nos leitores e a promover o comando dos acessórios elétricos das portas e
obstáculos de segurança, de modo a desbloqueá-las e a franquear o acesso aos locais sujeitos a
controlo eletrónico.

Cada UCA poderá controlar até 4 portas / 4 leitores de proximidade, possuirá 12 entradas e 8
saídas digitais para os restantes dispositivos, testa elétrica, contactos magnéticos e botão de
abertura de porta. Permite monitorização de sabotagem e falha ou quebra de tensão e é
alimentada a 24V, conforme esquema elétrico seguinte:

Figura 2.1.1 - Ligações elétricas da (UCA), Fonte: Arquivo de Automação, 2010

2.6.6 Leitores de Cartões de Proximidade


Os leitores serão para montagem saliente nas paredes. As caixas deverão permitir a correta
leitura do cartão qualquer que seja o sentido e direção de aproximação do cartão ao leitor.

44.
Deverão ser do tipo para leitura de cartões de proximidade, devendo, por meio de programação
prévia, assegurar as seguintes funções:

 Autorizar o acesso quando o cartão seja validado pelo sistema.

O leitor de cartão padrão considerado foi

 Leitor de proximidade HID iCLASS R10 da TAC

Deverão ser compatíveis com os leitores especificados anteriormente

 Cartão magnético tipo Cartão Crédito HID Iclass Card da TAC

2.6.7 Testas Elétricas


Serão do tipo com atuação por emissão de tensão e de consumo reduzido. A tensão de
funcionamento será de 12 Vcc.

Deverão ter funcionamento silencioso e possuir um contacto elétrico livre, que permita sinalizar
o estado da folha da porta. Este contacto deverá permanecer fechar enquanto a folha da porta
estiver aberto.

2.6.8 Contactos Magnéticos


Estes contactos destinam-se a detetar a abertura/fecho das folhas das portas e deverão
apresentar as seguintes características técnicas:

Deverão ser do tipo magnético, constituídos por dois elementos (uma dispondo de um magneto
permanente e outra de um interruptor).

2.6.9 Configuração típica para um sistema de controlo de acessos


Todas as salas de operações, áreas criticas e laboratórios irão possuir um sistema de controlo
de acessos, permitindo ao funcionário através do seu cartão de proximidade desbloquear as
testas.

Com os contactos magnéticos, o sistema de GTC irá sempre disponibilizar a informação dos
estados das portas do edifício o que é fundamental para o sistema de intrusão e controlo de
consumos energéticos dos sistemas de climatização.

O modo das ligações no controlo de acessos de Porta será conforme o esquema seguinte.

45.
Figura 2.1.2 Controlo de Acesso Instalado na Clinica Girassol, Fonte: Equipamento Instalado no Aplicativo
Girassol de Gestão, 2016.

Figura 2.1.3- Diagrama de ligações, Fonte: Arquivos de Automação do Girassol, 2016.

2.7.1 SISTEMA DE DETENÇÃO DE INCÊNDIO


De forma a detetar um foco de incêndio no edifício e diminuir assim os riscos e danos, será
instalado um sistema de deteção automática de incêndio.

O sistema será do tipo endereçável e constituído por:

 Uma central endereçável, incluindo painel de comando, baterias e contactos de saída


para comandos.

46.
O sistema é composto de 18 centrais equipado com loops, a saber:

 O Loop será dividido em zonas A, B, C, D, e E isto é para todos os pisos do edifício.


 Um conjunto de detetores automáticos será instalado abaixo do teto falso nas zonas onde
este existe (corredores, gabinetes, salas técnicas, salas de operação, etc.), acima do teto
falso junto á unidades de ar condicionado instaladas ou à vista do teto real, naqueles
onde não existe teto falso;
 Serão ainda previstos alguns detetores manuais (botoeiras), junto às saídas e ao longo
dos caminhos horizontais de fuga (corredores).
 Serão também instaladas sirenes de evacuação.

Tabela 2.6 - 18 Centrais de Incêndios, Fonte: IBS Girassol - Honeywell 2013

2.7.2 Tipo de sistema


O sistema do tipo "endereçável-analógico" permitirá assegurar:

 Um reconhecimento imediato e localizado do sensor em alarme;


 Uma distribuição "geográfica" das zonas de deteção de acordo com os métodos
convencionais, que facilitam a interpretação das informações;
 Uma informação constante sobre o estado dos sensores (limpeza, envelhecimento,
alarme, etc.);
 Um sistema de comunicação rigoroso e fiável entre a central e os respetivos painéis de
comando e controlo e os sensores, imune a interferências exteriores.

47.
 A localização exata de uma avaria no circuito ou elemento afetado, mantendo-se a linha
de deteção em pleno funcionamento;
 O isolamento automático do sensor em avaria, mantendo o resto do sistema em pleno
funcionamento.

2.7.3 Descrição do sistema


O sistema previsto assenta, fundamentalmente, na utilização de detetores de elevada
sensibilidade os quais podem assegurar a máxima deteção dum eventual incêndio.

Os detetores serão fundamentalmente do tipo ótico de fumos. No entanto, em locais cujas


condições de ambiente ou matérias combustíveis em presença o recomendem, serão utilizados
detetores de temperatura do tipo Termo -velocimétrico.

Além destes dispositivos é prevista a instalação de botoeiras de operação manual.

Ficarão instaladas na proximidade de locais de risco agravado de incêndio, nas vias de


evacuação horizontais, junto dos acessos das escadas e nas saídas para o exterior dos respetivos
blocos do edifício, de modo que não será necessário percorrer mais que 30 metros param se
encontrar uma botoeira.

Os detetores e as botoeiras (botões de alarme) são agrupados em linhas de deteção a dois


condutores, com retorno à central, na qual serão individualmente registados na “memória
artificial”. A cada elemento (detetor, botão de alarme, interface de comando ou de sinalização)
corresponderá sempre um registo na “memória”.

2.7.4 Arquitetura do sistema


Um SADI, para operar de forma segura, deve ser composto de uma rede de centrais de incêndio
distribuídas e interligadas a estações gráficas de operação, a fim de permitir operação do sistema
de forma integrada. Um sistema com essas características pode ser visto na Figura a seguir
(STARLING, 2013).

48.
Figura 2.1.4 – Arquitetura do sistema Fire Alarme, Fonte: (Honeywell 2013)

2.7.5 Funcionamento do Sistema.


O princípio de funcionamento do SADI será genericamente o seguinte:

I. Atingido o nível de alarme num sensor ou um botão de alarme manual, irá ser desencadeado
o processo de alarme.

II. A Central irá acionar os alarmes acústicos e visuais correspondentes e iniciar uma
“temporização de presença” e após a aceitação do alarme durante esta primeira temporização,
iniciar-se-á uma “temporização de reconhecimento” (temporizações reguláveis). Findas estas
temporizações será enviado o alarme para o exterior do edifício, caso não se verifique,
entretanto, a operação manual do central, bloqueando o processo (aceitação de alarme).

Quando se tratar de sinais provenientes de botões de alarme manual, o processo de alarme será
idêntico, porém, sem qualquer temporização.

No POSA a informação visual será do tipo luminosa e ainda em texto apresentado num visor
alfanumérico, contendo o número da linha, o número de identificação do sensor, "interface" ou
botão de alarme acionado e respetivo estado e data, hora, minutos e segundos da ocorrência e a
identificação em linguagem clara (em português) do local afetado.

O alarme de avaria será sinalizado e visualmente na central. A informação visual


correspondente aos alarmes de avaria dos circuitos de deteção será também do tipo digital, com
indicação do número de linha de deteção e do local e da data, hora.

49.
Neste projeto é evidenciado que a interligação deste equipamento seja realizada através de uma
rede específica (LAN) do SADI.

2.7.6 Requisitos Particulares


a) Central de Deteção de Incêndios (CDI)

A CDI deverá estar dotada do seu próprio microprocessador e deverá assegurar com o máximo
de fiabilidade e segurança as seguintes características e funções:

 Alimentação dos circuitos de deteção, de comandos e de alarmes;


 Ativação dos circuitos de alarme;
 Vigilância das fontes de alimentação;
 Monitorização permanente contra avarias nos circuitos de alarme (corte ou curto-
circuito no cabo, sirene desligada) através de módulos específicos para a função.

A comutação da alimentação para as baterias deverá ser automática, por falha da rede de energia
do edifício.

A CDI padrão considerado foi

 FX NET da TAC – SCHNEIDER

b) Painel de Operação e Sinalização de Alarmes (POSA)

Em cada um dos Painéis, será possível a operação e comando do Painel e a observação das
ocorrências e alarmes, que é constituído por um visor para apresentação de informações em
caracteres alfanuméricos e por teclado para realização dos procedimentos de operação do SADI.

O POSA padrão considerado foi

 FXS NET da TAC -SCHNEIDER

c) Sensores de fumos ópticos

A instalar em locais em que o material combustível presente seja suscetível de originar


essencialmente fumos visíveis.

O detetor de fumos padrão considerado foi

 EDI-20 da TAC – SCHNEIDER

50.
d) Sensores Termo velocimétricos

Serão instalados em locais cuja utilização normal possa originar a produção permanente de
fumos ou vapores.

Estes detetores deverão entrar em alarme quando a temperatura detetada ultrapassar um


determinado valor fixo (60º C), de acordo com a EN-54-5.

O detetor de temperatura padrão considerado foi: EDI-50 da TAC -SCHNEIDER.

e) Botões de Alarme Manual

Serão instalados botões de alarme manual os quais serão atuados manualmente em caso de
emergência. Serão instalados, preferencialmente, nos caminhos de evacuação e junto das saídas.
As botoeiras de alarme disporão de endereço próprio identificável e serão constituídas por
caixas de cor vermelha, facilmente quebrável.

Deverão ser instalados a cerca de 1 metro de altura em relação ao pavimento e deverão ser
fornecidos e montados com o respetivo sinal de segurança identificativo da sua localização.

O botão de alarme manual padrão considerado foi

 MCP5A DA TAC - SCHNEIDER

h) Sinalizadores Acústico-Luminosos de Alarme de Fogo e de Evacuação


Destinam-se a proporcionar uma sinalização acústica e luminosa dos alarmes de fogo e de
evacuação, constituídos por sirenes eletrónicas e deverão estar integrados os respetivos faróis
de alarme. Padrão considerado foi: WMSOU-RR-P01 da TAC – Schneider

2.7.7 Organização dos Circuitos de Deteção/” Loops”


Os circuitos de deteção (“loops”) da CDI comportarão os respetivos detetores automáticos
(detetores de fumos e Termo velocimétricos), assim como botões de alarme e módulos de
comando e de supervisão, que vigiarão as áreas geográficas no edifício e em que cada uma delas
corresponde a uma zona corta-fogo, tendo como configuração o esquema seguinte:

51.
Figura 2.1.5 - Esquema elétrico da CD I, Fonte: Manuais Técnicos no Girassol, 2016.

2.8.1 SISTEMA DE INTERCOMUNICAÇÃO


Foi instalado um sistema de voz sobre IP que permite a intercomunicação entre cada uma das
salas técnicas de máquinas.

Será possível, a partir de cada sala, comunicar por voz, que pode ter um intercomunicador nos
quadros DDC, o que facilita a sua tarefa.

2.8.2 Descrição do Sistema.


Todas as conversações são enviadas como pacotes de dados pela rede LAN. O servidor tem um
diretório de todos os intercomunicadores dos quadros de comando e seus endereços
correspondentes e então pode conectar uma ligação ao LON.

O Switch de rede oferece controlo de dados e fornece alimentação elétrica para dispositivo de
rede.

Esta solução escalável e de custo eficaz permitem uma boa gestão de rede com possibilidade
de expandir de forma eficaz para níveis superiores.

Todos os dispositivos serão alimentados apenas por cabo UTP, eliminando assim, a necessidade
de energia local.

52.
2.9.1 VANTAGENS / DESVANTAGENS DO SISTEMA BMS
Todo e qualquer sistema existem as suas vantagens e desvantagens dentro da rede e a Sistema
gestão de edifício não está fora desta ideia.

2.9.2 Vantagens
De uma forma geral as aplicações destas tecnologias num edifício, apresentam-se com as
seguintes vantagens:

 Conforto;

 Segurança;

 Eficiência Energética;

 Possibilidade de uma gestão centralizada;

 Aumento do período de funcionamento dos equipamentos;

2.9.3 Desvantagens
A principal desvantagem que existe na implementação de um sistema é o valor monetário
necessário para colocar o sistema a funcionar. Esse valor pode ser considerado como um
investimento, uma vez que pode ser recuperado com o prolongamento da vida útil dos
equipamentos no edifício.

2.10.1 ASPECTOS ECONOMICO DO PROJETO


Apresento os aspectos económicos relacionados a Edifícios com sistemas BMS integrados e
suas potencialidades e alguns cuidados a ter deste conceito.

2.10.2 Aspectos económicos dos Edifícios com Sistemas BMS Integrados


Os edifícios têm ciclos de vida longos, tipicamente entre 25 e 40 anos, dependendo do tipo de
construção e o objetivo inicial da obra.

O custo do ciclo de vida de um edifício inclui as despesas iniciais de implementação (conceito


/ ideia, projeto, financiamento, construção), bem como os custos operacionais a longo prazo do
edifício.

53.
Figura 2.1.6 - Ciclo de custo de vida de um Edifício, Fonte: Manuais de Gestão Edifício Girassol, 2008.

2.11.1 CUSTO DA CONSTRUÇÃO


Os custos da construção de qualquer edifício incluem a construção de sistemas de tecnologia
de rede que estão no centro de um edifício com BMS. Existem custos distintos de aquisição
para esses sistemas se estes forem instalados separadamente ou como sistemas integrados todos
num só. A economia do custo de construção de sistemas integrados é essencialmente atribuída
à eficiência na aplicação da gestão de hardware e software.

Cablagem

Dado o facto que cerca de 50% do custo de instalação de cablagem, é o serviço de instalação,
haverá eficiência e economia de custos, se um único fornecedor instala ambos os cabos nos
caminhos técnicos.

Equipamento

A integração dos sistemas também envolve a consolidação de servidores do sistema.

Esta consolidação resulta em menos hardware, menos espaço e reduções em licenças de


software.

Formação

É muito importante, para a instalação, que o operador fique totalmente formado e conhecedor
do sistema que vai operar, pois se tal não acontecer, a instalação não beneficia do serviço
instalado.

54.
CAPITULO 3

RESULTADOS

3.1 COMPONENTES DO PROJETO DE AUTOMAÇÃO


 Os acionadores (atuadores, sensores de temperaturas, válvulas automáticas).

3.1.1 Cabeamento

 Fibra optica sendo o meio de transmissão usado para o sistema de câmara (CFTV)
distribuído pelo edifício.
 Cabo LON BELDEN 8471 sendo o meio de transmissão usado para o sistema AVAC,
também deve existir todos os pontos de Ethernet.

3.1.2 Ligação dos dispositivos de comunicação

 Os sensores são conectados nos módulos de entrada


As câmaras são ligadas a servidores de imagem.

3.1.3 Tecnologia usado no projeto

 Serviços web: é usada na integração de sistemas e na comunicação entre aplicações


diferentes.
 OPC (Ole para Controlo do processo): preenche as barreiras de comunicação entre
aplicações de software de controlo de supervisão) e de diferentes dispositivos.

3.1.4 Protocolos de comunicação usado no sistema

 Protocolos abertos, tais como: protocolo BACnet, Protocolo LON, protocolo Modbus,
building adapter network (bna) e protocolos de rede, Ethernet e TCP/IP.

O Protocolo Bacnet é um protocolo de comunicação de dados para automação predial.

10 Ethernet é um protocolo usando uma estrutura de barramento logico com detenção de


portadora de acesso e detenção de colisão.

3.1.5 Topologia na infraestrutura da rede

 Barramento (bus)
55.
3.2 SIMULAÇÃO DO SISTEMA DE AVAC / ILUMINAÇÃO
Foi feito a simulação do sistema de AVAC, quando ao circuito de comando e potencia, com o
objetivo de implementar a referida rede, bem como também a rede de iluminação do edifício
Clinica Girassol propriamente do andar -1 (cave).

Para o circuito de Comando foi usado portas logicas e temporizador intermitente programável,
e um Temporizador desnergizado, para implementar o circuito na rede virtual.

A porta é a função (NÁO). A função NÃO é aquela que inverte ou complementa o estado da
variável, ou seja, se a variável estiver em 0, à saída vai para 1, e se estiver em 1, à saída vai para
0. Para entendermos melhor a função NÃO vou representá-la pelo circuito da figura abaixa e
será analisado.

Figura :3.1 e Tabela:3.1 da porta NÃO, Fonte: feito no CADE SIMU 2017.

A tabela apresenta casos possíveis da função NÃO.

Figura: 3.2, símbolo Logico da Porta, NÃO. Fonte: feito no CADE SIMU 2017.

Operacionalidade dos sistemas implementados no simulador CADE SUMU.

3.2.1 Ligar o motor:

Existindo tensão nas três fases nos terminais L1, L2 e L3, e apertando-se o botão pulsador, a
bobina do contator será alimentada. Esta acção faz fechar o contacto de auxiliar de bloqueio,
que manterá a bobina alimentada; os contactos principais de potência fecham, e o motor arranca.

56.
3.2.2 Desligar o motor:

O funcionamento do contacto, pulsamos o botão; este se abrirá, eliminando a alimentação da


bobina, o que provocará a abertura do contacto de auxiliar de bloqueio, e consequentemente,
dos contactos principais, e a paragem do motor.

Os condutores L1, L2 e L3 são as Fases, e o condutor N é o Neutro.

Para o circuito de potência neste caso, pode-se calcular a tensão de linha e fase no circuito,
usando a seguinte expressão:

Podemos dar um exemplo para calcular a Tensão na Linha no Circuito, assim como também a
potência dissipada e a energia consumida do motor.

Figura: 3.3, Medição de Fase, Fonte: Feito no CADE SUMU, 2017.

3.2.3 Resolução e Formulas a ser aplicadas:

1
Vl  3 Vf em Volts, P  V 2  R , em watts, T em segundos, E  P  t /joule
f

Tensão na Linha no circuito L será:

Vl  3 127  Vl  219V 220V

Potência dissipada do motor é:

P  V 2  R , em watts.

P V 2 R  P  220 2
5  P  200.000W
Período:

1
T  T  1  T  0, 02s
f 50 Hz

57.
Energia Consumida do motor será:

E  P  t em joule

E  P  t  E  200.000  0, 02s  E  4000 joule

Figura 3.4 Sistema de AVAC, Fonte: Implementado no CADE SIMU,2017

58.
Para o sistema de iluminação foi implementado um conjunto de lâmpadas, gerador de impulso
pulsadores, serenes e temporizadores desnergizado, como o objetivo de mantermos a
iluminação em todos os corredores do edifício Clinica Girassol.

A principal característica de um contador de pulsos é apresentar nas saídas, o sistema binário


em sequência

Neste caso, contadores digitais variam os seus estados, sob o comando de um clock, de acordo
com uma sequência predeterminada sendo utilizado para contagem de tempo e gerador de
formas de onda.

Figura 3.5 Sistema de Iluminação, Fonte: Implementado no CADE SIMU, 2017

59.
3.3 - ORÇAMENTO DE UM PROJETO DE AUTOMAÇÃO
Equipamento e Serviço de Engenharia

Sistema de Intercomunicação de Sala-------US

Computadores Centrais e Software de Gestão--------US

Montagem dos equipamentos e instalação de software------- a -------- US

Software de Gestão Técnica Manager --------- a --------- US

Equipamento de Comunicação

LonTalk sobre TCP IP para instalação no computador ------ a ------- US

Router TCP IP / LonTalk (TP/FT 10 a 78 kbps) ------ a -------- US

Cabo LON BELDEN 8471 estimado ------- a --------- US

Serviço de Engenharia, incluindo


 Ensaios e testes na obra, incluindo:
 Testes de todos os pontos físicos do sistema
 Verificação das comunicações entre controladores
 Testes das integrações com todos os sistemas Analisador de Rede.
 Ensaios de Recepção Provisória com o Cliente / Fiscalização.

Formação, Incluindo:
 2 Sessões de Formação a indicarem pelo dono da obra (Proprietário do edifício).
 Manual de Operação do sistema
 Manuais de equipamentos e desenhos, incluindo catálogos.

Total do Equipamento ------- US

Serviço de Engenharia------- US

Total do Projeto de Gestão Técnica Centralizada…………………. US

60.
CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES
Conclusão
O presente trabalho procurou ir ao encontro de uma solução de Gestão Técnica Centralizada
que satisfaz as necessidades dos utilizadores de uma unidade Hospitalar, tendo em linha de
conta a otimização do sistema de modo a que o investimento fosse o mais reduzido possível.
Para os Hospitais, uma solução deste género que proporciona eficiência energética, conforto e
segurança são fundamentais e necessários.

Na primeira parte do trabalho, foi apresentado várias soluções e sistemas da Gestão

Técnica assim como os tipos de controlo para cada tipo de aplicação, para que o leitor perceba
as escolhas e sistemas que pode optar para diferentes projetos.

É apresentado as vantagens de se utilizar estes sistemas em protocolos abertos, que permitem


comunicação entre os sistemas, permitindo que controladores de diferentes fabricantes possam
comunicar entre eles facilmente.

Também se concluiu que o Lonworks e o BACnet são as duas tecnologias com opções mais
abrangentes, embora se tenha optado pelo LonWorks, em recolher informação comercial da
marca TAC que opera os seus componentes em LON.

Na segunda parte, através de um projeto de adequação da unidade Hospitalar, procurou-se


chegar a uma solução de gestão técnica a implementar. Essa solução cumpriu com os objetivos
propostos em nível de sistemas a controlar neste projecto.

Com a implementação destes sistemas integrados e convergentes no edifício, as salas de


controlo de segurança e gestão da rede, podiam ser integrados num único centro de operações
onde todos os sistemas de Gestão Técnica Centralizada eram monitorizados e administrados.

Deste modo, pode-se também concluir que este projeto de Gestão Técnica Centralizada poderia
ser implementado na maioria dos edifícios em obras.

Por fim, este trabalho contribuiu para consolidar conhecimentos sobre esta área, o que tem sido
útil na vida profissional.

61.
Recomendações
 Prever todas as possibilidades de integrações e acionamentos;
 Prever sempre expansões;
 Adotar sempre que possível um projeto descentralizado;
 Detalhar ao máximo o projeto;
 Sempre consultar a norma se houver dúvida no projeto.

Organização:

 Organizar os projetos;
 Apresentar ao cliente um caderno com as soluções propostas.

Lembre‐se:

 O cliente não gosta de ouvir problemas técnicos;


 O cliente gosta de coisa que funciona;
 O limite do equipamento é o limite da imaginação.

Gerir o Sistema pelos operadores Técnicos de Manutenção:

 Manutenção corretiva;

 Manutenção preventiva sistemática;

 Manutenção preventiva condicional.

62.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
a) Livros de automação existente na Clinica Girassol, acesso 2016.

 Shengwei W, 2010, Intelligent Buildings and Building Automation (2ª ed.) (Spon

Press), acesso 2017.

 Sinopoli, 2010, Smart Building Systems - For Architects, Owners and Builders.
 M.J. Moran 2001, Fundamentals of Heating, Ventilating and Air-Conditioning.

b) Artigos / Papers

 2002, Análise Comparativa de Tecnologias de Domótica, Instit.Sup.Técnico


 NUNES R. e SÊRRO C,2009, Edifícios Inteligentes: Conceitos e Serviços

de Manutenção em Manutenção Técnica de Edifícios, IPT-ESTA, Abrantes.

 Fisher D, Polarsoft, Bacnet and LonWorks, White Paper, 2004

c) Artigos técnicos de publicações

 Philips Advance, The ABC’s of DALI, A Guide to Digital Addressable Lightning

d) Internet

 LonWorks, Echelon (URL: http://www.echelon.com), acesso 2017.


 EIB – European Installation BUS, EIB (URL: http://www.eiba.com), acesso 2017.
 Contimetra, Integrador Oficial LonWorks, 2007, Sistema LON (Conceito) (URL:

http://www.contimetra.com), acesso 2016.

e) Catálogos de Fabricantes

 Catálogo SVEA – LON – For Intelligent Buildings, Janeiro 2008


 Catálogo Schneider: Lighting Control Catalogue, Fevereiro 2011
 Catálogo TAC, HVAC Sensors Catalogue, Janeiro 2009
 Catalogo Electronic Access Control, Setembro 2010, Schneider Electric

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2004).

Honeywell do Brasil – www.honeywell.com.br. MELO, 1999.


APÊNDICE
Apêndice I - Esquema Elétrico do Sistema de AVAC.

Apêndice II - Elétrico do Sistema de Iluminação.


Apêndice III – Tabela de Verificação dos Atuadores de Comunicação.

Apêndice IV. Controladores de Comunicação para o sistema BMS.


ANEXO
Anexo I – Distribuição da Rede de GTC do Edifício
Anexo II – Equipamento para controlo de Iluminação LON ARTEC

Características

• Módulo de aplicação em Merten ARTEC

•Quatro botão para as funções atribuídas individualmente

• Dois LEDs de estado • Para ser completado com Acoplador Bus LON e um espelho

Gateway LON DALI 4 Grupos – 64 dispositivos

Características

Controle e fornecimento de até 64 dispositivos DALI, divididos em quatro grupos

 Endereçamento dos dispositivos DALI com LNS plug-in


 Fornece DALI tensão de alimentação, 16 V
 Controlo de todas as lâmpadas (DALI compatível)
 Status LEDs para diagnóstico e indicação de status
 Substituição do dispositivo DALI com Operação manual
 Tensão de alimentação: AC 230 V
 A aplicação de software para controlo de até 64 dispositivos DALI
Anexo III – Lista de Entradas / Saídas para o Sistema AVAC
Anexo IV - Componentes para o CCTV Gravador Digital - Analógico
Anexo V – Central do Sistema de Incêndio e seus componentes.
GLOSSÁRIO
Analógica - Forma de comunicação que usa uma onda eletromagnética contínua.

ANSI - (American National Standarts Institute) - Organização de comunidade industrial e


comercial dos EUA dedicada ao desenvolvimento de normas e de recomendações de produção
e comunicação.

Aplicativo - Software usado para atividades específicas.

Arquitetura Cliente-Servidor - Arquitetura de computador na qual o processamento pode ser


distribuído entre clientes e servidores da rede que fornecem as informações.

Backbone - Conhecido como a espinha dorsal, é a estrutura básica para o funcionamento de uma
rede.

Binário - Sistema de numeração composto por dois dígitos (0 e 1) usado para representação
interna de informação nos computadores.

Ethernet - Padrão usado para conexão física de redes locais. Descreve protocolo, cabeamento,
topologia e mecanismos de transmissão. Normalmente transmitem até 10 Megabits por segundo
(10 Mbps).

Gateway - Sistema de interligação de duas ou mais redes com diferentes protocolos de


comunicação, de modo que seja possível transferir informações entre ela.

I/O (Entrada/Saída) – Entrada de dados que fluem num computador. Saída saída de dados que
já foram processados.

ISO (International Standards for Organization) - É a organização que cria padrões


internacionais para diversas áreas. Dentre os órgãos que a compõe estão o ANSI (americano),
o BSI (inglês), o AFNOR (francês) e a ABNT (brasileira).

Protocolo - Conjunto de regras que especificam o formato, a sincronização. O protocolo básico


utilizado na Internet é o TCP/IP.

Software - Programa de computador. Instruções que o computador é capaz de entender e


executar.

UPS (Uninterruptible Power Supply) - Fonte de energia. Sistema com baterias, que mantém
o computador funcionando por um determinado período.

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