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MEMORIAL DESCRITIVO E DE CÁLCULO

DADOS DO RESPONSÁVEL TÉCNICO DO EMPREENDIMENTO:


Nome: Marcus Vinicius de Paula Bernardinelli
CPF: 702.896.541-49
Qualificação Profissional: Engenheiro Civil
CREA: MT 043384
Endereço Profissional: Rua Lourdes Braga, nº 244, Bairro Coophema, Cuiabá – MT

DADOS DO EMPREENDIMENTO:
Proprietários: Cleodemir José Martins e Maria Aparecida de Paula Martins CPF/CNPJ:
446.276.619-91 / 344.847.441-04
Endereço do Empreendimento: Rua Sempre Viva (Antiga Rua 13), Lote "A"
Desmembrado, Quadra 09, Loteamento Estância Chapéu do Sol, Bairro Petrópolis,
Várzea Grande - MT
Área Total à Construir: 69,77 m²

1 EFLUENTE DOMÉSTICO

1.1 DIMENSIONAMENTO DAS UNIDADES

O efluente doméstico gerado pela obra comercial será tratado pelo conjunto de
fossa séptica e filtro anaeróbico, tendo como destino final o sumidouro.
Na falta de dados locais relativos ao consumo de água, a NBR 7229/93, da ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas) que trata de Projeto, Construção e Operação
de Sistema de Tanques Sépticos, estabelece a contribuição per capta de esgoto através da
tabela 1, composta por diversos ramos de atividade.
As etapas de tratamento foram dimensionadas para um total de 04 (quatro)
pessoas.

1.1.1 Fossa séptica


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São unidades de tratamento primário de esgotos domésticos que detêm os despejos


por um período que permita a sedimentação dos sólidos e a retenção do material graxo
transformando-os em compostos estáveis.
A finalidade da fossa séptica é proporcionar condições favoráveis à ação rápida
das bactérias aeróbicas e principalmente das anaeróbicas, permitindo assim que o efluente
possa, sem riscos de contaminação e o inconveniente do mau odor, ser lançado no filtro
anaeróbico.
Seguindo orientação da NBR 7229, da ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas), dimensionou a fossa séptica pela fórmula:

OCUPANTES PERMANENTES

V = 1000 + N *((C*T)+(K*Lf))
Onde:
N = ocupantes permanentes = 04 pessoas
C = contribuição de despejos em litros/pessoa/dia = 130
T = período de detenção em dias = 1,00
K = taxa de acumulação de lodo digerido = 57
Lf = contribuição de lodo fresco em litros/pessoa/dia = 1

Substituindo, temos:

V = 1000 + N *((C*T) + (K*Lf))


V = 1000 + 4*((130*1,0) + (57*1))
V = 1.748 litros.

Portanto, temos um volume de 1.748 litros, entretanto, adotaremos 1.800 litros


(1,80 m³).
Por se tratar de tanque séptico retangular de câmara única, com relação:
Para este filtro será atribuído a profundidade útil de 1,20 metros, temos:

A = 1,80 m³ / 1,20 m = 1,50 m², portanto, seguindo a relação atribuída, temos:


L = 1,00 metro
C = 1,50 metros.
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Prevendo vazões de pico, como também prevendo uma ampliação futura,


optamos por um tanque séptico retangular de câmara única com dimensões:

L = 1,00 metro C = 1,50 metros P = 1,20 metros.

1.1.2 Filtro Anaeróbico

Como solução para o pré-condicionamento do efluente da fossa séptica, foi


recomendado o processo de tratamento através do filtro biológico anaeróbio.
Este tratamento dá ao afluente liquido da fossa séptica de características
compatíveis com os padrões de qualidade.
O filtro anaeróbio é composto de um leito de brita n.º 04, contido em um tanque,
com fundo falso para permitir o escoamento de efluente do tanque séptico.
O filtro anaeróbio é um processo de tratamento apropriado para o efluente da fossa
séptica, por apresentar resíduos de carga orgânica relativamente baixa e concentração
pequena de sólidos em suspensão.
As britas n.º04 (de 50 a 76 mm) reterão em sua superfície as bactérias anaeróbias,
criando um campo de micro-organismos, responsáveis pelo processo biológico,
reduzindo a DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio).
A ABNT considera que o filtro anaeróbio é capaz de remover do afluente da fossa
séptica de 70 a 90% da DBO. A eficiência do filtro só poderá ser constatada a 3 (três)
meses do inicio da operação que é o tempo necessário para o bom funcionamento do
mesmo.
O filtro será construído em concreto armado provido de sistema de retro-lavagem
que deverá ocorrer quando houver limpeza do tanque séptico no máximo a cada 24 meses.
O efluente depois de tratado será lançado a um sumidouro, já que o nível da obra
não permite lançar a rede pública.
Para o cálculo do filtro anaeróbio a NBR-7229 estabelece o volume útil do filtro
através da fórmula:

OCUPANTES PERMANENTES

V = 1,60 * N * C * T
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Onde,
N = Número de contribuintes = 04 pessoas
C = Contribuição de esgoto em litros / pessoa / dia = 130
T = Período de detenção em dias = 1,00 dias

Com esses valores, temos:

V = 1,60 * 4 * 130 * 1
V = 832 litros.

Portanto, temos um volume de 832 litros (0,83 m³), porém será adotado 1.000
litros (1,00 m³).
Por se tratar de filtro anaeróbio de seção retangular e adotando uma profundidade
de 1,20 m, temos:
Cálculo da área:

A = V / 1,20
A = 1,00 m³ / 1,20 m
A = 0,83 m²

Têm-se as seguintes dimensões:

V= 1,00 m³
H= 1,20 m
L= 0,80 m
C= 1,041667 m

Mediante os resultados obtidos pelos cálculos, prevendo uma variação na


contribuição e a facilidade construtiva, adotou-se um filtro anaeróbio de seção retangular
de 0,80 x 1,041667 m, porém será adotada as medidas de 0,80 m de largura por 1,05 m
de comprimento com profundidade útil de 1,20 metros totalizando um volume de 1,008
m³.

2 DISPOSIÇÃO FINAL DO EFLUENTE DOMÉSTICO


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O efluente doméstico depois de tratado por fossa séptica e filtro anaeróbico, será
lançado a um sumidouro, de acordo com a sugestão para projeto de sumidouro do manual
para aprovação de projetos 2006.
Para uma contribuição de até 04 (quatro) pessoas, considerar sumidouro com
diâmetro de 0,80 m e profundidade de 1,80 m.

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