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Conta a história de um médico que nos anos 90, auge da epidemia da AIDS,
se voluntaria a fazer um trabalho preventivo no maior presido da América Latina, o
Carandiru. Mostrando a realidade vivida nos presídios brasileiros naquela época, a
desumanidade, abandono, superlotação e violência.
O médico então entra no presidio, chama um por um, examina e vai lhes
perguntando como e o porquê de estarem ali. São todos personagens marcantes,
que trazem consigo ensinamentos que te fazem refletir em como o sistema é falho, e
que talvez eles fossem mais organizados que a própria polícia.
Após um jogo, iniciou uma discussão entre Barba e Coelho, uns diziam que a
briga teria começado por causa de uma cueca, outros por causa do jogo mesmo. O
resto dos detentos se deixou envolver, dividiram-se então em duas facções a do
anda de cima e do de baixo. Iniciou-se então o confronto real. Saiu do controle, os
seguranças tentaram manter a calma, mas já era tarde demais, o apoio ao diretor foi
solicitado a PM.
De novo, eles entraram com uma única intenção, exterminar todos que ali
estavam e sem clemencia. Foram mais de 100 prisioneiros mortos, 4 dias de
sepultamento e meses para reconhecer todos os assassinados. E poucos dos 300
policiais de participaram fora realmente responsabilizado. Ninguém foi culpado, nem
mesmo o governador ou o coronel.
O massacre do Carandiru é uma dor e uma prova de que todos nós falhamos,
é a prova nítida e escancarada de que o sistema criminal brasileiro não serve pra
nada, não reabilita, é caro, falido e só serve pra para prender pobre e se for negro
então, em qualquer passeio a noite sozinho é bom ter cuidado. O sistema se isenta
da responsabilidade a partir do momento em que os joga dentro da cadeia e não
presta nenhuma assistência.
A morte não é e nem nunca será uma opção, a força e a violência não nos
levam a lugar nenhum, a empatia sim.