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SANTOS, Rafael José dos Antropologia para quem não vai ser antropólogo / Rafael

José dos Santos - Porto Alegre : Tomo Editorial, 2005 — (Série “Para quem não vai ser”, 1).
80 p. ISBN 85-86225-41-X

RESUMO

O livro “Antropologia para quem não vai ser antropólogo” de autoria de José Rafael dos Santos, de
2005, apresenta o que é Antropologia: surgimento, teorias, métodos e técnicas. A Antropologia,
dividida em Social ou Cultural, apesar de não possuir definição única e prática devido aos vários
objetos de estudos em diversas áreas do conhecimento, o autor tem por objetivo evidenciar sua
importância enquanto disciplina acadêmica, mesmo para quem não pretende tornar-se antropólogo.
Para tanto, o autor utiliza-se de pesquisa bibliográfica, feita a partir de levantamento de referências
teóricas já publicadas por meios escritos ou eletrônicos para levantamento de informações sobre o
objeto de estudo, e de pesquisa documental, utilização de fontes alternativas como documentos
oficiais, revistas, teses, monografias, entre outros (KRIPKA; SCHELLER E BONOTTO, 2015). Para
explanar sobre o percurso histórico da Antropologia o autor faz, no primeiro capítulo, um recorte de
cada contexto histórico que perpassa pelo Colonialismo, Imperialismo e o Capitalismo Industrial do
século XIX. É neste ínterim que a Antropologia se desenvolve enquanto campo da ciência
impulsionada por várias transformações sociais, econômicas e políticas ocorridas nesses períodos
históricos e que vão influenciar no âmbito das idéias acarretando o surgimento de teorias
evolucionistas que, inicialmente, servirão para embasar a Antropologia: Teoria Evolucionista de Pierre
Lamarck (1744-1829), Charles Darwin (1809-1882) Henry Lewis Morgan (1818-1881), James Frazer
(1854-1941); Teoria Positivista de Auguste Comte (1798-1857). Ambas usam ciências da natureza
para explicações sobrenaturais, filosóficas e científicas relacionando-as à teoria da evolução, seja da
sociedade ou das formas de pensamento. E também a Teoria do Determinismo, geográfico e biológico
(Meio e Raça), explicada por Laraia (1988). Estes modelos, denominados de “evolucionismo social”,
foram superados pela Antropologia, visto que as ciências naturais relacionadas à evolução por si só
não explicam a sociedade, pois são necessários outros elementos como contextos culturais e as
relações de força em cada uma delas para compreendê-la. Neste sentido, o autor apresenta então a
relação e os limites entre natureza e cultura baseado principalmente no pesquisador John Urry. Ainda
assim, as teorias evolucionistas continuam presentes na contemporaneidade, contando também com o
surgimento de dois conceitos antropológicos semelhantes ao evolucionismo: etnocentrismo e o
sociocentrismo, que trazem, respectivamente, o pensamento de superioridade e julgamento, dentro da
sociedade seja por questão cultural, social, econômica ou religiosa. O segundo capítulo traz o
surgimento da Antropologia moderna mediante o trabalho de campo (fieldwork) ou etnografia como
principal método de pesquisa, de caráter mais qualitativo que quantitativo, impulsionado por teóricos
como Émile Durkheim (1858-1917), Marcel Mauss (1872-1950), e mais recentemente, Bronislaw
Malinowski (1978), Freyre (1986), Roberto Damatta (1981), Laplantine (1994), e Franz Boas (2004)
contribuindo na contestação do evolucionismo social e do etnocentrismo. O terceiro capítulo traz as
técnicas, métodos e experiências da pesquisa de campo antropológica a partir de pesquisas,
comparação, análise e interpretação de todas as dimensões do fazer humano a partir do ponto de vista
antropológico facilitando a compreensão da abrangência da Antropologia bem como sua contribuição
para diversas áreas do conhecimento.

Palavras-chave: Teorias. Ciência. Pesquisa. Métodos. Etnografia.

REFERÊNCIAS
KRIPKA, R. M. L.; SCHELLER, M; BONOTTO, D. L. Pesquisa Documental: considerações
sobre conceitos e características na Pesquisa Qualitativa / Documentary Research:
consideration of concepts and features on Qualitative Research. v. 2: Atas -Congresso Ibero-
Americano em Investigação Qualitativa (IV CIAIQ), 2015.

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