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LOGOS ACADEMIA DA BÍBLIA

Tatiana Martins Masseli Vieira

ALIANÇA DE SANGUE
Observações a partir da leitura
do livro de Gênesis do 12 ao 50

Trabalho apresentado como


exigência da disciplina de Aliança de
Sangue, ministrada pelo professor
Eduardo Carvalho, no Curso livre de
Teologia pelo Logos Academia da
Bíblia.

Belo Horizonte
Agosto/2019
O LIVRO DE GÊNESIS

No livro de gênesis podemos perceber o cuidado de Deus em nos mostrar a


sua aliança eterna. Do jardim à cruz o caminho é traçado de aliança em aliança até
que se cumpra todo o plano de salvação.
A partir de Genesis 12 podemos perceber a aliança da promessa feita com
Abraão. Onde dentre muitos dos idólatras de Ur dos Caldeus ele foi escolhido por
sua fé para ser o pai de uma nova nação, saindo de sua terra e deixando de fazer
parte daquele mundo de idolatria e sua cultura. Deixando sua família e suas
tradições para formar a nova família com base em um novo modo de vida
estabelecido por Deus. Deixando seu pai que remete a um grande vínculo de
intimidade e obediência, para que ele pudesse ouvir a voz do Pai celestial e a ele
entregar sua obediência.
Podemos ver os pilares da aliança com Abraão a começar pelas palavras
de promessas de Deus logo no Gn 12:1-3, quando Abraão é chamado a largar
tudo e seguir a Deus e as promessas de bênçãos para sua família, em Gn 13:15
onde mostra a extensão da terra que será dele e de sua descendência, Gn 14:19
o rei de Salém representando o próprio Deus, abençoa o pão e vinho fazendo
referência a uma das etapas que é a refeição memorial, e trás a Abraão com
palavras de bênçãos, essa é a primeira vez na bíblia que o pão e vinho é
mencionado como sinal de comunhão e mais tarde virá a ser reforçado como o
grande momento de comunhão na Santa ceia de Jesus. Em Gn 15:4-5 a palavra
do Senhor diz como será a realização da promessa e que seu herdeiro será filho
do seu ventre e sua semente numerosa como as estrelas.
Outros passos da aliança de sangue são identificados nessa grande aliança
entre Deus e Abraão. A troca de túnica que simboliza a troca de vida, ‘quem eu
sou eu te dou’, é vista em Gn 15:1 onde Deus diz ser o seu grandíssimo galardão e
onde também identificamos a troca de cinto que significa proteção onde Deus diz
ser o seu escudo, ou seja, que Deus está na frente protegendo a vida de Abraão e
sua descendência. Em Gn 15:10 podemos identificar o corte do animal em 2 partes
simbolizando as partes no acordo, que suas vidas seriam unidas e caso o pacto
fosse quebrado que a sentença fosse também de morte como a dos animais.
Nesse momento em que as duas partes da aliança andariam dentre os animais
juramentando, Abraão cai em profundo sono pois sendo pecador não poderia estar
na presença de Deus, e Jesus assume seu lugar como a tocha de fogo e Deus
como forno de fumaça, onde é feito um concerto entre Deus e Abraão. Jesus ao se
fazer pecado na cruz, no lugar de todos nós, quebra essa aliança e por isso é
cortado e sacrificado como um animal. Em Gn 22:13 há outro holocausto na
aliança onde Deus provém para si um cordeiro em lugar de Isaque. A cicatriz é

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marcada em Gn 17:10 onde Deus estabelece a circuncisão como sinal da aliança e
todos aqueles que forem circuncisos seriam parte dessa aliança. A troca de nome
é outro passo que identificamos em Gn 17:5 e Gn 17:15 onde Deus ao acrescentar
seu fôlego de vida (aqui indicando fertilidade, vida que seria gerada) ao nome de
Sarai e Abrão muda o nome deles para Sara e Abraão, ao mesmo tempo Deus
passa a se identificar como o Deus de Abraão, levando assim o nome dele
também. Em várias passagens de Gênesis a declaração dos termos é anunciada e
detalhada mostrando que Deus quer deixar bem claro quais são as suas bênçãos
e condições. Inclusive quando Deus prova a fidelidade de Abraão pedindo a
entrega em holocausto de seu unigênito, este não hesita em subir ao monte e
entregar o que havia de mais precioso em sua vida, pois confiava na promessa
que Deus havia lhe dado e tinha certeza que Deus providenciaria para si um
cordeiro (Gn 22:8) e ele desceria do monte com seu filho vivo. Por obediência à
voz de Deus as bênçãos de Abraão são ampliadas e em sua semente serão
benditas todas as nações da terra. Esse sacrifício também é uma prefiguração à
entrega de Jesus na cruz, onde Deus entrega seu filho unigênito para ser o
cordeiro que tira o pecado do mundo. Esse monte fica conhecido como o Senhor
proverá, pois ali Deus proveu para si um cordeiro, estabelecendo ali um memorial
que seria lembrado por futuras gerações.
A aliança estabelecida por Deus inclui toda a geração de Abraão e todas as
nações da terra, visto que Deus não é homem para mentir e sua promessa é
cumprida em Gn 21:2 onde Sara gera Isaque e em Gn 22:17-18 onde reafirma o
compromisso com Abraão e sua descendência, que vemos se cumprir ao longo da
história, através do cuidado de Deus na vida de cada um dos escolhidos.

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