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Gestão Empresarial
2018 B
Prof. Paulo Roberto May, MSc. Gestão Empresarial 2018 – UNISUL –1º Semestre Página 1 de 32
Conteúdo
IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA .......................................................................................................................3
0. ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DAS ORGANIZAÇÕES A PARTIR DE UMA VISÃO GLOBAL E
SISTÊMICA .............................................................................................................................................................4
1. A VISÃO TRADICIONAL ...................................................................................................................................4
1.1 PARADIGMAS & CULTURAS .....................................................................................................................7
1.2 Paradigma do Calendário ............................................................................................................................... 10
1.3 Paradigmas na academia ................................................................................................................................ 11
1.4 Pioneiros dos Paradigmas .............................................................................................................................. 13
1.5 Exercícios de Percepção ................................................................................................................................ 15
2. PRINCÍPIOS DE GESTÃO E LIDERANÇA DA ORGANIZAÇÃO ..................................................................16
2.1 TEORIA DA HIERARQUIA DAS NECESSIDADES DE MASLOW .......................................................... 19
2.2 MODELO DE DEAN SPITZER ................................................................................................................... 20
2.3 OS TIPOS DE ATUAÇÃO DOS PROFISSIONAIS – SEGUNDO ADIZES................................................. 22
2.4 ALGUMAS VISÕES COMPLEMENTARES SOBRE LIDERANÇA .......................................................... 25
2.5. OS TRÊS ESTILOS DE LIDERANÇA ........................................................................................................ 28
Bibliografia: ............................................................................................................................................................ 31
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IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA
Turno: NO
Turma: 1435
EMENTA
OBJETIVOS
HABILIDADES
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0. ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DAS ORGANIZAÇÕES A PARTIR
DE UMA VISÃO GLOBAL E SISTÊMICA
Para ser possível entender as organizações, as pessoas e o mundo que estamos vivendo temos
entender quais as regras ocultas, regras e modelos culturais, que influenciam na forma de agir e
ser das organizações, pessoas e da “realidade” que vivemos.
É muito fácil dizer que a globalização atual é uma realidade nova, que mudou o mundo. Basta
estudar um pouco a história para perceber que o fenômeno da globalização não é novo.
1. A VISÃO TRADICIONAL
Se você não mudar de direção, terminará exatamente onde partiu. (Provérbio Chinês)
Paradigmas:
- Paradigmas é um conceito muito útil que se aplica a todos nós, porque nos explica como
vemos o mundo, a nossa empresa e a nós mesmos.
- Há outras palavras que também descrevem a forma especial como vemos e fazemos as
coisas. Alguns outros termos similares são: tradições, superstições, rituais, doutrinas,
dogmas.
O norte-americano Thomas Samuel Kuhn (1922-1996), físico e filósofo da ciência, no seu livro
“A Estrutura das Revoluções Científicas” designou como paradigma as “realizações científicas
que geram modelos que, por período mais ou menos longo e de modo mais ou menos explícito,
orientam o desenvolvimento posterior das pesquisas exclusivamente na busca da solução para os
problemas por elas suscitados.”
Fonte: www.esoterikha.com/coaching-pnl/como-quebrar-paradigmas-tecnicas-textos-videos-
exemplos-atividades.php acesso 15ago15.
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Um dos bons exemplos de paradigmas que são colocados para nós, nas escolas, e nas
publicações são os mapas e as imagens do plante Terra, que sempre nos apresentam uma imagem
preconcebida de Norte e Sul. Mas todos nós sabemos que a Terra é um planeta, então onde
verdadeiramente está o Norte e o Sul, o “em cima” e o “embaixo” ? Será que a Terra é redonda,
plana ou quadrada ?
Segundo Abraham Shapiro (2007), no mundo de hoje a percepção é mais importante que a visão,
ele afirma que estamos vivendo a Era da Percepção. Uma das nossas crenças mais fundamentais
é a de que as coisas que vemos com nossos olhos são uma boa aproximação da realidade. Sua
proposta é: ter novas maneiras de ver as coisas existentes, ao contrário de descobrir novas coisas
para ver.
Nós acreditamos em nossos olhos, nós acreditamos na realidade que dizem que existe,
Nós vivemos dentro dos nossos paradigmas.
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O google maps manipula os mapas e as limitações territoriais dependendo de onde a pessoa
acessa o google maps.
Fonte: http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2014/06/como-o-google-maps-exibe-
territorios-disputados-em-todo-o-mundo.html acesso 14mar18
Em todo o mundo existem vários territórios que são alvos de disputas entre dois ou mais países.
Isso pode gerar uma dor de cabeça para serviços de mapas como o Google Maps, que precisam
dar informações precisas sobre os limites de cada nação a todo tipo de público. Mas, como
resolver isso? A solução encontrada pelo Google foi mostrar mapas diferentes nas versões locais
do Maps.
MIT e a Knight Foundation –12 territórios disputados e suas diferenças no Google Maps:
1) Aksai Chin: território administrado pela China, disputado pela Índia. A versão chinesa do
Google Maps mostra o local como sendo deste país, enquanto a da Índia exibe como
sendo parte do mapa indiano.
2) Arunachal Pradesh: Um dos 29 estados da Índia, também contestado pela China, que
afirma que ele é parte do Tibet.
3) Azad Kashmir and Gilgit–Baltistan: O mesmo ocorre com outro território disputado pela
Índia, desta vez pertencente ao Paquistão.
4) Butão: O país possui cerca de 269 km² de fronteira com a China, um limite que não é
corretamente demarcado
5) Crimeia: alvo de disputas entre a Rússia e Turquia, depois da crise no início de 2014.
6) Demchok: território disputado entre China e Índia. No local há um acampamento militar
controlado pela Índia.
7) Jammu e Caxemira: Essa província, localizada na Índia, já foi um principiado
independente que hoje é disputada também pela China e Paquistão.
8) Ilhas Senkaku: Este grupo de ilhas inabitadas estão localizadas no Mar da China Oriental
e são controladas pelo Japão e disputadas por China e Taiwan.
9) Vale de Shaksam: território administrado pela China mas cedido ao Paquistão e
disputado pela Índia como sendo parte da Caxemira.
10) Glaciar de Siachen: Um território localizado na fronteira entre Índia e Paquistão.
11) Ilhas Spratly: Estas ilhas são reservas naturais de petróleo e gás natural, disputadas por
China, Taiwan, Malásia, Filipinas e Brunei.
12) Vales de Tirpani e Bara Hotii: Mais uma área na longa lista de disputas entre China e
Índia.
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1.1 PARADIGMAS & CULTURAS
O mundo atual com o advento da globalização e da internet, nos facilita negociar com novos
países e novas culturas, para isto necessitamos conhecer e aprender a respeitar a forma de ser das
pessoas que iremos trabalhar e negociar.
Para isto, muitas vezes teremos que quebrar nos paradigmas, nossos preconceitos, mas
principalmente deveremos estar dispostos a aprender novas formas de agir até em pequenas
coisas do cotidiano, do dia-a-dia como na forma de sentar, de cruzar as pernas, etc.
Estados Unidos:
• Saudações e cumprimentos: raramente, um homem cumprimenta uma mulher com um beijo no
rosto. O cumprimento é um aperto de mão. No ambiente de trabalho, um “Olá” junto com um
beijo pode ser mal interpretado. Também é costume utilizar os sobrenomes para se referir a
colegas de trabalho e pessoas ainda não conhecidas. Muitos norte-americanos, inclusive, não
gostam e não aceitam serem chamados pelo primeiro nome, o que é interpretado como
desrespeito.
• Expressando sua opinião: Quando inserida em um contexto de trabalho, a crítica é bem aceita
pelos norte-americanos, porém, quando em um ambiente informal, falar mal dos Estados Unidos
para algum americano não vai ser uma conversa agradável. Os americanos são extremamente
patriotas.
Argentina:
• Polidez é sempre bem vista: Na Argentina, é rude perguntar às pessoas no que elas trabalham.
O mais aconselhado é esperar até que elas o informem.
• Conversas pessoais: Os argentinos possuem uma natureza bem ligada à família. Perguntas
sobre os membros da família e seu bem-estar são aceitáveis e até incentivadas. Não se
surpreenda se seus clientes fizerem perguntas pessoais sobre sua vida familiar.
• Eu falo ou você fala? No país, interromper os outros durante a conversação é o comportamento
padrão, não se ofenda.
França:
• “Chic” é ser educado: Na França, sempre permaneça calmo, educado e cortês durante encontros
de negócios. Os franceses valorizam muito a polidez e cortesia.
• Etiqueta seguida à risca: Quando convidado para ir à casa de alguém, é de muito bom tom levar
um presente. As flores são perfeitas para essas ocasiões. Se for um jantar, não se esqueça do
vinho.
• No mundo dos negócios: Nunca pareça excessivamente amistoso, porque isto pode ser
interpretado como suspeito e pode acabar com toda uma negociação. Além disso, nunca faça
perguntas pessoais: os franceses são extremamente reservados.
Índia:
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• Formalidades nos negócios: Existem muitas variações sobre a melhor maneira de tratar o
negociador indiano, portanto, recomenda-se usar duas regras:
1. Pergunta-se ao negociador indiano como este deseja ser tratado;
2. Utiliza-se um título acadêmico ou profissional.
• Estratégias nos negócios: Os fatores contratuais e administrativos também variam de região
para região, na complexidade burocrática e na necessidade de uma agenda para as reuniões.
Atente-se, portanto, a como se porta o seu negociador.
México:
China:
• A cortesia é essencial: Não se apresentar antes de iniciar uma discussão de negócios ou perder a
paciência em uma negociação é um erro grave.
• Princípio da reciprocidade: Guanxi (relacionamento pessoal) é uma expressão fundamental que
designa a complexa rede de relações indispensáveis ao funcionamento social, político e
organizacional na China. No relacionamento com chineses há algo parecido com uma conta
corrente que deve estar sempre equilibrada. Se lhe dão um presente, retribua; se o convidam,
faça o mesmo; se lhe pedirem um favor, pense que você tem uma obrigação.
• Respeito à religião: Os chineses são muito religiosos. Eles acreditam na vida após a morte e
levam muitos dos ensinamentos religiosos para os negócios também. Por isso, evite falar de
religião ou criticar os valores defendidos na cultura deles.
• Regras de etiqueta: Regras de etiqueta variam de acordo com a cultura dos povos. Na China,
não arrotar na mesa, logo após a comida, significa que não se apreciou a refeição.
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Comunicação: Tambores, bandeiras, sinos, lanternas, flâmulas, gongos e até pombos-correios
eram empregados na comunicação entre os navios.
Dieta saudável: Porcos e outros animais embarcavam vivos como garantia de carne fresca.
Também levavam-se vasos e terra para plantar, prevenindo o escorbuto.
Cortando a água: O casco era em "V", para cortar as ondas, e o convés era largo. O leme subia
e descia para ajudar nas manobras.
Tudo no seu lugar: Em geral, havia três pavimentos. O primeiro levava terra e pedras como
lastro; o segundo, estoques e tripulantes; e o terceiro era um misto de centro de comando,
cozinha e refeitório.
Imitando o bambu: Só no final do século XVIII os europeus aprenderam a usar recursos
comuns nesta frota, como compartimentos estanques à prova d’água, inspirados nas câmaras dos
troncos de bambu.
A favor do vento: Os barcos eram enormes, mas rápidos: tinham nove mastros, nos quais se
içavam velas de seda vermelha.
Siga esta agulha: Desde o século IV A.C., os chineses já sabiam como fazer um pedaço de ferro
imantado indicar a direção norte-sul. No século VI, passaram a usar agulhas. Em 1117,
aprenderam a compensar o balanço das ondas no navio pondo a agulha em uma bacia d’água —
a bússola flutuante.
De olho na estrela: Para determinar a latitude, os pilotos baseavam-se na altura do Cruzeiro do
Sul ou da estrela Polar em relação ao horizonte. Também possuíam mapas estelares que
mostravam as posições sucessivas das constelações.
No compasso das horas: A velocidade do navio era estimada jogando-se um objeto na água na
altura da proa. Caminhando ao lado dele enquanto se entoava uma rima, sabia-se quanto tempo o
barco levava para ultrapassar o objeto.
Não necessitamos ir para outros países para perceber esta grande variedade de formas de agir de
falar, nosso país é imenso e com grandes diferenças por exemplo, de sotaque.
Podemos citar uma expressão que causa surpresa no Sul e que é usada normalmente em estados
do norte do Brasil, quando nasce o filho de uma mulher grávida nossos irmãos do norte dizem:
“ela descansou”.
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Gestos ofensivos no mundo
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/390476230173865696/ acesso 10 julho 18.
O paradigma do Calendário criou vários outros paradigmas, como o “1º de abril – o dia da
mentira ou dos bobos” e algumas de nossas datas comemorativas como o Natal. Vamos ver
como isto ocorreu segundo alguns historiadores.
Origem do Dia da Mentira – 1º Abril: no Século XVI: Ano Novo festejado no dia 25 de
março, chegada da Primavera. As festas duravam uma semana e terminavam no dia 1º de abril.
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Em 1564, adoção do calendário gregoriano, o rei Carlos IX de França determinou que o Ano
Novo seria comemorado no dia 1º de janeiro.
Alguns franceses resistiram à mudança e continuaram a seguir o calendário antigo, pelo qual o
ano se iniciaria em 1º de abril. Gozadores passaram, então, a ridicularizá-los, a enviar-lhes
presentes esquisitos e convites para festas que não existiam. Essas brincadeiras ficaram
conhecidas como “plaisanteries“. Em países de língua inglesa, o Dia da Mentira é conhecido
como “April Fool’s Day” ou Dia dos Tolos; na Itália “Pesce d’Aprile” e na França “Poisson
d’Avril“, que significam literalmente “Peixe de Abril“.
Porque o Natal é comemorado em 25 de dezembro: Parece incrível, mas a escolha da data não
tem nada a ver com o nascimento de Jesus. Os romanos aproveitaram uma importante festa pagã
realizada por volta do dia 25 de dezembro e “cristianizaram” a data, comemorando o nascimento
de Jesus pela primeira vez no ano 354.
A tal festa pagã, chamada de Natalis Solis Invicti (”nascimento do sol invencível”), era uma
homenagem ao deus persa Mitra, popular em Roma. As comemorações aconteciam durante o
solstício de inverno, o dia mais curto do ano. No hemisfério norte, o solstício não tem data fixa –
ele costuma ser próximo de 22 de dezembro, mas pode cair até no dia 25. A origem da data é
essa, mas será que Jesus realmente nasceu no período de fim de ano? Os especialistas duvidam.
“Entre os estudiosos do Novo Testamento e das origens do cristianismo, é consenso que ele não
nasceu em 25 de dezembro”, afirma o cientista da religião Carlos Caldas, da Universidade
Mackenzie, em São Paulo. Na Bíblia, o evangelista Lucas afirma que Jesus nasceu na época de
um grande recenseamento, que obrigava as pessoas a saírem do campo e irem às cidades se
alistar.
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escada, dela sendo rapidamente retirado pelos outros, que o surraram. Depois de algumas surras,
o novo integrante do grupo não mais subia a escada.
Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado, com
entusiasmo, da surra ao novato.
Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o fato.
Um quarto e, finalmente, o último dos veteranos foi substituído.
Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado
um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse chegar às bananas.
Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam em quem tentasse subir a escada, com
certeza a resposta seria: "Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui..."
Segundo Consise Dictionary of Sociology paradigma foi um termo introduzido por Thomas
Kuhn na ciência da filosofia (The Structure of Scientific Revolutctions, 1962/1970). Paradigma
foi um termo introduzido por Thomas Kuhn na ciência da filosofia.
Kuhn define paradigma científico como uma constelação de realizações, concepções valores,
técnicas, etc., compartilhada por uma comunidade científica e utilizada para definir problemas e
soluções legítimas. Para ser um paradigma a realização científica deve oferecer resoluções
suficientemente convincentes de problemas previamente reconhecidos como sendo capazes de
atrair a concordância de um número suficiente de especialistas para formar o âmago de um novo
consenso. Outros dois aspectos no conceito de paradigma são:
1) ele leva em conta a dimensão histórica e a realidade sociais das práticas científicas e
2) reconhece que as mudança revolucionárias na ciência ocorrem de maneira abrupta com o
abandono de muito do conhecimento previamente aceito.
Segundo esta mesma perspectiva, antes da ascensão de um novo paradigma existe uma
proliferação de teorias que tentam resolver o problema em questão. Assim temos a primeira
etapa da teoria institucional a habitualização, que envolve a geração de novos arranjos estruturais
em resposta a problemas organizacionais específicos. Este é chamado de estágio pré-institucional
por Tolbert e Zucker (1997) e na perspectiva Kuhniana foi chamado de pré-paradigmático.
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entre as organizações das soluções implementadas para os problemas comuns, ou seja, é um
processo de imitação ou de benchmarking das melhores práticas encontradas. A premissa básica
neste ponto é aquela que diz que reinventar a roda é muito mais caro do que utilizar uma solução
já implementada com sucesso.
De acordo com Joel A. Backer, entender e aplicar os conceitos básicos dos paradigmas nas
organizações permite as pessoas antecipar e administrar melhor as mudanças em situações
cotidianas no trabalho. Seu estudo sobre os Paradigmas lhe permitiu descobrir algumas verdades
incrivelmente simples sobre eles, bem como a relação entre paradigmas, mudança e liderança.
Um dos mais importantes estudos de Joel A. Backer foi sobre os “Pioneiros dos Paradigmas”,
pessoas extremamente importantes para que os novos paradigmas sejam levados de uma ideia a
realidade. Eles conseguem perceber, antes dos outros, o nascimento de novos paradigmas.
Assim, os Pioneiros de Paradigmas tem características especiais, desenvolvidas ou treinadas, que
são apresentadas a seguir.
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Investir no longo prazo (perseverar)
Esperar o tempo provar que estava certo. Estar preparado para o fracasso.
Exemplos de Pioneiros:
Ray Crock - Mac Donald´s
Akio Morita - Sony
Fred Smith - Federal Express
Tom Watson - IBM
Sam Walton - Wall Mart
“Se você descuidar do futuro, ninguém vai lhe agradecer por cuidar do presente.”
Em geral, os empreendedores não são muito audaciosos, nem criativos, nem geniais. Contudo,
toleram como poucos conviver com a incerteza e a ambiguidade. Muitas vezes não são os
primeiros a chegar, mas sim os melhores na hora de executar. Bhidé descreve o empreendedor,
em entrevista a HSM Management, como um indivíduo com uma visão oportunista e de curto
prazo que costuma dar excelentes resultados.
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Assim, ainda segundo Bhidé, para iniciar um negócio potencialmente bem-sucedido, não é
fundamental ter uma ideia criativa, aparecer com algo novo. Muito mais importante é ter a
capacidade de executar a ideia de outro.
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2. PRINCÍPIOS DE GESTÃO E LIDERANÇA DA ORGANIZAÇÃO
EMPREGABILIDADE
Ter as COMPETÊNCIAS
necessárias as organizações
•Conhecimentos HUMANOS
•Conhecimentos GERENCIAIS
•Conhecimentos TÉCNICOS
•Conhecimentos GERAIS
ATITUDES CERTAS
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de gestão e liderança são imprescindíveis se o mesmo desejar ter sucesso na sua vida
profissional.
O objetivo deste estudo não é apresentar o método definitivo, o que já se sabe impossível, mas
visões e perspectivas que permitam uma gama de possibilidades de análise e estudo, de
forma a melhorar os resultados dos gestores de projetos no relacionamento com os seres
humanos envolvidos em suas atividades.
Uma das maiores dificuldades dos gestores é conhecer as pessoas com quem trabalham na
organização. Ao conhecê-las melhor, mais fácil será realizar os objetivos com e por meio dessas
pessoas.
Mas deve-se ter consciência de que essas, ou quaisquer outras teorias não são conclusivas, elas
são apenas parte de um conjunto de teorias que poderão melhorar a probabilidade de sucesso.
Elas não são a certeza do sucesso, mas o conhecimento zero com certeza será a certeza do
fracasso.
É de extrema importância entender qual o real objetivo de uma organização, bem como,
conhecer as principais partes no sucesso das organizações. Pois, satisfazer minimamente suas
necessidades é fundamental para a sobrevivência da organização. O conceito de “partes
interessadas” é conhecido internacionalmente com “stakeolders”.
“As pessoas que avançam neste mundo são aquelas que se levantam e procuram as
circunstâncias que querem e, se não as encontram, elas as produzem.” George Bernard
Shaw
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"liderança é o processo de influenciar as atividades de indivíduos ou grupos para a
consecução de um objetivo numa dada situação. Em essência, a liderança envolve a
realização de objetivos com e através de pessoas. Consequentemente, um líder precisa
preocupar-se com tarefas e relações humanas." (Hersey/Blanchard, 1986)
INFLUÊNCIA
INFLUÊNCIA MANIPULAÇÃO
Ganha-Ganha Ganha-Perde
Na definição, há referência a habilidade que pode ser adquirida e desenvolvida. O segredo está
exatamente em entender com a habilidade de influenciar pessoas deve ser adquirida e
desenvolvida e como deve se comportar o líder para envolver as pessoas com mente e coração".
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Para a compreensão dos seres humanos podemos utilizar a Teoria Comportamental
(Behaviorista). Segundo os autores behavioristas, as lideranças das organizações precisam
conhecer as necessidades humanas para melhor compreender o comportamento humano, e para
que possam utilizar a motivação humana como meio para melhorar a qualidade de vida nessas
organizações.
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É importante ter cuidado ao se utilizar a Teoria de Maslow, pois segundo Sampaio (2005), essa
teoria nos ajuda a entender o que necessitam e desejam os diversos colaboradores de uma
organização. Mas ela não é determinista como a pirâmide tão divulgada, o que se pode ter como
certo é que a motivação tem diversas dimensões que variam conforme a situação, e sua
inobservância pode criar insatisfação.
Sampaio (2005) destaca que Maslow desdobrou sua teoria em sete categorias e somente cinco
delas se tornaram conhecidas. As duas últimas categorias, desejos de saber e de entender e
necessidades estéticas, não foram muito estudadas.
"Um músico deve compor, um artista deve pintar, um poeta deve escrever,
caso pretendam deixar seu coração em paz.
O que um homem pode ser, ele deve ser.
A essa necessidade podemos dar o nome de auto-realização."
Abraham Harold Maslow (1908 - 1970)
Maslow foi considerado ultrapassado por longo tempo. Aqueles que utilizavam seus estudos e
conceitos eram discriminados na academia e em muitas organização. Tudo isto mudou quando
Peter Drucker, guru e referencia em estudos sobre gestão no século 20, afirmou:
McGregor defendia que o estilo participativo de liderança era o ideal. - Eu disse o mesmo
em The Practice of Management.
Maslow demonstrou, em 1962, que estávamos errados.
Diferentes pessoas devem ser geridas de forma diferente. - Ele tinha razão.
Peter Drucker
Já Spitzer (1997) afirma que o desempenho é o resultado da relação entre habilidade e motivação
do ser humano. Todas as pessoas têm potencial para alcançar uma motivação elevada, no entanto
algumas conseguem, e outras não.
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Fator desmotivador: qualquer aspecto do trabalho que desperta emoções negativas, como tédio,
medo, raiva e ressentimento.
Spitzer (1997) diz que o primeiro objetivo dos líderes é eliminar os fatores de insatisfação, de
forma a permitir a possibilidade a criar um ambiente propício.
Motivação está também intimamente ligada ao desejo. De acordo com Spitzer, existem oito tipos
de desejos humanos, cada qual capaz de liberar uma força motivacional. Os oito desejos são:
1. desejo de atividade; 2. desejo de propriedade; 3. desejo de poder;
4. desejo de afiliação; 5. desejo de competência; 6. desejo de realização;
7. desejo de reconhecimento; 8. desejo de significado.
1) Desejo por Atividade -> o ser humano precisa ser ativo, não pode ficar parado. Se o trabalho
não existisse, teria de ser inventado. (ação, diversão, variedade),
2) Desejo de Propriedade -> a propriedade passou a ser medida de valor das pessoas. O volume
de bens possuídos é igual ao valor das pessoas. (inclusão, compartilhamento, escolha)
3) Desejo de Poder -> poder no sentido de "empowerment” (liberdade de ação, autonomia) para
executar as suas atividades. (escolha, responsabilidade, oportunidade de liderar)
4) Desejo de Afiliação -> todo ser humano tem a necessidade de estar relacionado a alguma
empresa ou grupo. (integração, trabalho em equipe)
5) Desejo de Competência -> não existe sensação melhor do que ser competente. A
competência exige aprendizado mas o esforço é altamente compensado. (uso dos pontos
fortes, aprendizado, tolerância a erros não intencionais)
6) Desejo de Realização -> a realização está centrada no sucesso, embora o sucesso seja algo
diferente para cada pessoa. (tolerância a erros não intencionais, auxílio na obtenção de metas,
melhoria dos sistemas organizacionais, encorajamento diante de desafios)
7) Desejo de Reconhecimento -> todos querem se sentir reconhecidos pelos outros, não
importando a forma desse reconhecimento. (encorajamento diante de desafios, valorização
das obtenções)
8) Desejo de significado -> não importa o tipo de atividade desenvolvida, o empregado tem que
ter a consciência de que o seu trabalho é importante para o sucesso da empresa. (importância
do trabalho)
Esses oito desejos são reprimidos pela maioria das organizações. As empresas querem que seus
funcionários apenas produzam, de preferência sem reivindicar nada. A mentalidade das altas
cúpulas das empresas é a de que funcionários que não desejam são mais fáceis de controlar. Cabe
ao líder quebrar esses ciclo vicioso e reconhecer a multidimensionalidade de cada indivíduo para
que não só as organizações se desenvolvam, mas também as pessoas que nela trabalham,
gerando um ganho recíproco (RAMOS, 1989)
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Uma das maiores dificuldades como gestores é como conhecer, de uma forma simples os tipos
de pessoas que trabalhamos na organização. Pois, quanto melhor conhecemos as pessoas que
trabalham conosco mais fácil será realizar os objetivos com e através dessas pessoas.
Se, um profissional não conseguir adotar uma forma de agir que consiga equilibrar os quatro
estilos – o que acontece na maioria das vezes, ele deverá procurar se cercar de pessoas que
complementem seus estilos faltantes.
O sucesso da gestão depende de como cada uma dessas funções é utilizada, tendo sempre a visão
situacional como determinante para a utilização desses estilos, devemos conhecer o tipo da
organização, o tamanho, o ambiente externo e estágio de vida da organização.
Para entendermos algumas definições é importante conhecer a diferença entre Eficaz e Eficiente.
Por exemplo: em um jogo de tênis, ser eficiente é colocar a bola no campo adversário e ser eficaz
é colocar a bola no campo adversário e fazer ponto.
Papeis da decisão: Tornar as organizações: Para que elas sejam:
(P)roduzir serviço necessário Funcionais Eficazes a curto prazo
(A)dministrar Sistematizadas Eficientes a curto prazo
(E)mpreender Pró-ativas Eficazes a longo prazo
(I)ntegrar Orgânicas Eficientes a longo prazo
Uma das melhores maneiras de entendermos os tipos é por seus extremos, assim vamos conhecer
o extremo de cada um dos tipos discutidos.
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Produtor de Resultados => P---
– Caracterização: Cavaleiro Solitário
– Trabalha duro. Workaholics.
– É o primeiro a chegar e o último a sair.
– Leva uma pasta cheia para casa mas, acaba não fazendo nada pois está exausto (mas, por via
das dúvidas ...).
– Vão mandados para seminários, porque “não tem tempo”, e no intervalo estão no celular
perguntando aos que ficaram na empresa: “algum problema?”.
– Mesa: está sempre cheia e muitas vezes usam mais de uma mesa.
– Doença: tem ulcera.
– Seus empregados: chegam tarde e saem cedo, ficam a espera (de um recado para levar, não
de trabalho), chamados de “meninos de recado”.
– Reuniões: não fazem, porque não tem tempo. Quando fazem, são curtas, o P diz o que fazer e
dá um serviço para cada um, sem perguntas.
– Treinamento/delegação: não existe e não tem tempo para isso.
– Frase: “Se nos esforçássemos mais não haveria problemas. Nosso problema é que as pessoas
não trabalham suficientemente duro”.
– Queixa típica: “Tenho trabalhado demais. Não estou dando conta”.
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– Empregados: devem chegar antes e sair depois. Se for diferente, o E não gostará e imaginará
que eles não estão comprometidos. Ficam esperando sentados o E convocar para uma reunião,
tentando entender o que ele quer. Chamados de “claque”.
– As pessoas concordam com ele mas, não fazem nada, porque ele provavelmente vai mudar
de ideia. “Por que você fez isso? Eu estava somente pensando. Ou Por que você não fez isso?
Era minha decisão final. Ou É tarde demais para discordarem de mim, já mudei de ideia.”.
– É perigoso nas segundas e após viagens, pois teve tempo para sonhar com novas ideias,
estratégias e prioridades.
– Reuniões: a qualquer momento, sem pauta e quando tem o E a troca, todos tem que estar
prontos para responder sobre qualquer coisa.
– Viciado em trabalho.
– Doença: cria ulcera nos outros.
– Ele pensa: como é difícil ser uma águia cercada de perus.
– Tem paranoia de sabotagem, sofre sensação de fracasso, sendo seu próprio inimigo.
– Discordar dele é perigoso porque ele leva como objeção pessoal.
– São carismáticos, sonhadores e atraem pessoas que acreditam em seus sonhos. E que depois,
muitas vezes se desiludem.
– Queixa típica: “As pessoas não estão seguindo as prioridades. Elas estão trabalhando nas
tarefas erradas”.
Uma estratégia muito interessante para um gestor é buscar nas pessoas consideradas “peso
morto” em outras áreas, possíveis profissionais para sua área. Pois, muitas vezes, grandes
profissionais foram transformados em “peso morto” por gerentes que não souberam valorizar
suas qualidades. Por exemplo, um profissional do tipo “empreendedor” que tem um chefe do tipo
“burocrata”.
Quando você levar este profissional para a área onde você trabalha, e permitir que ele se realize
como profissional – ou seja, valorizar suas qualidades. Você terá o melhor dos profissionais
trabalhando com você, feliz, realizado e produzindo resultados.
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Como este ☞ Produtor Administrador Empreendedor Integrador
Percebe este☟
Produtor Todos Não vai Útil Tenta direcionar o
deveriam ser funcionar assim produtor para
assim a longo prazo vantagem da equipe
Administrador Que Queria que todos Burocrata Quer que o
procurador de fossem assim administrador seja
defeitos bom para outros a
respeito das regras
Empreendedor Louco, Esse cara é Acha o outro Sempre esperando
preguiçoso ou extravagante empreendedor que ele não esteja
rema contra arrogante e criando tumulto
corrente teimoso
Integrador Não Desconfiado, Bom sujeito Desconfiado do
acrescenta sente-se poder político
nenhum valor enfraquecido
De acordo com a visão de Adizes, se quisermos criar uma organização, podemos utilizar os
pontos positivos de cada um dos tipos estudados:
1) Para saber quem são os meus clientes? Para quem existo? Pergunte ao um Integrador.
2) Para saber quais as necessidades dos clientes? Pergunte ao um Empreendedor.
3) Para saber qual deve ser a organização? Pergunte ao um Produtor de Resultados.
4) Para saber como irá satisfazer as necessidades? Pergunte ao um Administrador.
5) Para saber o que precisa ser feito? Pergunte ao um Produtor de Resultados.
6) Para saber como deve ser feito? Pergunte a um Administrador.
7) Para saber quem irá fazer? Pergunte ao um Integrador.
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2. GERENCIAMENTO DO SIGNIFICADO: habilidade de comunicar a visão de forma a
torná-la significativa para os colaboradores.
3. GERENCIAMENTO DA CONFIANÇA: habilidade de construir confiança entre os
colaboradores por meio de coerência com a visão.
4. GERENCIAMENTO DO EU: habilidade de conhecer-se e conhecer aos colaboradores
em profundidade visando a desenvolver e utilizar as habilidades de cada um de forma mais
contributória à realização da visão.
Ainda segundo a AMANA (1989), as quatro competências que definem a liderança eficaz, por
seu lado, manifestam-se em quatro outras dimensões criticas:
1. Significância: as pessoas dirigidas por um líder eficaz sentem-se significativas. Quando
um líder competente está à testa da organização, cada colaborador sente que faz diferença
para o sucesso do empreendimento. Não importa se o efeito é muito ou pouco: as pessoas
sentem que seu trabalho tem significância e relevância para a empresa.
2. Aprendizagem e competência: quando há liderança eficaz, as pessoas sabem que aprender
e ser efetivamente competente são características importantes. Os líderes valorizam a
constante aprendizagem e domínio de competências, e transmitem esse valor a todas as
pessoas da organização. Líderes tornam claro que fracassos não existem e que erros
representam feedbacks úteis e oportunidades de aprendizagem.
3. Espírito de equipe: as pessoas sentem que são parte de uma a comunidade. Onde há
liderança há uma equipe, uma família, uma unidade. Mesmo que as pessoas não gostem
umas da outras, sentem um senso de comunidade e querem ser parte dela.
4. Estímulo e energia: as pessoas veem seu trabalho como algo bastante estimulante. Onde
há líderes, trabalho é desafiador, fascinante e divertido. Um ingrediente essencial à
liderança é que quando ela é eficaz as pessoas são “puxada”, e não “empurradas” em
direção a um objetivo. Um estilo de influência do tipo “puxar” baseia-se no engajamento
das pessoas em uma visão excitante do futuro.
[Franklin Roosevelt]
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Existem muitas outras metodologias que podem ser utilizadas por aqueles que estão buscando
caminhos para compreender melhor as pessoas e os profissionais nas organizações, muitas delas
podem ser obtidas em cursos de psicologia, andragogia, em cursos gerenciais e nas mais diversas
formas e concepção.
O que buscamos neste estudo foi permitir que cada um inicie um processo de aprendizado na
liderança de seres humanos.
?????
Uma forma bem simples, e nada científica, de iniciar nosso conhecimento das pessoas é através
do uso de suas datas de nascimento, para conhecer seus signos.
O ideal é utilizarmos métodos mais técnicos para conhecer as pessoas, como os sugeridos em
aula.
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2.5. OS TRÊS ESTILOS DE LIDERANÇA
De acordo com Frame (1996), o estilo de gerenciamento é relacionado com a maneira pela qual o
gerente interage com seu grupo de colaboradores. Três estilos são identificados:
1. Gerentes autocráticos
2. Gerentes Laissez-faire
3. Gerentes democráticos
1. Gerentes autocráticos: as decisões são tomadas pelo próprio gerente, eles não estão muito
interessados em informações externa a si mesmo, centralizando a tomada de decisões. É
importante frisar que o estilo gerencial não tem relação direta com o comportamento do
indivíduo, podendo um gerente autocrático ser alegre e extrovertido. Este estilo pode ser
apropriado para projetos de baixo-risco, nos quais os colaboradores simplesmente executam as
ordens estabelecidas.
Para Martins (2009) o estilo Autocrático baseia-se na força direta ou alguma forma de coação
para controle dos liderados. Características do Autocrático:
Poder absoluto.
Diretivo.
Interesse acentuado pela tarefa.
Informa aos subordinados o que deve ser feito e como fazer.
Estabelece todos os programas.
Decisões imediatas e atitudes de curto prazo.
Cria dependência dos subordinados para com o líder.
Só ele conhece inteiramente a sequência de passos futuros nas atividades do grupo.
Eficácia a curto prazo por falta de envolvimento do grupo e temor de testar as próprias
ideias.
Mantém controle sobre o grupo e corta qualquer iniciativa dos subordinados.
Para Martins (2009) o estilo permissivo (Laissez-faire), onde cada um faz o que quer, tem as
seguintes características:
Ausência de Liderança.
Permite que os membros do grupo façam o que desejam fazer.
Não estabelece programas ou processos.
Cada pessoa é deixada sozinha: ninguém tenta influenciar ninguém.
Deixa o grupo trabalhar com inteira liberdade. Não direciona, guia ou controla o que está
sendo feito.
Mantém-se totalmente ausente aos interesses do grupo.
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Não atende às necessidades do grupo, e se o fizer não haverá conteúdo significativo para
o trabalho do grupo.
Na vida do grupo, esta forma de trabalho ou liderança totalmente incontrolada conduz
frequentemente a experiências insatisfatórias.
Para Martins (2009) o estilo democrático baseia-se na capacidade de representar o grupo através
de uma opção livre, em que o líder confira o direito de escolher e possibilidade de alcançar os
anseios do grupo, e é o resultado do consenso ou eleição dos membros do grupo. Características
do Democrático:
Poder descentralizado.
Não Diretivo.
Interesse acentuado pelas relações humanas.
Tem poder, mas difere do AUTORITÁRIO na maneira de exercê-lo.
Compartilha suas responsabilidades de liderança com os subordinados, ao fazer com que
participem do planejamento e execução da tarefa.
É aberto a críticas.
Os programas são discutidos pelo grupo e este pode chegar a decisões.
Procura estimular e reforçar as relações interpessoais em todo o grupo, de modo a torná-
lo mais forte, sem tensões ou conflitos.
Procura impedir o desenvolvimento de uma escritura hierárquica no grupo, em que
predominam privilégios e diferença de status.
Segundo Martins (2009) o melhor estilo é o situacional, que é aquele estilo que surge nas
oportunidades históricas, de situações atípicas ou comportando da maneira que cada
oportunidade exigir. Ele é “Autoritário” quando a situação, o momento, pedir uma atitude desse
tipo para o progresso do grupo. O gestor é “democrático”, deixando o grupo trabalhar mais
“livremente”, quando percebe que o grupo está necessitando desse momento para realizar o
trabalho.
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Compartilha a opiniões com o grupo, quando sente que o mesmo está necessitando discutir,
propondo uma nova direção ao trabalho. Procura estimular o grupo a realizar o trabalho, quando
sente que o mesmo não está motivado a fazê-lo.
No estilo situacional o gestor procura agir de acordo com o momento em que o grupo estiver
vivendo. Ele irá considerar a maturidade de cada subordinado, antes de delegar cada atividade.
Diagnosticar as diversas situações com que se defronta diariamente uma organização e,
consequentemente os estilos de liderança adequados para lidar com cada uma delas.
O líder situacional considera a liderança como um processo que varia de acordo com a
SITUAÇÃO, com os LIDERADOS e de acordo com suas próprias características, como ser
humano.
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Bibliografia:
ADIZES, Ichak. Os Ciclos de Vida das Organizações como e por que as Empresas crescem e
morrem e o que fazer a respeito. Biblioteca Pioneira de Administração e Negócios – 2a Edição.
São Paulo, 1993.
BACKER, A. Joel. Pioneiro dos Paradigmas. Paradigm Mastery Series, ChartHouse, Siamar,
ref. 27070R, São Paulo, SP. Vídeo.
BHIDÉ, Amar. Origem e Evolução do Empreendedor. HSM Management, ano 5, número 25,
março- abril 2001.
FRAME, J. D. Managing projects in organizations: how to make the best use of time,
techniques and people. San Francisco: Jossey-Bass, 1996.
FREIRE, Alexandre. O que é mais importante? Planejar ou executar? Instituto MVC | Portal
HSM On-line - 21/08/2007.
LALANE B. L’Essentiel du Management. Executive Digest, edição número 48, outubro 1998.
KUHN, Thomas S., A Estrutura das Revoluções Científicas. São Paulo: Perspectiva, 1989.
LOMBARDIA, Pilar García. STEIN, Guido. PIN, José Ramón. Quem é a geração Y. HSM
Management 70 setembro-outubro 2008.
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MASLOW, A. H. Maslow no Gerenciamento. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2000.
Steven ten Have ... [et al.]. Modelos de Gestão: o que são e quando devem ser usados.
Tradução: Brasil Ramos Fernandes. São Paulo: Prentice Hall, 2003.
Filmes sugeridos:
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