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Teste A2

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

GRUPO DISCIPLINAR DE HISTÓRIA


10.º ANO
4.º TESTE DE AVALIAÇÃO SUMATIVO
ESCOLA SECUNDÁRIA DE SÃO JOÃO DO
DISCIPLINA: História B
ESTORIL Duração: 90 mn +
10 mn de tolerância
ANO LETIVO 2017/2018 Professor: Jorge Penim de Freitas

 Identifique claramente os grupos e os itens a que responde.


 Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta azul ou preta.
 É interdito o uso de «esferográfica-lápis» e de corretor.
 As cotações da prova encontram-se na página 6.
 Nos itens de resposta aberta com cotação igual ou superior a 20 pontos, cerca de
10% da cotação é atribuída à comunicação em língua portuguesa.

Grupo I – As revoluções liberais e a rutura com o Antigo Regime

Documento 1 – Funcionamento do Governo Federal dos EUA (Constituição de 1787)

1. Com base no documento 1, apresente dois aspetos da organização política dos EUA que
comprovam a aplicação dos princípios iluministas.

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2. A Revolução Francesa. Associe cada um dos elementos da coluna A às frases
correspondentes que constam na coluna B. Escreva, na folha de respostas, apenas as letras e
os números correspondentes. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.

COLUNA A COLUNA B

(A) Consulado (1) Forma de governo hereditário iniciado por Napoleão Bonaparte em
1804, destinado a preservar as conquistas da Revolução Francesa e a
(B) Constituição de 1791 estabilizar o regime.

(C) Convenção (2) Carta Constitucional redigida por Napoleão Bonaparte.

(D) Império (3) Estabeleceu o regresso à monarquia absoluta.

(E) Declaração dos Direitos do (4) Nome dado ao poder executivo liderado por Napoleão Bonaparte,
Homem e do Cidadão iniciado após o golpe de 18 de Brumário (9 de Novembro de 1799).

(5) A sua proclamação destruiu a sociedade de ordens do Antigo Regime


e estabeleceu os princípios da liberdade individual e da igualdade.

(6) Governo composto por 5 diretores.

(7) Estabeleceu uma república popular, onde se destacou Robespierre e


ficou caracterizada pelo período do Grande Terror.

(8) Restabeleceu os privilégios do clero e da nobreza.

(9) Estabeleceu a monarquia constitucional.

3. As vagas revolucionárias liberais e os nacionalismos. Associe cada um dos nomes da


coluna A aos termos correspondentes que constam na coluna B. Escreva, na folha de
respostas, apenas as letras e os números correspondentes. Utilize cada letra e cada número
apenas uma vez.

COLUNA A COLUNA B

(A) Garibaldi (1) Independência do Brasil.

(B) Bismark (2) Independência da Grécia.

(C) Bolívar (3) Unificação da Alemanha.

(4) Independência da Grande Colômbia.

(5) Unificação da Itália.

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Documento 2
Lastimavam-se todos da continuação da ausência de Sua Majestade e da real família, o
que não podia deixar de reduzir este reino ao estado de colónia: eram palpáveis os efeitos do
tratado de comércio feito pelo Conde de Linhares [Tratado de 1810 com a Inglaterra] e da livre
entrada das nações estrangeiras nos portos do Brasil […]; não se punha em prática arbítrio
algum dos que então se mandaram propor para alívio destes males. […] Entretanto saíram
daqui para o Brasil as nossas tropas e o nosso dinheiro, e duas partes dos rendimentos
públicos, que não tinham proporção com os recursos da Nação, e que estava governada por
um chefe estrangeiro, que, pela autoridade quase ilimitada da sua Repartição, aspirava, talvez,
a ser a única em Portugal, depois da do soberano.

(Francisco Manuel Trigoso de Aragão Morato, Memórias)

4. A partir da informação contida no documento 2, exponha três consequências das invasões


francesas a Portugal.

5. Na sequência da Revolução de 1820, a Constituição de 1822 representa uma tendência do


liberalismo português que consagra:

(A) a soberania da Nação, a limitação das prerrogativas do rei e a abolição dos


privilégios nobiliárquicos.
(B) o sufrágio indireto, o poder moderador do rei e a criação de Cortes compostas por
duas câmaras.
(C) a origem divina do poder, o papel absoluto do rei e o estatuto privilegiado da
nobreza e do clero.
(D) a forma republicana de regime, a municipalização do país e a separação entre a
Igreja e o Estado.

Documento 3 – Discurso de D. Pedro I, Imperador do Brasil, na abertura da Assembleia


Geral, Constituinte e Legislativa (3 de maio de 1823)
O Brasil, que por mais de trezentos anos sofreu o indigno nome de colónia e todos os
males provenientes do sistema destruidor então adotado, logo que o Senhor D. João VI, rei de
Portugal, meu Augusto Pai, o elevou à categoria de reino pelo decreto de 1815, exultou de
prazer. Portugal bramiu de raiva, tremeu de medo. […]
Assim que em Portugal se proclamou a liberdade, o Brasil gritou Constituição
Portuguesa, assentando que, por esta prova de confiança que dava aos seus pseudo irmãos,
seria por eles ajudado […], não esperando nunca ser enganado. [Mas] os brasileiros que
verdadeiramente amavam o seu país jamais tiveram a intenção de se sujeitarem a uma
Constituição em que todos não tivessem parte […]. A liberdade que Portugal apetecia dar ao
Brasil convertia-se para nós em escravidão e faria a nossa ruína total, se continuássemos a
executar as suas ordens, o que aconteceria se não fossem os heroicos esforços de tantos
representantes do povo brasileiro […] implorando-me que ficasse. Parece-me que o Brasil seria
desgraçado, se eu os não atendesse, como atendi […].
Mal tinha acabado de proferir estas palavras: «Como é para o bem de todos e
felicidade geral da Nação, diga ao povo que fico», […] comecei imediatamente a preparar-nos
para sofrer os ataques dos nossos inimigos […], que estão uns entre nós, outros nas
democráticas Cortes portuguesas […].
Não me tenho poupado a trabalho algum, contanto que dele provenha a felicidade
para a Nação. […] Quando em S. Paulo surgiu […] um partido de portugueses e de brasileiros
degenerados, totalmente afeitos a Portugal, parti imediatamente para a província. Entrei sem

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receio porque conheço que todo o povo me ama […] a ponto que a nossa independência ali foi
primeiro declarada, no sempre memorável sítio do Ipiranga. […]
Vemos hoje a Nação representada por tão dignos deputados, […] Está junta a
Assembleia para constituir a Nação. […]
Como imperador constitucional, […] disse ao povo que com a minha espada defenderia
a Pátria, a Nação e a Constituição. Ratifico hoje esta promessa e espero que me ajudeis a
desempenhá-la, fazendo uma Constituição sábia, justa, adequada e executável, ditada pela
Razão […], para dar uma justa liberdade aos povos e toda a força necessária ao poder
executivo. Uma Constituição em que os três poderes sejam bem divididos […].

6. Explique, a partir do documento 3, três fatores que conduziram à independência do Brasil.

Documento 4 – Manifesto aos Portugueses, da Junta Provisional do Supremo Governo do


Reino (24 de agosto de 1820)
Tenhamos pois essa Constituição e tornaremos a ser venturosos. […] Portugueses! […]
A mudança que fazemos não ataca as partes estáveis da monarquia. A religião santa dos
nossos pais ganhará mais brilhante esplendor e a melhoria dos costumes, fruto também de
uma iluminada instrução pública, até hoje por desgraça abandonada, fará a nossa felicidade e
a das idades futuras.
As leis do Reino, observadas religiosamente, segurarão a propriedade individual e a
Nação sustentará cada um no pacífico gozo dos direitos porque ela não quer destruir, quer
conservar.

Documento 5 – Carta Constitucional de 1826


Título III
Dos poderes e representação nacional
Art.º 11.º - Os poderes políticos reconhecidos pela Constituição do Reino de Portugal são
quatro: o poder legislativo, o poder moderador, o poder executivo e o poder judicial. […]
Título V
Art.º 71.º - O Poder Moderador é a chave de toda a organização política e compete
privativamente ao rei, como chefe supremo da Nação, para que incessantemente vele sobra a
manutenção da independência, equilíbrio e harmonia dos mais poderes políticos. […]
Art.º 74.º - O rei exerce o Poder Moderador.

Documento 6 – Proclamação das Cortes absolutistas (11 de julho de 1828)


Os três estados do reino, achando que leis claríssimas e terminantes excluíram da
Coroa portuguesa, antes do dia 10 de março de 1826*, o senhor D. Pedro e os seus
descendentes, chamaram, na pessoa do senhor D. Miguel, a segunda linha […]. Reconhecem e
declaram que a el-rei nosso senhor, o senhor D. Miguel, primeiro do nome, pertenceu a dita
coroa portuguesa desde o dia 10 de março de 1826; e que, portanto, se deve reportar e
declarar nulo o que o senhor D. Pedro, na qualidade de rei de Portugal, que não lhe competia,
praticou e decretou, e nomeadamente a chamada Carta Constitucional da monarquia
portuguesa, datada de 29 de abril do dito ano de 1826. […] Escrito em Lisboa, aos 11 do mês
de julho de 1828 anos […].

*Data da morte de D. João VI.

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Documento 7 – Desembarque do exército liberal na praia do Pampelido, a norte do Porto,
em 8 de julho de 1832

7. Desenvolva, a partir dos documentos de 4 a 7, o seguinte tema:

A implantação do Liberalismo em Portugal.

A sua resposta deve abordar, pela ordem que entender, dois aspetos de cada um dos
seguintes tópicos:
 Da Revolução de 1820 à Constituição de 1822.
 A resistência absolutista ao Liberalismo.
 A Guerra Civil.

Documento 8
Fazer o maior bem do maior número, aumentar os meios de trabalho, diminuir os
ociosos, fazer povoar o Reino, plantar árvores, cultivar campos, e sobretudo fazer justiça, são
os meios que V. M. I. 1 emprega, e que o Povo de Portugal não pode deixar de bendizer.
[…] Proponho a V. M. I. um Decreto de uma transcendência superior, enquanto às
terras dos Forais, ao de trinta de julho deste ano, que extinguiu os Dízimos.
[…] Porto, treze de agosto de mil oitocentos e trinta e dois

1
Vossa Majestade Imperial, D. Pedro.

(O Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Fazenda José Xavier Mouzinho da Silveira)

8. Exponha duas medidas tomadas por Mouzinho da Silveira, que contribuíram para acabar
com as estruturas de Antigo Regime em Portugal.

9. Ordene cronologicamente os seguintes acontecimentos:

A – Revolta da Patuleia.
B – Revolução setembrista.
C – Reforma do ensino de Passos Manuel.
D – Revolta da Maria da Fonte.
E – Restauração da Carta Constitucional por Costa Cabral.

5
Grupo II – O legado do Liberalismo na primeira metade do século XIX
Documento 9
Que o soberano e a Nação nunca percam de vista que a terra é a única fonte de
riquezas e que é o agricultor quem as multiplica […]. Que a propriedade dos bens fundiários e
das riquezas mobiliárias seja assegurada aos possuidores legítimos […].
Que uma Nação que tem um grande território a cultivar e a facilidade de exercer um
grande comércio dos géneros agrícolas não alargue demasiadamente o emprego do dinheiro e
dos homens às manufaturas e ao comércio de luxo, em prejuízo dos trabalhos e das despesas
da agricultura […]. Que cada um seja livre de cultivar no seu campo as produções que o seu
interesse, as suas faculdades e a natureza do terreno lhe sugiram para obter a maior produção
possível […].
Que se mantenha a inteira liberdade de comércio, pois o comércio interno e externo,
mais seguro, mais exato e mais proveitoso para a Nação e para o Estado, deve estar baseado
na plena liberdade de concorrência […].
(Quesnay, Máximas Gerais do Governo Económico de um Reino Agrícola, 1758)

10. O autor do documento 9 defende…

(A) o protecionismo no comércio e na agricultura.


(B) a propriedade da terra como privilégio da nobreza e do clero.
(C) o fisiocratismo e o liberalismo económico.
(D) o mercantilismo agrícola, comercial e manufatureiro.

Cotações
Questão Cotação Questão Cotação Questão Cotação
Grupo I
1. 30 5. 6 9. 6
2. 6 6. 30
3. 6 7. 50 Grupo II
4. 30 8. 30 10. 6

Total 200

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