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AMEBÍASE (ameba)

A ameba é um parasita do intestino grosso, onde ela se aloja


causando diarreia. Ela pode invadir a parede do intestino e causar
diarreia com sangue, o que já é um caso grave. Também pode ir até
o fígado, pulmão ou cérebro, causando doença nesses locais.
A Giardíase é uma infecção causada pelo protozoário Giardia lamblia, que
pode acontecer devido à ingestão dos cistos desse parasita presentes em
água, alimentos ou objetos contaminados.
A infecção por Giardia lamblia é mais comum de acontecer em
crianças e pode ser percebida devido ao aparecimento de alguns
sintomas como diarreia, náuseas, fezes amareladas, dor e
distensão abdominal, sendo importante consultar o médico para que
possa ser iniciado o tratamento.
Para tratar a giardíase, o médico poderá indicar medicamentos que
combatem o parasita, como Metronidazol, Secnidazol ou Tinidazol,
sendo também recomendado o repouso e o consumo de líquidos
para minimizar a desidratação provocada pela diarreia.

Um organismo é unicelular quando ele é formado por apenas uma


célula. ... Já os organismos pluricelulares são assim como nós, ou
seja, têm um montão de células. São assim também a maioria dos
seres vivos, como os animaizinhos de estimação, os que estão no
zoológico, os vermes, os cogumelos e até mesmo as plantas
A transformação bacteriana ocorre pela absorção de fragmentos
de DNA presentes no ambiente, originados de outras bactérias
mortas e decompostas. Essa molécula ou fragmento será
incorporado ao DNA da bactéria através da permuta de bases
entre o DNA original e o fragmento absorvido.
A sepse é um conjunto de manifestações graves em todo o
organismo produzidas por uma infecção. A sepse era conhecida
antigamente como septicemia ou infecção no sangue. Hoje é
mais conhecida como infecção generalizada.
Bactérias Gram-positivas são aquelas cujas paredes celulares
não perdem a cor azul-arroxeada quando submetidas a um
processo de descoloração depois de terem sido coloridas pela
violeta de genciana. As que assumem um tom róseo-
avermelhado quando submetidas ao mesmo processo são
ditas Gram-negativas
Na fase esporulada, as bactérias não realizam atividade
biossintética e reduzem sua atividade respiratória. ... Nesta fase
também não ocorre a multiplicação e crescimento bacteriano.
As bactérias podem permanecer vivas na forma de esporos
durante anos, se mantidos a temperaturas usuais e em estado
seco.
As doenças causadas por bactérias mais comuns são:
 Botulismo;
 Cólera;
 Sífilis;
 Desinteria;
 Febre maculosa;
 Pneumonia bacteriana;
 Gonorreia;
 Hanseníase;
 Leptospirose;
 Tuberculose;
 Tétano.
Doenças virais
Os vírus são responsáveis por problemas complexos e, ao
contrário das bactérias, muitas doenças virais não têm cura!
Conheça as principais viroses:
 AIDS;
 Herpes;
 Resfriado Comum;
 Gripe;
 Novo Coronavírus;
 Febre amarela;
 Hepatite;
 Dengue;
 Caxumba;
 Catapora;
 Raiva;
 Varíola;
 Rubéola;
 Sarampo;
 Poliomielite;
 Mononucleose Infecciosa.
É possível contrair essas patologias de diversas formas, com a
má higiene, relações sexuais desprotegidas, picadas de insetos,
etc. 
Como o nome aparentemente desconhecido, a Tinha é também
uma das doenças causadas por fungos. Chamada
cientificamente de dermatofitose, pode afetar diversas partes do
corpo como: pele, cabelos e unhas.
1. Pano branco. ...
2. Tinha. ...
3. Candidíase. ...
4. Esporotricose. ...
5. Aspergilose. ...
6. Paracoccidioidomicose. ...
7. Histoplasmose.
,
Um parasitologista é um cientista que estuda os parasitas e a
relação entre os parasitas e seus hospedeiros. Embora os
parasitas possam ser encontrados em qualquer forma de vida
animal ou vegetal, a parasitologia é geralmente confinada
ao estudo de parasitas protozoários e metazoários.
 Bactérias parasitas. ...
 Vírus parasitas. ...
 Protozoários parasitas. ...
 Vermes Parasitas. ...
 Fungos Parasitas. ...
 Plantas parasitas. ...
 Artrópodes parasitas: ...
 Cuco - uma ave parasita

 Amebíase (conhecida como ameba) ...


 Ascaridíase (conhecida por lombriga) ...
 Ancilostomíase (conhecida por amarelão) ...
 Teníase (conhecida como tênia)
 Existem três classes principais de parasitas que podem
causar doenças em humanos:
 Giardíase. É uma infecção no intestino delgado, causado
pela Giardia lamblia. ...
 Tricomoníase. ...
 Toxoplasmose. ...
 Doença de Chagas. ...
 Malária. ...
 Teníase e Cisticercose. ...
 Esquistossomose.
Os protozoários fazem parte do Reino Protista, assim
como as algas. Esses microorganismos são unicelulares
(de uma só célula), eucariontes (com um núcleo) e,
geralmente, são heterotróficos (sem capacidade de
produzir seu próprio alimento, portanto, se alimentam de
outros seres vivos)
Contágio direto: pode ocorrer por meio da inalação do
agente transmissor, presente no solo, alimentos, fezes e
contato com gatos, pombos e roedores. Transfusão de
sangue e transplante de pacientes contaminados podem
transmitir a doença.
Leishmaniose é um tipo de doença infecciosa causada por
um protozoário do gênero leishmania, considerado um
parasita. Sua transmissão se dá por meio da picada do
mosquito-palha e essa condição é considerada
majoritariamente tropical, sendo mais comum em países
de clima quente e úmido, como certas regiões do Brasil.
A doença de Chagas (ou Tripanossomíase americana) é a
infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi.
Apresenta uma fase aguda (doença de Chagas aguda –
DCA) que pode ser sintomática ou não, e uma fase
crônica, que pode se manifestar nas formas indeterminada,
cardíaca, digestiva ou cardiodigestiva.
Helmintos são grupos de parasitas que normalmente, mas nem
sempre, residem no intestino do hospedeiro. Alguns exemplos
são: Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura, Ancylostoma
duodenale e Taenia solium
 Ascaridíase. É causada pelo nematóide Ascaris
lumbricoides, popularmente conhecido por lombriga, e que tem
como habitat o intestino delgado. ...
 Tricuríase. ...
 Ancilostomíase. ...
 Estrongiloidíase. ...
 Enterobíase ou Oxiuríase. ...
 Teníase e Cisticercose. ...
 Himenolepíase. ...
 Esquistossomíase.
Nematelmintos ou nematódeos (filo Nematoda) são
vermes cilíndricos, não segmentados, que incluem várias formas
de parasitas, como as lombrigas ou Ascaris e
os vermes ancilóstomos, causadores do amarelão e da
elefantíase.
Doenças Causadas por Nematelmintos: Enterobiose ou
Oxiuríase: Parasita - Enterobius vermiculares Sintomas - Prurido
anal Transmissão - alimentos contaminados e auto infestação.
Os Platelmintos pertencem ao grupo dos animais invertebrados,
conhecidos como Filo dos Platelmintos ou Filo Platyhelminthes.
Possuem a simetria bilateral, de corpo achatado e formato
corporal dorsoventral, são ainda, triblásticos e acelomados.
Teníase – a teníase é adquirida pelo homem quando ele ingere
carne o cisticerco (larva) e este evolui para a forma adulta no
intestino delgado. O verme adulto se fixa e começa a expelir os
ovos e proglótides, que são excretados nas fezes humanas e
podem contaminar o solo, a água e os alimentos.
Carne vermelha e carne de porco...
A Taenia saginata é trasmitida pela ingestão da carne do boi, e
Taenia solium pela carne de porco. COMO É TRANSMITIDA?
Através da ingestão de carne mal passada ou crua de suínos ou
bovinos que contenham os cisticercos (conhecido vulgarmente
como canjica ou pipoca).
Infecção por tênia que afeta o cérebro, os músculos e outros
tecidos.
A cisticercose é transmitida pelo contato com fezes humanas
infectadas com tênia. Alimentos contaminados, água e mãos
sujas são fontes de infecção.
A cisticercose pode causar nódulos sob a pele. Quando se
espalha para o cérebro ou para a medula espinhal, podem
ocorrer dores de cabeça e convulsões.
A tênia pode sair do corpo por conta própria. Medicamentos são
necessários em alguns casos. O acesso a melhores condições
de saneamento é fundamental para a prevenção.
O que é esquistossomose?
A esquistossomose é uma doença causada por vários parasitas.
O Schistosoma mansoni é um deles e, por isso, ela pode ser
chamada também de esquistossomose mansônica.
A esquistossomose trata-se, basicamente, de vermes que
entram no organismo e acabam por viver nos intestinos
(esquistossomose intestinal) e nas vias urinárias
(esquistossomose urogenital), onde se aproveitam dos
benefícios do corpo humano.
Outros parasitas do tipo Schistosoma também são capazes de
causar diferentes variedades da doença.
Essa condição pode ser chamada também de barriga d’água e
de febre do caramujo, já que o agente causador da
esquistossomose, o parasita do tipo Schistosoma, se aproveita
também de um tipo de caramujo de água doce, que serve de
hospedeiro intermediário para suas larvas, permitindo que o
parasita se multiplique antes de contaminar águas e ir parar
dentro do organismo do homem.
Se a esquistossomose não for tratada, o paciente pode acabar
desenvolvendo certas doenças e condições crônicas, como a
cirrose. Essa é uma condição que tem o potencial de levar o
paciente a óbito. De modo geral, a esquistossomose é dividida
em fase aguda e fase crônica.
Quais são os sintomas de esquistossomose?
A esquistossomose é geralmente assintomática, nos dois
primeiros meses de infecção. Depois, ela passa a se dividir em
duas fases.
A fase aguda da esquistossomose apresenta sintomas que
podem incluir:
– Coceiras e alergias na pele;
– Febre;
– Dor no corpo;
– Calafrios;
– Falta de apetite;
– Fadiga e prostração;
– Emagrecimento;
– Tosse;
– Diarreias e
– Náuseas e vômitos.
 
Na fase crônica, o paciente que possui esquistossomose pode
apresentar diarreia e prisão de ventre de forma alternada.
Conforme a esquistossomose crônica evolui, sintomas mais
perigosos podem surgir, como:
– Aumento do fígado e do baço;
– Cirrose;
– Tonturas;
– Coceira constante no ânus;
– Impotência sexual;
– Emagrecimento;
– Hipertensão pulmonar;
– Hemorragias e
– Abdômen distendido e inchaço, que são considerados a
principal característica da barriga d’água.
 
Como é a transmissão da esquistossomose?
A transmissão dessa doença é feita a partir do ciclo da
esquistossomose.
Nela, um indivíduo que já possui a doença elimina alguns ovos
do parasita em suas fezes e em sua urina. Se essas fezes e
urina forem parar em um ambiente com água poluída e não-
tratada, os ovos presentes nela podem eclodir em larvas e se
transportarem até alguns caramujos de água doce.
É dentro do caramujo de água doce que as larvas maturam e se
multiplicam, sendo eliminadas novamente nessa mesma água
poluída, podendo sobreviver por até 48 horas ali.
Se algum ser humano ingerir essa água, andar descalço nela,
lavar suas roupas, preparar seus alimentos ou nadar nela, as
larvas podem se aproveitar de pequenas fissuras em sua pele
para infectá-lo, se abrigando em seus intestinos e trato urinário e
reiniciando o ciclo da esquistossomose.
 
Como é a prevenção da esquistossomose?
Não existe vacina para a esquistossomose, sendo que a
principal forma de prevenção da esquistossomose é por meio da
boa manutenção do saneamento básico, evitando-se ao máximo
o contato com águas poluídas e que apresentam a presença de
caramujos.
 
Como é o tratamento da esquistossomose?
O tratamento da esquistossomose é feito por meio de
medicamentos e drogas que combatam a proliferação da droga,
impedindo que o verme se alimente dos insumos oferecidos pelo
corpo e fazendo com que o número de parasitas diminua
progressivamente, até acabar de vez.
Casos mais graves de esquistossomose crônica podem
necessitar de cirurgia e de internação hospitalar.

A oxiurose, também conhecida como enterobiose, enterobíase,


oxiuríase, é uma verminose que atinge o mundo todo e é
causada pelo nematódeo Enterobius vermiculares, a partir da
eliminação dos ovos pela fêmea. Esses vermes podem ser
chamados de oxiúros.
Tendo como origem o continente africano, acredita-se que sua
dispersão ocorreu a partir das migrações de pessoas entre os
continentes
A transmissão da oxiurose normalmente acontece por falta de
medidas e ações de higiene, sendo muito comum em crianças.
Existem três formas diferentes de transmissão da doença.
 Transmissão de forma direta: quando a pessoa leva o
parasita do ânus até a boca, ou seja, quando surge coceira na
região anal e a pessoa leva a mão ao local e depois não não
lava as mãos adequadamente.
 Transmissão de forma indireta: é quando a água ou
alimento ingerido estão infectados, ou ainda quando uma
pessoa que está com os ovos do verme na mão cumprimenta
outra pessoa. Além disso, em locais em que o saneamento
básico é precário ou que existe pouca higiene, os ovos podem
ser encontrados nas roupas, aumentando também esta forma
de transmissão.
 Transmissão por retro-infestação: é quando as larvas
eclodem da região anal e migram para o ceco, contribuindo
assim para que o ciclo reinicie no organismo da pessoa.
Ciclo biológico do agente transmissor da oxiurose
Enterobius vermiculares
O Enterobius vermicularis apresenta um ciclo biológico que tem
início na ingestão do ovo pela pessoa. Ao ser ingerido, ele
segue até o intestino delgado.
Quando alocados no órgão, as larvas eclodem e seguem para o
ceco, local utilizado para reprodução. As larvas podem ter de 2 a
13 milímetros de comprimento quando adultas, sendo que o
macho é sempre maior que a fêmea.
Após a reprodução das larvas, o macho é eliminado nas fezes.
Já as fêmeas migram para a região perianal e morrem logo após
colocarem os ovos.
Todo o ciclo do oxiúros dura aproximadamente 40 dias.
Veja também: Intestino Grosso
Sintomas da oxiurose

Ciclo noturno do Enterobius vermicularis


A oxiurose pode causar diferentes sintomas que variam de
acordo com a intensidade da doença.
Por atingir a região intestinal, tem-se como sintoma mais comum
a coceira anal, especialmente no período noturno, pois é quando
os vermes se movimentam entre o intestino e a região genital.
Outros sintomas também são comuns, como:
 Dor na barriga;
 Vômito;
 Diarreia;
 Enjoo;
 Cólica intestinal;
 Sangue nas fezes.
No caso das mulheres, é possível o surgimento de vaginites
devido a proximidade da vagina com o ânus.
Diagnóstico e tratamento da oxiurose
O diagnóstico da oxiurose é feito a partir de exame laboratorial e
tem como objetivo detectar a presença do verme e de possíveis
ovos da fêmea.
É feita uma coleta de material no ânus, o qual é realizado o
método conhecido como fita gomada que consiste na colagem
de uma fita celofane adesiva especial.
O tratamento deve ser feito com ingestão oral de vermífugos
prescritos por orientação médica, bem como higienização do
ambiente e cuidados pessoais. Além disso, em alguns casos
pode ser indicado o uso de pomadas para potencializar a reação
do remédio no organismo.
A medicação pode variar de acordo com o caso, podendo ser
indicado uma dose única ou por um período pré-definido. Além
disso, também pode ser necessário repetir o tratamento após
duas semanas da descoberta da doença.
Veja também: Verminoses
Prevenção da oxiurose
As ações para prevenir a oxiurose estão relacionadas à higiene,
destacando as seguintes precauções:
 Ter hábitos de higiene;
 Manter as unhas das crianças cortadas;
 Lavar as mãos antes de preparar alimentos e após usar o
vaso sanitário;
 No caso de pessoas infectadas, ferver suas roupas.
A febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de
gravidade variável. Ela pode variar desde as formas clínicas
leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de
letalidade. A febre maculosa é causada por uma bactéria do
gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato.
A febre amarela é uma doença viral aguda, imunoprevenível,
transmitida ao homem e a primatas não humanos (macacos),
por meio da picada de mosquitos infectados. Possui dois ciclos
de transmissão: silvestre (quando há transmissão em área rural
ou de floresta) e urbano.2
Possui dois ciclos de transmissão: o silvestre (que ocorre entre
primatas não humanos, onde o vírus é transmitido por mosquitos
silvestres) e o urbano (erradicado no Brasil desde 1942).
 1) Dengue. É a doença mais comum em áreas tropicais. ...
 2) Malária. Existem mais de 150 mil casos de Malária no
Brasil. ...
 3) Febre Amarela. A febre amarela urbana é transmitida
por mosquitos Aedes aegypti. ...
 4) Febre de Chikungunya. ...
 5) Zika vírus.
Dengue é uma doença febril grave causada por um arbovírus.
Arbovírus são vírus transmitidos por picadas de insetos,
especialmente os mosquitos. Existem quatro tipos de vírus
de dengue (sorotipos 1, 2, 3 e 4).

O que é Esquistossomose?
A esquistossomose é uma doença parasitária causada
pelo Schistosoma mansoni.  Inicialmente a doença é
assintomática, mas pode evoluir e causar graves problemas de
saúde crônicos, podendo haver internação ou levar à morte. No
Brasil, a esquistossomose é conhecida popularmente como
“xistose”, “barriga d’água” ou “doença dos caramujos”.
A pessoa adquire a infecção quando entra em contato com
água doce onde existam caramujos infectados pelos vermes
causadores da esquistossomose. Os vermes, uma vez dentro
do organismo da pessoa, vivem nas veias do mesentério e do
fígado. A maioria dos ovos do parasita se prende nos tecidos
do corpo humano e a reação do organismo a eles pode causar
grandes danos à saúde.
O período de incubação, ou seja, tempo que os primeiros
sintomas começam a aparecer a partir da infecção, é de duas a
seis semanas. 
IMPORTANTE: A infecção por esquistossomose é prevalente
em áreas tropicais e subtropicais, em comunidades carentes
sem acesso a água potável e sem saneamento adequado.
Milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de patologias
graves em consequência da esquistossomose.
Como a Esquistossomose é transmitida?
Para que haja transmissão é necessário um indivíduo infectado
liberando ovos de Schistosoma mansoni  por meio das fezes, a
presença de caramujos de água doce e o contato da pessoa
com essa água contaminada. Quando uma pessoa entra em
contato com essa água contaminada, as larvas penetram na
pele e ela adquire a infecção.
Alguns hábitos como nadar, tomar banho ou simplesmente
lavar roupas e objetos na água infectada favorecem a
transmissão. A esquistossomose está relacionada ao
saneamento precário.
A magnitude de sua prevalência, associada à severidade das
formas clínicas e a sua evolução, conferem a esquistossomose
uma grande relevância como problema de saúde pública.

Quais são os fatores de risco da Esquistossomose?


Qualquer pessoa, de qualquer faixa etária e sexo, pode ser
infectada com o parasita da esquistossomose, mas as
situações abaixo são grandes fatores de risco para se contrair
a infecção.
 Existência do caramujo transmissor.
 Contato com a água contaminada.
 Fazer tarefas domésticas em águas contaminadas, como
lavar roupas.
 Morar em comunidades rurais, especialmente populações
agrícolas e de pesca.
 Morar em região onde há falta de saneamento básico.
 Morar em regiões onde não há água potável.
Quais são os sintomas da esquistossomose?
A maioria dos portadores são assintomáticos. No entanto, na
fase aguda, o paciente infectado por esquistossomose pode
apresentar diversos sintomas, como:
 febre;
 dor de cabeça;
 calafrios;
 suores;
 fraqueza;
 falta de apetite;
 dor muscular;
 tosse;
 diarreia.
IMPORTANTE: Em alguns casos, o fígado e o baço podem
inflamar e aumentar de tamanho.
Na forma crônica da doença, a diarreia se torna mais
constante, alternando-se com prisão de ventre, e pode
aparecer sangue nas fezes. Além disso, o paciente pode
apresentar outros sinais, como:
 tonturas;
 sensação de plenitude gástrica;
 prurido (coceira) anal;
 palpitações;
 impotência;
 emagrecimento;
 endurecimento e aumento do fígado.
Nos casos mais graves, o estado geral do paciente piora
bastante, com emagrecimento, fraqueza acentuada e aumento
do volume do abdômen, conhecido popularmente como barriga
d’água. 

Quais são as complicações possíveis da esquistossomose?


Se não tratada adequadamente, a esquistossomose pode
evoluir e provocar algumas complicações, como, por exemplo:
 aumento do fígado;
 aumento do baço;
 hemorragia digestiva;
 hipertensão pulmonar e portal;
 morte.

Como é feito o diagnóstico da esquistossomose?


O diagnóstico da esquistossomose é feito por meio de exames
laboratoriais de fezes. É possível detectar, por meio desses
exames, os ovos do parasita causador da doença. 
O médico também pode solicitar teste de anticorpos para
verificar sinais de infecção e para formas graves
ultrassonografia.

Quem são os hospedeiros da esquistossomose?


No ciclo da esquistossomose estão envolvidos dois
hospedeiros:
 Hospedeiro definitivo: o homem é o principal hospedeiro
definitivo. Nele, o parasita desenvolve a forma adulta e
reproduz-se sexuadamente. Os ovos são eliminados por meio
das fezes no ambiente, ocasionando a contaminação das
coleções hídricas naturais (córregos, riachos, lagoas) ou
artificiais (valetas de irrigação, açudes e outros).
 Hospedeiro intermediário: o ciclo biológico do S.
mansoni depende da presença do hospedeiro intermediário
no ambiente. Os caramujos gastrópodes aquáticos,
pertencentes à família Planorbidae e gênero Biomphalaria,
são os organismos que possibilitam a reprodução assexuada
do helminto. No Brasil, as espécies Biomphalaria glabrata,
Biomphalaria straminea  e Biomphalaria tenagophila  estão
envolvidas na disseminação da esquistossomose. Há
registros da distribuição geográfica das principais espécies
em 24 estados, localizados, principalmente, nas regiões
Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.

Como ocorre a transmissão da esquistossomose?


A transmissão da esquistossomose ocorre quando o indivíduo
infectado elimina os ovos do verme por meio das fezes
humanas. Em contato com a água, os ovos eclodem e liberam
larvas que infectam os caramujos, hospedeiros intermediários
que vivem nas águas doces. Após quatro semanas, as larvas
abandonam o caramujo na forma de cercarias e ficam livres
nas águas naturais. O ser humano adquire a doença pelo
contato com essas águas.
Destaca-se que a transmissão da esquistossomose não ocorre
por meio do contato direto com o doente. Também não ocorre
“autoinfecção”.

Quais são as fases da esquistossomose?


Clinicamente, a esquistossomose pode ser classificada em fase
inicial e fase tardia.
Fase inicial
Corresponde à penetração das cercarias por meio da pele.
Nessa fase, as manifestações alérgicas predominam; são mais
intensas nos indivíduos hipersensíveis e nas reinfecções. Além
das alterações dermatológicas ocorrem também manifestações
gerais devido ao comprometimento em outros tecidos e órgãos.
As formas agudas podem ser assintomáticas ou sintomáticas.
=> Assintomática – em geral, o primeiro contato com os
hospedeiros intermediários da esquistossomose ocorre na
infância. Na maioria dos portadores a doença é assintomática,
passa despercebida e pode ser confundida com outras doenças
dessa fase. Geralmente é diagnosticada nas alterações
encontradas nos exames laboratoriais de rotina (eosinofilia e
ovos viáveis de S. mansoni nas fezes).
=> Sintomática – a dermatite cercariana corresponde à fase de
penetração das larvas (cercarias) através da pele. Caracteriza-
se por micropápulas eritematosas e pruriginosas, semelhantes
a picadas de inseto e eczema de contato, com duração de até
5 dias após a infecção. Pode ocorrer a febre de Katayama após
3 a 7 semanas de exposição. É caracterizada por alterações
gerais que compreendem: linfodenopatia, febre, cefaléia,
anorexia, dor abdominal e, com menor frequência, o paciente
pode referir diarréia, náuseas, vômitos e tosse seca. Ao exame
físico, pode ser encontrado hepatoesplenomegalia. O achado
laboratorial de eosinofilia elevada é bastante sugestivo, quando
associado aos dados epidemiológicos.

Fase tardia
=> Formas crônicas – iniciam-se a partir do sexto mês após a
infecção, podendo durar vários anos. Podem surgir os sinais de
progressão da doença para diversos órgãos, chegando a atingir
graus extremos de severidade, como hipertensão pulmonar e
portal, ascite, ruptura de varizes do esôfago. As manifestações
clínicas variam a depender da localização e intensidade da
carga parasitária, da capacidade de resposta do indivíduo ou
do tratamento instituído. Apresenta-se nas seguintes formas
clínicas:
=> Hepatointestinal – Em geral, nesta forma da doença as
pessoas não apresentam sintomas e o diagnóstico torna-se
acidental, quando o médico se depara com a presença de ovos
viáveis de S. mansoni no exame de fezes de rotina. Nas
pessoas com queixas clínicas, a sintomatologia é variável e
inespecífica: desânimo, indisposição para o trabalho, tonturas,
cefaleia e sintomas distônicos. Os sintomas digestivos podem
predominar: sensação de plenitude, flatulência, dor epigástrica
e hiporexia. Observam-se surtos diarreicos e, por vezes,
disenteriformes, intercalados com constipação intestinal
crônica. Esse quadro clínico, exceto pela presença de sangue
nas fezes, não difere do encontrado em pessoas sem
esquistossomose, mas com a presença de outras parasitoses
intestinais.
=> Hepática – a apresentação clínica dos pacientes pode ser
assintomática ou com sintomas da forma hepatointestinal. Ao
exame físico, o fígado é palpável e endurecido, à semelhança
do que acontece na forma hepatoesplênica. Na
ultrassonografia, verifica-se a presença de fibrose hepática,
moderada ou intensa.
=> Hepatoesplênica - Apresenta-se de nas formas:
compensada e descompensada ou complicada.
=> Hepatoesplênica compensada – a característica
fundamental desta forma é a presença de hipertensão portal,
levando à esplenomegalia e ao aparecimento de varizes no
esôfago. Os pacientes costumam apresentar sinais e sintomas
gerais inespecíficos, como dores abdominais  atípicas,
alterações das funções intestinais e sensação de peso ou
desconforto no hipocôndrio esquerdo, devido ao crescimento
do baço. Às vezes, o primeiro sinal de descompensação da
doença é a hemorragia digestiva com a presença de
hematêmese e/ou melena. Ao exame físico, o fígado encontra-
se aumentado. O baço aumentado mostra-se endurecido e
indolor à palpação. Esta forma predomina nos adolescentes e
adultos jovens.
=> Hepatoesplênica descompensada – considerada uma das
formas mais graves da esquistossomose mansoni, responsável
por óbitos por essa causa específica. Caracteriza-se por
diminuição acentuada do estado funcional do fígado. Essa
descompensação relaciona-se à ação de vários fatores, tais
como os surtos de hemorragia digestiva e consequente
isquemia hepática e fatores associados (hepatite viral,
alcoolismo).
Existem, ainda, outras formas clínicas: vasculopulmonar, a
hipertensão pulmonar, verificadas em estágios avançados da
doença e a glomerulopatia. Dentre as formas ectópicas, a mais
grave é a neuroesquistossomose
(mielorradiculopatiaesquistossomótica), caracterizada pela
presença de ovos e de granulomas esquistossomóticos no
sistema nervoso central. O diagnóstico é difícil, mas a suspeita
clínica e epidemiológica conduz, com segurança, ao
diagnóstico presuntivo. O diagnóstico e a terapêutica precoces
previnem a evolução para quadros incapacitantes e óbitos. A
prevalência dessa forma nas áreas endêmicas tem sido
subestimada.
=> Outras localizações – são formas que aparecem com menos
frequência. As mais importantes localizações encontram-se nos
órgãos genitais femininos, testículos, na pele, na retina, tireóide
e coração, podendo aparecer em qualquer órgão ou tecido do
corpo humano, uma vez que a esquistossomose mansoni é
considerada uma doença granulomatosa.
=> Forma pseudoneoplásica – a esquistossomose pode
provocar tumores que parecem neoplasias e, ainda,
apresentarem doença linfoproliferativa.
=> Doenças associadas que modificam o curso da
esquistossomose – salmonelose prolongada, abscesso
hepático em imunossuprimidos (AIDS), infecção pelo vírus t-
linfotrópico humano- HTLV), pessoas em uso de
imunossupressores e outras hepatopatias: virais, alcoólica
entre outras.

→ Acesse nossa página temática de Aids

Como prevenir a esquistossomose?


A prevenção da esquistossomose consiste em evitar o contato
com águas onde existam os caramujos hospedeiros
intermediários infectados. O controle da esquistossomose é
baseado no tratamento coletivo de comunidades de risco,
acesso a água potável e saneamento básico, educação em
saúde e controle de caramujos em lagos e rios.

Grupos-alvo para o tratamento são:


 Comunidades inteiras que vivem em áreas de alta
contaminação.
 Crianças em idade escolar nas áreas urbanas residentes
em áreas endêmicas.
 Pessoas com profissões que envolvem contato com a
água contaminada, tais como pescadores, agricultores,
trabalhadores de irrigação.
 Pessoas que praticam tarefas domésticas que envolvem
contato com água contaminada.
IMPORTANTE: Ainda não há vacina contra a esquistossomose.

Como é feito o tratamento da esquistossomose?


O tratamento da esquistossomose, para os casos simples, é
em dose única e supervisionado feito por meio do medicamento
Praziquantel, receitado pelo médico e distribuído gratuitamente
pelo Ministério da Saúde.  Os casos graves geralmente
requerem internação hospitalar e até mesmo tratamento
cirúrgico, conforme cada situação.

Situação epidemiológica da esquistossomose

No mundo 
A esquistossomose mansoni é uma doença de ocorrência
tropical, registrada em 54 países, principalmente na África e
Leste do Mediterrâneo, atinge as regiões do Delta do Nilo e
países como Egito e Sudão.

Nas Américas
Atinge a América do Sul, destacando-se a região do Caribe,
Venezuela e Brasil.

No Brasil
Estima-se que cerca de 1,5 milhões de pessoas vivem em
áreas sob o risco de contrair a doença. Os estados das regiões
Nordeste e Sudeste são os mais afetados sendo que a
ocorrência está diretamente ligada à presença dos moluscos
transmissores.
Atualmente, a doença é detectada em todas as regiões do país.
As áreas endêmicas e focais abrangem os Estados de Alagoas,
Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte (faixa litorânea),
Paraíba, Sergipe, Espírito Santo e Minas Gerais
(predominantemente no Norte e Nordeste do Estado).
No Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio de Janeiro, São Paulo,
Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás e no Distrito
Federal, a transmissão é focal, não atingindo grandes áreas
(Figura 1).
 Distribuição da esquistossomose, de acordo com a faixa
de positividade, por município. Brasil, 2008 – 2017
 Número de casos na área endêmica - Brasil, por Região e
Unidade Federada. 2008 a 2017
 Número de casos na área não endêmica - Brasil, por
Região e Unidade Federada. 2007 a 2017
 Número de internações por esquistossomose. Brasil, por
Região e Unidade Federada. 2000 a 2017
 Número de Óbitos por esquistossomose. Brasil, por Região
e Unidade Federada. 2000 a 2017

Viajantes e a esquistossomose
A esquistossomose é uma doença cuja transmissão ocorre em
área rural e nas periferias das cidades relacionada ao déficit no
saneamento. Nesse sentido, é importante que as pessoas que
vão fazer turismo ecológico e esportes radicais em qualquer
município, se informem nas Secretarias Municipais de Saúde,
sobre as coleções hídricas que representam risco para contrair
a doença.
Ascaridíase

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