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UNIVERSIDADE FEDERAL FULMINENSE

INSTITUTO DE ARTES E COMUNICAÇÃO SOCIAL – IACS


DEPARTAMENTO DE ARTES
CURSO DE PRODUÇÃO CULTURAL
DISCIPLINA DE ÉTICA E ESTÉTICA – 2016.1
PROFESSOR: Guilherme Vergara
ALUNO: Adonay Guerra

Resenha sobre a cartografia

Em alguns momentos, ser casual ou imprevisto faz com que percebamos certas coisas
que, antecipadamente pensados, não teríamos nos dado conta da existência ou
racionalizado. A nossa mente é programada para ter opiniões moldadas de acordo com a
situação em que estamos. Se corremos risco de vida, pensamos algo, se tudo está como
deveria e não há problemas, temos outra. Mas tudo pensado anteriormente, a fim de
planejarmos qual será nossa reação à ação. Por isso, muitas das nossas opiniões são
influenciadas por outros pensamentos, eles não saem elaborados com um critério à
priori. São fórmulas prontas de respostas que damos sempre a tudo.
Mas o que acontece quando não temos nenhum tipo de pensamento ou opinião sobre
determinado assunto e somos impelidos a dizer? O imprevisto serve para darmos
respostas que nem sabíamos da existência em nossa mente.
Fomos impelidos a darmos nosso parecer, em algumas palavras, sobre o que
pensávamos sobre a relação entre Ética e Estética, tendo como base uma aula anterior.
Mas como resumir em apenas poucas palavras todo um estudo e uma área do
conhecimento que nunca despertou interesse?
Em um rápido exercício, obtive as três palavras:
 SENTIMENTO
 AUTENTICIDADE
 LEGITIMIDADE
São três palavras que, apesar de serem bem fortes e terem muito significado, exige um
esforço para conjugá-las em um pensamento. Apenas palavras aleatórias que, juntas,
formam uma significância com o tema. Separadamente, elas tem seu significado que
lhes é própria.
Legitimidade: Ela deriva do Latim LEGITIMARE, “tornar legal, tornar acorde com a lei”, de
LEGITIMUS, originalmente “aquele que segue a lei”, de LEX, “lei” .

Sentimento: Ela vem do Latim SENTIMENTUM, “opinião, sentimento, afeição”, de


SENTIRE, “sentir”.
Este verbo originou o nosso “sentir”, bem como “ressentimento”, este mediante a
colocação do prefixo RE-, “para trás”.
Autenticidade: Do Latim AUTHENTICUS, do Grego AUTHENTIKOS, "original,
genuíno, principal", de AUTHENTES, "aquele que age por sua conta, por sua própria
autoridade", de AUTO-, pronome reflexivo, mais HENTES, "aquele que faz, que age".
2) Veja em nossa Lista de Palavras.

Eu havia dado minhas respostas sobre aquele tema que nunca havia pensado antes.
Aparentemente, palavras aleatórias e sem muita relação com o que fora pedido. Pois,
qual a relação daquilo que é original com cumprir a lei? E ainda encaixar o sentir nisso
tudo? Ao colocar minhas palavras conjugadas com as outras expostas dos outros, fiquei
imaginando que, ou a relação entre ética e estética era bem mais profunda do que eu
havia imaginado ou realmente as palavras não formavam muito sentido.
A relação daquilo que é estético, ou belo, com a norma imposta nos diz muita coisa.
Apesar de em nossos dias, termos uma imposição massiva de que certos movimentos
artísticos são belos e verdadeiros e outros são marginalizados por não se encaixarem no
padrão estético, temos, em contrapartida, movimentos que racionalizam de forma
artística essa relação, tentando desconstruir a relação de ética e estética, de que precisa
haver uma relação entre as duas e a necessidade de se rotular algo que é arte ou não
baseado na sua forma.
Mas afinal, se para ser arte não precisa ser estético, o que vem a ser arte? Para responder
esse questionamento, tentei unir minhas palavras expostas.
Acredito firmemente que, para se ter uma obra de arte genuína e autêntica, que faça
sentido enquanto existência, é necessário que isso parta do interior, do espírito humano.
Uma simples reprodução ou criação ocasional não pode ser considerada como uma obra
que suscite uma catarse interior ou uma intro reflexão do homem. É necessário que
parta do sentir de um, para o sentir de muitos. A obra de arte, muitas das vezes, parte do
individual para o coletivo e, por assim dizer, é necessário que exista uma relação intima
de autor-obra para que ela cative o público. Esse tipo de arte deveria ser legitimada,
deveria ser a regra e não a exceção.
A ética e estética tem sua relação ampliada quando colocamos em jogo, não apenas
relações de forma e gosto na equação, mas o sentimento que traz a autenticidade e
vivacidade da arte como um todo.

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