Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Boletim Microfone
Boletim Microfone
° 5
OS MICROFONES
intensidade será ampliada. Logo de lidade existem muitos tipos dêsses
pois, na etapa desmoduladora, sepa- aparelhos, que são capazes de trans
rar-se-ão os componentes de baixa formar as ondas sonoras em impul
frequência com que foi modulada a sos de corrente elétrica, sendo que o
onda portadora. Por fim, esta cor principal de funcionamento dos mes
rente de baixa frequência será au- mos varia muito.
Assim conhecemos os “microfones
de carvão”, os “microfones induti
vos”, os “microfones de capacidade”,
os “microfones de cristal”, etc.. En
tre todos estes, porém, o mais antigo
é o microfone de carvão, cujo fun
cionamento pode ser descrito da se
guinte maneira. Dentro de uma “cáp
sula” de metal que possui uma tam
pa isolada, também de metal colo
cam-se grânulos de carvão. Êstes
grânulos de carvão constituirão uma
FIG.i
CAPSULA
sando logo esta corrente para o al- entre os mesmos é deficiente, e, por
tofalante, afim de obter a sua repro conseguinte, todo o conjunto ofere
dução em forma de ondas sonoras. cerá uma resistência bastante apre-
Como se vê o microfone é um dos ciávej à passagem da corrente elétri
aparelhos de maior importância, que ca (fig. 2).
se usa na técnica de som. Na atua Conforme a pressão aplicada sôbre
— 2 —
CU R SO D E RA D IO TÉC N IC A B . T. S. N.° 5
— 4 —
/
C U R SO D E RA D IO TÉCN ICA B. T. S. N.° 5
FI G. 5
krdiq
5
<
6
CU RSO D E RADIOTÉCNTCA E . T. S. N.* 5
rência com fio shieldado afim de ob atinjam em forma direta a membra
ter resultado no conjunto. Se as li na do microfone, pois acontecendo
gações forem muito compridas, de- isto, produzir-se-á o que se chama:
ve-se usar um fio shieldado especial, “acoplamento” entre o microfone e
de capacidade residual muito peque o altofalante, entrando todo o con
na. Êsses fios shieldados possuem junto em oscilação.
uma isolação bem grossa entre o Por exemplo: num salão, o micro
condutor central e a blindagem ex fone deverá ficar de lado, e os alto-
terna, afim de evitar a formação de falantes colocados de tal forma que
um grande condensador entre êsses não possam enviar as ondas sonoras
dois condutores isolados. sôbre a membrana do microfone.
Outro microfone usado, porém Um microfone de cristal, de cons
quase exclusivamente nos estúdios e trução comum, é sensível apenas
nos dois lados onde se acham as fa
ces superiores máximas do cristal, e
um microfone de velocidade também
é sensível somente nas duas dire
ções opostas e perpendiculares ás
suas faces superiores.
Muitas vezes, por mais cuidado
samente que se coloquem os altofa-
lantes, não será possível obter-se a
eliminação absoluta do acoplamento,
tornando-se necessário, neste caso, a
lugares fechados, é o microfone de redução do rendimento do microfo
velocidade. A saída dêsse microfone ne, com auxílio do controle de volu
é bastante reduzida, precisando, por me correspondente. Esta é a razão
conseguinte, de bastante amplifica pela qual convém que êstes possuam
ção, para se obter rendimento ra sempre um controle de volume in
zoável. dependente do controle de volume
Quando se trata da instalação de geral do amplificador.
microfone, devem-se tomar em con Desejamos ainda chamar a aten
sideração duas coisas: o reacoplamen- ção dos alunos, para a importância
to ou realimentação e o “efeito di de “reverberação” (acústica ou eco)
recional” do mesmo. Quando se co do local onde está colocado o micro
locar um microfone em combinação fone. Reverberação é o nome do fe
com os amplificadores, para servi nômeno de reflexão das ondas so
rem numa audição pública, devemos noras. Quando se pronuncia ou pro
tratar de evitar que as ondas sono duz som num local fechado, êsse som
ras reproduzidas pelo altofalante bate, na sua trajetória, contra uma
— 7
CU RSO D E RADIOTÉCN 1CA B . T. S. N.ç 5
parede, e por esta será refletido da Essas condições serão ainda me
mesma forma que as ondas lumino lhores, quando as cadeiras se acha
sas são refletidas por um espêlho. rem ocupadas por pessoas, pois não
Essas ondas sonoras refletidas ba só a presença destas já contribui
terão novamente contra outra pare para melhorar sensivelmente a acús
de do lado oposto de onde serão re tica do salão, mas as suas vestimen
fletidas, para baterem de novo con tas em geral, são matérias ótimas
tra outras paredes ou disposições para absorção das ondas sonoras.
que limitam as dimensões da sala en
quanto não ficarem completamente Os estúdios destinados a fins es
absorvidas ou amortecidas pela re peciais, como transmissões radiofô
sistência física (resistência do ar e nicas, gravações de discos, estúdios
amortecimento ou absorção das pa cinematográficos, etc., são na maio
redes) . ria dos casos forrados com ma
Quanto mais mole fôr a matéria téria especial (a mais usada é o ce-
que cobre as paredes, tanto menor lotex), para produzir o amortecimen
será a reverbação e mais favorável to rápido das ondas sonoras, evi
será a reprodução sonora por meio tando a reverbação destas pelas pa
de altofalante. redes.
CU RSO D E R A D IO TÉCN ICA B . T . S . N.’ 5
OS MICROFONES
MICROFONE DE CARVÃO
MICROFONE DE CRISTAL
OS MICROFONES
MICROFONE "CARDIÓIDE” OU
UNIDIRECIONAL
T C lA
ME TÁllCA
IMA
PERMANENTE
A ilustração ao lado mostra um
microfone dinâmico parcialmente
cortado, afim de mostrar a cons
trução interna. Esta é quase idên
tica à de um minúsculo altofalante
de ímã permanente, em conjunto
com um transformador de acopla
mento. Por intermédio dêste con
segue-se várias impedàncias de
saída para o microfone, podendo
ser escolhida a mais apropriada
para cada oaso.
— 6-A —