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JUSCIMARA FERREIRA

UNIVERSIDADE DEPARANÁ
NORTE DO SOUSA
SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA
2° LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

JUSCIMARA FERREIRA DE SOUSA

RELATÓRIO DO
ESTÁGIO CURRICULAR NO ENSINO FUNDAMENTAL

1.

2.
Capelinha
2020
RELATÓRIO DO
ESTÁGIO CURRICULAR NO ENSINO FUNDAMENTAL

Relatório apresentado Universidade Anhanguera-


UNIDERP, como requisito parcial para o
aproveitamento da disciplina de Estágio Curricular
no Ensino Fundamental I do Curso de Educação
Física Licenciatura.

Capelinha
2020
SUMÁRIO

3. INTRODUÇÃO...............................................................................................04
4. LEITURAS OBRIGATÓRIAS.........................................................................05
5. 2- PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP) .........................................07
6. - ATUAÇÃO DO PROFESSOR E SUA INTER-RELAÇÃO COM A EQUIPE
ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA ..........................................................09
7. ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEOS
8. DA BNCC ...............................................................................................11.
9. CONHECER METODOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIAS
DIGITAIS........................................................................................................13
10. PLANOS DE AULA........................................................................................15
11. PLANO DE AÇÃO...........................................................................................18
12. CONSIDERAÇÕES FINAIS .........................................................................24
13. REFERÊNCIAS................................................................................................25
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INTRODUÇÃO

O presente objeto de estudo denomina-se Relatório de estágio, sendo


abordado contextos relativos à etapa do Ensino Fundamental I anos iniciais
do curso de Educação Física.
As atividades realizadas e consequentemente os resultados apresentados
neste texto estão contextualizadas à leitura de textos indicados;
conhecimento da função e a estrutura do Projeto Político Pedagógico (PPP),
conhecimento da atuação do professor regente e sua inter-relação com a
equipe pedagógica e administrativa, assim como a atuação da equipe
pedagógica no acompanhamento do desenvolvimento da disciplina;
conhecimento da abordagem dos temas contemporâneos transversais da
BNCC (meio ambiente, economia, saúde, cidadania e civismo,
multiculturalismo e ciência e tecnologia); pesquisa sobre as metodologias
ativas com uso de tecnologias digitais, elaboração de dois planos de aula e
plano de ação conforme campo de estágio.
O estágio curricular é compreendido como processo de vivência prático-
pedagógica, que aproxima o acadêmico da realidade de sua área de
formação e o auxilia a compreender diferentes teorias que regem o exercício
profissional. O estágio tem como objetivo nos orientar para a nossa
formação acadêmica, proporcionando condições para que possamos
aprender a fazer, desenvolvendo e aprimorando nossa capacidade, para que
estejamos preparados para exercer com competência nossa função.
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LEITURA OBRIGATÓRIA

Conforme o texto “o que eu transformaria? muita coisa!”: os saberes e os


não saberes docentes presentes no estágio supervisionado em educação física
Através dos textos base podemos perceber a importância do estágio
supervisionado na formação do discente de Educação Física, torna-se um
instrumento coerente com a prática pedagógica e com a formação das futuras
gerações de profissionais. Pois é através da observação no estágio que o
aluno passa a conviver com o cotidiano institucional, possibilitando a
observação da dinâmica e prática das atribuições do profissional em serviço.
Os estágios objetivam a afirmação da aprendizagem como processo
pedagógico de construção de conhecimentos, desenvolvimento de
competências e habilidades sob processo de supervisão.
Nos cursos superiores de licenciatura em Educação Física, um dos
componentes curriculares que adquirem significativa relevância para formação
docente é o estágio supervisionado realizado no contexto escolar. Estes
estágios têm por objetivo colocar os futuros docentes diante de situações
concretas de ensino-aprendizagem.
Estes saberes existenciais estão presentes na prática pedagógica dos
futuros professores, todavia não são construídos a partir dela. São saberes que
antecedem a ação docente, mas acabam manifestando-se justapostos a ela.
Tudo isto contribui para a construção destes habitus do professor, que,
segundo Tardif (2008, p. 49) “podem transformar-se num estilo de ensino, em
‘macetes’ da profissão e até mesmo em traços da ‘personalidade profissional’”.
A interação destes saberes experienciais com os saberes que procedem da
formação inicial sinaliza o surgimento de uma segunda grande categoria de
saberes docentes que se manifesta dentro do contexto escolar. A categoria que
é denominada de saberes escolares ainda segundo Tardif são saberes que
englobam o que Tardif (2008) denomina de saberes científicos da formação
inicial, tais como os saberes das ciências da educação, da ideologia didático-
pedagógica e das disciplinas da graduação integrados com os saberes
curriculares, ou seja, os saberes que acabam se convertendo em conteúdos a
serem ensinados/aprendidos na escola. Tal condição desperta a possibilidade
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de estes alunos vivenciarem e refletirem sobre o saber e o fazer pedagógico no


interior da sala de aula. Tardiff considera também em sua teoria os não
saberes que é quando na prática educativa os futuros professores se
deparavam com situações-problema para as quais não encontravam soluções
prontas para conseguir responder afirmativamente diante do contexto
apresentado. Estes não saberes se circunscrevem muito mais à condição de
sentimentos e preocupações sobre o ato de educar, por exemplo, como lidar
com o medo dos alunos e a insegurança de ministrar uma aula. A
preocupação fica centrada no domínio do comportamento e na fixação da
atenção dos alunos. Esta posição reflete, de certa forma, este não-saber-ser e
não-saber-fazer do professor. A insegurança e as inconsistências denotam a
existência de saberes que ainda precisam ser adquiridos, mobilizados e
vivenciados pelos futuros professores na sua atuação docente. O trato dos
anseios existenciais, o enfrentamento à turma e a rejeição dos alunos são
algumas dúvidas que aparecem diante deste não saber docente.
Ao estagiar, o futuro professor passa a enxergar a educação com outro
olhar, procurando entender a realidade da escola e o comportamento dos
alunos, dos professores e dos profissionais que a compõem. Barros (2000) cita
que o futuro da profissão em Educação Física, além da regulamentação,
depende da competência técnica - cientifica e qualidade ética dos seus
profissionais. Dessa forma, entendemos que a realização do estágio sem a
problematização e Orientação por parte do professor do Estágio
Supervisionado não garante o entendimento do aluno quanto à relevância do
seu papel como futuro educador físico, já que o professor como gestor do
processo do estágio, não orientando o aluno quanto aos objetivos das aulas
por ele ministradas, não valida o estágio, pois observar, participar e reger as
aulas é, muitas vezes, encarado pelos discentes como uma burocracia
obrigatória do curso, no que tange ao preenchimento dos relatórios. Segundo
Bianchi et al. (2005) o Estágio Supervisionado é uma experiência em que o
aluno mostra sua criatividade, independência e caráter.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP)

1. O que é o PPP e qual a importância desse documento para o ambiente


escolar?
O Projeto Político Pedagógico é um documento obrigatório para as escolas e
contém todas as metas, objetivos e os meios que serão usados para
concretizá-los. Por isso, se torna essencial para nortear as ações da escola e
envolve não apenas os professores e a equipe pedagógica, mas também os
alunos, famílias e comunidade escolar.
A partir do nome é possível entender melhor os temas que devem ser
abordados no documento:
Projeto: É um conjunto de propostas de ações concretas que serão executadas
em um determinado período de tempo.
Político: A escola tem a função social de formar cidadãos responsáveis, críticos
e conscientes que irão atuar na sociedade de forma individual e coletiva.
Pedagógico: No PPP, esta palavra está relacionada a todos os projetos e
atividades educacionais que farão parte dos processos de ensino e
aprendizagem da escola que devem nortear o Projeto Político Pedagógico da
Instituição e acompanhar a realidade na qual os alunos e alunas
encontram-se inseridos e, a partir delas, estabelecer as diretrizes de
trabalho, revendo, adaptando e atualizando a proposta educativa praticada
na Instituição. A proposta educativa atende desde o Maternal ao Ensino
Médio, pauta-se em, constantemente, cumprir tudo aquilo que propicie
alcançar os fins da Educação Nacional, resguardando o que propõe a Base
Nacional Comum Curricular-BNCC. Além disto, o compromisso desta
Instituição é atingir os objetivos gerais do ensino, proporcionando aos
educandos a formação necessária ao desenvolvimento de potencialidades
e ao pleno exercício da cidadania. e, por isso, deve ser um documento formal
mas ao mesmo tempo acessível a todas as pessoas envolvidas na comunidade
escolar.
É por meio do PPP que a escola define e articula quais conteúdos serão
ensinados e como, a partir da realidade social, cultural e econômica em que
está presente. Assim, deve ser construído de acordo com as especificidades de
cada escola e ser flexível para atender as demandas específicas dos alunos.
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2. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento normativo


que define as aprendizagens essenciais que todos os alunos devem se
apropriar na educação básica. Sendo assim, todas as escolas devem
organizar seu currículo a partir desse documento. Com base na leitura
que você realizou, como as competências gerais da Educação Básica se
inter-relacionam com o PPP?

O PPP é a sigla para "Projeto Político Pedagógico", que deve nortear as


instituições escolares, estando em conformidade com a BNCC - "Base Nacional
Curricular Comum". Esta, por sua vez, possui dez competências gerais, que
englobam habilidades, conhecimentos, atitudes e valores que visam a
promoção do desenvolvimento dos alunos em todas as dimensões (social,
física, intelectual, cultural e emocional).

3. A avaliação da aprendizagem é um elemento crucial no processo de


ensino e de aprendizagem, visto que oportuniza indícios dos avanços
escolares e dos pontos que precisam ser aperfeiçoados. Com base na
leitura que você realizou do PPP, de que modo a escola apresenta o
processo de avaliação?

O Projeto Político Pedagógico, considerado o documento norteador de todas


as instituições escolares, que deve estar em conformidade com as
prerrogativas encontradas na Base Nacional Curricular Comum (BNCC).
Todavia, é fundamental ressaltar que o PPP pode apresentar flexibilidade, no
que tange ao desenvolvimento de objetivos e metas e instrumentos de
avaliação a fim de que se torne possível o entendimento das necessidades e
limitações dos alunos, conforme suas realidades.
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4- ATUAÇÃO DO PROFESSOR E SUA INTER-RELAÇÃO COM A


EQUIPE ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA.

1) A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) começou a ser


implementada na Educação Básica recentemente. Esse documento
fornece orientações e determina competências, habilidades e
componentes essenciais para estudantes de todas as escolas brasileiras,
públicas e privadas. Porém, esse não é o único documento que o
professor deverá considerar no momento de planejar a sua prática
pedagógica.
a. Por que a BNCC não pode ser o único documento orientador do
planejamento docente?
A Base Nacional Comum Curricular é um documento normativo que define o
conjunto de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver
ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, mas não pode ser o
único documento orientador, pois, cada escola possui suas especificidades,
sua cultura, enfim suas particularidades que devem ser expressadas no
documento político pedagógico de cada escola refletindo a proposta
educacional da escola. É através dele que a comunidade escolar pode
desenvolver um trabalho coletivo, cujas responsabilidades pessoais e coletivas
são assumidas para execução dos objetivos estabelecidos.

b. Quais outros documentos deverão ser considerados?


Os documentos que são importantes para que uma escola efetivamente
exerça sua função estão o Livro de Registro de Classe, o Regimento Escolar, o
Projeto Político-pedagógico e a Proposta Pedagógica Curricular. Todos eles,
com exceção do Livro de Registro de Classe, precisam ser construídos em
conjunto com a comunidade escolar e a sua atualização também deve ser
constante e coletiva.

2) Exemplifique de que maneira a equipe pedagógica poderá orientar o


professor tendo como referência a utilização do Projeto Político
Pedagógico e da Proposta Curricular.
O pedagogo e o professor devem primeiro saber as demandas da
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comunidade escolar, o seu entorno, o perfil dos educandos da escola. É de


extrema importância conhecer os anseios da comunidade escolar para depois
fazer o planejamento norteado pelo projeto político pedagógico juntamente com
o professor. O pedagogo pode ser considerado um legítimo profissional da
educação, e necessita desenvolver uma pedagogia coerente e articulada à sua
realidade. Portanto, sua ação deve ser intencional, levando em consideração a
dimensão colaborativa da equipe escolar. É o agente articulador da prática do
professor, na organização pedagógica. A partir desses pressupostos é que a
mediação do pedagogo no trabalho docente, também se constitui em objeto de
análise, pois a efetiva atuação desse profissional na escola cria possibilidades
para a conquista de ideais como: profissionalização, melhores condições de
trabalho e uma prática docente mais crítica, ativa, mais interventiva e o
estudante, por consequência, um aprendiz competente. O pedagogo deve
favorecer momentos em que os docentes pensem em ações didáticas que
torne mais efetiva, junto aos estudantes, a aprendizagem da construção do
texto, relativamente ao encadeamento das ideias, dando-lhe sequência lógica:
começo, meio e fim. Deve considerar-se, também, que a sistematização deste
conteúdo deve iniciar-se já no primeiro ano do ensino fundamental.

3) No que se refere às atribuições da equipe administrativa, descreva a


importância da relação da direção com a equipe pedagógica para a
qualidade dos processos educativos no contexto escolar.
A equipe pedagógica deve acompanhar todo o processo, realizar reuniões com
os professores sobre práticas pedagógicas, orientar no planejamento das
aulas, discutir critérios e instrumentos de avaliação, ou seja, retomar a
formação didático-pedagógica. O gestor deve promover condições para
assegurar atividades pedagógicas adequadas e garantir encaminhamentos aos
alunos que mais precisam de apoio. Aos professores cabe realizar as
atividades e planejar intervenções de acordo com as dificuldades de
aprendizagem dos estudantes. É importante observar que as discussões do
Conselho de Classe devem ser mediadas pela equipe pedagógica bem como
respaldadas e presididas pela direção escolar.
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1 ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEOS DA


BNCC

1- Como podemos entender o termo Transversalidade?

No âmbito dos PCNs, a transversalidade diz respeito à possibilidade de se


estabelecer, na prática educativa, uma relação entre aprender conhecimentos
teoricamente sistematizados (aprender sobre a realidade) e as questões da vida
real e de sua transformação (aprender na realidade e da realidade). Não se trata
de trabalhá-los paralelamente, mas de trazer para os conteúdos e para a
metodologia da área a perspectiva dos temas. Dessa forma, os PCNs sugerem
alguns “temas transversais” que correspondem a questões importantes, urgentes e
presentes sob várias formas na vida cotidiana: Ética, Saúde, Meio Ambiente,
Orientação Sexual, Trabalho e Consumo e Pluralidade Cultural.

2- Qual a importância de se trabalhar com os TCTs na escola?

Os temas Contemporâneos Transversais (TCTs) permite ao estudante


compreender questões diversas, tais como cuidar do planeta, a partir do
território em que vive; administrar o seu dinheiro; cuidar de sua saúde; usar as
novas tecnologias digitais; entender e respeitar aqueles que são diferentes e
quais são seus direitos e deveres como cidadão, contribuindo para a formação
integral do estudante como ser humano, sendo essa uma das funções sociais
da escola. os temas transversais na educação devem estar voltados para a
compreensão e para a construção da realidade social, dos direitos e
responsabilidades relacionados com a vida pessoal e coletiva, e com a
afirmação do princípio da participação política. Isso significa que devem ser
trabalhados, de forma transversal, nas áreas e/ou disciplinas já existentes”.
Sendo assim, a aplicação dos temas transversais na educação está
diretamente relacionada com questões e aprendizados essenciais para a
formação integral dos alunos, visando oferecer a todos os estudantes do país
uma base sólida.
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3. Dos TCTs listados, quais podem ser trabalhados de forma transversal


no seu curso de graduação?

Os temas que poderiam ser trabalhados são Cidadania e civismo englobando


os temas: vida familiar e social, educação para o trânsito, educação em direitos
humanos, direitos da criança e do adolescente e respeito e valorização do
idoso e em saúde os temas abordados são: saúde e educação alimentar e
nutricional.

4- O Guia apresenta uma metodologia de trabalho para o desenvolvimento


dos TCTs, baseado em quatro pilares. Quais são estes pilares? Comente
sua perspectiva sobre essa metodologia.

Os temas transversais baseia em quatro pilares são eles:

 Problematização da realidade e das situações de aprendizagem

 Superação da concepção fragmentada do conhecimento para uma visão


sistêmica

 Integração das habilidade e competências curriculares à resolução de


problemas

 Promoção de um processo educativo continuado e do conhecimento


como uma construção coletiva.

Trabalhar os temas contemporâneos é preciso primeiramente a verificação e


a discussão sobre os problemas contidos no contexto escolar, seja o buylling,
preconceito ou qualquer outro tipo de discriminação presente na escola. É
necessário que haja um planejamento interdisciplinar, dentro do projeto político
pedagógico com a integração de habilidades envolvendo as competências
curriculares que busque formar sujeitos capazes de mudar a realidade em que
vivem. Que os temas transversais a ser trabalhado seja contemplado com
intuito de tratar de problemas sociais atuais, reavivando as potencialidades de
cada um e dando aos estudantes o estímulo para ampliarem o olhar sobre
diversas questões, sempre com respeito e tolerância ás diferenças.
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5- CONHECER METODOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIAS


DIGITAIS
Atualmente, vê-se amplamente divulgado o termo metodologias ativas, ao
que se destaca a necessidade de se compreender em qual sentido é utilizado.
As metodologias ativas dão ênfase ao papel de protagonista do aluno, ao seu
envolvimento direto, participativo e reflexivo em todas as etapas do processo
em que esteja inserido. Autores defendem que se aprende ativamente desde o
nascimento do ser humano e ao longo da sua vida em processos diversos a
partir de situações concretas, que pouco a pouco possibilita-lhe ampliar e
generalizar.
A proposta de metodologia ativa é uma estratégia de ensino, por vezes
influenciada pelo uso das tecnologias digitais, que se caracterizam por inserir o
estudante no centro do processo a partir de discussões, interações, atividades
de análise, síntese e avaliação no sentido de solucionar problemas.
De acordo com a Situação Problema apresentada onde a escola está com
alto índice de evasão e os alunos apresentam baixo rendimento em relação
aos índices estaduais, devido à pouca atratividade da escola que não possui
recursos tecnológicos e o uso ilimitado dos aparelhos celulares em sala de aula
distraindo os alunos, o desafio é propor aulas em que eles esqueçam o
aparelho celular por algumas horas e que sejam atrativas para os alunos.
Despertar o interesse dos alunos nesta escola abordada em atividades que
não se utilize a tecnologia é um pouco difícil, mas não é impossível, mas
acredito que os procedimentos didáticos pedagógicos do professor também
influenciam na qualidade das aulas e, consequentemente, na motivação dos
alunos. O professor que leva a sério o que faz e que alia a sua competência
técnica ao compromisso de ensinar, desperta a criatividade e conduz os alunos
a reflexão através do lúdico. Ao adotar estes procedimentos, o professor leva
grande vantagem sobre as outras disciplinas escolares, pois a Educação Física,
por si só é uma prática motivadora e que permite abordar uma grande
variedade de temas e assuntos relacionados na maioria das disciplinas
existentes no currículo de uma instituição, podendo promover um ensino mais
desafiador e interessante para os alunos e professores. . Em educação física
poderiam ser utilizadas Metodologias como Aula Gamificada, Sequências
Didáticas, Projetos e Webquests, podendo ser trabalhadas atividades como
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Caso o projeto envolva a criação de um objeto pouco familiar aos estudantes,


como um filme, jogos, robô ou aplicativo. Os alunos também podem realizar
pesquisas e trabalhos com temas reais próximos da vida e da realidade dos
alunos que os motivem a aprender de forma significativa e contextualizada e a
construir algo ao final do processo, isso promove o desenvolvimento de
competências e habilidades, bem como a aprendizagem colaborativa. A partir
da situação problema apresentada serão elaborados a seguir planos de aula
com o recurso sequencia didática, para alunos do 4º ano do Ensino
Fundamental.
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6- PLANOS DE AULA

Plano de Aula 01
Disciplina Educação física
Série 6 ano
Identificação
Turma A
Período Matutino
Conteúdo JOGO XADREZ

Objetivo geral
Dominar as regras essenciais para se jogar xadrez.
Objetivos específicos
 Conhecer a história do xadrez
 Identificar as características do tabuleiro( linhas, colunas e
Objetivos diagonais).
 Aprender a posição inicial das peças do xadrez.
 Aprender as regras de movimento do rei.
 Conhecer o xeque- mate do rei adversário.

1º momento:
Ativação dos conhecimentos prévios: colocar os alunos em
rodinha e após conversar sobre o que será desenvolvido na aula.

2º momento:
Inicialmente será explicado um contexto histórico sobre o xadrez,
onde será falado a lenda do xadrez através do data show. Em
seguida através de um painel ilustrativo será abordado o nome
Metodologia das peças, como se organiza as peças no tabuleiro, movimento
das peças e explicação sobre linhas e colunas.

3º MOMENTO: desenvolvimento do jogo e após os alunos


dominarem o jogo pode criar competições na sala de aula com o
jogo descrito acima.

Avaliação Será observado o desempenho do aluno na prática de regras, seu


empenho em jogar xadrez.
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Plano de Aula 02

Disciplina Educação física


Série 6º ano
Identificação
Turma A
Período Matutino
Conteúdo Passando o bambolê

Objetivo geral:

Trabalho cooperativos para unir pessoas, coordenação motora


grossa, velocidade e concentração.

Objetivos Objetivos específicos:


 Trabalhar a atenção, velocidade e agilidade.
 Desenvolver a coordenação motora grossa.

Metodologia 1º momento:
Ativação dos conhecimentos prévios: colocar os alunos em
rodinha e após conversar sobre o que será desenvolvido na aula.

2º momento:
Realizar o alongamento dos membros inferiores e superiores.

3º MOMENTO: DESENVOLVIMENTO DO JOGO:

formação de um grande círculo com os alunos de mãos dadas


com o bambolê entre os braços de dois alunos que terão de
passar o bambolê sobre o corpo sem soltar as mãos.
O professor para dificultar ainda mais, poderá ir colocando aos
poucos mais bambolês no espaço livre para que os alunos
passem os bambolês sem deixar o outro bambolê que vem atrás
acumular.
Variação: dividir os alunos em dois ou três grupos com o bambolê
nos braços de dois alunos. Os alunos deverão passar o bambolê,
sem soltar as mãos até chegar no lugar que ele estava. Vence a
equipe que conseguir dar 5 voltas primeiro.
Regras:
- Não pode soltar as mãos para facilitar o movimento
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- Não pode utilizar as mãos para ajudar a passar o bambolê


- Se desatar as mãos ou ajudar com as mãos, o bambolê volta do
início, zerando a contagem das voltas
- É de responsabilidade da equipe, cuidarem para não
arrebentarem o bambolê. Caso este arrebente, o grupo deverá
unir as extremidades e retomar a atividade.

Avaliação: será avaliado a capacidade de cooperação entre o


grupo, a atenção, a agilidade.

PLANO DE AÇÃO

Atividades adaptadas nas aulas de educação física: Resgatando o


respeito às diferenças individuais!

Descrição da situação problema:


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  A Educação Física aplicada como ação pedagógica, favorece a construção

de atitudes dignas e de respeito entre os educandos, surgindo a necessidade

de professores criativos, preocupados com os objetivos da aprendizagem e na

promoção de valores, incorporando o verdadeiro significado à sua prática,

possibilitando assim, tornar as suas aulas diferentes e interessantes,

atendendo a realidade da sua escola, de cada turma, dando significado às

aulas de Educação Física em seu ambiente escolar, desconstruindo conceitos

e valores já implantados, visando assim, também, a desconstrução de atitudes

de desrespeito às diferenças individuais encontradas nas aulas de Educação

Física.

Proposta de solução:

A presente proposta vem contribuir com uma nova ação pedagógica a ser

aplicada nas aulas de Educação Física, como meio motivacional, reflexivo e

conscientizador, possibilitando aos alunos a prática de esportes e atividades

adaptadas, proporcionando aos mesmos, aprender, reconhecer e vivenciar as

diferenças individuais, colocando-se no lugar do outro, “sentindo na pele” as

suas dificuldades, as suas limitações, bem como as superações necessárias

para a execução de cada movimento, indo em busca ao respeito às diferenças

do outro. O caderno pedagógico apresentará atividades teóricas e a vivência

prática referente às deficiências visual, auditiva e motora, onde as mesmas

serão realizadas na intenção de proporcionar ao educando o reconhecimento

das diferenças individuais, enxergar o outro como diferente de si, com suas

próprias limitações e dificuldades, bem como a superação a cada movimento

executado, “sentindo na pele” a dificuldade do outro. A proposta de trabalho

auxiliará os professor na inserção de conteúdos adaptados e novas estratégias


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em suas aulas, tendo como preocupação o resgate dos valores humanos,

proporcionando o reconhecimento e o respeito às características individuais de

cada pessoa, tanto na execução das aulas de Educação Física, bem como em

seu contexto escolar. As deficiências abordadas serão a deficiência visual, a

deficiência auditiva e a deficiência motora. As mesmas terão como objetivo

geral a análise da aplicação de atividades adaptadas, propostas de atividades

inclusivas e simulações de algumas deficiências, onde estas serão aplicadas

para crianças consideradas normais, na tentativa do resgate ao respeito às

diferenças individuais nas aulas de Educação Física. As atividades irão

proporcionar aos alunos uma maior conscientização e respeito em relação às

diferenças e limitações individuais encontradas nas aulas de Educação Física.

Os conteúdos serão organizados em uma sequencia conforme as estratégias

abaixo:

 Conversa diagnóstica para identificar o conhecimento prévio do aluno sobre o

conteúdo que será abordado;

 Conhecimentos teóricos sobre as deficiências visual, motora e auditiva, suas

dificuldades, limitações e superação, através de textos e vídeos informativos,

cenas paralímpicas, discussões / contextualizações em sala sobre o tema

abordado;

 Prática contendo a aplicação de atividades adaptadas conforme as

deficiências motora, visual e auditiva. “SENTIR NA PELE” a dificuldade do

outro!

 Diário de Bordo: Elaboração do diário ao final de cada aula, para anotação

dos sentimentos e sensações sentidas pelos alunos durante a execução

das atividades propostas;


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Objetivos:

 Reconhecimento das diferenças individuais, respeitando as

diferentes habilidades e limitações; -

 Mudança de comportamento e atitudes durante as aulas; -

 Aquisição de valores e respeito às diferenças; -

 Educação Física como possibilidade de superação, reflexão e

aprendizagem.

Recursos: materiais para atividades adaptadas para vivenciar a deficiência

visual: venda para todos os alunos, apito , bola com guizo para as dinâmicas :

vivenciando não enxergar , siga o comando, fala que eu faço, corrida guiada.

Materiais para atividades adaptadas para vivenciar a deficiência auditiva:

Papel, caneta, filme, bolas para as dinâmicas: zoológico, o corpo fala, jogo

dramático mimica, cinema mudo e atividades rítmicas .

Materiais para vivenciarem a deficiência motora:

Camisetas dos próprios alunos, coletes coloridos , 1 bola, 1 bola de vôlei para

as dinâmicas: toca-retoca, pega ajuda com passes, passa-repassa, passa 10,

vivenciando estar imobilizado.

Abordagem teórico-metodológica:

Ao analisarmos a realidade de hoje, percebemos que, torna-se imprescindível

conhecer, reconhecer e valorizar a diversidade de características existentes

entre os nossos alunos, planejando o conteúdo e as atividades como


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instrumentos para o desenvolvimento de todos, favorecendo a aprendizagem

integral dos alunos, independente das suas diferenças e limitações,

aprendendo e resignificando conceitos, valores e atitudes compatíveis com as

finalidades da educação. Dentro desse contexto podemos observar que, a

Educação Física escolar tem um valor inestimável no processo educativo e na

vida do aluno, tendo a possibilidade de agregar valores humanos em suas

aulas, buscando a Apresentação formação de um cidadão mais crítico,

reflexivo e humanizado, contribuindo assim com a formação e o

desenvolvimento integral do aluno. Para que o processo de ensino

aprendizagem seja realmente significativo ao aluno, caberá ao professor criar e

mediar situações onde os alunos além de aprender o conteúdo, poderão

também aprender com seus erros, percebendo, de forma reflexiva, fatores que

faltam compreender ou contrapor, para aplicação de atitudes mais

humanizadas, mais justas e com respeito durante as aulas, reconhecendo as

diferenças do outro e respeitando-as.

Pedrinelli (2002, p. 54) nos faz refletir que, devemos considerar e respeitar as

diferenças individuais, criando a possibilidade de aprender sobre você mesmo

e sobre cada um dos outros, em uma situação de diversidade de idéias,

sentimentos e ações [...], assim, aprendendo e crescendo com o outro!

Ainda segundo Finck (2011, p.68) enfatiza que, “o mundo de hoje requer
cidadãos que tenham não só conhecimentos, mas também que saibam como
utilizá-los em benefício de si e dos outros [...]. E, ainda que, [...] por meio de um
projeto político pedagógico diferenciado, a escola poderá buscar a formação do
aluno como cidadão, para que ele possa atuar na sociedade de forma que
venha contribuir na sua melhoria.”
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Na Educação Física podemos visualizar claramente a diversidade existente

em nosso cotidiano escolar, bem como, perceber em cada aluno as suas

diferenças individuais, onde cada um deste, apresenta-se com as suas

habilidades, dificuldades e limitações, e que, muitas vezes, não são aceitas

pelos colegas, pois o desenvolvimento da aula e a mediação do(a)

professor(a), não torna-se propício para a igualdade de participação e para a

formação do cidadão reflexivo e consciente.

Considerações finais

É de extrema importância que a escola crie possibilidades com o objetivo de

desenvolver um trabalho motivacional e reflexivo nas aulas, de forma a

estimular e transformar as práticas pedagógicas em ações críticas, reflexivas e

transformadoras.

Surge assim a necessidade de novas estratégias serem experimentadas nas

aulas, para que possam verificar se com a sua aplicação o processo de ensino

aprendizagem dos nossos alunos está sendo realmente significativo, e se

estamos conseguindo atribuir valores às nossas aulas, enfim de todos

olharmos para a Educação Física Escolar, realmente no contexto da Educação

e entendermos a importância desta na escola, assim compreenderemos o seu

objetivo principal de tornar os alunos cidadãos críticos, reflexivos e autônomos

responsáveis pelos seus atos, visando à transformação da sociedade. “Dentro

desse contexto da Educação Física Escolar, devemos possibilitar

oportunidades a todos os alunos para que desenvolvessem as suas


23

potencialidades, de forma democrática, não seletiva, visando sua formação e

aprimoramento humano”.

Referências:

FINCK, Silvia Christina Madrid. A Educação Física e o esporte na escola:


cotidiano, saberes e formação/Silvia Christina Madrid Finck. - 2. ed.rev.-
Curitiba: Ibpex, 2011.

PEDRINELLI, V. J. Possibilidade na diferença: o processo inclusivo, de todos


nós. Revista Integração, ano 14, 2002. (Edição Especial).

CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Ao término desta pesquisa, percebe-se ser fundamental o estágio


curricular no desenvolvimento do aluno, sua prática pedagógica e sua
formação docente e profissional, sobretudo porque, é nesse período que se
tem o primeiro contato com o novo, com as dúvidas, com questões práticas,
questionamentos e de como deve ser seu posicionamento no mercado de
trabalho.. O conhecimento dessas tendências e perspectivas de ensino por
parte dos professores é fundamental para a realização de uma prática docente
realmente significativa, que tenha algum sentido para o aluno, pois tais
tendências objetivam nortear o trabalho do educador, ajudando a responder a
questões sobre as quais deve se estruturar todo o processo de ensino.
A valorização do estágio como instrumento de apropriação do saber é o
melhor serviço que se presta aos interesses populares, já que a própria
instituição pode contribuir para eliminar a seletividade social e torná-la
democrática.
Cabe ressaltar a importância de trabalhar os temas transversais
principalmente nessa fase em que o amadurecimento do aluno e a formação
do seu modo de pensar está a “flor da pele”. Os temas transversais  tem como
objetivo estimular nos jovens a reflexão sobre a realidade na qual eles estão
inseridos, para que eles sejam capazes de compreendê-la e transformá-la para
melhor.
O Plano de Ação consiste em um instrumento de trabalho dinâmico com o
intuito de propiciar ações, ressaltando seus principais problemas e os objetivos
dentro de metas a serem alcançadas, com critérios de acompanhamento e
avaliação pelo trabalho desenvolvido , grande aliado para que o futuro
educador pense em práticas que o ajudará a resolver problemas que ocorrem
na escola, ou sala de aula.

REFERÊNCIAS
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BARRETO, da Silva Junior, Moacir autor e Pimentel de Andrade Marcos


Vinicius coautor. Circuito de atividades desportivas. Disponível em:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=26457 acesso
em: 24\06\2020.

BERNADO1, da Silva Elisangela. BORGE2, Moreira Amanda. CERQUEIRA3,


Meirelles Leonardo. Gestão escolar e democratização da escola: desafios e
possibilidades de uma construção coletiva. RPGE – Revista online de
Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 22, n. esp.1, p. 31-48, mar.,
2018.

GESTÃO ESCOLAR. Blog: Projeto Político Pedagógico: o que é e qual a


importância. Disponível em https://horario.com.br/blog/projeto-politico-
pedagogico-o-que-e-e-qual-a-importancia/ 12/06/20.

FRANÇA, Luísa, plataforma educacional desafios e oportunidades da base


nacional comum curricular (BNCC).Disponível em:
https://www.somospar.com.br/desafios-e-oportunidades-da-base-nacional-
comum-curricular-bncc/ Acesso em: 14/06/20.

MARTINI, Luiz Eugênio e GOMES, da Silva Pierre Normando.“o que eu


transformaria? muita coisa!”: os saberes e os não saberes docentes
presentes no estágio supervisionado em educação física, Maringá, v. 22, n.
4, p. 569-581, 4. Trim. 2011.

SILVA, D´Ávila, Alexandra e OLIVEIRA, e Silva Lisandra. Educação física na


educação infantil: o papel do professor de educação física. Revista
Kinesis, Santa Maria v.36 n.1, 2018, jan. - abr. p. 44– 57
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