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FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS DE CACOAL - FACIMED

COORDENAÇÃO DE PÓS GRADUAÇÃO LATU-SENSU


PÓS GRADUAÇÃO EM ZOOLOGIA, ECOLOGIA E CONSERVAÇÃO

DISCIPLINA: ZOOLOGIA E ECOLOGIA DE CAMPO

Discente: Ângela Neta Dias dos Santos e

Porto Velho/RO
Agosto de 2020
1. INTRODUÇÃO

Desde muito tempo, os biólogos tentam quantificar a diversidade de formas


de vida no planeta. O método mais lógico para isso era uma simples contagem de
quantos e quais organismos vivem em uma área. Nas primeiras décadas do século
XX, alguns naturalistas tentaram propor métodos para medir a abundância e a
riqueza de uma área, através de metodologias que envolviam critérios aritméticos
(passíveis de análises estatísticas mais rigorosas, que dessem bojo aos resultados
obtidos). Hoje em dia, as análises de riqueza e de diversidade estão muito em moda
e difundidas entre a comunidade científica (Carvalho 1997; Moreno 2001; Santos
2003). Praticamente todas as políticas públicas e não-governamentais de projetos
conservacionistas utilizam medidas de diversidade e de riqueza para apoiar os
dados que subsidiarão as verbas destinadas a medidas de preservação ambiental
ou mesmo de espécies, animais ou vegetais.

2. DELINEAMENTO EXPERIMENTAL DE PROJETOS

2.1. Desenho amostral


O desenho de pesquisa é definido como os métodos e técnicas escolhidos
por um pesquisador, que ao combiná-los de maneira razoavelmente lógica, possuem
a finalidade de que o problema de pesquisa seja tratado eficientemente.
O desenho de um tópico de pesquisa é usado para explicar o tipo de
pesquisa (pesquisa experimental, pesquisas correlacionais, pesquisa semi-
experimental) e também seu subtipo (delineamento experimental, problema de
pesquisa, estudo de caso descritivo). Ou seja, existem três etapas principais do
desenho da pesquisa: coleta, medição e análise de dados.
Por certo, o tipo de problema de pesquisa que uma organização enfrenta
determinará o desenho da pesquisa e não o contrário. As variáveis, as ferramentas
projetadas para coletar informações, como as ferramentas serão usadas para coletar
e analisar os dados e outros fatores, são decididas no projeto de pesquisa com base
em uma técnica.
Do mesmo modo, um projeto de pesquisa cria um desvio mínimo nos dados
e aumenta a confiança nas informações coletadas e analisadas. O projeto de
pesquisa que produz a menor margem de erro na pesquisa experimental pode ser
considerado o melhor.

2.2. Tipos de desenho de pesquisa


Um pesquisador deve ter uma compreensão clara dos vários tipos de projeto
de pesquisa para selecionar qual a implementar no estudo. O desenho da pesquisa
pode ser amplamente classificado em desenho de pesquisa quantitativa e
qualitativa.

2.2.1. Projeto de Pesquisa qualitativa


A pesquisa qualitativa é realizada nos casos em que a relação entre os
dados e observações coletadas, com base em cálculos matemáticos, está
estabelecida. Teorias relacionadas a um fenômeno natural podem ser testadas
usando cálculos matemáticos. Pesquisadores confiam no desenho qualitativo da
pesquisa esperando que seja completado.

2.2.2. Projeto de Pesquisa Quantitativa


A pesquisa quantitativa é realizada nos casos em que é importante um
pesquisador ter conclusões estatísticas para reunir informações acionáveis. Os
números fornecem uma perspectiva melhor para tomar decisões de negócios
importantes. O projeto de pesquisa quantitativa é vital para o crescimento de
qualquer organização.

2.2.3. Desenho de Pesquisa Descritiva


Em um desenho de pesquisa descritiva, um pesquisador está interessado
apenas em descrever a situação da sua pesquisa. É um projeto de pesquisa
baseado na teoria que é criada através da coleta, análise e apresentação dos dados
coletados. Ao implementar um projeto de pesquisa em profundidade, um
pesquisador pode fornecer informações sobre o porquê da pesquisa.

2.2.4. Projeto experimental de pesquisa


O design da pesquisa experimental é usado para estabelecer uma relação
entre a causa e efeito de uma situação. É um desenho de pesquisa em que o efeito
causado pela variável independente sobre a variável dependente é observado.
Por exemplo, o efeito de uma variável independente é monitorado como o
preço de uma variável dependente, como a satisfação do cliente ou a fidelidade à
marca. É um método de design de pesquisa muito prático, pois contribui para a
resolução de um problema.
As variáveis independentes são manipuladas para monitorar a alteração na
variável dependente. É frequentemente utilizado nas ciências sociais para observar
o comportamento humano, analisando dois grupos, o afeto de um grupo sobre o
outro.

3. METODOLOGIA DE ESTUDO EM CAMPO DE ACORDO COM A DIVERSIDADE


BIOLÓGICA

Em muitos estudos de fauna são necessárias coletas de dados em campo


para a geração de informações e obtenção de resultados, sobretudo àqueles que
necessitam do diagnóstico de espécies que ocorrem numa determinada região
(HELLAWELL, 1991). Independentemente do tipo de estudo, a geração de
resultados confiáveis e de qualidade está condicionada à realização do
delineamento experimental adequado, à escolha e execução de métodos de
amostragem apropriados, ao conhecimento prévio do grupo a ser estudado e à
realização das devidas análises e interpretações dos dados (HEYER et al., 1994). A
definição e execução de métodos de amostragens apropriados para realizar estudos
de fauna são de extrema importância para a coleta de dados e, consequentemente,
para a geração de informações que visem à conservação de espécies e a
minimização das ameaças à diversidade biológica (BERNARDE, 2012).

3.1 Hepertofauna
No caso de herpetofauna, a etapa de coleta de dados e informações em
campo pode apresentar uma grande importância para as pesquisas desse grupo,
devido à carência de estudos publicados, quando comparados com os demais
grupos (BERNARDE e GOMES, 2012). Apesar da extrema importância nas
comunidades naturais, a herpetofauna tende a ser relegada a um segundo plano em
estudos ambientais devido, sobretudo, ao desconhecimento da importância do grupo
pela sociedade e a falta de pesquisas e modelos amostrais antecedentes que
subsidiem tais estudos (GIBBONS, 1988).
Para realizar os estudos herpetofaunísticos é fundamental a utilização de
métodos de amostragem, que auxiliam no encontro, registro e captura de anfíbios e
répteis (BERNARDE, 2012). A grande maioria dos anfíbios anuros é relativamente
fácil de ser registrada, por terem uma atividade de vocalização bem marcante
durante o período reprodutivo em seu habitat, próximo ou em corpos d´água (brejos,
poças temporárias, riachos, lagos, entre outras (DUELLMAN e TRUEB, 1994;
POUGH et al., 2003). Já os répteis, como as serpentes, são mais difíceis de serem
registrados, dificultando a realização dos estudos em questão (FITCH, 1987). As
atividades de amostragens realizadas em campo contribuem para obtenção de
dados e para a geração de várias informações, como aquelas referentes à riqueza
de espécies, à abundância de indivíduos, ao tipo e à frequência de utilização de
habitat’s e as atividades reprodutivas (BERNARDE, 2012), que servem para
fundamentar os estudos herpetofaunísticos. Para a realização dessas atividades de
amostragens da herpetofauna são utilizados vários métodos, sendo alguns aplicados
para os três grupos (serpentes, lagartos e anuros), como as armadilhas de
interceptação e queda, e outros específicos para somente um grupo, como o registro
auditivo em transecto, utilizado somente para anuros. Entre os procedimentos
metodológicos mais utilizados para a realização de amostragens da herpetofauna no
Brasil e no mundo, destacam-se as i) Armadilhas de Interceptação e Queda, ii)
Busca Ativa, iii) Procura Visual Limitada por Tempo, iv) Registro Auditivo em
Transectos, v) Amostragem em Sítios Reprodutivos ou Procura de Anfíbios Anuros
em seus Ambientes de Reprodução, vi) Coleta por Terceiros e viii) Encontros
Ocasionais. Para os métodos citados, os que compreendem esforço amostral, o
esforço deve ser calculado multiplicando-se o número total de horas em que a
metodologia foi aplicada pelo número de profissionais envolvidos na realização da
atividade. Já para as metodologias que utilizam armadilhas, como a armadilha de
interceptação e queda, o esforço deve ser medido por número de baldes x número
de horas.

3.2. Mastofauna
Os mamíferos estão entre os vertebrados mais atingidos pela fragmentação
e destruição de hábitats naturais (Peres, 1990; Cullen et al., 2001). Sabe-se que
diversos mamíferos têm por hábito deslocar-se preferencialmente em trilhas pré-
existentes (Tomas; Miranda 2003), sobretudo carnívoros como os felinos (Crawshaw
1997).
Entre os mamíferos há grande diversidade de hábitos e, por conseguinte, de
padrões corporais que exigem a aplicação de métodos variados para a
determinação de parâmetros ecológicos (Voss; Emmons, 1996).

3.2.1. Método de levantamento para mamíferos

Métodos baseados na identificação de pegadas, visualizações ao longo de


transectos lineares e o uso de armadilhas fotográficas têm sido tradicionalmente
utilizados no estudo dos mamíferos de médio e grande porte (Pardini et al. 2003,
Cullen Jr.; Rudran 2003, Tomas; Miranda 2003).

3.2.2. Armadilhas fotográficas

As armadilhas fotográficas vêm sendo utilizadas desde o início do século XX


e podem ser consideradas ideais para o monitoramento da abundância relativa de
mamíferos de médio e grande porte (Wemmer et al. 1996).

O uso de armadilhas fotográficas mostra-se particularmente útil no estudo de


espécies com hábitos noturnos, furtivos ou que ocorram em baixas densidades
(Tomas; Miranda 2003), pois permite o monitoramento de diversos pontos, por
longos períodos. Equipamentos fotográficos vêm sendo utilizados na determinação
de parâmetros populacionais de espécies crípticas e aquelas cujo padrão de
coloração é distintivo (Tomas; Miranda 2003).

3.2.3. Método direto (visualização do animal)

Este método consiste na busca ativa ao longo de percursos padronizados,


em um do horário. Realiza-se percursos a pé em trilhas, cursos d´agua e estradas
do Parque, em períodos do amanhecer e no crepúsculo.
3.2.4. Método indreto (fezes, vocalizações, pegadas, tocas)

3.2.4.1. Coleta e análise de fezes

O reconhecimento é feito em possíveis áreas de maior probabilidade de


sucesso na localização de fezes e outros indícios deixados pelos animais.

As amostras de fezes coletadas são mantidas em sacos plásticos em anexo


à uma ficha de campo, para a análise e identificação das amostras são observadas
características como: formato, tamanho, odor, local de deposição, presença de pelo
se a associação com pegadas (Giarreta, 1991). Araújo, 2008 em seu trabalho sobre
densidade populacional de mamíferos usou dados relativos a vocalizações, fezes e
pegadas usando como evidências a presença de espécies nas duas Unidades de
Conservação. Alem de entrevistas com funcionários e pesquisadores realizadas
para confirmar a presença de algumas espécies não avistadas durante o
levantamento.

3.2.4.2. Rastreamento de pegadas

Consiste em rastrear locais de terra argilosa, nas trilhas e cursos d´áqua,


onde o animal passa e deixa o rastro. Suas medidas (comprimento, largura de
pegada e distância entre passadas) são tomadas com o uso do paquímetro e
fotografadas.

Quando as pegadas se apresentam em perfeito estado de conservação,


toma-se contra-moldes de gesso, método este que consiste no preparo de uma
massa de gesso que é derramada sobre a pegada escolhida, cercada com uma tira
de cartolina. Quando o gesso seca e enrijece a tira de cartolina é removida e a peça
sacada, do substrato com cuidado (Becker, 1991). Tocas: Somente são
consideradas aquelas que contém algum tipo de vestígio recente e seguro para a
identificação da espécie (Pardini, 1996).

3.3. Avifauna
Um problema dos levantamentos de aves é a alta variação na detecção dos
animais ao longo do dia (Gutzweiller, 1993), em diferentes estações do ano
(Rollfinke; Yahner, 1990) e condições climáticas (Ralph & Scott, 1981). Deste modo,
o período escolhido para se realizar o trabalho influencia consideravelmente os
resultados (Jones, 1998).

Em métodos que se utilizam trajetos, o observador é móvel e registra todos


os indivíduos detectados em cada lado do caminho percorrido em velocidade
constante. No caso de pontos, o observador é fixo e permanece na estação (ponto)
por um período de tempo pré-determinado, registrando todos os indivíduos
detectados ao seu redor, para depois se mover em direção ao próximo ponto de
amostragem. Trajetos e pontos possuem vantagens e desvantagens para diferentes
situações, habitats e espécies como é característico de qualquer método de
levantamento (Nunes & Betini, 2002).

3.3.1. Transecções lineares (Line Transect)

O método de Line Transect foi desenvolvido e é mais apropriado para


levantamentos realizados a pé ou por veículos em terra (Rudran et al, 1996). Os
transectos utilizados devem ser distribuídos o melhor possível dentro da área a ser
amostrada (Galetti; Marques, 2002). Esse método de transectos possui baixo custo
operacional e permite a detecção de um grande número de espécies, porém é difícil
de ser implantado em locais florestais e ou montanhosos, não estima abundância e
nem tamanho populacional corretamente; espécies que cantam e se deslocam
pouco não são detectadas e os dados morfológicos e biológicos não são coletados
(Terborgh et al., 1990).

3.3.2. Strip Transect

Os animais numa determinada "faixa" são avistados e devidamente


contados. Esta "faixa", normalmente de forma retangular, possui uma largura
prédeterminada (L) e o transecto a ser percorrido para realização do censo está
situado no meio dela, dividindo a área em duas partes com a metade da largura da
faixa original (L/2). Todos os animais presentes em ambos os lados do transecto, e
que se encontrem dentro da área prédeterminada devem ser contados, enquanto
que aqueles fora destes limites devem ser ignorados (Terborgh et al., 1990).

3.3.3. Pontos de escuta

Por esse método, em uma área delimitada faz-se o levantamento dos cantos
das aves. Tem a vantagem de estimar a densidade e o tamanho populacional e ter
baixo custo, porém necessita de pessoal altamente treinado para identificar os
cantos, além disso, espécies que cantam ou se deslocam pouco não são detectadas
(Terborgh et al., 1990).

3.3.4. Captura e marcação

As aves são capturadas através de várias técnicas, identificadas e


marcadas. Detecta espécies pouco conspícuas, permite uma estimativa
relativamente precisa de abundância, riqueza e diversidade, tamanho populacional e
taxas demográficas. Através deste método de levantamento é possível a coleta de
dados morfológicos e biológicos, importante no monitoramento e manejo da
avifauna. Possui como desvantagem o alto custo de implantação e a limitação para
as aves de pequeno porte (Terborgh et al., 1990).

3.4. Ictiofauna

Os métodos de amostragem de peixes e crustáceos são separados,


segundo a participação do operador, em ativos e passivos (Nielsen & Johnson,
1983). A amostragem passiva é realizada utilizando- -se petrechos sem a
intervenção direta do coletor, causando uma menor perturbação ao ambiente,
contrariamente ao método ativo, que consiste na captura utilizando-se petrechos que
perturbam o ambiente, seja pela movimentação dos coletores ou pela alteração de
microhábitats (Ribeiro; Zuanon, 2006). Dentre os métodos passivos existentes, o
encarceramento consiste em dispositivos de armadilha que capturam os organismos
que entram em uma área delimitada através de um ou mais funis – ou aberturas em
forma de V – e que, uma vez lá dentro, não conseguem encontrar um caminho para
escape (Hubert, 1996).

3.4.1. Metodologia utilizada em estudos ictiológicos

3.4.1.1. Coleta com redes de mão/peneira

Este é um método ativo de coleta de peixes, que geralmente acessa uma


fauna de pequeno porte (<100mm) e visa a captura de exemplares alojados em
áreas de vegetação densa, folhiço submerso ou nas margens. Esta técnica de
captura foi aplicada em todos os trechos, em locais próximos a vegetação aquática e
em contato com a água. Este método foi aplicado em áreas de até 1,5m de
profundidade. O tempo de coleta foram duas horas em cada período (matutino e
vespertino).

3.4.1.2. Coleta com rede de arrasto

Este método foi utilizado por, no mínimo, dois coletores, e buscou acessar a
uma fauna mais pelágica e/ou associada ao leito dos corpos d’águas. As redes de
arrasto foram aplicadas manualmente em locais menos profundos até 1,5 metros e
com o auxílio do barco em áreas mais profundas (margens, ilhas e canal do rio).

3.4.1.3. Coleta com rede de espera e tarrafas

Este método passivo de coleta de peixes foi empregado para a captura de


peixes de maior porte que habitam ou esporadicamente utilizam os igarapés ou as
margens do rio para alguma de suas atividades biológicas. Nos trechos foi
empregada uma bateria de redes de diferentes malhas (2, 3, 4, 5, 10 e 20 cm entre
nós consecutivos), a fim de capturar exemplares de vários tamanhos e formas. Essa
bateria possui entre 10 e 100 metros de extensão e entre 2 e 5 metros de altura. As
redes foram mantidas expostas, paralelamente aos corpos d’água, por até 24 horas
e revisadas a cada três horas.

3.4.1.4. Coleta com varas de pesca


No intervalo entre as verificações das redes, foram realizadas coletas com o
uso de material de pesca convencional, ou seja, com varas de fibra de carbono
equipadas com carretilha ou molinete. Este equipamento usa linhas de nylon de
capacidade de tensão apropriada para o tipo de peixe esperado. Foram
arremessadas com este equipamento, iscas artificiais de diversos modelos,
tamanhos e formas e iscas naturais (Minhoca, milho, etc), no intuito de capturar os
peixes de médio e grande porte.

4. METODOLOGIA PARA ESTUDOS DE AUTOECOLOGIA E ECOLOGIA DE


COMUNIDADE

4.1. Autoecologia
A autoecologia é um dos três grandes ramos nos quais a ecologia se divide,
sendo os outros dois a sinecologia e a demoecologia. É uma área que estuda como
cada espécie (animal ou vegetal) se relaciona e responde aos determinadas
características e eventos ambientais, tais como (clima, vegetação, relevo, umidade e
entre outros fatores bióticos e abióticos). Trata-se de uma área científica com
poucos discípulos no mundo atual, pois é classificado como um tipo de estudo muito
restrito e que não contempla o ecossistema como um todo.
A autoecologia considera os organismos como representantes de uma
espécie e como estes reagem aos fatores ambientais, tanto bióticos como abióticos.
Nos estudos de autoecologia pretende verificar-se como cada espécie se adaptou a
um determinado biótopo, tanto do ponto de vista da fisiologia como da etologia,
incluindo as suas migrações e as suas relações com outras espécies que coabitam o
mesmo ecossistema.
A autoecologia é a área da ecologia que está interessada em estudar como
cada espécie, seja animal ou vegetal, reage separadamente a determinados fatores
ambientais, tais como clima, vegetação, relevo, entre outros. Trata-se de um ramo
científico clássico com poucos adeptos nos dias atuais.
Este conceito surgiu no ano de 1910, durante o “III Congresso Internacional
de Botânica”, em Bruxelas, e busca entender os ecossistemas de maneira
experimental e indutiva. A partir daí o estudo das relações individuais de organismos
ou espécies com os fatores ambientais (o que seria o estudo de “baixo para cima”)
passou a ser denominada “autoecologia”. Esta se diferencia da sinecologia, o outro
grande ramo da ecologia. A sinecologia é definida como uma ciência mais filosófica
e dedutiva, com o estudo das associações ou inter-relações entre as populações e o
meio (o que seria o estudo de “cima para baixo”).

Ramo clássico de estudo da ecologia, a autoecologia parte de uma visão


mecanicista (para se compreender o todo é necessário o estudo das partes) e a sua
abordagem é considerada muito útil, pois introduz conceitos como a adaptabilidade
genética das populações e o equilíbrio da relação de um organismo com o seu meio.

Na autoecologia há a consideração dos organismos como representantes de


uma espécie e como estes reagem aos fatores ambientais, sejam eles bióticos ou
abióticos. Assim sendo, os estudos deste campo de estudo buscam compreender e
verificar o modo pelo qual cada espécie se adaptou a um determinado biótopo, seja
do ponto de vista da fisiologia bem como da etologia, incluindo as suas migrações e
as relações com outras espécies do mesmo ecossistema.

4.1.1. As limitações do campo de estudo


A partir do ano de 1926, com a aparição da concepção holística, iniciaram-se
as discussões referentes às limitações da autoecologia, uma vez que este campo de
estudo não possibilita a compreensão das relações ou características em
desenvolvimento de um determinado ecossistema.
No entanto, embora a autoecologia tenha as suas limitações, ainda é uma
abordagem considerada dentro dos estudos de ecologia.

4.2. Ecologia das Comunidades


Ecologia das comunidades é um ramo da ecologia que estuda a distribuição
e abundância das espécies e das comunidades por elas formadas. Cada lugar na
terra- cada pradaria, cada lago, cada rocha na fronteira do mar- é compartilhado por
muitos organismos coexistentes. Essas plantas, animais e micróbios estão
conectados uns aos outros por suas relações de alimentação e outras interações,
formando um complexo frequentemente denominado de comunidade biológica. As
inter-relações dentro das comunidades governam o fluxo de energia e a reciclagem
de alimentos dentro do ecossistema. Eles também influenciam os processos
populacionais e, ao fazer isso determinam as abundâncias relativas das espécies.
Na natureza, os indivíduos e as populações de espécies não sobrevivem
isoladamente. Eles são sempre parte de grupos de populações de espécies
diferentes que ocorrem juntas no espaço e no tempo e que estão conectados uns
aos outros por suas relações ecológicas, formando um complexo chamado de
comunidade. Assim, a Ecologia de Comunidades procura entender a maneira como
agrupamentos de espécies são distribuídos na natureza e as formas pelas quais
esses agrupamentos podem ser influenciados pelo ambiente abiótico e pelas
interações entre as populações de espécies. Para descobrir como indivíduos,
populações e comunidades funcionam, devemos entender os limites aos quais
esses diferentes níveis de organização estão sujeitos, sob os pontos de vista da
tolerância e da adaptação. Sabemos então que uma comunidade é composta por
indivíduos e populações, mas no estudo de comunidades podemos identificar
propriedades coletivas, como a diversidade de espécies ou a biomassa da
comunidade.
Os organismos interagem em processos de mutualismo, parasitismo,
predação e competição, mas as comunidades apresentam propriedades
emergentes, que são a soma das propriedades dos organismos mais suas
interações. Por esse motivo, a natureza da comunidade não pode ser analisada
somente como a soma das suas espécies constituintes. Uma comunidade pode ser
definida em qualquer escala dentro de uma hierarquia de hábitats, dependendo do
tipo de questão. Se a comunidade for espacialmente definida, ela incluirá todas as
populações dentro de suas fronteiras. Assim, o ecólogo pode utilizar o conhecimento
das interações entre organismos para tentar explicar o comportamento e a estrutura
de uma comunidade.
As principais perguntas a serem respondidas por um ecólogo de
comunidades são: Como os agrupamentos de espécies estão distribuídos? Como
são influenciados pelos fatores abióticos e bióticos? Por outro lado, a ecologia de
ecossistemas também estuda a estrutura e o comportamento dos mesmos sistemas,
mas com foco nas rotas seguidas pela energia e pela matéria, que se movem
através de elementos vivos e não vivos. Esta categoria de organização é definida
como o Ecossistema, o qual inclui a comunidade junto com o ambiente físico.
Um ecossistema tem todos os componentes necessários para funcionar e
sobreviver a longo prazo e não é possível tratar os componentes de forma separada,
um a um. Os sistemas biológicos são sistemas abertos, com entradas e saídas de
matéria, embora possam permanecer constantes por longos períodos de tempo. O
sol é a fonte de energia fundamental para a biosfera, mantendo a maioria dos
ecossistemas. Outras fontes de energia são o vento, a chuva, as marés e os
combustíveis fósseis. A energia também flui para fora do sistema em forma de calor,
matéria orgânica ou contaminantes. A água, o ar e os nutrientes necessários à vida
entram e saem do ecossistema, assim como os organismos, através da imigração e
emigração.

5. TÉCNICAS DE OBSERVAÇÃO, COLETA E PREPARO DE ANIMAIS


OCORRENTES EM DIVERSOS TIPOS DE AMBIENTES.
A coleta de espécimes animais, embora ainda hoje mal vista por algumas
pessoas, é a única base confiável para geração de todo e qualquer conhecimento na
Zoologia. Sem a coleta de espécimes é impossível realizar estudos taxonômicos e
aplicar corretamente nomes científicos a populações animais, independentemente
do conceito de espécie utilizado (Silveira; Olmos, 2007). A taxonomia, e, por
conseguinte a coleta científica, é fundamental para os estudos de sistemática,
biogeografia, ecologia, evolução, anatomia, fisiologia, veterinária, entre tantos
outros, inclusive biologia da conservação. Embora pareça contraditório, a
conservação das espécies é altamente beneficiada pela coleta de espécimes, os
quais fornecem informações de qualidade e que podem ser acessadas por qualquer
pesquisador a qualquer tempo e de forma independente, sendo uma fonte científica
de alta confiabilidade (Remsen, 1995; Winker, 1996, 2000; Vuilleumier, 1998; Mace,
2004; Bortolus, 2008).
Os animais que chegam nas coleções podem estar vivos ou mortos, sendo
seu processamento diferente em cada caso. Quando um animal chega vivo no setor
de herpetologia, ele primeiramente é fotografado para que se tenha registro do
animal vivo, pois, é muito importante para alguns trabalhos o fator da coloração tanto
da pele quanto dos olhos do animal ainda em vida. Após ser fotografado, o animal é
pesado e então eutanasiado. A eutanásia é feita a partir de uma superdose de
anestésico, sendo a lidocaína para anfíbios e tiopental, um barbitúrico, para répteis
(AURICCHIO; SALOMÃO, 2002; PAPAVERO, 1994) Para a coleção Ornitológica e
Mastozoológica o processo é um pouco diferente. Os espécimes chegam
normalmente mortos e são retiradas informações que possam ser perdidas depois
que fixados. São retiradas as seguintes informações: medidas de peso, comprimento
total como pode ser visto na figura 6, envergadura, nome científico atualizado,
localidade onde o espécime foi encontrado ou coletado, cores das partes nuas (bico,
íris, tarso, planta do pé, anel perioftálmico), sexo, tamanho das gônadas e muda
para as aves (AURICCHIO; SALOMÃO, 2002; PAPAVERO, 1994).
Já para os mamíferos são retiradas as seguintes medidas: Peso,
comprimento da cabeça mais o corpo, comprimento da cauda, comprimento do pé
traseiro e orelhas, comprimento do tragus e do antebraço.
Para o grupo das aves e dos mamíferos, essas medidas devem ser retiradas
antes de qualquer preparação, seja o material destinado para via úmida ou via seca.
No caso da coleção Ictiológica, a retirada dessas medidas pode ser feita
mesmo depois da fixação do material, pois o espécime permanecera inteiro. As
medidas básicas retiradas de um peixe são: Comprimento total, comprimento
padrão, cabeça, base da primeira nadadeira dorsal, base da segunda nadadeira
dorsal, comprimento do pedúnculo caudal, base da nadadeira anal, comprimento da
nadadeira peitoral, altura, distancia pós-orbital, distancia pré orbital, olho, opérculo
(AURICCHIO; SALOMÃO, 2002).

6. MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO TAXONÔMICA

A expressão classificação científica, taxonomia ou classificação biológica,


designa o modo como os biólogos agrupam e categorizam as espécies de seres
vivos, extintas e actuais. A classificação científica moderna tem as suas raízes no
sistema de Karl von Linnée (ou Carolus Linnaeus), que agrupou as espécies de
acordo com as características morfológicas por elas partilhadas. Estes
agrupamentos foram subsequentemente alterados múltiplas vezes para melhorar a
consistência entre a classificação e o princípio darwiniano da ascendência comum.
O advento da sistemática molecular, que utiliza a análise do genoma e os métodos
da biologia molecular, levou a profundas revisões da classificação de múltiplas
espécies e é provável que as alterações taxonómicas continuem a ocorrer à medida
que se caminha para um sistema de classificação assente na semelhança genética
e molecular em detrimento dos critérios morfológicos. A classificação científica
pertence à ciência da taxonomia ou sistemática biológica.
As categorias de classificação dos seres vivos (grupos taxonômicos)
propostas por Lineu, e usadas até hoje, são: espécie, gênero, família, ordem, classe,
filo e reino (da menos abrangente para a mais abrangente).
Espécie é um grupo de organismos semelhantes que, em condições
naturais, são capazes de acasalar e produzir descendentes férteis.
Quando diferentes espécies apresentam muitas semelhanças entre si, elas
são reunidas em um grupo mais abrangente, formando uma nova categoria,
chamada gênero.
São conhecidas, atualmente, por volta de um milhão e setecentas mil
espécies de seres vivos. Para nomeá-las, utiliza-se o sistema de nomenclatura
criado por Lineu, no qual cada espécie apresenta um nome científico.
De acordo com esse sistema de nomenclatura, que obedece a certas regras,
os nomes científicos são formados por duas palavras, em latim. Por esse motivo
também é conhecido por sistema binomial.
Duas palavras indicam o nome científico da espécie. A primeira palavra
indica o gênero a que o organismo pertence e deve começar com letra maiúscula. A
segunda palavra deve começar com letra minúscula e sempre vir acompanhada da
primeira. Os nomes científicos devem aparecer destacados do resto do texto,
podendo ser escritos em itálico, em negrito ou grifados.
Quando se conhece apenas o gênero, costuma–se colocar “sp.’ que significa
uma “espécie do gênero”, e deve vir sem nenhum destaque (itálico, negrito ou grifo).
Por exemplo, leão e tigre podem ser chamados de Panthera sp.

7. CONSERVAÇÃO E FORMAÇÃO DE COLEÇÕES DIDÁTICAS E CIENTÍFICAS

Os procedimentos de coleta de material biológico e sua posterior


conservação, embora passem despercebidos por grande parte da prática científica
atual, são de suma importância não apenas em trabalhos de cunho taxonômico e
sistemático, mas também em Ecologia, Etologia, Fisiologia e como ferramenta
indispensável ao ensino de Ciências.
A diferença principal entre coleções didáticas e científicas é o público-alvo.
Coleções didáticas são produzidas com o intuito de mostrar aos alunos parte da
diversidade conhecida e geralmente envolve espécimes grandes, vistosos, coloridos,
de várias ordens e famílias. De modo geral, não é dada muita atenção à
etiquetagem e procedência do material e o acondicionamento se dá mais como uma
disposição adequada ao espaço disponível (p.ex. uma gaveta ou caixa) que de
acordo com uma organização sistemática, ou seja, grupos evolutivamente
relacionados posicionados próximos em um mesmo local. Mas quando essas
coleções são elaboradas seguindo-se técnicas de coleta, montagem e preservação,
podem sim ser utilizadas para fins científicos, como fonte importante de informação.
O uso de coleções didáticas deveria ser uma prática disseminada nas
escolas, uma vez que permite, além de uma aproximação com o mundo natural,
observar, registrar, interpretar a natureza e contribuir para preservá-la. Além disso, a
noção de evolução das formas vivas, de que as espécies mudam com o tempo tal
modo que seus descendentes se tornam novas espécies é facilmente compreendida
quando se tem em mente a infinidade de formas e as características compartilhadas
por cada uma delas. E não há nada como uma boa coleção – didática ou científica –
para instigar nos alunos reflexões a respeito de modificações (morfológicas nesse
caso) ao longo do tempo.
Já as coleções científicas são organizadas de forma Sistemática. Em alguns
casos os detalhes não são visualizados a olho nu e nem sempre os espécimes são
vistosos e coloridos. Espécimes de alguns grupos são bem pequenos e necessitam
de recursos adicionais para serem montados e acondicionados. Uma diferença
importante é que este tipo de coleção sempre porta informações de procedência do
material, localidade, data, coletor, determinador, métodos de coleta e coordenadas
geográficas, visando sempre a repetibilidade da experimentação.
Museus são os depositários de uma rica fonte de informações sobre os mais
diversos grupos, e os trabalhos em Taxonomia e Sistemática encontram um terreno
fértil de produção científica nessas instituições, onde se tem à mão uma variedade
biológica que serve de suporte aos mais variados estudos, desde a taxonomia ao
nível alfa (descrição de espécies) até o levantamento de hipóteses de
relacionamento entre os táxons e discussões sobre a evolução dos grupos. Afora
isso, para qualquer trabalho que utilize espécies como modelos biológicos, é
recomendável que se depositem exemplares usados nos seus experimentos em
museus, a fim de que outros pesquisadores, interessados em repetir as
experimentações, possam confirmar se os modelos em questão são de fato aqueles
referidos inicialmente.
Os museus, na qualidade de instituição mantenedora da representação da
diversidade biológica, colocam-se na linha de frente na questão da comunicação
científica entre pesquisadores (principalmente em relação ao empréstimo de material
entre instituições) e na questão da divulgação dos resultados para a sociedade,
cabendo a essas instituições, por meio de exposições, fornecer a todos os
segmentos da sociedade informação de qualidade, expondo os resultados científicos
de forma clara e atraente. E cabe aos professores, até mesmo das escolas que têm
coleções, acompanhar os alunos em visitas a essas exposições. Assim, o papel dos
museus como instituições depositárias de espécimes, os trabalhos de curadoria ali
desenvolvidos, e a utilização de coleções didáticas em sala de aula, mostram-se de
fundamental importância como fonte depositária e provedora de informação
biológica e histórica.

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pesquisa científica é o produto de uma investigação detalhada e meticulosa,


que busca responder o problema proposto, alicerçando-se em mecanismos
científicos. Ou seja, a pesquisa cientifica utiliza-se de uma associação de métodos e
técnicas empregados pelos pesquisadores para alcançar e produzir novos
conhecimentos ou complementar conhecimentos já existentes.
Assim a pesquisa cientifica segue todos os processos e normas
metodológicas para que a investigação seja validada e representativa. Desta
maneira, todas as etapas são organizadas sequencialmente, como a escolha do
tema e do problema de pesquisa, qual metodologia será adotada, averiguação dos
resultados e a comunicação dos resultados.
A metodologia é a ciência compreendida por meio da sistematização dos
processos a serem desenvolvidos no decorrer do estudo e/ou pesquisa acadêmica
para gerar conhecimento. Deste modo, a metodologia vai descrever quais são os
métodos e instrumentos empregados para realização da pesquisa científica. O
importante para metodologia é validar os passos percorridos a fim de alcançar
objetivos apresentados na pesquisa, mostrando o raciocínio utilizado pelos
pesquisadores para interpelar o objeto de estudo.
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