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Porto Velho/RO
Agosto de 2020
1. INTRODUÇÃO
3.1 Hepertofauna
No caso de herpetofauna, a etapa de coleta de dados e informações em
campo pode apresentar uma grande importância para as pesquisas desse grupo,
devido à carência de estudos publicados, quando comparados com os demais
grupos (BERNARDE e GOMES, 2012). Apesar da extrema importância nas
comunidades naturais, a herpetofauna tende a ser relegada a um segundo plano em
estudos ambientais devido, sobretudo, ao desconhecimento da importância do grupo
pela sociedade e a falta de pesquisas e modelos amostrais antecedentes que
subsidiem tais estudos (GIBBONS, 1988).
Para realizar os estudos herpetofaunísticos é fundamental a utilização de
métodos de amostragem, que auxiliam no encontro, registro e captura de anfíbios e
répteis (BERNARDE, 2012). A grande maioria dos anfíbios anuros é relativamente
fácil de ser registrada, por terem uma atividade de vocalização bem marcante
durante o período reprodutivo em seu habitat, próximo ou em corpos d´água (brejos,
poças temporárias, riachos, lagos, entre outras (DUELLMAN e TRUEB, 1994;
POUGH et al., 2003). Já os répteis, como as serpentes, são mais difíceis de serem
registrados, dificultando a realização dos estudos em questão (FITCH, 1987). As
atividades de amostragens realizadas em campo contribuem para obtenção de
dados e para a geração de várias informações, como aquelas referentes à riqueza
de espécies, à abundância de indivíduos, ao tipo e à frequência de utilização de
habitat’s e as atividades reprodutivas (BERNARDE, 2012), que servem para
fundamentar os estudos herpetofaunísticos. Para a realização dessas atividades de
amostragens da herpetofauna são utilizados vários métodos, sendo alguns aplicados
para os três grupos (serpentes, lagartos e anuros), como as armadilhas de
interceptação e queda, e outros específicos para somente um grupo, como o registro
auditivo em transecto, utilizado somente para anuros. Entre os procedimentos
metodológicos mais utilizados para a realização de amostragens da herpetofauna no
Brasil e no mundo, destacam-se as i) Armadilhas de Interceptação e Queda, ii)
Busca Ativa, iii) Procura Visual Limitada por Tempo, iv) Registro Auditivo em
Transectos, v) Amostragem em Sítios Reprodutivos ou Procura de Anfíbios Anuros
em seus Ambientes de Reprodução, vi) Coleta por Terceiros e viii) Encontros
Ocasionais. Para os métodos citados, os que compreendem esforço amostral, o
esforço deve ser calculado multiplicando-se o número total de horas em que a
metodologia foi aplicada pelo número de profissionais envolvidos na realização da
atividade. Já para as metodologias que utilizam armadilhas, como a armadilha de
interceptação e queda, o esforço deve ser medido por número de baldes x número
de horas.
3.2. Mastofauna
Os mamíferos estão entre os vertebrados mais atingidos pela fragmentação
e destruição de hábitats naturais (Peres, 1990; Cullen et al., 2001). Sabe-se que
diversos mamíferos têm por hábito deslocar-se preferencialmente em trilhas pré-
existentes (Tomas; Miranda 2003), sobretudo carnívoros como os felinos (Crawshaw
1997).
Entre os mamíferos há grande diversidade de hábitos e, por conseguinte, de
padrões corporais que exigem a aplicação de métodos variados para a
determinação de parâmetros ecológicos (Voss; Emmons, 1996).
3.3. Avifauna
Um problema dos levantamentos de aves é a alta variação na detecção dos
animais ao longo do dia (Gutzweiller, 1993), em diferentes estações do ano
(Rollfinke; Yahner, 1990) e condições climáticas (Ralph & Scott, 1981). Deste modo,
o período escolhido para se realizar o trabalho influencia consideravelmente os
resultados (Jones, 1998).
Por esse método, em uma área delimitada faz-se o levantamento dos cantos
das aves. Tem a vantagem de estimar a densidade e o tamanho populacional e ter
baixo custo, porém necessita de pessoal altamente treinado para identificar os
cantos, além disso, espécies que cantam ou se deslocam pouco não são detectadas
(Terborgh et al., 1990).
3.4. Ictiofauna
Este método foi utilizado por, no mínimo, dois coletores, e buscou acessar a
uma fauna mais pelágica e/ou associada ao leito dos corpos d’águas. As redes de
arrasto foram aplicadas manualmente em locais menos profundos até 1,5 metros e
com o auxílio do barco em áreas mais profundas (margens, ilhas e canal do rio).
4.1. Autoecologia
A autoecologia é um dos três grandes ramos nos quais a ecologia se divide,
sendo os outros dois a sinecologia e a demoecologia. É uma área que estuda como
cada espécie (animal ou vegetal) se relaciona e responde aos determinadas
características e eventos ambientais, tais como (clima, vegetação, relevo, umidade e
entre outros fatores bióticos e abióticos). Trata-se de uma área científica com
poucos discípulos no mundo atual, pois é classificado como um tipo de estudo muito
restrito e que não contempla o ecossistema como um todo.
A autoecologia considera os organismos como representantes de uma
espécie e como estes reagem aos fatores ambientais, tanto bióticos como abióticos.
Nos estudos de autoecologia pretende verificar-se como cada espécie se adaptou a
um determinado biótopo, tanto do ponto de vista da fisiologia como da etologia,
incluindo as suas migrações e as suas relações com outras espécies que coabitam o
mesmo ecossistema.
A autoecologia é a área da ecologia que está interessada em estudar como
cada espécie, seja animal ou vegetal, reage separadamente a determinados fatores
ambientais, tais como clima, vegetação, relevo, entre outros. Trata-se de um ramo
científico clássico com poucos adeptos nos dias atuais.
Este conceito surgiu no ano de 1910, durante o “III Congresso Internacional
de Botânica”, em Bruxelas, e busca entender os ecossistemas de maneira
experimental e indutiva. A partir daí o estudo das relações individuais de organismos
ou espécies com os fatores ambientais (o que seria o estudo de “baixo para cima”)
passou a ser denominada “autoecologia”. Esta se diferencia da sinecologia, o outro
grande ramo da ecologia. A sinecologia é definida como uma ciência mais filosófica
e dedutiva, com o estudo das associações ou inter-relações entre as populações e o
meio (o que seria o estudo de “cima para baixo”).
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS