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A hora da AD
Por José Ribeiro e Castro

Bem sei que há no PSD quem não queira


"dar boleia" ao CDS. Compreendo, mas
podem enganar-se redondamente

Segunda-Feira 11/04/2011
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O novelo é longo. Pode começar-se em várias pontas. Comecemos pelo Governo


Barroso e o célebre desabafo, em 2002, que gerou escândalo: "O país está de tanga!"
Aí está! A realidade tem muita força. Continuemos com o comentário de Jorge
Sampaio, Presidente, dessolidarizando-se: "Há mais vida para além do défice." Aí
temos como não há vida para além do défice - ou melhor, só haverá "mais vida", isto é,
liberdade, democracia, soberania, escolha, crescimento, atacando a sério (e
resolvendo) o abismo do défice e suas decorrências.

Revendo a rota até à calamidade actual, ninguém pode esquecer as responsabilidades


socialistas: começa nos governos Guterres, que desperdiçaram a oportunidade de ouro
da adesão ao euro para uma consolidação orçamental indolor e que, ao invés,
inauguraram a governação "à tripa-forra", legando a crise de 2002; passa pela
irresponsável oposição do PS aos governos PSD/CDS, sujeitos a forçarem equilíbrios
anuais num quadro europeu que era muito rígido; inclui a falta de patriotismo básico e
DOWNLOAD EM PDF de solidariedade institucional de Sampaio; e termina neste penoso funeral Sócrates,
que teve de tudo: fantasia, euforia, ilusão, declínio e drama.
Público Porto
11.04.2011 - 0,81 MB
Recordo-o para lembrar o ciclo PS e ter presente que José Sócrates dispôs de
Público condições políticas excepcionais, tudo para não falhar. Lembremos. Teve a sorte de ver
11.04.2011 - 1,96 MB o quadro europeu revisto logo em 2005, podendo programar uma consolidação
P2 Porto orçamental de médio prazo. Teve maioria absoluta. Dispôs, em Cavaco Silva, no
11.04.2011 - 0,13 MB primeiro mandato, de um Presidente cooperante. Dispôs de uma oposição à direita
P2 disponível para as questões financeiras. E herdou, depois do "discurso quebra-gelos"
11.04.2011 - 0,95 MB do interregno PSD/CDS, uma opinião pública psicologicamente preparada para as
exigências do combate ao défice.
P blica
10.04.2011 - 5,59 MB
Foi com tudo isso que pareceu ter sucesso até 2007. Hoje está à vista como fracassou:
Cidades Porto porque folgou onde devia ter sido exigente; porque, enquanto pôde, fez consolidação
10.04.2011 - 2,09 MB
orçamental do lado errado; e porque não resistiu à tentação megalómana (logo
Cidades enunciada no PIIP, lembram-se?), em vez de seguir políticas sustentáveis de
10.04.2011 - 3,51 MB
crescimento. Teve condições excepcionais, pareceu começar bem. A receita era errada,
F gas falhou.
09.04.2011 - 5,53 MB
Olhemos agora para diante. O quadro é muito mais duro e difícil do que em 2002 ou

http://jornal.publico.pt/noticia/11-04-2011/a-hora-da-ad-21808217.htm 11-04-2011
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Inimigo Público 2005. Como é que, acertando agora na receita, um Governo pode ter sucesso, com
08.04.2011 - 0,72 MB condições políticas inferiores às de Sócrates em 2005? É complicado, senão
Ipsilon impossível.
08.04.2011 - 7,19 MB
É isso que nos traz à necessidade patriótica da AD: a Aliança Democrática de PSD e
CDS, com MEP, MPT, PPM e todos os que, incluindo independentes como Fernando
Nobre ou António Barreto, queiram associar-se a um projecto nacional de alternativa e
CADERNO P1 reforma - nova vida!
Destaque
Portugal Precisamos de cura, resposta e caminho. E isso só com muita força política.
Mundo Precisamos que a Alternativa ganhe claramente - não fique à beira da maioria ou não
Economia
vença apenas à pele. E, depois de vencer eleições, precisamos de vencer a prova
Local Lisboa
difícil: governar! - tirando-nos da tempestade e pondo Portugal no caminho da saúde
Local Porto
Desporto financeira, da retoma económica, da confiança social. Podemos antecipar que um PS
Espaço Público derrotado entrará em crise ou irá de volta à irresponsabilidade demagógica de 2002/04.
E precisamos certamente do novo Governo apoiado em maioria parlamentar coesa e
CADERNO P2 maioria social enraizada. Sem isso, dificilmente iremos lá. Isso tem nome e modelo:
Opinião chama-se AD. Não a fazer pode assumir proporções de erro histórico - sobretudo no
Temas estado a que Portugal chegou.
SUPLEMENTOS
Bem sei que há no PSD quem ache que vai crescer muito e não queira "dar boleia" ao
Pública CDS. Compreendo, mas podem enganar-se redondamente. O PSD pode pagar
Ípsilon
eleitoralmente o preço das ambiguidades, subindo menos do que gostaria. Bem sei que
Fugas
há no CDS quem creia que "agora é que é", não querendo "amnistiar" o PSD.
Índice da Edição mpressa Compreendo, mas tudo pode sair furado. Convém não menosprezar o risco do cone de
Edições Anteriores aspiração "voto útil", além de, em eleições para governo, haver sempre ângulos novos.
Edição em PDF E seria patético que, pela inexorabilidade das dinâmicas político-partidárias, a
campanha acabasse dominada pelas rivalidades e diferenças PSD/CDS, em vez de
ÚLTIMOS 7 DIAS
pela Alternativa e pela mudança. Que boleia isso seria para Sócrates e o PS...
Dia 10, domingo
Dia 09, sábado Sempre critiquei eleições disputadas neste quadro agudo, o que só se evitava de uma
Dia 08, sexta-feira maneira: ter antecipado a crise política em 2010. Todavia, é no olho do furacão que
Dia 07, quinta-feira estamos, o pior contexto para irmos a votos. Além do preço nacional terrível que
Dia 06, quarta-feira estamos já a pagar (e Sócrates procura capitalizar), há outra limitação: o Governo é em
Dia 05, terça-feira geral mau, sendo infindável o rol de alternativas focadas; mas tudo passa para terceiro
Dia 04, segunda-feira ou quarto plano. Em eleições destas, só se vai discutir uma coisa: finanças e economia.
Quando a casa está a arder, não há espaço para discutir a mobília, a tinta das paredes
PESQUISA ou a cor dos cortinados - só uma coisa domina: por que porta entram os bombeiros? E
OK vão usar água ou neve carbónica? Ora, a mono-agenda também é mais favorável para
Sócrates do que seria um contexto diversificado. Não pensemos que é tudo "favas
contadas".

Para recusar o esforço de uma AD, só há um argumento aceitável: uma "aliança de


direita" poder ser eleitoralmente contraproducente. Não o creio - a História não mente.
Há respostas conhecidas para equilibrar a "imagem" ao centro e no chamado "centro-
esquerda" - o receituário AD é conhecido. E a maior musculação das listas conjuntas
permitirá até mais moderação no discurso. A regra é simples: quanto maior a
envergadura, menos precisamos da garganta. Quanto mais forte o músculo, mais
moderada pode ser a voz - para obter até melhores resultados.

Quem quer ganhar e quer servir é isso que tem de buscar e construir. Quem quer
mesmo vencer as eleições e que o novo Governo triunfe é isso que tem que fazer. Se
eu fosse candidato a primeiro-ministro, não quereria menos que a AD. Se Sócrates
falhou com condições excepcionais de partida, não podemos arriscar. Não podemos
arriscar que a reforma falhe porque as condições fraquejaram. Precisamos de maioria
política ampla, solidariedade institucional inequívoca, quadro europeu favorável, maioria
social coesa, consciente, mobilizada: povo vencedor, projecto vencedor.

A hora histórica é AD. Os portugueses merecem poder mudar. Portugal precisa da AD


antes de 25 de Abril. Depois de 5 de Junho, pode já ser tarde.

Deputado do CDS-PP

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