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A hora da AD
Por José Ribeiro e Castro
Segunda-Feira 11/04/2011
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http://jornal.publico.pt/noticia/11-04-2011/a-hora-da-ad-21808217.htm 11-04-2011
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Inimigo Público 2005. Como é que, acertando agora na receita, um Governo pode ter sucesso, com
08.04.2011 - 0,72 MB condições políticas inferiores às de Sócrates em 2005? É complicado, senão
Ipsilon impossível.
08.04.2011 - 7,19 MB
É isso que nos traz à necessidade patriótica da AD: a Aliança Democrática de PSD e
CDS, com MEP, MPT, PPM e todos os que, incluindo independentes como Fernando
Nobre ou António Barreto, queiram associar-se a um projecto nacional de alternativa e
CADERNO P1 reforma - nova vida!
Destaque
Portugal Precisamos de cura, resposta e caminho. E isso só com muita força política.
Mundo Precisamos que a Alternativa ganhe claramente - não fique à beira da maioria ou não
Economia
vença apenas à pele. E, depois de vencer eleições, precisamos de vencer a prova
Local Lisboa
difícil: governar! - tirando-nos da tempestade e pondo Portugal no caminho da saúde
Local Porto
Desporto financeira, da retoma económica, da confiança social. Podemos antecipar que um PS
Espaço Público derrotado entrará em crise ou irá de volta à irresponsabilidade demagógica de 2002/04.
E precisamos certamente do novo Governo apoiado em maioria parlamentar coesa e
CADERNO P2 maioria social enraizada. Sem isso, dificilmente iremos lá. Isso tem nome e modelo:
Opinião chama-se AD. Não a fazer pode assumir proporções de erro histórico - sobretudo no
Temas estado a que Portugal chegou.
SUPLEMENTOS
Bem sei que há no PSD quem ache que vai crescer muito e não queira "dar boleia" ao
Pública CDS. Compreendo, mas podem enganar-se redondamente. O PSD pode pagar
Ípsilon
eleitoralmente o preço das ambiguidades, subindo menos do que gostaria. Bem sei que
Fugas
há no CDS quem creia que "agora é que é", não querendo "amnistiar" o PSD.
Índice da Edição mpressa Compreendo, mas tudo pode sair furado. Convém não menosprezar o risco do cone de
Edições Anteriores aspiração "voto útil", além de, em eleições para governo, haver sempre ângulos novos.
Edição em PDF E seria patético que, pela inexorabilidade das dinâmicas político-partidárias, a
campanha acabasse dominada pelas rivalidades e diferenças PSD/CDS, em vez de
ÚLTIMOS 7 DIAS
pela Alternativa e pela mudança. Que boleia isso seria para Sócrates e o PS...
Dia 10, domingo
Dia 09, sábado Sempre critiquei eleições disputadas neste quadro agudo, o que só se evitava de uma
Dia 08, sexta-feira maneira: ter antecipado a crise política em 2010. Todavia, é no olho do furacão que
Dia 07, quinta-feira estamos, o pior contexto para irmos a votos. Além do preço nacional terrível que
Dia 06, quarta-feira estamos já a pagar (e Sócrates procura capitalizar), há outra limitação: o Governo é em
Dia 05, terça-feira geral mau, sendo infindável o rol de alternativas focadas; mas tudo passa para terceiro
Dia 04, segunda-feira ou quarto plano. Em eleições destas, só se vai discutir uma coisa: finanças e economia.
Quando a casa está a arder, não há espaço para discutir a mobília, a tinta das paredes
PESQUISA ou a cor dos cortinados - só uma coisa domina: por que porta entram os bombeiros? E
OK vão usar água ou neve carbónica? Ora, a mono-agenda também é mais favorável para
Sócrates do que seria um contexto diversificado. Não pensemos que é tudo "favas
contadas".
Quem quer ganhar e quer servir é isso que tem de buscar e construir. Quem quer
mesmo vencer as eleições e que o novo Governo triunfe é isso que tem que fazer. Se
eu fosse candidato a primeiro-ministro, não quereria menos que a AD. Se Sócrates
falhou com condições excepcionais de partida, não podemos arriscar. Não podemos
arriscar que a reforma falhe porque as condições fraquejaram. Precisamos de maioria
política ampla, solidariedade institucional inequívoca, quadro europeu favorável, maioria
social coesa, consciente, mobilizada: povo vencedor, projecto vencedor.
Deputado do CDS-PP
http://jornal.publico.pt/noticia/11-04-2011/a-hora-da-ad-21808217.htm 11-04-2011