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Introdução à especialidade de Endodontia

A Endodontia é a especialidade odontológica cujo objetivo é estudar a polpa


dentária, o sistema de canais radiculares e os tecidos periapicais, assim como as doenças que os
acometem.

O tratamento de canal está indicado, visando a manutenção do dente na cavidade


bucal, e a saúde dos tecidos periapicais nos casos de: (1) alterações por cárie, (2) fraturas
dentárias, (3) trauma dentário, (4) trauma ortodôntico, (4) lesões endo-periodontais, (5)
necessidades protéticas e (5) outras patologias endodônticas.

Anatomia Interna Dentária

O estudo da anatomia interna da cavidade pulpar é de suma importância para a perfeita execução
do tratamento de canal, que incluem o processo de sanificação (limpeza e desinfecção) e modelagem dos
sistemas de canais radiculares.

A Cavidade Pulpar é o espaço interno do dente, ocupado pela polpa dental, limitado em toda sua
extensão pela dentina, exceto ao nível do forame apical. Ela está dividida em duas partes: a Porção
Coronária ou câmara pulpar e a Porção Radicular ou canal radicular.

Canal Radicular

É o local onde está a polpa coronária. Apresenta as


Câmara Pulpar seguintes paredes: Vestibular, Lingual/Palatina,
Mesial, Distal, Oclusal/Incisal (Teto), Cervical
(soalho ou assoalho)
A Câmara pulpar é unida com o canal radicular nos dentes anteriores, portanto, nesses
dentes não existe assoalho.

Canal
radicular

Câmara
Pulpar

Canal Radicular

É o espaço ocupado pela polpa radicular tendo início no assoalho da câmara pulpar e
término no nível do forame apical. Didaticamente, esse espaço divide-se em terços cervical, médio e
apical. Biologicamente o canal radicular apresenta-se constituído por duas conformações que representam o
canal dentinário (campo de ação do endodontista) e canal cementário. Chamamos essa região de Limite
CDC (canal dentiário-cementário).

Limite CDC:

A- Canal Dentinário: tecido conjuntivo mucoso rico em odontoblastos revestido por dentina “campo de
ação do endodontista.
B- B- Canal Cementário: tecido conjuntivo Maduro, sem odontoblastos, revestido por cemento,
completamente formado de 3 a 5 anos após erupção
Ápice
radicular

Forame

O canal radicular é constituído por dois cones unidos pelos seus vértices: um longo, canal
dentinário, e outro menor, o cementário. O ápice radicular compreende 2 ou 3 mm finais da raiz dental, e
seu ponto extremo é o vértice radicular. O forame é a circunferência ou bordo arredondado que separa a
terminação do canal da superfície externa da raiz.

Cerca de 68% dos dentes jovens e 80% dos dentes senis, o canal cementário não segue a direção do
dentinário e nem acaba no vértice apical. Por essa razão, o forame fica localizado lateralmente e essa
lateralidade chega a alcançar, às vezes, até 3mm. Existe uma constricção na zona de união entre o canal
cementário e o canal dentinário (CDC) que, nos jovens mede 224 micrômetros e nos senis 210 micrômetros,
em valores médios.

Sistema de canais Radiculares

Quando estudamos a anatomia interna dos canais radiculares, reconhecemos que existe, na
verdade, além do canal radicular principal, vários outros tipos de canais ao longo da raíz. Esses canais,
geralmente de calibre e tamanho menores, constituem o sistema de canais radiculares, em que o
endodontista precisa ficar atento para não ter insucesso na terapia endodôntica.

A figura a seguir, revela os principais nomes e trajetos dos canais radiculares.

- Lateral: corre do principal em direção ao periodonto - terço médio


- Secundário: é o canal que sai do principal em direção a região periapical no nível de 1/3 apical.
- Acessório: é o canal que sai do secundário em direção ao cemento.
- Recorrente: Sai do canal principal e retorna ao mesmo.
- Colateral: é o canal que corre mais ou menos paralelo ao canal principal, podendo alcançar a região
periapical de maneira independente.
-Delta-apical: são múltiplas terminações do canal principal em substituição ao forame único, em decorrência
do aparecimento de inúmeros forames.
-Cavo-Interradicular: é uma ramificação interligando o assoalho da câmara pulpar à furca.

Anatomia Interna dos Dentes

Incisivo Central Superior

*Câmara Pulpar: achatada – sentido V/L e alargada – sentido M/D.

* O limite entre câmara e canal não é nítido., não existe assoalho.

* Apresenta reentrâncias em direção à borda incisal correspondendo


aos lóbulos em desenvolvimento (dentes jovens). Nos adultos podem
apresentar calcificados.

• Canal Radicular: apresenta-se reto (75%), no restante um


discreto desvio para distal.
Médias de Comprimento: • Canal longo, único e amplo.
Comprimento Médio: 21,8m • Complicações Anatômicas: presença do ombro palatino.
Comprimento Máximo: 28,5mm O dente está projetado para Vestibular
• Cuidado: perfuração no nível cervical.
Comprimento Mínimo: 18,0mm

Inclinação no arco
Incisivo Lateral Superior

• Câmara Pulpar: semelhante ao central, porém de


dimensões menores.
• Canal Radicular: único, cônico como o central, porém com
dimensões menores. Ao nível do colo apresenta um
discreto achatamento que diminui à medida que se
aproxima do 1/3 apical

A raiz desse dente tem a tendência de curvar-se para a distal, razão


pela qual oferece maior taxa de insucesso após tratamento desse
canal. Presença de dilaceração apical

Complicações Anatômicas

 Presença de ombro palatino


 Dens in dente
 Dilaceração apical para a distal
Incisivo Central Inferior

• Câmara pulpar: apresenta-se com características


semelhantes ao ICS (achatada VL), porém com menor
volume

• Canal Radicular: a raiz desse dente apresenta-se achatada


no sentido M/D e o canal, imitando o aspecto externo da
raiz, também apresenta-se muito achatado neste sentido,
podendo ser único (maioria) ou presença de dois canais.

• Canal Radicular:
Della Serra – 70% dois canais.
De Deus – 23,4% dois canais.
A % de canais distintos, com forames separados, foi
observada em 3,2% dos casos segundo De Deus.

Comprimento médio: 20,8 mm

Complicações Anatômicas: o forte achatamento V/L da


câmara pulpar com o achatamento M/D do canal radicular,
faz com que a abertura deva ser bastante ampla - V/L – para
permitir franco acesso ao canal radicular.
- OMBRO LINGUAL – pode estar presente dificultando a
localização do canal lingual. Para melhor evidenciação deste
canal – variação da angulagem horizontal
Incisivo lateral Inferior

• Câmara pulpar: apresenta-se com características


semelhantes ao ICI (achatada VL), porém com menor
volume

• ILI diferente do ICI está na direção do canal radicular – para


distal.

• Canal Radicular: Complicações Anatômicas:


• Duplicidade de canais: 20% segundo - OMBRO LINGUAL – pode estar presente
Green. dificultando a localização do canal lingual.
Comprimento médio: 22,6 mm
Canino Superior

• Câmara Pulpar: ampla com maior diâmetro no sentido V/L principalmente


no limite de sua união com o canal radicular. O teto apresenta uma
reentrância bastante acentuada que deverá ser removida durante a
abertura para evitarmos o escurecimento da coroa dental.
• Canal Radicular: amplo, reto na maioria dos casos, podendo ter um
pequeno desvio para a distal.
• É o mais longo dos dentes humanos.

• Médias de Comprimento: Complicações anatômicas: presença do ombro


palatino e o canal radicular pode apresentar
comprimento médio: 26,4mm
comprimento máximo: 33,5mm curvatura apical para distal ou vestibular.
comprimento mínimo: 20,0mm
Canino Inferior

• Câmara Pulpar: características semelhantes ao canino superior: Câmara


Pulpar é ampla com maior diâmetro no sentido V/L principalmente no limite
de sua união com o canal radicular. O teto apresenta uma reentrância
bastante acentuada que deverá ser removida durante a abertura para
evitarmos o escurecimento da coroa dental.
• Canal Radicular: depois do ICS é o dente que apresenta maior % de raízes
retas.

• Complicações Anatômicas:

• Presença do ombro lingual;


• Presença de bifurcações
Primeiro Pré-Molar Superior

• Câmara pulpar: ovóide, irregular, achatada no sentido M/D.


• O teto apresenta duas reentrâncias, vestibular (maior) e palatina
(menor).
• A existência do assoalho está devido a presença de mais de um
canal.
• Canal Radicular: presença de dois canais ( vestibular e palatino )
em 96% dos casos (Della Serra). O canal Palatino é mais calibroso
que o vestibular

Complicações Anatômicas: a sobreposição de


imagens radiográficas das raízes V e P, recomenda-se Comprimento:
um desvio da angulagem horizontal do RX, com a  Máximo:25,5 mm
fonte partindo de mesial para distal, com a finalidade  Mínimo: 17,0
de separar as raízes permitindo uma visualização dos  Média: 21,5 mm
canais.
Perda do 1º Molar acarreta maior função do 1º pré
levando a uma maior calcificação da câmara Cronologia:
dificultando sua localização.  Erupção: 10-11 anos
 Remoção dos cornos. Não tem ombro.  Término rizogênese: 12-13 anos

Raiz V Raíz P
Reta: 27,8% Reta: 44,4%
Curvatura
palatina:
Curvatura
36,2% vestibular:
Curvatura 27,8%
vestibular: Curvatura distal:
14% 14%
Curvatura Curvatura
distal: 14% palatina: 8,3%

Mesiodistal (7º) e
vestibulopalatino (11º)
Segundo Pré-Molar Superior

• Câmara Pulpar: apresenta-se de forma semelhante a do 1° pré,


porém com dimensões maiores (câmara pulpar: ovóide, irregular,
achatada no sentido M/D) Os dois prolongamentos que alojam os
dois cornos pulpares apresentam-se com dimensões quase iguais.
• Este dente apresenta-se em 90% dos casos com uma única raiz e
um único canal (55 a 60% dos casos).

Complicações Anatômicas:
Remoção dos cornos. Não tem ombro.
Não tem assoalho

Comprimento: Cronologia:
 Máximo:26 mm  Erupção: 10-12 anos
 Mínimo: 17,0  Término rizogênese: 12-14 anos
 Média: 21,5 mm

Mesiodistal (7º) e vestibulopalatino (10º)


Primeiro Pré-Molar Inferior

Câmara pulpar: de forma ovóide irregular, achatada M-D. Dois cornos


pulpares, V maior
Geralmente sem assoalho.
Uma raiz em 82% dos casos 2 raízes fusionadas em 12% dos casos.
Único canal achatado MD (66%) com leve curvatura para distal. Pode
haver Bifurcação em 31% dos casos e Trifurcação em 3% dos casos.

Comprimento: Cronologia:
 Máximo:26,5 mm  Erupção: 10-12 anos
 Mínimo: 17,0 mm  Término rizogênese: 12-13 anos
 Média: 21,9 mm

Complicações Anatômicas:
Remoção dos cornos. Não tem ombro.
Não tem assoalho

Mesiodistal (5º) e vestibulopalatino (3º)


Segundo Pré-Molar Inferior

Câmara pulpar: de forma ovóide irregular, achatada M-D. Dois cornos


pulpares.
Geralmente sem assoalho.
Uma raiz em 82% dos casos 2 raízes fusionadas em 12% dos casos.
Único canal achatado MD (66%). Pode haver Bifurcação em 31% dos casos
e Trifurcação em 3% dos casos.

Comprimento: Cronologia:
 Máximo:27,5 mm  Erupção: 11-12 anos
 Mínimo: 22,3 mm  Término rizogênese: 13-14 anos
 Média: 21,9 mm

Complicações Anatômicas:
Remoção dos cornos. Não tem ombro.
Não tem assoalho

Mesiodistal (5º) e vestibulopalatino (9º)


Primeiro Molar Superior Raíz
Palatina
Raíz Mésio-
Vestibular
(MV)
Raíz Disto-
Vestibular
Ponte de (DV)
esmalte

MV DV

MP
P

Câmara pulpar: de forma irregularmente cúbica, achatada no sentido mésio-distal e conformação


triangular à medida que chega próximo ao assoalho. A parede oclusal oferece tantas reentrâncias
quantas são as suas cúspides, que em ordem decrescente são: mésio-vestibular, disto-vestibular ,
mésio- palatina e disto-palatina. As paredes laterais são convexas, principalmente a mesial (OMBRO
MESIAL).
O assoalho é de forma triangular ou trapezoidal, com base maior voltada para a vestibular e ápice
(vértice) menor para palatino.
Assoalho da câmara: sua porção média se mostra lisa, polida e convexa, oferecendo no nível de seus
ângulos mesial, distal e lingual depressões que correspondem aos orifícios de entrada dos canais
radiculares.

Canal Radicular: Apresenta as raízes separadas em 100% dos casos (três raízes: mésiovestibular,
distovestibular e palatina ).
- Canal Mésiovestibular: Em 78% dos casos, a raiz mésiovestibular apresenta-se com uma
curvatura para distal, no terço apical, o que dificulta em muito a instrumentação desse canal.
- Canal Distovestibular: Único, sendo o mais curto e atrésico dos canais porém não oferece
dificuldade nenhuma para o tratamento, por ter sua forma arredondada e reta.
- Canal Palatino: Reto com leve desvio (curvatura) para vestibular . É único e amplo (calibroso)
 Quarto Canal: MP, mésiopalatino, localizado na raíz mesiovestibular. Canal mais curto e
atresiado

Complicações Anatômicas:

 As paredes mesiais, OMBRO MESIAL, dificultando a instrumentação – desgaste compensatório.


 Presença do 4° canal (MP) na raíz MV
 Raíz MV curva
Cronologia: Comprimento:
 Erupção: 6-7 anos  Máximo:25,5 mm
 Término rizogênese: 9-10 anos  Mínimo: 21,3 mm
 Média: 21,9 mm

Mesiodistal (0º) e vestibulopalatino (15º)

A raiz mésio-vestibular do primeiro molar superior pode se apresentar com 2 (60%) canais,
devido o achatamento proximal, podendo começar (cervical) com 1 canal e terminar (apical) com
2 canais independentes, começar (cervical) com 2 canais e terminar (apical) com 1 canal,
começar (cervical) com 2 canais, unir-se no terço médio e terminar (apical) com 2 canais
novamente, segundo a média dos autores - Hess, 1924; Pineda & Kuttler, 1972; De Deus, 1992:
Segundo Molar Superior

Câmara Pulpar: morfologicamente semelhante ao do 1° molar,


sendo a única diferença é o maior achatamento no sentido
mésiodistal fazendo com que a embocadura do canal
distovestibular inicie-se na mesma depressão do assoalho que
dá origem ao canal mésiovestibular.
Canal Radicular: Raízes separadas em 50% dos casos e no
restante, nas mais diversas formas de fusionamento. A
presença de um quarto canal é rara.

Complicações Anatômicas:

 As paredes mesiais, OMBRO MESIAL, dificultando a instrumentação – desgaste compensatório.


 Raíz MV curva
 devido ao maior achatamento da câmara pulpar no sentido mésiodistal, faz com que o canal
distovestibular fique muito próximo do mésiovestibular, e a tentativa de localizar esse canal mais
para distal, conduz o profissional, muitas das vezes, a uma trepanação do assoalho da câmara
pulpar.

Cronologia: Comprimento:
 Erupção: 12-13 anos  Máximo:27,0 mm
 Término rizogênese: 14-16 anos  Mínimo: 17,5 mm
 Média: 21,7 mm

Mesiodistal (6º) e vestibulopalatino (11º)

Canal Radicular: Apresenta as raízes separadas em 60% dos casos (três raízes: mésiovestibular,
distovestibular e palatina ).
- Canal Mésiovestibular: Em 78% dos casos, a raiz mésiovestibular apresenta-se com uma
curvatura para distal, no terço apical, o que dificulta em muito a instrumentação desse canal.
- Canal Distovestibular: Único, sendo o mais curto e atrésico dos canais porém não oferece
dificuldade nenhuma para o tratamento, por ter sua forma arredondada e reta.
- Canal Palatino: Reto com leve desvio (curvatura) para vestibular . É único e amplo (calibroso)
 Quarto Canal: MP, mésiopalatino, na maioria dos casos não existe.
Primeiro Molar Inferior

Raíz Raíz Distal


Mesial

MV

Distal

ML

• Apresenta duas raízes separadas e diferenciadas na maioria dos casos, raiz


mesial e raiz distal.
• Em 78% dos casos – três canais, sendo dois mesiais (mesiovestibular e
mesiolingual) e um distal.
• Raiz distal - Canal distal: Achatado no sentido M/D, amplo, longo, sendo reto na
maioria dos casos.

• Raiz Mesial - Canais mesiais MV e ML: atrésicos, longos e arredondados e com


Curvatura para distal em 79% dos casos.

• Câmara Pulpar: câmara pulpar aproximadamente cubóide ou trapezoidal. O


teto apresenta cinco reentrâncias, portanto três vestibulares e duas linguais.
Assoalho é de forma triangular com vértice voltado para distal (onde se localiza
o canal distal) e base para mesial onde encontramos depressões que
correspondem à entrada dos canais mesiais (mésiovestibular e mésiolingual).

Complicações Anatômicas

- Parede mesial muito convexa dificultando a localização dos canais mesiais –


OMBRO MESIAL.
- A variante mais comum é a presença de um quarto canal na raiz distal
(distolingual)
- Canais mesiais curvos e longos (MV e ML)
Cronologia: Comprimento:
 Erupção: 11-13 anos  Máximo:26,0 mm
 Término rizogênese: 14-15 anos  Mínimo: 22,5 mm
 Média: 19,0 mm

Mesiodistal (15º) e vestibulopalatino (12º)

o
Direção da raiz mesial do 1 .
MI: Curvatura distal: 84%
o
Direção da raiz distal do 1 .
MI: Reta: 73,5%

3 canais 4 canais
Segundo Molar Inferior

Raíz Distal Raíz Mesial

• Câmara Pulpar: câmara pulpar aproximadamente cubóide ou trapezoidal. O teto


apresenta quatro reentrâncias, portanto duas vestibulares e duas linguais. Assoalho é de
forma triangular com vértice voltado para distal (onde se localiza o canal distal) e base
para mesial onde encontramos depressões que correspondem à entrada dos canais
mesiais (mésiovestibular e mésiolingual).
• Apresenta duas raízes separadas e diferenciadas na maioria dos casos, raiz mesial e raiz
distal e três canais, sendo dois mesiais (mesiovestibular e mesiolingual) e um distal.
• Raiz distal - Canal distal: Achatado no sentido M/D, amplo, longo, sendo reto na maioria
dos casos.
• Raiz Mesial - Canais mesiais MV e ML: atrésicos, longos e arredondados e com Curvatura
para distal.

Complicações Anatômicas

- Parede mesial muito convexa dificultando a localização dos canais mesiais –


OMBRO MESIAL.
- Canais mesiais curvos e longos (MV e ML)

Cronologia: Comprimento:
 Erupção: 6-7 anos  Máximo:27,0 mm
 Término rizogênese: 9-10 anos  Mínimo: 22,0 mm
 Média: 19,0 mm
Abertura Coronaria ou
Acesso Cirurgico

É a fase operatória inicial do tratamento endodôntico através da qual será possível um


acesso amplo e direto à cavidade pulpar. O tempo e o esforço despendidos no preparo da abertura
coronária e ao acesso dos canais radiculares são compensados pela facilidade de êxito das etapas
posteriores.

Procedimentos obrigatórios antes da Abertura Coronária:

 Conhecimento da anatomia externa e interna


 Exame radiográfico minucioso
 Exame clínico

Princípios que regem a abertura coronária:

 Acesso reto e livre ao canal radicular


 Remoção completa do teto da câmara pulpar
 Preservação da parede cervical e do assoalho
 Conservação da estrutura dental
 Confecção de forma de resistência

Materiais utilizados:

 Pontas diamantadas esféricas de haste longa: 1012,1014, 1016


 Tronco cônica de ponta inativa: 3080, 3082

Etapas Operatórias da Abertura Coronária:


 Ponto de Eleição
 Direção de trepanação
 Forma de contorno
 Desgaste Compensatório
Ponto de Eleição – é o ponto de partida para o início do desgaste da estrutura dentária, sendo
determinado por um ponto localizado na superfície lingual ou palatina dos dentes anteriores ou
oclusal dos dentes posteriores.
Direção de trepanação– é a angulagem que se deve dar à broca para que esta atinja a câmara pulpar,
devendo-se respeitar a angulagem dos dentes na arcada.
Desgaste Compensatório – é o desgaste adicional que realiza para que se consiga acesso direto aos
canais radiculares, sem interferência de projeções dentinárias.
Forma de Contorno: é o desenho que daremos à abertura que melhor possibilite o acesso dos
instrumentais endodônticos na câmara pulpar.

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