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Micropoluentes: Esses produtos podem ser ligeiramente transformados ou permanecer

na forma inalterada ou ainda conjugados com outras moléculas polares como, por
exemplo, os glucoronídeos
O ácido glicurônico é ligado via uma ligação glicosídica com a substância, e o
resultante glicuronídeo, que tem uma maior solubilidade na água que a substância
original, é posteriormente excretado pelos rins.
Moléculas polares são aquelas que apresentam polos (positivo e negativo) e unem-se
por meio desses polos, ou seja, polo positivo de uma molécula liga-se ao polo negativo
da outra.
Segundo os dados levantados em 2010 pela companhia Brasil Health Service (BHS), as
estatísticas mostram que 1kg de medicamento descartado via esgoto pode contaminar
até 450 mil litros de água.
Uma vez liberados no lixo comum, esses resíduos seguem para o aterro comprometendo
a qualidade do solo.

Para se ter ideia do potencial desses impactos e de suas possíveis consequências, um


estudo da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), publicado em
outubro de 2016, esclareceu as reais condições de descarte de remédios.
A pesquisa se baseou em dados estatísticos levantados pelo IBGE, pelo Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e pelo Conselho Federal de Farmácia.
De acordo com o estudo, a projeção estimada é de que, de 2014 a 2018, as cidades
brasileiras seriam capazes de gerar até 5,8 mil toneladas de resíduos de fármacos.

Esse crescimento é proporcional à taxa de consumo total de medicamentos, que também


vem crescendo desde os últimos anos.

No mesmo período, o número de descarte nos municípios com mais de 100 mil
habitantes subiu de 2.474 para 3.123. Houve um crescimento de 649 toneladas de
resíduos descartados ao meio ambiente de forma irregular nesses municípios,
durante esses cinco anos.

Em que pese não existirem dados oficiais sobre a questão do descarte de medicamentos
no Brasil, estudos acadêmicos e experiências voluntárias permitem estimar que,
anualmente, são descartados em nosso país um total entre 10,3 e 19,8 mil toneladas de
medicamentos (BRANDÃO, 2013) evidenciando a enorme complexidade
socioambiental desta questão.

Com a edição da lei federal 12.305/2010, relativa à Política Nacional de Resíduos


Sólidos (PNRS) novas premissas surgiram para o controle dos resíduos no Brasil,
destacando-se a logística reversa, que envolve o processo de coleta e a restituição de
produtos e embalagens ao setor empresarial.

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