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Carreiro Manezinho

Joaquim Cândido

Do meu tempo de criança Quando a tarde ia caindo


Trago ainda na lembrança A boiada ia surgindo
Do carreiro Manezinho E o ruído do carretão
Com a boiada ele passava, Manezinho vinha a frente
Com ela ele gritava Pequenino mas valente
Me acordando bem cedinho. Que já vi no meu sertão.

Companheiro de meu pai Caminhando estrada afora


Na serra do João Arrais Carregando grande tora
No batente foi criado Cumprindo sua missão.
Manezinho era de cor Manezinho era contente
Mas sentia sua dor E saudava toda gente
E era sempre conformado. Levantando sua mão.

Vai Manezinho, vai tocando a boiada

Os seus versos vai cantando

Vai sumindo lá na estrada.

Vai Manezinho, o seu carro vai chorando

No seu rancho que deixou

Seu amor fica esperando.

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