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Arte Romana

 Império Romano, século VIII a.C. a IV d.C.. Grande influência da arte grega.
 Desenvolvimento arquitectónico com gosto pelo colossal e magnificente. Edifícios
públicos (pontes, aquedutos, termas, anfiteatros etc.), religiosos basílicas, templos.

 Escultura histórica, bustos.

Arquitetura da Roma Antiga

Panteão de Roma, Itália

A arquitetura da Roma Antiga é um importante legado da civilização


romana para o mundo ocidental. Embora às vezes considerada como
derivada da arquitetura grega, diferenciou-se por características próprias.
Alguns autores agrupam ambos estilos designando-os por arquitetura
clássica.
Alguns tipos de edifícios característicos deste estilo propagaram-se por toda
a Europa, nomeadamente o aqueduto, a basílica, uma grande rede
de estradas, a domus (residência), arcos do triunfo e o Panteão. Os
monumentos romanos se caracterizam pela solidez; aprenderam com
os etruscos o emprego do arco, assim como a abóbada ou teto curvo, que
os gregos e egípcios não conheceram.
Construíram também catacumbas, fontes, obeliscos, pontes e templos.
A longevidade e a extensão do Império Romano explicam o porquê de
monumentos e edificações serem tão notáveis e numerosos em comparação
com outras civilizações antigas. Construções importantes foram executadas
na época da República e do Império.
O Panteão, por exemplo, atravessou os séculos e chegou à
atualidade em bom estado de conservação. O local, cujo diâmetro da
planta baixa é igual à altura da cúpula, erguido para servir de morada dos
deuses, representa um dos marcos da engenharia e arquitetura romanas.
As estradas construídas pelos romanos também revelam técnicas
sofisticadas de construção. É o caso da Via Ápia, a mais famosa das
estradas que saíam de Roma. Outro ponto de destaque da arquitetura da
época são os aquedutos, exemplo da associação entre construção e
funcionalidade. Eles propiciaram o abastecimento das cidades antigas com a
chegada de água originária de colinas e montanhas a mais de 80
quilômetros de distância.
Algumas características da arquitetura da Roma antiga ainda hoje são
usadas. Os aquedutos continuam a fornecer água para algumas vilas
modernas. As abóbadas instaladas desde os tempos da Antiguidade Clássica
pelos romanos ainda compõem alguns núcleos de casas. E o cimento, que
começou a ser usado na época da República Romana, ainda é importante
elemento de construção.

Escultura da Roma Antiga

Augusto de Prima Porta, Museus Vaticanos


A escultura da Roma Antiga foi uma das mais importantes expressões
artísticas dos antigos romanos. Desenvolveu-se em toda a área de
influência romana, tendo seu foco disseminador na capital, num período que
vai do século VI a.C. ao século VI d.C..
A tradição grega de escultura permaneceu uma referência constante ao
longo de toda a trajetória da arte escultórica em Roma, recebendo
influência primeiro através da escultura etrusca, fortemente devedora dos
gregos do período arcaico, e a partir do período helenístico o contato passou
a ser direto e ainda mais intenso e fecundo. Mas contradizendo uma antiga
e generalizada opinião de que os romanos foram apenas meros copistas,
hoje se reconhece que foram capazes não só de assimilar e elaborar suas
fontes com maestria, mas também de dar importante contribuição original a
essa tradição, visível em especial na retratística, gênero que gozou de
prestígio singular e deixou exemplos de suma perícia técnica e elevada
expressividade, e na escultura decorativa dos grandes monumentos
públicos, onde se desenvolveu um estilo narrativo de grande força e caráter
tipicamente romano.
Depois da consolidação do império, outras influências estrangeiras,
mormente orientais, determinaram um lento mas progressivo afastamento
do cânone grego em direção a uma simplificação formal de tendência
abstrata, que estabeleceu as bases da arte
bizantina, paleocristã e medieval. Esse processo, não obstante, foi
entremeado de diversos períodos de revivescência classicista, que além de
fortalecerem o elo simbólico com o passado foram úteis na manutenção da
coesão política e cultural do vasto território. Nem mesmo a cristianização do
império pôde determinar a exclusão das referências clássico-pagãs da
escultura romana, e no século V, quando a unidade política se rompe
definitivamente, modelos clássicos ainda continuavam sendo emulados,
embora adaptando-se aos temas próprios da nova ordem social, política e
religiosa que se instaurava.
Mesmo que este resumo tente se manter em uma cronologia mais ou
menos ordenada e procure estabelecer a especificidade de cada fase, o
estudo da escultura romana tem-se provado um desafio para os
pesquisadores, pois sua evolução foi tudo menos linear e lógica. Apesar das
divergências entre os estudiosos sobre muitos pontos, já se tem uma ideia
mais ou menos clara sobre as características gerais de cada etapa, mas o
modo como elas evoluíram e como se transformaram de uma para outra
evidenciou ser um processo muito complexo que ainda está longe de ser
bem compreendido. Uma duradoura inclinação para o historicismo e
o ecletismo, ainda mais pronunciada do que a que se observou na escultura
helenística, junto com a presença de estilos bem diferenciados na escultura
produzida num mesmo momento histórico para as diferentes classes
sociais, e mesmo dentro de uma única classe, atendendo a necessidades de
cada tema e situação, tornam o assunto ainda mais intrincado.
Além do grande mérito intrínseco da produção romana, o hábito
generalizado da cópia de obras gregas mais antigas e a permanência de
alusões ao classicismo grego ao longo de toda sua história, mesmo através
do Cristianismo primitivo, manteve vivas uma tradição e
uma iconografia que de outra forma poderiam ter-se perdido. Devemos a
Roma, assim, boa parte de nosso conhecimento da cultura e da arte
da Grécia Antiga, e mais, a escultura romana - junto com a grega - teve
fundamental importância na formulação da estética do Renascimento e
do Neoclassicismo, atestando sua vitalidade e significância até nos tempos
modernos, além de ser considerada hoje como um dos corpos artísticos
mais importantes da cultura ocidental, como o provam a imensa quantidade
de estudos especializados de que é objeto e o fascínio que ainda exerce
sobre o grande público.

Pintura da Roma Antiga


.

Cena da vida de Íxion, Casa dos Vécios, Pompeia

A pintura da Roma Antiga é um tópico da história da pintura ainda pouco


compreendido, pois seu estudo é prejudicado pela escassez de relíquias.
Boa parte do que hoje sabemos sobre a pintura romana se deve a uma
tragédia natural. Quando o vulcão Vesúvio entrou em erupção no ano 79
d.C. soterrou duas prósperas cidades, Pompeia e Herculano. Grande parte
da população pereceu, mas as edificações foram parcialmente preservadas
sob as cinzas e a lava endurecida, e com elas suas pinturas murais
decorativas. A partir do estudo desse acervo remanescente se pôde formar
um panorama bastante sugestivo da fértil e diversificada vida artística
da Roma Antiga entre fins da República e o início do Império, mas esse
conjunto de obras é na verdade apenas uma fração mínima da grande
quantidade de pintura produzida em todo o território romano no curso de
sua longa história, e justamente por essa fração ser muito rica, faz
lamentar a perda de testemunhos mais significativos e abundantes dos
períodos anterior e posterior, em outras técnicas além do afresco e de
outras regiões romanizadas para além da Campânia.
Roma desde sua origem fora uma ávida consumidora e produtora de arte.
Iniciando sua história sob o domínio etrusco, desenvolveu uma arte que
lhes era largamente devedora, a qual era por sua vez uma derivação
da arte grega arcaica. Assim que conquistou sua independência entrou em
contato direto com a cultura grega clássico-helenista, passando a assimilar
seus princípios em todos os campos artísticos, inclusive na pintura. Tornou-
se uma praxe a cópia de obras célebres e a variação sobre técnicas e temas
gregos, e, segundo os relatos, a produção era enorme, a importação de
originais também e pinturas gregas eram presas altamente cobiçadas na
esteira das conquistas militares. Por causa dessa continuidade deve-se a
Roma muito do que sabemos sobre a pintura grega, já que desta cultura
não restou mais que um punhado de originais em seu próprio território.
Porém, o que foi importado ou produzido pelos romanos em imitação dos
gregos também se perdeu quase completamente, o mesmo ocorrendo com
a sua produção original. Ainda podemos ver alguns afrescos esparsos e
fragmentários espalhados em toda área antigamente dominada pelos
romanos, mas se não fosse pela preservação de Pompeia e Herculano em
tão bom estado, cujos murais são numerosos e de grande qualidade, a ideia
que temos hoje da pintura tanto da Grécia Antiga como da própria Roma
Antiga teria de se basear quase apenas em descrições literárias.
A pintura romana exerceu uma influência significativa na evolução da
pintura ocidental. Sua tradição reemergiu em vários momentos da história
ao longo de muitos séculos, sendo especialmente importante na gestação
da arte paleocristã, bizantina e românica, e dando muitos subsídios para os
pintores do Renascimento, do Neoclassicismo e do Romantismo.
Hoje o estudo da pintura romana ainda está em progresso; já foram
publicados diversos livros e artigos sobre o assunto, mas um compêndio
sobre o mundo romano publicado em 2001 pela Universidade de
Oxford considerava a obra de Roger Ling, Roman Painting (1991), o único
estudo extenso e sério disponível escrito sob critérios atualizados, e assim
ainda há muito por desvendar e entender em termos de usos e significados.
Contudo, a multiplicação das escavações arqueológicas e o aperfeiçoamento
dos métodos analíticos prometem trazer mais dados a um campo de grande
interesse artístico, histórico e social.

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