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Da contribuição do segurado contribuinte individual que presta serviços... http://www.contabilizando.com/perguntaoci.

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PERGUNTÃO INSS
Por João de Carvalho Leite

Da contribuição do segurado contribuinte individual


01 - O que é Contribuinte Individual?

R- Os segurados anteriormente denominados "empresário", "trabalhador autônomo" e "equiparado a trabalhador


autônomo", a partir de 29 de novembro de 1999, com a Lei 9.876, foram considerados uma única categoria e
passaram a ser chamados de "contribuinte individual". Os contribuintes individuais são segurados obrigatórios da
Previdência Social. O parágrafo 15, do artigo 9º, do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto
3048/99 classifica todos àqueles que são considerados contribuintes individuais.

02 - O que é Contribuinte Facultativo?

R- Como o próprio nome diz, é aquele que não é contribuinte obrigatório da Previdência Social, mas
facultativamente tem interesse em filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social. Para a pessoa se filiar como
Facultativo é necessário ser maior de dezesseis anos de idade e não exercer atividade remunerada que a enquadre
como segurado obrigatório da previdência social. Consideram-se segurados facultativos, entre outros: as donas-
de-casa; o síndico de condomínio quando não remunerado; o estudante; o brasileiro que acompanha cônjuge que
presta serviço no exterior; aquele que deixou de ser segurado obrigatório da previdência social (desempregado); o
membro de conselho tutelar de que trata o artigo. 132 da Lei 8.069/90, quando não estiver vinculado a qualquer
regime de previdência social; o bolsista e o estagiário que prestam serviço a empresa de acordo com a Lei
6.494/77; o bolsista que se dedique em tempo integral a pesquisa, curso de especialização, pós-graduação,
mestrado ou doutorado, no Brasil ou no exterior, desde que não esteja vinculado a qualquer regime de previdência
social; o presidiário que não exerce atividade remunerada nem esteja vinculado a qualquer regime de previdência
social; o brasileiro residente ou domiciliado no exterior, salvo se filiado a regime previdenciário de país com o qual o
Brasil mantenha acordo internacional.

OBSERVAÇÃO: vejam, na pergunta n° 59, tudo a respeito da redução da alíquota de contribuição de 20% para
11% para os segurados facultativos e contribuintes individuais que trabalham por conta própria, ou seja, aqueles
que não prestam serviços à empresas, e contribuem, no máximo, sobre um salário-mínimo - tal redução se aplica
somente nesses casos.

03 - Pelo que consta na questão anterior, é correto então afirmar que o membro de conselho tutelar de que
trata o artigo 132 da Lei 8069/90 pode ser contribuinte facultativo?

R- Veja bem, na questão anterior diz que o membro de conselho tutelar pode ser segurado facultativo apenas
quando não estiver vinculado a qualquer regime de previdência social, no entanto, se o membro de conselho tutelar
receber remuneração, aí ele é considerado contribuinte individual, portanto segurado obrigatório da Previdência
Social. Fundamentação: Artigo 9º, Inciso V, Parágrafo 15, Inciso XV, do Regulamento da Previdência Social,
aprovado pelo Decreto 3048/99.

04 - O que aconteceu com a escala de salário-base utilizada para fins de enquadramento e fixação do
salário-de-contribuição dos contribuintes individuais e facultativos?

R- Esta escala foi extinta definitivamente a partir de 01/04/2003.

05 - O fim desta escala de salário-base foi novidade?

R- Não. Na verdade já não estavam mais sujeitos a esta escala todos os contribuintes individuais filiados a
previdência social posteriormente a novembro/99, e para àqueles inscritos anteriormente a novembro/99, esta
escala já vinha sendo gradativamente eliminada desde a competência março de 2000, tudo isso por força da Lei
9.876, de 26/11/1999.

06 - Com o fim da escala de salário-base, como ficou a base de cálculo da contribuição do contribuinte
individual (salário-de-contribuição)?

R - A contribuição do contribuinte individual passou a ser calculada sobre a remuneração auferida em uma ou mais
empresas ou pelo exercício de sua atividade por conta própria, durante o mês, observado o limite mínimo e máximo
do salário-de-contribuição, ou seja, a base de cálculo de sua contribuição não é mais um valor determinado pelo

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INSS e sim a sua remuneração efetiva dentro do mês, observado os limites citados. A Partir de janeiro de 2011 o
limite mínimo passou a ser de R$- 540,00 e o máximo de R$- 3.689,66.

07 - Qual a mudança radical que houve em relação à contribuição previdenciária dos contribuintes
individuais, mais precisamente autônomos e empresários, que prestam serviços à empresas?

R - A maior novidade trazida pela Medida Provisória n° 83, convertida na Lei Federal n° 10.666/2003, com
vigência desde a competência abril/2003 foi aquela que obrigou as empresas a descontar a contribuição do
segurado contribuinte individual a seu serviço (empresários e autônomos), da respectiva remuneração, e a
recolhe-la, juntamente com a contribuição a seu cargo, até o dia 20 do mês seguinte ao da competência. Esta data
de vencimento foi alterada em 2009 pela Lei n° 11.933, de 28/04/2009. Antes dessa alteração esse vencimento se
dava no dia 10 do mês seguinte.

08 - Como fará aquele contribuinte individual que prestar serviços a várias empresas para que as mesmas
não continuem descontando as contribuições, caso já tenha atingido o limite máximo permitido?

R - Caberá ao próprio contribuinte individual que prestar serviços, no mesmo mês, a mais de uma empresa, cuja
soma das remunerações superar o limite mensal do salário-de-contribuição, comprovar às que sucederem a
primeira o valor ou valores sobre os quais já tenha incidido o desconto da contribuição, de forma a se observar o
limite máximo do salário-de-contribuição.

09 - Ainda, em relação a questão anterior (08), como o contribuinte individual fará para comprovar que já
sofreu o desconto de modo a respeitar o limite máximo do salário-de-contribuição?

R - Comprovará mediante apresentação do comprovante de pagamento da empresa anterior ou de declaração


emitida por ele, sob as penas da Lei, consignando o valor sobre o qual já sofreu o desconto naquele mês ou
identificando a empresa que efetuará o desconto sobre o valor máximo do salário-de-contribuição.

10 - Dê alguns exemplos desta composição de recibos até completar o teto máximo.


R-

1ª Empresa: Valor do recibo.R$- 1.800,00 2ª Empresa: Valor do recibo.R$- 900,00

Comprovante 1ª empresa Comprovante 2ª empresa

Serviços................................R$- 1.800,00 Serviços.................................R$- 900,00

(-) INSS (11% de 1.800,00).......R$- 198,00 (-) INSS (11% de 900,00)..........R$- 99,00

Líquido...................................R$- 1.602,00 Líquido.............................. ......R$- 801,00

3ª Empresa: Valor do recibo.R$- 2.360,00 Valores dos Recibos:

Esta empresa não poderá efetuar o desconto sobre 1ª empresa............................R$- 1.800,00


os R$- 2.360,00, pois caso o faça estará
descontando acima do limite máximo permitido de 2ª empresa............................R$- 900,00
R$- 3.689,66 (valor vigente a partir da competência
Janeiro de 2011). Subtotal................................ R$- 2.700,00

Portanto ela deverá descontar apenas sobre a 3ª empresa.............................R$- 2.360,00


diferença que falta para chegar ao teto. Veja no
quadro ao lado a composição dos recibos até o Total.......................................R$- 5.060,00
momento
Base de cálculo na 3ª Empresa Comprovante 3ª empresa

Teto.........................................R$- 3.689,66 Serviços.................................R$- 2.360,00

(-) Somatória recibos anteriores..R$- 2.700,00 (-) INSS (11% de 989,66)..........R$- 108,86

Base de cálculo........................R$- 989,66 Líquido....................................R$- 2.251,14

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Neste caso, a 3º empresa informará na GFIP a existência de múltiplas fontes pagadoras no campo
Ocorrência (códigos 05, 06, 07 ou 08, conforme o caso), e apenas a diferença de contribuição no
campo Valor Descontado do Segurado, podendo ser, inclusive, R$ 0,00, caso o teto de
contribuição já tenha sido atingido nas demais empresas.

11 - O que deve conter o recibo de pagamento referente ao serviço prestado?

R - A empresa que remunerar contribuinte individual deverá fornecer a este, comprovante de pagamento pelo
serviço prestado consignando, além dos valores da remuneração e do desconto feito a título de contribuição
previdenciária, a sua identificação completa, inclusive com o número do CNPJ e o número de inscrição do
contribuinte individual no INSS.

12 - Existe, por parte do INSS, algum modelo oficial de recibo de pagamento para contribuinte individual?

R - Não existe nenhum modelo oficial de recibo. Desta forma, a empresa tem a liberdade de criar o modelo que
mais se ajuste a sua necessidade, desde que contenha as informações contidas na resposta da questão nº 11
acima.

13 - E se o contribuinte individual ainda não estiver inscrito no INSS?

R - As empresas são obrigadas a efetuar a inscrição no INSS dos contribuintes individuais contratados, caso estes
não comprovem sua inscrição na data da contratação pela empresa. A inscrição poderá ser efetuada clicando
sobre este hyperlink: http://www.dataprev.gov.br/servicos/cadint/cadint/.html

14 - Qual é o percentual do desconto a ser efetuado sobre os valores pagos aos Contribuintes Individuais?

R - A alíquota será de 11% (onze pontos percentuais), sobre o valor pago, respeitado o limite máximo permitido.

15 - Esta alíquota de 11% para o contribuinte individual foi novidade?

R - Não, pois desde a competência 03/2000 foi facultado ao contribuinte individual que prestasse serviços a uma ou
mais empresas que o mesmo poderia deduzir de sua contribuição mensal, 45% da contribuição da empresa,
efetivamente recolhida ou declarada em GFIP, incidente sobre a remuneração que esta lhe tenha pago ou
creditado, limitada a dedução a 9% do respectivo salário-de-contribuição (Lei 9.876). Na verdade, essa fórmula de
dedução já estava sendo a transição para a efetivação da alíquota de 11% para o contribuinte individual.

16 - A alíquota que as empresas contratantes utilizarão para efetuar o desconto da contribuição


previdenciária dos contribuintes individuais será sempre de 11%?

R - Não, pois no caso do serviço ser prestado à entidades beneficentes de assistência social com isenção do INSS
(Cota patronal) a alíquota a ser descontada por estas entidades será de 20%.

17 - As cooperativas de trabalho também deverão descontar as contribuições previdenciárias dos


cooperados que prestam serviços a empresas por vosso intermédio?

R - Sim. A cooperativa de trabalho também deverá descontar à contribuição previdenciária devida pelos seus
cooperados em relação aos serviços prestados a empresas por seu intermédio. Neste caso o desconto será de
11% e o cooperado será informado na GFIP com a categoria 17.

18 - E no caso dos cooperados que prestam serviços a pessoas físicas por intermédio de Cooperativa de
Trabalho, estes também sofrerão os descontos das contribuições previdenciárias?

R - Sim. A cooperativa de trabalho deverá a descontar a contribuição previdenciária devida pelos seus cooperados
em relação aos serviços prestados à pessoas físicas por seu intermédio. Neste caso o desconto será de 20% e
o cooperado será informado na GFIP com a categoria 24.

19 - Qual é o prazo de recolhimento das contribuições previdenciárias descontadas dos contribuintes


individuais pelas cooperativas de trabalho?

R - A Lei Federal n° 10.666/2003 e atualizações deu nova redação ao contido na Medida Provisória n° 83 no
que se refere ao vencimento da contribuição previdenciária arrecadada dos cooperados de cooperativa de trabalho.
Atualmente o vencimento se dá até o dia 20 do mês seguinte àquele em que o serviço for prestado e o código de

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pagamento a constar no campo três da GPS será o de número 2127. Esse vencimento também se aplica as
demais empresas contratantes de contribuintes individuais.

20 - E quando o cooperado prestar serviços à entidade beneficente de assistência social isenta da cota
patronal por intermédio de cooperativa de trabalho, como fica?

R - Neste caso também deverá ser informado na GFIP com a categoria 24 e o valor do desconto será de 20%.

21 - E o contribuinte individual (autônomo) que prestar serviços diretamente à entidade beneficente de


assistência social isenta da cota patronal, também terá o desconto de sua contribuição com base na
alíquota de 20?

R - Sim. Quando um contribuinte individual prestar serviços a entidade beneficente isenta da cota patronal, o SEFIP
aplicará a alíquota de 20% para o cálculo do desconto destes segurados (categorias 13 e 15, associadas ao FPAS
639).

22 - Porque quando o serviço é prestado a entidade beneficente de assistência social isenta da cota
patronal o desconto é de 20% e não 11% como os demais casos?

R - Porque o § 4º, do artigo 30, da Lei 8212/91 dispõe que: “na hipótese de o contribuinte individual prestar serviços
a uma ou mais empresas, poderá deduzir, da sua contribuição mensal, quarenta e cinco por cento da contribuição
devida pela empresa, efetivamente recolhida ou declarada, incidente sobre a remuneração que esta lhe tenha pago
ou creditado, limitada a dedução a nove por cento do respectivo salário-de-contribuição” . Sendo assim, como a
entidade filantrópica é isenta da contribuição patronal do INSS, ela não tem contribuição devida, desta forma o
contribuinte individual não pode deduzir nada, permanecendo a sua contribuição no percentual de 20%. O mesmo
acontece quando o cooperado de cooperativa de trabalho, por intermédio desta, presta serviços à pessoa física,
pois neste caso também não há contribuição patronal, ficando o desconto da contribuição do cooperado, neste
caso, também em 20%.

23 - E os contribuintes individuais que prestam serviços à empresas do “SIMPLES” não teriam que ter o
mesmo desconto daqueles que prestam serviços a entidades beneficentes isentas da cota patronal, ou
seja, de 20%?

R - Não, nesse caso é diferente, pois as empresas optantes pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e
Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte – SIMPLES não são isentas de contribuições
patronais como as entidades beneficentes (filantrópicas) e sim tiveram o sistema de pagamento das contribuições
previdenciárias patronais substituídas pelas contribuições sobre a receita bruta, portanto os contribuintes individuais
que prestam serviços a empresas do simples terão descontados o percentual normal de 11% sobre os valores
recebidos.

24 - Existem algumas situações em que não se aplicam as disposições da Medida Provisória n° 83 no que se
refere aos descontos das contribuições previdenciárias dos contribuintes individuais?

R - Sim. Não se aplica o desconto da contribuição previdenciária dos contribuintes individuais quando o contratante
for:
- Produtor rural pessoa física;
- Contribuinte individual equiparado à empresa;
- Missão diplomática; e
- Repartição consular de carreira estrangeira.

25 - E como farão os contribuintes individuais que prestarem serviços aos contratantes acima (questão 24)
para recolherem as suas contribuições previdenciárias, já que tais contratantes não descontarão e nem
recolherão as suas contribuições?

R - Os contribuintes individuais que prestarem serviços a contratantes não sujeitos a procederem os descontos das
contribuições previdenciárias deverão continuar recolhendo normalmente as suas contribuições nos seus próprios
NIT / PIS (em GPS) até o dia 15 do mês seguinte àquele em que o serviço for prestado.

26 - E quando o contribuinte individual prestar serviço a pessoas físicas, continuará recolhendo ele próprio
a sua contribuição no popular carnê do INSS?

R - Sim. Continuará recolhendo a sua própria contribuição, até o dia 15 do mês seguinte, aplicando o percentual de
20% sobre o efetivamente recebido das pessoas físicas contratantes, obviamente que deverá respeitar o limite
máximo do salário-de-contribuição.

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27 - O que é Contribuinte individual equiparado a empresa?

R - É a pessoa física, com cadastro específico no INSS – CEI, que mantém empregados registrados. Exemplos:
Dentistas, Cabeleireiras, Contador; etc. Desta forma, estas pessoas físicas equiparadas a empresa quando
contratarem autônomos não descontarão os 11% sobre os valores pagos a estes.

28 - É sabido que os contribuintes individuais equiparados a empresa são contribuintes da cota patronal
para o INSS, ou seja, contribuem normalmente sobre a folha de pagamento dos seus empregados, bem
como sobre os valores pagos aos autônomos por eles contratados, diante disso pergunta-se: O autônomo
que prestar serviços a contribuinte individual equiparado a empresa poderá utilizar-se da faculdade de
deduzir de sua contribuição 45% da contribuição devida pelo contratante limitado a 9% do seu salário-
de-contribuição, ou seja, poderá recolher apenas 11% sobre este serviço prestado?

R - Sim, desde que o tomador declare esse pagamento na GFIP. Dessa forma a contribuição sobre esse serviço
será de 11% sobre o valor do serviço prestado e será recolhido pelo próprio autônomo (em GPS) até o dia 15 do
mês seguinte àquele em que o serviço for prestado.

29 - O Contribuinte individual equiparado a empresa não descontará a contribuição previdenciária do


autônomo por ele contratado, mas, e se ele próprio, contribuinte individual equiparado a empresa, prestar
serviços a outras empresas, neste caso sofrerá o desconto de sua contribuição previdenciária?

R - Sim. Como contratante do serviço não efetuará o desconto, no entanto, como prestador do serviço, desde que
seja para empresas, sofrerá o devido desconto.

30 - Então quer dizer, como exemplo, que os Contadores pessoas físicas que mantém empregados,
portanto, equiparados a empresas, quando emitirem recibos para as empresas as quais prestam serviços
sofrerão o desconto dos 11%?

R - Sim, até o limite máximo. Recomenda-se nesse caso que sejam emitidos primeiramente os recibos com valores
maiores, pois assim chega-se ao limite máximo com menos recibos, facilitando o trabalho e controle das
contribuições.

31 - O contribuinte individual que prestar serviços a várias empresas, cuja soma das remunerações
ultrapassar o limite máximo do salário-de-contribuição, como é o caso, por exemplo, de contadores, pode
substituir o comprovante de pagamento por algum outro documento que englobe todos os contratantes?

R - Sim, o contribuinte que nesta condição e regularmente prestar serviços a mais de uma empresa poderá indicar
qual ou quais empresas procederão o desconto da contribuição, de forma a atingir e respeitar o limite, dispensando
as demais tomadoras do desconto. A indicação se dará por meio de declaração única, firmada pelo contribuinte
individual, com a anuência dos responsáveis pela empresa ou empresas que efetuarão o desconto da contribuição.

32 - E o contribuinte individual (autônomo) que, simultaneamente, também é empregado de empresa, como


deverá proceder para que não haja descontos em sua remuneração além do limite permitido?

R - O segurado contribuinte individual que prestar serviço a empresas e, concomitantemente, exercer atividade
como segurado empregado, para efeito da observância do limite máximo do salário-de-contribuição, deverá
apresentar à empresa na qual exerce a atividade como contribuinte individual o comprovante de pagamento como
empregado ou de declaração emitida por ele, sob as penas da Lei, consignando o valor sobre o qual já sofreu o
desconto naquele mês, na empresa em que trabalha como empregado, ou informando que esta efetuará o desconto
sobre o valor máximo do salário-de-contribuição. Na hipótese de ter ocorrido antes o desconto da contribuição
como contribuinte individual, e não for possível apresentar o comprovante de pagamento da empresa onde trabalha
como empregado e nem a declaração citada, deverá sofrer o desconto nesta empresa onde trabalha como
contribuinte individual para posteriormente apresentá-lo na empresa onde trabalha como empregado. Como viram, a
ordem dos fatores não alteram o produto, no entanto é recomendável priorizar o desconto na empresa onde se
trabalha como empregado, pois nesta o desconto é com base na Tabela normal de Contribuições dos segurados
empregados, ou seja, 8%, 9% e 11%, já nas empresas onde se trabalha como autônomo o desconto será de 11%
para empresas normais, ou 20% caso a contratante seja entidade beneficente (filantrópica).

33 - E no caso do transportador autônomo, qual será o tratamento dado aos pagamentos a ele efetuado?

R - No caso dos transportadores autônomos, a base de cálculo da contribuição será reduzida a 20% do valor bruto
pago ao fretista. Lembramos que não deve ser esquecida a contribuição já existente, do transportador autônomo
para o SEST (1,5%) e o SENAT (1,0%), que também é retida pela empresa contratante e repassada ao INSS, com

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informação na GFIP no código de terceiros 3072 (FPAS 620).

34 - Essa redução da base de cálculo do transportador autônomo não era de 11,71% sobre o valor bruto do
frete?

R- Disse bem, "era", no entanto, desde julho de 2001 passou a ser de 20% sobre o valor bruto do frete (§ 2°, do
artigo 55, da Instrução Normativa RFB n° 971, de 13/11/2009).

35 - Dê um exemplo de cálculo da contribuição de um transportador autônomo.

R - Veja o exemplo a seguir, lembrando que o transportador autônomo também está sujeito ao pagamento da
contribuição para o Serviço Social do Transporte (Sest) e para o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
(Senat) (§ 5º do artigo 65 da Instrução Normativa RFB n° 971, de 13/11/2009):

Valor do recibo de frete 1.800,00


Base de cálculo (20% de 1.800) 360,00
INSS a ser descontado (11% de 360) 39,60
SEST/SENAT (2,5% de 360) 9,00
Valor Líquido do recibo 1.751,40

36 - Sabemos que o limite máximo do salário-de-contribuição é atualmente de R$- 3.689,66 (desde


01/01/2011). E qual é o valor mínimo do salário-de-contribuição permitido?

R - O valor mínimo do salário-de-contribuição é o salário-mínimo. Atualmente, desde 01/01/2011, no valor de R$-


540,00.

37 - E se o contribuinte individual prestar apenas um serviço no mês para uma empresa no valor de R$-
280,00, como ficará a sua contribuição, se o mínimo permitido é R$- 540,00?

R - Neste caso a empresa contratante descontará 11% sobre os R$- 280,00 que será recolhido pela própria
empresa na sua GPS normal até o dia 20 do mês seguinte ao da competência em que o serviço for prestado. Já o
contribuinte individual deverá recolher, por conta própria, 20% sobre a diferença que falta para completar o salário-
mínimo até o dia 15 do mês subseqüente, em GPS específica, identificada pelo seu NIT ou PIS. Portanto haverá
uma parte descontada e recolhida pela empresa contratante com o percentual de 11% sobre R$- 280,00 (R$-
30,80) e outra parte recolhida pelo próprio contribuinte individual com o percentual de 20% sobre R$- 260,00,
gerando uma contribuição adicional de R$- 52,00 (artigo 66 IN/RFB n° 971/2009). Esta é a única situação de
complemento de recolhimento permitida sem o efetivo recebimento de remuneração.

38 - Então pelo final da resposta da pergunta anterior (questão 37), quer dizer que se o contribuinte
individual tiver obtido no mês remuneração total de R$- 600,00, mas quiser contribuir para a previdência
por um valor maior ou pelo teto máximo, ele não poderá?

R – Exatamente. A Lei diz que a contribuição do contribuinte individual será calculada sobre a remuneração auferida
em uma ou mais empresas ou pelo exercício de sua atividade por conta própria, durante o mês, observado o limite
mínimo e máximo do salário-de-contribuição. Portanto se o mesmo receber R$- 540,00 de rendimento, a sua
contribuição para a Previdência Social será sobre os mesmos R$- 540,00; se receber R$- 800,00, a sua
contribuição será sobre R$- 800,00; se receber R$- 4.200,00, a sua contribuição será sobre o limite máximo de R$-
3.689,66 (limite máximo em vigor desde 01/01/2011); e se receber menos que um salário mínimo, como na questão
anterior, aí sim poderá complementar, mas somente até chegar ao mínimo, atualmente, de R$- 540,00.

39 - Insisto na questão. Quer dizer que se o empresário tiver um pró-labore de R$- 600,00, não tendo
nenhuma outra renda no mês, ele só poderá contribuir para a Previdência Social sobre esse valor, não lhe
sendo permitido contribuir sobre um valor maior para a Previdência Social?

R - É exatamente isso, pois o empresário é contribuinte individual e, nessa categoria, se enquadra perfeitamente na
questão 38. Como já foi dito, a contribuição previdenciária do contribuinte individual (empresário e autônomo) será
calculada e recolhida sobre o efetivamente recebido por ele durante o mês.

40 - E naquele mês ou meses em que o empresário não tiver pró-labore recebido ou creditado e também
não tiver nenhuma outra fonte de renda com incidência de contribuição previdenciária, como fará para
recolher a sua contribuição ao INSS?

R - O contribuinte individual, na competência em que não auferir remuneração, poderá, por interesse próprio,

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contribuir na categoria de facultativo, (§ 2°, do artigo 9°, da IN/RFB n° 971/2009) informando no documento de
arrecadação (GPS) o código de pagamento 1406 utilizado para essa categoria. Nessa situação, o salário-
de-contribuição poderá ser qualquer valor, respeitado os limites mínimo e máximo permitido.

41 - E o contribuinte individual aposentado (empresário e autônomo) que continuou exercendo a atividade


e tem uma remuneração superior ao salário mínimo, mas que contribuía para a Previdência Social apenas
sobre o salário-mínimo, teve que passar a contribuir também sobre o efetivamente recebido?

R - Sim, deve contribuir sobre o efetivamente recebido. O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social -
RGPS que estiver exercendo ou que voltar a exercer atividade abrangida por este Regime é segurado obrigatório
em relação a essa atividade, ficando sujeito às contribuições de que trata esta Lei, para fins de custeio da
Seguridade Social. (Lei 8212/91, artigo 12, parágrafo 4º).

42 - E quando o contribuinte individual trabalhar para empresas e pessoas físicas dentro do mesmo mês,
como será a sua contribuição?

R - A contribuição incidente sobre os serviços prestados as empresas serão descontadas e recolhidas por elas até
o dia 20 do mês seguinte àquele em que o serviço for prestado; e a contribuição incidente sobre os serviços
prestados as pessoas físicas serão recolhidas pelo próprio contribuinte individual, em GPS específica, até o dia 15
do mês seguinte àquele em que o serviço for prestado, salientando que deverão ser considerado tanto os valores
recibos das empresas como os das pessoas físicas para efeito do limite máximo do salário-de-contribuição.

43 - Qual a maior pluralidade de formas de contribuições que poderá acontecer com um contribuinte
individual diante de todas essas situações?

R - Um mesmo contribuinte individual poderá ter a sua contribuição mensal realizada de várias formas, vejam um
exemplo a seguir:

Um profissional autônomo prestou os seguintes serviços em um determinado mês:

- Trabalhou para uma empresa sujeita as contribuições normais (cota patronal do INSS) cobrando pelos serviços a
importância de R$- 600,00;

- Trabalhou para uma empresa filantrópica (isenta da cota patronal do INSS) cobrando pelos serviços a importância
de R$- 400,00;

- Trabalhou para um Contribuinte individual equiparado a empresa cobrando pelos serviços prestados a importância
de R$- 500,00;

- Trabalhou para uma empresa optante pelo "SIMPLES" cobrando pelos serviços R$- 320,00; e

- Trabalhou para diversas pessoas físicas recebendo pelos serviços prestados a importância de R$- 1.700,00.

A contribuição deste contribuinte individual neste determinado mês será efetuada desta forma:

Vr
Valor Base de Responsável pelo
Contratante Alíquota devido Vencimento
Serviço cálculo recolhimento
ao INSS
dia 20 mês
Empresa normal 1.600,00 1.600,00 11% 176,00 contratante
seguinte
dia 20 mês
Filantrópica 400,00 400,00 20% 80,00 contratante
seguinte
Contribuinte
Próprio autônomo
Individual dia 15 mês
500,00 500,00 11% 55,00 (em GPS
Equiparado a seguinte
específica)
Empresa
Empresa dia 20 mês
320,00 320,00 11% 35,20 contratante
"SIMPLES" seguinte

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Da contribuição do segurado contribuinte individual que presta serviços... http://www.contabilizando.com/perguntaoci.htm

Próprio autônomo
dia 15 mês
Pessoas Físicas 1.700,00 869,66 20% 173,93 (em GPS
seguinte
específica)
Total 4.520,00 3.689,66 520,13

Pelo quadro acima, percebe-se claramente que o contribuinte individual em questão recebeu no mês a importância
de R$- 4.520,00 e que sua contribuição a previdência social respeitou o limite máximo permitido de R$- 3.689,66
(em vigor desde 01/01/2011), sendo parte desse recolhimento de responsabilidade de três empresas contratantes
e a outra parte de sua própria responsabilidade. Da parte que é de responsabilidade do próprio autônomo, uma
contribuição será com alíquota de 11% e a outra com alíquota de 20%.

44 - Que outra conclusão podemos tirar da questão anterior (43) no sentido de facilitar mais ainda o
entendimento desses descontos?

R - Vocês perceberam que o valor total devido ao INSS, neste caso da questão 43, foi de R$- 520,13, bem
diferente de R$- 405,86 (11% de 3.689,66) e de R$- 737,93 (20% de 3.689,66). Esta comparação é para
entendermos que, em função das diferentes alíquotas que o contribuinte está sujeito, nunca devemos olhar para os
descontos para efeito de verificarmos se o contribuinte individual já atingiu o teto, e sim olharmos única e
exclusivamente para os salários de contribuições (base de cálculo), cuja soma não poderá ser superior ao limite
máximo, que atualmente é de R$- 3.689,66.

45 - O que o pessoal responsável pelo departamento pessoal das empresas deverá fazer no sentido de
evitar erros que poderão trazer prejuízos ou complicações quando do requerimento de qualquer benefício
previdenciário por parte daqueles contribuintes individuais que lhes prestaram serviços?

R - O pessoal responsável por esse setor na empresa deverá observar com rigor o manual de preenchimento da
GFIP no sentido de, entre outras coisas, identificar corretamente a situação própria de cada contribuinte individual,
pois assim o fazendo, o programa SEFIP fará os cálculos automaticamente das contribuições devidas. Todas as
informações sobre GFIP estão disponíveis na página da Secretaria da Receita Federal, pelo hyperlink:
http://www.receita.fazenda.gov.br/previdencia/GFIP/GFIP1FGTS.htm
Veja aqui o Manual GFIP linkado por títulos facilitando a pesquisa desejada - Atualização 10/2008

46 - E a empresa que deixar de lançar os recibos pagos aos contribuintes individuais em sua GFIP, o que
acontecerá com ela?

R - É certo que mais cedo ou mais tarde o contribuinte individual irá pleitear algum tipo de benefício previdenciário,
e nesse momento ele estará informando as empresas para as quais trabalhou, informação essa que deverá estar
constando nos sistemas informatizados do INSS, alimentados pela correta entrega da GFIP. Qualquer divergência
nesse sentido poderá provocar uma diligência fiscal junto a empresa contratante para verificação da anomalia. A
empresa que não lançar em sua GFIP os pagamentos efetuados aos contribuintes individuais que lhes prestaram
serviços será autuada pela fiscalização da Secretaria da Receita Federal do Brasil por crime de sonegação fiscal e
conseqüentemente representada por esse crime junto a Procuradoria da República, além, obviamente, da apuração
do respectivo crédito tributário ocorrido.

47 - A empresa que descontar contribuições previdenciárias dos contribuintes individuais que lhes
prestaram serviços e não recolher em época própria poderá parcelar esses débitos junto ao INSS?

R - Não. As contribuições descontadas dos contribuintes individuais não poderão ser objeto de parcelamento, sendo
caracterizado ainda, em tese, crime de apropriação indébita.

48 - Falou-se muito do contribuinte individual, mais especificamente do empresário e do autônomo. E a


contribuição do segurado Facultativo, como ficou?

R- A única alteração em relação ao segurado facultativo é que com o fim da escala de salário-base, desde a
competência abril de 2003, o seu salário-de-contribuição passou a ser, independentemente da data de sua
inscrição, o valor por ele declarado, observado os limites mínimo e máximo permitidos. O recolhimento continua
sendo efetuado como antes, em GPS específica (popular carnê do INSS), ou seja, deverá ser recolhida pelo
próprio segurado facultativo, no NIT/PIS do mesmo, até o dia 15 do mês subseqüente ao do mês declarado.

49 - Já que está se falando em "popular carnê do INSS", não custa perguntar: por acaso houve também
alterações de recolhimentos com relação à contribuição do empregado doméstico?

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R – Não. A contribuição previdenciária do empregado doméstico continua sendo calculada como antes, com o
recolhimento sendo efetuado no NIT/PIS do doméstico até o dia 15 do mês subseqüente ao do mês trabalhado.
Quer saber mais sobre a contribuição previdenciária do empregado doméstico, clique Clique aqui.

50 - Como a alíquota básica do "desconto" da contribuição do contribuinte individual é de 11%, não poderia
haver uma confusão também com a "retenção" dos 11% sobre notas fiscais de empresas prestadoras de
serviços de empreitada e cessão de mão-de-obra (Disciplinada pela antiga Ordem de Serviço nº 209/99 e
atualmente pela Instrução Normativa RFB n° 971, de 13/11/2009?

R - Não teria porque haver confusão, pois no desconto dos 11% do contribuinte individual, os prestadores de
serviços são pessoas físicas, e o recolhimento deve ser efetuado no CNPJ da empresa contratante. Já na retenção
dos 11% sobre notas fiscais de prestação de serviços, os prestadores de serviços são pessoas jurídicas, e o
recolhimento deve ser efetuado no CNPJ da empresa contratada. Para saber mais sobre esta outra retenção, ou
seja, a retenção dos 11% sobre serviços prestados por pessoas jurídicas, Clique aqui.

51 - Qual o critério para se definir a competência do serviço prestado, para efeito do desconto da
contribuição previdenciária do contribuinte individual?

R - A competência é aquela em que ocorrer o pagamento ou crédito (o que ocorrer primeiro). Considera-se
creditada a remuneração na competência em que a empresa contratante reconhecer contabilmente o valor devido,
devendo informá-lo na GFIP correspondente.

52 - O estrangeiro que eventualmente prestar serviço no Brasil sofrerá o desconto dos 11%?

R - O estrangeiro que não reside no Brasil não é considerado contribuinte individual, por não ter assegurado
qualquer espécie de benefício previsto no artigo 201 da CF, conforme Parecer do Ministério da Previdência Social
nº 2991, de 21/03/2003. Desta forma, não há que se falar em inscrição e contribuição do contribuinte ou da
empresa.

53 - O condomínio está também sujeito a descontar e recolher a contribuição do síndico isento da taxa
condominial?

R - Sim. O condomínio está sujeito às mesmas obrigações das empresas e deverá descontar e recolher as
contribuições devidas pelo contribuinte individual que lhe preste serviço. Ressalte-se que o síndico ou administrador
eleito para exercer atividade de direção condominial é considerado contribuinte individual, desde que receba
remuneração, entendendo-se também como tal o valor da taxa de condomínio que os administradores deixam de
recolher em razão do cargo. Neste caso, o condomínio deverá declarar na GFIP o valor da taxa de condomínio que
é considerada remuneração, devendo o síndico reembolsar ao condomínio o valor correspondente ao desconto da
contribuição previdenciária.

54 - Qual o procedimento a ser tomado quando a empresa não efetuar o desconto no recibo de pagamento
do contribuinte individual?

R - De acordo com o parágrafo 5º do artigo 33 da Lei 8.212/91, o desconto de contribuição legalmente autorizada
sempre se presume feito pela empresa a isso obrigada, não lhe sendo lícito alegar desconhecimento para se eximir
do recolhimento, ficando diretamente responsável pela importância que deixou de receber ou arrecadou em
desacordo com o disposto na Lei. Portanto a empresa deverá recolher o valor que deveria ter sido descontado e
não descontou.

55 - Como deve ser a contribuição e o desconto da entidade religiosa sobre o valor pago ao ministro de
confissão religiosa?

R - De acordo com o parágrafo 13 do artigo 22, da Lei 8.212/91, não se considera remuneração direta ou indireta,
para efeito de contribuição previdenciária, os valores despendidos pelas entidades religiosas e instituições de
ensino vocacional com ministro de confissão religiosa, membros de instituto de vida consagrada, de congregação ou
de ordem religiosa em face do seu mister religioso ou para sua subsistência, desde que fornecidos em condições
que independem da natureza e da quantidade do trabalho executado. Portanto, o valor pago ao ministro de
confissão religiosa não é considerado remuneração, a menos que seja pago por tarefa executada, como exemplo,
pela quantidade de missas realizadas, ou por casamento celebrado, por batismo, etc. Quando o valor é pago
mensalmente para a subsistência do religioso, a Lei não considera como remuneração, portanto, nesse caso, não
deve ser informado na GFIP e nem ser descontada a contribuição do religioso. Só será descontado e informado na
GFIP quando o valor for considerado remuneração.
A partir de 1º de abril de 2003, independentemente da data de filiação, o salário-de-contribuição para o ministro de

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confissão religiosa ou membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa, desde que o
valor despendido pela entidade religiosa ou pela instituição de ensino vocacional, em face do seu mister religioso ou
para a sua subsistência, independa da natureza e da quantidade do trabalho executado, é o valor por ele declarado,
observados os limites mínimo e máximo do salário-de-contribuição (§ 11 do artigo 55, da Instrução Normativa RFB
n° 971, de 13/11/2009).

56 - O médico residente também está sujeito ao desconto da contribuição previdenciária?

R - Sim, pois pelo inciso X, do parágrafo 15, do artigo 9º, do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo
Decreto 3048/99, o médico residente é enquadrado como contribuinte individual, portanto sujeito ao desconto de
11% sobre os valores a ele pago, ou ao desconto de 20%, caso a contratante seja entidade filantrópica isenta da
cota patronal.

57 - Os honorários advocatícios decorrentes de sucumbência e honorários pagos a peritos estão sujeitos


ao desconto da contribuição previdenciária?

R - Integram a base de cálculo da contribuição previdenciária do segurado e da empresa, os honorários contratuais


pagos a assistentes técnicos, peritos e advogados, nomeados pela justiça ou não, decorrentes de sua atuação em
ações judiciais.
Na hipótese de nomeação de advogados e peritos para atuação judicial sob o amparo da assistência judiciária, é
responsável pelo recolhimento da contribuição patronal o órgão ao qual incumbe o pagamento da remuneração.
Quanto a sucumbência: Não integram a base de cálculo da contribuição previdenciária da empresa os honorários
de sucumbência pagos em razão de condenação judicial, integrando, contudo, a base de cálculo da
contribuição do advogado contribuinte individual. (§§ 13, 14 e 15, do artigo 57, da Instrução Normativa RFB n°
971, de 13/11/2009)

58 - Quais são os segurados considerados contribuintes individuais?

R - O Inciso V e o parágrafo 15, do artigo 9º, do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto
3048/99 classificam todos àqueles que são considerados contribuintes individuais, conforme segue:

a)a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária ou pesqueira, em caráter permanente ou
temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos e com auxílio de empregados, utilizados a qualquer título,
ainda que de forma não contínua;

b)a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral - garimpo -, em caráter
permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou sem o auxílio de empregados,
utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua;

c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem


religiosa; (Redação dada pelo Decreto nº 4.079, de 9/01/2002)

d)o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo,
ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social;

e)o titular de firma individual urbana ou rural;

f)o diretor não empregado e o membro de conselho de administração na sociedade anônima;

g)todos os sócios, nas sociedades em nome coletivo e de capital e indústria;

h) o sócio gerente e o sócio cotista que recebam remuneração decorrente de seu trabalho e o administrador não
empregado na sociedade por cotas de responsabilidade limitada, urbana ou rural; (Redação dada pelo Decreto nº
4.729, de 9/06/2003)

i)o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou
finalidade, bem como o síndico ou administrador eleito para exercer atividade de direção condominial, desde que
recebam remuneração;

j)quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de
emprego;

l)a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não;

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m)o aposentado de qualquer regime previdenciário nomeado magistrado classista temporário da Justiça do
Trabalho, na forma dos incisos II do §1º do art. 111 ou III do art. 115 ou do parágrafo único do art. 116 da
Constituição Federal, ou nomeado magistrado da Justiça Eleitoral, na forma dos incisos II do art. 119 ou III do §1º
do art. 120 da Constituição Federal; Nota: A Emenda Constitucional nº 24, de 9 de dezembro de 1999, extinguiu a
categoria de magistrado classista temporário da Justiça do Trabalho, entretanto, assegurou o cumprimento dos
mandatos dos atuais magistrados.

n) o cooperado de cooperativa de produção que, nesta condição, presta serviço à sociedade cooperativa mediante
remuneração ajustada ao trabalho executado; e (Alínea acrescentada pelo Decreto nº 4.032, de 26/11/2001)

o) o segurado recolhido à prisão sob regime fechado ou semi-aberto, que, nesta condição, preste serviço, dentro
ou fora da unidade penal, a uma ou mais empresas, com ou sem intermediação da organização carcerária ou
entidade afim, ou que exerce atividade artesanal por conta própria; (Alínea acrescentada pelo Decreto nº 4.729, de
9/06/2003)

§15. Enquadram-se nas situações previstas nas alíneas “j” e “l” do inciso V do caput, entre outros: (Redação dada
pelo Decreto nº 3.265, de 29/11/99)

I - o condutor autônomo de veículo rodoviário, assim considerado aquele que exerce atividade profissional sem
vínculo empregatício, quando proprietário, co-proprietário ou promitente comprador de um só veículo;

II - aquele que exerce atividade de auxiliar de condutor autônomo de veículo rodoviário, em automóvel cedido em
regime de colaboração, nos termos da Lei nº 6.094, de 30 de agosto de 1974;

III - aquele que, pessoalmente, por conta própria e a seu risco, exerce pequena atividade comercial em via pública
ou de porta em porta, como comerciante ambulante, nos termos da Lei nº 6.586, de 6 de novembro de 1978;

IV - o trabalhador associado a cooperativa que, nessa qualidade, presta serviços a terceiros;

V - o membro de conselho fiscal de sociedade por ações;

VI - aquele que presta serviço de natureza não contínua, por conta própria, a pessoa ou família, no âmbito
residencial desta, sem fins lucrativos;

VII - o notário ou tabelião e o oficial de registros ou registrador, titular de cartório, que detêm a delegação do
exercício da atividade notarial e de registro, não remunerados pelos cofres públicos, admitidos a partir de 21 de
novembro de 1994;

VIII - aquele que, na condição de pequeno feirante, compra para revenda produtos hortifrutigranjeiros ou
assemelhados;

IX - a pessoa física que edifica obra de construção civil;

X - o médico residente de que trata a Lei nº 6.932, de 7 de julho de 1981. (Redação dada pelo Decreto nº 4.729,
de 9/06/2003)

XI - o pescador que trabalha em regime de parceria, meação ou arrendamento, em embarcação com mais de seis
toneladas de arqueação bruta, ressalvado o disposto no inciso III do § 14; (Redação dada pelo Decreto nº 4.032,
de 26/11/2001)

XII - o incorporador de que trata o art. 29 da Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964.

XIII-o bolsista da Fundação Habitacional do Exército contratado em conformidade com a Lei nº 6.855, de 18 de
novembro de 1980; e (Inciso acrescentado pelo Decreto nº 3.265, de 29/11/99)

XIV-o árbitro e seus auxiliares que atuam em conformidade com a Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998. (Inciso
acrescentado pelo Decreto nº 3.265, de 29/11/99)

XV - o membro de conselho tutelar de que trata o art. 132 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, quando
remunerado; (Inciso acrescentado pelo Decreto nº 4.032, de 26/11/2001)

XVI - o interventor, o liquidante, o administrador especial e o diretor fiscal de instituição financeira de que trata o §
6º do art. 201. (Inciso acrescentado pelo Decreto nº 4.032, de 26/11/2001)

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Da contribuição do segurado contribuinte individual que presta serviços... http://www.contabilizando.com/perguntaoci.htm

59 - Quais as alterações que houveram em relação ao recolhimento das contribuições previdenciárias dos
contribuintes facultativos e dos trabalhadores autônomos, de baixa renda, que não prestam serviços para
empresas tais como sacoleiros, diaristas, vendedores ambulantes, entre outros e que contribuem apenas
com base no salário-mínimo?

R- Esse plano, contido no Decreto nº 6.042, de 12/02/2007, prevê a redução da alíquota de contribuição
previdenciária, de 20% sobre a remuneração mensal do trabalho para 11% do salário mínimo, no caso dos
contribuintes facultativos e daqueles classificados como contribuintes individuais de baixa renda, que contribuem
apenas sobre o salário-mínimo. Os contribuintes que contribuem sobre valor maior que o salário-mínimo
continuam sujeitos a alíquota normal de 20%.

Essa medida veio facilitar a inclusão previdenciária das pessoas que não exercem qualquer atividade remunerada
(exemplo: donas de casas e estudantes) e dos trabalhadores autônomos de baixa renda (ambulantes, diaristas,
etc).

O governo federal decidiu reduzir a alíquota de contribuição para os trabalhadores autônomos de 20% para 11%,
medida que irá favorecer cerca de 18 milhões de pessoas que trabalham por conta própria e atualmente não têm
acesso a benefícios temporários, como auxílio-doença e licença-maternidade, e definitivos, como aposentadoria e
pensão por morte.

A nova regra passou a valer a partir da competência abril de 2007. Limitada a um salário mínimo, hoje em R$
540,00, a contribuição cai de R$- 108,00 para R$- 59,40. O contribuinte individual que passar a contribuir terá
direito a todos os benefícios oferecidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), exceto a aposentadoria
por tempo de contribuição. Para alguns benefícios, entretanto, é necessário cumprir carência, como o auxílio-
doença, ao qual terão direito aqueles com, no mínimo, 12 contribuições consecutivas. Já a aposentadoria por
idade somente poderá ser requerida por quem contribuir durante 15 anos. Nesses casos, as contribuições já
realizadas, desde que comprovadas, valem para efeito de contagem de tempo.

Segue tabela com os códigos de pagamento específicos para o recolhimento, em GPS, das contribuições do
contribuinte individual e facultativo optantes pela exclusão do direito ao benefício de aposentadoria por tempo de
contribuição (alíquota de 11%), com vigência a partir da competência 04/2007 e recolhimento até o dia 15/05/2007.

Código Descrição
Contribuinte Individual (autônomo que não presta serviço à empresa) - Opção:
1163 Aposentadoria apenas por idade (art. 80 da LC 123 de 14/12/2006) - Recolhimento
Mensal - NIT/PIS/PASEP
Contribuinte Individual (autônomo que não presta serviço à empresa) - Opção:
1180 Aposentadoria apenas por idade (art. 80 da LC 123 de 14/12/2006) - Recolhimento
Trimestral - NIT/PIS/PASEP
Facultativo - Opção: Aposentadoria apenas por idade (art. 80 da LC 123 de
1473
14/12/2006) - Recolhimento Mensal - NIT/PIS/PASEP Clique
Facultativo - Opção: Aposentadoria apenas por idade (art. 80 da LC 123 de aqui e
1490
14/12/2006) - Recolhimento Trimestral - NIT/PIS/PASEP tenha
mais informações quanto ao recolhimento da contribuição do Contribuinte Individual, Facultativo e
Doméstico (códigos de pagamentos, GPS trimestral, meios de pagamentos, etc).

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Trabalho elaborado por João de Carvalho Leite


Atualizado em 03/01/2011
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